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AULA 3 INOVAÇÃO E BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO PÚBLICA Prof. Nivaldo Vieira Lourenço 2 CONVERSA INICIAL Apresentaremos, nesta aula, importantes temas que estão próximos à questão da inovação e boas práticas em gestão pública. Estudaremos o tema Ética no processo de inovação na elaboração de políticas públicas, pois sabemos que a Administração Pública deve ser gerida por servidores éticos e conhecedores dos princípios constitucionais. Esse é um tema controverso e, por isso, necessário para os futuros gestores públicos. O objetivo é refletir sobre as funções e os propósitos da ética no comportamento dos gestores públicos frente à Administração Pública, mas também tem como objetivos conhecer e diferenciar os conceitos básicos de ética, moral e moralidade; refletir sobre a questão básica da ética; compreender as relações entre ética e cidadania na gestão pública, entender a importância dos princípios constitucionais no processo ético-moral; e principalmente analisar e compreender as tensões existentes entre ética, a gestão pública e a ação dos servidores públicos frente ao processo de inovação e boas práticas na gestão pública. 1. O conteúdo desta aula está dividido nos seguintes temas: 2. Valores que devem guiar a ação do bom governo: ética, moral e moralidade; 3. Valores universais; ética e cidadania na gestão pública; 4. Transparência no setor público e a Lei n. 12.527/2011; e 5. Ética e os princípios constitucionais. TEMA 1 – VALORES QUE DEVEM GUIAR A AÇÃO DO BOM GOVERNO: ÉTICA, MORAL E MORALIDADE 1.1 Ética Os conceitos de ética e moral são muitos e diversos, por este motivo vamos iniciar o tema definindo o que vem a ser a terminologia ética. Termo ética deriva do grego ethos, ethikós, cujo significado estaria relacionado a hábitos, costumes, jeitos de viver de um grupo social. Os diversos autores e estudiosos sobre o tema apresentam conceitos alinhados com suas posições filosóficas e teóricas. Sendo assim, é muito importante compreendermos as considerações de Buzzi (1991), nas quais afirma que a filosofia é uma 3 disciplina, é uma ciência dinâmica de composição da unidade do enlace do “ser” com a realidade. Então, podemos concluir que a ética consiste em um grande campo de investigação e de reflexão filosófica, estudando as formas de comportamento dos seres humanos sob o ponto de vista da moral, dos valores, do bem e do mal, do justo e do injusto, sempre na linha crítica e reflexiva a respeito dos princípios morais. Vejamos outros conceitos: “Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens na sociedade” (Vásquez, 1986, p.12). “Ética é uma parte da Filosofia que busca refletir sobre o comportamento humano sob o ponto de vista do bem e do mal” (Cotrim, 1989, p. 29). 1.2 Moral A moral se constitui por meio de um conjunto de princípios, normas e imperativos ou ideias morais de uma época, de uma sociedade ou de uma cultura determinada historicamente. Para compreendermos melhor, veja a definição do termo moral: a etimologia da palavra moral deriva do latim mos, mores, morales, cujo significado também se relaciona a hábitos, costumes, jeitos de viver de um grupo social, normas de conduta. Podemos, então, entender que a moral também está vinculada aos costumes, aos comportamentos e às regras que regem e apresentam sentidos amplos no que diz respeito aos seres humanos, ou seja, estão presentes nos comportamentos cotidianos das pessoas, nos grupos sociais a que pertençam estas pessoas, nas escolhas sociais e existências que as pessoas façam e nas sociedades e culturas dos grupos sociais. Podemos afirmar que a moral trata do que é “preciso fazer”, fazendo com que os seres humanos tenham que pensar e seguir normas, regras de comportamentos, pensar nos princípios e nos valores. Podemos aqui reforçar que, diferente da moral, a ética preocupa-se em detectar os princípios de uma vida conforme a sabedoria filosófica, fazendo reflexões sobre as razões e a necessidade de busca constante de justiça e harmonia. Já a moral tem a preocupação com a construção de normas que se destinam a assegurar a vida em comum de forma justa e harmônica. 