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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Funções Essenciais à Justiça
Livro Eletrônico
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Aragonê Fernandes
Funções Essenciais à Justiça
DIREITO CONSTITUCIONAL
Funções Essenciais à Justiça ..........................................................................................4
Apresentação .................................................................................................................4
1. Ministério Público ........................................................................................................5
1.1. Considerações Iniciais e Ingresso na Carreira ............................................................5
1.2. Princípios Institucionais .......................................................................................... 10
1.3. Princípio do Promotor Natural ............................................................................... 14
1.4. Autonomia Funcional, Administrativa e Orçamentária ............................................ 16
1.5. Diferentes Ramos Existentes no Ministério Público ................................................ 19
1.6. Foro por Prerrogativa de Função ...........................................................................24
1.7. Garantias ................................................................................................................26
1.8. Proibições ............................................................................................................. 28
1.9. Funções Institucionais ........................................................................................... 30
1.10. Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ..................................................37
2. Advocacia Pública.....................................................................................................43
2.1. Defensor Legis ....................................................................................................... 51
3. Advocacia Privada ....................................................................................................53
4. Defensoria Pública ...................................................................................................57
4.1. Princípios Institucionais .......................................................................................... 61
4.2. Autonomia Administrativa, Funcional e Orçamentária ...........................................62
4.3. Foro por Prerrogativa de Função ..........................................................................64
4.4. A atuação da Defensoria Pública nas Tutelas Coletivas .........................................64
4.5. A Percepção de Honorários Advocatícios ..............................................................65
5. Quadro Comparativo entre Pontos Principais das Funções Essenciais à Justiça ....... 66
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Funções Essenciais à Justiça
DIREITO CONSTITUCIONAL
6. Tópico Especial: Súmulas Aplicáveis à Aula ..............................................................67
Questões de Concurso ..................................................................................................70
Gabarito ...................................................................................................................... 86
Gabarito Comentado .....................................................................................................87
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Funções Essenciais à Justiça
DIREITO CONSTITUCIONAL
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
ApresentAção
As Funções Essenciais à Justiça são tratadas logo após o Poder Judiciário – ao longo dos 
artigos 127 a 135 da Constituição.
Elas abrangem o Ministério Público, a Advocacia – pública e privada – e a Defensoria Pública.
É aqui que começam as perguntas em provas, colocando outros órgãos e entidades 
no rol aí de cima.
Se você olhasse as provas de alguns anos atrás, veria uma grande proeminência de ques-
tões sobre o MP em detrimento da Defensoria Pública e da Advocacia (pública ou privada).
Hoje em dia essa disparidade é bem menor. A advocacia pública, por exemplo, tem sido 
explorada em diversas questões, relativamente simples.
Isso também acontece com a Defensoria Pública, instituição que ganhou muito relevo nos 
últimos anos.
Aliás, não sei se você sabe, mas quando parti para os concursos de alto rendimento na 
área jurídica queria ser Defensor Público. O curioso é que passei para Defensor, para promotor 
e para Juiz, mas o único cargo em que não tomei posse foi exatamente o de Defensor...
A razão para isso? Defensor Público era no querido Estado do Rio Grande do Sul, enquanto 
promotor e Juiz eram no DF, minha terra natal (nas aulas você notará um sotaque nordestino, fru-
to da convivência com um monte de paraibanos lá de casa – tenho orgulho de minhas origens!).
Acabei ficando apenas alguns meses na promotoria de Justiça, pois os concursos da Ma-
gistratura e do MP caminharam juntos. Foi, sem dúvidas, a decisão mais difícil de minha vida.
Confesso que nunca me arrependi da escolha que fiz, pois adoro o meu trabalho, embora 
ele seja uma árdua tarefa.
Essa vida de concurseiro é curiosa!
Ah, também aqui, como já deve ser do seu costume, citarei os julgados mais importantes 
sobre o tema.
Venha comigo!
As funções essenciais à Justiça são o Ministério Público, a Advocacia (pública e privada) e a 
Defensoria Pública. Não estão nesse rol o Judiciário ou as Polícias Civil e Militar.
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Funções Essenciais à Justiça
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1. Ministério público
1.1. considerAções iniciAis e ingresso nA cArreirA
Uma coisa: o Ministério Público também recebe o nome de Parquet – palavra de origem fran-
cesa, que remete aos antigos procuradores do rei da França, que ficavam em pé sobre o assoalho 
(parquet) da sala de audiência. Você ainda pode ouvir expressões como custos legis (fiscal da lei), 
custos constitucionis (fiscal da Constituição) ou (ombudsman) ouvidor da sociedade.
Mas fique atento(a) a uma coisa: “custos legis” (fiscal da lei) é o MP, enquanto “defensor 
legis” (curador da lei) é o advogado-geral da União, que atua defendendo a norma questiona-
da no STF. Eu falo isso para você não trocar alhos com bugalhos.
Avançando, a primeira Constituição brasileira a fazer referência ao Ministério Público foi 
a de 1891. De lá para cá, a instituição constou em todos os textos constitucionais – seja com 
maior ou menor grau de atuação.
No entanto, não há dúvidas de que foi a atual Constituição a que maior autonomia deu ao MP.
A própria Constituição, em seu artigo 127, conceitua o MP dizendo que ele:
é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da 
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Você vai ver que quase todas as regrasde ingresso, garantias e proibições aplicáveis aos 
magistrados são estendidas aos membros do MP. Note que eu disse quase...
Começando, o artigo 129, § 3º, da Constituição aponta que se aplicam ao MP, no que cou-
berem, as regras do artigo 93.
Dentro desse cenário, o candidato deve se submeter a concurso público de provas e títu-
los, sendo obrigatória a participação da OAB em todas as fases da disputa.
Agora imagine a cena: algumas Comarcas são criadas em determinado estado, mas o MP 
local não designa promotores de justiça para atuarem nelas.
Após diversas tentativas infrutíferas, o corregedor do TJ resolve autorizar a nomeação de 
“promotor de Justiça ad hoc”. Assim, um bacharel em direito alheio aos quadros do MP fun-
cionaria como órgão acusatório penal.
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Pergunto a você: pode isso, Arnaldo?
É claro que não, miserável!
O STF entendeu que haveria ofensa ao princípio do promotor natural e à exclusividade da 
promoção da ação penal pública pelo Ministério Público (STF, ADI n. 2.958). É cada uma que 
o povo inventa...
Por falar em ausência de promotor na comarca...
A lei complementar que rege o MP-AC exigia que os promotores fizessem prévia comu-
nicação, pedindo autorização para se ausentar da comarca ou do estado onde exercem as 
atividades.
Houve questionamento no STF, tendo o tribunal entendido que a medida seria desarrazoa-
da e desnecessária, ferindo a liberdade de locomoção do agente público, sem motivos válidos 
para justificar a medida (STF, ADI n. 6.845). 
Avançando, uma inovação trazida pela EC n. 45/2004 é a chamada quarentena de entrada. 
De acordo com essa regra, exige-se do bacharel em direito no mínimo três anos de atividade 
jurídica. O dispositivo surgiu com o claro intuito de que o futuro julgador tenha mais experi-
ência, dada a relevância das funções que exercerá.
Para regulamentar o conceito ‘atividade jurídica’, o CNJ editou a Resolução n. 75/2009 e o 
CNMP, a Resolução n. 40/2009. Nelas são previstas diversas hipóteses de contagem do prazo 
de três anos. Destaco que não há a obrigatoriedade de o candidato exercer a advocacia, sendo 
esta apenas uma das diversas hipóteses.
Eu, por exemplo, usei tanto no concurso de promotor de Justiça quanto no de juiz o período 
em que fui analista judiciário do STF e assessor de ministro do STJ – eu também passei para 
defensor público, mas na época (2011) não foi exigido o triênio de prática jurídica.
Em decisão recorrentemente cobrada nas provas, o STF entendeu que a contagem do prazo 
de três anos se inicia com a conclusão do curso, e não com a colação de grau (STF, ADI n. 3.460).
Ainda sobre o tema, há uma decisão importantíssima (para as provas e para a vida!):
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A comprovação de atividade jurídica pode considerar o tempo de exercício em cargo não 
privativo de bacharel em Direito, desde que ausentes dúvidas acerca da natureza emi-
nentemente jurídica das funções desempenhadas (STF, MS n. 28.226).
Assim, nada impede que o(a) candidato(a) que trabalha como técnico judiciário (nível 
médio) de um Tribunal ou técnico administrativo no Ministério Público se candidate ao con-
curso da Magistratura (ou MP, ou Defensoria), quando comprovar que desempenhava a cha-
mada atividade-fim.
Uma dúvida comum: e o pessoal que trabalha como agente ou escrivão de polícia, pode 
também usar o tempo de atividade policial para contagem de atividade jurídica?
A resposta é positiva, de acordo com o CNJ. Para isso, obviamente o candidato precisa 
ser bacharel em direito e juntar certidão circunstanciada, expedida pelo órgão competente, 
indicando as respectivas atribuições e a prática reiterada de atos que exijam a utilização pre-
ponderante de conhecimento jurídico (CNJ, Consulta n. 0009079-37.2017.2.00.0000).
Tem mais um ponto frequente de perguntas no fórum de dúvidas: na Magistratura, o CNJ 
não admite a utilização de pós-graduação, mestrado ou doutorado para a contagem de atividade 
jurídica. Repare que eu falei na Magistratura, porque em relação ao Ministério Público, o CNMP 
editou a Resolução n. 40/2009, prevendo que a pós-graduação conta como um ano de prática 
jurídica, enquanto o mestrado e o doutorado equivalem a dois e três anos, respectivamente.
Agora fique atento(a) a um julgamento do STF que tem causado grande confusão no pes-
soal: o Conselho Federal da OAB ajuizou uma ADI pedindo que fosse declarada a inconsti-
tucionalidade das resoluções do CNJ e do CNMP que permitiam a contagem de tempo de 
atividade jurídica usando pós, mestrado e doutorado.
Ao julgar o caso, o STF primeiro disse que, em relação à resolução do CNJ, o pedido es-
tava prejudicado, porque desde 2009, ano da edição da Resolução n. 75, os concursos para a 
magistratura não permitiriam a contagem. 
Por outro lado, no que se refere à Resolução n. 40 do CNMP, o Tribunal decidiu que ela foi 
editada dentro da autonomia do órgão, sendo válida. Ou seja: nos concursos para o Ministé-
rio Público podem ser usados pós-graduação, mestrado ou doutorado para a contagem de 
tempo de atividade jurídica.
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A partir daí, um montão de gente começou a falar que agora essa contagem valeria tam-
bém para a magistratura. Só que isso está errado! A decisão do STF foi restrita ao Ministério 
Público, até porque se discutia uma resolução do CNMP.
Aragonê, mas, se o CNJ quiser, ele pode editar nova resolução nos mesmos moldes da 
que foi feita pelo CNMP?
Claro que pode, dentro de sua autonomia. Se isso acontecer, passa a ser possível. Até lá, 
nada feito!
Aragonê, e como ficam os concursos para defensor e advogado público?
Não há uma regra unificada nacionalmente. Vale, então, o que estiver previsto no edital. 
Em regra, os editais admitem para essas carreiras a contagem até de tempo de estágio obri-
gatório da faculdade, o que facilita as coisas.
Posso sistematizar?
Carreira Exigência de três anos de atividade 
jurídica
Pós-graduação, mestrado e douto-
rado podem contar?
MagistraturaMagistratura Sim Não
Ministério PúblicoMinistério Público Sim Sim
Defensoria PúblicaDefensoria Pública Na CF, não. Valerá a regra do edital. Valerá a regra do edital.
Advocacia PúblicaAdvocacia Pública Na CF, não. Valerá a regra do edital. Valerá a regra do edital.
Outra coisa: em regra, os requisitos do cargo público devem ser comprovados no ato da 
posse (STJ, Súmula n. 266). No entanto, para a Magistratura e para o Ministério Público, a 
comprovação deve ser feita na inscrição definitiva (STF, RE n. 655.265 e artigo 3º da Resolu-
ção n. 40, do CNMP).
Para que não haja dúvidas, deixe-me explicar aqui a “maratona” de um concurso desse 
porte: primeiro, o candidato faz a inscrição preliminar. Depois, submete-se a provas objetivas(primeira fase) e subjetivas (segunda fase).
Após a segunda fase (e antes da prova oral), é hora da inscrição definitiva, oportunidade de 
comprovação também dos três anos de atividade jurídica. Finalizando, acontecem as provas 
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orais e de títulos, esta de caráter meramente classificatório – o STF já entendeu que fase de 
títulos não pode ter caráter eliminatório.
Aproveitando que falei em concurso público, vou logo começar com um julgado muito 
polêmico, que tende a cair em várias provas que estão por vir.
É o seguinte: chegou ao STF o questionamento de uma lei complementar aplicável ao Mi-
nistério Público do Estado de Santa Catarina, que dizia o seguinte:
Art. 63-A. O Ministério Público poderá oferecer estágios:
(…)
IV – para bacharéis em Direito regularmente matriculados em cursos de pós-graduação, em nível 
de especialização, mestrado, doutorado ou pós-doutorado, em área afeta às funções institucionais 
do Ministério Público estadual, ou com elas afim.
O questionamento foi feito pela associação de servidores do próprio MP/SC, dizendo que a 
contratação de bacharéis em direito na função de estagiário seria uma burla ao concurso público.
Ao final, o STF confirmou a validade da norma, julgando a ação improcedente, ao argu-
mento de que o estágio realizado durante o curso de pós-graduação estaria inserido na Lei 
do Estágio. Também não haveria violação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), sendo legítimo o instituto da “residência jurídica”, criado pela lei estadual.
Apontou-se, igualmente, respeito aos princípios da impessoalidade e da publicidade, 
uma vez que o processo seletivo para a contratação de estagiários permitia amplo acesso 
e concorrência, em igualdade de condições, para os estudantes interessados, bem como 
pressupõe publicação de edital no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público. Além disso, 
o programa de residência jurídica seria compatível com o princípio da eficiência adminis-
trativa, porquanto teria o potencial de oferecer um aprendizado particularizado aos futuros 
ocupantes de cargos públicos, incrementado, por esta via, a qualidade no desempenho das 
suas futuras funções (STF, ADI n. 5.752).
Os requisitos para ingresso nas carreiras do Ministério Público e da Magistratura devem ser 
comprovados na inscrição definitiva, e não na posse.
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1.2. princípios institucionAis
O artigo 127, § 1º, da Constituição elenca três princípios institucionais do Ministério Públi-
co: unidade, indivisibilidade e independência funcional.
As questões mais simples nas provas se limitam a perguntar quais são os princípios 
ou ainda quais não são. Hoje em dia também se pergunta a quais instituições esses prin-
cípios se aplicam.
Disse “hoje em dia”, porque a EC n. 80/2014 definiu que os três princípios institucionais 
também valem para a Defensoria Pública. Ah, eles não se estendem para a advocacia pública, 
pegadinha frequentemente usada pelos examinadores.
O problema é que só isso não será suficiente para a maior parte das provas que são apli-
cadas atualmente.
Então, vou detalhar para você o que pode ser cobrado, para não deixar você num mato 
sem cachorro...
1.2.1. Unidade
A unidade significa que os membros do Ministério Público integram um só órgão sob a 
direção de um só procurador-geral.
Contudo, você tem que lembrar que a unidade existe dentro de cada MP. Em outras pala-
vras, há uma chefia para o Ministério Público da União – PGR – e uma chefia no Ministério 
Público Estadual – PGJ.
É dentro desse cenário que o STF reconhece a legitimidade do membro do MP Esta-
dual para recorrer diretamente no STF e no STJ nos processos que ele tenha atuado na 
primeira instância.
Aliás, também se confere essa mesma possibilidade em relação ao ajuizamento de re-
clamação, quando a instância de origem não quiser dar cumprimento à decisão do Tribunal 
Superior ou do STF (STF, RCL n. 7.245).
Para você entender melhor a polêmica, segundo a legislação, quem atuaria no STF e nos 
Tribunais Superiores seriam somente os membros do MPU (PGR e subprocuradores-gerais).
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Porém, dando uma interpretação mais contextualizada, abriu-se a possibilidade de o mem-
bro do MP Estadual acompanhar o processo até o final, sem precisar “pedir benção” aos mem-
bros do MP da União (STF, RE n. 848.286).
Cá para nós, tem horas que o concurseiro precisa respirar fundo, porque é eita atrás de eita, 
não é mesmo?
Eu digo isso porque, num primeiro momento, o STF entendia (PASSADO) que conflito de 
atribuições entre membros do MPU e do MP Estadual deveria ser dirimido pelo próprio STF, por 
envolver conflito federativo. Aplicava-se, assim, a regra do artigo 102, I, f, da CF.
Pois é, mas depois o Tribunal mudou de orientação, passando a entender que o procura-
dor-geral da República é quem deveria dirimir conflitos de atribuições entre os membros do 
MP Federal e do MP Estadual (STF, ACO n. 1.567). É certo que não faltaram críticas à nova 
orientação, porque o membro do MP Estadual não possui nenhum vínculo de subordinação ou 
hierarquia com o PGR, que chefia apenas o MPU.
Em nova mudança, operada a partir de voto proferido pelo ministro Alexandre de Moraes 
(que foi do MP-SP), o STF atualmente entende que esse conflito deve ser resolvido é pelo 
CNMP. Armaria, nãm!
Explicando em juridiquês, por não ter vinculação direta com qualquer dos ramos dos Minis-
térios Públicos dos entes federativos, mas sendo por eles composto, o CNMP possuiria isen-
ção suficiente para definir, segundo as normas em que se estrutura a instituição, qual agente 
do Ministério Público tem aptidão para a condução de determinado inquérito civil.
Invocou-se o § 2º do art. 130-A, segundo o qual é competência do CNMP o controle da 
atuação administrativa do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 
Dentro desse controle, caberia ao Conselho zelar pela autonomia funcional e administrativa do 
MP, bem como pela legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos 
do MPU ou do MP Estadual, entre eles, aqueles atos que originaram o conflito de atribuições. 
Trocando em miúdos, ficou vencedora a tese segundo a qual a solução de conflitos de 
atribuições entre ramos diversos dos Ministérios Públicos pelo CNMP é a mais adequada, 
pois reforça o mandamento constitucional que lhe atribuiu o controle da legalidade das ações 
administrativas dos membros e órgãos dos diversos ramos ministeriais, sem ingressar ou ferir 
a independência funcional (STF, ACO n. 843).
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Resumo da ópera: conflito de atribuições entre membros do MPU e do MP Estadual não 
vai nem para o STF nem para o PGR. Agora, seu destino é ser dirimido pelo CNMP. 
Em minha humilde opinião, acho que a solução atual ficou bem melhor do que a anterior...
Os membros do Ministério Público Estadual dispõem de legitimidade para atuar diretamente 
no STF, ajuizando reclamação ou mesmo na interposição de recursos nos processos em que 
tenham atuado na primeira instância.
Foi também com base no princípio da unidade que o STF decidiu ser desnecessária a ra-
tificação da denúncia quando apresentada anteriormente por membro do MP incompetente. 
A hipótese envolvia membro pertencente ao mesmo MP e também do mesmo grau funcional 
(STF, HC n. 85.137).
Outra coisa: a Resolução n. 126 do CNMP trouxe regra no sentido de que:
após a instauração do inquérito civil ou do procedimento preparatório, quando o membro que o 
preside concluir ser atribuição de outro Ministério Público, este deveria submeter sua decisão ao 
referendo do órgão de revisão competente, no prazo de 3 (três) dias.
Contra esse dispositivo foi ajuizada ADI no STF, sob a alegação de que haveria violação 
aos princípios da unidade e da independência funcional. Ao julgar a ação, o STF negou o pe-
dido e manteve a validade da resolução, dizendo que o CNMP agiu dentro dos limites consti-
tucionais ao editar resolução para esclarecer que deve ser referendada, pelo órgão de revisão 
competente, a decisão do membro do MP que conclui, após a instauração do inquérito civil ou 
do respectivo procedimento preparatório, ser este ou aquele de atribuição de outro ramo do 
Ministério Público (STF, ADI n. 5.434).
Agora fique ligado(a) em um julgamento que pode interessar a você nas provas e na vida: o 
STF entende que só existe unidade dentro de cada Ministério Público, e não entre o MP de um 
estado e de outro, nem entre estes e os diversos ramos do MPU.
Essa orientação foi usada para negar a possibilidade de remoção, por permuta nacional, 
entre membros de MP diversos. 
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Prevaleceu a tese de que a permuta nesses moldes caracterizaria hipótese de transferên-
cia, em violação ao princípio do concurso público, além de uma ofensa à Súmula Vinculante 
n. 43, segundo a qual:
é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia 
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira 
na qual anteriormente investido (STF, ADPF n. 482).
Ah, tramita no Congresso Nacional a “PEC da Permuta”, que busca permitir, dentro da 
própria Constituição (e não por ato do CNMP) a permuta entre membros da magistratura e do 
Ministério Público. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Cabe ao CNMP a tarefa de dirimir conflitos de atribuições entre membros do MP Estadual e do 
MP Federal.
1.2.2. Indivisibilidade
O princípio da indivisibilidade é uma decorrência do postulado da unidade. Por meio dele, é 
possível que um membro do MP substitua outro, dentro da mesma função, pois quem exerce 
os atos não é a pessoa do promotor, e sim, a instituição Ministério Público.
Exemplificando, um processo de homicídio qualificado que tramita na Vara do Júri da Comar-
ca de Belo Horizonte pode ter a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça José, mas as 
audiências serem feitas pelo promotor João. Nada impediria, ainda, que outro promotor, Alfre-
do, faça o júri.
Aragonê, você quer dizer então que podem mandar qualquer promotor para fazer um 
Júri específico?
Calma lá, eu não disse isso, até porque a figura do promotor Natural impede que haja 
designações casuísticas. Mas isso você verá mais à frente. Fique firme aí, pois não demora.
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Também por conta da indivisibilidade o STF entendeu que o pedido de arquivamento de inqué-
rito em trâmite naquele Tribunal formulado pelo PGR não poderia ser recusado. E essa orientação 
se aplicaria mesmo na hipótese em que um novo PGR ofereça denúncia (STF, INQ n. 2.028).
1.2.3. Independência Funcional
Este princípio é muito importante, principalmente dentro do direito processual penal. Aqui 
no constitucional ele também é lembrado, mas acredito que a grande aposta para as provas 
esteja no princípio da unidade.
Avançando, no exercício de suas funções, o membro do MP é livre e independente, não 
ficando sujeito às ordens de seu superior hierárquico ou mesmo de outro Poder. O que há é 
hierarquia no sentido administrativo, mas nunca de índole funcional.
Comentando esse princípio, Alexandre de Moraes, hoje ministro do STF, diz que
Nem seus superiores hierárquicos podem ditar-lhes ordens no sentido de agir desta ou daquela 
maneira dentro de um processo. Os órgãos de administração superior do Ministério Público podem 
editar recomendações sobre a atuação funcional para todos os integrantes da Instituição, mas 
sempre sem caráter normativo (MORAES, 2008).
Voltando ao Processo Penal, no artigo 28 do CPP consta que se o Juiz não concordar 
com o pedido de arquivamento de inquérito feito pelo promotor de Justiça, deveria remeter 
os autos ao Chefe da Instituição. Este, por sua vez, teria três opções: a) oferecer, ele próprio, 
a denúncia; b) indicar que outro promotor ofereça a denúncia, agindo em seu nome (longa 
manus); e c) insistir pelo arquivamento, opção em que o juiz deveria arquivar.
Note que o chefe da instituição jamais poderá obrigar que aquele primeiro membro do MP 
atue em sentido diverso de seu entendimento.
1.3. princípio do proMotor nAturAl
De antemão, lembre-se: existe o princípio do juiz natural (artigo 5º da Constituição); existe 
o princípio do defensor natural (artigo 4º-A da LC n. 80/1994), mas não existe o princípio do 
delegado natural.
Agora é hora de falarmos sobre o princípio do promotor natural.
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Embora haja certa resistência (minoritária), prevalece a orientação segundo a qual tam-
bém se admite o princípio do promotor natural. Ele decorreria da norma contida no art. 5º, 
inciso LIII (‘ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente’).
No STF, a questão referente à existência do princípio do promotor natural não é pacífica. 
No ano de 1992, houve julgamento do Plenário, no qual quatro ministros defenderam a inexis-
tência desse princípio. No entanto, as decisões mais recentes mencionam a sua existência, 
razão pela qual acredito ser essa a posição atual do Tribunal(STF, HC n. 95.447).
Mas o que se entenderia pelo princípio do promotor natural? Ele não se choca com o prin-
cípio institucional da indivisibilidade?
Como você viu anteriormente, um membro do MP pode ser substituído pelo outro, pois 
quem atua é a instituição, e não a pessoa. A partir disso, criou-se um entendimento (minori-
tário) no sentido de que não haveria o princípio do promotor natural.
Contudo, o que se impede é a figura do promotor de exceção, que a partir de manipulação ca-
suística, recebe uma designação específica, em nítido caráter de perseguição (STF, HC n. 136.503).
Exemplificando, pense aí que um grande criminoso, já conhecido pelos promotores da capital, 
pratique um crime de homicídio doloso numa pequena cidade no interior daquele estado.
Naquela longínqua Comarca, o promotor que atua acabou de ingressar na instituição. 
Então, “para não perder o júri”, o MP designa seu melhor quadro para não deixar escapar uma 
sentença de condenação.
Note que no bizarro exemplo por mim criado o promotor experiente no júri foi mandado “por 
encomenda” para aquela Comarca, a fim de participar apenas do julgamento do “bandidão”.
Mas suponhamos que o MP estadual tenha instituído um grupo de apoio para atuar em situ-
ações complexas, envolvendo, por exemplo, crimes praticados por organizações criminosas.
Nesse caso, será que o PGJ poderia enviar os membros desse grupo de apoio, afastando 
o promotor natural da comarca?
A questão foi enfrentada pelo Plenário do STF, tendo o tribunal entendido que o PGJ pode 
avocar funções afetas a outro membro do MP, mas isso dependeria de dois fatores: a) con-
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cordância do promotor natural; e b) deliberação do Conselho Superior – antes da avocação e 
depois da aceitação (STF, ADI n. 2.854). 
O princípio do promotor Natural impede a figura do promotor de exceção, que a partir de mani-
pulação casuística, recebe uma designação específica, em nítido caráter de perseguição.
1.4. AutonoMiA FuncionAl, AdMinistrAtivA e orçAMentáriA
Em relação à autonomia administrativa, a Constituição prevê que o MP poderá propor ao Po-
der Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concur-
so público de provas ou de provas e títulos, política remuneratória e os planos de carreira.
É com base na autonomia deferida pela Constituição que o STF assentou o entendimento 
segundo o qual o Ministério Público não se submete a controle interno, feito pelo Executivo 
(STF, ADI n. 2.513).
Ao contrário, essa instituição, assim como todo o Poder Público, está sujeita ao controle 
externo, realizado pelo Legislativo com o apoio dos Tribunais de Contas, e ao controle feito 
pelo CNMP.
Fique atento(a) a um detalhe: você lembra que cargos e órgãos públicos são criados por 
lei, certo?
Pois é, em razão disso, foi declarada a inconstitucionalidade de lei estadual que permitia a 
criação de procuradorias e de promotorias de justiça, por meio de ato infralegal editado pelo 
procurador-geral de Justiça. Em vez de ato infralegal, a criação desses órgãos deveria ser feita 
por lei (STF, ADI n. 1.757).
Quanto à autonomia financeira, assim como acontece em relação ao Poder Judiciário, o 
próprio MP é responsável pela elaboração de sua proposta orçamentária, obviamente dentro 
dos limites estabelecidos na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Sobre o tema, entende-se que o MP pode deflagrar o processo legislativo de lei concernen-
te à política remuneratória e aos planos de carreira de seus membros e servidores. Em outras 
palavras, é dele a iniciativa para projetos de lei de seu interesse (STF, ADI n. 603).
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Ah, tal qual acontece com as propostas de iniciativa do Executivo e do Judiciário, não cabe 
emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa do Ministério Público que importe aumento 
de despesa (ADI n. 4.075).
Repare em um ponto: foi declarada a inconstitucionalidade de uma lei estadual, ao argu-
mento de que ela (a norma) não poderia fazer:
compreender na autonomia financeira do Ministério Público a competência para elaborar 
o seu próprio orçamento, sem a participação do Poder Legislativo (STF, ADI n. 1.757).
Ou seja, em matéria de orçamento, o MP – assim como o Judiciário e a Defensoria – 
apenas envia a proposta para ser consolidada pelo Executivo e, a partir daí, ser votada a LOA 
pelo Legislativo.
Ainda dentro da autonomia conferida pela CF, o STF entende ser constitucional dispositivo 
de Constituição Estadual que assegura ao MP a autonomia financeira e a iniciativa do PGJ 
para propor ao Legislativo a criação e a extinção de cargos e serviços auxiliares, bem como a 
fixação dos vencimentos dos membros e servidores (Informativo 907 STF).
Agora imagine a seguinte situação: o PGJ de determinado MP Estadual indefere o pagamento 
de gratificação a servidores do órgão. Acontece que essa decisão é reformada por outra, pro-
ferida pelo Colégio de Procuradores do mesmo MP.
Então, ao ser acionado, o CNMP revoga o ato do Colégio de Procuradores, restabelecendo a 
decisão do PGJ.
Só que esse “balaio de gatos” não tem fim e o sindicato dos servidores resolve ir ao STF, bus-
cando o pagamento da gratificação aos servidores.
Ao julgar, o Tribunal primeiro reafirmou a orientação de que não existe direito ao duplo grau de 
jurisdição na instância administrativa.
Na sequência, foi decidido que exatamente em razão da ausência do duplo grau, nem o CNMP 
nem o Colégio de Procuradores seriam competentes para rever ou modificar atos de natureza 
discricionária do procurador-geral, no âmbito de seu poder de gestão e administração da uni-
dade ministerial, quando tais atos respeitem a legalidade, a proporcionalidade e a moralidade 
(STF, MS n. 34.472).
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Ainda dentro do tema autonomia do Ministério Público, o STF declarou a inconstitucionali-
dade de emenda à Constituição de Rondônia, que ampliou o rol de autoridades a serem inves-
tigadas e processadas, no âmbito cível, pelo PGJ. 
O dispositivo questionado dizia competir exclusivamente ao PGJ promover o inquérito civil 
público e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente 
e de outros interesses difusos e coletivos quando praticados pelo governador do estado, pe-
los membros do Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público e da Defensoria 
Pública.
O problema é que a emenda à Constituição invadiu competência reservada ao presidente 
da República (normas gerais de organização do MP) e atribuição dada privativamente ao chefe 
do MP Estadual de elaborar projeto de lei complementar.
Para piorar, houve ampliação das regras previstas na Lei n. 8.625/1993, segundo as quaisse garante a atribuição do PGJ para propor o ICP e a ACP por atos do governador do estado, do 
presidente da Assembleia Legislativa ou dos presidentes de tribunais. 
Assim, ao alargar a atuação do PGJ, o dispositivo estadual violou as normas constitucio-
nais (STF, ADI n. 5.281).
Mais uma polêmica: a Lei n. 10.001/2000 trazia a previsão de prioridade na tramitação de 
processos e procedimentos decorrentes de relatórios das CPIs.
Daí a PGR foi ao STF alegando inconstitucionalidade ao argumento de que a lei violava a 
independência funcional do Ministério Público. 
