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1 • Fases binárias, AX2 ou 1:2 A estrutura fluorita, que recebe o nome do mineral CaF2 de ocorrência natural no Reino Unido. Na fluorita os íons Ca2+ situam-se em um arranjo ccp e os íons F- ocupam todos os sítos tetraédricos. O retículo tem uma coordenação 8:4, o que é consistente com a existência de duas vezes mais ânions do que cátions: os ânions são circundados por 4 vizinhos e os cátions circundado por um arranjo cúbico de 8 ânions. Fonte: Shriver D., Weller M., Overton T., Rourke J., Armstrong F..; Inorganic Chemistry, 6th edition, W.H. Freeman and Company; 2014. 2 Fonte: Lesley Smart and Elaine Moore; Solid State Chemistry: An introduction; 4th edition; CRC Press; 2012. 3 Na estrutura antifluorita, as posições de cátions e ânions estão invertidas: ânions situam-se em um arranjo ccp e os cátions ocupam todos os sítos tetraédricos. Um exemplo é o Li2Te (o menor dos cátions com um dos maiores ânions). Outros compostos que adotam esta estrutura, como óxidos e sulfetos de metais alcalinos, M2O e M2S, a descrição precisa mostra que as posições relativas dos átomos mas os ânions não podem ser descritos como um empacotamento compacto por não estarem se tocando: os cátions são muito grandes para se encaixarem nos sítios tetraédricos, e portanto a distância ânion-ânion é maior que aquela para um empacotamento compacto. A estrutura rutilo, recebe o nome de um mineral formado pelo óxido de titânio(IV), TiO2. A cela unitária é tetragonal e a estrutura demonstra uma coordenação 6:3, mas não baseada no empacotamento compacto: cada átomo de titânio está coordenado a seis oxigênios no centro de um octaedro (distorcido); cada átomo de oxigênio é circundado por três titânios planares os quais situam-se nos vértices de um triângulo equilátero. Não é possível geometricamente a existência de um octaedro ou um triângulo equilátero perfeitos. A estrutura pode também ser visualizada como um cadeia de octaedros (TiO6), onde cada octaedro compartilha um par de arestas opostas, e a ligação na cadeia ocorre pelos vértices dos octaedros. 4 5 Fonte: Lesley Smart and Elaine Moore; Solid State Chemistry: An introduction; 4th edition; CRC Press; 2012. Fonte: Shriver D., Weller M., Overton T., Rourke J., Armstrong F..; Inorganic Chemistry, 6th edition, W.H. Freeman and Company; 2014. 6 As estruturas cloreto de cádmio e iodeto de cádmio, baseiam-se no empacotamento compacto dos ânions com metade os sítios octaédricos ocupados por cátions. a coordenação nas estruturas é 6:3. A estrutura cloreto de cádmio é baseada em um arranjo ccp de íons cloreto, enquanto a estrutura iodeto de cádmio é baseada em um arranjo hcp dos íons iodeto. Existem evidências que em algumas destas estruturas a ligação não é totalmente iônica. 7 Fonte: Lesley Smart and Elaine Moore; Solid State Chemistry: An introduction; 4th edition; CRC Press; 2012. Fonte: Shriver D., Weller M., Overton T., Rourke J., Armstrong F..; Inorganic Chemistry, 6th edition, W.H. Freeman and Company; 2014. 8 • Outras estruturas binárias importantes A estrutura corundum (α-Al2O3), recebe o nome do mineral que é a base do rubi e da safira, duas gemas preciosas, e pode ser descrita como um arranjo hcp de átomos de oxigênio com 2/3 dos sítios octaédricos ocupados por átomos de alumínio. Estrutura é adotada por vários óxidos de metais de transição: Ti2O3, V2O3, Cr2O3, α-Fe2O3, α-Ga2O3 e Rh2O3 A estrutura trióxido de rênio (ReO3), consiste de um octaedro [ReO6] ligado a outro através de cada um dos vértices, produzindo uma rede tridimensional altamente simétrica com simetria cúbica. Estrutura é adotda por vários fluoretos metálicos: Al, Sc, Fe, Co,Rh e Pd além dos óxidos ReO3 e WO3. 9 Fonte: Lesley Smart and Elaine Moore; Solid State Chemistry: An introduction; 4th edition; CRC Press; 2012. 10 • Outras estruturas ternárias importantes Espinélios têm a fórmula geral AB2O4, tomando o nome do mineral espinélio, MgAl2O4, onde A é um cátion divalente (A2+) e B é um cátion trivalente (B3+). A estrutura pode ser vista como os íons óxido formando um empacotamento compacto cúbico com os íons A2+ ocupam os sítios tetraédricos e os íons B3+ ocupam os sítios octaédricos. Espinélios com esta estrutura incluem compostos de fórmula MAl2O4, onde M é Mg, Fe, Co, Ni, Mn ou Zn e alguns óxidos de metais do bloco d, como Co3O4 e Mn3O4. 11 Fonte: Shriver D., Weller M., Overton T., Rourke J., Armstrong F..; Inorganic Chemistry, 6th edition, W.H. Freeman and Company; 2014. 12 Fonte: Lesley Smart and Elaine Moore; Solid State Chemistry: An introduction; 4th edition; CRC Press; 2012. Há óxidos com estruturas denominadas espinélio invertido nos quais a fórmula geral é melhor escrita como B(AB)O4, uma vez que metade dos íons trivalente (B3+) ocupam sítios tetraédricos e os íons A2+ ocupam os sítios octaédricos. Exemplos de óxidos com estrutura de espinélios invertidos são a magnetita (Fe3O4), Fe(MgFe)O4 e Fe(ZnFe)O4. 13 A estrutura perovskita é originária do mineral CaTiO3, sendo a estrutura mais adotada por muitos sólidos de fórmula ABX3, em especial óxidos. Em sua forma ideal, a estrutura perovskita é cúbica, com cada cátion A circundado por 12 ânions X e cada cátion B por 6 ânions (semelhante aos octaedros da estrutura ReO3). Podemos visualizar como um empacotamento compacto cúbico de átomos A e X, com os átomos B ocupando os sítios octaédricos. Quando os ânions são óxidos, a soma das cargas dos cátions A e B deve ser +6. Em geral são óxidos não estequiométricos de fórmula A(B0,5B’0,5)O3, como em La(Ni0,5Ir0,5)O3. O cátion tipo-A em geral é um íon grande (raio superior a 110 pm) de carga pequena e o cátion tipo-B é um íon pequeno (tipicamente 60-70 pm) com carga elevada. Compostos que adotam esta estrutura incluem SrTiO3, SrZrO3, BaSnO3 e muitos supercondutores a altas temperaturas. 14 Fonte: Lesley Smart and Elaine Moore; Solid State Chemistry: An introduction; 4th edition; CRC Press; 2012. Fonte: Shriver D., Weller M., Overton T., Rourke J., Armstrong F..; Inorganic Chemistry, 6th edition, W.H. Freeman and Company; 2014.