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VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 
EPIDEMIOLÓGICA E 
AMBIENTAL
UNIDADE 1
Bases da Vigilância em saúde
Unidade 1 | Introdução
A Vigilância em Saúde é relevante para garantir condições
higiênico-sanitárias na manipulação de alimentos,
fiscalização de indústrias de medicamentos e consumo de
água.
Ela desempenha um papel crucial no combate a doenças
como Zika, dengue e outras arboviroses, por meio de ações
de prevenção e controle.
A Vigilância em Saúde também envolve a notificação de
doenças e epidemias, além da assistência e prevenção da
saúde dos trabalhadores, sendo uma área emergente que
ganhou importância nos últimos anos no Brasil.
Fonte: Freepik
Unidade 1 | Objetivos
1. Compreender o contexto histórico-social que levou à “criação” da Vigilância em
Saúde.
2. Identificar a atuação da Vigilância em Saúde nas diferentes esferas governamentais.
3. Discernir sobre a Política Nacional de Vigilância em Saúde.
4. Definir o conceito de Vigilância em Saúde e os seus componentes.
Brasil Colônia e Brasil Império: quando 
o país já praticava vigilância em saúde 
sem ter conhecimento
A Vigilância em Saúde no Brasil está ligada ao contexto histórico e social do país, com a
chegada de colonizadores, imigração europeia e escravos africanos.
As primeiras ações de prevenção e controle de doenças transmissíveis surgiram durante
o período colonial e imperial, como o combate à febre amarela no Porto de Recife.
Os serviços de saúde eram precários e focados no controle de doenças epidêmicas, com
estratégias de isolamento dos doentes nas Santas Casas de Misericórdia.
Com a chegada da Coroa Portuguesa em 1808, foi instituída a Polícia Médica para vigiar
e controlar epidemias, visando a intervenção nas condições de vida e saúde da
população.
O cuidado com a saúde da população tinha motivações políticas e econômicas, visando
preservar a vida para aumentar as riquezas do país.
Surgiu uma nova organização governamental para o controle das epidemias,
impulsionada pela preocupação com a saúde da população e da Família Real, bem como
pela necessidade de saneamento dos portos para o comércio exterior.
Em 1809, foi criado o cargo de Provedor-mor da Saúde, com o termo "vigilância" já
presente no decreto real.
A primeira regulamentação dos serviços de saúde dos portos ocorreu em 1889, com o
objetivo de evitar a propagação de epidemias originadas em outros países e estabelecer
um intercâmbio seguro de mercadorias.
Brasil Colônia e Brasil Império: quando 
o país já praticava vigilância em saúde 
sem ter conhecimento
Brasil República: medicina higienista em 
ascensão e a reorganização dos serviços 
de saúde
No século XX, a imigração europeia para o Brasil aumentou, aumentando a
susceptibilidade a doenças tropicais.
A situação sanitária precária do país enfraquecia a economia e muitos navios se
recusavam a visitar o Brasil.
Com a organização do país como república, surgiu a necessidade de uma estrutura
sanitária para atender às demandas de saúde.
A medicina higienista e as estratégias de saneamento se tornaram importantes no
combate às epidemias, especialmente em cidades como São Paulo, Santos e Rio de
Janeiro.
Houve uma mudança de pensamento em relação ao combate às doenças, com o início
do entendimento da importância da prevenção.
Brasil República: medicina higienista em 
ascensão e a reorganização dos serviços 
de saúde
O combate a doenças como cólera, febre amarela, varíola,
peste bubônica, tuberculose, febre tifoide e hanseníase era
uma prioridade para o governo.
Em 1903, foi criado o Serviço de Profilaxia da Febre
Amarela, sob a direção de Oswaldo Cruz, e em 1904,
tornou-se obrigatória a vacinação contra a varíola.
O governo federal passou a formular, coordenar e executar
ações de vigilância, prevenção e controle de doenças
transmissíveis, organizadas como programas verticais.
Fonte: Leonidas Freire (1882 - 1943)
Dos anos 70 aos dias atuais
Em 1969, foi implementado o primeiro sistema de notificação regular para o
monitoramento epidemiológico de doenças transmissíveis no Brasil.
Esse monitoramento ocorria semanalmente por meio de um sistema de notificações
baseado nas unidades das Secretarias Estaduais de Saúde.
O Brasil enfrentava não apenas doenças infectocontagiosas, mas também doenças
crônico-degenerativas decorrentes da industrialização.
Houve uma dissociação das modalidades de intervenção em Saúde Coletiva, com as
ações de controle de doenças transmissíveis se concentrando na vigilância
epidemiológica.
A Lei Nº 6.229, promulgada em 1975, organizou o Sistema Nacional de Saúde, criando o 
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) e o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária (SNVS).
Dos anos 70 aos dias atuais
A Vigilância Epidemiológica ficou responsável pelo controle de doenças transmissíveis,
enquanto a Vigilância Sanitária se concentrou na fiscalização de portos, aeroportos,
fronteiras e produtos.
Nos anos 90, algumas secretarias estaduais e municipais de saúde unificaram as
vigilâncias em unidades de Vigilância à Saúde ou Vigilância da Saúde.
A Lei nº 8.080 instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS) e definiu o conceito de vigilância
epidemiológica como um conjunto de ações para conhecer, detectar, prevenir e
controlar mudanças nos fatores determinantes e condicionantes de saúde.
O SNVE busca fortalecer os sistemas municipais de vigilância epidemiológica,
considerando a heterogeneidade de doenças, o desenvolvimento técnico e a
transferência de informações dentro do sistema de saúde.
A criação da Secretaria de Vigilância em 
Saúde, sua organização e competências
Em 2003, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) foi criada pelo Decreto Nº 4.726.
Suas atividades incluíam programas nacionais de combate à dengue, malária e outras
doenças transmitidas por vetores.
Também abrangiam o Programa Nacional de Imunização, prevenção e controle de
doenças imunopreveníveis, vigilância de doenças hídricas e alimentares, controle de
zoonoses e vigilância de doenças emergentes.
A Portaria Nº 1.172, de 2004, aprimorou a descentralização das ações de vigilância em
saúde, regulamentando a Norma Operacional Básica do SUS 01/96.
Em 2007, a gestão federal da saúde do trabalhador foi transferida da Secretaria de
Atenção à Saúde para a SVS.
A criação da Secretaria de Vigilância em 
Saúde, sua organização e competências
Atos normativos posteriores buscaram
consolidar a descentralização, fortalecendo o
papel gestor dos estados e municípios na
Vigilância em Saúde.
A SVS é responsável pela coordenação do
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (SNVS).
O SNVS é composto pelo Subsistema Nacional
de Vigilância Epidemiológica (SNVE) e o
Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde
Ambiental (SINVSA).
A criação da Secretaria de Vigilância em 
Saúde, sua organização e competências
O SNVE foi instituído em 1976 e gerencia
informações, dados e investigações para
planejamento, controle de doenças e agravos à
saúde.
O SINVSA é uma redefinição do antigo Sistema
Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde
(SINVAS), integrado ao SNVS, com foco na
vigilância em saúde ambiental.
Além disso, a SVS coordena o Sistema Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública (SISLAB) e colabora
com instituições de pesquisa e ensino, estaduais
e municipais, para a coordenação dos sistemas
de vigilância em saúde.
A Programação de Vigilância em Saúde
Em 2008, foi estabelecida a Programação de Vigilância em Saúde (PAVS) através da
Portaria MS Nº 64.
A PAVS é um instrumento de planejamento que define as prioridades
e ações da Vigilância em Saúde (VS) para um determinado ano.
Os parâmetros e ações da PAVS são estabelecidos anualmente com
a concordância do Ministério da Saúde, do CONASS e do CONASEMS, respeitando as
diretrizes da SVS e com flexibilidade para atender as demandas de cada esfera
governamental (federal, estadual e municipal).
A SVS monitora a execução da PAVS em conjunto com as Secretarias Estaduais de
Saúde, que por sua vez monitoram as Secretarias Municipais de Saúde. Anualmente, os
gestores de cada esfera devem avaliar as açõesda PAVS e incluir essa avaliação em seus
relatórios de gestão.
O Financiamento da Vigilância em Saúde
O financiamento da Vigilância em Saúde é regulamentado pela Portaria de Consolidação
Nº 4/2017 Anexo III.
Os recursos federais destinados à Vigilância em Saúde estão organizados no Bloco
Financeiro de Vigilância em Saúde (BFVS), composto pelos componentes de vigilância
em saúde e vigilância sanitária.
O BFVS é transferido regularmente do Fundo Nacional de Saúde para os fundos
estaduais e municipais.
O componente de vigilância em saúde inclui o Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS) e
o Piso Variável de Vigilância em Saúde (PVVS), que são ajustados com base na população
estimada e em incentivos financeiros específicos.a
O Financiamento da Vigilância em Saúde
Existe uma reserva estratégica federal de 5% dos
recursos do componente de vigilância em saúde
para emergências epidemiológicas.
Os recursos do BFVS devem ser aplicados
exclusivamente em ações de vigilância em saúde,
com um plano de aplicação elaborado em conjunto
com o Plano Estadual/Municipal.
A alimentação regular dos sistemas de informação
de agravos e mortalidade é condição para a
manutenção do repasse dos recursos, e o
desbloqueio ocorre no mês seguinte após a
regularização dos dados.
A instituição da Política Nacional de 
Vigilância em Saúde e seu objetivo
Em 12 de julho de 2018, o Conselho Nacional de Saúde instituiu a Política Nacional de
Vigilância em Saúde (PNVS) através da Resolução Nº 588/2018.
A PNVS tem como objetivo definir os princípios, diretrizes e estratégias para o
desenvolvimento da vigilância em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)
pelas três esferas do governo.
A PNVS abrange vigilância epidemiológica, vigilância em saúde ambiental, vigilância em
saúde do trabalhador e vigilância sanitária, alinhando-se com as demais políticas de
saúde do SUS.
A vigilância em saúde é um processo contínuo e sistemático que envolve a coleta,
consolidação, análise e disseminação de dados e informações sobre eventos
relacionados à saúde, com o objetivo de planejar e implementar medidas de saúde
pública.
A instituição da Política Nacional de 
Vigilância em Saúde e seu objetivo
Os princípios da PNVS são: integralidade, equidade, universalidade, descentralização
político-administrativa, conhecimento do território, inserção na regionalização,
participação da comunidade, cooperação e articulação intra e intersetorial, garantia do
direito à informação e organização dos serviços públicos.
A PNVS deve ser articulada e integrada com outras políticas do SUS e políticas públicas,
levando em consideração as características de cada processo e as responsabilidades em
níveis local e regional.
A PNVS abrange todos os níveis e formas de atenção à saúde e inclui tanto os serviços
públicos quanto os privados.
A Política Nacional de Vigilância Sanitária também é abordada na PNVS e compreende
as áreas de vigilância epidemiológica, vigilância em saúde ambiental, vigilância em
saúde do trabalhador e vigilância sanitária.
A instituição da Política Nacional de 
Vigilância em Saúde e seu objetivo
A PNVS contribui para a integralidade da atenção à saúde, inserindo ações de vigilância
em saúde em diferentes instâncias e pontos da rede de atenção à saúde, por meio de
protocolos, linhas de cuidado e matricialidade da saúde.
As diretrizes da PNVS incluem a articulação e o pacto entre as responsabilidades das
três esferas de governo, a abrangência de ações de saúde pública, a construção de
práticas de gestão e trabalho que garantam a integralidade do cuidado, a participação
nas práticas e processos de trabalho, a promoção da cooperação e intercâmbio técnico-
científico, a gestão de riscos, a detecção e resposta a emergências em saúde pública, a
descrição de evidências, a avaliação de impacto e a garantia de recursos e tecnologias.
A instituição da Política Nacional de 
Vigilância em Saúde e seu objetivo
O financiamento das ações da vigilância em saúde é
tripartite e deve ser permanente, crescente e suficiente
para cumprir o papel institucional das três esferas de
gestão.
A PNVS também define termos como ações laboratoriais,
ações de promoção da saúde, análise de situação de
saúde, centro de informação e assistência toxicológica,
emergência em saúde pública, integralidade da atenção,
linha de cuidado, modelo de atenção básica, rede de
atenção à saúde, vigilância em saúde ambiental, vigilância
epidemiológica, vigilância sanitária, vulnerabilidade e risco.
Fonte: Freepik
Conceito e características da Vigilância em 
Saúde
A vigilância em saúde está prevista na Política
Nacional de Vigilância em Saúde e abrange
diferentes áreas e temas, como territorialização,
processo saúde-doença, política, planejamento e
processo de trabalho.
O conceito de vigilância em saúde é um processo
contínuo e sistemático de coleta, análise e
disseminação de dados sobre eventos relacionados
à saúde, visando o planejamento e a implementação
de medidas de saúde pública.
Conceito e características da Vigilância em 
Saúde
O objetivo da vigilância em saúde é analisar a situação de saúde do país e organizar
ações para controlar riscos, danos e determinantes da saúde, tanto em abordagens
individuais quanto coletivas.
A vigilância sanitária tem foco nas interferências dos ambientes físico, social e
psicológico na saúde, sendo responsável pelo controle de produtos e serviços de
interesse da saúde.
A vigilância em saúde é caracterizada por ser contínua, sistemática, direcionada a
resultados específicos e utilitária para o controle de doenças.
O cuidado integral à saúde das pessoas é um aspecto fundamental da vigilância em
saúde, com ênfase na promoção da saúde.
A vigilância em saúde se diferencia de outras práticas de saúde pública pela sua
observação contínua, coleta sistemática de dados, disseminação de informações e foco
no controle de doenças.
Componentes da Vigilância em Saúde
A vigilância em saúde abrange o cuidado integral da
saúde dos indivíduos e está relacionada às políticas de
promoção da qualidade de vida e redução dos riscos à
saúde.
Os componentes da vigilância em saúde são: análise de
situação de saúde, vigilância em saúde ambiental,
vigilância em saúde do trabalhador, vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária.
A análise de situação de saúde monitora continuamente a
situação de saúde do território por meio de estudos e
análises dos indicadores de saúde, permitindo o
planejamento de ações prioritárias.
Componentes da Vigilância em Saúde
A vigilância epidemiológica coleta dados e investiga doenças de notificação compulsória
e epidemias, visando a prevenção e o controle dessas doenças.
A vigilância em saúde ambiental analisa as interferências dos ambientes físico,
psicológico e social na saúde, abrangendo aspectos que possam representar riscos à
saúde.
A vigilância em saúde do trabalhador está relacionada à vigilância em saúde ambiental,
visando a prevenção e a promoção da saúde dos trabalhadores e a vigilância de
doenças e agravos relacionados ao trabalho.
A vigilância sanitária abrange o controle de bens, produtos e serviços que ofereçam
riscos à saúde da população, fiscalizando também os serviços de interesse da saúde e
os processos de produção.
Componentes da Vigilância em Saúde
A implantação da vigilância em saúde é um desafio que envolve mudanças na gestão e
organização do sistema de saúde, além da redefinição de concepções e práticas dos
profissionais de saúde.
A vigilância em saúde possui regulamentações e deve ser articulada entre as esferas de
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
As ações da vigilância em saúde incluem emergências, coordenação das negociações,
monitoramento dos indicadores, gestão dos sistemas de informação, ações educativas e
de comunicação, entre outras.
A vigilância em saúde é realizada por meio de um trabalho articulado entre seus
componentes.

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