Porém, o Tribunal rejeitou o pedido e confirmou a validade da norma, pontuando que, em-
bora influencie indiretamente o trabalho do Ministério Público, a prioridade no processamento 
das conclusões da CPI não fere a autonomia do órgão.
Pesaram na decisão a importância e o interesse público do trabalho das CPIs, inseridas na 
função fiscalizatória do Congresso Nacional sobre a administração pública, viabilizando uma 
das facetas do sistema de freios e contrapesos, essencial à democracia (STF, ADI n. 5.351).
Por falar em CPI, o STF declarou a inconstitucionalidade de dispositivo da Constituição da 
Bahia, que previa a possibilidade de a CPI convocar o PGJ (chefe do Ministério Público esta-
dual) e dirigentes da administração indireta. A norma previa, inclusive, a responsabilização por 
crime de responsabilidade em caso de descumprimento ao chamado da CPI.
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Na ocasião, prevaleceu a ideia de que deveria ser respeitada a simetria com o artigo 50 da 
CF, o qual permite a convocação de ministros de Estado ou titulares de órgão diretamente su-
bordinados ao chefe do Poder Executivo. Ah, CPI estadual não pode convocar o PGJ, mas pode 
convocar o PGE (chefe da advocacia pública estadual), por estar subordinado diretamente ao 
governador (STF, ADI n. 6.651).
1.5. diFerentes rAMos existentes no Ministério público
Além do Ministério Público da União (MPU), existe também o Ministério Público Estadual 
(MPE) e aquele que atua junto aos Tribunais de Contas (MP/Contas).
De outro lado, convém alertar que não existe Ministério Público municipal – também não 
há Judiciário ou Defensoria Pública na esfera municipal.
O MPU abrange quatro ramos:
a) Ministério Público Federal – MPF;
b) Ministério Público do Trabalho – MPT;
c) Ministério Público Militar – MPM;
d) Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios – MPDFT.
Um detalhe: os membros do MPT atuam dentro da estrutura da Justiça do Trabalho, nos 
diferentes graus de jurisdição. Eles têm legitimidade para atuar junto ao TST, mas não junto ao 
STJ. Neste último tribunal, quem atua são os Subprocuradores-Gerais da República, integran-
tes do MPF (STJ, CC n. 122.940).
Eu já falei isso anteriormente, mas vou repetir: agora, prevalece no STF a orientação de que 
cabe ao CNMP dirimir conflito de atribuições entre membros do Ministério Público Federal e do 
Ministério Público Estadual (STF, ACO n. 843).
Vou cuidar primeiro do MP/Contas, pois ele merece tratamento especial.
1.5.1. Ministério Público Junto aos Tribunais de Contas (MP/Contas)
De acordo com o artigo 130 da Constituição, aos membros do Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas se aplicam as mesmas disposições pertinentes a direitos, vedações e for-
ma de investidura inerentes aos outros membros do MP.
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Um ponto importantíssimo: o MP/Contas não se insere na estrutura do MP comum, sejam 
os dos Estados, seja o da União.
Em razão disso, não podem os membros do MP Estadual atuar junto ao Tribunal de Con-
tas, ainda que transitoriamente (STF, MS n. 27.339).
Além disso, também se entende que o MP/Contas estadual não dispõe das garantias insti-
tucionais pertinentes ao Ministério Público comum dos Estados-membros, notadamente das 
prerrogativas que concernem à autonomia administrativa e financeira, ao processo de esco-
lha, nomeação e destituição de seu titular e ao poder de iniciativa dos projetos de lei relativos 
à sua organização (STF, ADI n. 2378).
É por essa razão que cabe ao respectivo Tribunal de Contas a iniciativa de projetos de lei 
de interesse do MP/Contas. Isso é o oposto do MP comum, que conta com o poder de dar o 
start nos projetos de lei de seu interesse.
Só mais uma coisinha...
Existe o MP/Contas atuando junto ao TCU, TCE e TCDF, mas não junto ao TCM-SP e o TCM-
-RJ (órgãos municipais). Quanto a esses últimos, o STF entendeu que não precisa ser criado 
Ministério Público especial. 
Prevaleceu a ideia de que não faria sentido falar em simetria aos modelos federal e estadu-
al na medida em que na esfera municipal não existe Ministério Público, Defensoria Pública ou 
Judiciário (STF, ADPF n. 292).
1.5.2. Chefia do MPU
Um alerta inicial: depois de tratar das chefias do MPU e do MPE/MPDFT eu farei um quadro 
comparativo para facilitar a visualização, ok?
O chefe do MPU é o procurador-geral da República – PGR. Ele é nomeado pelo presidente 
da República, dentre integrantes da carreira, com mais de 35 anos, após a aprovação de seu 
nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução.
Note que não há limitação no número de reconduções. Ou seja, pode o PGR ser recondu-
zido ao cargo quantas vezes o presidente da República quiser. Contudo, em todas as recondu-
ções será necessária a aprovação pelo Senado.
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Para tentar ajudar – talvez você não se lembre –, quando o Brasil era presidido por Fernando 
Henrique Cardoso o então PGR, Geraldo Brindeiro, ficou oito anos consecutivos no cargo.
Outra coisa: na escolha do PGR não há elaboração de lista tríplice. Apenas se exige que a 
indicação recaia sobre um integrante da carreira.
Daí você me fala;
Professor, eu vi no noticiário que foi elaborada uma lista tríplice recentemente para a es-
colha do novo PGR.
Pois é, o que acontece é que informalmente a Associação Nacional dos Procuradores da 
República – ANPR – elabora uma lista como espécie de sugestão ao presidente da República.
Desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, passando por Dilma e por Temer, o esco-
lhido sempre foi algum dos integrantes da lista.
Daí, em 2019, quando Bolsonaro assumiu a Presidência, chegou a hora de substituir a en-
tão PGR, Raquel Dodge.
Novamente a ANPR encaminhou uma lista tríplice, mas a escolha presidencial recaiu sobre 
o subprocurador-geral Augusto Aras, que estava fora da lista. Alguma ilegalidade? Nenhuma.
Repito: não há obrigatoriedade de o presidente escolher um nome da lista.
Avançando, antes do término do prazo de dois anos, é possível a destituição do PGR, que de-
penderá de iniciativa do presidente da República e de autorização demaioria absoluta do Senado.
Veja que o Senado e o presidente participariam do processo de escolha e também de des-
tituição antes do término do biênio.
Cabe, ainda, lembrar que o PGR será o presidente do Conselho Nacional do Ministério 
Público, sendo membro nato. Em outras palavras, o tempo em que ele ficar como PGR perma-
necerá à frente do CNMP.
Na escolha do PGR não há formação de lista tríplice. O nome indicado pelo presidente da Re-
pública precisa ser sabatinado por maioria absoluta do Senado Federal.
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1.5.3. Chefia dos MPEs e do MPDFT
Tanto no âmbito estadual quanto no Distrito Federal o Ministério Público é chefiado pelo 
Procurador-Geral de Justiça – PGJ.
Diferentemente do que você viu com o PGR, aqui há lista tríplice. Ela deve ser elaborada 
entre integrantes da carreira, sendo que todos os membros (Promotores e Procuradores de 
Justiça) participam da votação.
Formada a lista, ela é encaminhada para o Chefe do Poder Executivo para que faça a esco-
lha de um nome. O indicado terá mandato de dois anos, permitida uma recondução.
Você notou quando eu falei que a escolha caberia ao Chefe do Executivo, e não ao governador?
É que só caberá ao governador fazer a escolha se estivermos tratando de MP Estadual.
Contudo, no caso do MPDFT, cabe ao presidente da República indicar um nome entre os 
integrantes da lista. Isso porque, como você viu, o MPDFT é um dos ramos do Ministério Pú-
blico da União.
Em nova diferença em relação ao PGR, o PGJ só pode ser reconduzido uma vez. A pro-
pósito, o STF já decidiu que será inconstitucional norma estadual que permita reconduções 
sucessivas (STF, ADI n. 3.077).
Também é possível a destituição do PGJ antes do prazo de dois anos. O § 4º do artigo 128 
da CF prevê que os procuradores-gerais nos estados e no Distrito Federal e territórios poderão 
ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo.
Um ponto importantíssimo para as provas: o STF entende ser inconstitucional norma da 
Constituição Estadual que preveja a participação da Assembleia Legislativa na escolha do 
PGJ (STF, ADI n. 452).
Aliás, também de declarou a inconstitucionalidade de outra norma estadual, que previa 
que, vagando o cargo de PGJ no curso do biênio, o novo titular apenas completaria o período 
restante, e não iniciando novo biênio (STF, ADI n. 1.783).
Mas lembre-se de que o inferno tem subsolo e que a criatividade do legislador às vezes não 
tem limites...
Por meio da iniciativa parlamentar (erro 1, vício de iniciativa, que seria do procurador-geral, 
regulada por lei complementar), alterou-se a Constituição do estado de Rondônia para prever 
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que a escolha do PGJ seria restrita por meio de votação em turno único, sem formação de 
lista tríplice (erro 2, a lista é obrigatória), restrita a membros vitalícios (erro 3, não há essa li-
mitação), sem passar pelo governador (erro 4, é o chefe do Executivo quem escolhe). Ou seja, 
estava tudo errado (STF, ADI n. 5.653).
De acordo com o § 5º do artigo 128 da CF, leis complementares da União e dos estados, 
cuja iniciativa é facultada aos respectivos procuradores-gerais, estabelecerão a organização, 
as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público.
É exatamente por essa razão que as normas estaduais não podem nascer de iniciativa 
parlamentar, mesmo que essa mudança seja feita por meio de emenda à Constituição (STF, 
ADI n. 5.171).
Na escolha do PGJ há formação de lista tríplice, mas não existe a previsão de sabatina 
do nome. Será inconstitucional norma da Constituição Estadual que exija aprovação da 
Assembleia Legislativa.
1.5.4. Quadro Comparativo entre PGR e PGJ
Algumas linhas aí para cima eu avisei que faria um quadro comparando os critérios de 
escolha dos Chefes do MPU e do MPE/MPDFT. Chegou a hora!
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DIFERENÇA ENTRE PGR e PGJ
CRITÉRIOCRITÉRIO PGRPGR PGJPGJ
O que o cargo significa? É o chefe do MPU É o chefe do MP Estadual e do MPDFT.
Quem escolhe?
É escolhido pelo presidente 
da República entre integran-
tes da carreira
É escolhido pelo Chefe do Executivo, 
entre integrantes de lista tríplice ela-
borada por toda a carreira.
MPE: governador escolhe.
MPDFT: presidente escolhe.
Há lista tríplice? Não Sim
Há sabatina pelo órgão 
do Legislativo (Senado ou 
Assembleia Legislativa)?
Sim, pelo voto de maioria 
absoluta dos Senadores, em 
votação secreta.
Não! Se norma estadual previr saba-
tina, será inconstitucional.
É possível a destituição 
antes do término do biênio?
Sim
Dependerá de iniciativa do 
presidente da República e de 
autorização de maioria abso-
luta do Senado.
Sim
Dependerá de autorização de maioria 
absoluta dos membros do Legislativo 
(AL no caso dos estados e Senado 
para o MPDFT).
1.6. Foro por prerrogAtivA de Função
É do Tribunal de Justiça a competência para julgar todos os membros do Ministério 
Público Estadual nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da 
justiça Eleitoral.
Agora quanto aos membros do MPU é a hora que a porca torce o rabo...
Antes de detalhar as regras, eu lembro que o MPU possui quatro ramos, a saber: MP Fede-
ral; MP do Trabalho; MP Militar; e MPDFT.
Veja como fica:
1) O PGR, chefe da instituição, será julgado, nos crimes comuns, pelo STF e, nos crimes de 
responsabilidade, pelo Senado.
2) Os membros do MPU que atuem perante Tribunais (de 2ª instância ou Superiores) se-
rão julgados, nos crimes comuns + responsabilidade, pelo STJ.
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3) Os membros do MPU que atuam na primeira instância serão julgados, nos crimes co-
muns + responsabilidade, pelo respectivo TRF (sempre ressalvada a competência da 
Justiça Eleitoral).
Cuidado com uma particularidade: os membros do MPDFT recebem o mesmo nome dos 
membros do MP Estadual. Ou seja, temos promotores de Justiça, Procuradores de Justiça e o 
Procurador-Geral de Justiça.
E, embora o TJDFT também seja organizado e mantido pela União, o STF, invocando o 
princípio da especialidade, entendeu que não cabe ao TJ julgar os membros do MPDFT. Em 
outras palavras, os membros de nenhum dos ramos do MPU serão julgados pelos TJs (STF, 
RE n. 418.852).
Dito isso, eles serão julgados pelo TRF (promotores de Justiça) ou pelo STJ (procuradores 
de Justiça e o procurador-geralde Justiça).
Outra coisa: tanto aí em cima, quanto no quadro a seguir, você vai ver que somente para 
quem é julgado na 2ª instância – TJ ou TRF – é que se ressalva a competência da Justiça 
Eleitoral. Logo, as autoridades com foro perante o STF ou STJ serão julgadas nesses Tribunais 
mesmo nos crimes eleitorais. Para eles, vale a máxima segundo a qual “infrações penais co-
muns” abrangem crimes comuns, crimes eleitorais, crimes militares e contravenções penais 
(STF, RCL n. 511).
Sistematizando:
Foro para julgamento de membros do Ministério Público
Ministério Público EstadualMinistério Público Estadual Ministério Público da UniãoMinistério Público da União
PGJ
Em crime comum TJ
PGR
Em crime comum STF
Em crime de responsa-
bilidade
TJ
Em crime de respon-
sabilidade
Senado Federal
Se atuar em 2ª instância
TJ, exceto
crime eleitoral
Se atuar em tribunal
(2ª instância ou superior)
STJ
Se atuar em 1ª instância
TJ, exceto
crime eleitoral
Se atuar na 1ª instân-
cia
TRF, exceto crime eleitoral
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Os membros do MPDFT que atuam na primeira instância (promotores de Justiça) serão jul-
gados pelo TRF. Já os que trabalham na 2ª instância (procuradores de Justiça) respondem 
perante o STJ.
1.7. gArAntiAs
As garantias e vedações do Ministério Público seguem, em linhas gerais, as mesmas re-
gras já estudadas em relação ao Poder Judiciário. É claro que as diferenças, embora sutis, são 
perguntadas nas provas.
Vamos começar pelas garantias!
1.7.1. Vitaliciedade
É adquirida após dois anos de efetivo exercício, para aqueles que ingressam, mediante 
concurso público, na 1ª instância.
Lembro, ainda, que os conceitos de vitaliciedade e de titularidade não se confundem. Des-
se modo, pode um promotor titular não ser vitalício, assim como pode um promotor já vitalício 
ainda ser substituto.
Por outro lado, vitaliciedade e estabilidade apresentam algumas distinções. Para se 
olhar para apenas uma delas, o prazo para a aquisição da estabilidade é bem maior – três, 
e não dois anos.
Fique atento(a), pois os detentores de vitaliciedade (Magistrados, Membros do Ministério 
Público e dos Tribunais de Contas) mantêm as prerrogativas do cargo após a aposentadoria, 
mas uma delas – talvez a mais importante para as provas – não é mantida: o foro especial.
Então, pedimos sua atenção porque o STF entende que, com a aposentadoria, acaba o foro 
por prerrogativa de função. Exemplificando, um Procurador-Geral da República que estivesse 
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respondendo a ação penal perante o STF, caso se aposente, o processo passará a tramitar na 
1ª instância (STF, RE 549.560)!
1.7.2. Inamovibilidade
Os membros do MP não podem ser removidos de ofício, salvo se houver motivo de in-
teresse público. A decisão para afastar a inamovibilidade do magistrado será tomada pela 
maioria absoluta dos membros do próprio órgão. Fique de olho, pois esse quórum era de 2/3 
até a EC n. 45/2004.
Acerca do tema, os artigos 216 a 218 da LC 75/93 (Lei Orgânica do MP) preveem que os 
membros do MP são designados para atuar nos ofícios, pelo prazo de dois anos.
Porém, essa fixação de prazo foi questionada no STF, pois se alegava a possibilidade de 
remoção dos membros de suas funções de forma indevida, caso, por exemplo, estivessem 
incomodando algum poderoso.
Ao julgar o caso, o STF seguiu o voto do Relator, segundo o qual deveria ser afastada qual-
quer interpretação que possa implicar remoção de procuradores da República de seu ofício de 
lotação (STF, ADI n. 5.052). 
1.7.3. Irredutibilidade de Subsídios
Nesse ponto, destaca-se a observância do teto do funcionalismo e o pagamento de tributos.
Ah, importante lembrar que verbas de caráter indenizatório (exemplo, férias pagas em pe-
cúnia) não se submetem ao teto constitucional.
Com a aposentadoria do magistrado ou membro do Ministério Público, terminam o foro espe-
cial e a proibição para a dedicação a atividades político-partidárias.
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1.8. proibições
Se, de um lado, a Constituição assegura um leque de garantias, de outro consagra diversas 
vedações, justificadas pela importante função exercida por esses agentes estatais.
Veja as principais proibições previstas no artigo 128, § 5º, II, bem assim as pontuações que 
diferenciam os membros do MP dos magistrados:
1.8.1. Exercício de Outro Cargo ou Função
Veda-se o exercício de outro ofício ou profissão, ainda que em disponibilidade, salvo uma 
de magistério.
Quando se fala “salvo uma de Magistério”, não há uma restrição numérica, mas, sim, li-
gada à compatibilidade de horários, para que não haja prejuízo à função (STF, ADI n. 3.126).
Lá no Poder Judiciário eu citei resolução do CNJ, por meio da qual se entendeu pela proi-
bição do exercício de atividades de coaching, mentoria ou similares aos juízes (Resolução n. 
226/2016). 
Pois é, em fevereiro de 2021 foi a vez de o CNMP editar ato normativo semelhante, proibin-
do as mesmas atividades aos integrantes do Ministério Público. As alterações foram incorpo-
radas à Resolução n. 73/2011.
Ainda com base nesse dispositivo, proíbe-se que membros do Ministério Público ocupem 
cargos que estejam fora da estrutura da própria instituição (STF, ADI n. 3.574).
Tente aí puxar pela memória um acontecimento relativamente recente: a então presidente 
Dilma, já mais para o final do mandato, indicou para o cargo de ministro da Justiça um procu-
rador de Justiça do MP/BA.
Dentro da proibição ora comentada, decidiu-se que para ocupar o cargo de Ministro de Es-
tado ele deveria abandonar o MP/BA, o que não aconteceu.
Então, a ex-presidente nomeou outro membro do MP para o cargo de ministro da Justiça. 
A diferença é que o escolhido, o subprocurador-geral da República Eugênio de Aragão, havia 
ingressado no MP antes de 1988, não lhe sendo imposta a proibição (STF, ADPF n. 388).
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Ah, considerando o entendimento do STF no sentido de que, na acumulação lícita de car-
gos públicos deve ser observado o teto de remuneração em cada cargo isoladamente e não 
na somatória dos valores, é possível que na prática os ganhos do membro do MP superem o 
subsídio mensal pago aos ministros do STF.
1.8.2. Quarentena de Saída
Todo cuidado é pouco aqui, pois são muitas questões cobrando este assunto: você viu que 
são exigidostrês anos de atividade jurídica para o ingresso na carreira (quarentena de entrada).
Agora é hora de vermos a quarentena de saída, que nada mais é do que o período em que 
se proíbe que o membro do MP exerça a advocacia no juízo ou Tribunal no qual oficiava, tam-
bém pelo período de três anos.
Note que a restrição alcança o Tribunal de onde o membro oficiava, ainda que a Corte tenha 
jurisdição em todo o território nacional. Assim, poderia o PGR após a sua aposentadoria advo-
gar em processos na 1ª instância, sem a necessidade de aguardar o triênio.
1.8.3. Dedicação a Atividades Político-partidárias
Para os magistrados, essa vedação já estava prevista desde o texto original da Constitui-
ção, do ano de 1988. Por sua vez, a proibição só alcançou os membros do Ministério Público 
com a EC n. 45/2004.
Tem mais: o STF entende que a vedação ao exercício de atividade político-partidária cons-
titui causa absoluta de inelegibilidade, impedindo tanto a filiação a partidos políticos quanto 
a disputa de qualquer cargo eletivo, não importando se o membro ingressou no MP antes ou 
após a EC 45/04. A proibição não continua em caso de aposentadoria ou exoneração (STF, ADI 
n. 2.534).
1.8.4. Exercício da Advocacia e Recebimento de Custas ou Honorários
Note que os membros do Ministério Público não podem exercer a advocacia nem mesmo 
em causa própria (STF, HC n. 76.671).
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A proibição, contudo, encontra uma exceção: os membros que ingressaram antes da 
Constituição de 1988 puderam optar entre a vitaliciedade e a estabilidade.
A quem optou pela estabilidade, foi permitido o exercício da advocacia.
Tirando tal excepcionalidade, também não poderá haver o recebimento de honorários, per-
centagens ou custas processuais.
1.9. Funções institucionAis
Esse é o ponto alto das provas relacionadas ao Ministério Público. O artigo 129 lista algu-
mas atribuições, chamando-as de funções institucionais.
Vou apresentar cada uma delas e fazer comentários às mais importantes:
I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
Vamos por partes! O MP é o titular da ação penal pública. Logo, é ele quem atuará como 
órgão acusador.
O primeiro ponto que enseja grande discussão é sobre a (im)possibilidade de o MP fazer 
investigações, coletar provas.
Embora o artigo 144 da Constituição diga que cabe exclusivamente à polícia federal e à polícia 
civil a tarefa de polícia judiciária (responsável pelas investigações), prevaleceu no STF e no STJ 
a orientação segundo a qual seriam legítimas as provas coletadas pelo MP (STF, HC n. 91.661).
Adotou-se no caso a teoria norte-americana dos princípios implícitos – “quem pode o 
mais, pode o menos”.
Como assim?
Ora, se o MP é o titular da ação penal, cabe a ele oferecer a acusação. Mas para isso ele 
precisa de provas, certo?
Então, ele pode requisitar as provas à autoridade policial ou ainda coletá-las diretamente. 
Afinal, quem pode o mais (acusar), pode o menos (coletar provas para acusar)!
De todo modo, não esqueça que a presidência do inquérito policial é atividade privativa do 
Delegado de Polícia, não podendo ser exercida pelo Ministério Público (STF, RHC n. 81.326).
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Aragonê, você me disse que o MP é o titular da ação penal. Mas e se ele permanecer iner-
te, mesmo diante da notícia de um grave crime?
É justamente nesses casos que se permite o uso da ação penal privada subsidiária da pú-
blica, prevista lá no artigo 5º, LIX, da Constituição.
Falando abreviadamente – o assunto é mais afeito ao Processo Penal –, temos quatro 
tipos de ações penais:
a) ação penal pública: subdivide-se em incondicionada (regra em nosso ordenamento); condiciona-
da à representação do ofendido; e condicionada à requisição do Ministro da Justiça (crimes contra 
o presidente da República).
b) ação penal privada: o particular age com uma queixa-crime. Seria para aqueles crimes em que o 
maior interessado na condenação seja a própria vítima. Exemplo: crime contra a honra.
c) ação penal privada subsidiária da pública: mencionada aí em cima. É aquela possibilidade dada 
aos cidadãos para que iniciem a ação penal, ante a inércia do órgão acusador (Ministério Público).
d) ação penal pública subsidiária da pública: pouco conhecida da grande maioria dos concurseiros. 
Ela é a possibilidade dada a outro ente público de promover a denúncia diante da inércia do MP. Está 
presente, por exemplo, no artigo 80 do Código de Defesa do Consumidor.
Eu acrescento, por fim, que a peça inicial da ação penal pública é chamada de denúncia, ao 
passo que na ação penal privada ela recebe o nome de queixa-crime.
Ah, mas pera lá: o julgado que você viu anteriormente, sobre o poder de investigação do MP, 
desagradou os delegados de polícia e agradou o Ministério Público, certo?
Pois é, mas depois o jogo virou...
Isso porque, ao contrário do que queria a PGR, o STF entendeu pela validade dos disposi-
tivos da Lei n. 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas) que possibilitam ao delegado 
de polícia celebrar acordos de colaboração premiada. Nessa situação, deve ser ouvido o repre-
sentante do Ministério Público, mas a sua manifestação não terá caráter vinculante.
No julgamento, não se acolheu a tese da PGR segundo a qual somente o MP teria legitimi-
dade para oferecer acordos de colaboração premiada, tendo em vista o fato de ser o titular da 
ação penal pública (STF, ADI 5.508).
Outra coisa: em agosto de 2018, o STF firmou a compreensão de que cabe prioritariamente 
ao MP propor a ação de cobrança de multa decorrente de sentença penal condenatória transi-
tada em julgado (STF, ADI n. 3.150).
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Para contextualizar e facilitar sua compreensão, suponha que a pessoa tenha sido condena-
da, por roubo, a cumprir pena de cinco anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, além 
do pagamento de 12 dias-multa.
Então, o que o Tribunal entendeu foi que essa multa penal – 12 (doze) dias-multa, no meu 
exemplo – deverá ser cobrada prioritariamente pelo MP, pois continua a ser uma sanção crimi-
nal, embora possa ser considerada como dívida de valor.
Assim, a legitimidade prioritária para a ação de execução seria do Ministério Público, que 
deveria ajuizar a ação perante a Vara de Execuções Penais (VEP). Entretanto, caso o titular 
da ação penal, devidamente intimado, não propusesse a execução da multa no prazo de 
noventa dias, o juiz da execução criminal deveria dar ciência do feito ao órgão competente 
da Fazenda Pública (federal ou estadual, conforme o caso) para a respectiva cobrança na 
própria vara de execução fiscal.
Pois é, mas, se pode complicar, para que facilitar?
Digo isso porque o Pacote Anticrime (Lei n. 13.964/2019) alterou o artigo51 do Código 
Penal, de modo que na atual redação consta o seguinte:
Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da 
execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da 
Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.
Ou seja, pela leitura do Código Penal em sua atualidade, reforçou-se a legitimidade do MP 
para executar a multa penal, não falando na Procuradoria da Fazenda.
Embora se admita a possibilidade de o Ministério Público investigar, a presidência de inquéri-
to policial é ato privativo de Delegado de Polícia.
II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos 
assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, 
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
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A promoção do inquérito civil é privativa do Ministério Público. Ou seja, nenhum outro ente 
público pode presidir o inquérito civil, que serve muitas vezes como preparativo para a ação 
civil pública.
Traçando um paralelo, o inquérito policial é usado para instruir a ação penal pública, en-
quanto o inquérito civil é usado para dar suporte à ação civil pública.
No ano de 2.021 o STF declarou a inconstitucionalidade de uma alteração feita no artigo 
16 da Lei da Ação Civil Pública (LACP). Com isso, os efeitos de decisão em ação civil pública 
não devem ter limites territoriais, sob pena de restrição ao acesso à justiça e violação do prin-
cípio da igualdade. 
Para você entender melhor, veja o que dizia o artigo 16: 
A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão 
prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em 
que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova 
prova.
As decisões em ações civis públicas estão dentro do processo coletivo e otimizam o aces-
so à Justiça. O professor Gregório Assagra de Almeida fala em um microssistema processual 
coletivo, formado pela ação popular, ação civil pública, CDC, mandado de segurança coletivo 
(adiciono, por conta, o mandado de injunção coletivo e o habeas corpus coletivo).1 
Voltando para a decisão do STF, em seu voto, o Ministro Relator destacou que a alteração 
de 1997 na Lei da Ação Civil Pública ocorreu na contramão dos avanços na proteção de di-
reitos metaindividuais. Ele pontuou que, a partir da decisão e da coisa julgada, os efeitos e a 
eficácia da decisão não se confundem com a limitação territorial. Os efeitos têm a ver com os 
limites da lide. Não se poderia confundir limitação territorial de competência com os efeitos.
Fixada a competência de um caso, a decisão do julgador não poderia ter seus efeitos li-
mitados territorialmente. Para piorar, o artigo 16 exigiria a propositura de ações em todos os 
territórios de pessoas lesadas, o que vai contra o sistema brasileiro, violando os princípios da 
igualdade e da eficiência da prestação jurisdicional (STF, RE n. 1.101.937).
Avançando, diferentemente do que acontece com o inquérito civil, na ação civil pública há 
outros legitimados. A esse respeito, veja o teor do artigo 5º da Lei n. 7.357/1985 (LACP):
1 ALMEIDA, Gregório Assagra de. Manual das ações constitucionais. Belo Horizonte: Del Rey, 2007.
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Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I – o Ministério Público;
II – a Defensoria Pública;
III – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV – a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;
V – a associação que, concomitantemente:
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio 
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Sobre o tema, foi questionada junto ao STF a legitimidade da Defensoria Pública para atu-
ar nas tutelas coletivas. O Tribunal, então, confirmou a possibilidade de a Defensoria Pública 
ajuizar ações civis públicas (STF, ADI n. 3.943).
Lembro, na linha do que acabamos de ver, que ela (a Defensoria) não poderá promover 
inquérito civil.
Outra observação se impõe: a Lei n. 4.717/1965 (Lei da Ação Popular – LAP) diz que o 
legitimado para o ajuizamento da ação popular é o cidadão, vale dizer, o brasileiro no gozo de 
capacidade eleitora ativa (quem pode votar).
A LAP norma também prevê que, caso o cidadão desista da ação popular, o Ministério Pú-
blico poderá prosseguir com a ação – repare que não falou que o MP pode ajuizar.
A questão da (im)possibilidade de o MP ajuizar ação civil pública nas mais variadas situa-
ções é recorrente nas provas e na jurisprudência.
Então, vou destacar algumas delas, que serão mais exploradas nas provas do nível de ana-
lista para cima, mas vez ou outra aparecem até em provas de técnico. Vamos a elas?
Começando, o Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil pública cujo 
fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidade escolares (STF, Súmula n. 643).
De igual modo, o STF também entende que o MP pode ajuizar a ACP que vise anular ato 
administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público ou que busque 
defender direitos sociais relacionados ao FGTS, ou ainda quando se visa ao fornecimento de 
remédios a portadores de certa doença.
Mas tem uma orientação do STF que está lá no topo das cobranças: ela diz respeito à ilegi-
timidade do MP para ajuizar a ACP tratando sobre pretensão relativa à matéria tributária (STF, 
ARE n. 694.294).
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E quem disse que só o STF tem decisões envolvendo a legitimidade do MP e da Defensoria 
nas ações civis públicas? Confira algumas súmulas do STJ sobre o tema:
Súmula n. 601
O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, 
coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da pres-
tação de serviço público.
Súmula n. 329
O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patri-
mônio público.
Existem diversas espécies de inquéritos. Destacam-se: inquéritos policial, civil, administrati-
vo, policial-militar, judicial, parlamentar de inquérito, policial legislativo.
IV – promover a ação de inconstitucionalidade ou representaçãopara fins de intervenção da União 
e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
São cinco as ações do controle concentrado de constitucionalidade (sempre digo que elas 
cabem nos dedos de uma mão): ADI, ADO, ADC, ADPF e ADI Interventiva.
As quatro primeiras (ADI, ADO, ADC e ADPF) podem ser ajuizadas por nove legitimados, 
que são listados no artigo 103 da Constituição Federal: a) presidente da República; b) Mesa 
do Senado Federal; c) Mesa da Câmara dos Deputados; d) Mesa de Assembleia Legislativa 
ou da Câmara Legislativa do DF; e) governador de Estado ou do DF; f) procurador-geral da 
República (PGR); g) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); h) partido 
político com representação no Congresso; e i) confederação sindical ou entidade de classe 
de âmbito nacional.
A única ferramenta do controle concentrado que conta com regra diferente é a ADI Inter-
ventiva, exatamente o que estamos tratando agora.
Segundo a Constituição, ela pode ser proposta apenas pelo PGR, que fica sendo o único 
legitimado perante o STF.
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Aplicando o princípio da simetria, a Súmula n. 614 do STF diz que somente o PGJ tem le-
gitimidade para propor ADI interventiva por inconstitucionalidade de lei municipal.
A ADI Interventiva é cabível se houver violação a um dos princípios constitucionais sensí-
veis, previstos no artigo 34, VII, da Constituição.
Eles são chamados de sensíveis, pois, se forem violados, autorizam a intervenção federal, 
medida extrema em uma Federação. Vale lembrar que a característica central de uma Fede-
ração é a autonomia dos entes que a compõem, e ela (autonomia) será afastada no processo 
de intervenção.
V – defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI – expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando 
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII – exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no 
artigo anterior;
Aqui, lembro-me da observação que você viu anteriormente, no sentido de que o MP pode 
investigar, mesmo o artigo 144 da Constituição afirmando caber exclusivamente à PF e à PC 
as funções de polícia judiciária.
VIII – requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os funda-
mentos jurídicos de suas manifestações processuais;
Quando se fala no inquérito policial, você precisa lembrar que, se houver o seu arquiva-
mento, por decisão do juiz e a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser 
iniciada sem o surgimento de novas provas (STF, Súmula n. 524).
IX – exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, 
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
Repare que a própria redação do inciso IX do artigo 129 já deixa claro que o rol de atribui-
ções do Ministério Público é meramente exemplificativo, podendo ser ampliado.
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1.10. conselho nAcionAl do Ministério público (cnMp)
Na aula sobre o Judiciário eu ressaltei a importância do CNJ para as provas de concurso. 
No caso do CNMP, as questões aparecem em número bem menor, e normalmente estão liga-
das à composição do órgão.
Avançando, o CNMP também foi criado pela EC 45/04, também conhecida como Reforma 
do Judiciário.
Ele é competente para fazer o controle da atuação administrativa e financeira do Ministé-
rio Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.
Em sua composição, conta com quatorze membros, sendo oito deles da própria carreira, 
enquanto outros seis vêm de fora da estrutura da instituição.
Alias, traçando um paralelo, o CNJ tem quinze membros (um a mais, certo?). Deles, nove 
vêm do Judiciário e há também seis de fora. A paridade nos seis membros de fora do Poder/
Instituição, inclusive, é a mesma, como você logo verá.
Voltando ao CNMP, ele será presidido pelo PGR. O cargo de Corregedor será preenchido 
por um dos sete membros do Ministério Público – Estadual ou da União.
A duração do mandato é de dois anos, admitida uma recondução.
Há duas exceções a essa regra: a primeira, relativa ao PGR, que ficará na presidência do 
CNMP enquanto for PGR – mesmo que haja reconduções sucessivas, como aconteceu à épo-
ca de Geraldo Brindeiro.
A segunda em relação ao Corregedor, que não pode ser reconduzido – art. 130-A, § 3º, da 
Constituição.
Veja então a composição do Conselho:
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Composição CNMP
Oito vindos do Ministério 
Público
PGRPGR Será o Presidente do CNMP.Será o Presidente do CNMP.
Enquanto for PGR, será presidente (não há limitação 
de tempo).
4 MPU4 MPU 1 de cada ramo do MPU (MPF, MPT, MPM e MPDFT.
O Corregedor do CNMP será um dos sete integrantes O Corregedor do CNMP será um dos sete integrantes 
do MP. do MP. Ele não pode ser reconduzido.
3 MPE3 MPE
Seis vindos de fora 2 Juízes 1 indicado pelo STF e 1 
indicado pelo STJ
2 Advogados Indicados pelo Conselho 
Federal da OAB
2 Cidadãos 1 indicado pela CD
1 indicado pelo SF
Observação: o Presidente do Conselho Federal da OAB oficiará junto ao CNMP.
Não há dúvidas de que o CNJ é órgão do Poder Judiciário (isso está escrito no artigo 92 
da CF) e que, nessa condição, faz controle interno desse Poder – exceto em relação ao STF. 
Por outro lado, a jurisprudência do STF sinaliza a compreensão de que o CNMP exerceria 
o controle externo do Ministério Público. A esse respeito, vou colocar a seguir um trechinho 
de um julgado do STF:
O constituinte, ao erigir o Conselho Nacional do Ministério Público como órgão de con-
trole externo do Ministério Público, atribuiu-lhe, expressamente, competência revisio-
nal ampla, de sorte que não há vinculação à aplicação da penalidade ou à gradação da 
sanção imputada pelo órgão correcional local (CRFB/1988, art. 130-A, § 2º, IV). (STF, MS 
n. 34.712)
Vamos ver agora as atribuições do Conselho, previstas no artigo 130-A, § 2º:
I – zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos 
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
Lá dentro do Ministério Público eu contei uma mudança da orientação do STF que, de tão 
importante, vou repetir aqui mais uma vez, ok?
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Em 2020, a partir de voto proferido pelo ministro Alexandre de Moraes (que foi do MP-SP), o 
STF passou a entender que cabe ao CNMP dirimir conflito de atribuições entre membros do MP 
Federal e do MP Estadual.
Prevaleceu a orientação de que o CNMP possui isenção suficiente para definir, segundo as 
normas em que se estrutura a instituição, qual agente do Ministério Público tem aptidão para a 
condução de determinado inquérito civil.
Em compasso com o artigo 130-A da CF, o CNMP agiria no controle da atuação administra-
tiva do MP e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. Dentro desse controle, 
estaria zelando pela autonomia funcional e administrativa do MP, bem como pela legalidade dos 
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do MPU ou do MP Estadual. 
Trocando em miúdos, ficou vencedora a tese segundo a qual a solução de conflitos de atribui-
ções entre ramos diversos dos Ministérios Públicos pelo CNMP é a mais adequada, pois reforça o 
mandamento constitucional que lhe atribuiu o controle da legalidade das ações administrativas 
dos membros e órgãos dos diversos ramos ministeriais, sem ingressar ou ferir a independência 
funcional (STF, ACO n. 843).
II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos 
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Esta-
dos, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessá-
rias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;
Eu já disse isso lá no CNJ e repito aqui: os dois conselhos não têm competência para efetuar 
controle de constitucionalidade de lei, seja na via difusa ou na concentrada (STF, MS n. 27.744).
O que se permitiu em relação ao CNJ – e não haveria razão para entendimento diverso no 
CNMP – é que o Conselho poderia deixar de aplicar norma que entenda ser inconstitucional.
Relembrando, o caso julgado pelo STF envolvia uma determinação dada pelo CNJ para 
que um TJ exonerasse servidores nomeados sem concurso público para cargos em comissão 
que não se amoldavam às atribuições de direção, chefia ou assessoramento.
Frisou-se que a decisão do CNJ não configuraria controle de constitucionalidade, sendo 
exercício de controle da validade dos atos administrativos do Poder Judiciário (STF, PET 
n. 4656/PB).
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III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União 
ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar 
e correcional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remo-determinar a remo-
ção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas,ção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
O primeiro ponto que você precisa lembrar é que a Reforma da Previdência, trazida pela 
EC n. 103/2019, retirou da Constituição a aposentadoria compulsória com proventos propor-
cionais como forma de punição a magistrados e a membros do MP.
Antes dessa modificação, falava-se que o CNMP poderia aplicar penalidades como remo-
ção, disponibilidade e aposentadoria compulsória com proventos proporcionais.
Agora, o texto constitucional cita apenas a “remoção, disponibilidade e outras sanções 
administrativas”.
Mas fique atento: mesmo após a mudança na CF, o CNJ e o CNMP continuam aplicando a 
aposentadoria compulsória com base na LOMAN/LOMP. Prevaleceu o entendimento no sen-
tido de que o texto constitucional mantém a possibilidade de aplicação de outras sanções.
A título ilustrativo, em 2021, houve a aposentadoria compulsória de uma Desembargado-
ra do TJ-MS acusada de acobertar infrações praticadas por seu filho, dando-lhe privilégios 
indevidos. 
Você lembra que o CNMP e o CNJ não possuem jurisdição, certo?
Em razão disso, o Conselho não pode aplicar a pena de demissão de membros do MP, na 
medida em que ela (a demissão) depende de decisão judicial transitada em julgado.
IV – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério 
Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
Note que a competência do CNMP é para rever processos disciplinares apenas contra 
membros do MPU e do MPE.
O que quero dizer com isso é que o Conselho não tem competência para rever punição 
imposta a servidor do MP (STF, MS n. 28.827).
Ah, é importante destacar que a atuação do CNMP não é subsidiária, mas sim concorrente. 
Isso autoriza a que ele apure independentemente da ação da Corregedoria do órgão de origem. 
(STF, MS n. 28.620).
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Assunto exaustivamente cobrado pelas bancas examinadoras é o que trata da possibili-
dade de o CNMP rever os processos disciplinares de membros julgados há menos de um ano.
Dentro da premissa de que a atuação da Corregedoria do órgão não impede a atuação do 
CNMP, seja concomitante, seja posterior, é assegurada ao Conselho a atribuição de rever os 
PADs que tenham tramitado internamente. A deflagração do processo pode ocorrer por inicia-
tiva do próprio Conselho ou mediante provocação de algum interessado.
Fique atento(a) a um detalhe: quando está revendo processos disciplinares julgados nas 
Corregedorias, o CNMP tem o limite de um ano. Por outro lado, quando exerce a sua com-
petência originária para a apuração disciplinar, não haverá o parâmetro temporal de um ano 
(STF, MS n. 34.685).
V – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do 
Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista 
no art. 84, XI.
No mais, uma distinção importante: as ações contra o CNJ são julgadas pelo Plenário do 
STF, enquanto as que forem propostas contra o CNMP serão julgadas pelas Turmas do Tribunal.
E por que então tal diferença? É que o CNJ é presidido pelo presidente do STF, autoridade 
que atrairia o julgamento para o Pleno.
Agora imagine a seguinte situação: o PGJ de determinado MP estadual indefere o pagamento 
de gratificação a servidores do órgão. Acontece que essa decisão é reformada por outra, pro-
ferida pelo Colégio de Procuradores do mesmo MP.
Então, ao ser acionado, o CNMP revoga o ato do Colégio de Procuradores, restabelecendo 
a decisão do PGJ.
Só que esse “balaio de gatos” não tem fim e o sindicato dos servidores resolve ir ao STF, 
buscando o pagamento da gratificação aos servidores.
Ao julgar, o Tribunal primeiro reafirmou a orientação de que não existe direito ao duplo grau 
de jurisdição na instância administrativa.
Na sequência, foi decidido que exatamente em razão da ausência do duplo grau, nem o 
CNMP nem o Colégio de Procuradores seriam competentes para rever ou modificar atos de 
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natureza discricionária do procurador-geral, no âmbito de seu poder de gestão e administra-
ção da unidade ministerial, quando tais atos respeitem a legalidade, a proporcionalidade e a 
moralidade (STF, MS n. 34.472).
Há, ainda, a previsão de que leis da União e dos estados criarão Ouvidorias do Ministério 
Público competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra 
membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, represen-
tando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.
Tem mais: qualquer pessoa é parte legítima para representar ilegalidades perante o CNMP, 
porque a apuração é de interesse público (STF, MS n. 28.620).
Para finalizar, um ponto importantíssimo: quando o CNJ e o CNMP foram criados (EC n. 
45/2004), atribuiu-se ao STF a competência originária para julgar ações contra esses Conse-
lhos. O problema é que começaram a chegar muitos processos...
Daí veio uma interpretação restritiva da parte do STF: o termo “ações” passou a ser en-
tendido como “ações constitucionais”, restringindo o acesso ao Tribunal apenas para jul-
gamento de Habeas Corpus, Habeas Data, Mandado de Injunção e Mandado de Segurança. 
Resumindo, ficariam apenas os remédios constitucionais (HC, HD, MI e MS).
Ou seja, não seria competência do STF julgar ações ordinárias contra o CNJ (STF, AO n. 
1.706).
No entanto, numa reviravolta ocorrida em novembro de 2020, em decisão majoritária, pre-
valeceu a tese de que compete exclusivamente ao STF processar e julgar ações ordinárias 
contra decisões e atos administrativos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho 
Nacional do Ministério Público (CNMP) proferidas no âmbito de suas atribuições constitucio-
nais (STF, ADI n. 4.412). 
Assim, não há mais distinção se a ação é ordinária ou um remédio constitucional. O julga-
mento estará sempre dentro da competência originária do STF.
A competência do CNMP para rever processos disciplinares abrange apenas os Membros do 
MPU e do MPE, não se estendendo para punições impostas a servidor do Ministério Público.
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2. AdvocAciA públicA
Logo de cara tem a parte hoje que aparece nas “paradas de sucesso” das bancas 
examinadoras.
Preste atenção no trecho que vem agora, pois depois vou decompô-lo: é que segundo o 
artigo 131 da Constituição, “a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou 
através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe as 
atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
Repare você que a Constituição deferiu à AGU a missão de representar a União, sem res-
tringir a atuação a nenhum dos Poderes da República. Em razão disso, a representação judi-
cial ou extrajudicial vale para todos os Poderes da União.
Quer um exemplo? Outro dia, eu vi um caso em que o presidente do TJDFT impetrou mandado 
de segurança contra decisão do CNJ a qual obrigava que todos os juízes do Tribunal fizessem 
plantão – aqui no TJDFT, apenas os juízes substitutos fazem os plantões.
Advinha, então, quem foi o advogado responsável pela impetração do MS? A AGU, claro!
Ah, para você saber, o STF deferiu a liminar, suspendendo o ato do CNJ. No mérito, confir-
mou-se a decisão, o que significa que foi validada a decisão do TJDFT segundo a qual apenas 
os juízes substitutos precisariam fazer plantão (STF, MS n. 32.462).
Mas pera lá! Em outro julgado se decidiu que a Defensoria Pública tem a garantia de estar 
em juízo para defesa de suas prerrogativas e funções institucionais, não se mostrando ne-
cessário, nessa hipótese, que sua representação judicial fique a cargo da Advocacia-geral da 
União (STF, SL n. 866).
Prosseguindo, se de um lado, a União representa judicial e extrajudicialmente todos os 
Poderes da República, de outro, quando o assunto é a prestação de consultoria e assessora-
mento jurídico, a missão abrange apenas o Poder Executivo.
Como você vai fazer para lembrar isso?
Fácil! Basta você ter em mente que nós temos os Consultores Legislativos na Câmara dos 
Deputados e no Senado Federal. Ou seja, o Legislativo já tem seu corpo próprio de consulto-
res, que prestam a assessoria jurídica necessária.
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Já em relação ao Judiciário, ninguém melhor do que ele para entenderem do juridiquês. Logo, 
não teria cabimento algum o Judiciário pedir consultoria e assessoramento jurídico à AGU.
É dentro desse contexto que a atuação de consultoria e assessoramento jurídico prestada 
pela AGU se restringe ao Poder Executivo.
Agora que já falei sobre a missão da instituição – a AGU –, vou tratar do seu chefe, que 
é o AGU.
Pois bem, o advogado-geral da União ocupa cargo de livre nomeação pelo presidente da Re-
pública, dentre cidadãos com mais de 35 anos, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.
Note-se que na escolha do AGU não há formação de lista nem a necessidade de aprova-
ção do nome pelo Senado Federal.
Repare que, assim como os ministros de Estado, o cargo é de livre nomeação e livre dis-
pensa. No entanto, há dois pontos que diferenciam o AGU dos demais ministros:
Primeiro: a idade mínima para ser Ministro de Estado é de 21 anos, enquanto para o AGU 
se exige no mínimo 35 anos.
Segundo: nos crimes de responsabilidade, o AGU será julgado pelo Senado Federal, es-
tando ou não em conexão com o presidente ou Vice-Presidente da República (artigo 52, II). Se 
você bem lembra a situação dos ministros de Estado, eles serão julgados pelo STF tanto nos 
crimes comuns quanto nos de responsabilidade. A única hipótese de eles irem para o Senado 
na responsabilidade é em caso de conexão com o presidente ou Vice.
Só pelas duas ponderações aí de cima você já percebe que o AGU tem um status diferen-
ciado. O problema é que não lhe foi dado foro especial nos crimes comuns. Vale dizer, em tais 
crimes ele responderia perante o Juiz de 1ª instância.
Foi daí que se editou medida provisória (posteriormente convertida em lei) equiparando o 
AGU ao cargo de ministro de Estado. Houve questionamento no STF, mas o Tribunal entendeu 
pela constitucionalidade da norma (STF, INQ n. 1.660).
Então, nos crimes comuns, o AGU será julgado pelo STF, indo para o Senado Federal nos 
crimes de responsabilidade.
Vamos sistematizar?
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Procedimento de Escolha e competência para julgamento do AGU
Quem escolhe? Presidente da República
Há sabatina? Não
Candidato precisa ser da carreira? Não. É pessoa da confiança do PR, precisando ter 
notório saber jurídico e reputação ilibada.
É necessáriaautorização do Legislativo para destitui-
ção?
Não. É cargo em comissão, de livre nomeação e exo-
neração pelo PR.
Idade mínima? 35 anos, ao contrário dos demais ministros de Estado 
(21 anos)
Quem julga no crime comum? STF
Quem julga no crime de responsabilidade Senado, havendo ou não conexão com PR ou vice-PR
ObservaçõesObservações: 
1) a CF não previu procedimento de nomeação e destituição do PGE/PGDF. O tratamento fica a cargo da 
Constituição Estadual/LODF. Porém, o STF aponta que a destituição não pode ser condicionada à aprovação 
da AL/CLDF, por ser cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração. A orientação atual, inclusive, é no 
sentido de que a escolha não fica vinculada a integrantes da carreira (STF, ADI n. 5.211).
2) não é válida LC estadual que equipare o procurador-geral do Estado a secretário de Estado para dar-lhe 
foro especial.
Vamos olhar por outro ângulo, comparando a escolha do PGR, do PGJ e do AGU e, de que-
bra, vendo o foro para julgamento?
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PGR PGJ AGU
O que faz? Chefe do 
Ministério Público 
da União
Chefe do Ministério Público dos 
Estados e do DF
Chefe da Advocacia-Geral da 
União
Quem escolhe Presidente da 
República
MPE: Governador
MPDFT: PR
Presidente da República
Idade mínima 35 anos CF não prevê 35 anos
Procedimento de 
escolha
Escolha recai entre 
integrantes da 
carreira
Escolha recai entre integrantes 
da carreira
Livre escolha do Presidente. Não 
precisa ser da carreira.
Há lista tríplice? Não Sim Não
Há sabatina? Sim. 
Maioria absoluta 
do Senado Federal
Não há previsão na CF e não 
pode haver na CE.
Não
Mandato 2 anos, admitida a 
recondução
2 anos, admitida UMA recondu-
ção
Não há. Cargo de livre nomeação 
e livre exoneração
É possível a 
destituição 
antes do 
mandato?
Sim. Depende de 
iniciativa do PR e 
autorização de MA 
do SF
Sim. Depende de autorização de 
MA dos membros do Legislativo 
(AL no caso do MPE e SF para o 
MPDFT).
Não há mandato. Por ser cargo 
em comissão, Presidente nomeia 
e exonera a qualquer tempo.
Foro especial CC: STF
CR: Senado
MPE
CC: TJ
CR: TJ
MPDFT
CC: STJ
CR: STJ
CC: STF
CR: Senado (com ou sem cone-
xão com PR)
Mudando de assunto, para ingressar na carreira da advocacia pública, é exigido que o 
concurso seja de provas + títulos. 
Não há na Constituição Federal a necessidade de comprovação de três anos de prática 
jurídica – quarentena de entrada. Porém, nada impede que a regra própria da carreira exija a 
comprovação de algum período de experiência.
Outra coisa: a posse no cargo público já legitima a atuação do membro da advocacia 
pública. Nesse sentido, a Súmula n. 644/STF diz que ao titular do cargo de procurador de au-
tarquia não se exige a apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo.
Ainda na advocacia pública federal, há uma ramificação em três carreiras: o advogado da 
União, que atua na Administração Direta; o procurador federal, o qual representa a União na 
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Administração Indireta; e, por fim, o procurador da Fazenda Nacional, que é o advogado do 
governo em matéria tributária.
A propósito, o § 3º do artigo 131 diz que na execução da dívida ativa de natureza tributária 
caberá à Procuradoria-geral da Fazenda Nacional (PGFN) representar a União.
As funções de AGU serão exercidas, nos planos estadual, distrital e municipal, respec-
tivamente pelos procuradores-gerais dos Estados (PGE), do Distrito Federal (PGDF) e dos 
municípios (PGM).
Sobre o tema, o STF confirmou a constitucionalidade de lei estadual que atribui exclusi-
vamente ao PGE a competência para receber citação inicial ou comunicação referente a ações 
ajuizadas contra o estado. Prevaleceu a tese de que norma não legisla sobre direito proces-
sual, de competência privativa da União, detendo-se em procedimentos administrativos, cuja 
competência é concorrente (STF, ADI n. 5.773).
Outra coisa: segundo o artigo 132 da Constituição, compete às procuradorias dos estados 
atribuições para as atividades de consultoria jurídica e representação judicial das respectivas 
unidades federadas, mas apenas relativamente à administração pública direta, autárquica e 
fundacional. Ficam de fora as sociedades de economia mista e as empresas públicas, que 
contratam corpo jurídico próprio.
Em razão disso, declarou-se a inconstitucionalidade de norma estadual que conferia à Pro-
curadoria-geral do Estado competência para controlar os serviços jurídicos de entidades da 
administração estadual indireta, inclusive a representação judicial, com a possibilidade de avo-
cação de processos e litígios judiciais, de empresas públicas e sociedades de economia mista.
Prevaleceu a orientação de que, se a norma fosse validada, poderia haver uma ingerência 
indevida do governador na administração das empresas públicas e sociedades de economia 
mista, pessoas jurídicas de direito privado, o que impediria a defesa dessas entidades. Isso 
porque, como é o chefe do Poder Executivo estadual quem escolhe o procurador-geral do 
estado, num eventual litígio, por exemplo, entre uma sociedade de economia mista e a admi-
nistração pública direta, o governador poderia determinar a avocação do processo e defender 
o seu próprio interesse (STF, ADI n. 3.536).
Agora preste atenção a um assunto que pode ser cobrado nas provas tanto lá na parte de 
Ordem Social, quanto aqui nas Funções Essenciais à Justiça.
Começando, repare na seguinte tese, porque depois vou mostrar uma exceção a ela:
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É inconstitucional a criação de Procuradorias Autárquicas no âmbito dos Estados e do Dis-
trito Federal, em razão da violação à unicidade orgânica da advocacia pública estadual.
Você recorda que as universidades têm natureza jurídica de autarquias, certo?
Pois é, levando em conta a autonomia das universidades, o STF entendeu que as estadu-
ais também podem criar e organizar procuradorias jurídicas.
Essas procuradorias exerceriam um papel fundamental na defesa dos interesses das uni-
versidades, inclusive contra os próprios Estados-membros que as constituíram. Assim, não 
se falaria em violação ao art. 132 da Constituição (STF, ADI n. 5.215).
Outra coisa: determinada norma estadual retirou a obrigatoriedade de que os cargos de 
chefia nas assessorias jurídicas dos órgãos da Administração Direta do Poder Executivo e 
nas procuradorias das autarquias e das fundações estaduais fossem exercidos pelos procu-
radores de Estado.
Ao ser questionada no STF, a norma foi considerada inconstitucional por violar o caráter 
privativo das competências dos procuradores do Estado, violando o artigo 132 da Constitui-
ção (STF, ADI n. 5.541).
Indo à frente, a Constituição diz que o subsídio do desembargadorde TJ corresponde a 90,25% 
do que ganha o ministro do STF e que esse montante também serviria de parâmetros para o MP 
estadual, a Defensoria Pública Estadual e a Procuradoria (Advocacia Pública) Estadual.
É meio paradoxal, mas o STF afasta da aplicação do percentual de 90,25% exatamente os 
membros da magistratura estadual (desembargadores e juízes). Para eles, seria considerado 
o teto geral, correspondente aos ganhos de ministro do STF.
A explicação para essa decisão foi a seguinte: se for aplicado o texto explícito da Consti-
tuição, um juiz federal de 1ª instância seguirá o teto do STF, enquanto o desembargador de um 
TJ, que está na 2ª instância, estaria limitado ao percentual de 90,25% (STF, ADI-MC n. 3.854).
Ah, o artigo 37, XI, fala que nos municípios o teto é um só para Executivo e Legislativo (não 
existe Poder Judiciário, lembra?): o subsídio do prefeito.
Ocorre que o STF entendeu que os procuradores municipais estariam sujeitos ao mesmo 
teto dos procuradores estaduais, ou seja, de 90,25% do que ganha o ministro do STF.
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Adotou-se a compreensão de que a expressão “procuradores”, contida na parte final do 
inciso XI do art. 37 da Constituição, compreenderia os procuradores autárquicos, além dos 
procuradores da Administração Direta, o que conduz à compreensão de que os procuradores 
municipais também estão abrangidos pela referida locução (STF, RE n. 663.696).
Por falar em advogados públicos estaduais, eles têm direito à percepção de honorários 
advocatícios sucumbenciais nos processos em que atuam em nome do ente estatal, ficando 
os honorários limitados ao teto constitucional. A discussão que existia decorre do fato de eles 
já receberem a remuneração prevista para o cargo. Os defensores do pagamento justificam 
que a medida traria maior empenho no exercício das funções (STF, ADI n. 6.159).
Outra coisa: e se, ao invés de abrir a oportunidade de advogar, o Poder Público pagar uma 
gratificação aos procuradores estaduais? Isso seria válido?
Julgando o caso, o STF entendeu pela validade do pagamento de gratificação instituída 
para compensar os procuradores que optassem pelo Regime de Dedicação Exclusiva. Eles te-
riam uma gratificação de 30% sobre o subsídio e, em troca, não poderiam exercer a advocacia 
(judicial e administrativa) nem atividades de assessoria ou consultoria. Só poderiam exercer o 
magistério (STF, ADI n. 6.784).
Já que o assunto é dinheiro, preste atenção em mais uma decisão: o STF entendeu ser 
válida lei estadual que destine 5% da receita recebida pelos cartórios (custas e emolumentos) 
para um fundo especial da procuradoria-geral do estado.
Na ocasião, prevaleceu a orientação de que são válidas normas estaduais que destinam 
parcela da arrecadação dos cartórios a fundos dedicados ao financiamento da estrutura do 
Poder Judiciário ou de órgãos e funções essenciais à Justiça, como o Ministério Público e da 
Defensoria Pública. Sabe quem não gostou nem um pouquinho dessa decisão? A ANOREG – 
Associação dos Notários e Registradores do Brasil, ou seja, os titulares de cartório (STF, ADI 
n. 3.704).
Por outro lado, o STF entende que os membros da advocacia pública não têm direito a 
férias de 60 dias anuais, ao contrário do que acontece com membros da Magistratura e do 
Ministério Público (STF, RE 929.886).
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Note que nós acabamos de ver que o STF disse ser constitucional a medida provisória 
que equiparou o AGU a ministro de Estado, a fim de lhe dar foro especial nos crimes comuns 
perante o STF, certo?
Pois é, mas indo em direção oposta, o Tribunal disse ser inconstitucional lei complemen-
tar estadual que equiparou o cargo de procurador-geral do estado (PGE) aos Secretários de 
Estado, também visando lhe dar foro especial.
Isso porque a Constituição do Estado não poderia delegar ao legislador ordinário (infra-
constitucional) a tarefa de estabelecer as competências do TJ. Essa missão – definição das 
competências do TJ – cabe apenas à CE, conforme o artigo 125, § 1º, da Constituição (STF, 
HC n. 103.803).
Na ocasião, estava em discussão uma situação ocorrida no estado de Roraima. O PGE 
da época acabou envolvido em um esquema de pedofilia, apurado na denominada Operação 
Arcanjo. Na sentença, ele foi condenado a quase 300 anos de prisão e buscava (sem sucesso) 
anular a ação penal, ao argumento de que deveria ser processado no TJ (foro especial), e não 
na 1ª instância!
Ainda sobre o PGE, o cargo também é de livre nomeação, podendo o governador escolher 
o nome entre os membros da carreira ou não. De igual modo, não pode a legislação estadual 
condicionar a destituição do PGE à autorização da Assembleia Legislativa (STF, ADI n. 291).
Outra coisa: você viu que Magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de 
Contas adquirem vitaliciedade.
Por sua vez, os membros da Advocacia Pública e da Defensoria Pública não são vitalícios. 
Ao contrário, eles adquirem estabilidade após três anos de efetivo exercício.
Já a garantia da inamovibilidade só alcança os Magistrados, membros do Ministério Público 
e da Defensoria Pública. Mais uma vez, ficam de fora os advogados públicos (STF, ADI n. 291).
Por consequência, o STF fixou a compreensão de que a parcialidade é inerente às funções 
dos procuradores estaduais, sendo, por isso, inadequado cogitar-se independência funcional, 
nos moldes da Magistratura, do Ministério Público ou da Defensoria Pública. Logo, como a 
garantia da inamovibilidade é instrumental à independência funcional, considerou-se insus-
cetível de extensão a uma carreira cujas funções podem envolver relativa parcialidade e afini-
dade de ideias (STF, ADI n. 1.246).
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Quanto ao foro especial, entendia o STF que, embora ele não tenha sido dado pela Consti-
tuição Federal, nada impediria que seja conferido por Constituição Estadual (STF, ADI n. 2.587).
No entanto, em 2019, o Tribunal mudou a sua orientação para deixar claro que não cabe-
ria à Constituição Estadual conceder foro especial a autoridades, indo além daqueles casos 
já disciplinados na Constituição Federal. Isso porque a própria CF já estabelece autoridades 
estaduais e até municipais (prefeito e membro de TCM) que contam com a prerrogativa.
Ao final, prevaleceu a tese de que o foro especial só seria aplicável àquelas autoridades 
mencionadas na CF ou naqueles casos em que o foro previsto na CE derivasse diretamente 
dos artigos 27 e 28 da Constituição – ou seja, deputados estaduais e distritais, vice-governa-
dor, secretários de Estado e chefes das forças policiais (STF, ADI n. 2.553).
Aproveitando, procuradores estaduais também não podem ter porte de arma dado por le-
gislação estadual. Nessecaso, somente lei federal pode tratar do tema material bélico e essa 
norma já existe – Estatuto do Desarmamento, o qual não dá a prerrogativa aos advogados 
públicos (STF, ADI n. 6.985).
Já acabou, Jéssica?
Ainda não... 
Sabe o Estatuto da OAB? Havia a discussão se suas regras poderiam – ou não – ser apli-
cáveis aos advogados públicos.
Enfrentando a questão, o STF entendeu que as regras previstas nos artigos 18 a 21 do 
Estatuto da OAB (relação de emprego, salário, jornada de trabalho e honorários de sucumbên-
cia) não são aplicáveis aos advogados empregados públicos de empresa pública, sociedade 
de economia mista e suas subsidiárias, que atuam em regime de monopólio.
Em sentido oposto, essas mesmas regras são aplicáveis aos advogados empregados de 
empresas públicas e de sociedade de economia mista que atuam no mercado em regime con-
correncial – ou seja, sem monopólio (STF, ADI n. 3.396).
