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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALAGOAS - CAMPUS PIRANHAS CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA GEOVANE DOS SANTOS VIEIRA LEIDSON LUÍS DE FARIAS SANTOS MARCELO SOUZA FREIRE EXPERIMENTO 5: PARTE 1 E 2: O TRANSFORMADOR ELETRICO DE TENSÃO E TRANSFORMADOR ELETRICO DE CORRENTE Piranhas - AL 2024 2 GEOVANE DOS SANTOS VIEIRA LEIDSON LUÍS DE FARIAS SANTOS MARCELO SOUZA FREIRE EXPERIMENTO 5: PARTE 1 E 2: O TRANSFORMADOR ELETRICO DE TENSÃO E TRANSFORMADOR ELETRICO DE CORRENTE Neste relatório apresentamos os resultados da disciplina Física Experimental IV, ministrada pela prof. Dra. Ana Carla Batista de Jesus, como requisito parcial para obtenção de nota e verificação da aprendizagem. Piranhas - AL 2024 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4 OBJETIVOS ........................................................................................................... 5.1 MÉTODO E MATERIAIS ........................................................................................... 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 8 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 11 4 INTRODUÇÃO Baseado nos princípios do eletromagnetismo descobertos por Michael Faraday no século XIX, o transformador elétrico é um componente vital da infraestrutura energética contemporânea. Sua capacidade de converter níveis de tensão de forma eficiente permite que a energia seja transportada por longas distâncias, ou que se torne adequada para diversas aplicações, desde residências até complexos industriais. O transformador permite que os sistemas de energia alterem os níveis de tensão de maneira eficaz como comentado a seguir Nos sistemas de distribuição de energia elétrica, é desejável, por motivos de segurança e para maior eficiência dos equipamentos, que a tensão seja relativamente baixa tanto na ponta da geração (nas usinas de energia elétrica) como na ponta do consumo (nas residências e indústrias). Ninguém acharia razoável que uma torradeira ou um trem elétrico de brinquedo fosse alimentado com 10 kV. Por outro lado, na transmissão de energia elétrica da usina de geração até o consumidor final, é desejável trabalhar com a menor corrente possível (e, portanto, com a maior tensão possível) para minimizar as perdas do tipo I2R (conhecidas como perdas ôhmicas) nas linhas de transmissão (HALLIDAY; WALKER, 2016, p. 528). Seu funcionamento é baseado no princípio da indução eletromagnética. Quando uma corrente alternada passa pelo enrolamento primário, cria-se um campo magnético variável. Este campo, por sua vez, induz uma tensão no enrolamento secundário. A magnitude dessa tensão depende da relação entre o número de espiras dos dois enrolamentos. Assim, dependendo da configuração da relação de espiras, os transformadores podem ser classificados como elevadores ou redutores de tensão. Além de sua função principal, os transformadores enfrentam desafios como as perdas de energia, que podem ser causadas pela resistência dos materiais e pelas correntes de Foucault. Essas perdas afetam a eficiência do dispositivo e são considerações importantes nos projetos de sistemas elétricos. Os engenheiros trabalham constantemente para minimizar essas perdas, buscando materiais mais eficientes e designs inovadores. É fascinante pensar como um princípio descoberto há quase dois séculos continua sendo tão relevante e crucial para nossa vida cotidiana. Os 5 transformadores, embora muitas vezes invisíveis para o público em geral, são os heróis silenciosos que tornam possível nosso estilo de vida moderno, alimentando nossas casas, escolas, hospitais e indústrias com a energia elétrica necessária. OBJETIVOS ● Montar um modelo de transformador elétrico: Nesta etapa, com um transformador elétrico funcional utilizando componentes básicos como núcleo de ferro, fios de cobre para os enrolamentos primário e secundário, e terminais de conexão. Este processo nos permitirá compreender a estrutura física de um transformador e os princípios fundamentais de sua construção. ● Utilizar o modelo de transformador para aumentar e reduzir tensões: Com o transformador montado, realizamos testes práticos para demonstrar sua capacidade de alterar níveis de tensão. Aplicamos diferentes tensões de entrada no enrolamento primário e medimos as tensões de saída no secundário. Isso nos permitirá observar diretamente como o transformador pode ser usado tanto para elevar quanto para reduzir tensões, dependendo da configuração dos enrolamentos. ● Compreender a relação entre o número de espiras do enrolamento primário e secundário com as tensões de entrada e saída: Através de uma série de experimentos, investigaremos como a relação entre o número de espiras nos enrolamentos primário e secundário afeta as tensões de entrada e saída. Variam sistematicamente o número de espiras em cada enrolamento e registramos as mudanças correspondentes nas tensões. Este processo nos ajudará a visualizar e entender a relação matemática fundamental dos transformadores, onde a razão entre as tensões é proporcional à razão entre o número de espiras. Isso nos permite obter uma compreensão prática e intuitiva do funcionamento dos transformadores elétricos, reforçando os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula. Este experimento não apenas demonstrará os princípios básicos da indução eletromagnética. 6 MATERIAIS E MÉTODO Materiais ● Bobinas (400 e 1600 voltas); ● Núcleo em I e em U; ● Módulo conectores; ● 1 interruptor liga desliga; ● Parafuso de aperto; ● Cabos de conexão; ● Multímetro: ● Fonte de alimentação (0 a 12 VDC/ 6V e 12 VAC); Método Foi preciso realizar a montagem do experimento conforme a figura 1, 2 e 3 presentes no roteiro, e também seguir as demais orientações. Inicialmente ajustamos a tensão para 6 V alternada, fechamos o interruptor e medimos a tensão da bobina primária (Up) e posteriormente da bobina secundária (Us), anotamos os valores previstos na tabela. Consequentemente abrimos o interruptor sobre orientações da professora, substituímos a bobina secundária de 400 voltas por uma de 1600 voltas, alteramos o range de medição para 30 V alternado, através da bobina secundária, fechamos o interruptor e medimos Up e Us, anotamos os valores encontrados na tabela e seguimos realizando o experimento. Abrimos o interruptor novamente e invertendo de posição as bobinas, foi preciso antes desligar o interruptor por questão de segurança, rotacionarmos em 180 graus, invertendo as bobinas onde a de 1600 passou a ser a primária. A operação de um transformador baseia-se na lei de Faraday da indução eletromagnética e na lei de Lenz. Quando uma corrente alternada passa pela bobina primária, um campo magnético variável é criado, que induz uma tensão na bobina secundária." (Fitzgerald et al., 2003, p. 123). Na segunda parte deste experimento, realizamos a montagem do circuito presente na imagem 1, com o interruptor aberto, e a bobina de 1600 voltas no secundário e a de 400 voltas e a do secundário. Realizamos o experimento da seguinte forma, colocamos a fonte de tensão para 12 V alternada e ligamos, posteriormente inserimoso resistor de 50 Ω no circuito secundário fechamos o 7 interruptor e medimos a corrente no primário (Ip) e no secundário (Is). anotamos os valores encontrados, posteriormente tocamos o resistor de 50 Ω por um de 100 Ω para medimos a sua corrente no primário (Ip) e também o (Is). finalizamos o experimento desligando a fonte de alimentação e os multímetros. Imagem 1: esquema do experimento montado Fonte: Própria do autor 8 RESULTADOS E DISCUSSÕES Transformador elétrico de tensão Durante a realização do experimento foi montado um modelo de transformador elétrico com a finalidade de aumentar e reduzir tensões e compreender a relação entre o número de espira no enrolamento primário e secundário com as tensões de entradas e saídas. Conforme tabela abaixo, foi verificado os valores observados no experimento ao ligar a fonte ajustada a tensão para 6V~: Np Ns Up (V) Us (V) Up/Us Np/Ns 400 400 6,48 v 6,0 v 1,08 1,0 400 1600 6,49 v 24,16 v 0,27 0,25 1600 400 6,50 v 1,44 v 4,51 4,0 1600 400 12,74 v 2,88 v 4,42 4,0 Np - número de espiras primária, Ns - número de espira secundária, Up - bobina primária, Us - bobina secundária. Observado os dados apresentados nos experimentos percebemos que existe a variação da tensão em um transformador quando mudamos a quantidade de espiras de uma bobina para outra, sendo também observado as suas posições em relação às bobinas primárias e secundárias e ao analisar percebemos que a bobina de menor espira na posição primária e a de maior na posição secundária é onde ocorre o aumento de tensão, da menor para maior. E ao contrário ocorre a diminuição de tensão. O transformador não pode funcionar com a corrente elétrica contínua pelo fato de haver variação de tensão, ou seja, variação do fluxo magnético. O transformador utilizado é considerado perfeito por apresentar proporcionalidade nos valores de tensão quando observado no experimento em relação ao aumento e diminuição da quantidade de espiras em cada bobina. Transformador elétrico de corrente 9 Valores observados após experimentos conforme tabela abaixo Transformador com 1600 volts no primário e 400 no secundário Resistor Ip Is Us 50 Ω 18,29 x 10 A 49,0 x 10 A 2,45 V 100 Ω 13,45 x 10 A 26,25 x 10 A 2,62 V Ip - corrente primária, Is - corrente secundária, Us - transformador secundário, 1mA = 10-3A Após verificação do experimento é calculado o valor da tensão na bobina secundária através da fórmula V = R. I, sendo observado que existe um aumento de corrente no primário para a corrente no secundário mesmo com a variação dos resistores. Concluímos que a corrente é diretamente proporcional a tensão e inversamente proporcional a resistência. Observamos também que houve uma pequena variação de tensão na bobina secundária. 10 CONCLUSÃO Os transformadores funcionam com base na indução eletromagnética, onde a corrente alternada no enrolamento primário gera um campo magnético variável, induzindo uma tensão no enrolamento secundário. A magnitude dessa tensão depende da relação entre o número de espiras nos dois enrolamentos, permitindo classificar os transformadores como elevadores ou redutores de tensão. O experimento realizado com transformadores elétricos de tensão e de corrente, utilizando bobinas de 400 e 1600 voltas, permitiu uma compreensão prática e aprofundada do funcionamento e das características desses dispositivos essenciais em sistemas elétricos. Através do experimento, foi possível constatar que tanto os transformadores de tensão quanto os de corrente, utilizando bobinas de 400 e 1600 voltas, são componentes vitais para o funcionamento seguro e eficiente dos sistemas elétricos. Eles desempenham papéis cruciais na redução e medição de tensões e correntes, garantindo a proteção dos equipamentos e a precisão das medições elétricas. A compreensão dos princípios de operação e das características desses transformadores permite uma melhor aplicação e manutenção desses dispositivos em diversas situações práticas. O experimento também destacou a importância das relações de transformação e das condições de carga para o desempenho e a precisão dos transformadores. Estes experimentos demonstraram a construção e funcionamento de um modelo de transformador, possibilitando a compreensão da relação entre o número de espiras e as tensões de entrada e saída. Concluiu-se que a variação da tensão em um transformador está diretamente ligada à quantidade de espiras nas bobinas primária e secundária, com a tensão aumentando quando a bobina com menos espiras está na posição primária e a com mais espiras na posição secundária, e vice-versa para a diminuição da tensão. 11 REFERÊNCIAS BISCUOLA, Gualter José; BÔAS, Newton Villas; DOCA, Ricardo Helou. Física 3: Eletricidade Física Moderna. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 288 p. v. 3. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasilia: MEC, 2018. DE ANDRADE MARTINS, Roberto. Contribuição do conhecimento histórico ao ensino do eletromagnetismo. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, p. 49-57, 1988. Fitzgerald, A. E., Kingsley Jr, C., & Umans, S. D. (2003). Electric Machinery. McGraw-Hill Education. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2016 vol 3. LUZ, Antônio Máximo Ribeiro Da; ÀLVARES , Beatriz Alvarenga. Física: Contexto e Aplicações. 1°. ed. São Paulo: Scipione, 2013. 400 p. v. 3.