4 1.3 Moralidade A moralidade se expressa pelo conjunto de relações efetivas ou atos concretos que adquirem um significado moral, também entendida como a qualidade de uma ação prática e factual de um indivíduo ou de um ato, no que se refere à sua relação com os princípios e os valores morais vigentes em determinada sociedade ou cultura. Importante compreendermos que a moral e a moralidade se caracterizam por serem determinativas, porém, a moral se expressa por sua condição normativa, já a moralidade por sua condição factual e vivencial, ou seja, as normas se desenvolvem nas ações cotidianas dos seres humanos. Podemos compreender a moralidade se refletirmos da seguinte forma: a ética é uma forma de filosofia da moral, ou seja é a reflexão sobre a moral, já a moralidade é o campo vivencial das normas e dos princípios morais, que podem ocorrer tanto por meio do cinismo como por meio do moralismo ético, no qual podemos perceber que são os dois pontos extremos da vida moral. Nesse contexto, iremos apresentar no “Na Prática” os estudos de Aristóteles (384-322 a.C), em Ética a Nicômaco (Livro II), que irá tratar das virtudes do homem. TEMA 2 – VALORES UNIVERSAIS Os valores humanos devem fazer parte do caráter humano, sendo eles: • Dignidade; • respeito mútuo; • diálogo; • solidariedade; • justiça. Os valores humanos fazem parte da essência do existir das pessoas, ou seja, é aquilo que as pessoas necessitam no seu cotidiano no processo de interagir com ou outros, suas ações, juízos e expressões conceituais ou teóricas para possibilitar a convivência. É o “estar com o outro, como se está consigo mesmo” (Rodrigues, 2008, p. 49). Então, o sujeito ético é aquele capaz de existir consigo e com os outros, sendo assim, a ética coloca as pessoas diante da “questão do sujeito”, “da 5 alteridade”, ou seja, (a “ex-sistência do outro), principalmente no processo de quando os seres humanos devem agora perante o seu próximo. Conforme Rodrigues (2016, p. 39), são necessários os questionamentos e valores que se apresentam historicamente como estabelecidos e válidos, vejamos: O projeto de autonomia humana se enraíza na perspectiva ética da existência humana de si e do outro, ambos tidos como sujeitos, abrindo- se, portanto, à dimensão sociocultural da vida humana, como plena de possibilidades e alternativas de sempre ser mais. O projeto de criação e autoprodução da autonomia e da emancipação humanas, eticamente situadas, opõem-se a uma mera e simples modelagem (ordenação) de si e do outro, pois leva a uma busca de sentido e de significado da própria existência do outro. Então, poderemos fazer a seguinte pergunta: “Como agir perante o outro?”. Você deverá responder a essa pergunta considerando as posições valorativas e específicas do seu pensar em consonância da reflexão filosófica. Aristóteles define o homem como sendo um animal político (zoon politikon), ou seja, o homem precisa viver em comunidade, a qual provoca diversas questões, indagações e problemas de cunho ético-valorativo, e que devem ser refletidos. Nesse contexto, devemos refletir sobre: • Direitos e deveres; • Respeito mútuo; • Campos de ação para possíveis soluções nos casos dos direitos e dos deveres não serem respeitados; • Campo da ação moral ou da sanção legal? Assim, os problemas pertinentes à dimensão ético-valorativa da filosofia consistem em: • O agir humano sob os princípios dos valores e da liberdade; • Saber se existe ou não normas ou regras morais determinadas e válidas. Nesse sentido, surgem outros questionamentos: • Se existem normas e regras, elas realmente me obrigam a segui-las? • Será que elas obrigam a todos de modoigual? TEMA 3 – ÉTICA E CIDADANIA NA GESTÃO PÚBLICA No mundo contemporâneo e no processo de discussão e elaboração de políticas públicas, o termo cidadania tem um destaque muito valorativo e também 6 muito presente no processo de efetivação de boas práticas na gestão pública. Por quê? Porque a cidadania está vinculada ao exercício dos direitos e dos deveres sociais, civis e políticos de um cidadão, no qual esses direitos e deveres estão definidos na Constituição Federal de 1988. A cidadania pode ser ainda definida como a condição do cidadão que vive de acordo com um conjunto de estatutos, normas e leis, desde que sejam articulados e orientados de maneira ética e moral. No contexto atual da gestão pública, podemos afirmar que a ética e a moralidade não se aplicam somente aos indivíduos – cidadãos que necessitam dos serviços públicos e das políticas públicas –, mas também àqueles que exercem funções administrativas e de gestão coletivas e sociais, incluindo os gestores públicos. Com relação a essa afirmação, Lopes (1993, p. 32) afirma que “O alcance da moralidade se vincula aos princípios ou normas de conduta, aos padrões de comportamento geralmente reconhecidos, pelos quais são julgados os atos dos membros de determinada coletividade”. Podemos, assim, concluir que os servidores públicos também devem ser sujeitos à apreciação ético-moral, conforme a legislação do país. A ética surge como embasamento das ações humanas em suas dimensões individuais e também coletivas, pois a Administração Pública não pode se desviar da sua condição coletiva e vinculada ao exercício do bem comum. Chaui (1992, p. 362) deixa claro isso quando afirma que “O Estado é um ser ético-político porque é uma Constituição. Esta não se confunde com documentos ou com a lei maior de um país, mas é o conjunto dos costumes (mores) e das instituições (religião, arte, família, indústria, ciência) que constituem ethos de um povo seu espírito e sua vida”. Então, pode-se afirmar que a ética e a cidadania não se desvinculam da questão dos princípios da ação do Estado e da moralidade administrativa, pois há regulamentações em relação às vinculações que existam entre as esferas individuais e esferas coletivas. TEMA 4 – TRANSPARÊNCIA NO SETOR PÚBLICO E A LEI N. 12.527/2011 4.1 Transparência no setor público Na gestão pública brasileira, diante de constatações de desvio de condutas, surge uma ampla rede de agências e instituições de fiscalização, avaliação e 7 prestação de contas. Isso exige, por parte da Administração Pública, uma maior necessidade de avaliação, acompanhamento e controle das ações e dos atos públicos. Com isso, podemos citar dois exemplos de órgãos que fazem o controle externo das ações do Poder Público: o Ministério Público e os Tribunais de Contas. Por intermédio da atuação das instâncias de controle, o princípio da transparência, ao lado do princípio da legalidade, permite e estimula o exercício da cidadania ativa e, portanto, distingue os âmbitos de ação e avaliação da moral social, que se caracteriza pela unilateralidade de suas normas. A moralidade como princípio da gestão pública leva ao entendimento de que o gestor público deve obediência à moral legal e pública. Isso implica em ações de acordo com aquilo que no senso comum chamamos de honestidade. A participação efetiva da população no processo de controle das políticas públicas nos remete ao que chamamos de cidadania ativa e plena, as quais podemos assim defini-las: 1. Cidadania ativa: representada pelas ações dos movimentos sociais e dos atores sociais – consolidação dos pressupostos da democracia ativa e efetiva; 2. Cidadania plena: relaciona-se com o republicanismo clássico, o qual se expressa pela preocupação com a res publica. Para concluir este tema, citaremos os aspectos mais importantes para o aprendizado da cidadania ativa, sendo: a autonomia, a igualdade perante a lei e a independência, que significa a capacidade dos indivíduos de se garantirem livres no âmbito pessoal, profissional e sociopolítico. 4.2 Lei n. 12.527/2011 – Lei de acesso à informação A Lei n. 12.527/2011 regula o acesso às informações previstas no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do parágrafo 3o do art. 37 e no parágrafo 2o do art. 216 da Constituição Federal de 1988, sendo conhecida como Lei de acesso à informação. Esta abrange órgãos e entidades da esfera pública e de todos os poderes e entes da federação, aplicando-se também às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos. Conforme a Lei, no art. 4º, inciso I, informações são: “dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, 8 contidos em qualquer meio, suporte ou formato”. Já o art. 5º afirma que “É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão”. O