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2.1. deFensor legis
Cuidado com a terminologia: custos legis (ou custos constitucionis) é a missão de fiscal da 
lei, atribuída ao Ministério Público.
Agora, quando se fala em defensor legis, ou curador da lei, estamos tratando da missão 
atribuída ao AGU de, no controle concentrado, fazer a defesa da lei ou ato normativo questio-
nado junto ao STF.
Perceba que não se restringiu o papel do AGU às leis ou atos normativos federais. É dele 
também a incumbência de defender as normas estaduais e as distritais de natureza estadual 
que sejam atacadas via ADI.
É que de acordo com o § 3º do artigo 103 da Constituição, quando o STF apreciar a in-
constitucionalidade, em tese (controle concentrado), de norma legal ou ato normativo, citará, 
previamente, o advogado-geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
Repare bem que o texto constitucional usa expressão afirmativa, quase peremptória, de-
terminando que o AGU faça a defesa da norma.
A necessidade de defender a norma seria para formar um contraditório, na medida em que 
se a ADI foi ajuizada, é porque alguém está entendendo que ela é inconstitucional – “estão 
batendo na lei”. É nessa toada que chegaria o AGU para atuar no sentido contrário.
Entretanto, o STF entende que o AGU não estará obrigado a defender a norma questionada 
em algumas hipóteses. Veja quais são:
a) se já houver manifestação anterior, proferida pelo STF, declarando a inconstitucionali-
dade da norma em controle concentrado de constitucionalidade – STF, ADI n. 1.616;
b) se ele assinar, juntamente com o presidente da República, a petição da ação direta de 
inconstitucionalidade.
Cabe lembrar que o AGU não possui legitimidade para o ajuizamento da ADI. Porém, 
quando o presidente da República seja o autor da ação, é natural que a petição tenha sido 
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redigida pelo AGU. Então, nada impede que ele também assine o pedido de declaração de 
inconstitucionalidade.
Em tal hipótese, não se poderia exigir um comportamento esdrúxulo, no sentido de, primei-
ramente, assinar a petição dizendo que a norma é inconstitucional e, na sequência, passar a 
defendê-la.
c) se a norma questionada contrariar o interesse da União – STF, ADI n. 3.916.
Uma pergunta: deve o AGU exercer defesa de norma que contrarie os interesses da União? 
A resposta tende a ser negativa, pois, como o nome do cargo por ele ocupado dá mostras, ele 
advoga para a União.
Em uma interpretação mais alargada, o STF considerou que a AGU teria direito de mani-
festação, e não propriamente a obrigação de defender a norma questionada.
Por fim, devemos fazer uma observação: a jurisprudência do STF era no sentido de que na 
ação direta de inconstitucionalidade por omissão – ADI por omissão – não se fazia necessá-
rio ouvir o AGU (STF, ADI n. 480).
Esse raciocínio se justificava na medida em que se o AGU deve fazer a defesa da norma 
e a ação direta é ajuizada exatamente por conta do vácuo legislativo (ausência da norma), o 
que lhe restaria defender?
No entanto, com a edição da Lei n. 12.063/2009, que deu novo tratamento à ADI por omis-
são, se a omissão for parcial, será necessária a manifestação do AGU.
A nova sistemática não passou despercebida, uma vez que a própria Lei n. 12.063/2009, 
em seu artigo 12-E, § 2º, diz que
O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser encaminhada 
no prazo de 15 (quinze) dias.
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Enquanto o Ministério Público é chamado de custos legis (fiscal da lei), cabe ao advoga-
do-geral da União a missão de defensor legis (curador da lei).
3. AdvocAciA privAdA
Você vai notar que a Constituição trata da advocacia privada em apenas um artigo e ainda 
assim de forma muito resumida.
No entanto, será preciso saber bem mais do que está no texto constitucional para se sair 
bem nas provas.
Vou começar pelo que consta no artigo 133:
O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifes-
tações no exercício da profissão.
Você viu que destaquei as palavras “indispensável” e “inviolável”, não foi? Pois é, tem uma 
razão para isso...
Começando pela primeira, embora a Constituição diga que o advogado é indispensável, 
sua presença não será obrigatória em algumas situações.
Exemplificando, não há necessidade de a parte estar assistida por advogado na impetração 
de habeas corpus, no ajuizamento de ações nos juizados especiais cíveis com valor da causa 
até vinte salários mínimos e nas ações trabalhistas.
Quanto ao processo administrativo disciplinar (PAD), a resposta não é tão óbvia como 
pode parecer no primeiro momento.
A Súmula Vinculante n. 5 diz que:
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende 
a Constituição.
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Essa súmula se contrapõe ao Enunciado da Súmula n. 343/STJ, hoje já superada.
Mas tem uma observação pra lá de importante: a SV n. 5 não se aplica ao PAD Penal.
Explico: quando um apenado está em regime prisional semiaberto, ele passa a ter direito às 
saídas temporárias, popularmente conhecidas como ‘saidões’. Se ele não retorna, está sujeito a 
duas penalidades (regressão para o regime fechado e a perda de até 1/3 dos dias remidos).
Ocorre que antes de aplicar as punições é necessário instaurar um PAD, pois ele pode não 
ter voltado por motivos variados.Supondo que não voltou porque estava praticando outras 
infrações, será caso de imposição das penalidades.
Contudo, caso ele não tenha voltado por ter sido atropelado, estando hospitalizado, não 
faria sentido a aplicação da punição.
E, como nesse tipo de PAD está em jogo o direito de liberdade do cidadão (diante do possível 
retorno para o regime fechado), a presença do advogado (ou de defensor público) é imprescin-
dível. O tema, dada a sua importância, já foi inclusive sumulado pelo STJ (STJ, Súmula n. 533).
Outra coisa: para o STF, são nulos todos os atos privativos de advogado praticados por 
pessoa não inscrita na OAB ou que esteja com seu registro suspenso (STF, RHC n. 119.900).
Por falar em registro suspenso...
São válidas as regras que vedam o exercício da advocacia por servidores do Ministério 
Público da União e do Judiciário. Afastou-se a alegação no sentido de que a proibição geraria 
quebra dos princípios da isonomia e do livre exercício da profissão (STF, ADI n. 5.235).
Pronto! Agora vou falar sobre a parte em que diz que o advogado é inviolável por seus atos 
e manifestações no exercício da profissão.
A esse respeito, a inviolabilidade mencionada no texto constitucional vale para os crimes 
de injúria e difamação e mesmo quanto a eles não é absoluta, pois o profissional responde por 
excessos praticados no exercício de suas funções.
Além disso, ficam de fora dessa garantia os atos que caracterizam os crimes de calúnia e 
desacato (STF, ADI n. 1.127).
Em outras palavras, o mais grave dos crimes contra a honra (calúnia) não estaria protegido 
pela inviolabilidade profissional. Ela só alcançaria a injúria e a difamação.
Avançando, o Estatuto da OAB assegura que antes do trânsito em julgado da sentença os 
advogados somente poderão ser recolhidos em Sala de Estado-maior.
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Obs.: � Duas observações a esse respeito: a primeira, no sentido de que a aferição para saber 
se as instalações são (ou não são) condignas cabe ao Estado, e não à OAB, como 
constava na Lei n. 8.906/1994.
 � A segunda, é que para gozar dessa prerrogativa, além estar regularmente inscrito na 
OAB, deve o acusado efetivamente exercer a advocacia à época dos fatos (STJ, RHC 
n. 27.152).
Por falar em OAB, a necessidade de se submeter à prova para o exercício da profissão 
de advogado foi questionada no STF, mas o Tribunal confirmou a validade da exigência 
(STF, RE n. 603.583).
Na ocasião, os recorrentes ainda pontuaram que para exercer a Medicina não haveria 
prova. Em resposta, o Tribunal disse que era a Medicina que estava precisando passar a re-
alizar a seleção.
Outra coisa: o Estatuto da OAB prevê que o escritório de advocacia é inviolável. Contudo, 
o STF entende que a inviolabilidade não pode ser invocada quando o próprio advogado seja 
suspeito da prática de crime (STF, INQ n. 2.424).
Na ocasião do julgamento aí de cima, estava sendo apurado o envolvimento de um Minis-
tro do STJ e de seu irmão, advogado.
Por conta do envolvimento do ministro do STJ, o processo começou no STF. O Tribunal 
determinou a colocação de escutas ambientais dentro do escritório de advocacia.
Como o local funcionava de dia, houve a determinação (judicial) para que os equipamentos 
fossem instalados à noite, o que aparentemente vai contra a Constituição.
Coletadas as provas, a defesa reclamou, defendendo a ilicitude dos elementos juntados. No 
entanto, relembrando a ideia de que não existe direito absoluto, o STF legitimou as provas, dizendo 
que uma garantia constitucional não poderia ser usada como escudo para a prática criminosa.
Ainda sobre o tema, repare que o § 6º do artigo 6º da Lei n. 8.906/1994 – Estatuto da OAB 
– prevê que, mesmo sendo afastada a inviolabilidade do escritório de advocacia, seria vedada 
em qualquer hipótese:
a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averi-
guado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes.
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Esse dispositivo foi utilizado por um advogado que era investigado com grandes figuras 
do cenário político, entre as quais um senador da República, presidente de partido político.
Acontece que o STF negou o pedido de anular as provas, fundamentando-se no fato de que 
a restrição que você viu anteriormente não se estendia a clientes do advogado averiguado que 
estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do 
mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.
Ou seja, podem ser coletadas provas no escritório de advocacia que digam respeito ao pró-
prio advogado ou a clientes que estejam com ele na empreitada criminosa (STF, INQ n. 4.074).
É constitucional a exigência da submissão à prova da OAB para que o bacharel em direito exer-
ça a advocacia.
4. deFensoriA públicA
Não tenho dúvida nenhuma em afirmar que entre as carreiras da Magistratura, do Minis-
tério Público e da Defensoria Pública essa última é a que mais cresce atualmente.
Isso se deve, em larga medida, ao fato de ainda ser uma carreira em expansão, sendo que 
em alguns Estados a instituição só existe ‘para inglês ver’. Há aqueles que sequer possuíam 
Defensoria, sendo meio que obrigados pelo STF a instalá-la.
Pois bem, o que estou falando aqui acaba refletindo diretamente nas emendas à Constitui-
ção. Vou fazer uma tabelinha logo abaixo para você entender melhor:
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ÚLTIMAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS RELACIONADAS À DEFENSORIA PÚBLICA
Número da ECNúmero da EC O que modificouO que modificou
EC n. 45/2004
Deu autonomia AFO (administrativa, funcional e orçamentária) à Defensoria Pública Esta-
dual
EC n. 69/2012 Transferiu da União para o DF a tarefa de organizar e manter a Defensoria Pública do DF
EC n. 74/2013 Estendeu a autonomia AFO às Defensorias Públicas da União e do DF
EC n. 80/2014
Chamada de PEC das Comarcas! De um lado, dispôs que em até oito anos, cada Comarca 
deveria possuir ao menos um defensor. Mais: que o número de Defensores fosse propor-
cional à demanda de trabalho e à população.
De outro lado, passou a prever explicitamente os princípios institucionais da unidade, 
indivisibilidade e da independência funcional, assim como já acontecia com o MP.
Também determinou a observância dos artigos 93, II, e 96, aplicáveis originalmente aos 
magistrados.
Olhando para o texto constitucional, após as modificações inseridas pela EC n. 80/2014, 
extrai-se que a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdi-
cional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, 
fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em 
todos os graus,judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral 
e gratuita, aos necessitados.
O papel da Defensoria é de grandiosa importância, pois ela atua muitas vezes tornando 
visíveis pessoas e situações invisíveis, assegurando o direito a ter direitos.
Não por outra razão o STF entendeu que o descaso dos governantes em não criar ou 
instalar a Defensoria em seus Estados legitimava a intervenção do Judiciário, assegurando 
políticas públicas que viabilizassem a implementação da instituição.
Nesse cenário, não seria possível invocar a teoria da reserva do possível, prevalecendo 
a teoria do mínimo existencial (ou dos limites dos limites ou das restrições das restrições), 
de modo que seria um retrocesso social impedir o pleno funcionamento da Defensoria 
(STF, AI n. 598.212).
Para se ter uma ideia, o Estado de Santa Catarina, um dos que mais se destaca pela prosperi-
dade da Capital e de cidades como Joinville, Chapecó e Criciúma, não possuía Defensoria Pública.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
No lugar da Defensoria, optou a norma estadual por firmar convênio com a OAB local para 
que prestasse os serviços aos necessitados na condição de dativo. O cenário de completo 
descaso ensejou a declaração de inconstitucionalidade das normas que permitiam a atuação 
da OAB em substituição à Defensoria. Na ocasião, foi dado um prazo de um ano para que o 
Estado implantasse a DPE/SC (STF, ADI n. 3.892).
Avançando, se para os Juízes temos a LOMAN (LC n. 35/1979), e para o MP temos a LOMP 
(LC n. 75/1993), no caso da Defensoria, a norma de regência é a LC n. 80/1994.
Ela é lei orgânica da Defensoria e organiza a Defensoria Pública da União, do DF e dos Terri-
tórios, além de prescrever normas gerais para a organização da Defensoria no âmbito estadual.
Já disse isso lá atrás e vou repetir agora: no âmbito municipal, não há Defensoria Pública, 
Ministério Público ou Poder Judiciário.
O ingresso na carreira dar-se-á mediante aprovação em concurso público de provas e títulos.
Para o STF, não há a necessidade de o candidato estar registrado na OAB. Isso porque a 
capacidade postulatória dos defensores é consequência direta da nomeação e posse no car-
go, não cabendo condicionar sua atuação a registro na OAB. No mesmo julgado, o Tribunal 
confirmou a tese de que a Defensoria pode atuar tanto em relação a pessoas físicas ou jurídi-
cas, presente a condição de hipossuficiência (STF, ADI n. 4.636).
Outra coisa: é certo que não existe Defensoria Pública na esfera municipal. Porém, numa 
decisão que não agradou nem um pouco os Defensores, o STF entendeu que municípios po-
dem instituir a prestação e assistência jurídica à população de baixa renda. Tal serviço não 
substituiria a Defensoria. Ao contrário, atuaria de forma simultânea.
A criação do serviço na esfera municipal ainda atenderia ao interesse local e visaria ao 
controle das condições das pessoas vulneráveis, dever comum a todos os entes federados 
(STF, ADPF n. 279).
Por outro lado, entendeu-se pela inconstitucionalidade de norma estadual que recriava car-
gos de advogado da Justiça Militar para fazer a defesa gratuita de praças da Polícia Militar. 
Afinal, para essa tarefa o poder público já conta com a atuação da Defensoria Pública (STF, ADI 
n. 3.152).
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Em nova regra que também vale para a magistratura e para o MP, a remuneração é feita por 
meio de subsídios, na forma do art. 39, § 4º, da Constituição. Assim, não é compatível com o 
texto constitucional norma estadual que disponha sobre a contratação temporária de advoga-
dos para o exercício da função de defensor público (STF, ADI n. 3.700).
Outro ponto importante: já se reconheceu a constitucionalidade de norma estadual que 
viabiliza aos Procuradores do Estado a opção pela carreira da Defensoria, quando o cargo 
inicial para o qual foi realizado o concurso englobava a assistência jurídica aos necessitados 
(STF, ADI n. 3.720).
Aliás, situação como esta aconteceu no Distrito Federal. Deixe-me explicar: antes da EC n. 
69/2012, a tarefa de organizar e manter a Defensoria Pública do DF (DPDF) cabia à União.
O problema é que a União não criou a DPDF. Então, quem ‘fazia as vezes’ da DPDF era o CE-
AJUR (Centro de Atendimento Jurídico), um braço da Procuradoria do DF atuando em defesa 
dos necessitados.
Pois bem. Quando passou para o DF a missão de organizar e manter a DPDF é que foi ver-
dadeiramente criada a Defensoria. Daí, os membros que atuavam no CEJUR puderam fazer a 
opção entre migrar ou não para a Defensoria.
Aqueles que migravam foram proibidos de advogar; os que não migraram foram coloca-
dos numa carreira em extinção, a de Procuradores de Autarquias no DF. Estes, sim, puderam 
permanecer advogando.
Avançando, mas dentro de algo que acabei de falar, aos defensores públicos é proibido o 
exercício da advocacia fora das atribuições institucionais (mesmo em causa própria).
Outra coisa: o artigo 131 da Constituição diz que a Advocacia-geral da União é a institui-
ção que, diretamente ou por meio de órgão vinculado, representa a União, judicial e extraju-
dicialmente. Repare você que a Constituição deferiu à AGU a missão de representar a União, 
sem restringir a atuação a nenhum dos Poderes da República. Em razão disso, a representa-
ção judicial ou extrajudicial vale para todos os Poderes da União.
Mas pera lá! Em importante julgado para as provas, decidiu-se que a Defensoria Pública 
tem a garantia de estar em juízo para defesa de suas prerrogativas e funções institucionais, 
não se mostrando necessário, nessa hipótese, que sua representação judicial fique a cargo da 
Advocacia-geral da União (STF, SL n. 866).
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Por falar da legitimidade da Defensoria para atuar em juízo, lembro que ela não está no rol 
daqueles autorizados ao ajuizamento da ADI ou de outras ações de controle concentrado – 
artigo 103 da Constituição.
Daí, para tentar burlar essa vedação, a DPU ajuizou ação cível originária diretamente no STF 
contra a União e os Estados-membros, buscando indenização por morte/acidente em serviço 
de servidores civis e militares no exercício das funções.
No entanto, o STF negou o pedido, pontuando a ilegitimidade da Defensoria para instaurar 
processo de fiscalização normativa abstrata – ADI, ADO, ADC, ADPF e ADI Interventiva –, ainda 
que sob o rótulo de ação cível originária (STF, ACO n. 3.061).
Aos defensores públicos foi garantida a inamovibilidade – assim como acontece com a 
Magistratura e o MP.
Em contrapartida, os defensores públicos e a os membros da Advocacia Pública adquirem 
estabilidade após três anos de efetivo exercício. A garantia da vitaliciedade só é assegurada à 
Magistratura, ao MinistérioPúblico e ao Tribunal de Contas.
Já que estou fazendo um comparativo entre defensores, promotores e juízes, para os dois 
últimos a EC n. 45/2004 exigiu a quarentena de entrada, que consiste na comprovação de três 
anos de atividade jurídica para ingresso na carreira.
Pois bem, a EC n. 80/2014 previu que se aplicaria à Defensoria Pública, “no que couber”, o 
disposto no artigo 93 da Constituição, que é o regramento que trata da exigência de quarentena.
Acontece que a Lei Complementar n. 80/1994 prevê, em seu artigo 26, comprovação de 
atividade jurídica por dois anos, aceitando, inclusive, o tempo de estágio.
Por sua vez, a Resolução n. 118/2015 exigia três anos de prática jurídica, em compasso 
com a inovação trazida pela EC n. 80/2014.
Daí você me pergunta:
O que eu marco na prova?
Marca o que o STJ decidiu... rsrs...
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Deixe-me falar: o Tribunal entendeu que a exigência de requisitos para acesso a cargos 
públicos deve estar em lei, de modo que não vale a previsão constante na Resolução n. 
118/2015.
Em outras palavras, até que venha nova lei complementar alterando a LC n. 80/1994, con-
tinua valendo a necessidade de comprovação de dois anos de atividade jurídica para ingresso 
na carreira de defensor (STJ, RESP n. 1.676.831).
4.1. princípios institucionAis
Mais uma novidade da EC n. 80/2014: assim como acontece com o Ministério Público, ago-
ra para a Defensoria Pública também se prevê constitucionalmente os princípios institucionais 
da unidade, da indivisibilidade e da independência funcional.
Eu grifei a palavra ‘constitucionalmente’, porque tais princípios institucionais já consta-
vam na Lei Orgânica da Defensoria, em seu artigo 3º.
Ah, não se fala em independência funcional ou em inamovibilidade para os membros da 
advocacia pública, viu?
4.2. AutonoMiA AdMinistrAtivA, FuncionAl e orçAMentáriA
Aqui está um ponto importantíssimo para as provas!
É o seguinte: quando veio a EC n. 45/2004, foi assegurada a autonomia AFO (administra-
tiva, funcional e orçamentária) às Defensorias Públicas Estaduais.
Somente com a EC n. 74/2013 é que a DPU e a DPDF ganharam a mesma autonomia.
Mas aí surgiu um problema: os membros da AGU chiaram, pois a DPU ganhou autonomia 
e eles, não.
Como o governo resolveu? Em vez de estender a autonomia aos membros da advocacia 
pública federal, brigou foi para retirar a autonomia da DPU.
Qual o argumento? Vício de iniciativa na PEC que resultou na promulgação da EC n. 
74/2013.
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Opa, mas daí vem outro problema... é que, no âmbito federal, não há iniciativa privativa para 
as propostas de emenda à Constituição.
Em outras palavras, o artigo 60 da Constituição elenca os seguintes legitimados para a 
propositura de PEC: a) presidente da República; b) 1/3 dos membros da Câmara dos Deputa-
dos; c) 1/3 dos membros do Senado Federal; e d) mais da metade das Assembleias Legislati-
vas, reunidas, cada uma, por maioria simples (ou relativa) de votos.
Se você leu com atenção, notou que a Defensoria não é legitimada para propor PEC, certo? 
Então, como falar em vício de iniciativa...
Talvez alguém diga: nesse caso, a PEC deveria ter sido proposta pelo presidente da República.
Novo engano! É que a Defensoria Pública, assim como o Ministério Público e o Tribunal de 
Contas, é dotada de autonomia, não se subordinando ao Executivo ou a qualquer outro Poder.
Nessa linha, o STF entendeu que a autonomia da Defensoria Pública é um preceito funda-
mental de nossa Constituição.
Em decorrência, não é inconstitucional a EC n. 74/2013, que deu autonomia à DPU e à 
DPDF, não se falando em vício de iniciativa. Frisou-se na decisão que a concessão de autono-
mia encontra respaldo nas práticas da comunidade jurídica internacional (STF, ADI n. 5.296).
Também prestigiando a autonomia da Defensoria foi que se deu provimento a uma ADPF 
ajuizada contra ato de governador (STF, ADPF n. 307).
Olha a situação: ao receber o orçamento vindo da DPE, o governador fez alguns cortes. O proble-
ma é que o Chefe do Executivo só está autorizado a fazer cortes no orçamento do Judiciário, do 
MP ou da Defensoria se ele for encaminhado fora dos limites da LDO, o que não tinha acontecido.
Não satisfeito, o governador errou novamente, ao colocar a Defensoria Pública dentro da estru-
tura da Secretaria de Estado da Justiça, que está em posição de subordinação ao Executivo.
Resultado: a autonomia da Defensoria foi duplamente violada, o que gerou o acolhimento dos 
argumentos apresentados na ADPF.
Outro caso recorrentemente lembrado nas provas de concurso sobre violação da autono-
mia foi o que declarou a inconstitucionalidade da norma que impunha à Defensoria estadual 
a assinatura de convênio exclusivo com a OAB (STF, ADI n. 4.163).
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Cuidado com um ponto: o fato de a Defensoria estadual possuir autonomia administrativa 
não afasta a necessidade de a legislação estadual observar as normas gerais veiculadas na 
Lei Orgânica nacional.
Dentro desse contexto, o STF declarou a inconstitucionalidade de norma paraibana que 
fixava critérios diferentes dos constantes na LC n. 80/1994 para a investidura nos cargos de 
defensor público geral, seu substituto e também o corregedor-geral (STF, ADI n. 3.569).
Mais uma coisa: o papel central da Defensoria é fazer a defesa dos necessitados. Em razão 
disso, não pode a norma estadual atribuir à Defensoria a missão de fazer a defesa de servi-
dores públicos processados civil ou criminalmente mesmo por atos ocorridos praticados no 
exercício de suas funções.
É bem verdade que nada impediria a atuação da Defensoria em favor de algum servidor 
público que se encaixe dentro do critério da hipossuficiência. Mas aí a atuação seria pela ne-
cessidade, e não pelo serviço público (STF, ADI n. 3.022).
Viola a Constituição ato de governador de estado que insere a Defensoria Pública dentro da 
estrutura de Secretaria de Estado.
4.3. Foro por prerrogAtivA de Função
Quanto ao foro especial, entendia o STF que, embora ele não tenha sido dado pela Consti-
tuição Federal, nada impediria que seja conferido por Constituição Estadual (STF, ADI n. 2.587).
No entanto, em 2019, o Tribunal mudou a sua orientação, para deixar claro que não caberia 
à Constituição Estadual conceder foro especial a autoridades, indo além daqueles casos já 
disciplinados na Constituição Federal. Isso porque a própria CF já estabelece autoridades es-
taduais e até municipais (prefeito e membro de TCM) que contam com a prerrogativa.
Ao final, prevaleceu a tese de que o foro especial só seria aplicável àquelas autoridades 
mencionadas na CF ou naqueles casos em que o foro previsto na CE derivasse diretamente 
dos artigos 27 e 28 da Constituição– ou seja, deputados estaduais e distritais, vice-governa-
dor, secretários de Estado e chefes das forças policiais (STF, ADI n. 2.553).
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4.4. A AtuAção dA deFensoriA públicA nAs tutelAs coletivAs
Outro ponto importante para as provas! É que a Associação Nacional dos Membros do Mi-
nistério Público (CONAMP) ingressou com ação direta de inconstitucionalidade, questionando 
a legitimidade da Defensoria Pública para ajuizar ação civil pública.
Na ação, buscava-se a declaração de inconstitucionalidade da Lei n. 11.448/2007, a qual 
modificou o art. 5º da Lei n. 7.357/1985, introduzindo a Defensoria Pública no rol de legitima-
dos, previsto no artigo 5º da última norma.
No entanto, contrariamente ao que se pedia, o STF confirmou a legitimidade da Defensoria Pú-
blica para atuar nas tutelas coletivas, em especial, na ação civil pública, pontuando, ainda, não ha-
ver nenhum prejuízo ao MP por conta do reconhecimento dessa legitimidade (STF, ADI n. 3.943).
4.5. A percepção de honorários AdvocAtícios
Em diferentes passagens (artigos 46, III; 91, III; e 130, III), a LC 80/94 prevê que os defen-
sores públicos não podem receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, per-
centagens ou custas processuais, em razão de suas atribuições.
Essa regra, no entanto, não impede que a instituição receba verbas de sucumbência de-
correntes de sua atuação.
Nos termos do art. 4º, XXI, da LC n. 80/1994, as verbas de sucumbência serão direciona-
das não aos Defensores, mas a fundos geridos pela própria defensoria e destinados ao apare-
lhamento da instituição e à capacitação de seus membros e servidores.
Pois é, mas embora a legislação diga que também os entes públicos devem pagar as ver-
bas de sucumbência à Defensoria Pública, há entendimento sumulado pelo STJ no sentido de 
que não haverá o pagamento quando a instituição atua contra a pessoa jurídica à qual perten-
ce ou mesmo a Entidade da Administração Indireta a ela vinculada (STJ, RESP n. 1.199.715).
Dizendo em outras palavras, se a DPU ingressar com ação em prol de um cidadão contra 
a União ou mesmo contra uma de suas Entidades (exemplo, INSS), e se sagrar vencedora, 
não seria devida a verba de sucumbência em prol do fundo. Isso, repito, na visão do STJ 
(STJ, Súmula n. 421).
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Se você achou que seria apenas isso, saiba que o STF se posicionou em direção diame-
tralmente oposta à do STJ!
Ou seja, o STF entendeu que seriam devidos honorários em favor da DPU, mesmo quando 
a ação fosse ajuizada contra a União (STF, AR n. 1.937).
Para firmar esse posicionamento, foi invocada a autonomia conferida à Defensoria Pública 
pelas Emendas Constitucionais n. 45/2004, 74/2013 e 80/2014, de modo que não poderia se 
falar em confusão do credor/devedor, tese utilizada pelo STJ na Súmula n. 421.
É de se aguardar como o STJ se manifestará diante da nova orientação do STF.
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5. QuAdro coMpArAtivo entre pontos principAis dAs Funções essenciAis 
à JustiçA
Minha meta é clara: fazer com que você acerte o máximo de questões nas provas!
Então, vou fazer um esquema simples, mas sagaz, comparando alguns pontos sempre co-
brados pelas bancas, relacionados ao MP, à Defensoria e à Advocacia Pública. Ficará de fora 
a Advocacia Privada que, mesmo integrando as funções essenciais à Justiça, deve ser tratada 
em separado.
Vamos lá:
Vitaliciedade Inamovibili-
dade
Independên-
cia
Funcional
Autonomia AFO11
Princípios
Institucionais 
UII22
Ministério Ministério 
PúblicoPúblico
Sim, após dois 
anos de efetivo 
exercício
Sim Sim MPU e MPE: sim
MP/Contas: não
Sim, desde CF 
de 1988
Defensoria Defensoria 
PúblicaPública Não Sim Sim
Sim, sendo que:
DPE: EC n. 45/2004
DPU e DPDF: EC n. 
74/2013
Sim, desde a 
EC n. 80/2014
Advocacia Advocacia 
PúblicaPública Não Não Não Não Não
1. Autonomia AFO: autonomia administrativa, funcional e orçamentária.
2. Princípios institucionais: unidade, indivisibilidade e independência funcional.
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6. tópico especiAl: súMulAs Aplicáveis à AulA
Súmulas Vinculantes – STF
Súmula Vinculante n. 5
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende 
a Constituição.
Súmula Vinculante n. 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de 
prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com compe-
tência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Súmula Vinculante n. 35
A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei n. 9.099/1995 não faz coi-
sa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibi-
litando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento 
de denúncia ou requisição de inquérito policial.
Súmula Vinculante 43 
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, 
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não 
integra a carreira na qual anteriormente investido.
Súmulas STF – não Vinculantes
Súmula n. 679
A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva.
Súmula n. 682
Não ofende a Constituição a correção monetária no pagamento com atraso dos vencimen-
tos de servidores públicos.
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http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=679.NUME. NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=682.NUME. NAO S.FLSV.&base=baseSumulas
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Súmula n. 683
O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, 
XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a 
ser preenchido.
Súmula n. 684
É inconstitucional o vetonão motivado à participação de candidato a concurso público.
Súmula n. 644
Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a apresentação de instrumento 
de mandato para representá-la em juízo.
Súmula n. 643
O Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento 
seja a ilegalidade de reajuste de mensalidade escolares.
Súmula n. 614
Somente o procurador-geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta interventi-
va por inconstitucionalidade de Lei Municipal.
Súmula n. 524
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, 
não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
Súmula n. 210
O assistente do Ministério Público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ação 
penal, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598 do Código de Processo Penal.
Súmulas STJ
Súmula n. 604
O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal 
interposto pelo Ministério Público.
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Súmula n. 601
O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, co-
letivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de 
serviço público.
Súmula n. 594
O Ministério Público tem legitimidade ativa para ajuizar ação de alimentos em proveito de 
criança ou adolescente independentemente do exercício do poder familiar dos pais, ou do fato 
de o menor se encontrar nas situações de risco descritas no art. 98 do Estatuto da Criança e 
do Adolescente, ou de quaisquer outros questionamentos acerca da existência ou eficiência 
da Defensoria Pública na comarca.
Súmula n. 533
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é im-
prescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento 
prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor 
público nomeado.
Súmula n. 421
Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra 
a pessoa jurídica de direito público à qual pertença.
