Prévia do material em texto
ICTERÍCIA E SEPSE NEONATAL P R O F. H E L E N A S C H E T I N G E R J U N H O D E 2 0 2 1 Estratégia MED Prof. Helena Schetinger | Icterícia e Sepse Neonatal 2PEDIATRIA PROF. HELENA SCHETINGER APRESENTAÇÃO: @estrategiamed /estrategiamedEstratégia MED t.me/estrategiamed @drahelenaschetinger Olá, futuro Residente, tudo bem com você? Como estão os estudos? Pronto para mais um desafio? Então vamos seguir firmes, porque, neste resumo, não teremos só um assunto. Falaremos sobre dois tópicos importantes para sua prova: a icterícia e a sepse do neonato. Em todas as provas de Residência, há pelo menos uma questão que aborda o período neonatal e a icterícia é um dos tópicos mais frequentes! A sepse, apesar de não aparecer muito, é um assunto simples e fácil, seu conhecimento pode garantir uma questãozinha a mais e fazer diferença na sua aprovação. Tudo pronto? Vamos começar, então, pelo tema mais prevalente, a icterícia neonatal! https://www.instagram.com/estrategiamed/?hl=pt https://www.facebook.com/estrategiamed1 https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw https://t.me/estrategiamed https://www.instagram.com/drahelenaschetinger/ https://www.instagram.com/prof.alexandremelitto/ Estratégia MED Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 3 PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal SUMÁRIO 1.0 ICTERÍCIA NEONATAL 4 1.1 HIPERBILIRRUBINEMIA FISIOLÓGICA 6 1.2 HIPERBILIRRUBINEMIA NÃO FISIOLÓGICA/PATOLÓGICA 7 1.2.1 CAUSAS 7 1.2.2 INCOMPATIBILIDADE RH (ANTÍGENO D) 8 1.2.3 INCOMPATIBILIDADE DO GRUPO ABO 9 1.2.4 ICTERÍCIA DA AMAMENTAÇÃO X ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO 10 1.3 INVESTIGAÇÃO DA HIPERBILIRRUBINEMIA 11 1.3.1 EXAMES COMPLEMENTARES 13 1.4 ABORDAGEM E TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA 13 1.4.1 OBSERVAÇÃO CLÍNICA 14 1.4.2 FOTOTERAPIA 14 1.4.3 EXSANGUINEOTRANFUSÃO 15 1.5 COMPLICAÇÕES DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA 16 1.6 HIPERBILIRRUBINEMIA DIRETA OU CONJUGADA/COLESTASE 16 1.6.1 EXAMES COMPLEMENTARES E MANEJO 17 1.6.2 ATRESIA DE VIAS BILIARES EXTRA – HEPÁTICA (AVBEH) 17 2.0 SEPSE NEONATAL 19 2.1 CLASSIFICAÇÃO 19 2.1.1 SEPSE NEONATAL PRECOCE 19 2.1.2 SEPSE NEONATAL TARDIA 20 2.2 DIAGNÓSTICO DA SEPSE 20 2.3 ONFALITE 21 Estratégia MED Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 4 PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal 2.4 MANEJO DA SEPSE 21 2.4.1 SITUAÇÕES ESPECIAIS 22 2.5 TRATAMENTO 22 3.0 LISTA DE QUESTÕES 24 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 26 Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 5 1.0 ICTERÍCIA NEONATAL CAPÍTULO Nas questões de icterícia neonatal, geralmente temos um caso clínico e você precisa identificar o tipo de icterícia e o tratamento. A icterícia é uma das manifestações mais comuns do período neonatal e consiste na cor amarelada da pele do bebê causada por um excesso de bilirrubina no sangue. A bilirrubina provém da degradação de proteínas contendo heme, principalmente a hemoglobina das hemácias. Ela é transportada pelo sangue até os hepatócitos, ligada à albumina sérica (bilirrubina não conjugada ou indireta – BNC ou BI). Ocorre, então, a dissociação da albumina e ela atravessa a membrana plasmática do hepatócito. O fígado tem um papel importante no metabolismo da bilirrubina, sendo responsável por sua captação, conjugação e excreção. Dentro dele, a bilirrubina liga-se à ligandina citoplasmática e é transportada ao retículo endoplasmático liso e, em seguida, é conjugada ao ácido glicurônico pela enzima uridina (difosfoglicerato glucuronosiltransferase - UDP), quando passa a ser denominada bilirrubina direta ou conjugada (BD ou BC). NÃO CONFUNDA! BILIRRUBINA + ALBUMINA = BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA OU INDIRETA (BNC/BI) BILIRRUBINA + ÁCIDO GLICURÔNICO = BILIRRUBINA CONJUGADA OU DIRETA (BC/BD) Na sequência, a bilirrubina direta é excretada ao trato gastrointestinal e, quando atinge o íleo terminal, é hidrolisada por enzimas bacterianas, formando o urobilinogênio. Esse composto segue três caminhos: eliminado pelas fezes, reabsorvido para o fígado (circulação êntero-hepática) e uma quantidade menor é excretada na urina. As fezes normais apresentam urobilinogênio e seu produto de oxidação (urobilina), o que causa uma cor característica. A diminuição ou ausência de bilirrubina na luz intestinal torna as fezes mais claras (acolia). Já a urina contém apenas traços de bilirrubina, entretanto esse aumento de bilirrubina no sangue pode aumentar sua excreção, deixando a urina com cor de coca–cola ou mate (colúria). Venha comigo e vamos demonstrar a fisiologia na figura ao lado: Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 6 Figura: Fisiologia da bilirrubina. Mas, calma lá, você sabia que a hiperbilirrubinemia nem sempre é patológica? Venha comigo e vamos entender. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 7 1.1 HIPERBILIRRUBINEMIA FISIOLÓGICA A hiperbilirrubinemia fisiológica é a causa mais comum de icterícia neonatal. É um quadro geralmente benigno, autolimitado e ocorre devido à bilirrubina indireta. Na hiperbilirrubinemia fisiológica, nos bebês nascidos a termo, esse nível inicia sempre após 24 horas de vida, costuma atingir o pico de 6 a 8 mg/dL do 3º ao 5º dia de vida e declinar até o 7º dia de vida. A elevação até 12-13 mg/dL (a depender da literatura) está dentro da normalidade. Para os pré-termos, a BNC pode chegar a 15mg/dL sem anormalidades metabólicas. AUMENTO DE BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA/INDIRETA SEMPRE APÓS 24 HORAS DE VIDA PICO DO 3º AO 5º DIA DE VIDA DECLINA ATÉ O 7º DIA DE VIDA VALORES MÁXIMOS DE NORMALIDADE: TERMOS: 12-13mg/dL PRÉ-TERMOS: 15mg/dL As causas de hiperbilirrubinemia fisiológica são: Menor tempo de meia-vida das hemácias comparado à dos adultos. Maior número de hemácias em neonatos. Menor capacidade de captação, conjugação e excreção da bilirrubina por imaturidade do sistema hepático. Maior circulação êntero-hepática. Parada de excreção placentária da bilirrubina. Menor concentração de ligandina e atividade reduzida da uridina. Alguns autores sugerem que o clampeamento tardio do cordão aumenta as taxas de hiperbilirrubinemia, porém a literatura recente não tem encontrado associação. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 8 1.2 HIPERBILIRRUBINEMIA NÃO FISIOLÓGICA/PATOLÓGICA Certo, mas, então, o que nos indica uma icterícia do tipo patológica? Isso acontece quando temos: • Icterícia precoce, antes de 24 horas de vida. • Elevação da bilirrubina sérica em nível acima do fisiológico. • Aumento dos níveis séricos de bilirrubina, acima de 0,2mg/ dL/hora. • Manifestações de doença associada, como hipotonia, letargia, instabilidade clínica ou térmica. • Icterícia persistente após 8 dias em termos ou 14 dias em pré-termos. • Aumento da bilirrubina às custas da fração direta. 1.2.1 CAUSAS As principais causas de hiperbilirrubinemia não fisiológica estão no quadro abaixo: CAUSAS DE HIPERBILIRRUBINEMIA PATOLÓGICA Aumento na hemólise Anemias hemolíticas, como doença falciforme ou esferocitose. Presença de sangramentos, como céfalo-hematoma, equimoses e hemorragia intracraniana. Deficiência de G6PD. Doenças hemolíticas ABO e Rh. Diminuição da captação hepática da bilirrubina Uso de drogas maternas que interferem na síntese de bilirrubina, como rifampicina. Jejum prolongado. Situações de estresse, como sepse. Distúrbios da conjugação hepática da bilirrubina Síndromes de Gilbert e de Crigler-Najjar, ambas causam deficiência na enzima uridina. Doença hepatocelular. Outras causas Prematuridade. Os pré-termos apresentam uma capacidade diminuída da conjugação hepática, associada a isso, temos a dificuldadena ingesta de leite materno, o que aumenta a circulação êntero-hepática. Hipotireoidismo congênito. A falta do hormônio tireoidiano diminui a atividade de glicuroniltransferase. Bebês de origem asiática. O mecanismo é incerto, mas há diversas mutações descritas na enzima glicuroniltransferase que levam a uma menor taxa de conjugação de bilirrubina indireta. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 9 Vamos mais a fundo nas principais causas cobradas em provas? 1.2.2 INCOMPATIBILIDADE RH (ANTÍGENO D) Também chamada de doença hemolítica isoimune Rh do RN ou eritroblastose fetal. Ela ocorre quando uma mãe Rh negativo é sensibilizada por meio de uma primeira gestação, abortamento, amniocentese ou transfusão sanguínea e produz anticorpos específicos contra antígenos Rh (antígeno D). Em uma segunda gestação, de um bebê Rh positivo, ela transfere esses anticorpos via transplacentária e promove a destruição imune das hemácias fetais. A maioria das mães apresenta teste de Coombs indireto positivo e, consequentemente, os neonatos também têm Coombs direto positivo. Figura: Incompatibilidade Rh. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 10 Os neonatos podem apresentar icterícia precoce (menos de 24 horas de vida). Em casos leves, há hemólise, reticulocitose e hiperbilirrubinemia leves. Já em casos graves, há anemia severa e hepatoesplenomegalia. No período fetal, os bebês podem apresentar hidropisia e óbito intrauterino. Os casos leves podem ser apenas observados ou tratados com fototerapia e os graves podem precisar de exsanguineotransfusão. A prevenção da doença é muito importante e consiste no uso de imunoglobulina anti-Rh após as exposições citadas acima ou após a primeira gestação. 1.2.3 INCOMPATIBILIDADE DO GRUPO ABO Também chamada de doença hemolítica ABO do recém- nascido. É mais leve que a incompatibilidade do grupo Rh e, desde o advento da imunoglobulina anti-Rh, tornou-se a forma mais comum de doença hemolítica. Ocorre em mães que apresentam tipagem sanguínea O ao gerarem bebês A ou B e independe da paridade. Isso ocorre pois quem tem sangue O apresenta anticorpos anti-A e anti-B. O Coombs indireto é negativo, pois não há sensibilidade prévia. Os neonatos têm Coombs direto negativo ou fracamente positivo. Figura: Incompatibilidade ABO A maioria dos RNs apresenta quadro leve de icterícia, de início precoce. A anemia e a reticulocitose não costumam estar presentes. A conduta depende da dosagem de bilirrubina, geralmente apenas a fototerapia resolve o caso. Estrategista, grande parte das questões tenta confundi- lo com esses dois conceitos, então, vamos compará-los para não cairmos em pegadinhas! Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 11 INCOMPATIBILIDADE RH INCOMPATIBILIDADE ABO Tipagem Mãe Rh negativo RN Rh positivo Mãe O RN A, B ou ABO Paridade A partir da segunda gestação Independe Coombs indireto Positivo Negativo Coombs direto Positivo Negativo ou fracamente positivo Quadro clínico Hemólise Hiperbilirrubinemia leve a grave Reticulocitose Anemia Hepatoesplenomegalia Hiperbilirrubinemia leve Profilaxia Imunoglobulina antes da sensibilização Não há Tratamento Fototerapia ou exsanguineotransfusão Geralmente necessita apenas fototerapia Vamos seguir com outras duas importantes causas de icterícia e muito cobradas em provas! 1.2.4 ICTERÍCIA DA AMAMENTAÇÃO X ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO Não confunda as duas! • ICTERÍCIA DA AMAMENTAÇÃO A icterícia da amamentação ou do aleitamento ocorre principalmente na deficiência da ingesta, resultando em menor eliminação da bilirrubina pelas fezes e aumento na circulação êntero-hepática. Os neonatos tendem a apresentar icterícia leve, após o 3º dia de vida (nunca é precoce!), que dificilmente ultrapassa os níveis fisiológicos, então a conduta é apenas corrigir técnicas de amamentação. • ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO Já a icterícia do leite materno é um diagnóstico de exclusão em neonatos sem dificuldade na amamentação. Tem pico tardio, geralmente entre o 3º e o 5º dia de vida, atingindo o pico 2 semanas após, desaparecendo entre 3 e 12 semanas. O nível de bilirrubina indireta pode alcançar 20 a 30 mg/dL no pico e, após, declinar lentamente. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 12 DICA DE PROVA! ICTERÍCIA EM NEONATOS SAUDÁVEIS E “MAIS VELHOS”: PENSAR EM ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO Os bebês são saudáveis, com bom ganho de peso, os testes de função hepática são normais e não há hemólise. A causa ainda está em estudo. O que você precisa saber é que não há necessidade de tratamento e não se deve suspender o aleitamento! Resumindo para não confundir as duas: ICTERÍCIA DA AMAMENTAÇÃO/DO ALEITAMENTO ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO CAUSA Dificuldade na amamentação Diagnóstico de exclusão INÍCIO Após o 3o dia de vida Inicia entre o 3o ao 5o dia de vida, atinge pico em 2 semanas, desaparece entre 3 e 12 semanas NÍVEL DE BILIRRUBINA Não ultrapassa níveis fisiológicos Pode ultrapassar os níveis fisiológicos CLÍNICA Icterícia leve, sem sinais sistêmicos associados Icterícia leve a severa, sem sinais sistêmicos associados CONDUTA Corrigir amamentação Expectante. Não suspender o aleitamento Certo, agora você já sabe a fisiopatologia e as causas mais comuns de icterícia, então vamos partir para investigação e conduta. 