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Conteudista: Prof.ª Dra. Vívian Karina Bianchini Revisão Textual: Maria Thereza Carvalho Rodriguez Guisande ESTUDOS DE CASO Revisando os Conceitos Material Complementar Estudo de Caso 1 Estudo de Caso 2 Estudo de Caso 3 Estudo de Caso 4 Estudo de Caso 5 Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia de Produção II. F ECH AMEN TO QUESTION B AN KS Estudo de Caso 6 Estudo de Caso 7 Estudo de Caso 8 Estudo de Caso 9 Estudo de Caso 10 Orientação de TCC Referências Olá, estudante! Vamos iniciar a disciplina abordando os conceitos necessários para que você possa realizar as atividades de entrega. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Engenharia de Produção está dividido em três disciplinas, com o intuito de facilitar e ampliar o período para a realização da pesquisa e o desenvolvimento do TCC. Dessa forma, temos o TCC I, TCC II e TCC III. Basicamente, o trabalho é formado pelos seguintes tópicos: introdução, revisão de literatura, método de pesquisa, resultados e considerações finais. 1 / 14 Revisando os Conceitos Estudante, consulte a sua videoaula no Ambiente Virtual, pois ela será de grande importância para os seus estudos! Na disciplina TCC I, apresentamos os conceitos iniciais para o desenvolvimento do trabalho. Além disso, trabalhamos a importância da delimitação inicial da pesquisa que você pretende desenvolver sob a orientação do docente da área escolhida. Um TCC bem estruturado deve conter uma introdução, na qual o problema a ser estudado deve ser explicado e contextualizado. Nela, deve-se estabelecer os objetivos gerais e os objetivos específicos. Em seguida, deve-se expor a justificativa da importância do tema escolhido e uma delimitação da pesquisa, de forma que fique compreensível para os demais leitores a partir de que ponto a pesquisa se inicia e até que ponto limítrofe ela irá contribuir para a construção do conhecimento científico. A introdução deve ser muito bem escrita, pois é o primeiro contato do leitor com o trabalho, portanto deve instigar o seu interesse para continuidade da leitura dos demais tópicos do TCC. Ao final dela, você deve mostrar uma síntese dos próximos tópicos que serão abordados no trabalho. Diante da importância da construção dessa etapa inicial do trabalho, é essencial definir claramente o tema escolhido por você. Assim, apontaremos, neste material de apoio, as dez áreas da Engenharia de Produção dentro das quais você poderá escolher uma subárea para desenvolver sua pesquisa de TCC. Veja, a seguir, segundo a Associação Brasileira de Engenharia de Produção – ABEPRO (2008), as áreas e as subáreas do conhecimento relacionadas à Engenharia de Produção que balizam essa modalidade na graduação, na pós-graduação, na pesquisa e nas atividades profissionais: 1. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO Refere-se aos projetos, operação e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos e serviços primários da empresa. 1.1. Gestão de Sistemas de Produção e Operações; 1.2. Planejamento, Programação e Controle da Produção; 2. LOGÍSTICA Refere-se às técnicas apropriadas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes. 3. PESQUISA OPERACIOAL Refere-se à resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Essa subárea aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na 1.3. Gestão da Manutenção; 1.4. Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico; 1.5. Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e sequências; 1.6. Engenharia de Métodos. 2.1. Gestão da Cadeia de Suprimentos; 2.2. Gestão de Estoques; 2.3. Projeto e Análise de Sistemas Logísticos; 2.4. Logística Empresarial; 2.5. Transporte e Distribuição Física; 2.6. Logística Reversa. operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os problemas. 4. ENGENHARIA DA QUALIDADE Área da Engenharia de Produção responsável pelo planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considera o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade. 3.1. Modelagem, Simulação e Otimização; 3.2. Programação Matemática; 3.3. Processos Decisórios; 3.4. Processos Estocásticos; 3.5. Teoria dos Jogos; 3.6. Análise de Demanda; 3.7. Inteligência Computacional. 4.1. Gestão de Sistemas da Qualidade; 4.2. Planejamento e Controle da Qualidade; 4.3. Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade; 4.4. Organização Metrológica da Qualidade; 4.5. Confiabilidade de Processos e Produtos. 5. ENGENHARIA DO PRODUTO Refere-se ao conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidos nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a fase de geração de ideias até o lançamento do produto e sua retirada do mercado, com a participação das diversas áreas funcionais da empresa. 6. ENGENHARIA ORGANIZACIONAL Refere-se ao conjunto de conhecimentos relacionados com a gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão, e os arranjos produtivos. 5.1. Gestão do Desenvolvimento de Produto; 5.2. Processo de Desenvolvimento do Produto; 5.3. Planejamento e Projeto do Produto. 6.1. Gestão Estratégica e Organizacional; 6.2. Gestão de Projetos; 6.3. Gestão do Desempenho Organizacional; 6.4. Gestão da Informação; 6.5. Redes de Empresas; 6.6. Gestão da Inovação; 6.7. Gestão da Tecnologia; 7. ENGENHARIA ECONÔMICA Envolve a formulação, a estimação e a avaliação de resultados econômicos, a fim de avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica. 8. ENGENHARIA DO TRABALHO É a área da Engenharia de Produção que se ocupa com o projeto, o aperfeiçoamento, a implantação e a avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas, a fim de fazê-los compatíveis com as necessidades, as habilidades e as capacidades das pessoas, visando a uma melhor qualidade e produtividade e preservando a saúde e a integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e os outros elementos de um sistema. Nesse sentido, pode-se afirmar que essa área trata da tecnologia da interface entre máquina, ambiente, homem e organização. 6.8. Gestão do Conhecimento. 7.1. Gestão Econômica; 7.2. Gestão de Custos; 7.3. Gestão de Investimentos; 7.4. Gestão de Riscos. 8.1. Projeto e Organização do Trabalho; 8.2. Ergonomia; 8.3. Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho; 8.4. Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho. 9. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE Refere-se ao planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e do tratamento dos resíduos e efluentes desses sistemas, bem como da implantação de sistemas de gestão ambiental e responsabilidade social. 10. EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Refere-se ao universo de inserção da educação superior (graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão) em engenharia e em suas áreas afins, englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos a partir de uma abordagem sistêmica: formação de pessoas(corpo docente e técnico administrativo); organização didático-pedagógica (especialmente o projeto pedagógico de curso); metodologias; e meios de ensino/aprendizagem. Pode-se considerá-la, pelas suas características, uma “Engenharia Pedagógica”, que busca consolidar essas questões, assim como visa apresentar, como resultados concretos das atividades desenvolvidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da atividade docente, que é um campo em que o professor já se envolve intensamente, sem encontrar estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações. 9.1. Gestão Ambiental; 9.2. Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação; 9.3. Gestão de Recursos Naturais e Energéticos; 9.4. Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais; 9.5. Produção mais Limpa e Ecoeficiência; 9.6. Responsabilidade Social; 9.8. Desenvolvimento Sustentável. Após definir uma área de pesquisa, você deverá buscar, na bibliografia já existente, os trabalhos que já foram realizados com esse mesmo tema escolhido. Vale ressaltar que toda citação deve ser realizada de forma correta ao longo de todo o TCC, evitando incorrer em situações de plágio de trabalhos já desenvolvidos por outros pesquisadores. Cabe ressaltar que um bom TCC deve ter uma ampla pesquisa bibliográfica, realizada a partir de artigos de congressos, revistas e livros diversos (nacionais e internacionais). O TCC poderá ser entregue no formato de uma monografia (mesmos tópicos de um artigo, porém de forma mais detalhada) ou no formato de um artigo. Para os que optarem por este último formato, disponibilizamos, no TCC I, dois modelos de artigos de dois conceituados eventos nacionais de Engenharia de Produção: o Enegep e o Simpep. Ambos servirão de norte, porém não seremos rígidos. Caso a quantidade de páginas exceda as limitações colocadas pelos modelos desses eventos, não haverá problemas. Assim, ficamos com a seguinte segmentação de construção do TCC: 10.1. Estudo da Formação do Engenheiro de Produção; 10.2. Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em Engenharia de Produção; 10.3. Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção; 10.4. Práticas Pedagógicas e Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem em Engenharia de Produção; 10.5. Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de Produção. TCC I: Entrega da introdução do trabalho; TCC II: entrega do material do TCC I, complementado pela revisão de literatura e pela descrição do método de pesquisa; O trabalho final deve conter, também, um resumo e as palavras-chave. Além disso, todas as etapas devem ser devidamente referenciadas, tendo sido citados todos os autores utilizados e as fontes de pesquisa consultadas. Nesta disciplina, TCC II, espera-se que você complemente o TCC I com uma revisão de literatura, também chamada de revisão teórica ou revisão bibliográfica. Essa revisão busca fazer com que você se aprofunde no tema escolhido e inspecione todos os trabalhos correlacionados que já foram publicados sobre ele. Perceba, portanto, que é muito importante que haja uma delimitação correta sobre o assunto da pesquisa para que a contribuição seja assertiva e com fronteiras claras, possibilitando a construção científica de forma pontual. Você pode optar por realizar uma revisão de literatura tradicional ou sistemática. Silva (2019) descreve que a revisão de literatura tradicional é realizada por meio de pesquisas em diferentes bases de dados, utilizando as palavras-chave definidas pelo pesquisador e selecionando as referências condizentes com o tema. Esse tipo de revisão é o mais comum para a elaboração de pesquisas acadêmicas, tais como monografias e artigos. O seu ponto negativo é que o pesquisador seleciona ou rejeita referências por meio de critérios subjetivos e aleatórios. Sendo assim, não há garantia de que outros pesquisadores possam repetir esse tipo de revisão e encontrar resultados semelhantes. Para suprir esse ponto negativo, a revisão sistemática procura pré-determinar e esclarecer os critérios de aceitação e rejeição. Por outro lado, segundo a página do site do Laboratório de Pesquisa em Engenharia de Software da UFSCar, a revisão sistemática é uma técnica de pesquisa feita por meio de evidências da literatura científica, conduzida de maneira formal, seguindo etapas bem definidas e de acordo com um protocolo previamente elaborado. Como são várias as etapas e as atividades de uma revisão sistemática, sua execução é trabalhosa e repetitiva. Assim, o apoio de uma ferramenta computacional é fundamental para melhorar a qualidade de sua aplicação. Nesse contexto, o laboratório da UFSCar desenvolveu uma ferramenta denominada StArt (State of the Art through Systematic Reviews), que tem como objetivo dar suporte ao TCC III: Entrega do material do TCC II finalizado, contendo os resultados da pesquisa de campo realizada e as considerações finais do trabalho. pesquisador, apoiando a aplicação dessa técnica. A StArt tem sido usada por alunos que têm relatado o apoio positivo de seu uso e as vantagens em relação a outras ferramentas. Nos materiais complementares, você poderá encontrar vídeos e sites indicando como realizar uma revisão sistemática. Importante frisar que a revisão de literatura deve ser realizada citando-se corretamente todas as fontes pesquisadas: artigos, livros, sites, jornais, reportagens, congressos etc. Caso isso não seja feito, pode-se incorrer em plágio. Entre as características do plágio, segundo Amadei e Ferraz (2019), está a apresentação de uma obra intelectual sem a menção do nome do autor, assumindo-se, assim, a autoria indevida de um determinado pensamento ou conteúdo. Portanto, com cuidado e atenção, faça a devida citação do documento, pois a exatidão e a precisão na apresentação das citações são essenciais durante a elaboração do texto acadêmico. Para auxiliá-lo nessa etapa, apresentaremos alguns trechos do documento “Modelos de citação com base nas normas ABNT”, que estará disponível para consulta nos materiais complementares. Esse material foi redigido conforme a norma brasileira 10520 (2002). Veja, a seguir, os principais tipos de citações para a revisão de literatura: Citação Direta É a cópia literal de um trecho. As transcrições de até três linhas devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar uma citação no interior de uma citação. Citação de um só autor Ayerbe (2003, p. 15) afirma que “a atitude imperial de permanente conquista de novos mercados e territórios impulsiona a descoberta científica [...]”. Ou Podemos considerar também que “a atitude imperial de permanente conquista de novos mercados e territórios impulsiona a descoberta científica [...]” (AYERBE, 2003, p. 15). Citação de 2 ou 3 autores Segundo Medeiros, Paiva e Lamenha (2012, p. 154), o Mercosul “surge da vontade dos países do Cone Sul, após o fortalecimento do regime democrático, em integrar suas economias”. Ou O Mercosul “surge da vontade dos países do Cone Sul, após o fortalecimento do regime democrático, em integrar suas economias.” (MEDEIROS; PAIVA; LAMENHA, 2012, p. 154). Citação de mais de 3 autores Em meados dos anos 80, “quando a política brasileira empreendeu o caminho do estreitamento das relações com a Argentina, a ideia do universalismo não foi abandonada [...].” (VIGEVANI et al., 2008, p. 6). Ou Para Vigevani et al. (2008, p. 6), em meados dos anos 80, “quando a política brasileira empreendeu o caminho do estreitamento das relações com a Argentina, a ideia do universalismo não foi abandonada, mas ganhou novo significado”. Obs.: A expressão et al. fica em itálico. Citação com mais de três linhas As transcrições de texto com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4cm da margem esquerda, com caractere menor que o do texto, sem aspas e com espaçamento simples entre linhas. Exemplo: Na tradição ocidental, a atitude imperial de permanenteconquista de novos mercados e territórios impulsiona a descoberta científica – com aplicações nas comunicações, na indústria e na guerra – e contribui para a formação de uma elite empreendedora capaz de formular estratégias de expansão de alcance mundial. (AYERBE, 2003, p. 15). Citação Indireta Apresenta a ideia de outros autores, utilizando suas próprias palavras (é opcional indicar a página nesse caso). Exemplos: Segundo Ayerbe (2003), o fortalecimento das cidades europeias oferece um clima propício ao empreendimento e também à livre iniciativa, mas [...] Ou O fortalecimento das cidades europeias oferece um clima propício ao empreendimento e à livre iniciativa, segundo Ayerbe (2003), mas [...] Ou O fortalecimento das cidades europeias oferece um clima propício ao empreendimento e à livre iniciativa (AYERBE, 2003), mas [...] Citação Indireta e Simultânea de Vários Autores Indicar todos os autores em ordem alfabética. Exemplo: (ABREU; SILVA, 2007; VARGAS, 2001; YIN, 2010) Citação Traduzida Se o texto estiver em outra língua e for traduzido por você, indicar como “tradução nossa” antes do parêntese que fecha a indicação da fonte. Nesse caso, recomenda-se colocar o trecho na língua original em nota de rodapé. Exemplo: “Acesso aprimorado engloba tanto acesso intelectual quanto físico” (KUHLTHAU, 2004, p. xv, tradução nossa). Citação da Citação Quando se utiliza uma citação que consta no documento que você está lendo. Exemplos: “A indústria da informação, isoladamente, não produz conhecimento.” (BARRETO, 1990 apud SOUZA; ARAUJO, 1991, p. 183). Ou Para Barreto (1990 apud SOUZA; ARAUJO, 1991, p. 183), a indústria da informação não elabora conhecimento de forma isolada. Obs.1: Barreto é citado por Souza e Araújo na obra deles. Souza e Araújo (1991), portanto, são os autores da obra que você tem em mãos (está consultando) e, por isso, precisa constar na lista de referências; Obs. 2: A palavra apud não fica em itálico. Após realizar a revisão de literatura, o próximo passo é definir e explicar o método de pesquisa utilizado. Nesse sentido, Miguel (2012) define os seguintes métodos de pesquisa que podem ser aplicados na Engenharia de Produção: Survey: conhecido como pesquisa de avaliação, trata-se da aplicação de um questionário em uma quantidade de empresas de interesse para a pesquisa, buscando-se uma amostra representativa da população em questão. Na posse dos dados, segue-se para uma análise quantitativa, utilizando-se de estatísticas e técnicas de análise; Estudo de caso: é um trabalho de caráter empírico que investiga um dado fenômeno físico, dentro de um contexto real contemporâneo, por meio de análise aprofundada de um ou mais objetos de análise (casos); Pesquisa-ação: é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo; Modelagem e simulação: uso de técnicas de modelagem matemática e softwares computacionais para descrever, analisar, simular e propor melhores opções para determinado processo em estudo; Experimento: pesquisas em ambientes controlados, comumente laboratórios, para estudo de relacionamentos entre duas ou mais variáveis de um sistema; Teórico/conceitual ou levantamento bibliográfico: pesquisas com base em discussões conceituais de diversas fontes da literatura acadêmica, tais como: artigos científicos de congressos e jornais, livros, dissertações e teses. É muito mais aprofundado que uma simples revisão de literatura: é um relato do estado de arte de determinado tema e a evolução cronológica de seus conceitos e respectivos pesquisadores. Para auxiliar você nesse processo, serão apresentados dez revisões bibliográficas e métodos de pesquisa de artigos das diversas áreas da Engenharia de Produção, para que você possa entender como devem ser esses dois tópicos de um bom artigo aprovado em congresso. Lembre-se: todas as entregas parciais do trabalho de conclusão de curso devem conter, no final, as referências utilizadas ao longo do texto. Dessa forma, as referências devem seguir o documento da ABNT NBR 6023. Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta disciplina: Site Download StArt – State of the Art through Systematic Review – Version 2.3.4.2 Site para fazer download do software StArt do Laboratório de Pesquisa em Engenharia de Software da UFSCar, versão 2.3.4.2. https://bit.ly/3L11Uw3 Vídeos Ferramenta StArt – Prof.ª Dra. Sandra Camargo P. F. Fabbri Palestra “Ferramenta StArt (State of the Art through Systematic Review)” proferida pela Prof.ª Dra. Sandra Camargo P. F. Fabbri (DC/UFSCar). Embora a palestra fale sobre como montar uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado, os conceitos servem perfeitamente para um trabalho de conclusão de curso de graduação em Engenharia de Produção. https://youtu.be/8kVPpd1Vj4s 2 / 14 Material Complementar https://bit.ly/3L11Uw3 https://youtu.be/8kVPpd1Vj4s Como fazer Revisão Sistemática – Prof.ª Dra. Fátima Nunes (USP) Palestra "Revisões Sistemáticas: uma Forma de Levantar Eficientemente o Estado da Arte em Pesquisa", proferida pela Prof.ª Dra. Fátima L. S. Nunes (EACH-USP) em evento ocorrido no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE-USP), no dia 30 de julho de 2015, promovido pelo Laboratório de Arqueologia Romana Provincial. Embora a palestra comece falando sobre como montar uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado, os conceitos servem perfeitamente para um trabalho de conclusão de curso de graduação em Engenharia de Produção. Para complementar, no tempo de vídeo de 1:21:26, é mostrada a ferramenta StArt. https://youtu.be/Wgaw97mTKWM START – Software gratuito para revisão sistemática de literatura Vídeo que mostra a sequência inicial para a montagem de uma revisão sistemática de literatura no software Start. A ferramenta de revisão sistemática StArt (State of the Art through Systematic Review) foi desenvolvida pelo Laboratório de Pesquisa em Engenharia de Software (LaPES) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A ferramenta permite aos pesquisadores uma experiência diferenciada durante a realização de revisões sistemáticas, garantindo dados precisos relacionados às pesquisas. Na própria ferramenta, após criar uma nova revisão sistemática, é possível montar todo o protocolo de pesquisa, adicionar as fontes de dados de onde serão extraídos os artigos, criar sessões de buscas associando as fontes com a(s) string(s) de busca, inserir artigos na ferramenta (através do uso de um arquivo BibTex ou manualmente), classificar os artigos de acordo com os critérios determinados na pesquisa, determinar critérios de inclusão e exclusão, ler e extrair informações dos artigos aceitos, gerar gráficos para auxiliá-lo(a) durante o processo de revisão, determinar critérios de pontuação automática para os artigos etc. Esse vídeo explica, passo a passo, como se dá o uso da ferramenta StArt para desenvolvimento de revisões sistemáticas. https://bit.ly/3GjAIF9 Leituras https://youtu.be/Wgaw97mTKWM https://bit.ly/3GjAIF9 Guia para elaboração de citações em documentos No Brasil, os trabalhos acadêmicos, independentemente de seu nível (monografia, dissertação ou tese), devem seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT para sua correta elaboração. Esse Guia apresenta as recomendações para citações em documentos, que auxilia na elaboração de trabalhos acadêmicos – ABNT NBR 1052:2002. https://bit.ly/3L1iX12 Modelos de citação com base nas normas da ABNT NBR 10520:2002 Esse documento exemplifica tipos de citações nos trabalhos acadêmicos. O documento é apenas um resumo dos casos mais comuns. Consulte a norma ABNT NBR 10520:2002 para visualizar todos os casos. https://bit.ly/3sbnN32 https://bit.ly/3L1iX12 https://bit.ly/3sbnN32Caro(a), estudante. Agora, vamos compreender os cenários abordados nos estudos de caso da disciplina. Atente-se às situações profissionais que você precisará entender para poder realizar a atividade. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO Resumo do artigo: O Brasil se destaca por ser um dentre os cinco maiores mercados mundiais de produção de tintas. Dessa forma, para atender o mercado demandante, torna-se importante a utilização de técnicas de gerenciamento dos sistemas produtivos. Neste sentido, o planejamento e controle da produção atua no gerenciamento dos recursos produtivos da empresa. Assim, o objetivo deste artigo é aplicar um método quantitativo de previsão de demanda e comparar os valores com aqueles obtidos por meio do julgamento do gestor de uma indústria fabricante de tintas, a fim de identificar o modelo mais acurado. Quanto à metodologia, foi realizado um estudo de caso, que seguiu as seguintes etapas: i) identificação dos produtos de maior demanda; ii) levantamento dos dados históricos; iii) análise da série temporal e definição do modelo matemático; iv) aplicação e validação do modelo; v) comparação da previsão quantitativa com aquela obtida pelo julgamento do gestor. Os resultados mostraram que, para a maioria dos períodos, a análise da previsão qualitativa apresentou discrepância em relação ao comportamento daquela obtida quantitativamente, sendo que, para ambos os produtos, o modelo matemático apresentou maior acuracidade. 3 / 14 Estudo de Caso 1 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Previsão de demanda Para Tubino (2009), a previsão de demanda é uma atividade essencial tanto para o planejamento estratégico da produção, quanto para os setores de vendas e finanças de qualquer empresa, no qual necessitem tomar decisões futuras. Quanto aos modelos de previsão de demanda, estes podem ser quantitativos ou qualitativos. A abordagem quantitativa é baseada em séries históricas e realiza uma projeção por meio de algum modelo matemático (CORRÊA; CORRÊA, 2013). Já a qualitativa apresenta caráter subjetivo, tendo como base julgamento, intuição, emoção, valores e experiência pessoal do tomador de decisão para a realização da previsão (HEIZER; RENDER, 2001). Para Slack, Chambers e Johnston (2009), uma combinação de ambos os métodos pode ser usada para integrar julgamentos especialistas e modelos preditivos. Conforme Pellegrini e Fogliatto (2001), a escolha de um método quantitativo a fim de realizar a previsão de demanda necessita, sobretudo, da análise do comportamento das séries históricas. A série temporal pode apresentar características diferentes, sendo elas: média, sazonalidade, ciclo e tendência. Uma série temporal com valores médios existe quando os dados históricos flutuam em torno de uma média constante; porém, também podem ser usadas quando houver pequenas variações graduais, no nível dos dados (TUBINO, 2009). Os modelos matemáticos que podem ser utilizados para a previsão de demanda são: média móvel simples; média móvel ponderada; e suavização exponencial simples. Por sua vez, a sazonalidade ocorre quando padrões cíclicos de variação de uma série se repetem a cada determinado intervalo de tempo, chamados de oscilações regulares (LUSTOSA et al., 2008). Neste caso, dentre os modelos matemáticos para realizar as previsões, podem-se citar o método de Holt-Winters e o de decomposição da série temporal. Conforme Pellegrini e Fogliatto (2001), no ciclo também ocorrem variações ascendentes e descendentes na série temporal, porém em intervalos irregulares de tempo. Por fim, segundo Lustosa et al. (2008), a tendência é a orientação geral dos dados históricos, ou seja, ocorre quando a série apresenta comportamento crescente ou decrescente sistemáticos, ao longo do tempo. Para se fazer as previsões de demanda, pode-se empregar o método de Holt (suavização exponencial dupla), ou o método da regressão linear. De acordo com Tubino (2009), não existe uma técnica de previsão de demanda que pode ser empregada em todas as situações. Além disso, o método de previsão deve ser monitorado, realizando os ajustes necessários no modelo inicial. Neste sentido, todo processo de previsão apresenta erros, porém estes podem ser minimizados através da utilização do método apropriado. Lustosa et al. (2008) afirmam que o erro de previsão pode ser calculado de diversas formas, sendo que o indicador básico desta medida é subtrair da demanda real o valor previsto. 2.2. Decomposição de série temporal As variações sazonais retratadas nos dados das séries temporais são apresentadas como movimentos para cima e para baixo que se repetem com regularidade, podendo ser espaçadas igualmente em dias, semanas, meses, anos, etc. A sazonalidade é expressa em termos do valor do desvio da série, ou seja, se a série tende a variar ao redor de um valor médio, a sazonalidade a acompanha; se a série apresenta tendência, então os valores da sazonalidade seguem a linha de tendência (STEVENSON, 2001). Conforme Lustosa et al. (2008), o método que permite a projeção de tendências com sazonalidade é classificado como decomposição clássica, e neste, o fator sazonal pode ser aditivo ou multiplicativo. Segundo Ballou (2006), este é um método que tem grande aceitação e apresenta boa precisão. Para Stevenson (2001), o modelo aditivo é caracterizado pela soma ou subtração de certa quantia à média da série, com o intuito de ser integrada à sazonalidade. Já o multiplicativo é definido por meio da percentagem do valor médio que é multiplicada pelo valor de uma série, a fim de ser adicionada à sazonalidade. O modelo aditivo pode ser calculado conforme a Eq. 1, seguindo os parâmetros utilizados por Moreira (2008): 𝑌 = (𝑇) + (𝑆) + (𝐶) + (𝑖) (Eq. 1) Em que: Já o modelo multiplicativo é determinado conforme a Eq. 2 (MOREIRA, 2008). 𝑌 = (𝑇). (𝑆). (𝐶). (𝑖) (Eq. 2) Os métodos de decomposição são constituídos de um padrão e de um elemento de erro ou aleatoriedade na série temporal (MAKRIDAKIS; WHEELWRIGHT; HYNDMAN, 1998). Conforme Manuel (2017), o modelo aditivo é adequado quando a amplitude das flutuações sazonais não se altera com o nível da série. Caso as flutuações sazonais divergem crescente ou decrescentemente em proporção ao nível da série, o modelo mais apropriado será o multiplicativo. 3. MÉTODO DE PESQUISA Em relação aos procedimentos técnicos da pesquisa trata-se de um estudo de caso, no qual selecionou-se um objeto de estudo com o propósito de aprofundar seus aspectos característicos (SANTOS, 2004). Dessa forma, elegeu-se uma empresa de pequeno porte fabricante de tintas, localizada no sudeste goiano. Fundada em 2012, a organização oferece ao mercado um grande portfólio de tintas e busca sempre agregar qualidade e valor aos seus produtos. Para a coleta de dados foram feitas visitas in loco, no período compreendido entre março e outubro de 2019. A primeira visita teve como intuito conhecer a empresa, seus produtos, matérias-primas e o funcionamento da produção. Para tanto, realizou-se entrevistas semiestruturadas com o proprietário a fim de obter as informações necessárias. 𝑌 = valor da série (demanda prevista); 𝑇 = componente de tendência; 𝑆 = componente de sazonalidade; 𝐶 = componente cíclica; 𝑖 = resíduo devido a flutuações irregulares. Para a realização do estudo foram coletados os dados históricos da demanda de janeiro de 2017 até outubro de 2019, bem como a previsão de demanda do gestor da empresa para os meses de abril até dezembro de 2019. Os dados foram tratados em planilhas eletrônicas, em que foram gerados os gráficos para os dois produtos de maior demanda da empresa, com o intuito de analisar o comportamento das séries temporais. O próximo passo consistiu na escolha do modelo matemático mais adequado. Em seguida, aplicou- se o modelo escolhido e fez-se a validação para cada produto do estudo. Uma vez validado o modelo obtiveram-se as previsões para os meses de abril a dezembro de 2019. Por fim, os valoresde previsão foram comparados com aqueles obtidos pelo julgamento do gestor da empresa, com base em seus conhecimentos de mercado. A partir dos dados de demanda real dos meses de abril a outubro de 2019, calculou-se o erro de previsão para ambos os métodos e obtiveram-se as conclusões do estudo. Fonte: Conteúdo extraído de VEIGA et al., 2020 | ABEPRO R E S O L U Ç Ã O A área de Engenharia de Operações e Processos da Produção, definida pela ABEPRO, tem como escopo os projetos, as operações e as melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos primários (bens ou serviços) da empresa. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Planejamento, Programação e Controle da Produção. Esse texto deverá ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_342_1752_40781.pdf LOGÍSTICA Resumo do artigo: Em toda cadeia de suprimentos, a transformação da matéria prima em produto acabado é um processo que se inicia pela compra de insumos e pela contratação dos serviços mandatórios à operação. A seleção de fornecedores já foi um processo mais simples e que envolvia apenas fatores comerciais como preço e prazo de pagamento. Com a crescente competitividade, especialmente em mercados em expansão, e com as diferentes demandas apresentadas pelos consumidores, o processo de seleção de fornecedores tem demandado maior atenção especialmente das grandes empresas. Dado este cenário, o objetivo deste trabalho é identificar e analisar os modelos de seleção e contratação de fornecedores, os critérios de seleção, as práticas e os softwares de supplier relationship management (SRM) utilizados em uma empresa multinacional do ramo de bens de consumo. Os resultados mostraram que o setor de compras define o modelo de seleção e contratação de fornecedores se fundamentando em diversos critérios, porém selecionam seus provedores dando importância dominante a fatores financeiros. Além disso foi possível identificar que apesar de trazer grandes benefícios ao setor, softwares SRM que suportam a atividade de compras, encontram resistências entre os usuários quanto à sua utilização. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Supplier Relationship Management (SRM) 4 / 14 Estudo de Caso 2 Mettler e Rohner (2009) definem Supplier Relationship Management (SRM) como uma abordagem racional para gerenciamento das interações de uma organização com as empresas que fornecem suprimentos e serviços de acordo com a necessidade. O SRM é, portanto, a prática intencional da gestão relacionamentos e interações com fornecedores, sejam estes provedores de bens ou serviços, de acordo com uma orientação previamente definida segundo critérios comerciais e estratégicos que tem como fundamentação fatores sincrônicos a cadeia de suprimentos. SRM é ainda o nome dado aos módulos de Sistemas de Informação (SI) que são utilizados para a prática e suporte da atividade de gestão de relacionamento com fornecedores. Entretanto, apesar da grande importância de se gerenciar o relacionamento com os fornecedores, essa atividade só ganhou destaque e foi sistematizada na década de 80, conforme é dito por Murad (2015). Anteriormente fatores como custos eram predominantes para a execução de compras e o relacionamento mantido entre fornecedor e empresa não era visto como um aspecto estratégico da função. Ainda segundo Murad (2015, p. 1) “o reconhecimento do valor estratégico da gestão de relacionamento com fornecedores surgiu com a percepção de que os custos de compras representam mais da metade do faturamento das empresas”. Algo também citado por Betiol et al. (2012) e que reforça a importância do papel de compras é a necessidade de se exercer uma adequada gestão de relacionamento com fornecedores para se atingir excelência operacional ao longo da cadeia de suprimentos. 2.2. Compras Segundo DIAS JUNIOR (2017, p. 12), compras “tem por finalidade suprir as necessidades da empresa mediante a aquisição de materiais/serviços, diante das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado as melhores condições comerciais e técnicas”. Moraes (2005) busca desmistificar o paradigma de que a função de compras possui caráter operacional e pouco estratégico. Para ele, a função de compras assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios em face do volume de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesa e não um centro de lucros. Compras também é definido como um time que executa atividades que visam entregar à companhia o máximo de valor agregado possível, e isso é feito através da adequada identificação e seleção de fornecedores, compra, negociações e contratações, pesquisas de mercados, avaliação de fornecedores e monitoramento de performance (MONCKZA et al., 2009). 2.3. Critérios de Seleção Para que o processo de seleção seja realizado de forma assertiva, cabe ao comprador institucional entender quais critérios são estratégicos à avaliação que será realizada. Segundo Furtado (2005), a relação dos critérios de avaliação utilizados, sofreu dois tipos de atualização: atualização dos termos (para apresentar maior fidelidade com aqueles usadas nas empresas) e incremento de novos critérios devido às novas dinâmicas dos mercados. Por exemplo, alguns desses novos critérios incorporados são aqueles relacionados a fidelidade de fornecedores a políticas de sustentabilidade. Devido à importância e o caráter estratégico da atividade de compras é natural entender o processo de seleção de fornecedores como uma das atividades chaves do setor. Conforme dito anteriormente, existem diversos modelos de seleção de fornecedores, e todos estes modelos se baseiam em critérios claros e idealmente objetivos para ranquear potenciais fornecedores e assim escolher o fornecedor mais adequado à empresa em questão. Viana (2012) em seu texto reforça o conceito de que existem critérios objetivos como preço e prazo, e critérios subjetivos como comprometimento com resolução de problemas. Além disso, também revisa a aplicação de mais de 70 critérios de seleção em diferentes indústrias. Agrupando estes critérios destacam-se qualidade, preço e entrega (pontualidade e conformidade), no Quadro 1 é possível observar demais critérios e sua penetração na tomada de decisão. Quadro 1 – Critérios de seleção e sua penetração Critério % Artigos Qualidade 83,93 Preço 82,14 Critério % Artigos Entrega (Pontualidade e Conformidade) 80,36 Capacidade Tecnológica 37,50 Capacidade de Produção e Instalações 28,57 Serviço ao Cliente 21,43 Flexibilidade 17,86 Posição Financeiro 16,07 Localização Geográfica 16,07 Capacidade de Relacionamento 16,07 Práticas e SGQ’s 12,50 Credibilidade e Reputação 12,50 Gestão e Organização 12,50 Diversidade de Itens 8,93 Fonte: Adaptado de VIANA, 2012 3. MÉTODO DE PESQUISA O objetivo deste trabalho é analisar o setor de compras de indiretos da empresa UNI, uma multinacional do ramo de bens de consumo, e o método escolhido para a análise será um estudo de caso. Segundo Miguel (2009, p. 219) “um estudo de caso é um estudo de natureza empírica que investiga um determinado fenômeno, geralmente contemporâneo, dentro de um contexto real de vida, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto em que ele se insere não são claramente definidas”. Dada a importância dos processos de seleção de fornecedores e contratação de serviços, serão analisadas as formas de se realizar tais tarefas, bem como softwares e práticas de SRM suportem tais ações. Isto será feito através da verificação das proposições abaixo: Uma análise documental e entrevistas semiestruturadas foram conduzidas com alguns compradores de indiretos desta empresa para verificar estas proposições,das áreas responsáveis (spend pools) por Capital (aquisição e construção de ativos da UNI quando estes se relacionam às fábricas), MRO (Manutenção, Reparo e Operação), Facilities (contratação de serviços que dão suporte à operação da planta), Logistics (compra do transporte de produtos acabados entre instalações da empresa), Warehousing (serviços de operação de centros de distribuição) e Marketing (publicidade). Um spend pool é conjunto de commodities e/ou serviços pelo qual um comprador, ou um time de compradores, é responsável, estes commodities/serviços são agrupados por similaridade e sinergia). Fonte: Conteúdo extraído de BATALHA et al., 2020 | ABEPRO Proposição 1: Preço/custo é o principal critério de seleção de fornecedores na empresa objeto de estudo; Proposição 2: Critérios de seleção relacionados a sustentabilidade ou cidadania estão em ascensão; Proposição 3: O uso de softwares SRM afeta de forma positiva o setor de compras. http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_343_1757_41345.pdf R E S O L U Ç Ã O De acordo com as áreas e as subáreas definidas pela ABEPRO, a área de Logística tem como escopo as técnicas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, objetivando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Gestão da Cadeia de Suprimentos. Ele deverá ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. PESQUISA OPERACIONAL Resumo do artigo: O setor de celulose e papel tem potencial participação na economia brasileira, no entanto, para ser competitivo, a adoção de técnicas de engenharia são fundamentais para seu aprimoramento contínuo. Nesse sentido, o presente estudo objetiva apresentar uma reflexão sobre algumas contribuições da pesquisa operacional no setor de celulose e papel. Para atingir esse objetivo, foi conduzida uma pesquisa exploratória relacionada a pesquisa operacional no setor de celulose e papel, em seguida foi apresentado uma aplicação de uma ferramenta de pesquisa operacional em uma condição prática por meio de um estudo de caso. Diante dos achados deste estudo, pode-se constatar que a programação linear permite evidenciar qual a combinação na produção que irá retornar melhores resultados, suprindo prazos de entrega de forma a minimizar os custos de produção. Adicionalmente, observa-se que a pesquisa operacional permite mitigar problemas de gestão de estoque, operações de produção, além de proporcionar rápida e assertivas respostas para resolver problemas de tomada de decisões no setor de celulose e papel. 2. REVISÃO DE LITERATURA: A PESQUISA OPERACIONAL 2.1. Origem A Pesquisa Operacional (PO) segundo Moreira (2010), surgiu no século passado, concebida por cientistas para analisar situações militares. Contudo, foi na Segunda Guerra Mundial, onde os recursos eram restritos e as necessidades operacionais careciam de efetividade, que a atividade de 5 / 14 Estudo de Caso 3 PO teve seu início. No pós-guerra, o sucesso da PO fez com que essa prática se estendesse para as organizações civis, visto que a indústria estava em expansão e sua complexidade necessitava de técnicas mais eficientes para análise de seus problemas. No início dos anos 1950, foi introduzido a pesquisa operacional nas diversas organizações dos setores comercial, industrial e governamental (HILLIER; LIEBERMAN, 2013). O primeiro grupo formal estabelecido no Brasil em uma empresa foi o da Petrobrás, criado em 1965. Na qual foi fundada a SOBRAPO - Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional, que congrega interessados no desenvolvimento e uso de técnicas de PO (MOREIRA, 2010). 2.2. Desenvolvimento da Pesquisa Operacional A Pesquisa Operacional é u ma área da Engenharia de Produção que proporciona aos profissionais, que têm acesso ao seu escopo, o acesso a um procedimento organizado e consistente que o auxiliará na difícil tarefa de gestão de recursos humanos, materiais e financeiros de uma organização. De fato, a Pesquisa Operacional oferece um elenco interessante de áreas, modelos e algoritmos que permitem ao gestor tomar decisão em problemas complexos, onde deve ser aplicada a ótica científica (MARINS, 2011). Na prática, a PO demanda um estreitamento na cooperação entre líderes (responsáveis por tomar decisões impactantes), analistas e pessoas à mercê da ação dos gestores. Por isso há a necessidade do esforço da equipe, em geral multidisciplinar, em prol do objetivo comum que é gerar resultados. Segundo Andrade (2009), outra característica importante que a pesquisa operacional possui é a facilidade do processo de análise e de decisão e a utilização dos resultados, conforme pode ser visto na Figura 1. Figura 1 – Pilares para tomada de decisões assertivas Fonte: Adaptado de SOBAPRO, 2014 Tomar decisões é tarefa básica da gestão, neste sentido, empresas quando utilizam da pesquisa operacional como instrumento na tomada de decisão a reconhece como ferramenta de estratégia organizacional, pois a efetividade da aplicação dos modelos com eficiência pode levar à organização a maximização dos resultados financeiros ou a minimização dos custos. A formulação de problemas no ambiente empresarial consiste na descrição de um sistema estruturado com o auxílio de um modelo. Após a experimentação com o modelo e analisando seus objetivos e limitações se determinará a melhor forma de operar o sistema (BARBOSA, 2014). Os gerentes das organizações, constantemente se deparam com circunstâncias em que devem tomar decisões, que levam em consideração diversas alternativas conflitantes e concorrentes, diante dessas situações os gerentes podem utilizar a intuição gerencial ou realizar um processo de modelagem da situação (LACHTERMACHER, 2007). À medida que este profissional vai ascendendo na carreira, os problemas e as decisões vão se tornando mais complexas e de maior responsabilidade (MARINS, 2011). Segundo Marins (2011), uma característica da pesquisa operacional e que facilita o processo de análise e de decisão é a utilização desses modelos matemáticos. A Figura 2 apresenta os passos para a construção do modelo matemático. Figura 2 – Passos para construção do modelo matemático Fonte: Adaptado de MARINS, 2011 Os modelos permitem a experimentação da solução proposta. Isto significa que uma decisão pode ser mais bem avaliada e testada antes de ser efetivamente implementada. A economia obtida e a experiência adquirida pela experimentação justificam a utilização da Pesquisa Operacional (LISBOA, 2002). 2.3. Modelo De acordo com Lisboa (2002), um modelo é uma representação de um sistema real, que pode já existir ou ser um projeto aguardando execução. No primeiro caso, o modelo pretende reproduzir o funcionamento do sistema, de modo a aumentar sua produtividade. No segundo caso, o modelo é utilizado para definir a estrutura ideal do sistema. Em um modelo matemático, são incluídos três conjuntos principais de elementos: A construção de modelos é uma das etapas mais importantes da pesquisa operacional, pois através de observações, identificam-se as variáveis, restrições e o objetivo do problema de decisão. Um modelo é quase sempre uma representação aproximada da realidade, traduzida através de formulações matemáticas. Segundo Marins (2011), as fases da resolução de um problema pela Variáveis de decisão e parâmetros: variáveis de decisão são as incógnitas a serem determinadas pela solução do modelo. Parâmetros são valores fixos no problema; Restrições: de modo a levar em conta as limitações físicas do sistema, o modelo deve incluir restrições que limitam as variáveis de decisão a seus valores possíveis (ou viáveis); Função objetivo: é uma função matemáticaque define a qualidade da solução em função das variáveis de decisão. pesquisa operacional são: formulação do problema, construção do modelo matemático, obtenção da solução, teste do modelo e da solução obtida e implementação. Neste contexto é que, segundo Lisboa (2002), a Pesquisa Operacional se insere, colaborando na formação de um profissional que deverá desenvolver um procedimento coerente e consistente de auxílio à tomada de decisão a ser adotado no decorrer da sua carreira. 