Súmula n. 329
O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimô-
nio público.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (MP-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2020) Segundo a CF, o Conselho Nacional do 
Ministério Público (CNMP)
a) é presidido pelo corregedor nacional do Ministério Público.
b) conta obrigatoriamente com advogados públicos e juízes na sua composição.
c) é competente para exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Minis-
tério Público.
d) pode rever, desde que mediante provocação, processos disciplinares de membros do Mi-
nistério Público.
e) escolherá, em votação secreta, um corregedor nacional, dentre todos os membros inte-
grantes do CNMP.
Questão 2 (MP-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2020) Um membro do Ministério Público que 
atua em tribunal de justiça discorda do decidido em um acórdão da corte e pretende recorrer. 
Percebe, contudo, que o tribunal acolhera integralmente o que fora preconizado para o caso 
pelo promotor com atuação no primeiro grau.
Nesse caso, o membro do parquet
a) poderá recorrer, devido ao princípio institucional da independência funcional.
b) poderá recorrer, por ocupar posição hierárquica superior em relação ao promotor com atu-
ação no primeiro grau.
c) não poderá recorrer, devido a preclusão processual lógica.
d) não poderá recorrer, devido ao princípio institucional da unidade do Ministério Público.
e) não poderá recorrer, devido ao princípio institucional da indivisibilidade do Ministério Público.
Questão 3 (TCE-RO/PROCURADOR/2019) De acordo com a CF, aplicam-se aos membros 
do Ministério Público de Contas os mesmos direitos, as mesmas vedações e a mesma forma 
de investidura dos membros do Ministério Público comum. Esse regime jurídico inclui
a) a legitimidade para impetrar mandado de segurança contra acórdão do tribunal de contas 
no qual o membro Ministério Público atua.
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b) o ingresso mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB, exi-
gindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica.
c) a prerrogativa de iniciar o processo legislativo em caso de matéria relacionada à compe-
tência institucional do órgão.
d) o exercício do controle externo da atividade policial, o que inclui a requisição de diligências 
investigatórias.
e) a legitimidade para ajuizar ação civil pública contra convênio celebrado entre estado e en-
tidade privada sem fins lucrativos.
Questão 4 (DPDF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A atuação dos defensores públicos do DF 
compreende a prevenção extrajudicial de litígios, bem como a prestação de consultoria ou 
orientação jurídica.
Questão 5 (DPDF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A Defensoria Pública tem legitimidade ativa 
para propor ação civil pública que tutele direitos individuais homogêneos, desde que compro-
vada a hipossuficiência.
Questão 6 (PGM CAMPO GRANDE/PROCURADOR/2019) Com relação à organização do Es-
tado e às funções essenciais à justiça, julgue o item subsecutivo.
Em observância ao princípio da simetria, a nomeação do procurador-geral de justiça de esta-
do está condicionada à prévia aprovação pela assembleia legislativa estadual.
Questão 7 (TJ-SC/JUIZ DE DIREITO/2019) A constituição de determinado estado da Fe-
deração dispõe que aos defensores públicos serão garantidas as mesmas prerrogativas, os 
mesmos impedimentos e os mesmos vencimentos dos membros do Ministério Público.
Nessa situação hipotética, à luz do disposto na Constituição Federal de 1988 (CF) e do enten-
dimento jurisprudencial do STF, a referida norma estadual é
a) constitucional, pois é uma opção viável do constituinte originário do estado.
b) inconstitucional, pois ofende norma da CF, que veda a equiparação e a vinculação remune-
ratória entre os referidos órgãos.
c) constitucional, pois a CF confere as mesmas vantagens e os mesmos impedimentos aos 
integrantes das carreiras dos referidos órgãos.
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d) inconstitucional, pois o constituinte estadual não pode dispor sobre a organização dos 
órgãos que componham as funções essenciais à justiça
e) constitucional, por consagrar a isonomia entre integrantes das carreiras dos referidos ór-
gãos, que têm estatutos jurídicos semelhantes.
Questão 8 (PGM JOÃO PESSOA/PROCURADOR MUNICIPAL/2018) Com base na CF, assina-
le a opção correta, acerca das funções essenciais à justiça.
a) Os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público gozam de vitaliciedade após 
dois anos de exercício da função, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial 
transitada em julgado.
b) A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios institucionais do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública.
c) O advogado geral da União, chefe da Advocacia Geral da União, é selecionado entre inte-
grantes da carreira maiores de trinta e cinco anos de idade e livremente nomeado pelo presi-
dente da República.
d) Às defensorias públicas é assegurada a iniciativa de leis que tratem da criação e da extinção 
de cargos, da remuneração de servidores e da fixação do subsídio dos defensores públicos.
e) Aos membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública é veda-
do o exercício de atividade político-partidária.
Questão 9 (PF/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Acerca da disciplina constitucional da segu-
rança pública, do Poder Judiciário, do MP e das atribuições da PF, julgue o seguinte item.
Segundo o STF, o MP não possui legitimidade para propor ação civil pública em matéria tribu-
tária em defesa de contribuintes.
Questão 10 (DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A Defensoria Pública de determinado es-
tado da Federação encaminhou ao Poder Executivo local proposta de orçamento anual da 
instituição. Consolidada com cortes de despesas de pessoal e de custeio, a proposta foi in-
serida no corpo do projeto de lei orçamentária anual do estado, que foi enviado à Assembleia 
Legislativa para apreciação.
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Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal (STF).
a) A proposta orçamentária da Defensoria Pública é meramente sugestiva; compete ao Exe-
cutivo a sua consolidação, adequação e envio ao Poder Legislativo.
b) Os limites da autonomia da Defensoria Pública permitem que o governador decida, uni-
lateralmente, por cortes nas despesas de pessoal previstas na proposta de orçamento 
anual recebida.
c) O governador poderia propor cortes, unilateralmente, apenas em relação às despesas 
de custeio.
d) O governador poderia efetuar o corte das despesas indicadas na proposta de orçamento e 
não previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
e) Na apreciação da proposta de orçamento da Defensoria Pública, a Assembleia Legislativa 
poderá aprová-la ou rejeitá-la integralmente, não lhe cabendo fazê-lo apenas parcialmente.
Questão 11 (DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Com base no tratamento constitucional 
conferido à Defensoria Pública e no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), julgue 
os itens a seguir, relativos à autonomia administrativa e financeira do órgão.
I – É atribuição concorrente do defensor público-geral e do chefe do respectivo Poder Execu-
tivo a iniciativa de lei que trate de alteração no número de membros da Defensoria Públi-
ca, da criação e da extinção de cargos e da fixação de subsídio dos defensores públicos.
II – Lei estadual que vincule a Defensoria Pública à respectiva administração pública direta 
ou que atribua ao governador de estado competência para a nomeação de ocupantes 
dos diferentes cargos de sua estrutura administrativa viola a autonomia administrati-
va do órgão.
III – Além da elaboração de proposta para a lei orçamentária anual, a iniciativa de proposta 
orçamentária da Defensoria Pública alcança a necessária participação do órgão na 
elaboração da lei de diretrizes orçamentárias.
IV – É privativa do presidente da República a iniciativa de projeto de emenda constitucional 
que trate de matéria relacionada à autonomia administrativa e financeira das defenso-
rias públicas.
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Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
Questão 12 (TRF 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2017) Foi proposta, por um terço das assem-
bleias legislativas das unidades da Federação, emenda constitucional com o objetivo de al-
terar dispositivo referente à Defensoria Pública, visando-se aprimorar a estrutura orgânico-
-institucional desse órgão. Votada em dois turnos nas duas casas do Congresso Nacional, a 
emenda foi aprovada mediante três quintos dos votos dos membros de cada uma delas.
Nesta situação hipotética, a referida proposta deve ser considerada
a) constitucional, pois o tema tratado na emenda respeita as limitações formais e materiais 
ao poder constituinte derivado reformador.
b) inconstitucional, já que a emenda fere limitação formal ao poder constituinte derivado 
reformador.
c) inconstitucional, pois a emenda fere cláusula pétrea da separação dos poderes.
d) inconstitucional, uma vez que a emenda fere cláusula de reserva de iniciativa do chefe do 
Poder Executivo.
e) constitucional, porquanto o poder constituinte derivado é ilimitado.
Questão 13 (TRF 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2017) Um juiz federal determinou que a União 
implantasse determinado direito do autor de ação judicial. A União, após ser intimada da de-
cisão por meio do advogado da União, não cumpriu a determinação judicial.
Nessa situação, o advogado da União, atuando no exercício de suas funções,
a) não poderá ser responsabilizado administrativamente, juntamente com a autoridade públi-
ca, pelo descumprimento de determinação judicial, mas poderá ser preso.
b) deverá ser preso pelo descumprimento de determinação judicial.
c) deverá ser responsabilizado judicialmente pelo descumprimento de determinação judicial.
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d) deverá ser responsabilizado judicialmente, juntamente com a autoridade pública compe-
tente, pelo descumprimento de determinação judicial.
e) não poderá ser responsabilizado judicialmente pelo descumprimento de determinação ju-
dicial nem poderá ser preso.
Questão 14 (PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO/2017) De acordo com a CF e a jurisprudên-
cia do STF, o procurador-geral de estado
a) perderá o cargo efetivo apenas em virtude de sentença judicial transitada em julgado, caso 
seja integrante da carreira de procurador estadual.
b) deve, necessariamente, ter sido aprovado em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, caso seja integrante da carreira de procurador estadual.
c) goza da garantiade inamovibilidade.
d) ocupa cargo comissionado de livre nomeação e exoneração pelo governador do estado.
e) tem competência para a iniciativa de lei ordinária sobre a organização da procuradoria-ge-
ral do estado.
Questão 15 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito do tratamento constitucional con-
ferido à DP, da organização e do funcionamento da DPU e da responsabilidade funcional de 
seus membros, julgue o item a seguir.
Entre os modelos de assistência jurídica dos Estados contemporâneos, o Brasil adotou, na CF, 
o sistema salaried staff model, o que significa que incumbe à DP a prestação de assistência 
jurídica integral e gratuita aos necessitados.
Questão 16 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito do tratamento constitucional con-
ferido à DP, da organização e do funcionamento da DPU e da responsabilidade funcional de 
seus membros, julgue o item a seguir.
Conforme o entendimento do STF, a autonomia funcional conferida pela CF às DPs, que lhes 
assegura a iniciativa de propor seu orçamento, não inclui a prévia participação desses órgãos 
na elaboração das respectivas leis de diretrizes orçamentárias.
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Questão 17 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito do tratamento constitucional con-
ferido à DP, da organização e do funcionamento da DPU e da responsabilidade funcional de 
seus membros, julgue o item a seguir.
De acordo com o entendimento do STJ, enquanto os estados, mediante lei específica, não or-
ganizarem suas DPs para atuarem continuamente na capital federal, o acompanhamento dos 
processos em trâmite naquela corte será prerrogativa da DPU.
Questão 18 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) No que se refere às atribuições institucionais 
da DP, à assistência jurídica gratuita e à gratuidade da justiça, julgue o item seguinte.
De acordo com o entendimento do STF, a legitimidade da DP para atuar em ações que visem 
resguardar o interesse de pessoas necessitadas limita-se à tutela de direitos coletivos e in-
dividuais homogêneos.
Questão 19 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito da organização do Estado e do Po-
der Judiciário, julgue o item subsequente com base no texto constitucional.
No que se refere à defesa dos interesses dos necessitados, cabe à DP a defesa de direitos 
individuais e coletivos, mesmo no âmbito da esfera extrajudicial.
Questão 20 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) A respeito das 
funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
Aos defensores públicos é garantida a inamovibilidade e vedada a advocacia fora das atribui-
ções institucionais.
Questão 21 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) A respeito das 
funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
Em decorrência do princípio da unidade, membro do MP não pode recorrer de decisão proferi-
da na segunda instância se o acórdão coincidir com o que foi preconizado pelo promotor que 
atuou no primeiro grau de jurisdição.
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Questão 22 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) A respeito das 
funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
De acordo com o entendimento do STF, são garantidas ao advogado público independência 
funcional e inamovibilidade.
Questão 23 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) A respeito das 
funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
O ente federado tanto pode optar pela constituição de defensoria pública quanto firmar con-
vênio exclusivo com a OAB para prestar assistência jurídica integral aos hipossuficientes.
Questão 24 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) De acordo com 
a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item subsecutivo, relativos a servidores 
públicos.
Caso um procurador municipal assuma mandato de deputado estadual, ele deve, obrigatoria-
mente, se afastar de seu cargo efetivo, devendo seu tempo de serviço ser contado para todos 
os efeitos legais durante o afastamento, exceto para promoção por merecimento.
Questão 25 (TJ-PR/JUIZ DE DIREITO/2017) Com referência à organização do Poder Judici-
ário, ao CNJ e às funções essenciais à justiça, assinale a opção correta.
a) A competência do STF para processar e julgar demanda contra o CNJ restringe-se às ações 
tipicamente constitucionais.
b) É admitida a intervenção judicial no processo legislativo de elaboração da lei orçamentária 
anual, desde que a decisão seja relativa à previsão orçamentária destinada ao Poder Judiciário.
c) Segundo o STF, incidirão juros de mora sobre as dívidas da fazenda pública inscritas em 
precatórios apresentados até primeiro de julho e pagos até o final do exercício seguinte.
d) Segundo o STF, o MP tem competência para promover investigação criminal, hipótese em 
que seus atos estarão imunes ao controle jurisdicional.
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Questão 26 (PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) No modelo de funcionamento da justiça 
montado no Brasil, entendeu-se ser indispensável a existência de determinadas funções es-
senciais à justiça. Nesse sentido, a CF considera como funções essenciais à justiça
a) o Poder Judiciário, o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia e as polícias civil 
e militar.
b) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública, a advocacia e as polícias 
civil e militar.
c) o Poder Judiciário e o Ministério Público.
d) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública e a advocacia.
e) o Poder Judiciário, o Ministério Público e a defensoria pública.
Questão 27 (PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) À luz da CF, assinale a opção correta a 
respeito do Ministério Público.
a) Segundo a CF, são princípios institucionais aplicáveis ao Ministério Público: a unidade, a 
indivisibilidade, a independência funcional e a inamovibilidade.
b) Foi com a CF que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função essencial 
à justiça.
c) O STF, ao tratar das competências e prerrogativas do Ministério Público, estabeleceu o en-
tendimento de que membro desse órgão pode presidir inquérito policial.
d) A CF descreve as carreiras abrangidas pelo Ministério Público e, entre elas, elenca a do 
Ministério Público Eleitoral.
e) A exigência constitucional de que o chefe do Ministério Público da União, procurador-geral 
da República, pertença à carreira significa que ele, para o exercício do cargo, pode pertencer 
tanto ao Ministério Público Federal quanto ao estadual.
Questão 28 (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015) No que diz respeito à disciplina constitu-
cional da autonomia financeira, aos poderes e aos órgãos públicos, assinale a opção correta.
a) Lei de iniciativa exclusiva do Poder Executivo poderá restringir a execução orçamentária do 
Poder Judiciário,mesmo no tocante às despesas amparadas na LDO e na LOA.
b) Ao elaborar sua proposta orçamentária, deve o MP ater-se aos limites estabelecidos na 
LDO, não sendo dado ao chefe do Poder Executivo estadual interferir nessa proposta, ressal-
vada a possibilidade de pleitear a sua redução ao respectivo parlamento.
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c) Por exercer função constitucional autônoma e contar com fisionomia institucional própria, 
o MP junto aos TCs tem assegurada a garantia institucional da autonomia financeira nos 
mesmos moldes consagrados ao MP comum.
d) Em razão do seu caráter de auxiliar do respectivo Poder Legislativo, os TCs estaduais não 
gozam de autonomia financeira, ficando a sua proposta orçamentária condicionada à propo-
sição daquele poder.
e) A despeito da autonomia financeira das DPs, sua proposta orçamentária deve estar atrela-
da à proposta do respectivo Poder Executivo, como uma subdivisão desta, tendo em vista es-
pecialmente a circunstância de as DPs, não constituindo um poder autônomo e independente, 
atuarem no exercício de função executiva.
Questão 29 (TCU/PROCURADOR/2015) Em 2007, o STF aprovou a Súmula Vinculante n.º 3, 
com o seguinte teor: “Nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla 
defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que 
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadoria, reforma e pensão”. Considerando os efeitos dessa súmula sobre a atividade 
do TCU, assinale a opção correta.
a) Caberá reclamação constitucional ao STF contra decisão do TCU que, sem a oitiva do inte-
ressado, apreciar, para fins de registro, a legalidade da concessão de aposentadoria, se dessa 
apreciação resultar a não confirmação do benefício.
b) Caso entendam que a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentado-
ria, reforma e pensão também deva estar sujeita a contraditório e ampla defesa, tanto o pro-
curador-geral do MP/TCU quanto o presidente do TCU poderão propor a revisão do enunciado 
da súmula em apreço por serem, por lei, legitimados para isso.
c) Ao exercer a iniciativa reservada para instaurar processo legislativo que pretenda alterar 
sua organização e seu funcionamento, o TCU estará constitucionalmente impedido de incluir 
no respectivo projeto cláusula modificativa de aspectos abordados na súmula em questão.
d) Ante reclamação constitucional contra decisão do TCU que tenha contrariado os termos 
da súmula em questão, o STF cassará a decisão reclamada e proclamará outra em seu lugar.
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e) Caso entendam que a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposenta-
doria, reforma e pensão também deva estar sujeita a contraditório e ampla defesa, tanto o de-
fensor público-geral da União quanto o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
poderão propor a revisão do enunciado da súmula por serem, por lei, legitimados para isso.
Questão 30 (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Acerca dos tratados internacionais de di-
reitos humanos, do ADCT e dos direitos de nacionalidade e de cidadania, assinale a opção 
correta.
a) A nacionalidade de brasileiros naturalizados perdida por sentença judicial devido ao exer-
cício de atividade nociva ao interesse nacional pode ser readquirida mediante novo procedi-
mento de naturalização.
b) Os pagamentos devidos pela fazenda pública em virtude de sentença judicial far-se-ão 
mediante precatório, salvo quando forem pertinentes a obrigações definidas em lei como de 
pequeno valor. Caso não haja lei específica do ente da Federação, considerar-se-ão como de 
pequeno valor os débitos ou obrigações da fazenda pública estadual que tenham valor igual 
ou inferior a quarenta salários mínimos.
c) O número de DPs estaduais na unidade jurisdicional deve ser proporcional ao número de 
processos judiciais em trâmite na comarca em questão.
d) Segundo o STF, os tratados internacionais referentes aos direitos humanos têm status de 
norma constitucional, independentemente do seu eventual quorum de aprovação.
e) Embora possa filiar-se a partido político, o militar em serviço na ativa não é elegível.
Questão 31 (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Com relação ao tratamento dispensado à 
assistência judiciária, à assistência jurídica e à DP nas Constituições brasileiras, assinale a 
opção correta.
a) A Constituição de 1946 foi a primeira a determinar aos estados e à União a criação de ór-
gãos especiais para a concessão de assistência judiciária aos necessitados.
b) O conceito de assistência jurídica, evolução do conceito de assistência judiciária, surgiu 
pela primeira vez com a promulgação da Constituição Federal de 1967, antes de sua alteração 
pela EC n. 1/1969.
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c) A instituição da DP foi prevista pela primeira vez com a promulgação da EC n.º 1/1969, que 
alterou a Constituição Federal de 1967, todavia, sua criação não era obrigatória pelos estados 
da Federação.
d) A Constituição Imperial de 1824, apesar de não tratar expressamente da assistência judi-
ciária, concedia isenção de emolumentos, custas, taxas e selos nas causas cíveis às pessoas 
que provassem não ter condições de pagá-los.
e) A determinação dirigida à União e aos estados para a concessão de assistência judiciária 
aos necessitados surgiu pela primeira vez na Constituição de 1934.
Questão 32 (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Acerca do estatuto constitucional da DP, 
assinale a opção correta.
a) Ao DP aplica-se a garantia constitucional da inamovibilidade, que proíbe sua remoção con-
tra sua vontade, a não ser quando determinada por sentença judicial transitada em julgado.
b) A alteração do art. 134 da CF pela EC n.º 80/2014 concedeu aos DPs a garantia da vita-
liciedade, que é adquirida após três anos de exercício, ficando a perda do cargo, após esse 
período, dependente de sentença judicial transitada em julgado.
c) A CF assegura aos DPs e aos procuradores dos estados aprovados em concurso público 
de provas e títulos estabilidade após dois anos de efetivo exercício, mediante avaliação de 
desempenho e relatório circunstanciado das corregedorias.
d) À DP aplicam-se os mesmos princípios institucionais atribuídos ao MP pela CF: a unidade, 
a indivisibilidade e a independência funcional.
e) A autonomia administrativa prevista na CF permite às DPs estaduais o livre gerenciamento 
do seu orçamento obtido por meio de aprovação de proposta orçamentária de iniciativa pri-
vativa dos governadores dos estados.
Questão 33 (PREFEITURA DE SALVADOR/PROCURADOR MUNICIPAL/2015) Assinale a op-
ção correta no que diz respeito à disciplina das funções essenciais à justiça.
a) O MP estadual tem legitimidadeativa para promover ACP com o fim de questionar a co-
brança e pleitear a restituição de IPTU a respeito do qual se alegue ter sido indevidamente 
cobrado pelo município.
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b) O MP estadual tem legitimidade ativa para promover ACP com a finalidade de obter pro-
vimento judicial que obrigue o município a aplicar o mínimo constitucionalmente exigido da 
receita resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino.
c) A defensor público é assegurado o exercício da advocacia fora das atribuições institu-
cionais, desde que ele respeite a compatibilidade de horário e que não se apure conflito de 
interesses.
d) A chefia do MPU cabe ao procurador-geral da República, que será escolhido pelo presiden-
te da República entre os integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, a partir de lista 
tríplice fornecida pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
e) A chefia da AGU cabe ao AGU, que será escolhido pelo presidente da República entre os 
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, a partir de lista tríplice fornecida pelo 
Conselho Superior da AGU.
Questão 34 (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015) Acerca de aspectos diversos relacionados à 
atuação e às competências dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da 
República e da AGU, julgue o item a seguir.
Compete à AGU a representação judicial e extrajudicial da União, sendo que o poder de re-
presentação do ente federativo central pelo advogado da União decorre da lei e, portanto, 
dispensa o mandato.
Questão 35 (TJDFT/JUIZ DE DIREITO/2015) A respeito do Poder Judiciário, do controle de 
constitucionalidade e das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta consideran-
do a CF e a jurisprudência do STF.
a) Se o resultado de uma eleição para a presidência de um tribunal de justiça estadual for 
questionado judicialmente, competirá à procuradoria-geral do estado a representação do tri-
bunal de justiça para defender o ato impugnado.
b) O CNJ, além de suas atribuições de natureza administrativa, detém competência para apre-
ciar a constitucionalidade de atos administrativos, por estar incluído entre os órgãos do Poder 
Judiciário brasileiro.
c) A ADPF é instrumento adequado para pedir interpretação, revisão e cancelamento de sú-
mula vinculante.
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d) Os efeitos de súmula vinculante editada pelo STF em razão de pacificação de controvérsia 
judicial transcendem o Poder Judiciário e alcançam os Poderes Legislativo e Executivo.
e) O MP junto ao TCU integra o MPU e detém os mesmos direitos e prerrogativas concedi-
dos ao MPF.
Questão 36 (TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2015) No que tange à AGU, ao MP e aos servi-
dores públicos, assinale a opção correta.
a) Tanto a União quanto os estados, o DF e os municípios estão obrigados a instituir regime 
jurídico único e planos de carreira para os ocupantes de cargos públicos da administração 
direta, mas não para os servidores da administração indireta.
b) A AGU representa os interesses da União no âmbito judicial e na consultoria e assessora-
mento jurídico aos poderes da República.
c) Dado o princípio da indivisibilidade, o MP é uma instituição una, podendo seus membros, 
que não se vinculam aos processos nos quais atuam, ser substituídos uns pelos outros de 
acordo com as normas legais.
d) Constam expressamente na CF dispositivos normativos que investem o MP de poderes in-
vestigatórios criminais, sendo-lhe facultado promover a colheita de determinados elementos 
de prova que demonstrem a autoria e a materialidade de delitos.
e) Os servidores públicos têm direito à irredutibilidade de salário e ao piso salarial propor-
cional à extensão e à complexidade do trabalho, mas não ao salário-família e ao fundo de 
garantia do tempo de serviço.
Questão 37 (DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2015) No que se refere ao tratamento conferido 
pela CF à DP, julgue o seguinte item.
Aos defensores públicos empossados após a promulgação da CF é permitido o exercício da ad-
vocacia privada, desde que não conflitante com o exercício de suas atribuições institucionais.
Questão 38 (TCE-PB/PROCURADOR/2014) A respeito da organização do Estado, da organi-
zação dos poderes no Estado e das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta à 
luz da jurisprudência do STF.
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a) A Advocacia-Geral da União (AGU) é instituição nacional que representa judicial e extraju-
dicialmente a União, os estados e os municípios
b) Uma lei dispondo sobre sistemas de consórcio e sorteios, inclusive bingos e loterias, pode 
ser editada pela União, pelos estados ou pelo DF, em virtude da competência legislativa con-
corrente.
c) Uma ação em que se questione a responsabilidade pessoal de conselheiro do Conselho 
Nacional de Justiça (CNJ) deverá ser ajuizada perante o STF, que detém a competência origi-
nária para processar e julgar o feito
d) Caso um parlamentar conceda declarações à imprensa, ainda que fora do ambiente de tra-
balho, e tais manifestações estejam vinculadas ao exercício do mandato, incidirá sobre essa 
atuação a cláusula de inviolabilidade constitucional
e) O poder regulamentar conferido diretamente pela CF aos ministros de Estado concede-
-lhes a competência para a edição de atos normativos primários, subordinados diretamente 
à própria CF.
Questão 39 (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) Julgue os itens a seguir, que tratam da 
organização de instituições do Estado brasileiro e de seu funcionamento.
Os membros do Ministério Público da União não poderão exercer atividade político-partidária, 
salvo se prévia e expressamente licenciados para esse fim pelo Conselho Superior do Minis-
tério Público.
Questão 40 (TRF 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) De acordo com os dispositivos constitu-
cionais e o entendimento do STF atinentes ao exercício de mandato eletivo por detentor de 
cargo no serviço público, assinale a opção correta.
a) O servidor público investido no mandato de prefeito deverá ser afastado do cargo, emprego 
ou função, sendo-lhe possível cumular os vencimentos, todavia, sempre observando o teto 
constitucional, ou seja, o subsídio fixado para os ministros do STF.
b) Segundo o entendimento do STF, ao servidor público que seja eleito vice-prefeito aplicar-
-se-á as disposições aplicáveis ao servidor eleito para o cargo de vereador.
c) Em qualquer caso que exija o afastamento do servidor para o exercício de mandato eletivo, 
seu tempo de serviço será computado para todos os efeitos legais.
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d) Independentemente de o mandato eletivo ser federal, estadual, municipal ou distrital, o ser-
vidor ficará afastado de cargo ou função.
e) Considere a seguinte situação hipotética. Júlio foi aprovado em concurso de promotor de 
justiça estadual, tendo sido empossado no cargo em 8/12/1984 e exercido esse cargo du-
rante dez anos, após os quais resolveu se candidatar ao cargo de deputado federal de seu 
estado, tendo sido eleito com votação expressiva. Após o exercício do mandato eletivo, ele 
tentou a reeleição, mas não obteve sucesso, razão por que reassumiu suas funções no MP de 
seu estado. Nas eleições gerais de 2006, Júlio tentou novamente concorrer a uma cadeira na 
Câmara dos Deputados, mas sua candidatura não foi aceita, tendo em vista vedação ao exer-
cício de atividade político-partidária. Nessa situação, segundo o entendimento dominante no 
STF, foi correta a não aceitação da candidatura de Júlio.
Questão 41 (TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) Assinale a opção correta acerca dos pa-
péis do MP e da magistratura diante da ordem jurídico-constitucional.
a) Não é facultado ao MP intervir em ação penal privada subsidiária da pública.
b) Detentor da pretensão punitiva do Estado, o MP deve imputar a culpabilidade do réu, em 
princípio, cabendo ao magistrado apená-lo ou absolvê-lo.
c) O magistrado está adstrito à manifestação do MP para absolver o réu, e somente pode con-
dená-lo mediante requerimento do MP, segundo a jurisprudência do STF.
d) Conforme o STJ, nos crimes de ação pública, pode o magistrado condenar o réu, ainda que 
o MP peça a absolvição.
e) O chefe do MPF pode ser exonerado de seu cargo mediante iniciativa reservada aos mem-
bros do Senado Federal.
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GABARITO
1. c
2. a
3. b
4. C
5. C
6. E
7. b
8. d
9. C
10. d
11. c
12. b
13. e
14. d
15. C
16. E
17. C
18. E
19. C
20. C
21. E
22. E
23. E
24. C
25. a
26. d
27. b
28. b
29. e
30. b
31. e
32. d
33. b
34. C
35. a
36. c
37. E
38. d
39. E
40. e
41. d
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (MP-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2020) Segundo a CF, o Conselho Nacional do 
Ministério Público (CNMP)
a) é presidido pelo corregedor nacional do Ministério Público.
b) conta obrigatoriamente com advogados públicos e juízes na sua composição.
c) é competente para exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Minis-
tério Público.
d) pode rever, desde que mediante provocação, processos disciplinares de membros do Mi-
nistério Público.
e) escolherá, em votação secreta, um corregedor nacional, dentre todos os membros inte-
grantes do CNMP.
Letra c.
Vou por exclusão, ok?
Errada a letra a, porque quem preside o CNMP é o Procurador-Geral da República (PGR).
Também errada a letra b. Embora haja dois juízes na composição do CNMP – um federal e um 
estadual –, não há advogados públicos. Ao contrário, há dois advogados.
O CNMP pode agir de ofício ou mediante provocação, o que torna errada a letra D. A atuação 
do conselho, assim como a do CNJ, é concorrente, e não subsidiária.
A letra e está errada, na medida em que o corregedor será um dos sete membros que vêm do 
MP. Repare: ao todo, são quatorze membros, vindo oito do MP e seis de fora (e juízes, dois 
advogados e dois cidadãos). Em relação aos oito vindos do MP, um será o PGR (presidente), 
quatro virão do MPU (um de cada ramo) e três virão do MP estadual.
Sobra como correta a letra c. O CNMP nasceu com a EC n. 45/2004 e é responsável pelo con-
trole da atuação administrativa e financeira do MP, além de fiscalizar o cumprimento dos deve-
res funcionais de seus membros.
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Questão 2 (MP-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2020) Um membro do Ministério Público que 
atua em tribunal de justiça discorda do decidido em um acórdão da corte e pretende recorrer. 
Percebe, contudo, que o tribunal acolhera integralmente o que fora preconizado para o caso 
pelo promotor com atuação no primeiro grau.
Nesse caso, o membro do parquet
a) poderá recorrer, devido ao princípio institucional da independência funcional.
b) poderá recorrer, por ocupar posição hierárquica superior em relação ao promotor com atu-
ação no primeiro grau.
c) não poderá recorrer, devido a preclusão processual lógica.
d) não poderá recorrer, devido ao princípio institucional da unidade do Ministério Público.
e) não poderá recorrer, devido ao princípio institucional da indivisibilidade do Ministério Pú-
blico.
Letra a.
O princípio da independência funcional é muito importante, principalmente dentro do direito 
processual penal. Aqui no constitucional ele também é lembrado, mas acredito que a grande 
aposta para as provas esteja no princípio da unidade.