1.3 INVESTIGAÇÃO DA HIPERBILIRRUBINEMIA Como em todo atendimento médico, a investigação começa com uma boa anamnese. Devemos pesquisar história familiar de doenças hemolíticas ou hepáticas; história de icterícia em irmãos mais velhos; doenças maternas gestacionais que possam sugerir infecções congênitas; diabetes gestacional; uso de medicações maternas que possam interferir na ligação da bilirrubina à albumina ou induzir hemólise em RNs com deficiência de G6PD; história obstétrica, buscando presença de tocotraumatismos e clampeamento tardio do cordão; dificuldade na amamentação e baixa ingesta de leite materno. A icterícia torna-se visível clinicamente quando atinge 5mg/ dL. Apesar disso, a inspeção visual não é uma medida fidedigna de bilirrubina sérica. O nível atingido pela icterícia é definido em zonas, chamadas zonas de Kramer. A partir delas, podemos estimar o nível de bilirrubina. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 13 ZONAS DE BILIRRUBINA ZONA 1 Cabeça e pescoço Bilirrubina perto de 6mg/dL ZONA 2 Tronco até umbigo Bilirrubina perto de 9mg/dL ZONA 3 Hipogástrio e coxas Bilirrubina perto de 12mg/dL ZONA 4 Joelhos até tornozelos e punhos até cotovelos Bilirrubina perto de 15mg/dL ZONA 5 Mãos e pés, inclusive palmas e plantas Bilirrubina acima de 15mg/dL. Além do nível de icterícia, devemos procurar sinais de doenças adjacentes, extravasamento de sangue, palidez, petéquias, hepatoesplenomegalia, fácies sindrômica ou sinais de hipotireoidismo congênito. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 14 1.3.1 EXAMES COMPLEMENTARES Os exames de sangue devem ser coletados em todos os bebês ictéricos e consistem em: • Dosagem de bilirrubina total e suas frações conjugada e não conjugada. • Hemograma e contagem de reticulócitos. • Tipagem sanguínea da mãe e do RN. • Prova de Coombs direta para o neonato e indireta para mãe com fator de risco. Outros exames podem ser necessários para casos não explicados pelas causas mais comuns. Certo, agora vamos conduzir esses neonatos. 1.4 ABORDAGEM E TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA A abordagem e o tratamento não são consenso entre os autores. Vamos ver oque já foi cobrado em provas. Primeiro ponto a saber é que podemos classificar o neonato em zonas de risco e, a partir disso, programar o tratamento. O gráfico abaixo mostra a divisão em bebês de alto risco, intermediário alto e baixo e baixo risco. Ele correlaciona o tempo de vida com a dosagem da bilirrubina sérica. Segundo ponto: o método mais utilizado para abordagem da hiperbilirrubinemia é o nomograma de Bhutani. Nele, relacionamos a bilirrubina total com o tempo de vida do neonato. A fototerapia deve ser iniciada sempre que ultrapassarmos a linha relacionada a cada neonato. Os fatores de risco são os fatores associados à icterícia patológica. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 15 Retirado de protocolo clínico de icterícia neonatal da Universidade Federal do Ceará – EBSERH. Adaptado de American Academy of Pediatrics. Subcommittee on hyperbilirubinemia. Management of hyperbilirubinemia in the newborn infant 35 or more weeks of gestation. Pediatrics, 2004. Vamos agora conhecer os tratamentos disponíveis para a icterícia: 1.4.1 OBSERVAÇÃO CLÍNICA É a conduta mais comum. Devemos realizar observação clínica para todos os neonatos que não apresentam o nível de bilirrubina necessário para fototerapia. Neonatos com fatores de risco devem ter o seguimento garantido para avaliar icterícia após a alta hospitalar. 1.4.2 FOTOTERAPIA É o tratamento mais comum. A melhor forma de realizar fototerapia é com lâmpadas azuis especiais. Quando a bilirrubina absorve a luz, ela é isomerizada e transformada em produtos que são excretados pela bile e pela urina. O RN deve ser exposto despido, com proteção ocular, e permanecer sob a fonte luminosa o maior tempo possível. As bilirrubinas devem ser checadas entre 6 e 24 horas após o início (a depender da literatura). Ela deve ser suspensa quando o nível estiver baixo o suficiente para sair da zona de risco. Geralmente, o nível de bilirrubina também deve ser checado 12 a 14 horas após a suspensão da fototerapia em neonatos com doença hemolítica ou pré-termos, a fim de evitar o efeito rebote, que é quando há um aumento expressivo dos níveis de bilirrubina após a queda inicial. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 16 1.4.3 EXSANGUINEOTRANFUSÃO A exsanguineotransfusão deve ser feita em ambiente de terapia intensiva. Nela, removemos o sangue hemolisado do RN, que vai ser substituído por hemácias de doador não sensibilizado. O banho de sol não é uma conduta na hiperbilirrubinemia patológica, porém costuma ser indicado em icterícias fisiológicas. Não se sabe muito bem se há real efetividade nessa conduta, pois a condição costuma resolver-se mesmo sem o banho de sol, entretanto vemos que é uma recomendação muito frequente dos pediatras. Vamos simplificar a conduta em um fluxograma resumido: RN ictérico Suspender exames: Hemograma Reticulócitos Bilirrubina total e frações Tipagem sanguínea Coombs direto/indireto, se fator de risco < 24 horas de vida Icterícia patológica Icterícia fisiológica Observação clínica Fototerapia/ exsanguineotransfusão > 24 horas de vida com aumento de BI acima dos níveis fisiológicos > 24 horas de vida sem aumento de BI acima dos níveis fisiológicos BANHO DE SOL Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 17 1.5 COMPLICAÇÕES DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA A principal e mais grave complicação é a encefalopatia bilirrubínica (Kernicterus), que decorre de altos níveis de bilirrubina indireta no sangue. Ela pode ocorrer em qualquer neonato, independentemente da presença ou não de fatores de risco, mas as patologias mais relacionadas à doença são as hemolíticas. Ela acontece pois a bilirrubina penetra a barreira hematoencefálica e deposita-se em estruturas vitais, como núcleos da base, núcleos de nervos cranianos, tronco encefálico, entre outros A doença inicia com letargia, hipotonia, dificuldade de sucção, convulsões e choro agudo. A fase intermediária é caracterizada por hipertonia, irritabilidade, febre e crises convulsivas. Se não tratada, evolui para fase terminal, com hipertonia e hipertermia, que podem levar à crise convulsiva, apneia, coma e óbito. Os neonatos que sobrevivem geralmente têm sequelas crônicas neurológicas e défice auditivo. Por fim, vamos agora conhecer a hiperbilirrubinemia direta, entidade SEMPRE patológica. 1.6 HIPERBILIRRUBINEMIA DIRETA OU CONJUGADA/COLESTASE A hiperbilirrubinemia direta ou conjugada, também chamada de colestase, é causada pela falha na excreção da bilirrubina do hepatócito ao duodeno. A definição laboratorial é: • Bilirrubina direta maior que 1mg/dL, quando a bilirrubina total for menor que 5mg/dL. • Bilirrubina direta superior a 20% da bilirrubina total, quando a bilirrubina total for maior do que 5mg/dL. As causas podem ser divididas em intra-hepáticas e extra- hepáticas. As causas mais comuns de colestase neonatal são as doenças infecciosas, como a toxoplasmose, citomegalovirose, rubéola, sífilis e até a sepse neonatal. A segunda mais comum é a atresia de vias biliares. As intra-hepáticas ocorrem por lesões hepáticas, hepatite ou deficiências no metabolismo da bilirrubina direta. Já as extra-hepáticas são causadas por uma obstrução na excreção da bilirrubina. Observe: Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 18 Causas de hiperbilirrubinemia direta INTRA-HEPÁTICAS EXTRA-HEPÁTICAS • Necrose isquêmica hepática. • Infecções congênitas. As infecções congênitas podem causar lesões hepáticas e hepatite. • Uso prolongado de nutrição parenteral, por um efeito tóxico dos lipídios no fígado. • Doenças metabólicas, como a galactosemia. • Deficiência de alfa-1-antitripsina. • Hepatite idiopática. • Atresia de vias biliares extra-hepáticas. • Cisto de colédoco. • Coledocolitíase. 