acesso às informações públicas será assegurado mediante a criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público e também por meio de realização de audiências públicas ou consultas públicas, incentivando a participação popular. O dirigente máximo do órgão público deverá designar autoridade, que seja diretamente subordinado a ele para: 1. assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação; 2. monitorar a implementação do serviço e apresentar relatórios periódicos; 3. implementar e aperfeiçoar a aplicação da lei; e 4. orientar as unidades do órgão. Os aspectos éticos morais que permeiam as premissas legais se relacionam com os valores de civilidade, respeito mútuo e preservação da ordem legal. TEMA 5 – A ÉTICA E OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS Já afirmamos que é importante os gestores públicos conhecerem e aplicarem os princípios constitucionais no exercício de suas funções. Mas, antes de estudarmos cada um dos princípios, devemos conhecer duas definições importantes: princípios e gestão pública. Cretella Júnior (2004, p. 92) afirma que princípios “(...) são as proposições básicas fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturações subsequentes, são os alicerces da ciência.” Então, podemos concluir que o princípio é mais abrangente que uma simples regra, pois ele estabelece certas limitações, fornece diretrizes que embasam uma ciência e visam à sua correta compreensão e interpretação. Os princípios constitucionais, previstos no art. 37 da CF 1988, devem ser aplicados em todas as ações empreendidas no âmbito da gestão pública, em seus diversos níveis – federal, estadual, distrital e municipal. O Estado se constitui em uma esfera ético-política, caracterizada pela união de partes que se agregam, composto pela participação dos cidadãos e de todos aqueles que se abrigam em sua circunscrição constitucional e legal. Os princípios constitucionais são: 9 1. Princípio da legalidade O gestor público está sujeito aos mandamentos da lei e exigências do bem comum. Esse princípio determina que: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”. 2. Princípio da moralidade Implica que o administrador público paute seu comportamento na conduta ético-moral voltada ao bem comum, fazendo com que as ações administrativas busquem o real interesse do público. Aspectos que precisam ser considerados no tocante ao princípio da moralidade na gestão pública se referem à caracterização de atos de improbidade, como aqueles ligados: • ao uso de bens e equipamentos públicos com fins particulares; • a intermediação de verbas públicas para enriquecimento pessoal; • contratação de serviços sem a devida licitação; • à venda de bens públicos sem as devidas avaliações de mercado; • à aquisição de bens e serviços acima dos valores de mercado(superfaturamento). 3. Princípio da impessoalidade O agente público jamais deve privilegiar seus amigos. Esse princípio desdobra-se no princípio da igualdade, pelo qual sempre o interesse público deve prevalecer dos pessoais, ou seja, a impessoalidade é fundamentada na verdade da igualdade de condições que a CF destaca em seu art. 5º. 4. Princípio da publicidade É requisito fundamental a transparência e a idoneidade das práticas administrativas, sendo sustentado por diversos dispositivos legais, em leis complementares, como a LRF n. 101/2000. A LRF visa à transparência e o controle social dos atos da administração pública em todos os seus níveis e modalidades de atuação. 5. Princípio da eficiência Aprovado na Emenda Constitucional n. 19/1998, na qual o gestor público tem a obrigação de executar suas atribuições, observando as regras de boa administração, com eficiência, perfeição, idoneidade e rapidez. A eficiência na 10 gestão pública é relacionada às práticas de celeridade, qualidade, eficácia, efetividade e economicidade. 11 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição Federal de 1988. Diário da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 05/10/1988. BRASIL. Emenda Constitucional n. 19, de 04 de junho de 1998. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 4 jun. 1998. 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