Avançando, no exercício de suas funções, o membro do MP é livre e independente, não ficando 
sujeito às ordens de seu superior hierárquico ou mesmo de outro Poder. O que há é hierarquia 
no sentido administrativo, mas nunca de índole funcional.
Comentando esse princípio, Alexandre de Moraes, hoje Ministro do STF, diz que “nem seus 
superiores hierárquicos podem ditar-lhes ordens no sentido de agir desta ou daquela maneira 
dentro de um processo. Os órgãos de administração superior do Ministério Público podem 
editar recomendações sobre a atuação funcional para todos os integrantes da Instituição, 
mas sempre sem caráter normativo” (MORAES, 2008).
Voltando ao Processo Penal, no artigo 28 do CPP consta que se o Juiz não concordar com o 
pedido de arquivamento de inquérito feito pelo Promotor de Justiça, deveria remeter os autos 
ao Chefe da Instituição. Este, por sua vez, teria três opções: a) oferecer, ele próprio, a denún-
cia; b) indicar que outro Promotor ofereça a denúncia, agindo em seu nome (longa manus); e 
c) insistir pelo arquivamento, opção em que o juiz deveria arquivar.
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Note que o Chefe da Instituição jamais poderá obrigar que aquele primeiro membro do MP 
atue em sentido diverso de seu entendimento.
Daí, nada impede que o membro do MP que oficia no tribunal vá contra o entendimento firma-
do pelo outro membro, aqueleque atuou no feito na primeira instância.
�Assim, a letra a tem a resposta esperada.
Questão 3 (TCE-RO/PROCURADOR/2019) De acordo com a CF, aplicam-se aos membros 
do Ministério Público de Contas os mesmos direitos, as mesmas vedações e a mesma forma 
de investidura dos membros do Ministério Público comum. Esse regime jurídico inclui
a) a legitimidade para impetrar mandado de segurança contra acórdão do tribunal de contas 
no qual o membro Ministério Público atua.
b) o ingresso mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB, exi-
gindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica.
c) a prerrogativa de iniciar o processo legislativo em caso de matéria relacionada à compe-
tência institucional do órgão.
d) o exercício do controle externo da atividade policial, o que inclui a requisição de diligências 
investigatórias.
e) a legitimidade para ajuizar ação civil pública contra convênio celebrado entre estado e en-
tidade privada sem fins lucrativos.
Letra b.
Segundo o art. 129, § 3º, da CF, o ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do 
Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de ativi-
dade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. De acordo com o 
artigo 130 da Constituição, aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas 
se aplicam as mesmas disposições pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura 
inerentes aos outros membros do MP.
Assim, a letra b é o gabarito da questão.
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Olhando para as demais, errada a letra a, porque o STF entende que o MP/Contas não pos-
sui legitimidade para impetrar MS em face de acórdão do TC perante o qual atua (STF, RE n. 
1.178.617).
Não possuindo autonomia administrativa, funcional e orçamentária, não pode o MP/Contas 
deflagrar o processo legislativo, o que torna errada a letra c.
As letra d e e refletem atribuições inerentes ao MP comum – da União e dos Estados –, não 
extensíveis ao MP/Contas.
�Lembrando, a resposta esperada está na letra b.
Questão 4 (DPDF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A atuação dos defensores públicos do DF 
compreende a prevenção extrajudicial de litígios, bem como a prestação de consultoria ou 
orientação jurídica.
Certo.
Olhando para o texto constitucional, após as modificações inseridas pela EC n. 80/2014, ex-
trai-se que a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamental-
mente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, 
judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos 
necessitados.
Só com isso você já vê que o item está certo, na medida em que a atuação da Defensoria se 
dá tanto no âmbito judicial quanto no extrajudicial. De se ver que o STF legitimou inclusive 
a atuação da instituição na tutela coletiva, com o ajuizamento de ACP. Além disso, a Lei n. 
13.300/2016 inseriu a defensoria e o ministério público entre os legitimados para a impetra-
ção do MI coletivo.
�Assim, o item está certo.
Questão 5 (DPDF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A Defensoria Pública tem legitimidade ativa 
para propor ação civil pública que tutele direitos individuais homogêneos, desde que compro-
vada a hipossuficiência econômica dos interessados, conforme entendimento do STJ.
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Errado.
A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP) ingressou com ação 
direta de inconstitucionalidade, questionando a legitimidade da Defensoria Pública para ajui-
zar ação civil pública.
Na ação, buscava-se a declaração de inconstitucionalidade da Lei n. 11.448/2007, a qual mo-
dificou o art. 5º da Lei n. 7.347/1985, introduzindo a Defensoria Pública no rol de legitimados, 
previsto no artigo 5º da última norma.
No entanto, contrariamente ao que se pedia, o STF confirmou a legitimidade da Defenso-
ria Pública para atuar nas tutelas coletivas, em especial, na ação civil pública, pontuando, 
ainda, não haver nenhum prejuízo ao MP por conta do reconhecimento dessa legitimidade 
(STF, ADI 3.943).
Além disso, segundo o STJ, não é necessária a hipossuficiência, bastando a condição de 
necessitados para a propositura da ação (EREsp 1.192.577). Aliás, a hipossuficiência muitas 
vezes é de ordem técnica, organizacional etc.
�Assim, o item está errado.
Questão 6 (PGM CAMPO GRANDE/PROCURADOR/2019) Com relação à organização do Es-
tado e às funções essenciais à justiça, julgue o item subsecutivo.
Em observância ao princípio da simetria, a nomeação do procurador-geral de justiça de esta-
do está condicionada à prévia aprovação pela assembleia legislativa estadual.
Errado.
Tanto no âmbito estadual quanto no Distrito Federal o Ministério Público é chefiado pelo Pro-
curador-Geral de Justiça – PGJ.
Diferentemente do que você vê com o PGR, aqui há lista tríplice. Ela deve ser elaborada entre 
integrantes da carreira, sendo que todos os membros (Promotores e Procuradores de Justiça) 
participam da votação.
Formada a lista, ela é encaminhada para o Chefe do Poder Executivo para que faça a escolha 
de um nome. O indicado terá mandato de dois anos, permitida uma recondução.
Você notou quando eu falei que a escolha caberia ao chefe do Executivo, e não ao governador?
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É que só caberá ao Governador fazer a escolha se estivermos tratando de MP Estadual.
Contudo, no caso do MPDFT, cabe ao Presidente da República indicar um nome entre os inte-
grantes da lista. Isso porque, como você viu, o MPDFT é um dos ramos do Ministério Público 
da União.
Em nova diferença em relação ao PGR, o PGJ só pode ser reconduzido uma vez. A propósito, o 
STF já decidiu que será inconstitucional norma estadual que permita reconduções sucessivas 
(STF, ADI 3.077).
Também é possível a destituição do PGJ antes do prazo de dois anos, com a prévia delibera-
ção de maioria absoluta do Legislativo – Assembleia Legislativa no MP Estadual, e Senado 
Federal no caso do MPDFT.
Um ponto importantíssimo para as provas: o STF entende ser inconstitucional norma da 
Constituição Estadual que preveja a participação da Assembleia Legislativa na escolha do 
PGJ (STF, ADI 452).
Aliás, também de declarou a inconstitucionalidade de outra norma estadual, que previa que, 
vagando o cargo de PGJ no curso do biênio, o novo titular apenas completaria o período res-
tante, e não iniciando novo biênio (STF, ADI 1.783).
Aproveitando, segue um quadro comparativo entre a Chefia do MPU e doMPE/MPDFT. Veja:
DIFERENÇA ENTRE PGR e PGJ
CRITÉRIO PGR PGJ
O que o cargo significa? É o chefe do MPU É o chefe do MP Estadual e 
do MPDFT
Quem escolhe? É escolhido pelo Presidente 
da República entre integran-
tes da carreira
É escolhido pelo Chefe do 
Executivo, entre integrantes 
de lista tríplice elaborada por 
toda a carreira.
MPE: Governador escolhe
MPDFT: Presidente escolhe
Há lista tríplice? Não Sim
Há sabatina pelo órgão 
do Legislativo (Senado ou 
Assembleia Legislativa)?
Sim, pelo voto de maioria 
absoluta dos Senadores, em 
votação secreta
Não! Se norma estadual 
previr sabatina, será incons-
titucional.
É possível a destituição 
antes do término do biênio?
Sim Sim
�Dito isso, o item está errado.
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Questão 7 (TJ-SC/JUIZ DE DIREITO/2019) A constituição de determinado estado da Fe-
deração dispõe que aos defensores públicos serão garantidas as mesmas prerrogativas, os 
mesmos impedimentos e os mesmos vencimentos dos membros do Ministério Público.
Nessa situação hipotética, à luz do disposto na Constituição Federal de 1988 (CF) e do enten-
dimento jurisprudencial do STF, a referida norma estadual é
a) constitucional, pois é uma opção viável do constituinte originário do estado.
b) inconstitucional, pois ofende norma da CF, que veda a equiparação e a vinculação remune-
ratória entre os referidos órgãos.
c) constitucional, pois a CF confere as mesmas vantagens e os mesmos impedimentos aos 
integrantes das carreiras dos referidos órgãos.
d) inconstitucional, pois o constituinte estadual não pode dispor sobre a organização dos 
órgãos que componham as funções essenciais à justiça
e) constitucional, por consagrar a isonomia entre integrantes das carreiras dos referidos ór-
gãos, que têm estatutos jurídicos semelhantes.
Letra b.
A primeira coisa a fazer é definir se o dispositivo da Constituição Estadual seria constitucional 
ou não.
A esse respeito, repare que a CF prevê a impossibilidade de vinculação ou equiparação para 
quaisquer espécies remuneratórias. Esse dispositivo, previsto na CF, também deve ser repeti-
do na Constituição Estadual.
Assim, por ser inconstitucional o dispositivo, ficaríamos entre as alternativas b e d. No en-
tanto, errada a letra d, porque as funções essenciais à justiça podem ser tratadas na Cons-
tituição Estadual.
Sobra, então, como correta a letra b.
Ah, não pode a equiparação ou vinculação ser feita por Constituição Estadual ou por decisão 
judicial, conforme se extrai do enunciado da Súmula Vinculante n. 37, editada pelo STF.
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Questão 8 (PGM JOÃO PESSOA/PROCURADOR MUNICIPAL/2018) Com base na CF, assina-
le a opção correta, acerca das funções essenciais à justiça.
a) Os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público gozam de vitaliciedade após 
dois anos de exercício da função, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial 
transitada em julgado.
b) A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios institucionais do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública.
c) O advogado geral da União, chefe da Advocacia Geral da União, é selecionado entre inte-
grantes da carreira maiores de trinta e cinco anos de idade e livremente nomeado pelo presi-
dente da República.
d) Às defensorias públicas é assegurada a iniciativa de leis que tratem da criação e da extinção 
de cargos, da remuneração de servidores e da fixação do subsídio dos defensores públicos.
e) Aos membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública é veda-
do o exercício de atividade político-partidária.
Letra d.
Vou pelas erradas primeiro.
A garantia da vitaliciedade é prevista para os membros da Magistratura, do Ministério Público 
e dos Tribunais de Contas. Assim, membros da Defensoria Pública e da Advocacia Pública 
adquirem estabilidade após três anos de efetivo exercício, com o que fica errada a letra a.
O erro da letra b está em estender à Advocacia Pública os princípios institucionais hoje apli-
cáveis ao Ministério Público e à Defensoria Pública (EC n. 80/2014).
A letra c está errada, porque o AGU é escolhido livremente pelo Presidente da República, não 
precisando ser integrante da carreira. O indicado deve ser brasileiro, contar com mais de 35 
anos e possuir notório saber jurídico e reputação ilibada. Não há lista tríplice nem necessida-
de de aprovação do nome escolhido pelo Senado Federal.
Na letra e, inexiste na Constituição Federal proibição a que membros da Advocacia Pública 
ou da Defensoria Pública exerçam atividade político-partidária. A vedação atinge somente 
membros da Magistratura e do Ministério Público (EC n. 45/2004).
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�Sobra como correta a letra d. A Defensoria Pública conta com autonomia AFO (administrativa, 
funcional e orçamentária), podendo deflagrar o processo legislativo em temas relacionados a 
seus cargos e respectivas remunerações ou subsídios.
Questão 9 (PF/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Acerca da disciplina constitucional da segu-
rança pública, do Poder Judiciário, do MP e das atribuições da PF, julgue o seguinte item.
Segundo o STF, o MP não possui legitimidade para propor ação civil pública em matéria tribu-
tária em defesa de contribuintes.
Certo.
Nesse tema, a primeira coisa que precisamos lembrar é o que diz o artigo 1º, da Lei da Ação 
Civil Pública:
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de respon-
sabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
l - ao meio ambiente;
ll - ao consumidor;
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IV – a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.
V – por infração da ordem econômica;
VI – à ordem urbanística.
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.
VIII – ao patrimônio público e social.
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tri-
butos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros 
fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados.
É exatamente a partir do próprio texto legal que o STF entende pela impossibilidade de ajuiza-
mento de ACP pelo Ministério Público versando sobre matéria tributária.
Nesse sentido, foi firmada a seguinte tese em repercussão geral:
O Ministério Público não possui legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, deduzir 
em juízo pretensão de natureza tributária em defesa dos contribuintes, que vise questionar a cons-
titucionalidade/legalidade de tributo.
�Assim, o item está certo.
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Questão 10 (DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A Defensoria Pública de determinado es-
tado da Federação encaminhou ao Poder Executivo local proposta de orçamento anual da 
instituição. Consolidada com cortes de despesas de pessoal e de custeio, a proposta foi in-
serida no corpo do projeto de lei orçamentária anual do estado, que foi enviado à Assembleia 
Legislativa para apreciação.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal (STF).
a) A proposta orçamentária da Defensoria Pública é meramente sugestiva; compete ao Exe-
cutivo a sua consolidação, adequação e envio ao Poder Legislativo.
b) Os limites da autonomia da Defensoria Pública permitem que o governador decida, uni-
lateralmente, por cortes nas despesas de pessoal previstas na proposta de orçamento 
anual recebida.
c) O governador poderia propor cortes, unilateralmente, apenas em relação às despesas 
de custeio.
d) O governador poderia efetuar o corte das despesas indicadas na proposta de orçamento e 
não previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
e) Na apreciação da proposta de orçamento da Defensoria Pública, a Assembleia Legislativa 
poderá aprová-la ou rejeitá-la integralmente, não lhe cabendo fazê-lo apenas parcialmente.
Letra d.
Prestigiando a autonomia da Defensoria foi que se deu provimento a uma ADPF ajuizada con-
tra ato de governador do Estado da Paraíba (STF, ADPF 307).
Olha a situação: ao receber o orçamento vindo da DPE, o governador fez alguns cortes. O 
problema é que o Chefe do Executivo só está autorizado a fazer cortes no orçamento do Ju-
diciário, do MP ou da Defensoria se ele for encaminhado fora dos limites da LDO, o que não 
tinha acontecido.
Não satisfeito, o Governador errou novamente, ao colocar a Defensoria Pública dentro da es-
trutura da Secretaria de Estado da Justiça, que está em posição de subordinação ao Executivo.
Resultado: a autonomia da Defensoria foi duplamente violada, o que gerou o acolhimento dos 
argumentos apresentados na ADPF.
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�Voltando à questão, a resposta esperada está na letra d, uma vez que, se foi encaminhada fora 
dos limites da LDO, a proposta pode sofrer ajustes pelo Chefe do Executivo.
Questão 11 (DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Com base no tratamento constitucional 
conferido à Defensoria Pública e no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), julgue 
os itens a seguir, relativos à autonomia administrativa e financeira do órgão.
I – É atribuição concorrente do defensor público-geral e do chefe do respectivo Poder 
Executivo a iniciativa de lei que trate de alteração no número de membros da De-
fensoria Pública, da criação e da extinção de cargos e da fixação de subsídio dos 
defensores públicos.
II – Lei estadual que vincule a Defensoria Pública à respectiva administração pública direta 
ou que atribua ao governador de estado competência para a nomeação de ocupantes 
dos diferentes cargos de sua estrutura administrativa viola a autonomia administrati-
va do órgão.
III – Além da elaboração de proposta para a lei orçamentária anual, a iniciativa de proposta 
orçamentária da Defensoria Pública alcança a necessária participação do órgão na 
elaboração da lei de diretrizes orçamentárias.
IV – É privativa do presidente da República a iniciativa de projeto de emenda constitucional 
que trate de matéria relacionada à autonomia administrativa e financeira das defenso-
rias públicas.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
Letra c.
O melhor a fazer é apurar cada assertiva em separado, ok?
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Incorreta a assertiva I, na medida em que a iniciativa na tarefa ali atribuída é somente da pró-
pria Defensoria Pública, que atuará dentro de sua autonomia na deflagração de projeto de lei 
versando sobre a criação ou extinção de cargos, bem assim em questões remuneratórias de 
seus membros e servidores.
Só aí já podemos excluir as alternativas a, b e d.
Exatamente dentro da autonomia administrativa da instituição, violaria a Constituição uma lei 
estadual atribuindo ao governador a prerrogativa de nomear ocupantes de cargos dentro da 
Defensoria Pública. Isso torna verdadeira a assertiva II.
Na assertiva III, a autonomia orçamentária autoriza a participação da Defensoria na formu-
lação da proposta orçamentária para o exercício seguinte e também na formulação da LDO, 
normativo que dá suporte à LOA. Assim, verdadeiro o item III.
Por fim, um embate importantíssimo sobre a autonomia da DP.
É o seguinte: quando veio a EC n. 45/2004, foi assegurada a autonomia AFO (administrativa, 
funcional e orçamentária) às Defensorias Públicas Estaduais.
Somente com a EC n. 74/2013 é que a DPU e a DPDF ganharam a mesma autonomia.
Mas aí surgiu um problema: os membros da AGU chiaram, pois a DPU ganhou autonomia e 
eles, não.
Como o governo resolveu? Ao invés de estender a autonomia aos membros da advocacia pú-
blica federal, brigou foi para retirar a autonomia da DPU.
Qual o argumento? Vício de iniciativa na PEC que resultou na promulgação da EC n. 74/2013.
Opa, mas daí vem outro problema... é que, no âmbito federal, não há iniciativa privativa para 
as propostas de emenda à Constituição.
Em outras palavras, o artigo 60 da Constituição elenca os seguintes legitimados para a pro-
positura de PEC: a) Presidente da República; b) 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados; 
c) 1/3 dos membros do Senado Federal; e d) mais da metade das Assembleias Legislativas, 
reunidas, cada uma, por maioria simples (ou relativa) de votos.
Se você leu com atenção, notou que a Defensoria não é legitimada para propor PEC, certo? 
Então, como falar em vício de iniciativa...
Talvez alguém diga: nesse caso, a PEC deveria ter sido proposta pelo Presidente da República.
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Novo engano! É que a Defensoria Pública, assim como o Ministério Público e o Tribunal de 
Contas, é dotada de autonomia, não se subordinando ao Executivo ou a qualquer outro Poder.
Nessa linha, o STF entendeu que a autonomia da Defensoria Pública é um preceito fundamen-
tal de nossa Constituição.
Em decorrência, não é inconstitucional a EC n. 74/2013, que deu autonomia à DPU e à DPDF, 
não se falando em vício de iniciativa. Frisou-se na decisão que a concessão de autonomia 
encontra respaldonas práticas da comunidade jurídica internacional (STF, ADI 5.296). Assim, 
incorreta a assertiva IV.
�Sendo verdadeiras as assertivas II e III, a resposta esperada está na letra c.
Questão 12 (TRF 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2017) Foi proposta, por um terço das assem-
bleias legislativas das unidades da Federação, emenda constitucional com o objetivo de al-
terar dispositivo referente à Defensoria Pública, visando-se aprimorar a estrutura orgânico-
-institucional desse órgão. Votada em dois turnos nas duas casas do Congresso Nacional, a 
emenda foi aprovada mediante três quintos dos votos dos membros de cada uma delas.
Nesta situação hipotética, a referida proposta deve ser considerada
a) constitucional, pois o tema tratado na emenda respeita as limitações formais e materiais 
ao poder constituinte derivado reformador.
b) inconstitucional, já que a emenda fere limitação formal ao poder constituinte derivado 
reformador.
c) inconstitucional, pois a emenda fere cláusula pétrea da separação dos poderes.
d) inconstitucional, uma vez que a emenda fere cláusula de reserva de iniciativa do chefe do 
Poder Executivo.
e) constitucional, porquanto o poder constituinte derivado é ilimitado.
Letra b.
Em relação à Constituição Federal, iniciativa para a formulação de proposta de emenda à 
Constituição – PEC – cabe, concorrentemente, aos seguintes legitimados:
�a) Presidente da República;
�b) Um terço da Câmara dos Deputados;
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�c) Um terço do Senado Federal;
�d) Mais da metade das Assembleias Legislativas, manifestando-se, cada uma delas, pela 
maioria relativa de seus membros.
Três observações: a primeira, no sentido de que, no plano federal, não há iniciativa privativa 
para a propositura de PEC. Ou seja, qualquer um dos legitimados pode tratar dos mais varia-
dos temas.
Tal regra, entretanto, se aplica apenas à Constituição Federal. Isso porque nas Constituições 
Estaduais, pode haver vício de iniciativa em PEC quando aquela matéria, no plano federal, só 
puder ser tratada por lei de iniciativa do Executivo.
Nesses casos, buscando burlar a necessidade de o Governador deflagrar o processo legisla-
tivo, os parlamentares estaduais buscam a EC para escapar da inconstitucionalidade, o que 
não funciona.
A segunda, no sentido de que, no âmbito federal, não há previsão para a iniciativa popular para 
a apresentação de PEC. O STF, no 2º semestre de 2018, ratificou a possibilidade de as Consti-
tuições Estaduais preverem iniciativa popular para sua modificação (STF, ADI 825).
Por fim, a terceira para lembrar a maioria relativa, indicada em relação às Mesas das Assem-
bleias Legislativas, é sinônimo de maioria simples. Em qualquer um dos casos, o quórum 
exigido será do 1º número inteiro superior à metade dos presentes naquela votação.
Voltando para a questão, de um lado, dá para vermos que a PEC foi proposta por 1/3 das 
ALs, o que contraria o texto constitucional. Em consequência, a EC será inconstitucional 
por vício formal.
Avançando, as alterações relacionadas à Defensoria Pública não giram em torno de cláusulas 
pétreas, razão pela qual não se fala em vício material.
Por fim, você leu linhas atrás que não há iniciativa privativa para tratar de PEC no âmbito 
federal. Desse modo, qualquer um dos legitimados do artigo 60 poderia tê-la proposto. Ah, 
como a Defensoria não é subordinada ao Executivo, não se pode exigir que a proposta nasça 
do Chefe do Executivo.
�Dito isso, a resposta esperada está na letra b, uma vez que em relação às Assembleias Legis-
lativas é exigido mais da metade das Casas, não somente 1/3 como aconteceu.
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Questão 13 (TRF 5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2017) Um juiz federal determinou que a União 
implantasse determinado direito do autor de ação judicial. A União, após ser intimada da de-
cisão por meio do advogado da União, não cumpriu a determinação judicial.
Nessa situação, o advogado da União, atuando no exercício de suas funções,
a) não poderá ser responsabilizado administrativamente, juntamente com a autoridade públi-
ca, pelo descumprimento de determinação judicial, mas poderá ser preso.
b) deverá ser preso pelo descumprimento de determinação judicial.
c) deverá ser responsabilizado judicialmente pelo descumprimento de determinação judicial.
d) deverá ser responsabilizado judicialmente, juntamente com a autoridade pública compe-
tente, pelo descumprimento de determinação judicial.
e) não poderá ser responsabilizado judicialmente pelo descumprimento de determinação ju-
dicial nem poderá ser preso.
Letra e.
De saída, é importante destacar que, pela Teoria do Órgão, quem responderia eventualmente 
pelos prejuízos seria o ente público, e não o advogado público.
Indo além, o advogado público não tem meios para cumprir a determinação judicial diretamen-
te. Como consequência, não poderia haver a responsabilização pessoal na esfera criminal.
Sobre o tema, vale destacar os artigos 27 e 38, ambos da Lei n. 13.327/2016:
DAS CARREIRAS JURÍDICAS
Art. 27. Este Capítulo dispõe sobre o valor do subsídio, o recebimento de honorários advocatícios 
de sucumbência e outras questões que envolvem os ocupantes dos cargos:
I – de Advogado da União;
II – de Procurador da Fazenda Nacional;
III – de Procurador Federal;
IV – de Procurador do Banco Central do Brasil;
V – dos quadros suplementares em extinção previstos no art. 46 da Medida Provisória n. 2.229-43, 
de 6 de setembro de 2001.
Art. 38. São prerrogativas dos ocupantes dos cargos de que trata este Capítulo, sem prejuízo da-
quelas previstas em outras normas:
I – receber intimação pessoalmente, mediante carga ou remessa dos autos, em qualquer processo 
e grau de jurisdição, nos feitos em que tiver que oficiar, admitido o encaminhamento eletrônico na 
forma de lei;
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II – requisitar às autoridades de segurança auxílio para sua própria proteção e para a proteção de 
testemunhas, de patrimônio e de instalações federais, no exercício de suas funções, sempre que 
caracterizada ameaça, na forma estabelecida em portaria do Advogado-Geral da União;
III – não ser preso ou responsabilizado pelo descumprimento de determinação judicial no exercício 
de suas funções;
IV – somente ser preso ou detido por ordem escrita do juízo criminal competente, ou em flagrante 
de crime inafiançável, caso em que a autoridade policial lavrará o auto respectivo e fará imediata 
comunicação ao juízo competente e ao Advogado-Geral da União, sob pena de nulidade;
V – ser recolhido a prisão especial ou a sala especial de Estado Maior, com direito a privacidade, e 
ser recolhido em dependência separada em estabelecimento de cumprimento de pena após sen-
tença condenatória transitada em julgado;
VI – ser ouvido,como testemunha, em dia, hora e local previamente ajustados com o magistrado 
ou a autoridade competente;
VII – ter o mesmo tratamento protocolar reservado aos magistrados e aos demais titulares dos 
cargos das funções essenciais à justiça;
VIII – ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em qualquer recinto ou órgão público, sen-
do-lhe exigida somente a apresentação da carteira de identidade funcional;
IX – usar as insígnias privativas do cargo.
�Assim, a resposta esperada está na letra e.
Questão 14 (PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO/2017) De acordo com a CF e a jurisprudên-
cia do STF, o procurador-geral de estado
a) perderá o cargo efetivo apenas em virtude de sentença judicial transitada em julgado, caso 
seja integrante da carreira de procurador estadual.
b) deve, necessariamente, ter sido aprovado em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, caso seja integrante da carreira de procurador estadual.
c) goza da garantia de inamovibilidade.
d) ocupa cargo comissionado de livre nomeação e exoneração pelo governador do estado.
e) tem competência para a iniciativa de lei ordinária sobre a organização da procuradoria-ge-
ral do estado.
Letra d.
No INQ 1.660, o STF disse ser constitucional a medida provisória que equiparou o AGU a Mi-
nistro de Estado, a fim de lhe dar foro especial nos crimes comuns perante o STF.
Pois é, mas indo em direção oposta, o Tribunal disse ser inconstitucional lei complementar 
estadual que equiparou o cargo de Procurador-Geral do Estado (PGE) aos Secretários de Es-
tado, também visando lhe dar foro por prerrogativa de função.
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Isso porque a Constituição do Estado não poderia delegar ao legislador ordinário (infracons-
titucional) a tarefa de estabelecer as competências do TJ. Essa missão – definição das com-
petências do TJ – cabe apenas à CE, conforme o artigo 125, § 1º, da Constituição (STF, HC 
103.803).
Na ocasião, estava em discussão uma situação ocorrida no Estado de Roraima. O PGE da 
época acabou envolvido em um esquema de pedofilia, apurado na denominada Operação Ar-
canjo. Na sentença, ele foi condenado a quase 300 anos de prisão e buscava (sem sucesso) 
anular a ação penal, ao argumento de que deveria ser processado no TJ (foro especial), e não 
na 1ª instância!
Ainda sobre o PGE, o cargo é de livre nomeação, podendo o governador escolher o nome entre 
os membros da carreira ou não. De igual modo, não pode a legislação estadual condicionar a 
destituição do PGE à autorização da Assembleia Legislativa (STF, ADI 291).
Outra coisa: você viu que Magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de 
Contas adquirem vitaliciedade.
Por sua vez, os membros da Advocacia Pública e da Defensoria Pública não são vitalícios. Ao 
contrário, eles adquirem estabilidade após três anos de efetivo exercício.
Já a garantia da inamovibilidade só alcança os Magistrados, membros do Ministério Público 
e da Defensoria Pública. Mais uma vez, ficam de fora os advogados públicos (STF, ADI 291).
Quanto ao foro especial dos procuradores de Estado, ENTENDIA o STF que, embora ele não 
tenha sido dado pela Constituição Federal, nada impediria que seja conferido por Constituição 
Estadual (STF, ADI 2.587).
No entanto, em 2019, o Tribunal mudou a sua orientação, para deixar claro que não caberia 
à Constituição Estadual conceder foro especial a autoridades, indo além daqueles casos já 
disciplinados na Constituição Federal. Isso porque a própria CF já estabelece autoridades es-
taduais e até municipais (Prefeito e membro de TCM) que contam com a prerrogativa.
Ao final, prevaleceu a tese de que o foro especial só seria aplicável aquelas autoridades men-
cionadas na CF, ou naqueles casos em que o foro previsto na CE derivasse diretamente dos 
artigos 27 e 28 da Constituição – ou seja, deputados estaduais e distritais, vice-governador, 
secretários de Estado e chefes das forças policiais (STF, ADI 2.553).
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�Voltando à questão, a resposta esperada está na letra d, pois o cargo em comissão de PGE é 
de livre nomeação e livre exoneração pelo Governador.
Questão 15 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito do tratamento constitucional con-
ferido à DP, da organização e do funcionamento da DPU e da responsabilidade funcional de 
seus membros, julgue o item a seguir.
Entre os modelos de assistência jurídica dos Estados contemporâneos, o Brasil adotou, na CF, 
o sistema salaried staff model, o que significa que incumbe à DP a prestação de assistência 
jurídica integral e gratuita aos necessitados.
Certo.
Se em português o trem já fica difícil, imagine com estrangeirismos... rsrs.
Em tradução livre, o sistema salaried staff model significa um modelo de equipe (pessoal) 
assalariado.
Noutras palavras, seria o modelo em que o Estado possui um corpo jurídico próprio, incumbi-
do da defesa dos necessitados.
É exatamente o que acontece no caso do Brasil, pois a Constituição Federal atribui a defesa 
dos necessitados à Defensoria Pública, subdividida em DPU, DPEs e DPDF.
O outro sistema geralmente lembrado pela doutrina é o judicare, no qual a defesa dos neces-
sitados é feita por advogados remunerados pelo Estado, mas sem vínculo com este. O siste-
ma judicare é empregado em larga medida na Europa.
�Assim, o item está certo.
Questão 16 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito do tratamento constitucional con-
ferido à DP, da organização e do funcionamento da DPU e da responsabilidade funcional de 
seus membros, julgue o item a seguir.
Conforme o entendimento do STF, a autonomia funcional conferida pela CF às DPs, que lhes 
assegura a iniciativa de propor seu orçamento, não inclui a prévia participação desses órgãos 
na elaboração das respectivas leis de diretrizes orçamentárias.