1.6.1 EXAMES COMPLEMENTARES E MANEJO Primeiro, uma boa anamnese e um bom exame físico devem ser feitos. A colestase geralmente vem acompanhada de hepatomegalia, esplenomegalia, acolia e colúria. Depois, avalie a função hepática por meio dos níveis de TGO, TGP, fosfatase alcalina, albumina e provas de coagulação. Por fim, faça exames de imagem e biópsias, principalmente na suspeita de cisto, massa no colédoco ou atresia de vias biliares. A conduta dependerá da causa de base. • Em neonatos internados em UTI e alimentados por nutrição parenteral, devemos estabelecer a nutrição enteral o mais rapidamente possível. • No caso dos exames de imagem sugerirem doença obstrutiva, o bebê precisará de tratamento cirúrgico. 1.6.2 ATRESIA DE VIAS BILIARES EXTRA – HEPÁTICA (AVBEH) A AVBEH será vista com detalhes no livro de cirurgia pediátrica; aqui, vamos pincelar o que é importante para que você resolva as questões da área de Pediatria, visto que essa patologia é a mais cobrada na hiperbilirrubinemia direta. Ela é definida como ausência ou obliteração dos ductos biliares extra-hepáticos, e é a principal causa de transplante hepático em crianças. A classificação depende da época em que ocorreu a obliteração, embrionária ou perinatal. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 19 As principais manifestações da AVBEH são: icterícia, acolia fecal, colúria e hepatomegalia O ultrassom é o exame de imagem de escolha; a não visualização da vesícula biliar (vesícula atrófica ou ausente) é altamente sugestiva da doença; além disso, pode ser identificada uma área triangular hiperecogênica junto à bifurcação portal que é chamada de “triângulo fibroso”, ou “sinal da corda triangular”, e é patognomônica da doença. A biópsia hepática percutânea é o exame padrão-ouro.O tratamento paliativo é cirúrgico, por intermédio da portoenterostomia de Kasai, de preferência nos primeiros 2 meses de vida, e o definitivo é o transplante hepático. Crianças não tratadas podem complicar com fibrose, cirrose hepática, hipertensão portal e vão a óbito em 100% dos casos. Ótimo, finalizamos icterícia! Tranquilo até aqui? Então, vamos seguir para sepse neonatal. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 20 2.0 SEPSE NEONATAL CAPÍTULO A sepse neonatal é uma síndrome clínica decorrente da presença de agentes patogênicos em fluidos previamente estéreis, como sangue, urina ou líquor. 2.1 CLASSIFICAÇÃO Ela pode ser classificada quanto ao tempo de aparecimento, em: • SEPSE NEONATAL PRECOCE: Ocorre em até 72 horas de vida. • SEPSE NEONATAL TARDIA: Ocorre após 72 horas de vida. 2.1.1 SEPSE NEONATAL PRECOCE A sepse precoce é a principal forma de sepse e está relacionada com os agentes da flora geniturinária materna. São eles: Estreptococo beta agalactie (EGB ou GBS), E. coli, Estafilococo coagulase negativo e Listeria monocytogenes. Esses agentes são muito cobrados em provas. Para facilitar, preparei um mnemônico para você! GeBS Listeria E. COIi E. COagulase negativo “GeLo de COCO” Para considerarmos o diagnóstico de sepse, é imprescindível que o examinador traga fatores de risco maternos que exponham o bebê a esses agentes. Fique atento na sua prova a: Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 21 Fatores de risco para sepse neonatal FATORES MATERNOS FATORES DO NEONATO • Colonização da gestante por S. agalactie. • Ruptura prolongada (mais de 18 horas) de membranas amnióticas. • Corioamnionite. • Febre e infecção materna intraparto. • Infecção urinária materna. • Pré-natal incompleto. • Parto prolongado. • Líquido amniótico fétido ou meconial. • Trabalho de parto prematuro ou abortamentos de repetição sem causa aparente. • Prematuridade. • Baixo peso. • Sexo masculino. • Óbito fetal ou natimorto sem causa aparente em gestação anterior. • Gemelares, especialmente o primeiro gemelar. • APGAR no 5º minuto menor que 7. • Desconforto respiratório. • Necessidade de ventilação mecânica. 2.1.2 SEPSE NEONATAL TARDIA Ocorre em neonatos internados em UTI neonatal ou que receberam alta para casa e foram expostos a germes da comunidade. Para os RNs hospitalizados, temos como germes principais: estafilococo coagulase negativo, S. aureus, E. coli e fungos, porém devemos levar em conta a flora bacteriana de cada hospital. De origem comunitária, temos principalmente o S. aureus e a E. coli. 2.2 DIAGNÓSTICO DA SEPSE Os sinais clínicos são inespecíficos e, portanto, devemos unir fatores de risco + história clínica + exame físico. Os neonatos podem apresentar distúrbio respiratório, apneia, cianose, dificuldade para alimentar-se, má perfusão, sinais de choque, irritabilidade, letargia, distensão abdominal, vômitos, icterícia, instabilidade térmica, taqui ou bradicardia. Antes de continuarmos, vamos dar uma pausa e falar de onfalite, que é uma importante causa de sepse neonatal. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 22 2.3 ONFALITE Fonte: Prova de acesso direto USP, 2021 A infecção bacteriana de partes moles do coto umbilical e na pele ao redor da inserção é chamada de onfalite. Geralmente causada por uma flora polimicrobiana, os agentes também dependem do tempo de início, assim como na sepse. Uma das principais bactérias que colonizam a pele e podem causar onfalite grave é o Staphylococcus aureus. Ela ocorre frequentemente entre o 5º e o 9º dia de vida. O quadro clínico é de hiperemia ao redor do coto umbilical e secreção com mau cheiro. Pode rapidamente evoluir para sepse, portanto a triagem infecciosa segue a conduta à frente dela , incluindo coleta de líquor e hemocultura, internamento hospitalar e início de antibioticoterapia endovenosa, como veremos a seguir. Certo, voltando então à sepse neonatal, vamos seguir para o manejo. 2.4 MANEJO DA SEPSE Todo neonato com suspeita de sepse deve ser triado e tratado de imediato! Não há tempo a perder! Na suspeita de sepse neonatal precoce, devemos coletar hemograma, hemocultura e líquor. Não há indicação de urocultura. Já na tardia, devemos coletar, além dos exames acima, urina por método estéril, como a punção suprapúbica ou a sondagem. Agora, atenção! Em ambos os casos devemos iniciar antibioticoterapia empírica, após a coleta de exames! Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 23 2.4.1 SITUAÇÕES ESPECIAIS Mas, como nem tudo na Medicina são flores, os RNs sintomáticos não são as únicas situações que podem ocorrer, podemos ter neonatos assintomáticos, mas com fatores de risco. Observe: • Neonatos assintomáticos, mas com fatores de risco (exceto os que citarei a seguir!): devem ser triados com hemocultura e hemograma (alguns protocolos incluem a proteína C reativa). Esperamos o resultado dos exames para, se necessário, iniciar o tratamento. • Neonatos assintomáticos, nascidos de bolsa rota prolongada, mas sem febre materna, ou filhos de mãe com pesquisa para estreptococo do grupo B positiva, com ou sem profilaxia adequada, devem ser apenas observados por 48 horas e triados apenas se sinais de sepse. • Neonatos assintomáticos, nascidos de mães com febre entre 48 antes e 24 horas após o parto, coletamos exames e iniciamos tratamento empírico. QUAL DESSAS SITUAÇÕES É MAIS FREQUENTE EM PROVAS? O RN NASCIDO DE MÃE GBS + COM OU SEM PROFILAXIA! 2.5 TRATAMENTO Lembre-se de que, além das medidas gerais, devemos instituir o uso de antibióticos empíricos endovenosos na simples suspeita de sepse. Para a sepse precoce, a antibioticoterapia mais utilizada é a ampicilina associada à gentamicina. Para sepse tardia, iniciamos geralmente com oxacilina e amicacina. Em casos de resistência à oxacilina, utilizamos a vancomicina. Iniciamos com esses antibióticos e escalonamos de acordo com as culturas. A duração do tratamento deve ser de 7 a 10 dias. No caso de meningite associada, devemos sempre combinar uma cefalosporina de terceira ou quarta geração. SEPSE PRECOCE: AMPICILINA + GENTAMICINA. SEPSE TARDIA: OXACILINA + AMICACINA. NA PRESENÇA DE MENINGITE, ASSOCIAR CEFALOSPORINA DE 3ª OU 4ª GERAÇÃO. Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 24 Vamos finalizar com um resumo da conduta? RN Exames Antibioticoterapia Sintomático com menos de 72h de vida Hemocultura Hemograma Líquor Ampicilina + gentamicina Associar cefalosporina de 3ª geração na meningite Sintomático com mais de 72h de vida Hemocultura Hemograma Líquor Urina Oxacilina Amicacina Associar cefalosporina de 3ª geração na meningite Assintomático + fatores de risco Hemocultura Hemograma Somente se exames alterados. Assintomático + bolsa rota prolongada (sem febre), ou GBS positivo (independentemente da profilaxia) Não. Apenas observar. Apenas, se sinais de sepse. Assintomático + febre materna Hemocultura Hemograma Líquor Ampicilina + gentamicina Associar cefalosporina de 3ª geração na meningite Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 25 Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Baixe na Google Play Baixe na App Store Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ou busque na sua loja de apps. Baixe o app Estratégia MED Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula! Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada por mim, pensada para a sua aprovação. Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser. Resolva questões pelo computadorCopie o link abaixo e cole no seu navegador para acessar o site Resolva questões pelo app Aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo e acesse o app https://estr.at/3QSS https://estr.at/3QSS Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 26 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Condutas Médicas na Sepse Neonatal Precoce e Tardia. EBSERH, 2019. 2. GILDA GUERRA; LUCAS DE MEDEIROS CORBELLINI; ANGÉLICA MARIA LUCCHESE; PLÍNIO CARLOS BAÚ. Diagnóstico diferencial da icterícia obstrutiva na emergência. Disponível em: <https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882609/diagnostico-diferencial-da-ictericia- obstrutiva.pdf>. Acesso em: 3. MARCOS MOURA DE ALMEIDA; LILIANA SOARES NOGUEIRA PAES. Protocolo clínico. Icterícia neonatal. Universidade Federal do Ceará, EBSERH. Disponível em: <http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1108363/PRO.MED-NEO.030+-+R1+ICTERÍCIA+NEONATAL. pdf/9cc56a84-b631-499d-9058-0f0c0daf9744>. Acesso em: 12 mar. de 2021. 4. Nelson Textbook of Pediatrics. 21ª edição. 5. Protocolo de condutas elaborado pela equipe de médicos neonatologistas do Serviço de Neonatologia. Hospital Universitário-UFSC, 2015. Disponível em:< http://www.hu.ufsc.br/setores/unidade-neonatal/wp-content/uploads/sites/14/2014/10/Protocolos-NEO.pdf>. Acesso 10 de mar. 2021. 6. RITA DE CÁSSIA SILVEIRA; RENATO S. PROCIANOY. Uma revisão atual sobre sepse neonatal. Boletim Científico de Pediatria, v. 1, n. 1, 2012. 7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Documento científico: Icterícia no recém-nascido com idade gestacional >35 semanas. De 11 nov. 2012. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/Ictericia_sem-DeptoNeoSBP-11nov12.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2021. 8. Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. 4ª edição. CAPÍTULO http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1108363/PRO.MED-NEO.030+-+R1+ICTER%C3%8DCIA+NEONATAL.pdf/9cc56a84-b631-499d-9058-0f0c0daf9744 http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1108363/PRO.MED-NEO.030+-+R1+ICTER%C3%8DCIA+NEONATAL.pdf/9cc56a84-b631-499d-9058-0f0c0daf9744 https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/Ictericia_sem-DeptoNeoSBP-11nov12.pdf Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 27 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Agora, sim! Terminamos mais um resumo e você já sabe tudo sobre icterícia e sepse neonatal! Tenho certeza de que esse conhecimento fará diferença na sua aprovação e no seu dia a dia como médico! Conte sempre comigo para eventuais dúvidas, é só me procurar nas Redes Sociais ou no Fórum. Estou caminhando ao seu lado em todos os momentos. Siga firme nos estudos. Abraços, Profª. Helena CAPÍTULO Estratégia MED PEDIATRIA Icterícia e Sepse Neonatal Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | Junho 2021 28 https://med.estrategiaeducacional.com.br/ https://med.estrategiaeducacional.com.br/ 1.0 ICTERÍCIA NEONATAL 1.1 HIPERBILIRRUBINEMIA FISIOLÓGICA 1.2 HIPERBILIRRUBINEMIA NÃO FISIOLÓGICA/PATOLÓGICA 1.2.1 CAUSAS 1.2.2 Incompatibilidade Rh (Antígeno D) 1.2.3 Incompatibilidade do grupo ABO 1.2.4 Icterícia da Amamentação X Icterícia do Leite Materno 1.3 INVESTIGAÇÃO DA HIPERBILIRRUBINEMIA 1.3.1 Exames complementares 1.4 ABORDAGEM E TRATAMENTO DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA 1.4.1 Observação clínica 1.4.2 Fototerapia 1.4.3 Exsanguineotranfusão 1.5 COMPLICAÇÕES DA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA 1.6 HIPERBILIRRUBINEMIA DIRETA OU CONJUGADA/COLESTASE 1.6.1 Exames complementares e manejo 1.6.2 ATRESIA DE VIAS BILIARES EXTRA – HEPÁTICA (AVBEH) 2.0 SEPSE NEONATAL 2.1 CLASSIFICAÇÃO 2.1.1 SEPSE NEONATAL PRECOCE 2.1.2 SEPSE NEONATAL TARDIA 2.2 DIAGNÓSTICO DA SEPSE 2.3 ONFALITE 2.4 MANEJO DA SEPSE 2.4.1 SITUAÇÕES ESPECIAIS 2.5 TRATAMENTO 3.0 LISTA DE QUESTÕES 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS