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Monera, Protista e Fungi Os reinos: Prof: Giulyana Nascimento A diversidade da vida Em todo o planeta terra habitam mais de dois milhões de seres vivos, adaptados aos mais diversos ambientes, com suas infinitas formas. Os reinos: Maior unidade de classificação biológica e agrupa os filos dos organismos. Reino Monera Reino Monera não é mais válido e incluía todos os organismos procarióticos, tais como bactérias e cianobactérias. O reino Monera englobava organismos unicelulares e procariontes, ou seja, bactérias, arqueas e cianobactérias. Atualmente o reino não é mais considerado válido, uma vez que a classificação dos seres vivos em três domínios fez com que os organismos procariotos fossem divididos em dois grupos. Características do reino Monera Os organismos pertencentes ao reino Monera são procariotos e unicelulares que podem formar colônias ou não. Organismos procariotos, entende-se aqueles que possuem células que não têm núcleo definido, com o material genético disperso pelo citoplasma. Além de não apresentarem núcleo, as células procarióticas não possuem organelas membranosas, o que significa que elas não têm estruturas como mitocôndrias, complexo golgiense e retículo endoplasmático, típicas das células eucarióticas. Material genético em células procarióticas está localizado em uma região denominada nucleoide. Em geral, os procariotos têm um cromossomo circular. Além do cromossomo único, pode ser observado em células procarióticas pequenas moléculas de DNA chamadas de plasmídeos. No reino Monera estão inclusos organismos autotróficos e heterotróficos. As cianobactérias, por exemplo, são capazes de realizar fotossíntese, um processo em que a energia solar é utilizada para a formação de moléculas orgânicas. Existem também organismos quimiossintetizantes, capazes de sintetizar compostos orgânicos utilizando a energia conseguida pela oxidação de compostos inorgânicos. Além de organismos autotróficos, no reino Monera, estão presentes os heterotróficos, que necessitam conseguir matéria orgânica de fontes externas. Esse é o caso das bactérias decompositoras. O2 em organismos procariotos Analisando o papel do oxigênio no metabolismo, os procariotos podem ser classificados em aeróbios obrigatórios, anaeróbios obrigatórios e anaeróbios facultativos. Os aeróbios obrigatórios necessitam de oxigênio para a realização de respiração celular, não sendo possível seu crescimento na ausência de oxigênio. Os anaeróbios obrigatórios são aqueles que só crescem em anaerobiose, sendo mortos ou inibidos na presença de oxigênio. Por fim, os anaeróbios facultativos utilizam o oxigênio quando ele está presente, e realizam respiração anaeróbia ou fermentação, quando está ausente. Reprodução dos organismos do reino monera Os representantes do reino Monera reproduzem-se de maneira assexuada por meio da divisão binária. Nesse processo, observa-se a duplicação do material genético do procarioto e a posterior divisão da célula em duas geneticamente iguais. A variabilidade genética entre os procariotos surge devido a eventos de mutação e também por meio de recombinação genética. Na recombinação genética, os organismos se unem e trocam informações genéticas. A recombinação genética pode ocorrer por conjugação, transformação e transdução. Na conjugação, duas células se unem temporariamente e há a transferência de DNA. Na transformação, um organismo procarioto incorpora fragmentos de DNA que estão livres no meio. Por fim, na transdução, vírus que infectam bactérias garantem que genes sejam carregados de uma célula para outra. Exemplos de organismos do reino Monera No reino Monera estão incluídos todos os organismos procariontes, tais como as bactérias, arqueas e cianobactérias. Bactérias As bactérias são organismos unicelulares bastante conhecidos por causarem doenças, entretanto, as bactérias não causam apenas danos, sendo importantes, por exemplo, na decomposição da matéria orgânica e produção de alimentos, como iogurtes. As bactérias possuem célula do tipo procarionte, ou seja, que não possui núcleo e organelas celulares. apresentam parede celular, uma estrutura que envolve a célula, garantindo sua proteção. A parede celular está localizada externamente à