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Errado.
A autonomia orçamentária conferida às DPs, de um lado, lhes confere a prerrogativa de propor 
o seu orçamento e, de outro, de participar na elaboração da LDO. Foi com base nisso que o 
STF entendeu ser inconstitucional a Lei de Diretrizes Orçamentárias que seja elaborada sem 
contar com a participação da Defensoria Pública para elaborar as respectivas propostas or-
çamentárias. Prevaleceu a tese de que essa medida se justificava, porque a LDO fixa limites 
do orçamento anual que será destinado à Instituição, devendo ser aplicável às DPs o disposto 
no § 2º do art. 99 da CF – autonomia do Judiciário (STF, ADI 5.381).
�Assim, o item está errado.
Questão 17 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito do tratamento constitucional con-
ferido à DP, da organização e do funcionamento da DPU e da responsabilidade funcional de 
seus membros, julgue o item a seguir.
De acordo com o entendimento do STJ, enquanto os estados,mediante lei específica, não or-
ganizarem suas DPs para atuarem continuamente na capital federal, o acompanhamento dos 
processos em trâmite naquela corte será prerrogativa da DPU.
Certo.
Questão retirada diretamente dos Informativos, o que só reforça a necessidade de acompa-
nhá-los de pertinho...
É certo que algumas DP Estaduais contam com representação em Brasília. Outras, porém, 
ainda não têm essa estrutura.
Então, para evitar prejuízo ao assistido, o STJ entende que as intimações das decisões do 
Tribunal, nos feitos de interesse da DPE, podem ser feitas para a DPU.
Assim, enquanto não estiverem devidamente instaladas em Brasília, as DPEs podem contar 
com esse auxílio da DPU, sem qualquer violação à autonomia da instituição (STJ, HC 378.088).
Aliás, idêntico raciocínio prevalece no STF, conforme decisão proferida no HC 118.294. Para 
as provas subjetivas e orais, o candidato deve lembrar da incidência dos princípios institucio-
nais da unidade e da indivisibilidade.
�Portanto, o item está certo.
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Questão 18 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) No que se refere às atribuições institucionais 
da DP, à assistência jurídica gratuita e à gratuidade da justiça, julgue o item seguinte.
De acordo com o entendimento do STF, a legitimidade da DP para atuar em ações que visem 
resguardar o interesse de pessoas necessitadas limita-se à tutela de direitos coletivos e in-
dividuais homogêneos.
Errado.
Indo direto ao ponto, a DP pode atuar nos direitos coletivos, individuais homogêneos e igual-
mente nos direitos difusos. Ou seja, em todas as categorias da tutela coletiva é possível a 
atuação da DP.
�Dito isso, o item está errado, na medida em que usa um limitador inexistente na jurisprudên-
cia, na própria CF (artigo 134) e na LACP (artigo 5º).
Questão 19 (DPU/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito da organização do Estado e do Po-
der Judiciário, julgue o item subsequente com base no texto constitucional.
No que se refere à defesa dos interesses dos necessitados, cabe à DP a defesa de direitos 
individuais e coletivos, mesmo no âmbito da esfera extrajudicial.
Certo.
O item pode ser respondido com o próprio texto constitucional.
A esse respeito, veja o que diz a redação atual do artigo 134:
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Esta-
do, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, 
a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e 
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na 
forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
Avançando, perceba que o comando constante no artigo 5º não traz limitação à atuação ju-
dicial, mencionando apenas que a assistência jurídica seria integral e gratuita, o que se com-
patibiliza com o artigo 134.
�Nesse contexto, o item está certo.
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Questão 20 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) A respeito das 
funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
Aos defensores públicos é garantida a inamovibilidade e vedada a advocacia fora das atribui-
ções institucionais.
Certo.
Aos Defensores Públicos, membros do MP e da Magistratura é proibido o exercício da advo-
cacia fora das atribuições institucionais (mesmo em causa própria).
Dentro das funções essenciais à justiça, não há proibição constitucional ao exercício da ad-
vocacia pelos membros da Advocacia Pública. É por tal razão que muitas procuradorias esta-
duais e municipais acabam sendo bastante atrativas aos concurseiros, exatamente por per-
mitirem engordar os contracheques.
Chamo a atenção para a situação peculiar do DF. É que, antes de implementar formalmente 
a DPDF existia o CEAJUR, cujos membros podiam advogar. Isso acontecia porque eles não 
eram considerados defensores públicos (embora atuassem como tal).
De outro lado, é garantida aos Defensores Públicos a inamovibilidade – assim como acontece 
com a Magistratura e o MP. Ficam de fora os membros da Advocacia Pública.
Ah, os Defensores Públicos e a os membros da Advocacia Pública adquirem estabilidade após 
três anos de efetivo exercício. A garantia da vitaliciedade só é assegurada à Magistratura, ao 
Ministério Público e ao Tribunal de Contas.
Dito isso, o item está certo.
Questão 21 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) A respeito 
das funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
Em decorrência do princípio da unidade, membro do MP não pode recorrer de decisão proferi-
da na segunda instância se o acórdão coincidir com o que foi preconizado pelo promotor que 
atuou no primeiro grau de jurisdição.
Errado.
A unidade significa que os membros do Ministério Público integram um só órgão sob a dire-
ção de um só Procurador-geral.
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Contudo, você tem que lembrar que a unidade existe dentro de cada MP. Em outras palavras, 
há uma chefia para o Ministério Público da União – PGR – e uma chefia no Ministério Público 
Estadual – PGJ.
É dentro desse cenário que o STF reconhece a legitimidade do membro do MP Estadual 
para recorrer diretamente no STF e no STJ nos processos que ele tenha atuado na primeira 
instância.
Aliás, também se confere essa mesma possibilidade em relação ao ajuizamento de reclama-
ção, quando a instância de origem não quiser dar cumprimento à decisão do Tribunal Superior 
ou do STF (STF, RCL 7.245).
Para você entender melhor a polêmica, segundo a legislação, quem atuaria no STF e nos Tri-
bunais Superiores seriam somente os membros do MPU (PGR e Subprocuradores-gerais).
Porém, dando uma interpretação mais contextualizada, abriu-se a possibilidade de o membro 
do MP Estadual acompanhar o processo até o final, sem precisar “pedir benção” aos membros 
do MP da União (STF, RE 848.286).
Agora que você deve ter entendido, vou partir para um entendimento – importantíssimo nas 
provas – que ao menos aparentemente vai contra o que falei até aqui...
Deixe-me explicar: lá no artigo 102 da Constituição se atribui ao STF a competência originá-
ria para o julgamento de conflito federativo. Ou seja, quando a ação envolver União x estado; 
estado x estado; União x DF; estado x DF, inclusive as respectivas entidades, o processo deve 
começar lá em cima.
Pois é, era nessa ótica que o STF entendia (passado!) ser o competente para o julgamento de 
conflitos de atribuições envolvendo membros do Ministério Público Federal x Ministério Pú-
blico Estadual. Isso porque o MPF é um dos quatro ramos do MPU (MPF, MPT, MPM e MPDFT).
Contudo, modificando seu posicionamento, o Tribunal transferiu para o Procurador-Geralda 
República a competência para dirimir conflitos de atribuições entre os membros do MP Fede-
ral x MP Estadual (STF, ACO 1.567).
É certo que não faltaram críticas à nova orientação, porque o membro do MP Estadual não 
possui nenhum vínculo de subordinação ou hierarquia com o PGR, que chefia apenas o MPU.
No entanto, prevaleceu a ideia (vencidos os dois Ministros mais antigos do Tribunal) segundo 
a qual o PGR ocuparia um papel diferenciado na instituição, podendo esse conflito interno do 
MP ser resolvido lá mesmo – afinal, “roupa suja se lava em casa” (STF, PET 4.863).
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Seja como for, minha ideia aqui é dar subsídio para você resolver a sua prova, de modo que os 
apontamentos aí de cima serão mais que suficientes.
Foi também com base no princípio da unidade que o STF decidiu ser desnecessária a ratifi-
cação da denúncia quando apresentada anteriormente por membro do MP incompetente. A 
hipótese envolvia membro pertencente ao mesmo MP e também do mesmo grau funcional 
(STF, HC 85.137).
�Voltando à questão, precisamos conciliar o princípio da unidade com o da independência fun-
cional, de modo que o membro do MP não fica vinculado à atuação do colega que o precedeu.
Questão 22 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) A respeito das 
funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
De acordo com o entendimento do STF, são garantidas ao advogado público independência 
funcional e inamovibilidade.
Errado.
Alguns assuntos são indissociáveis e precisam ser comentados em conjunto.
Magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas adquirem vitalicieda-
de. Por sua vez, os membros da Advocacia Pública e da Defensoria Pública não são vitalícios. 
Ao contrário, eles adquirem estabilidade após três anos de efetivo exercício.
Já a garantia da inamovibilidade só alcança os Magistrados, membros do Ministério Público 
e da Defensoria Pública. Mais uma vez, ficam de fora os advogados públicos (STF, ADI 291).
Veja, ainda, que a independência funcional é mencionada como um dos princípios institucio-
nais do MP e da Defensoria, mas não da advocacia pública.
Quanto ao foro especial, entendia o STF que, embora ele não tenha sido dado pela Constitui-
ção Federal, nada impediria que seja conferido por Constituição Estadual (STF, ADI 2.587).
No entanto, em 2019, o Tribunal mudou a sua orientação, para deixar claro que não caberia 
à Constituição Estadual conceder foro especial a autoridades, indo além daqueles casos já 
disciplinados na Constituição Federal. Isso porque a própria CF já estabelece autoridades es-
taduais e até municipais (Prefeito e membro de TCM) que contam com a prerrogativa.
Ao final, prevaleceu a tese de que o foro especial só seria aplicável aquelas autoridades men-
cionadas na CF, ou naqueles casos em que o foro previsto na CE derivasse diretamente dos 
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artigos 27 e 28 da Constituição – ou seja, deputados estaduais e distritais, vice-governador, 
secretários de Estado e chefes das forças policiais (STF, ADI 2.553).
�Ufa, voltando à questão, o item está errado, porque membros da advocacia pública não têm a 
independência funcional e inamovibilidade asseguradas na Constituição.
Questão 23 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) A respeito das 
funções essenciais à justiça, julgue o item seguinte à luz da CF.
O ente federado tanto pode optar pela constituição de defensoria pública quanto firmar con-
vênio exclusivo com a OAB para prestar assistência jurídica integral aos hipossuficientes.
Errado.
Esse assunto é recorrentemente lembrado nas provas de concurso.
O papel da Defensoria é de grandiosa importância, pois ela atua muitas vezes tornando visí-
veis pessoas e situações invisíveis, assegurando o direito a ter direitos.
Não por outra razão o STF entendeu que o descaso dos governantes em não criar ou instalar 
a Defensoria em seus Estados legitimava a intervenção do Judiciário, assegurando políticas 
públicas que viabilizassem a implementação da instituição.
Nesse cenário, não seria possível invocar a teoria da reserva do possível, prevalecendo a 
teoria do mínimo existencial (ou dos limites dos limites ou das restrições das restrições), 
de modo que seria um retrocesso social impedir o pleno funcionamento da Defensoria (STF, 
AI 598.212).
Para se ter uma ideia, o Estado de Santa Catarina, um dos que mais se destaca pela pros-
peridade da Capital e de cidades como Joinville, Chapecó e Criciúma, não possuía Defen-
soria Pública.
No lugar da Defensoria, optou a norma estadual por firmar convênio com a OAB local para 
que prestasse os serviços aos necessitados na condição de dativo. O cenário de completo 
descaso ensejou a declaração de inconstitucionalidade das normas que permitiam a atuação 
da OAB em substituição à Defensoria. Na ocasião, foi dado um prazo de um ano para que o 
Estado implantasse a DPE/SC (STF, ADI 3.892).
Em outra decisão, o STF declarou a inconstitucionalidade da norma que impunha à Defenso-
ria estadual a assinatura de convênio exclusivo com a OAB (STF, ADI 4.163).
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Cuidado com um ponto: o fato de a Defensoria estadual possuir autonomia administrativa 
não afasta a necessidade de a legislação estadual observar as normas gerais veiculadas na 
Lei Orgânica nacional.
Dentro desse contexto, o STF declarou a inconstitucionalidade de norma paraibana que fixava 
critérios diferentes dos constantes na LC 80/94 para a investidura nos cargos de Defensor 
Público Geral, seu substituto e também o Corregedor-geral (STF, ADI 3.569).
�Assim, o item está errado.
Questão 24 (PREFEITURA DE FORTALEZA/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) De acordo com 
a jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o item subsecutivo, relativos a servidores 
públicos.
Caso um procurador municipal assuma mandato de deputado estadual, ele deve, obrigatoria-
mente, se afastar de seu cargo efetivo, devendo seu tempo de serviço ser contado para todos 
os efeitos legais durante o afastamento, exceto para promoção por merecimento.
Certo.
Assunto sempre lembrado pelos examinadores, mas que não é difícil de ser estudado. Então, 
mais um motivo para você estar afiado(a) e não perder questão à toa.
Vamos lá!
Quando servidor público estiver exercendo mandato eletivo, ocorrerá o seguinte:
1. se mandato for federal, estadual ou distrital – abrange Presidente da República, Governa-
dores, senadores e deputados (todos) –, ficará afastado do cargo público;
Note que nesse caso não se fala em opção por uma ou outra remuneração, devendo o servidor 
receber o subsídio relativo ao mandato eletivo.
Foi por tal razão (entre outras) que se declarou a inconstitucionalidade de lei estadualse-
gundo a qual o militar da PM ou dos Bombeiros poderia optar pela maior remuneração, não 
importando o mandato eletivo exercido. Não é só.
A lei em questão ainda falava que, após o término do mandato, o militar poderia retornar ao 
exercício das funções, o que viola a regra prevista lá no artigo 14, § 8º, da Constituição, no 
sentido de que os militares ou se afastam definitivamente (menos de dez anos) ou passam 
para a inatividade (mais de dez anos).
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2. Se mandato for de Prefeito, servidor ficará afastado do cargo, mas poderá optar por qual-
quer uma das remunerações.
Fique de olho, pois se entende que essa regra também vale para os vice-prefeitos. Digo isso 
porque foram declaradas inconstitucionais algumas normas estaduais que permitiam ao vi-
ce-prefeito a acumulação das rendas (STF, ADI 199).
�3. Quando mandato for de Vereador (edil), haverá duas soluções:
�a) se houver compatibilidade de horários, pode acumular cargo público com o de vereador 
(recebendo pelos dois);
�b) se não houver compatibilidade de horários, ficará afastado do cargo, mas poderá escolher 
qualquer das remunerações. Em outras palavras, seguirá a regra do Prefeito.
�Por fim, o tempo em que o servidor fica afastado para o exercício de mandato eletivo conta 
para todos os efeitos, salvo promoção por merecimento. Fique atento, pois nada impede a 
promoção por antiguidade.
Voltando, o item está certo, pois o cargo eletivo tem natureza estadual, sendo aplicável a pri-
meira regra que estudamos, que indica o afastamento do cargo público.
�Para finalizar, lembre-se de que magistrados e membros do Ministério Público (a partir da 
EC n. 45/2004) não podem exercer atividade político-partidária. As demais carreiras públicas 
podem ter restrições pontuais, mas não a vedação total.
Questão 25 (TJ-PR/JUIZ DE DIREITO/2017) Com referência à organização do Poder Judici-
ário, ao CNJ e às funções essenciais à justiça, assinale a opção correta.
a) A competência do STF para processar e julgar demanda contra o CNJ restringe-se às ações 
tipicamente constitucionais.
b) É admitida a intervenção judicial no processo legislativo de elaboração da lei orçamentária 
anual, desde que a decisão seja relativa à previsão orçamentária destinada ao Poder Judiciário.
c) Segundo o STF, incidirão juros de mora sobre as dívidas da fazenda pública inscritas em 
precatórios apresentados até primeiro de julho e pagos até o final do exercício seguinte.
d) Segundo o STF, o MP tem competência para promover investigação criminal, hipótese em 
que seus atos estarão imunes ao controle jurisdicional.
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Letra a.
Vou primeiro afastar as alternativas que contêm erro.
O erro da letra b está no fato de o Judiciário não poder interferir no processo legislativo so-
mente pelo fato de a previsão orçamentária ser destinada ao Poder Judiciário. O controle 
preventivo jurisdicional é excepcionalíssimo, possível apenas pela via de MS impetrado por 
parlamentar nas situações de a) violação de cláusula pétrea; e b) existência de vício formal 
em projeto de lei.
Na letra c, aplica-se a Súmula Vinculante n. 17, segundo a qual não há a incidência de juros 
de mora se o precatório for pago dentro do prazo estabelecido no artigo 100 da Constituição.
Já a letra d está errada porque, embora possa o MP investigar, dentro da teoria dos poderes 
implícitos, sua atuação não fica fora (imune) ao controle jurisdicional. Ao contrário, o Judici-
ário atua como fiscalizador, coibindo eventuais abusos ou violações da legislação.
Sobra como correta a letra a.
Começando pelo inciso XIV do artigo 102 da Constituição Federal, compete originariamente 
ao STF julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e contra o Conselho Na-
cional do Ministério Público (CNMP).
Todo cuidado é pouco com esse dispositivo, esquecido pelos alunos, mas muito lembrado 
pelos examinadores...
É o seguinte: quando o CNJ e o CNMP foram criados (EC n. 45/2004), atribuiu-se ao STF a 
competência originária para julgar ações contra esses Conselhos. O problema é que começa-
ram a chegar muitos processos...
Daí veio uma interpretação restritiva da parte do STF: o termo “ações” passou a ser entendido 
como “ações constitucionais”, restringindo o acesso ao Tribunal apenas para julgamento de 
Habeas Corpus, Habeas Data, Mandado de Injunção e Mandado de Segurança. Resumindo, 
ficariam os remédios constitucionais (HC, HD, MI e MS).
Ou seja, não seria competência do STF julgar ações ordinárias contra o CNJ (STF, AO n. 1.706).
O problema é que ainda continuou sendo grande o número de mandados de segurança impe-
trados contra atos do CNJ, em especial.
Então, em nova interpretação restritiva, o Tribunal fixou a orientação segundo a qual não cabe 
MS para o STF contra deliberação negativa do CNJ.
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Você da sua casa se pergunta: mas que diacho é deliberação negativa?
Espere aí que eu já explico: deliberação negativa é aquela que não muda o entendimento do 
órgão de origem.
Exemplificando, se um candidato questiona decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Es-
tado X acerca da forma de contagem de títulos para um concurso de Tabelião, o CNJ pode 
manter o que foi decidido pelo Tribunal ou modificar.
Sendo mantida a decisão, não caberia MS para o STF, pois nesse caso a deliberação foi nega-
tiva (não inovou, não alterou).
Do contrário, se o CNJ modifica a forma de contagem de pontos, será possível que alguém se 
sinta prejudicado e submeta a questão ao STF, por meio de MS, pois teríamos uma delibera-
ção positiva.
Surge, então, outra pergunta: sendo caso de deliberação negativa, o que o prejudicado po-
deria fazer?
Pois bem, nessa situação, caberá MS, a ser julgado pelo Tribunal de origem. Em outras pala-
vras, o pedido do candidato se voltará contra aquela primeira decisão que lhe negou o pedido 
de contagem de títulos na forma em que esperava.
A decisão no MS julgado pelo TJ poderia ser questionada via recurso ordinário em mandado 
de segurança (ROMS), a ser apreciado pelo STJ. A partir daí, havendo violação à Constituição 
Federal, talvez seja cabível a interposição de recurso extraordinário (RE) para o STF, caso se 
ultrapassem os filtros para a interposição desse recurso.
Ou seja, a ideia é sempre restringir as hipóteses de julgamento pelo STF, já tão assoberbado 
pelos processos que chegam aos montes naquela Corte.
�Assim, a resposta esperada está na letra a.
Questão 26 (PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) No modelo de funcionamento da justiça 
montado no Brasil, entendeu-se ser indispensável a existência de determinadas funções es-
senciais à justiça. Nesse sentido, a CF considera como funções essenciais à justiçaa) o Poder Judiciário, o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia e as polícias civil 
e militar.
b) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública, a advocacia e as polícias 
civil e militar.
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c) o Poder Judiciário e o Ministério Público.
d) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública e a advocacia.
e) o Poder Judiciário, o Ministério Público e a defensoria pública.
Letra d.
Nem só de questões difíceis vive o homem...
Anote aí o mnemônico DAMA. É que as funções essenciais à justiça são a Defensoria Pública; 
a Advocacia Privada; o Ministério Público; e a Advocacia Pública.
Falando nas funções essenciais, um ponto que desassossega o amigo concurseiro é o po-
sicionamento constitucional do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos Tribunais 
de Contas.
Nenhuma dessas instituições está em relação de subordinação aos Poderes Executivo, Le-
gislativo ou Judiciário.
O Tribunal de Contas da União atua como auxiliar do Congresso Nacional, mas mantém inde-
pendência e ausência de subordinação hierárquica (STF, ADI 4.190).
Quanto ao Ministério Público, igualmente, fala-se em autonomia e inexistência de subordinação.
Mas, sem dúvidas, o julgado do STF mais cobrado em provas de concursos quando se fala em 
separação dos poderes diz respeito à Defensoria Pública. O caso envolvia um ato de Gover-
nador de Estado que, ao receber o orçamento encaminhado pela Defensoria local dentro dos 
limites da LDO, promoveu cortes. Além disso, ele ainda inseriu a instituição dentro da estrutu-
ra da Secretaria de Justiça, subordinada ao Executivo (STF, ADPF 307).
Analisando o que fez o Governador, o STF entendeu que houve dupla violação à autonomia da 
Defensoria Pública. O Tribunal ainda se posicionou no sentido de que a autonomia da Defen-
soria Pública seria um preceito fundamental de nossa Constituição.
�Em resumo, podemos afirmar que a Defensoria Pública, o Ministério Público e o Tribunal de 
Contas são dotados de autonomia administrativa, funcional e orçamentária, não se subordi-
nando ao Executivo ou a qualquer outro Poder.
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Questão 27 (PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/2017) À luz da CF, assinale a opção correta a 
respeito do Ministério Público.
a) Segundo a CF, são princípios institucionais aplicáveis ao Ministério Público: a unidade, a 
indivisibilidade, a independência funcional e a inamovibilidade.
b) Foi com a CF que a atividade do Ministério Público adquiriu o status de função essencial 
à justiça.
c) O STF, ao tratar das competências e prerrogativas do Ministério Público, estabeleceu o en-
tendimento de que membro desse órgão pode presidir inquérito policial.
d) A CF descreve as carreiras abrangidas pelo Ministério Público e, entre elas, elenca a do 
Ministério Público Eleitoral.
e) A exigência constitucional de que o chefe do Ministério Público da União, procurador-geral 
da República, pertença à carreira significa que ele, para o exercício do cargo, pode pertencer 
tanto ao Ministério Público Federal quanto ao estadual.
Letra b.
A resposta correta está na letra b. É que, com a Constituição de 1988, o MP foi alçado à con-
dição de função essencial à justiça, ao lado da defensoria pública e da advocacia (pública 
e privada).
Tomando como parâmetro, por exemplo, a Constituição de 1967, o MP estava inserido dentro 
da estrutura do próprio Poder Judiciário (Seção IX, do Capítulo VIII da CF/1967).
Hoje pode se falar em autonomia do MP e da Defensoria Pública, instituições que vêm ga-
nhando mais e mais destaque no cenário jurídico e político.
Olhando para as demais alternativas, não confunda princípios institucionais (unidade, indivi-
sibilidade e independência funcional) com garantias funcionais. A inamovibilidade é uma das 
garantias atribuídas aos membros do MP e da Magistratura. Assim, errada a letra a.
O erro da letra c está no fato de o MP poder realizar investigações, dentro da teoria dos po-
deres implícitos. Contudo, a presidência do inquérito policial continua a ser ato privativo do 
Delegado de Polícia. Ah, o MP pode presidir inquérito civil.
Errada a letra d. Além do Ministério Público da União (MPU), existe também o Ministério Pú-
blico Estadual (MPE) e aquele que atua junto aos Tribunais de Contas (MP/Contas).
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De outro lado, convém alertar que não existe Ministério Público municipal – também não há 
Judiciário ou Defensoria Pública na esfera municipal.
O MPU abrange quatro ramos:
�a) Ministério Público Federal – MPF;
�b) Ministério Público do Trabalho – MPT;
�c) Ministério Público Militar – MPM;
�d) Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios – MPDFT.
�Quanto ao MP/Contas, o artigo 130 da Constituição diz que aos seus membros se aplicam 
as mesmas disposições pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura inerentes aos 
outros membros do MP.
�Um ponto importantíssimo: o MP/Contas não se insere na estrutura do MP comum, sejam os 
dos Estados, seja o da União.
�Em razão disso, não podem os membros do MP Estadual atuar junto ao Tribunal de Contas, 
ainda que transitoriamente (STF, MS 27.339).
Além disso, também se entende que o MP/Contas estadual não dispõe das garantias insti-
tucionais pertinentes ao Ministério Público comum dos Estados-membros, notadamente das 
prerrogativas que concernem à autonomia administrativa e financeira, ao processo de esco-
lha, nomeação e destituição de seu titular e ao poder de iniciativa dos projetos de lei relativos 
à sua organização (STF, ADI 2378).
É por essa razão que cabe ao respectivo Tribunal de Contas a iniciativa de projetos de lei de 
interesse do MP/Contas. Isso é o oposto do MP comum, que conta com o poder de dar o start 
nos projetos de lei de seu interesse.
Voltando, as funções eleitorais podem ser desempenhadas pelo MP Federal ou pelo MP dos 
Estados e do DFT, a depender dos cargos eletivos em disputa.
�Por fim, errada a letra e, porque o PGR precisa vir dos quadros do MPU, não havendo partici-
pação dos membros do MP Estadual na escolha.
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Questão 28 (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015) No que diz respeito à disciplina constitu-
cional da autonomia financeira, aos poderes e aos órgãos públicos, assinale a opção correta.
a) Lei de iniciativa exclusivado Poder Executivo poderá restringir a execução orçamentária do 
Poder Judiciário, mesmo no tocante às despesas amparadas na LDO e na LOA.
b) Ao elaborar sua proposta orçamentária, deve o MP ater-se aos limites estabelecidos na 
LDO, não sendo dado ao chefe do Poder Executivo estadual interferir nessa proposta, ressal-
vada a possibilidade de pleitear a sua redução ao respectivo parlamento.
c) Por exercer função constitucional autônoma e contar com fisionomia institucional própria, 
o MP junto aos TCs tem assegurada a garantia institucional da autonomia financeira nos 
mesmos moldes consagrados ao MP comum.
d) Em razão do seu caráter de auxiliar do respectivo Poder Legislativo, os TCs estaduais não 
gozam de autonomia financeira, ficando a sua proposta orçamentária condicionada à propo-
sição daquele poder.
e) A despeito da autonomia financeira das DPs, sua proposta orçamentária deve estar atrela-
da à proposta do respectivo Poder Executivo, como uma subdivisão desta, tendo em vista es-
pecialmente a circunstância de as DPs, não constituindo um poder autônomo e independente, 
atuarem no exercício de função executiva.
Letra b.
A resposta esperada está na letra b. Diante da autonomia orçamentária atribuída ao MP, deve 
a instituição elaborar sua própria proposta orçamentária, atentando-se aos limites previstos 
na LDO.
Havendo obediência a esses limites, não caberia ao Executivo promover cortes no orçamento 
encaminhado pelo MP.
A esse respeito, no ano de 2015, ainda no Governo da ex-presidente Dilma Roussef, houve 
cortes nos orçamentos encaminhados pelo MP e pelo Judiciário da União, os quais estavam 
dentro dos limites da LDO.
A celeuma girava em torno da previsão, na proposta orçamentária, de reajuste aos membros 
e servidores dessas instituições, situação que desagradou a então mandatária do Executivo 
da União.
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�Após impetração de MS pelas associações de classe, o STF findou por restabelecer a pro-
posta, com a indicação de reajuste para aquele ano, por entender que as instituições tinham 
elaborado o orçamento para o ano seguinte de acordo com os limites da LDO, não cabendo a 
interferência do Executivo (STF, MS 33.186).
Questão 29 (TCU/PROCURADOR/2015) Em 2007, o STF aprovou a Súmula Vinculante n.º 3, 
com o seguinte teor: “Nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla 
defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que 
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de 
aposentadoria, reforma e pensão”. Considerando os efeitos dessa súmula sobre a atividade 
do TCU, assinale a opção correta.
a) Caberá reclamação constitucional ao STF contra decisão do TCU que, sem a oitiva do inte-
ressado, apreciar, para fins de registro, a legalidade da concessão de aposentadoria, se dessa 
apreciação resultar a não confirmação do benefício.
b) Caso entendam que a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentado-
ria, reforma e pensão também deva estar sujeita a contraditório e ampla defesa, tanto o pro-
curador-geral do MP/TCU quanto o presidente do TCU poderão propor a revisão do enunciado 
da súmula em apreço por serem, por lei, legitimados para isso.
c) Ao exercer a iniciativa reservada para instaurar processo legislativo que pretenda alterar 
sua organização e seu funcionamento, o TCU estará constitucionalmente impedido de incluir 
no respectivo projeto cláusula modificativa de aspectos abordados na súmula em questão.
d) Ante reclamação constitucional contra decisão do TCU que tenha contrariado os termos 
da súmula em questão, o STF cassará a decisão reclamada e proclamará outra em seu lugar.
e) Caso entendam que a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposenta-
doria, reforma e pensão também deva estar sujeita a contraditório e ampla defesa, tanto o de-
fensor público-geral da União quanto o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
poderão propor a revisão do enunciado da súmula por serem, por lei, legitimados para isso.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Letra e.
A questão começa tratando um tema batido, que é a Súmula Vinculante n. 3, editada há mais 
de dez anos. No entanto, a leitura das alternativas deixa claro que a cobrança foi num nível 
mais aprofundado, mais elevado.
É dentro desse cenário que a letra E desponta como a resposta esperada. O artigo 103-A da 
Constituição indica que os mesmos legitimados para o ajuizamento da ADI podem propor a 
edição, a revisão e o cancelamento de súmula vinculante.
Caso você analise a referida lista não encontrará o Defensor Público Geral da União. Acontece 
que o rol constitucional foi ampliado pela Lei n. 11.417/2006, responsável por regulamentar 
as súmulas vinculantes. A lei inclui outras autoridades e órgãos, dentre os quais o DPGU.
�Feitas tais considerações, tem-se a possibilidade de os legitimados constitucionais e legais 
proporem a edição ou cancelamento da Súmula Vinculante n. 3, sendo certa a letra e.
Questão 30 (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Acerca dos tratados internacionais de 
direitos humanos, do ADCT e dos direitos de nacionalidade e de cidadania, assinale a op-
ção correta.
a) A nacionalidade de brasileiros naturalizados perdida por sentença judicial devido ao exer-
cício de atividade nociva ao interesse nacional pode ser readquirida mediante novo procedi-
mento de naturalização.
b) Os pagamentos devidos pela fazenda pública em virtude de sentença judicial far-se-ão 
mediante precatório, salvo quando forem pertinentes a obrigações definidas em lei como de 
pequeno valor. Caso não haja lei específica do ente da Federação, considerar-se-ão como de 
pequeno valor os débitos ou obrigações da fazenda pública estadual que tenham valor igual 
ou inferior a quarenta salários mínimos.
c) O número de DPs estaduais na unidade jurisdicional deve ser proporcional ao número de 
processos judiciais em trâmite na comarca em questão.
d) Segundo o STF, os tratados internacionais referentes aos direitos humanos têm status de 
norma constitucional, independentemente do seu eventual quorum de aprovação.
e) Embora possa filiar-se a partido político, o militar em serviço na ativa não é elegível.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Letra b.
O artigo 100 da Constituição trata do regramento aplicável aos precatórios. Fique atento, pois 
você precisa estar antenado às sucessivas ECs que também tratam de precatórios, além de 
alguns artigos que foram introduzidos por elas no ADCT.
Quanto ao RPV, se não houver lei definindo o seu valor, será aplicado o piso constitucional de 
40 salários mínimos. Ah, o montante definido pela lei como RPV não deve ser no mínimo igual 
ao valor do maiorbenefício do RGPS (artigo 100, § 4º, da CF), o que torna correta a letra b.
Olhando para as demais alternativas, errada a letra a, porque em caso de cancelamento da 
naturalização por sentença judicial transitada em julgado, a única hipótese de se readquirir a 
nacionalidade é por meio da ação rescisória.
A letra c está errada, pois a EC n. 80/2014 previu regra segundo a qual o número de defen-
sores públicos na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda pelo serviço da 
Defensoria Pública e à respectiva população (artigo 98 do ADCT).
Na letra d, somente terão status equivalente ao das ECs os tratados internacionais sobre di-
reitos humanos que forem aprovados em dois turnos de votação, por três quintos dos mem-
bros de cada Casa do Congresso Nacional.
�Por sua vez, somente os conscritos, durante o serviço militar obrigatório, são inalistáveis (e 
inelegíveis). Os demais podem concorrer. Se contarem com menos de dez anos de atividade, 
para concorrer, precisarão se afastar definitivamente; contando com mais de dez anos, fica-
rão agregados à autoridade superior. Se eleitos, passarão automaticamente para a inativida-
de no ato da diplomação. Se perderem, retornam ao trabalho.
Questão 31 (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Com relação ao tratamento dispensado à 
assistência judiciária, à assistência jurídica e à DP nas Constituições brasileiras, assinale a 
opção correta.
a) A Constituição de 1946 foi a primeira a determinar aos estados e à União a criação de ór-
gãos especiais para a concessão de assistência judiciária aos necessitados.
b) O conceito de assistência jurídica, evolução do conceito de assistência judiciária, surgiu 
pela primeira vez com a promulgação da Constituição Federal de 1967, antes de sua alteração 
pela EC n. 1/1969.
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c) A instituição da DP foi prevista pela primeira vez com a promulgação da EC n.º 1/1969, que 
alterou a Constituição Federal de 1967, todavia, sua criação não era obrigatória pelos estados 
da Federação.
d) A Constituição Imperial de 1824, apesar de não tratar expressamente da assistência judi-
ciária, concedia isenção de emolumentos, custas, taxas e selos nas causas cíveis às pessoas 
que provassem não ter condições de pagá-los.
e) A determinação dirigida à União e aos estados para a concessão de assistência judiciária 
aos necessitados surgiu pela primeira vez na Constituição de 1934.
Letra e.
A resposta esperada está na letra e.
Isso porque a Constituição de 1934, a primeira da Era Vargas, trazia em seu artigo 113, pará-
grafo 32, regra segundo a qual “a União e os Estados concederão aos necessitados assistên-
cia judiciária, criando, para esse efeito, órgãos especiais e assegurando a isenção de emolu-
mentos, custas, taxas e selos.”
Em acréscimo, foi a Constituição de 1988 que destinou tratamento específico às funções es-
senciais à Justiça, falando em assistência jurídica (e não mais judiciária) aos necessitados, 
tarefa a cargo da Defensoria Pública.
No cenário constitucional atual foram promulgadas algumas ECs modificando pontos relati-
vos à instituição. Veja:
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ÚLTIMAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS RELACIONADAS À DEFENSORIA PÚBLICA
Número da EC O que modificou
EC n. 45/2004 Deu autonomia AFO (administrativa, funcional e orçamentária) à Defen-
soria Pública Estadual
EC n. 69/2012 Transferiu da União para o DF a tarefa de organizar e manter a Defensoria 
Pública do DF
EC n. 74/2013 Estendeu a autonomia AFO às Defensorias Públicas da União e do DF
EC n. 80/2014 Chamada de PEC das Comarcas! De um lado, dispôs que em até oito 
anos, cada Comarca deveria possuir ao menos um Defensor. Mais: que 
o número de Defensores fosse proporcional à demanda de trabalho e à 
população.
De outro lado, passou a prever explicitamente os princípios institucionais 
da unidade, indivisibilidade e da independência funcional, assim como já 
acontecia com o MP.
Também determinou a observância dos artigos 93, II, e 96, aplicáveis ori-
ginalmente aos Magistrados.
Questão 32 (DPE-RN/DEFENSOR PÚBLICO/2015) Acerca do estatuto constitucional da DP, 
assinale a opção correta.
a) Ao DP aplica-se a garantia constitucional da inamovibilidade, que proíbe sua remoção con-
tra sua vontade, a não ser quando determinada por sentença judicial transitada em julgado.
b) A alteração do art. 134 da CF pela EC n.º 80/2014 concedeu aos DPs a garantia da vita-
liciedade, que é adquirida após três anos de exercício, ficando a perda do cargo, após esse 
período, dependente de sentença judicial transitada em julgado.
c) A CF assegura aos DPs e aos procuradores dos estados aprovados em concurso público 
de provas e títulos estabilidade após dois anos de efetivo exercício, mediante avaliação de 
desempenho e relatório circunstanciado das corregedorias.
d) À DP aplicam-se os mesmos princípios institucionais atribuídos ao MP pela CF: a unidade, 
a indivisibilidade e a independência funcional.
e) A autonomia administrativa prevista na CF permite às DPs estaduais o livre gerenciamento 
do seu orçamento obtido por meio de aprovação de proposta orçamentária de iniciativa pri-
vativa dos governadores dos estados.
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Letra d.
Vou por exclusão.
A garantia da inamovibilidade impede a remoção de ofício, salvo comprovado interesse públi-
co, em decisão de maioria absoluta do órgão, o que torna errada a letra a. Exige-se sentença 
judicial transitada em julgado é para a decretação de perda do cargo de membro estável, 
situação aplicada à Magistratura, MP e dos Tribunais de Contas. Considerando que até hoje 
os membros da Defensoria não contam com a garantia da vitaliciedade, fica também errada a 
letra b, cabendo acrescentar que vitaliciedade é adquirida após dois anos de efetivo exercício.
Membros da advocacia e da defensoria pública contam com estabilidade, adquirida após três 
anos de efetivo exercício, o que torna errada também a letra c.
O erro da letra e está no fato de a proposta orçamentária relativa à defensoria pública ser 
enviada pela própria instituição, e não pelos governadores dos estados. Aplica-se, ao caso, a 
autonomia orçamentária.
�Sobra como correta a letra d. A EC n. 80/2014 estendeu à DP os princípios institucionais da 
unidade, da indivisibilidade e da independência funcional, previstos anteriormente apenas ao 
MP.
Questão 33 (PREFEITURA DE SALVADOR/PROCURADOR MUNICIPAL/2015) Assinale a op-
ção correta no que diz respeito à disciplina das funções essenciais à justiça.
a) O MP estadual tem legitimidade ativa para promover ACP com o fim de questionar a co-
brança e pleitear a restituição de IPTU a respeito do qual se alegue ter sido indevidamente 
cobrado pelo município.
b) O MP estadual tem legitimidadeativa para promover ACP com a finalidade de obter pro-
vimento judicial que obrigue o município a aplicar o mínimo constitucionalmente exigido da 
receita resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino.
c) A defensor público é assegurado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais, 
desde que ele respeite a compatibilidade de horário e que não se apure conflito de interesses.
d) A chefia do MPU cabe ao procurador-geral da República, que será escolhido pelo presiden-
te da República entre os integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, a partir de lista 
tríplice fornecida pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
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e) A chefia da AGU cabe ao AGU, que será escolhido pelo presidente da República entre os 
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, a partir de lista tríplice fornecida pelo 
Conselho Superior da AGU.
Letra b.
Vou por exclusão.
Errada a letra a, porque o STF, em compasso com o artigo 1º, da LACP, firmou a seguinte tese 
em repercussão geral: 
O Ministério Público não possui legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, 
deduzir em juízo pretensão de natureza tributária em defesa dos contribuintes, que vise 
questionar a constitucionalidade/legalidade de tributo.
Na letra c, o erro está no fato de os membros da defensoria não poderem exercer a advocacia 
fora de suas atribuições institucionais, nem mesmo em causa própria.
A letra d está errada, porque na escolha do PGR não há formação de lista tríplice (ao menos, 
não oficialmente, pois a lista informal elaborada pela ANPR não tem força vinculante nem 
previsão constitucional).
O AGU não precisa ser integrante da carreira, o que torna errada a letra e. O Presidente escolhe 
o nome entre brasileiros com mais de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
O indicado não precisa ter seu nome aprovado pelo Senado Federal.
�Sobra como correta a letra b. Ao julgar o RE 190.938, o STF entendeu ser legítima a atuação 
do MP em ACP na qual se buscava obrigar município a incluir no orçamento os percentuais 
faltantes para se atingir o mínimo de 25% no ensino, conforme determina o artigo 212 da 
Constituição. Ressaltou-se a presença de interesse social indisponível.
Questão 34 (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015) Acerca de aspectos diversos relacionados à 
atuação e às competências dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da 
República e da AGU, julgue o item a seguir.
Compete à AGU a representação judicial e extrajudicial da União, sendo que o poder de re-
presentação do ente federativo central pelo advogado da União decorre da lei e, portanto, 
dispensa o mandato.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Certo.
A própria Constituição outorga aos advogados da União a legitimidade para sua atuação in-
dependentemente de mandato.
Sobre o tema, o STF possui entendimento segundo o qual “uma vez subscrito o ato por deten-
tor do cargo de advogado da União, dispensável é a apresentação de instrumento de manda-
to, da procuração” (STF, AO 1.757).
�Em acréscimo, poderia ser citada analogicamente a incidência da Súmula n. 644/STF, que diz 
o seguinte: 
ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a apresentação de instru-
mento de mandato para representá-la em juízo.
Questão 35 (TJDFT/JUIZ DE DIREITO/2015) A respeito do Poder Judiciário, do controle de 
constitucionalidade e das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta consideran-
do a CF e a jurisprudência do STF.
a) Se o resultado de uma eleição para a presidência de um tribunal de justiça estadual for 
questionado judicialmente, competirá à procuradoria-geral do estado a representação do tri-
bunal de justiça para defender o ato impugnado.
b) O CNJ, além de suas atribuições de natureza administrativa, detém competência para apre-
ciar a constitucionalidade de atos administrativos, por estar incluído entre os órgãos do Poder 
Judiciário brasileiro.
c) A ADPF é instrumento adequado para pedir interpretação, revisão e cancelamento de sú-
mula vinculante.
d) Os efeitos de súmula vinculante editada pelo STF em razão de pacificação de controvérsia 
judicial transcendem o Poder Judiciário e alcançam os Poderes Legislativo e Executivo.
e) O MP junto ao TCU integra o MPU e detém os mesmos direitos e prerrogativas concedidos 
ao MPF.
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Letra a.
A AGU é responsável por fazer a representação judicial e extrajudicial da União, o que inclui 
todos os Poderes. Somente se restringe ao Executivo a tarefa de fazer consultoria e assesso-
ramento jurídico, certo?
Então, por exemplo, se o TJDFT quiser ingressar judicialmente, caberá à AGU fazer a repre-
sentação, na medida em que ele (o TJDFT) é órgão do Poder Judiciário da União.
Eu disse isso para você entender como funcionaria no plano estadual o mesmo raciocínio, 
aplicado em simetria. Assim, caso seja necessária a representação judicial do TJ Estadual, 
essa missão competirá à PGE, o que torna correta a letra a.
Olhando para as demais alternativas, errada a letra b, na medida em que o CNJ não faz con-
trole de constitucionalidade na forma difusa ou concentrada. O que lhe é permitido é deixar de 
aplicar norma que entenda ser inconstitucional.
Por sua vez, não cabe nenhuma ferramenta do controle concentrado para discutir súmulas 
vinculantes. Isso porque há mecanismo próprio, que é o pedido de revisão ou cancelamento 
da súmula. Esse pedido pode ser feito pelos mesmos legitimados para a edição ou ser feito 
de ofício pelo próprio STF. Assim, errada a letra c.
O erro da letra d está no fato de dizer que o Legislativo ficaria vinculado pela súmula vincu-
lante. Ao contrário, ficam de fora da vinculação o próprio STF e o Legislativo na função típica 
de legislar. Ah, na função atípica de administrar, por exemplo, o Legislativo fica vinculando, 
tal qual acontece com a incidência da SV n. 13, que proíbe a prática de nepotismo em toda a 
Administração – todas as esferas, todos os Poderes.
�Para finalizar, o MP/Contas não integra o MPU nem o MP Estadual. Ele é um órgão próprio, 
vinculado ao respectivo TC. Desse modo, também errada a letra e.
Questão 36 (TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2015) No que tange à AGU, ao MP e aos servi-
dores públicos, assinale a opção correta.
a) Tanto a União quanto os estados, o DF e os municípios estão obrigados a instituir regime 
jurídico único e planos de carreira para os ocupantes de cargos públicos da administração 
direta, mas não para os servidores da administração indireta.
b) A AGU representa os interesses da União no âmbito judicial e na consultoria e assessora-
mento jurídico aos poderes da República.
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c) Dado o princípio da indivisibilidade, o MP é uma instituição una, podendo seus membros, 
que não se vinculam aos processos nos quais atuam, ser substituídos uns pelos outros de 
acordo com as normas legais.
d) Constam expressamente na CF dispositivos normativos que investem o MP de poderes in-
vestigatórios criminais, sendo-lhe facultado promover a colheita de determinados elementos 
de prova que demonstrem a autoria e a materialidade de delitos.
e) Os servidores públicos têm direito à irredutibilidade de salário e ao piso salarial propor-
cional à extensão e à complexidade do trabalho, mas não ao salário-família e ao fundo de 
garantia do tempo de serviço.
Letra c.
Vou por exclusão!
Está errada a letra a, na medida em que o artigo 39 da Constituição prevê a instituição de 
regime jurídico único para os servidores da Administração Direta, e para as autarquias e fun-
dações públicas, que integram a administração indireta.
Questão frequente em provas, a letra b está errada pela sua extensão. De fato, a AGU repre-
senta a União, judicial e extrajudicialmente, o que inclui todos os Poderes.
Exemplificando, outro dia o TJDFT, órgão em que atuo como Magistrado, impetrou mandado 
de segurança no STF contra decisão do CNJ. Quem estava à frente da ação constitucional? 
Exatamente a AGU, uma vez que o TJDFT é órgão do Poder Judiciário da União.
Até aí, tudo bem. Acontece que quando fala em consultoria e assessoramento jurídico, a atua-
ção da AGU será restrita ao Poder Executivo. Isso porque o pessoal do Legislativo já conta com 
consultores legislativos, enquanto o Judiciário tem por função típica lidar com o juridiquês.
O erro da letra d está no fato de o poder de investigar do Ministério Público ser decorrente da 
adoção da teoria dos poderes implícitos, não constando expressamente no texto constitu-
cional. Ao contrário, é extraído da lógica segundo a qual quem pode o mais (acusar), pode o 
menos (coletar provas para acusar).
A letra e também está errada, porque, de um lado, servidor possui direito ao salário família; 
de outro lado, eles não têm a irredutibilidade de salário nem o piso salarial. Confira os direitos 
aplicáveis aos servidores: a) salário mínimo; b) garantia de percepção de no mínimo um sa-
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lário mínimo aos que recebem renda variável (ou trabalham em jornada reduzida); c) décimo 
terceiro salário; d) adicional noturno; e) salário-família; f) limitações à jornada de trabalho; g) 
repouso semanal remunerado; h) hora extra; i) férias; j) licença à gestante; k) licença-pater-
nidade; l) proteção ao mercado de trabalho da mulher; m) redução de riscos inerentes ao tra-
balho; n) proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão 
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
É importante lembrar que o vencimento básico do servidor pode ser inferior ao salário-míni-
mo. O que não se permite é que sua remuneração total esteja abaixo desse limite. Assim, caso 
haja o pagamento de abono para atingir o salário mínimo, não haverá violação à Constituição 
(STF, SV n. 16).
Já a SV n. 15 diz que sobre o cálculo de gratificações e de outras vantagens pagas ao servidor 
não incide o abono mencionado anteriormente, usado para atingir o salário-mínimo.
Continuando, por conta do princípio da legalidade, a fixação de vencimentos dos servidores 
públicos não pode ser objeto de convenção coletiva (STF, Súmula n. 679).
E mais: não cabe ao Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de ser-
vidores públicos sob o fundamento de isonomia (STF, SV n. 37).
Sobra como correta a letra C.
O princípio da indivisibilidade é uma decorrência do postulado da unidade. Por meio dele, é 
possível que um membro do MP substitua outro, dentro da mesma função, pois quem exerce 
os atos não é a pessoa do Promotor, e sim, a instituição Ministério Público.
Exemplificando, um processo de homicídio qualificado que tramita na Vara do Júri da Co-
marca de Belo Horizonte pode ter a denúncia oferecida pelo Promotor de Justiça José, mas 
as audiências serem feitas pelo Promotor João. Nada impediria, ainda, que outro Promotor, 
Alfredo, faça o júri.
Aragonê, você quer dizer então que podem mandar qualquer Promotor para fazer um Júri 
específico? 
Calma lá, eu não disse isso, até porque a figura do promotor natural impede que haja designa-
ções casuísticas. Mas isso você verá mais à frente. Fique firme aí, pois não demora.
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�Também por conta da indivisibilidade o STF entendeu que o pedido de arquivamento de inqué-
rito em trâmite naquele Tribunal formulado pelo PGR não poderia ser recusado. E essa orienta-
ção se aplicaria mesmo na hipótese em que um novo PGR ofereça denúncia (STF, INQ 2.028).
Questão 37 (DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2015) No que se refere ao tratamento conferido 
pela CF à DP, julgue o seguinte item.
Aos defensores públicos empossados após a promulgação da CF é permitido o exercício da ad-
vocacia privada, desde que não conflitante com o exercício de suas atribuições institucionais.
Errado.
Membros da Magistratura, do Ministério Público e da Defensoria Pública não podem advogar, 
nem mesmo em causa própria (STF, HC 76.671).
A proibição, contudo, encontra uma exceção: os membros do MP que ingressaram antes da 
Constituição de 1988 puderam optar entre a vitaliciedade e a estabilidade.
A quem optou pela estabilidade, foi permitido o exercício da advocacia.
Olhando para a situação específica do DF, antes da efetiva criação da DPDF, a missão era 
atribuída ao CEAJUR, cujos membros podiam advogar (exatamente por não serem defenso-
res públicos).
Então, foi dada a opção para os membros: ou se tornavam defensores públicos (vedado o 
exercício da advocacia fora da atuação institucional) ou iriam ser alocados num cargo em 
extinção, de procurador de autarquias, sendo permitida a advocacia.
�Em resumo, o item está errado.
Questão 38 (TCE-PB/PROCURADOR/2014) A respeito da organização do Estado, da organi-
zação dos poderes no Estado e das funções essenciais à justiça, assinale a opção correta à 
luz da jurisprudência do STF.
a) A Advocacia-Geral da União (AGU) é instituição nacional que representa judicial e extraju-
dicialmente a União, os estados e os municípios
b) Uma lei dispondo sobre sistemas de consórcio e sorteios, inclusive bingos e loterias, 
pode ser editada pela União, pelos estados ou pelo DF, em virtude da competência legisla-
tiva concorrente.
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c) Uma ação em que se questione a responsabilidade pessoal de conselheiro do Conselho 
Nacional de Justiça (CNJ) deverá ser ajuizada perante o STF, que detém a competência origi-
nária para processar e julgar o feito
d) Caso um parlamentar conceda declarações à imprensa, ainda que fora do ambiente de tra-
balho, e tais manifestações estejam vinculadas ao exercício do mandato, incidirá sobre essa 
atuação a cláusula de inviolabilidade constitucional
e) O poder regulamentar conferido diretamente pela CF aos ministros de Estado concede-
-lhes a competência para a edição de atos normativos primários, subordinados diretamen-
te à própria CF.
Letra d.
Vou por exclusão!
Errada a letra a, uma vez que a AGU representa judicial e extrajudicialmente a União, apenas. 
Os estados e o DF contam com as procuradorias. Nos municípios, pode – ou não – ser forma-
da uma procuradoria, mais comum nos municípios de médio e grande porte.
A letra b está errada, porque compete privativamente à União legislar sobre consórcios e sor-
teios, inclusive bingos e loterias. Aliás, sobre o tema foi editada a SV n. 2.
O erro da letra c está no fato de que o STF julgará originariamente apenas as ações constitu-
cionais ajuizadas contra o CNJ ou CNMP. Se a ação é contra um conselheiro especificamente, 
a competência, a princípio, será do juízo de 1º grau.
Os Ministros de Estado, dentro do poder regulamentar, editam atos normativos secundários, 
sujeitos a controle de legalidade, não extraindo sua força normativa diretamente da Constitui-
ção nem ensejando controle de constitucionalidade.
Por fim, sobra como correta a letra d. A imunidade material abrange opiniões, palavras e vo-
tos. Dentro da Casa ela é absoluta, afastando a responsabilização penal e civil, embora per-
mita a responsabilização por quebra de decoro. Já fora da Casa ela se restringirá aos atos 
relacionados ao mandato.
�Para parlamentares federais, estaduais e distritais, a imunidade abrange todo o país; para os 
vereadores, fica restrita ao território do município.
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Funções Essenciais à Justiça
DIREITO CONSTITUCIONAL
Questão 39 (AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) Julgue os itens a seguir, que tratam da 
organização de instituições do Estado brasileiro e de seu funcionamento.
Os membros do Ministério Público da União não poderão exercer atividade político-partidária, 
salvo se prévia e expressamente licenciados para esse fim pelo Conselho Superior do Minis-
tério Público.
Errado.
Para os magistrados, essa vedação já estava prevista desde o texto original da Constituição, 
do ano de 1988.
Por sua vez, a proibição só alcançou os membros do Ministério Público com a EC n. 45/2004.
Um ponto importante: a vedação não persiste durante a inatividade. Ou seja, com a aposen-
tadoria, o membro do MP poderia candidatar-se a mandato eletivo.
Avançando, proíbe-se que membros do Ministério Público ocupem cargos que estejam fora 
da estrutura da própria instituição (STF, ADI 3.574).
Tente aí puxar pela memória um acontecimento relativamente recente: a então Presidente 
Dilma, já mais para o final do mandato, indicou para o cargo de Ministro da Justiça um Procu-
rador de Justiça do MP/BA.
Dentro da proibição ora comentada, decidiu-se que para ocupar o cargo de Ministro de Estado 
ele deveria abandonar o MP/BA, o que não aconteceu.
Então, a ex-presidente nomeou outro membro do MP para o cargo de ministro da Justiça. A 
diferença é que o escolhido, o Subprocurador-geral da República Eugênio de Aragão, havia 
ingressado no MP antes de 1988, não lhe sendo imposta a proibição (STF, ADPF 388).
Ah, considerando o entendimento do STF no sentido de que, na acumulação lícita de cargos 
públicos deve ser observado o teto de remuneração em cada cargo isoladamente e não na 
somatória dos valores, é possível que na prática os ganhos do membro do MP superem o 
subsídio mensal pago aos ministros do STF.
�Dito isso, o item está errado.
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Funções Essenciais à Justiça
DIREITO CONSTITUCIONAL
Questão 40 (TRF 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) De acordo com os dispositivos constitu-
cionais e o entendimento do STF atinentes ao exercício de mandato eletivo por detentor de 
cargo no serviço público, assinale a opção correta.
a) O servidor público investido no mandato de prefeito deverá ser afastado do cargo, emprego 
ou função, sendo-lhe possível cumular os vencimentos, todavia, sempre observando o teto 
constitucional, ou seja, o subsídio fixado para os ministros do STF.
b) Segundo o entendimento do STF, ao servidor público que seja eleito vice-prefeito aplicar-
-se-á as disposições aplicáveis ao servidor eleito para o cargo de vereador.
c) Em qualquer caso que exija o afastamento do servidor para o exercício de mandato eletivo, 
seu tempo de serviço será computado para todos os efeitos legais.
d) Independentemente de o mandato eletivo ser federal, estadual, municipal ou distrital, o ser-
vidor ficará afastado de cargo ou função.
e) Considere a seguinte situação hipotética. Júlio foi aprovado em concurso de promotor de 
justiça estadual, tendo sido empossado no cargo em 8/12/1984 e exercido esse cargo du-
rante dez anos, após os quais resolveu se candidatar ao cargo de deputado federal de seu 
estado, tendo sido eleito com votação expressiva. Após o exercício do mandato eletivo, ele 
tentou a reeleição, mas não obteve sucesso, razão por que reassumiu suas funções no MP de 
seu estado. Nas eleições gerais de 2006, Júlio tentou novamente concorrer a uma cadeira na 
Câmara dos Deputados, mas sua candidatura não foi aceita, tendo em vista vedação ao exer-
cício de atividade político-partidária. Nessa situação, segundo o entendimento dominante no 
STF, foi correta a não aceitação da candidatura de Júlio.
Letra e.
Magistrados e membros do Ministério Público não podem exercer a atividade político-par-
tidária.
Acontece que para o MP essa proibição surgiu somente com a EC n. 45/2004.
Analisando-se a alternativa e, tem-se que Júlio elegeu-se para mandato de deputado federal 
no ano de 1994, quando não vigorava a proibição.
Contudo, não tendo ele continuado no exercício do mandato, na medida em que não se reele-
geu nas eleições de 2006, ele passou a ser abarcado pela proibição.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Exemplificando com um caso concreto aqui do Distrito Federal, o então Promotor de Justiça 
Chico Leite foi eleito no ano de 2002 para ocupar cargo de Deputado Distrital, sendo reeleito 
sucessivas vezes, a última delas para o mandato na legislatura de 2015-2018 (bem depois da 
EC n. 45/2004, portanto).
Porém, nas eleições de 2018, ele se lançou candidato ao cargo de Senador, sem sucesso.
Assim, nas próximaseleições, caso queira novamente se candidatar, não poderia, exceto se 
pedisse a aposentadoria do cargo ocupado atualmente, de procurador de justiça.
Ah, se você reparou bem, lá em 2002 ele era promotor de justiça e nesse meio do caminho se 
tornou, enquanto ocupava mandato eletivo, procurador de justiça.
Daí, vale lembrar uma regrinha do artigo 38 da Constituição, segundo a qual o tempo em que o 
servidor fica no exercício de mandato eletivo conta para todos os efeitos, exceto na promoção 
por merecimento.
Então, como ele conseguiu a promoção? Simples, ele foi promovido por antiguidade.
Para finalizar, lembro que o STF fala em direito atual, e não em direito adquirido, para aqueles 
que entraram na carreira antes da EC n. 45/2004 e continuaram – sem quebra – candidatan-
do-se e ocupando mandato eletivo.
Agora que você já viu estar correta a letra e, vou identificar o erro das demais alternativas, ok?
Erradas as letras a e d, porque o afastamento ocorrerá nos mandatos federais, estaduais, dis-
tritais e de prefeito. Para vereador, só não ficará afastado o servidor se houver compatibilida-
de de horários, situação em que poderá o servidor cumular as funções e também os ganhos.
Na letra b, o STF entende que a regra do artigo 38, sem tirar nem pôr, vale para os titulares e 
para os vices. Assim, a regra do vice-prefeito é idêntica à do prefeito – fica afastado da função 
pública, mas pode fazer opção pela melhor remuneração.
�Finalizando, está errada a letra c, porque o tempo em que o servidor fica no exercício do man-
dato não conta para a promoção por merecimento.
Questão 41 (TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013) Assinale a opção correta acerca dos pa-
péis do MP e da magistratura diante da ordem jurídico-constitucional.
a) Não é facultado ao MP intervir em ação penal privada subsidiária da pública.
b) Detentor da pretensão punitiva do Estado, o MP deve imputar a culpabilidade do réu, em 
princípio, cabendo ao magistrado apená-lo ou absolvê-lo.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
c) O magistrado está adstrito à manifestação do MP para absolver o réu, e somente pode con-
dená-lo mediante requerimento do MP, segundo a jurisprudência do STF.
d) Conforme o STJ, nos crimes de ação pública, pode o magistrado condenar o réu, ainda que 
o MP peça a absolvição.
e) O chefe do MPF pode ser exonerado de seu cargo mediante iniciativa reservada aos mem-
bros do Senado Federal.
Letra d.
Vou por exclusão.
A ação penal pode ser desdobrada grosseiramente em quatro braços: ação penal pública; 
ação penal privada; ação penal privada subsidiária da pública (artigo 5º, inciso LIX); e ação 
penal pública subsidiária da pública (artigo 80 do CDC). A intervenção do MP em ações penais 
privadas subsidiárias da pública é possível, pois ele é o fiscal da lei. Isso torna errada a letra a.
O detentor da pretensão punitiva é o próprio Estado, e não o MP, ficando errada a letra b.
O erro da letra e está no fato de o PGR poder ser destituído do cargo antes do término do bi-
ênio somente a partir de iniciativa do presidente da República, precedida de autorização do 
Senado Federal.
�Pelas mesmas razões que está errada a letra c sobra como correta a letra d. O juiz não fica 
vinculado ao pedido formulado pelo MP nas alegações finais. Assim, ainda que o membro do 
MP, em ação penal pública, oficie pela absolvição do acusado, o magistrado poderá condená-
-lo, valendo-se do livre convencimento motivado.
Aragonê Fernandes
Atualmente, atua como Juiz de Direito do TJDFT. Contudo, em seu qualificado percurso profissional, já 
se dedicou a ser Promotor de Justiça do MPDFT; Assessor de Ministros do STJ; Analista do STF; além 
de ter sido aprovado em vários concursos públicos. Leciona Direito Constitucional em variados cursos 
preparatórios para concursos.
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	Funções Essenciais à Justiça
	Apresentação
	1. Ministério Público
	1.1. Considerações Iniciais e Ingresso na Carreira
	1.2. Princípios Institucionais
	1.3. Princípio do Promotor Natural
	1.4. Autonomia Funcional, Administrativa e Orçamentária
	1.5. Diferentes Ramos Existentes no Ministério Público
	1.6. Foro por Prerrogativa de Função
	1.7. Garantias
	1.8. Proibições
	1.9. Funções Institucionais
	1.10. Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
	2. Advocacia Pública
	2.1. Defensor Legis
	3. Advocacia Privada
	4. Defensoria Pública
	4.1. Princípios Institucionais
	4.2. Autonomia Administrativa, Funcional e Orçamentária
	4.3. Foro por Prerrogativa de Função
	4.4. A atuação da Defensoria Pública nas Tutelas Coletivas
	4.5. A Percepção de Honorários Advocatícios
	5. Quadro Comparativo entre Pontos Principais das Funções Essenciais à Justiça
	6. Tópico Especial: Súmulas Aplicáveis à Aula
	Questões de Concurso
	Gabarito
	Gabarito Comentado
	AVALIAR 5: 
	Página 139:

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