membrana plasmática e apresenta em sua composição peptideoglicano, um polímero constituído de açúcares e polipeptídeos. A composição da parede celular varia de uma bactéria para a outra. Exemplos de organismos do reino Monera * Uma técnica conhecida como coloração de Gram permite classificar as bactérias em gram- negativas e gram-positivas. As bactérias gram-positivas caracterizam-se por ter paredes celulares mais simples, com grande quantidade de peptideoglicano. As bactérias gram-negativas, por sua vez, possuem menos peptideoglicano e estrutura mais complexa. Exemplos de organismos do reino Monera As bactérias podem apresentar diferentes formatos, sendo eles uma forma de classificá-las. As bactérias de formato esférico, por exemplo, são denominadas cocos. As que apresentam formato de bastão são chamadas de bacilos. Existem, ainda, bactérias espiraladas, neste grupo estão os vibriões, espirilos e espiroquetas. Exemplos de organismos do reino Monera Algumas bactérias apresentam flagelos como estruturas de locomoção. Outra estrutura que pode ser encontrada nesses organismos são as fímbrias, semelhantes a pelos, que ajudam a bactéria a se ligar ao substrato. Existem também os pili, também chamados de pili sexuais — apêndices que mantêm as bactérias juntas durante a transferência de material genético. Reino Protista ou Proctista O reino Protista ou Protoctista não é mais considerado, entretanto o termo protista é ainda utilizado para se referir a organismos que não são plantas, animais ou fungos. Reino Protista ou Proctista O reino Protista ou Protoctista é um reino onde estão agrupados organismos eucariontes que não apresentam as características necessárias para que sejam classificados nos reinos Plantae, Animalia ou Fungi. Nesse grupo temos, portanto, uma grande variedade de organismos, incluindo, por exemplo, seres unicelulares, pluricelulares, autotróficos e heterotróficos." Características gerais dos protistas Todos os protistas apresentam em comum o fato de serem organismos eucariontes, ou seja, possuem células com núcleo definido e organelas membranosas. Devido à grande variedade de organismos incluídos nesse grupo, outras características gerais são difíceis de ser determinadas. A maioria dos protistas é unicelular, porém existem espécies pluricelulares e também coloniais. Alguns protistas são autotróficos, mas existem também espécies heterotróficas. Vale salientar ainda que alguns protistas são capazes de combinar as duas formas de nutrição, sendo denominados, nesses casos, organismos mixotróficos. Em algumas espécies, observa-se reprodução sexuada, enquanto em outras a reprodução é assexuada. Grande parte dos protistas vive em ambientes aquáticos, porém alguns representantes podem viver no solo e até mesmo dentro de outros organismos, como é o caso de alguns protozoários causadores de doenças. Representantes dos protistas Os representantes protistas costumam ser divididos em dois grupos principais: Protozoários e Algas. Existem protozoários de vida livre e também organismos parasitas que podem inclusive, causar doenças nos seres humanos. Costuma-se dividir tradicionalmente protozoários com base na sua forma de locomoção. Trypanosoma cruzi Representantes dos protistas Algas As algas são organismos aquáticos que se destacam por sua nutrição autotrófica. Podem ser unicelulares ou pluricelulares — nesse último caso, não apresentam diferenciação tecidual. São encontradas tanto em água doce como em água salgada, desempenhando nesses locais um papel ecológico similar ao realizado pelas plantas no ambiente terrestre, constituindo a base da cadeia alimentar (organismos produtores). Composição do fitoplâncton Reino Fungi Reino Fungi inclui organismos heterotróficos,que podem ser multicelulares ou unicelulares, e que se reproduzem de forma assexuada ou sexuada. No Reino Fungi incluem-se os fungos, organismos heterotróficos, multicelulares ou unicelulares, que já foram considerados plantas primitivas. Reino Fungi Essas espécies apresentam papel ecológico importante, atuando, por exemplo, com bactérias, no processo de decomposição. Além disso, algumas apresentam grande potencial econômico, e outras são responsáveis por desencadear doenças no nosso corpo. Como representantes conhecidos dos fungos, podemos citar os mofos, bolores e cogumelos. Características gerais dos fungos Os fungos são organismos heterotróficos e eucariontes que podem ser unicelulares ou multicelulares. A grande maioria das espécies é filamentosa, sendo esses filamentos denominados de hifas. Alguns fungos são formados por várias hifas densamente unidas, que formam o chamado micélio. O micélio pode ser observado em cogumelos. Características gerais dos fungos A maioria dos fungos apresenta hifas septadas, ou seja, que são divididas pelos chamados septos. Os septos são paredes transversais perfuradas por um poro que permite a comunicação entre as células, garantindo a passagem até mesmo de organelas celulares. As hifas que não apresentam esses septos recebem a denominação de asseptadas ou cenocíticas. Nelas o que se observa é um grande citoplasma contínuo com vários núcleos espalhados. Nos fungos parasitas, as hifas são chamadas de haustórios e são capazes de retirar do seu hospedeiro as substâncias necessárias para o desenvolvimento delas. Características gerais dos fungos Como citado, nem todos os fungos são filamentosos, existindo fungos unicelulares, como é o caso das leveduras. Vale destacar que as leveduras, apesar do que muitas pessoas pensam, não são um grupo taxonômico, estando relacionadas apenas com a forma morfológica de crescimento. Existem cerca de 600 espécies de leveduras conhecidas. As células que formam os fungos apresentam paredes celulares ricas em quitina, um tipo de polissacarídeo encontrado também no exoesqueleto de artrópodes. Quando falamos em parede celular, muitas pessoas relacionam-na com a encontrada nas plantas, porém a composição da parede celular dos fungos é diferente da dos vegetais, pois nesses últimos encontramos a presença de celulose. Nutrição dos fungos A nutrição dos fungos é heterotrófica, ou seja, eles são organismos incapazes de sintetizar seu próprio alimento. Esses seres vivos, geralmente, liberam enzimas sobre o alimento e depois absorvem os nutrientes de que necessitam. Vale destacar que existem fungos parasitas, espécies que vivem em simbiose, e fungos saprófitos, que vivem de matéria orgânica retirada de seres mortos. Alguns fungos, para produzir a energia de que necessitam, realizam o processo de fermentação. Esse é o caso de algumas leveduras que, por apresentarem essa propriedade, são muito utilizadas economicamente. Nos fungos, o glicogênio é o principal carboidrato de reserva. Reprodução dos fungos A reprodução dos fungos ocorre, em sua grande maioria, por meio da formação de esporos, os quais podem ser produzidos de maneira assexuada ou sexuada. Esses esporos ajudam os fungos a espalharem-se pelo ambiente, uma vez que muitos são secos e pequenos, o que os permite ficar suspensos no ar. Alguns esporos são pegajosos e espalham-se pelo meio, aderindo-se ao corpo de insetos, por exemplo, e há aqueles lançados pelos próprios fungos. Ao encontrarem um local adequado, os esporos germinam e dão origem a um novo fungo. Reprodução dos fungos A reprodução sexuada inicia-se, geralmente, com a atração de hifas que liberam moléculas sinalizadoras sexuais. Essas moléculas atraem as hifas, que, ao encontrarem-se, fundem-se. Quando ocorre a união do citoplasma de dois micélios, temos o processo de plasmogamia. Os núcleos de cada indivíduo não se fundem de imediato em algumas espécies, podendo demorar horas, dias e até meses e anos. O próximo estágio é a chamada cariogamia, que ocorre quando os núcleos haploides fundem-se. Forma-se aqui o zigoto, que é um estágio diploide. A divisão por meio da meiose restaura a condição haploide, e formam-se os esporos. Percebe-se, portanto, que a reprodução sexuada é composta por três etapas: plasmogamia, cariogamia e meiose. Reprodução dos fungos Na reprodução assexuada, percebe-se também a produção de esporos, entretanto, normalmente observa-se que os fungos filamentosos produzem-nos por mitose. Outra forma de reprodução assexuada observada nos fungos é a por brotamento. Ela pode ser identificada em leveduras, nas quais surge um pequeno broto com base na célula-mãe. As leveduras também podem reproduzir-se por fissão, e alguns fungos podem ainda reproduzir-se assexuadamente pela fragmentação de suas hifas. Bons estudos!