3. Programação Linear O desenvolvimento da Programação Linear tem sido classificado entre os mais importantes avanços científicos dos meados do século XX. Seu impacto desde 1950 tem sido extraordinário. Hoje é uma ferramenta padrão que poupou milhares de dólares para muitas empresas ou até mesmo negócios de porte médio em diversos países industrializados ao redor do mundo (HILLIER; LIEBERMAN, 2013). Segundo Barbosa (2014), o problema de otimizar uma função linear sujeita a restrições teve a sua origem com os estudos de Fourier sobre sistemas lineares de inequações em 1826. No entanto só em 1939 Kantorovich faz notar a importância prática destes problemas, tendo criado um algoritmo para a sua solução. O termo linear impões restrições matemáticas das quais somente equações matemáticas lineares podem ser empregadas para representar um modelo, se ele não puder ser escrito em termos de equações lineares, outras técnicas da PO devem ser empregadas. A palavra programação, nesse caso, não se refere à programação de computador; ela é, essencialmente, um sinônimo para planejamento. Portanto, a programação linear envolve o planejamento de atividades para obter um resultado ótimo, isto é, um resultado que atinja o melhor objetivo especificado (de acordo com o modelo matemático) entre todas as alternativas viáveis (HILLIER; LIEBERMAN, 2013). A extensa aplicabilidade da Programação Linear (PL) é devido a linearidade do modelo matemático que consiste na maximização ou minimização de uma função linear, denominada Função objetivo, respeitando-se um sistema linear de igualdades ou desigualdades, que recebem o nome de Restrições do Modelo (MARINS, 2011). De Acordo com Gavira (2003), o tipo mais comum de programação linear na pesquisa operacional envolve problemas genéricos de alocação, estoque, determinação de rotas, substituição ou reposição, filas de espera, sequência e coordenação, dentre outras. Mais precisamente, esse problema envolve selecionar o nível de certas atividades que competem por recursos escassos que são necessários para realizar essas mesmas atividades. A escolha do nível de atividades determina, então, quanto de cada recurso será consumido a cada atividade. A variedade de situações para as quais essa descrição se aplica é diversa, mudando, de fato, da alocação de recursos de produção a produtos, da alocação de recursos nacionais a necessidades domésticas, do planejamento agrícola a sessões de radioterapia e assim por diante (HILLIER; LIEBERMAN, 2013). De acordo com Barbosa (2014), uma pesquisa realizada em Londres diz que a programação linear é uma das ferramentas mais utilizada para tomada de decisões além do modelo de regressão. Segundo Moreira (2010), nota-se que a Programação Linear, traz um melhor raciocínio lógico, melhora a capacidade de estruturar e resolver problemas e ainda conhecer técnicas úteis que será aplicada na vida profissional de um executivo. Os gerentes das organizações, constantemente se deparam com circunstâncias em que devem tomar decisões, que levam em consideração diversas alternativas conflitantes e concorrentes, diante dessas situações os gerentes podem utilizar a intuição gerencial ou realizar um processo de modelagem da situação (LACHTERMACHER, 2007). 4. Software Lindo O software Lindo (Linear, Interative, Discrete Optimizer) é um software interativo para a solução de problemas da Programação Linear, Quadrática ou Inteira. O algoritmo utilizado pelo Lindo é superior ao utilizado pelo Excel, tornando sua solução mais eficiente, rápida e segura. Utilizado para soluções de problemas reais de mais de 10.000 variáveis, dispõe de características que mostram os passos e quadros intermediários do método Simplex (LACHTERMACHER, 2007). Segundo Júnior (2004), tendo em vista que o objetivo da utilização do software é para otimização de processos, distribuição de recursos, dentre outras finalidades, o sistema não aceita modelos com restrição de estritamente menor (<), porque no mundo real não há existência de problemas assim, portanto usa-se operadores de comparação (igual, menor ou igual, maior ou igual) além de apresentar os seguintes comandos: 4.1. Sintaxe Um Modelo LINDO deve conter os seguintes itens: Observação: As variáveis devem ser declaradas com no máximo 8 letras. 4.2. Adoção da Pesquisa Operacional no Setor de Celulose e Papel MIN: Inicia um problema de minimização; MAX: Inicia um problema de maximização; ST, S.T., Subject To ou Such That: indica o final da função objetivo (FO) e início das restrições; END: Termina a entrada de um problema; é facultativo para modelos simples que não exigem comandos especiais. Função Objetivo (FO): que deve iniciar os comandos MAX (para maximizar) e MIN (para minimizar) e à frente deve ser colocada a função objetivo; A declaração SUBJECT TO (sujeito a): que pode ser substituído por ST ou S.T. e logo após serão declaradas as restrições de problema; Na etapa de finalização deve declarar o comando END. A pesquisa operacional apresenta diversas aplicações no setor de celulose e papel, os Quadros de 1 a 4 apresentam algumas destas aplicações. Quadro 1 – Aplicação da PO no setor de celulose e papel Autores (Ano) Wittmann (2016). Título Modelo de programação linear aplicado à otimização do consumo de celulose na indústria de papel: estudo de caso. Breve Descrição Objetivo de propor um modelo de programação linear para otimização da receita de celulose na indústria do papel com foco na minimização dos custos com matéria prima e maximização das variáveis de qualidade. Ferramenta de pó adotada Método de solução Simplex e recurso Solver do programa Microsoft Excel. Quadro 2 – Aplicação da PO no setor de celulose e papel Autores (Ano) Felipe (2017). Título A aplicação de Pesquisa Operacional na identificação de gargalos no ciclo de descarregamento de madeira: estudo de caso em uma empresa fabricante de celulose. Breve Descrição Propor uma solução viável, que traga melhorias operacionais é financeiras, ressaltando os benefícios de sistemas de simulação nas tomadas de decisões por parte dos gestores. Ferramenta de Pó Adotada Método de solução adotada é a determinação do modelo através da análise dos dados e da simulação computacional e recurso do software de simulação Arena, que possibilitou a identificação do gargalo durante os procedimentos. Quadro 3 – Aplicação da PO no setor de celulose e papel Autores (Ano) Ayres (2017). Título Otimização da programação da produção integrada ao corte de estoque na indústria de papel. Breve Descrição Desenvolvimento de um modelo matemático generalista para ser usado, também, por outras indústrias de papel que trata o processo produtivo acerca dos problemas de dimensionamento de lotes e corte de estoque. Ferramenta de Pó Adotada Foi desenvolvido um método heurístico para resolver o modelo matemático e tal heurística utiliza o método Simples com geração de colunas. Foi utilizado, também, a técnica de horizonte rolante de planejamento para amortizar o impacto das incertezas na composição dos parâmetros de entrada. Quadro 4 – Aplicação da PO no setor de celulose e papel Autores (Ano) Campello (2017). Título Em um estudo sobre os problemas de dimensionamento de lotes e corte de estoque no processo de produção de papel. Breve Descrição Foi utilizado abordagens para solucionar o problema de corte de estoque em duas versões (multiperíodo e multiobjeto) parao problema de dimensionamento de lotes integrado ao problema de corte de estoque. Ferramenta Foi proposta uma abordagem heurística de Pó Adotada para resolver as versões de modelo matemático. Recursos Heurística de encaixes e Solver do programa Microsoft Excel. De acordo com os estudos apresentados por Wittmann (2016), Felipe (2017), Ayres (2017) e Campello (2017), a aplicação da pesquisa operacional no setor estudado apresenta uma singularidade, onde as áreas da PO e suas ferramentas são comumente utilizadas. Deste modo nestas pesquisas, os autores tendem a utilizar ferramentas e métodos difundidos como modelos matemáticos em programação linear, método Simplex, métodos heurísticos e sistemas de simulação com foco geral em minimizar custos de produção, gerar soluções adequadas ao objetivo organizacional e melhorar a produtividade acerca de decisões assertivas. Os métodos para solução do problema real, em termos gerenciais é o foco central da pesquisa operacional, onde o diagnóstico do problema é relacionado ao seu aspecto qualitativo (ANDRADE, 2009). 5. Procedimentos Metodológicos O presente estudo objetiva apresentar uma reflexão sobre as contribuições da pesquisa operacional no setor de celulose e papel. Para atingir este objetivo, foram conduzidas três etapas. A primeira etapa, compreendeu um conjunto de buscas exploratórias na literatura acerca do assunto, ou seja, adoção da PO no setor de celulose e papel. Em seguida foi efetuada uma análise de conteúdo conforme Bardin (2011) de modo a elencar as principais contribuições da pesquisa operacional no setor de celulose e papel nos trabalhos encontrados na busca exploratória. A terceira etapa do estudo, compreendeu apresentar uma aplicação simulada da pesquisa operacional em uma condição-problema simulada do setor de celulose e papel utilizando como ferramenta de PO um modelo matemático de programação linear inteira e o software. Por fim, foi analisado e discutido os achados desta simulação. Fonte: Conteúdo extraído de OLIVEIRA et al., 2020 | ABEPRO R E S O L U Ç Ã O A área de Pesquisa Operacional, conforme a ABEPRO, tem como escopo a resolução de problemas reais, envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos, habitualmente processados computacionalmente. Além disso, ela aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas, a fim de atingir seus objetivos. Sendo assim, ela procura introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os problemas. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Modelagem, Simulação e Otimização. Esse texto deverá ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_344_1765_39642.pdf Engenharia de Qualidade Resumo do artigo: O presente trabalho foi desenvolvido a partir da análise do processo produtivo de uma indústria de refrigerantes, tendo como objetivo identificar problemas e propor melhorias na operação. Utilizando o ciclo PDCA atrelado as ferramentas da qualidade, a proposta foi sugerir soluções para a redução das paradas corretivas de uma linha de produção com foco no aumento da produtividade. Nos dias de hoje, a qualidade tem um papel fundamental frente a competitividade entre as organizações. Só é alcançada a qualidade de um produto ou serviço quando a empresa sabe administrar e garantir a qualidade dos processos. A melhor forma de atingir a qualidade em todas as atividades da empresa é a utilização de métodos e ferramentas de melhoria contínua. Entre os métodos gerenciais, o ciclo PDCA se sobressai por ser eficaz para resolução de problemas. Aliado as ferramentas da qualidade, o método busca identificar um problema, analisar as causas, propor e executar melhorias, sempre checando e agindo nas falhas encontradas. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Conceito e histórico da qualidade O conceito de qualidade possui inúmeras definições. Para Deming (1990), qualidade é corresponder às expectativas e necessidades dos clientes por um preço que os mesmos estejam dispostos a pagar. Na concepção de Ishikawa (1993), qualidade é comercializar um produto de modo que seja útil, satisfatório e acessível ao consumidor. Segundo Garvin (2002), um produto de qualidade é aquele 6 / 14 Estudo de Caso 4 que tem conformidade e desempenho de acordo com as especificações, com um preço aceitável pelo consumidor. Há outras várias definições, mas para Paladini (2004), qualidade é algo subjetivo, normalmente dependendo da avaliação e opinião dos clientes, que são os consumidores finais de um produto ou serviço. A partir dessas definições, é possível dizer que qualidade não se resume somente a ausência de defeitos. Para Leonel (2008), um produto totalmente sem falhas que possui um preço muito elevado, por exemplo, não atenderá as necessidades do consumidor, assim como um produto com um preço muito baixo e que não cumpra com as especificações, ou talvez não ofereça segurança, também não atenderá as necessidades do cliente. Nos dias de hoje, qualidade, tanto no âmbito dos processos, quanto no de produtos, é algo obrigatório e indispensável a qualquer organização, estando diretamente ligada a sobrevivência da empresa no mercado e o sucesso da mesma. Na denominada era da gestão estratégica da qualidade, a abordagem da qualidade passa a fazer parte do planejamento estratégico da empresa. Nessa era o foco maior é no cliente e atender as suas necessidades da melhor forma. Para Juran (1993) “o movimento de voltar-se para o mercado e incorporar a qualidade na estratégia da empresa é iniciado na década de oitenta nos Estados Unidos e de forma reativa ao movimento japonês”. Nesse momento, a qualidade passa a ser utilizada para alcançar o sucesso competitivo, buscando a melhoria contínua e com objetivo ultrapassar a qualidade dos concorrentes. 2.2. Gestão da qualidade total De acordo com Carpinetti (2012), o conceito de Gestão da Qualidade Total, também chamada de TQM (Total Quality Management), é uma estratégia de fazer negócios que objetiva maximizar a competitividade de uma empresa por meio de um conjunto de conceitos fundamentais de gestão e técnicas de gestão da qualidade. Na concepção de Sashkin e Kiser (1994), a Gestão da Qualidade Total significa a busca constante da satisfação do cliente pela organização, utilizando para isso ferramentas, técnicas e treinamentos. O conceito envolve a melhoria contínua de todos os processos da organização, e como consequência oferece produtos de qualidade ao consumidor. Para Juran (1992), a gestão da qualidade faz parte do planejamento estratégico da empresa, sendo que este estabelece muitas atividades na TQM: estabelece objetivos a serem alcançados, determina ações para alcançar os objetivos, delega responsabilidades, fornece recursos para treinamento dos colabora dores, cria critérios de avaliação de desempenho, além do analisar o desempenho das pessoas frente aos objetivos. De acordo com Moreira (2001), a qualidade total só é alcançada com o Controle da Qualidade Total, conhecida como TQC (Total Quality Control). Esse conceito é entendido, segundo o autor, como um processo para controlar e manter certos padrões pré-estabelecidos. O TQC pode ser visto como um processo para correção de erros que compara o nível de qualidade desejado com o atingido. 2.3. Ciclo PDCA O ciclo PDCA é, atualmente, o método de gerenciamento mais utilizado para melhoria e controle de processos. O método foi desenvolvido pelo estatístico Walter Andrew Shewhart, na década de 30, mas na década de 50, o engenheiro William Edwards Deming foi o maior divulgador, aplicando os conceitos de qualidade no Japão. Apartir daí, esta ferramenta tornou-se conhecida no mundo todo por meio do aumento da qualidade dos processos (SILVA, 2013). Por ser uma metodologia eficiente para resolução de problemas, pode ser aplicada em qualquer área da organização, desde o nível operacional até o nível estratégico. Para Thozo (2006), a metodologia PDCA pode ser utilizada para a solução de problemas, assim como para gerenciamento e melhoria dos processos, com intuito de atingir resultados favoráveis e melhoria contínua. De acordo com Bauer (2008), para a aplicação da metodologia PDCA nas organizações é necessário que haja uma gestão participativa dos funcionários, pois cada um precisa estar ciente das obrigações e metas do seu setor, de modo que cada colaborador entenda seu papel no processo e colabore com as necessidades dos processos seguintes, atendendo assim à melhoria contínua. A Figura 1 demonstra as quatro etapas do ciclo PDCA e as ações referentes a cada fase do ciclo. Figura 1 – Método PDCA de gerenciamento de processos Fonte: Adaptado de CAMPOS, 2004 2.4. Ferramentas da Qualidade Para Paladini (1997), ferramentas da qualidade são dispositivos com procedimento qualitativos, gráficos, numéricos que podem ser utilizados na operação, auxiliando os usuários a entenderem melhor o processo e providenciar uma forma de atingir melhorias. Com essas ferramentas, passa-se a ser uma nova postura mediante a organização, voltada para a melhoria das relações internas, atingindo sua maior capacidade produtiva, visando satisfazer o cliente e uma melhor posição da empresa no mercado competitivo. As ferramentas mais utilizadas na gestão da qualidade são: Histograma, Gráfico de Controle, Diagrama de Dispersão, Folha de Verificação, Diagrama de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito e 5W2H. 3. MÉTODO DE PESQUISA Para Gil (2002), o desenvolvimento de uma pesquisa engloba muitas etapas, sendo o conhecimento disponível sobre o problema, assim como uma criteriosa seleção dos métodos e técnicas, fatores fundamentais para a complementação da análise. De acordo com o mesmo autor, os métodos utilizados em uma pesquisa são: pesquisa bibliográfica, levantamento e estudo de caso. A metodologia empregada no desenvolvimento do presente trabalho consistiu em uma apresentação teórica sobre os assuntos abordados, que incluiu todo o histórico e conceituação das técnicas e ferramentas utilizadas, e como esses conhecimentos foram aplicados e integrados em uma situação real para a busca de melhoria no processo produtivo de uma empresa. O procedimento metodológico adotado se baseou em: observação da rotina produtiva, coleta de dados e análise dos dados disponíveis, levantamento das causas geradoras embasado nas metodologias e ferramentas da qualidade e proposição de planos de ações para correções. Fonte: Conteúdo extraído de ARAÚJO et al., 2020 | ABEPRO R E S O L U Ç Ã O A área de Engenharia da Qualidade tem como escopo o planejamento, o projeto e o controle de sistemas de gestão da qualidade que consideram o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade, conforme área definida pela ABEPRO. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Gestão de Sistemas da Qualidade. Ele poderá ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_345_1772_40050.pdf ENGENHARIA DO PRODUTO Resumo do artigo: Este artigo tem como objetivo demonstrar a viabilidade da utilização de materiais recicláveis para o desenvolvimento de uma órtese para punho desenvolvido na impressão 3D. Trata- se de uma pesquisa qualitativa, a partir de ensaios experimentais, seguindo em duas etapas, inicialmente foi feita à fabricação de filamentos com o polímero PLA, apenas com a extrusora, em seguida, fabricou-se o imobilizador de uma órtese. Em relação viabilidade técnica no processo de fabricação dos filamentos a partir de resíduos reciclados, foi confirmado que é totalmente viável a impressão de peças em relação à qualidade do filamento e dimensões estabelecidas do filamento com 1.75 mm. Percebeu – se também que este material possui resistência mecânica satisfatório, atendendo ao ensaio de tração obteve um limite de resistência de 27,58 Mpa e de flexão uma resistência de 4,05 Mpa. Outro resultado encontrado é a fabricação da órtese de punho fabricado por meio de um material reciclado, sendo que o primeiro produto desenvolvido identificou as não conformidades, devido ao seu formato ele se torna uma peça frágil. Por isso optou-se em desenvolver um segundo modelo, onde houve a necessidade de moldar este processo, atingindo o objetivo proposto neste artigo. 2. REVISÃO DE LITERATURA Nesta etapa fornece a definição da manufatura aditiva e processo de extrusão de plástico. 7 / 14 Estudo de Caso 5 2.1. Manufatura aditiva Essa tecnologia é considerada uma das mais importantes inovações dos últimos anos, pois oferece a oportunidade de criar objetos mais complexos, com redução do lead time, podendo substituir algumas técnicas utilizadas na manufatura tradicional (HAO et al., 2010; MANI et al., 2014; KOHTALA, 2015; DILBEROGLU et al., 2017; FORD, DESPEISSE, 2016). Historicamente, com o desenvolvimento da MA, a primeira impressora desenvolvida foi a Stereolithography Apparatus (SLA). Dentre os diversos tipos de impressoras existentes para realizar a impressão 3D, tem-se: FDM desenvolvida pela Stratasy ®, Sinterização Seletiva a Laser (SLS) criada pela DTM Corporation ®, Laminação de Folhas (LOM) desenvolvida por Helisys®, dentre outros (LUO et al., 2002; HUANG et al, 2013; DILBEROGLU et al., 2017). A MA para os autores como Hao et al. (2010), Petrick e Simpson (2013), Mani et al. (2014), Chen et al. (2015), Osejos (2016) e Volpato et al. (2017), apresentaram algumas vantagens nesse processo, dos quais destaca se: a complexidade das peças, criação de peças personalizadas, adaptação e acesso a novos nichos de mercado, utilização de um único equipamento para fabricação das peças, redução de peso e maior flexibilidade, redução de insumos e transporte para o abastecimento da cadeia de suprimentos, além da produção de pequenos lotes. Vale lembrar que o processo de fabricação da MA surgiu devido às limitações do Computer Numerical Controlled (CNC). Havia a necessidade de realizar uma configuração e um novo planejamento de todo o processo, principalmente em relação às partes mais complexas. No caso da geometria das peças, estas estavam sendo fabricadas por esta máquina e era necessário definir como seria realizada esta etapa para fabricar a peça conforme o desenho. Por outro lado, o processo de impressão 3D é uma oportunidade para diversas áreas da indústria. Possibilitam facilitar a criação de protótipos na produção final e proporcionar a substituição do método tradicional (VOLPATO et al., 2017). O diferencial nos processos de impressão em 3D da MA é a matéria prima que pode ser utilizada e o seu método de formação ser por camadas. A Figura 1 apresenta de forma resumida os processos abordados por Gibson et al. (2010), Petrovic e Simpson (2011), Osejos (2016), Dilberoglu et al. (2017) e Volpato et al. (2017). Figura 1 – Diferença entre os tipos de impressões 3D na MA Fonte: Adaptada de GIBSON, et al. 2010; PETROVIC, SIMPSON, 2011; OSEJOS, 2016; DILBEROGLU, et al. 2017; VOLPATO et al. 2017 Os maiores ganhos entre os processos de impressão estão na preocupação com desperdício da matéria prima (PICESOTWARE, 2014). 2.2. Processo de extrusão de plástico A reciclagem traz vários benefícios aos seres humanos e ao meio ambiente por reduzir o número de resíduos, normalmente descartados nos aterros sanitários (MANI et al, 2014). O método de reciclagem envolve o reprocessamento de resíduos plásticos em novos ou diferentes produtos, como, por exemplo,na fabricação de filamentos para impressoras 3D. Por conseguinte, são realizadas algumas etapas como: a coleta de resíduos plásticos, a separação, a limpeza do material de acordo com cada termoplástico, secagem, trituração e por último o processo de extrusão (HAMOD, 2014). O processo de extrusão (apresentado na Figura 2) é considerado uma das técnicas mais utilizadas na indústria de plástico. Ele é constituído por um funil, responsável por armazenar e conduzir plástico triturado até um canal de extrusão. Neste local o material é forçado por um parafuso trator, geralmente helicoidal, por uma matriz que determina o diâmetro do filamento gerado. O filamento extrudado é então resfriado e enrolado em uma bobina (HAMOD, 2014; PEREIRA, 2014; RODRIGUES, 2017). Figura 2 – Esquema do processo de extrusão Fonte: Adaptada de ABIPLAST, 2014 A venda de filamentos se tornou um nicho de mercado promissor, depois da popularização das impressoras 3D de baixo custo. Este insumo é utilizado para a fabricação de qualquer tipo de peça, sendo capaz de oferecer produtos personalizados, em pequenas quantidades e com ótima qualidade (BERMAN, 2012; GEBLER et al., 2014; NOVOA E ALMEIDA, 2016). Sendo assim, a manufatura aditiva tem sido considerada mais sustentável que os processos de manufatura já estabelecidos, por produzir peças utilizando somente o necessário, além disso, a matéria prima utilizada pode ser proveniente de resíduos de plásticos passando pelo processo de reciclagem. Inclusive, quando ocorrem erros de impressão e os rafts podem ser reciclados por meio de criação de novos filamentos (SANTOS et al., 2018). No processo de Modelagem por Fusão e Deposição (FDM), o seu método de impressão é por extrusão de material, que utiliza filamentos de polímeros termoplásticos como matéria prima para este processo de impressão. E este insumo pode ser proveniente de outras prototipagens, como resíduos de outros materiais que passaram pelo processo de reciclagem produzindo um novo filamento, para ser aplicado em uma impressora com o sistema de extrusão (HAMOD, 2014). Entre os tipos de polímeros termoplásticos mais utilizados neste processo estão o Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS), o Poli Ácido Lático (PLA), Nylon, Polietileno de Alta Densidade e o Polipropileno (SANTOS, 2019). 3. MÉTODO DE PESQUISA A pesquisa foi conduzida de maneira experimental (MIGUEL, 2012) seguindo em duas etapas, inicialmente foi feita à fabricação de filamentos com o polímero PLA, apenas com a extrusora, em seguida, fabricou-se o imobilizador de punho, conforme Figura 3. Figura 3 – Desenho da pesquisa 3.1. Fabricação do Filamento Para fabricação de filamento do polímero PLA foram utilizadas 400g de grânulos de polímeros reciclados (Figura 4). Figura 4 – Resíduo do polímero PLA Nesta fase utiliza-se a máquina Extrusora Filmaq 3D STD (Figura 5), com o bico de saída de 1.75 mm, a qual foi testada utilizando a temperatura de 190ºC para fabricação do filamento (CASTELLI, 2012; SOARES, 2012). Figura 5 – Extrusora Filmaq 3D (a) extrusora; (b) funil; (c) matriz de saída Conforme a saída do filamento é necessário realizar a medição da espessura para a obtenção da dimensão necessária. Para isto foi utilizado um paquímetro digital (Figura 6). Figura 6 – Paquímetro Digital Fonte: Getty Images 3.2. Fabricação do órtese O desenvolvimento do produto órtese para punho fabricado foi baseado no modelo disponível no site Thingiverse, que disponibiliza gratuitamente o download do arquivo com modelos de peças para impressão. A busca pelo projeto OpenSource foi feita com a palavra-chave wrist brace, e selecionou- se o arquivo de peças apresentado na Figura 7. Figura 7 – Modelo de órtese: a) modelo 1; b) modelo 2 Fonte: SANTOS et al., 2020 Nesta fase é transferido o arquivo para o software Voxelizer 64 Bit a fim de realizar a programação da impressão da peça, definindo-se a espessura da camada, a velocidade da impressão, tipo de material que será utilizado, e a inserção de suportes. A simulação da peça impressa para o modelo 1 mostra que será utilizado 6 metros e 17cm de filamento, totalizando um gasto de 1 horas e 51 minutos para realizar a impressão da peça, seguindo os detalhes do arquivo no formato G-Code, apresentada na Figura 8. https://www.thingiverse.com/ Figura 8 – Representação gráfica do G-Code do modelo 1 Fonte: SANTOS et al., 2020 A simulação da peça impressa para o modelo 2 mostra que será utilizado 16 metros e 86cm de filamento, totalizando um gasto de 4 horas e 56 minutos para realizar a impressão da peça, seguindo os detalhes do arquivo no formato G-Code, apresentada na Figura 9. Figura 9 – Representação gráfica do G-Code do modelo 2 Fonte: SANTOS et al., 2020 Para este trabalho de fabricação do órtese de punho foi utilizada uma impressora do tipo FDM, disponível no Laboratório de Prototipagem Avançado (LAPA) da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, utilizando o filamento PLA, figura 10. Figura 10 – Impressora 3D modelo FDM Fonte: Divulgação Foram estabelecidos dois parâmetros: a porcentagem em 50% preenchimento, a utilização do filamento PLA. E para os parâmetros fixos estabelecidos para a impressão do órtese de punho com a espessura da camada de 0,2 mm, a velocidade de impressão 70 mm/s, a estratégia de preenchimento honeycomb (casinha de abelha), o diâmetro do filamento 1.75 mm e o número de camadas 4. Fonte: Conteúdo extraído de SANTOS et al., 2020 | ABEPRO Ã http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_346_1777_40912.pdf R E S O L U Ç Ã O Conforme definido pela ABEPRO, a área de Engenharia do Produto tem como escopo o conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidos nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a concepção até o lançamento do produto e sua retirada do mercado, com a participação das diversas áreas da empresa. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Gestão do Desenvolvimento de Produto. Ele deverá ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. ENGENHARIA ORGANIZACIONAL Resumo do artigo: O ambiente econômico é extremamente complexo e competitivo o que exige das organizações estarem constantemente em busca de se antecipar às necessidades de seus consumidores e manter sustentável suas atividades. Nesse sentido, o presente estudo busca realizar um diagnóstico estratégico com a aplicação da metodologia das Cinco Forças de Porter, com o propósito de analisar as relações de forças competitivas e o desempenho de uma indústria de pequeno porte do setor têxtil da cidade de Campina Grande – PB. Utilizou-se de pesquisa bibliográfica na literatura técnica sobre estratégias competitivas e o uso de entrevista com um dos gestores da empresa para a obtenção de dados sobre a organização e posterior análise com o uso da metodologia de Porter (1986). Como resultado identificou-se os principais elementos dentro do jogo de forças competitivas ao qual a organização em estudo está inserida, o que exige da mesma lançar mão de estratégias para se manter competitiva no mercado. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Microambiente organizacional O ambiente geral ou macroambiente composto por inúmeros fatores como política, economia, sociedade, dentre outros, tem grande impacto nas organizações. Contudo, existe um nível ambiental mais próximo das empresas denominado microambiente, ou, de acordo com Chiavenato (2003) ambiente tarefa. Este ambiente está diretamente ligado às operações das organizações pois é dele 8 / 14 Estudo de Caso 6 que se retiram seus insumos (recursos de entrada) e depositam seus produtos ou serviços (produtos de saída). Para Kotler e Keller (2012), essa parte do ambiente inclui aqueles atores que, de alguma forma, estão diretamenteligados aos processos da organização, estes autores citam essa ligação com setores como produção e distribuição. Para Chiavenato (2003), esse microambiente é composto por fornecedores, clientes, concorrentes e entidades reguladoras. Já para Kotler e Keller (2012), participam dessa instância ambiental a empresa e seus fornecedores, distribuidores, revendedores e clientes-alvo. Analisando a união dessas duas abordagens percebe-se a importância do monitoramento de clientes, fornecedores e concorrentes, bem como a necessidade de compreensão de outros fatores como as entidades reguladoras. A análise desse ambiente de acordo com Zeferino (2007) apud Richards (2000) ajuda a empresa a compreender suas fragilidades e vantagens perante os outros atores presentes nesse ambiente. 2.2. Estratégias competitivas Com o objetivo de se manter competitiva as organizações devem, de acordo com Martins e Laugeni (2015), ter condições de concorrer com um ou mais fabricantes e fornecedores no seu mercado de atuação. Nesse sentido, é fundamental que a empresa estabeleça estratégias para atuação em meio competitivo nos diferentes níveis de seu mercado. Segundo Porter (1986), o desenvolvimento de uma estratégia competitiva é, em essência, o desenvolvimento de uma fórmula ampla para o modo como uma empresa competirá, quais devem ser as suas metas e quais as políticas necessárias para atingir essas metas. Seguindo nesta área, para Ohmae (1983), a estratégia competitiva é definida como o conjunto de planos, políticas, programas e ações desenvolvidos por uma empresa ou unidade de negócios para ampliar ou manter, de modo sustentável, suas vantagens competitivas frente aos concorrentes. Desta forma, Rodrigues (2010) aponta que a posição da empresa perante o mercado é levada em consideração no desenvolvimento da estratégia, devido a necessidade da análise e do entendimento da situação da empresa, de modo que consiga relacionar a organização ao ambiente e, assim, uma explicação de quais são seus objetivos e políticas para conseguir atingir suas metas, de maneira que mantenha suas vantagens competitivas. Com isso, através do modelo das cinco forças são expostas as relações competitivas a que a empresa em estudo está inserida em relação aos atores presentes em seu microambiente externo. 2.3. Modelo das cinco forças de Porter Por mais complexo que seja o ambiente de uma empresa, especificamente as indústrias, que são o setor fonte das pesquisas de Porter (1986), com seus fatores econômicos e sociais interagindo a formulação de estratégias competitivas deve levar em consideração, primordialmente, o meio ambiente ao qual a indústria está inserida. Dessa forma, ainda na visão do autor, as estruturas das indústrias e as forças externas a ela têm influência nos padrões competitivos do setor. Em seus estudos Porter (1986) afirma que a concorrência nas indústrias tem origem em seus aspectos estruturais básicos e de que forma as empresas conseguem obter retorno sobre seus investimentos em longo prazo. Assim, as forças, externas a indústria tem poder de influência na capacidade da indústria em se manter sustentável economicamente no mercado. O autor categoriza essas forças em cinco dimensões, que são representadas por entidades presentes no microambiente da empresa, a saber: fornecedores, compradores, novos entrantes, substitutos e rivalidade entre as empresas existentes. Cada uma dessas cinco forças é fonte de ameaça ou possui poder de barganha no jogo competitivo que determinada indústria está inserida. Para Barney (2011) a análise no modelo das cinco forças foi destinada a constatar a atratividade total de uma indústria. Portanto, essa conjuntura depende do grau de um conjunto das cinco forças, que irão determinar o potencial lucro final da empresa, bem como a estratégia em que as áreas e as atividades irão trabalhar em harmonia de acordo com os mesmos objetivos e metas da organização. Segundo Porter (1986) o grau de ameaça de novos entrantes depende das barreiras de entradas existentes, também inclui a reação das empresas do setor. Portanto, se há elevação de barreiras às entradas, os novos entrantes apresentaram dificuldades, ou seja, reduz-se a ameaça proporcionada pela sua entrada. De modo que, essa limitação diminui a possibilidade de novos concorrentes, o que proporcionará aumento no nível de rentabilidade. Produtos substitutos são aqueles que os concorrentes apresentam no mercado que possam desempenhar a mesma função do produto produzido pela empresa. Os mesmos reduzem os potenciais retornos financeiros da organização, assim, limitam-se seus lucros. No que tange a influência de novos produtos substitutos, ela depende do preço e do desempenho alcançado, em comparação ao produto da empresa. Isso ocasiona a possibilidade de gerar grandes impactos se o produto do concorrente apresentar uma relação de desempenho e preço melhor (PORTER, 1986). O poder de negociação dos clientes depende do poder de barganha que os mesmos detêm, isso pode afetar a rentabilidade da empresa, ao forçar os preços para baixo, em virtude de barganhar qualidade ou serviços e ao jogar os concorrentes uns contra os outros. Já o poder de um fornecedor depende de quão diferenciado é o produto ofertado. Diante disso, o aumento de preço ou a redução da qualidade – dos produtos dos fornecedores, podem diminuir a rentabilidade de uma empresa, caso não seja capaz de repassar os aumentos dos preços aos produtos finais. Para Porter (1986) as organizações também podem exercer influência direta sob as forças competitivas, por meio de estratégias, motivando inclusive, que estas se modifiquem. Diante disso, a análise estrutural do ramo dos negócios configura-se como um plano básico a ser implementado pela empresa, no que tange a formulação de sua estratégia competitiva. Logo, a pesquisa, em profundidade, de cada força é um fator determinante no desenvolvimento de uma estratégia competitiva. 3. MÉTODO DE PESQUISA Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa empírica, cujo método é indutivo, quando busca entender os fenômenos e aproximá-los das leis e teorias e ainda, dedutivo quando partindo da teoria busca predizer a ocorrência dos fenômenos particulares estudados. É um trabalho de campo quanto aos métodos de procedimento com estudo comparativo-qualitativo de caráter exploratório, por buscar conhecer as principais forças competitivas presentes nesse setor da indústria de confecção. Com técnicas de observação direta, por entrevista e aplicação de questionário. Para a elaboração da pesquisa foi realizada, no primeiro momento, uma pesquisa bibliográfica em publicações científicas sobre os temas envolvidos, visando a construção do referencial teórico e a consolidação do conhecimento frente às Cinco Forças no modelo de Porter (1986) foi desenvolvido um questionário e aplicado com um dos gestores da empresa para que fossem identificadas as variáveis do modelo utilizado e assim, estabelecer o perfil estratégico da organização no ambiente competitivo, por meio da análise de cada elemento e suas relações estratégicas. A análise das respostas foi comparada com a bibliografia e literatura presentes no modelo apresentado. Com isso obteve-se um panorama sobre o estado das estruturas das forças competitivas e de como e seus impactos na empresa. Fonte: Conteúdo extraído de SILVA et al., 2020 | ABEPRO R E S O L U Ç Ã O A área de Engenharia Organizacional, conforme a ABEPRO, tem como escopo o conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação com sua gestão e os arranjos produtivos. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Gestão Estratégica e Organizacional. Ele deverá ser utilizado comobase e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_347_1780_40804.pdf ENGENHARIA ECONÔMICA Resumo do artigo: O objetivo deste artigo é mensurar a viabilidade econômica de mini usinas fotovoltaicas para instalação no estado de São Paulo (SP), a partir das especificações da resolução N° 687 da ANEEL. Faz-se uma análise das características físicas e técnicas que influenciam diretamente o projeto de implantação de uma mini central geradora fotovoltaica (UFV). Após avaliar potenciais grupos de investidores, caracterizando o perfil econômico e social, foram determinados os fluxos de caixa dos projetos de instalação de UFVs por tipo de investidor. Foram aplicados métodos determinísticos de análise de investimento: Valor Atual Líquido (VAL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM) e o método do Período de Retorno do Capital (Payback). Os resultados demonstraram que o investimento em UFV é mais vantajoso quanto maior for o consumo elétrico do investidor, pois aumenta a margem disponível para economizar mensalmente, e quanto menor for o retorno financeiro que o investidor espera dos investimentos que realiza com seu capital. Conclui-se que o perfil mais adequado para investir na implantação da UFV é o investidor conservador que mora em uma residência de alto padrão, pois seu alto consumo médio de energia elétrica possibilita grandes economias mensais enquanto não apresenta uma Taxa Mínima de Atratividade (TMA) elevada, a ponto de ser maior que as TIR e TIRM do projeto de investimento. REVISÃO DE LITERATURA 2. Cenário energético brasileiro e o potencial dos painéis fotovoltaicos 9 / 14 Estudo de Caso 7 A geração de energia vem crescendo nos últimos anos, conforme ilustrado pela Figura 1. Note que o crescimento de geração elétrica tem acompanhado o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país (TEIXEIRA, 2002), a relação Geração por PIB pode ser visualizada na Figura 2 que apresenta inclusive uma linha de tendência linear entre o PIB e o consumo. Figura 1 – Energia gerada, por fonte, em cada ano entre 1973 e 2013 Fonte: ROSOLEN, et al. (2020) Figura 2 – Consumo de energia versus PIB brasileiro entre 1995 e 2015 Fonte: ROSOLEN, et al. (2020) Como é pontuado pelo Atlas Brasileiro de Energia Solar (ABES) reeditado no ano de 2017 e publicado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a participação das hidroelétricas na matriz elétrica brasileira torna o sistema elétrico brasileiro singular no que diz respeito aos aspectos de impactos ambientais e emissões de gases de efeito estufa. No entanto, a hidroeletricidade, assim como todas as fontes renováveis de energia, está sujeita à influência de fatores climáticos de modo que a energia armazenada (representada pelo nível de água acumulada no reservatório) em períodos de seca pode atingir valores críticos sob o ponto de vista de segurança energética. Com esse recurso natural escasso, a oferta de energia diminui induzindo o crescimento do risco ao sistema energético e acarretando elevação dos preços da energia no país. Além disso, nos períodos de menor incidência de chuvas, o uso dessa água para geração de energia impacta criticamente no uso desse recurso para outros fins, tais como agricultura ou abastecimento (ABES, 2017). Neste ponto, a energia solar apresenta-se como uma opção para o país. Novamente, o Brasil é privilegiado quanto à radiação solar. Verifica-se que as piores regiões brasileiras para produção de energia fotovoltaica, localizadas próximas ao litoral de Santa Catarina e Paraná, se assemelham às melhores da Europa, região onde o uso da tecnologia já expandiu bem mais, assim como na China e Estados Unidos. Este cenário ocorre em virtude dos custos desta tecnologia que estão reduzindo significativamente e graças a incentivos governamentais nestes países (IEA, 2017). Figura 3 – Média anual da irradiação global horizontal Fonte: ROSOLEN, et al. (2020) Este tipo de geração de energia ficou mais interessante, ainda, por modificações atuais à legislação. Desde abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade (ANEEL, 2016). Ademais, desde 2016, entraram em vigor as novas regras para a geração de energia elétrica distribuída no Brasil. A partir desta nova regulamentação, cada domicílio, seja ela uma casa, um edifício comercial ou residencial, bem como um comércio ou indústria obtiveram incentivos para gerar energia elétrica, a partir de placas fotovoltaicas. Isto porque, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou a revisão da Resolução Normativa N° 482 e a nova Resolução (N° 687) traz incentivos para que se distribua a geração de energia elétrica. Logo, pode-se observar uma possível oportunidade de investimento neste tipo de geração de energia. Contudo, é necessária uma análise para saber como e para quem este investimento é vantajoso. 3. MÉTODO DE PESQUISA 3.1. Perfis dos investidores Uma instalação de uma UFV, mantendo as características técnicas, pode se mostrar um investimento adequado ou não dependendo do perfil do investidor. Analisar o perfil significa verificar a tolerância ao risco e os aspectos dos investidores (e.g. padrão de vida) (MAIS, 2016). Assim, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a Instrução CVM nº 539 em que dispõe o dever de verificar a adequação dos produtos, serviços e operações de investimento ao perfil do cliente. Neste trabalho, considerou-se diferentes perfis, mas assumiu-se que todos possuem conhecimento prévio sobre o produto (UFV com capacidade de 1MWp). Ademais, admitiu-se três distintos investidores, aqui chamados de 'Investidor 1', 'Investidor 2' e 'Investidor 3'. O Investidor 1 é um morador de condomínio da classe média, média alta ou alta. Este investidor é considerado o maior público-alvo (Resolução nº 687/2016) para, caso haja área disponível, investir na instalação de painéis fotovoltaicos. Espera-se investimentos em opções mais rentáveis do que a poupança. Adotou-se como Taxa Mínima de Atratividade (TMA) para este investidor igual ao custo do capital e este sendo uma média entre a SELIC atual + 2% (7,65% a.a.), o histórico acumulado dos últimos 12 meses do CDI (10,95% a.a.) e o rendimento relativo do Fundo BB Renda Fixa Simples (8,98% a.a.), resultando numa TMA de 9,19% ao ano. Como a inflação registrada no período foi de 2,53% a.a. (PORTAL BRASIL, 2017a) os juros reais da aplicação que o investidor tem disponível no mercado é de 6,5% a.a. O Investidor 2 é um indivíduo da classe baixa/média-baixa. É alguém que não passou grandes dificuldades, mas nunca apresentou grandes rendimentos. É um perfil conservador. Assim, a principal opção é o investimento a poupança, pois, segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mesmo sem apresentar grandes rendimentos esse tipo de aplicação é feita por 61% dos brasileiros (G1, 2017). A TMA para o Investidor 2 seja igual a 7,84% ao ano, valor médio do rendimento anual dos últimos 36 meses da poupança (PORTAL BRASIL, 2017b). No entanto, como a inflação do período foi de 6,79% ao ano (PORTAL BRASIL, 2017a), o juro real que compõe a TMA do Investidor 2 é de 1,0%. O Investidor 3 é a classe de maior potência instalada, ou seja, um comércio. Apresentar um TMA para este perfil é difícil, visto que deve considerar o custo de oportunidade (Rebelatto, 2004), cujo valor depende do setor econômico, entre outras questões. Em todo caso, estima-se a TMA para o Investidor 3 como sendo a taxa o rendimento do Índice Bovespa, que no acumulado de 12 meses apresenta rendimento de 15,29% ao ano (ADVFN, 2017a). Como a inflaçãodo período foi de 2,53% a.a. os juros reais do investidor foi de 12,44% a.a., valor adotado como a TMA do Investidor 3. Outras características foram consideradas como específicas à cada um dos perfis. Um resumo está apresentado abaixo. Tabela 1 – Perfil dos investidores Investidor 1 Investidor 2 Investidor 3 Classe Econômica Média- Alta/Alta Baixa Comércio Consumo Médio [Kwh/mês] 500 191 1500 TMA (juros reais ao ano) 6,5% 1,0%/5,18% 12,44% Classe de Consumo Residencial – B1 Residencial – B1 Comercial – B3 Fornecimento de Energia Trifásico – 4 fios Bifásico – 2 fios Trifásico – 4 fios Consumo Mínimo [kWh/mês] 100 50 100 3.2. Análise de investimentos Múltiplas técnicas foram utilizadas. Primeiramente, o Valor Atual Líquido (VAL), também denominado como Valor Presente Líquido (VPL), investimento é o valor atual das entradas de caixa (retornos de capital esperados), incluindo o valor residual (se houver), menos o valor atual das saídas de caixa (investimentos realizados), ambos temporalmente corrigidos a uma determinada taxa específica, frequentemente chamada de taxa de desconto, custo do capital ou custo de oportunidade (REBELATTO, 2014). Quando o VAL é maior que zero, pode-se aceitar um projeto. Em múltiplas opções, escolhe-se o maior VAL. Ainda, a Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de desconto que torna o VAL do investimento igual a zero ao final do horizonte de planejamento do investimento a ser analisado. O critério para aceitação ou não de um projeto no que se refere a TIR é a comparação com a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Se ela for maior do que a TMA se aceita o projeto, ao passo que se esta for menor que a TMA se rejeita o projeto. Adicionalmente, a Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM) tem a proposta de reaplicar toda receita intermediária a uma taxa disponível no mercado. Como neste trabalho a TMA é justamente o custo do capital para cada perfil de investidor, tal taxa disponível no mercado será a TMA. Enquanto todos os reinvestimentos necessários no projeto da central geradora fotovoltaica, correspondentes aos fluxos de caixa negativos, fossem descontados para a data inicial do projeto, considerando uma taxa de mercado de tomar empréstimo. Desta forma, o Fluxo de Caixa não-convencional torna-se convencional e, mais do que isso, passa a ser um fluxo de apenas dois pontos, no qual a TIRM corresponde a uma medida extremamente precisa do retorno do investimento. Finalmente, o Período de Retorno do Capital ou Payback foi utilizado. Este método consiste em selecionar projetos de investimentos enfatizando o período de recuperação do capital investido, isto é, calculando o prazo necessário para que o valor somado dos reembolsos (retorno de capital) se iguale ao desembolso efetuado no momento do investimento, visando a restituição do capital aplicado (REBELATTO, 2014). O critério de aceitação de um projeto por este método é o tempo de retorno do capital e a comparação com o horizonte de planejamento do investimento. Se ele for menor do que o final da vida útil do projeto aceita-se o projeto, ao passo que se este for maior que o horizonte de planejamento se rejeita o projeto. 3.3. Dados e estudo de caso Os dados partem da CPFL Energia. Nenhuma informação utilizada no trabalho é de natureza confidencial ou privilegiada. Há custos que devem ser considerados previamente à instalação de painéis fotovoltaicos. Estes estão associadas com construção e manutenção de uma Mini Central Geradora Fotovoltaica de 1 MWp no Brasil. Entre os custos, temos: custo de instalação, custo do terreno, custos de manutenção e custos tarifários. Informações sobre o cálculo destes custos está disponível por Rosolen (2017). Aqui, basta informar que estes custos serão rateados pelos investidores e o valor final dependerá do perfil do investidor. Em resumo, há um alto custo inicial e baixíssimo custo de manutenção. Na realidade, a principal manutenção refere-se ao inversor, cuja vida útil é de 10 anos, necessitando substituição. Os custos serão divididos por todos os possíveis investidores, dentro de cada perfil, que utilizaram a mini UFV. O custo será dividido por 252 investidores do perfil 1, 664 do perfil 2 ou 84 do perfil 3. Também é preciso calcular alguns custos. O custo mínimo para cada investidor leva em conta os impostos envolvidos na conta de energia e o consumo mínimo (ver Tabela 1). O valor cobrado pelo consumo mínimo é somado ao ICMS cobrado sobre a parcela da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), calculada sobre o consumo total de energia, mais a Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Eq. 1 Para estimar a produção de energia da UFV faz-se uso do Atlas Brasileiro de Energia Solar. Na região de Descalvado/SP é esperada uma geração anual entre 1500 e 1550 kWh/kWp. Logo, para 1 MWp considera-se uma geração média entre 125 e 130 MWh/mês e neste trabalho adota-se 127 MWh mensais. Há, também, o custo mensal do equipamento, para cada investidor. Eq. 2 Para verificar a receita gerada (savings na conta de energia), podemos calcular: Eq. 3 Com estas informações, o fluxo de caixa pode ser montado e as análises de viabilidade podem ser feitas. Fonte: Conteúdo extraído de ROSOLEN et al., 2020 | ABEPRO R E S O L U Ç Ã O A área de Engenharia Econômica tem como escopo a formulação, a estimação e a avaliação de resultados econômicos, a fim de avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Gestão Econômica. Esse texto deverá ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_348_1789_39563.pdf ENGENHARIA DO TRABALHO Resumo do artigo: Com as rápidas mudanças do mercado, para se manterem competitivas, as empresas devem buscar constantemente por alternativas que ajudem no aumento de produtividade e na redução de desperdícios, de forma que consigam manter vantagens sobre os concorrentes. Diante disso, a engenharia de métodos auxilia as empresas na identificação e melhor utilização dos recursos, de modo a maximizar o desempenho dos sistemas produtivos. O presente trabalho possui como objetivo a utilização dos conceitos da engenharia de métodos para identificação de problemas no processo produtivo de uma empresa de moto peças e posterior proposição de soluções para as problemáticas apresentadas. Para isso, a metodologia do estudo seguiu, a princípio, com pesquisas bibliográficas e, de acordo com os procedimentos técnicos, se caracterizou como um estudo de caso. Quanto à natureza se identificou como aplicada e ao caráter, exploratória e descritiva. Para sua aplicação foram visitas à empresa, e os dados coletados através de observações e entrevistas não estruturadas. Com isso, realizou-se o diagnóstico inicial da empresa, com o objetivo de identificar e descrever o recurso gargalo. Foi encontrado o tempo-padrão dos operários neste setor e estruturada as propostas de melhorias. A fim de reduzir os impactos das problemáticas encontradas, foi proposto um novo layout no setor gargalo, buscando evitar fluxos cruzados de pessoas e materiais, além das sugestões de melhorias do ponto de vista ergonômico. 2. REVISÃO DE LITERATURA 10 / 14 Estudo de Caso 8 2.1. Engenharia de Métodos A engenharia de métodos pode ser dita como a ciência que aborda o desenvolvimento dos métodos e alternativas de execução de atividades dentro de sistema produtivo, padronizando os movimentos com os melhores resultados para serem executados pelos colaboradores no melhor tempo possível (SOUSA et al., 2015). Segundo Tardin et al. (2013) os estudos da engenharia de métodos estabelecem os melhores métodos de produção, de processos, de uso de ferramentas e das atribuiçõesoperacionais para se fabricar um produto, tendo como objetivo o aumento da qualidade e a padronização dos processos, diminuindo o tempo de processamento e possibilitando a redução de custos operacionais. 2.2. Arranjo Físico Segundo Slack (2018), o arranjo físico de uma operação produtiva diz respeito à disposição física dos recursos de transformação, determinando as posições de todas as instalações, máquinas, equipamentos e o pessoal da produção, de forma que influencia o modo como os processos serão realizados. Contudo, a medida em que a empresa vai aumentando ou até mesmo em que seus processos vão evoluindo e se modernizando, as escolhas de layout também devem mudar, se adequando às novas operações produtivas. Nesse sentido, as decisões sobre layouts não são feitas apenas para novos projetos fabris, mas também quando existirem problemas que interferem no desempenho das operações. Os arranjos, dependendo do seu tipo, podem favorecer a flexibilidade nas atividades, variedade de fluxos, aumento de qualidade nos processos e maior uso de recursos (CORRÊA; CORRÊA, 2012). 2.3. Projeto de Métodos Segundo Barnes (1997) o projeto de métodos busca determinar como o operador executará a operação, o lugar de trabalho, fluxo e avaliação econômica, consistindo assim no estabelecimento da relação homem-tarefa. Para sua elaboração, pode-se contar com ferramentas que auxiliam na ordenação e organização das informações coletadas, de modo que melhoram o entendimento do sistema por todos os envolvidos como por exemplo, o fluxograma, que é a representação de uma série de passos de uma atividade através de símbolos gráficos (PEINADO; GRAEML, 2007). Em 1947, a American Society of Mechanical Engineers (ASME) definiu 5 símbolos como padrões (Quadro 1). Quadro 1 – Simbologia do fluxograma Fonte: Adaptado de BARNES, 1977 Uma ferramenta que pode ser considerada como a evolução do fluxograma é o mapofluxograma que, segundo Araújo et al. (2016), corresponde a um desenho da planta produtiva onde acontece os processos e sobre eles a descrição de como ocorre. Este método permite uma maior visualização do mapa versus atividade, dando maiores oportunidades para futuras melhorias nas movimentações desnecessárias ou muito longas, podendo também melhorar o arranjo físico para reduzir desperdícios em movimentações. 2.4. Estudo de tempos e movimentos O estudo de movimentos pode ser definido, segundo Araújo et al. (2016) como um importante referencial para a determinação de um método ideal de trabalho de acordo com a necessidade da organização estudada. Assim, para o estudo de tempos e movimentos, existem inúmeras técnicas que auxiliam os decisores na análise de como são realizadas as atividades no cenário atual, a fim de propor melhorias ao método praticado. Dentre essas técnicas, encontra-se a definição do tempo-padrão, que é a quantidade tempo necessário para que uma operação padronizada seja executada por um operador qualificado e treinado, em condições de trabalhos adequadas (CASTRO, RAMOS, COSTA, 2012). 2.4.1 Determinação do tempo-padrão De acordo com Barnes (1977) existe uma sequência a ser executada para o estudo de tempos, até que se determine o tempo-padrão. Primeiro deve-se escolher e caracterizar a operação a ser analisada. Depois, ela deve ser dividida em elementos, de maneira detalhada e sequenciada, conforme o método executado. Com isso, inicia-se as observações dos tempos, por meio da cronometragem. Através da Equação 1, determina-se a quantidade de ciclos a serem cronometrados, a qual representará o comportamento do sistema em sua totalidade (MARTINS, LAUGENI, 2006). Eq. 1 Onde: Nc = número de ciclos a serem cronometrados; Z = coeficiente da distribuição normal padrão para uma probabilidade determinada; R= amplitude da amostra; d2 = coeficiente em função do nº de cronometragens realizadas preliminarmente; X = média da amostra. Antes devem ser feitas cronometragens prévias para serem retiradas a média e a amplitude, aconselham-se que seja entre 5 e 10 amostras. Após a determinação de ciclos a serem cronometrados, inicia-se os cálculos para determinar o tempo-padrão que para Martins e Laugeni (2006), é formado pelo tempo normal e as tolerâncias. Para o cálculo do tempo normal, o autor considera o tempo médio dos ciclos cronometrados e o fator de ritmo, conforme Equação 2. 𝑇𝑛 = 𝑇𝑚 . 𝑉 (Eq. 2) Onde: Tn = tempo normal; Tm = tempo médio; V = porcentagem do ritmo do trabalhados (velocidade) determinada subjetivamente pelo cronometrista (de 1 a 100%) Como não se deve esperar que uma pessoa trabalhe o turno completo sem interrupções, existe o fator tolerância que, de acordo com Martins e Laugeni (2006), é a porcentagem de fatores externos que podem causar fadiga no operador. Assim, o tempo-padrão, segundo Martins e Laugeni (2006), é calculado de acordo com a Equação 3. 𝑇𝑝 = 𝑇𝑛 . 𝐹𝑇 (Eq. 3) Onde: Tp = tempo-padrão; Tn = tempo normal; FT = tolerâncias. A definição do tempo-padrão ajudará no planejamento e programação do processo, bem como no estabelecimento do método adequado, o qual deve ser implementado através de treinamentos, objetivando a melhora do tempo total de execução da operação, e controle da produção, estimando as quantidades de outputs, custos-padrão operacionais e a eficiência dos insumos (BARNES, 1977). 3. MÉTODO DE PESQUISA 3.1. Caracterização da pesquisa A princípio, para auxiliar no desenvolvimento do artigo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre os temas abordados, utilizando-se principalmente de livros, anais de congressos e periódicos. Ainda de acordo com os procedimentos técnicos, enquadra-se como um estudo de caso, pois estuda a fundo um objeto, a fim de conhecê-lo de forma mais ampla. Quanto à natureza da pesquisa se classifica como aplicada, visto que se tem como intuito, através do conhecimento, realizar práticas de forma orientada a solucionar de problemas específicos. Por fim, para o alcance dos objetivos, a pesquisa é de caráter exploratória e descritiva, pois visa uma maior familiaridade com o problema a fim de construir hipóteses e descrever fenômenos da realidade do processo produtivo da empresa. 3.2. Métodos e procedimentos Para o desenvolvimento do presente estudo foi realizada uma coleta de dados e informações da empresa a fim de esclarecer o funcionamento e o fluxo dos processos, através de visitas à empresa em análise. De posse das informações, foi feito o diagnóstico inicial da empresa, a fim de conhecer o objeto de estudo de forma mais aprofundada, baseado no desenho do fluxograma dos processos. A etapa seguinte foi marcada pela identificação e descrição do processo gargalo, identificado com o auxílio do mapofluxograma. Na etapa seguinte, foi realizado o estabelecimento do tempo padrão através da cronometragem dos tempos de operação no setor gargalo, com o intuito de ajudar no monitoramento do processo. A etapa final foi a identificação de problemáticas para definição das propostas de melhorias, com o auxílio mais uma vez do mapofluxograma, desta vez aplicado apenas ao recurso gargalo, diagrama de espaguete para verificação de movimentações desnecessárias e aplicação do questionário nórdico para verificar possíveis relatos de sintomas osteomusculares que pudessem comprometer a eficiência dos colaboradores. O sequenciamento dos métodos e procedimentos adotados está representado na Figura 1. Figura 1 – Métodos e procedimentos da pesquisa Fonte: Adaptada de NERY et al., 2020 Fonte: Conteúdo extraído de NERY et al., 2020 | ABEPRO R E S O L U Ç Ã O A ABEPRO define que a área de Engenharia do Trabalho tem como escopo o projeto, o aperfeiçoamento, a implantação e a avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_349_1793_41364.pdf e sistemas, a fim de fazê-los compatíveis com as necessidades, as habilidades e as capacidades das pessoas, visando a uma melhor qualidade e produtividade e preservando a saúdee a integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e os outros elementos de um sistema. Nesse sentido, pode-se afirmar que essa área trata da tecnologia da interface entre máquina, ambiente, homem e organização. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Projeto e Organização do Trabalho. Esse texto deverá ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE Resumo do artigo: A falta de informações confiáveis, comunicação inadequada e não distribuição de valor são obstáculos para se aumentar a maturidade em sustentabilidade na cadeia de suprimentos da indústria de autopeças. Embora esses desafios possam ser enfrentados tecnicamente, diferentes contextos econômicos e sócio-políticos complicam o gerenciamento das informações de sustentabilidade ao longo da cadeia de suprimentos. O objetivo deste trabalho é investigar como as empresas do setor de autopeças escolheram para interagir com seus clientes, fornecedores e stakeholders em relação à confiabilidade, comunicação dos indicadores e padrões de sustentabilidade estabelecidos, além da maneira pela qual as empresas deste segmento escolheram para distribuição de valor gerado com essas iniciativas, entre os parceiros. Para atingir este objetivo adotou-se o Survey como protocolo de pesquisa resultando na coleta de dados referente a 38 autopeças brasileiras. Os resultados indicam que os dados sobre sustentabilidade apresentam uma baixa confiabilidade, os mecanismos de comunicação são pouco eficientes além de não haver uma ampla distribuição de valor gerado com a sustentabilidade entre os diferentes elos da cadeia. 2. REVISÃO DE LITERATURA As empresas do segmento de autopeças fazem parte de um mercado nos quais as métricas sobre sustentabilidade são estabelecidas pelas montadoras de veículos. Estas empresas estão envolvidas numa cadeia de suprimentos complexa em que pressões sociais e ambientais induzem seus 11 / 14 Estudo de Caso 9 processos e estratégias para ter um relacionamento sustentável de longo prazo e de benefícios mútuos entre seus clientes, fornecedores e parceiros (FRITZ; SCHÖGGL; BAUMGARTNER, 2016; HILSDORF, MATTOS; MACIEL, 2017). Para aumentar a maturidade em sustentabilidade neste segmento de mercado é necessário à adoção de tecnologias inovadoras para o produto e processo, além de estabelecer um novo modelo de negócios que possibilite a criação e o compartilhamento de valor por meio do gerenciamento das informações dos seus integrantes possibilitando assim a tomada de ações efetivas (FRITZ; SCHÖGGL; BAUMGARTNER, 2016; HILSDORF, MATTOS; MACIEL, 2017; MONTABON, PAGELL, ZHAOHUI, 2016). 2.1. Avaliação das informações de sustentabilidade na indústria de autopeças A literatura apresenta várias ferramentas e índices além de sistemas de gestão para medir a sustentabilidade corporativa que podem ter seu uso incentivado pela montadora nos seus parceiros, sendo os principais encontrados na literatura: (1) Indicators of the Commission on Sustainable Development; (2) Global Reporting Initiative; (3) Dow Jones Sustainability Index; (4) ETHOS indicators; (5) ISO 14000; (6) ISO 26000; dentre outras (FRITZ; SCHÖGGL; BAUMGARTNER, 2016; HILSDORF, MATTOS; MACIEL, 2017; MONTABON, PAGELL, ZHAOHUI, 2016). Como boas práticas para o funcionamento eficiente de sistema de informações para medir a sustentabilidade corporativa ao longo da cadeia de suprimento são recomendadas às empresas observarem as seguintes características de qualidade, dentre outras: a) Confiabilidade: As práticas sustentáveis devem ser apresentadas e medidas por meio de indicadores de desempenho claramente definidos. É importante atualizar essas métricas sempre que necessário, impondo objetivos que superem as expectativas das partes interessadas evidenciando que a estratégia e as políticas da empresa estão sendo implantadas, permitindo que dados sobre sustentabilidade sejam auditáveis (SCHÖGGL; FRITZ; BAUMGARTNER, 2016); A Tabela 01 apresenta os constructos de pesquisa selecionados e as questões que os entrevistados deveriam responder por meio de uma escala likert. Tabela 1 – Constructos de Pesquisa Confiabilidade Q01 Os dados de sustentabilidade são certificados por um organismo independente (garantia externa)? Q02 Existe evidência de como os atributos e iniciativas de sustentabilidade definidos pela sua organização contribuem para satisfazer as necessidades das partes interessadas? Q03 Há evidências de como a estratégia e as políticas de sustentabilidade são implantadas? Q04 Os principais indicadores de desempenho em sustentabilidade de sua empresa estão claramente definidos? b) Comunicação: Os Padrões e políticas de sustentabilidade devem ser implantadas e gerenciadas em pelo menos duas das três dimensões (social, ambiental e econômica) da sustentabilidade sendo claramente mencionados para os clientes, parceiros e stakeholders e aprimorados frequentemente (FRITZ; SCHÖGGL; BAUMGARTNER,2017); c) Distribuição de valor: As políticas de geração e distribuição de valor econômico devem ser claramente definidas e parte do valor gerado deve ser compartilhado e proporcionalmente aumentado nas relações de longo prazo (MONTABON; PAGELL; WU, 2016). Q05 O desempenho das iniciativas de sustentabilidade estabelecidas para seus parceiros é medido? Q06 As métricas de desempenho em sustentabilidade são atualizadas e aprimoradas e a auto auditoria é executada? Comunicação Q07 Os Padrões de sustentabilidade e políticas de conformidade são claramente mencionados na relação com seus parceiros? Q08 Os Padrões de sustentabilidade são implantados e gerenciados em pelo menos duas das três dimensões da sustentabilidade? Q09 Os Padrões de sustentabilidade da sua organização são aprimorados frequentemente? Distribuição de Q10 As Políticas de sustentabilidade relacionadas à geração e distribuição de valor econômico são claramente definidas? Q11 O valor econômico gerado é compartilhado com várias partes interessadas da cadeia de suprimento? Q12 Um percentual do valor econômico gerado é compartilhado com várias partes interessadas e está aumentando com o tempo? Fonte: Adaptada de FRITZ; SCHÖGGL; BAUMGARTNER, 2016; HILSDORF, MATTOS; MACIEL, 2017; MONTABON, PAGELL, WU, 2016. 3. MÉTODO DE PESQUISA Para se atender ao objetivo proposto neste trabalho, adotou-se o survey como protocolo de pesquisa. Seguindo o recomendado por Forza (2002), este trabalho foi subdividido em nas seguintes etapas: Revisão de literatura; Desenvolvimento do questionário, Teste piloto; Coleta de dados e análise de dados. 3.1. Revisão de literatura Para revisão de literatura foram utilizados os livros disponíveis e selecionados os principais trabalhos nas bases de dados Capes sobre o assunto, consultando as seguintes palavras chaves: Sustainable Supply Chain Management; Green Supply Chain Management; Automaker; Automotive Sustainability Assessment. A leitura cuidadosa destes materiais possibilitou o desenvolvimento do modelo conceitual apresentado na Figura 1. Figura 1 3.2. Desenvolvimento do questionário Para responder à questão de pesquisa e validação das proposições foi desenvolvido um questionário eletrônico em escala likert como instrumento de coleta de dados dividido da seguinte forma: A primeira parte tratava da apresentação da pesquisa, termo de confidencialidade e questões de características gerais dos entrevistados e das empresas respondentes. Na segunda parte, apresentavam-se as questões referentes à confiabilidade, comunicação e distribuição de valores em sustentabilidade entre clientes, fornecedores e stakeholders (Q01-Q12). 3.3. Teste Piloto Na etapa de condução do teste piloto, o questionário foi avaliado por 02 especialistas acadêmicosna tentativa de verificar se o questionário atendia ao objetivo proposto. Posteriormente, este questionário foi aplicado em 02 autopeças na tentativa de verificar a funcionalidade. Assim, alterações foram agregadas a versão final do questionário possibilitando a coleta eficiente de dados. Em relação às respostas, na última parte do questionário, os entrevistados poderiam selecionar mais de um parceiro com o qual ele se relaciona (cliente, fornecedor, stakeholders) ou declarar que não adota a prática selecionada. 3.4. Coleta de dados Foi realizado um contato telefônico com as empresas cadastradas no guia de fornecedores da indústria de autopeças solicitando para falar com os gestores ou responsáveis pelas questões de sustentabilidade na empresa. Neste diálogo, foi solicitado aos respondentes um e-mail de contato para encaminhar o link de acesso ao questionário para coleta de dados. Foram apresentadas as intenções da pesquisa e protocolo de sigilo dos nomes das empresas participantes. Foi identificado um total de 176 empresas fornecedoras de autopeça, resultando na coleta de 38 questionários completamente respondidos e válidos, sendo apenas um por empresa. 3.5. Análise de Dados Os questionários recebidos foram validados estatisticamente por meio do alfa de cronbach após o término da coleta de dados, resultando num valor de 0,85 sendo este um indicador da coesão entre as empresas e satisfatório para a continuidade das análises segundo o recomendado por Forza (2002). Para análise dos dados foi utilizado estatística descritiva. Fonte: SORIANO et al., 2020 | ABEPRO R E S O L U Ç Ã O http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_350_1797_39909.pdf A área de Engenharia da Sustentabilidade, conforme a ABEPRO, tem como escopo o planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e do tratamento dos resíduos e efluentes desses sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Gestão Ambiental. Ele deverá ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Resumo do artigo: Este trabalho teve como objetivo entender como têm sido conduzidas as pesquisas sobre competências dos Engenheiros de Produção. Pretendeu-se identificar quais competências têm sido consideradas e qual é a sua natureza. Também foi do interesse desta pesquisa analisar a importância da Indústria 4.0 na definição das competências. A pesquisa foi conduzida por meio de revisão sistemática da literatura. Foi possível mapear os principais conceitos sobre competência, a identificação das competências mais citadas e sua posterior categorização em 4 grupos: Competências Tradicionais, Competências de Interação Global, Competências da Indústria 4.0 e Competências de Interação Humana. Os resultados também demonstram que apesar de algumas competências importantes para a profissão em outras épocas ainda serem relevantes, as mudanças na sociedade evidenciaram competências que valorizem não só domínio e interação com as novas tecnologias, mas também a capacidade humana de inspirar, liderar equipes e interagir em um mundo globalizado. 2. REVISÃO DE LITERATURA O conceito de competências pode ser entendido como o conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e outras características que permitem a um indivíduo performar com eficiência em situações complexas e incertas, tanto na vida profissional como pessoal (PASSOW; PASSOW, 2017). As competências podem ser categorizadas como internas, acidentais e intencionais (WALTHER et al., 2011) ou em categorias de habilidades genéricas como fazem Chan; Zhao e Luk (2017). Ao tratar de conhecimento dentro desse aspecto de competências, é importante que seja incluído todos os tipos 12 / 14 Estudo de Caso 10 como aquelas definidas pela taxonomia apresentada por Anderson et al. (2001), como conhecimento factual (terminologia e detalhes), conhecimento conceitual (classificações, princípios, teorias e modelos), conhecimento procedimental (saber como e quando usar habilidades e métodos específicos) e conhecimento metacognitivo (autoconhecimento e como e quando usar estratégias cognitivas para aprender e resolver problemas). Para os estudantes de engenharia, possuir as competências específicas para a vida profissional é uma necessidade que precisa ser suprida pelas universidades. Uma estratégia que obtém crescente aderência em âmbito acadêmico é o Ensino Baseado em Competências. O Ensino Baseado em Competências (EBC) é uma abordagem pedagógica focada em resultados mensuráveis, onde a avaliação dos alunos é baseada em sua capacidade de demonstrar domínio sobre uma competência predeterminada (ALBANESE et al., 2008). Dominar uma competência, nesse contexto, significa ser capaz de aplicar conhecimento em situações da vida real, demostrando que o estudante não apenas é capaz de resgatar o conhecimento internalizado, mas também empregá-lo conforme a necessidade. Segundo Klein-Collins (2013), apenas possuir conhecimento sem saber como aplica-lo não é mais suficiente em uma sociedade globalizada, e o Ensino Baseado em Competências trabalha no sentido de aumentar essa capacidade dos alunos, onde eles vão além da simples aquisição de conhecimento e precisam demonstrar o que aprenderam em diferentes situações. 3. MÉTODO DE PESQUISA Realizou-se uma revisão de literatura utilizando a base de dados Scopus, as palavras-chave pesquisadas foram Competency AND Engineering AND Education, dentro do período limitado entre os anos de 2010 e 2020. Dessa pesquisa inicial, obteve-se 348 documentos, dos quais foram selecionados os mais relevantes e mais citados. Executou-se, então, um processo de triagem através do resumo dos artigos principais, selecionando aqueles que tinham maior relação com o tema do trabalho e desconsiderando os estudos com pouca ou fraca relação. Após a leitura dos principais artigos, utilizou-se o método bola de neve, onde foram analisados, dentro dessas obras, quais foram os autores com maior relevância e citações para, então, examinar esses novos artigos. Decidiu-se por escolher trabalhos de revisão de literatura, bem como estudos de caso, que utilizam métodos quantitativos, para elencar as competências mais relevantes, obtendo-se 11 artigos principais. Dentre as revistas que mais publicaram artigos sobre esses tópicos, constam: International Journal Of Engineering Education, European Journal Of Engineering Education, Journal Of Professional Issues In Engineering Education And Practice, Procedia Engineering e Journal Of Engineering Education. A Figura 1 mostra as publicações por ano, e demonstra a evolução e relevância do tema. Figura 1 – Número de publicações sobre o tema por ano Fonte: FONTANELLO et al., 2020 Fonte: Conteúdo extraído de FONTANELLO et al., 2020 | ABEPRO R E S O L U Ç Ã O De acordo com a ABEPRO, a área de Educação em Engenharia de Produção tem como escopo o universo de inserção da educação superior (graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão) em engenharia e em suas áreas afins, englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos a partir de uma abordagem sistêmica: formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); organização didático-pedagógica (especialmente o projeto pedagógico de curso); metodologias; e meios de ensino/aprendizagem. Pode-se considerá-la, pelas suas características, http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_351_1804_41313.pdf uma “Engenharia Pedagógica”, que busca consolidar essas questões, assim como visa apresentar, como resultados concretos das atividades desenvolvidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da atividade docente, que é um campo em que o professor já se envolve intensamente,sem encontrar estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações. O texto lido exemplifica a revisão de literatura e a descrição do método de pesquisa de um estudo referente à subárea de Estudo da Formação do Engenheiro de Produção. Esse texto deve ser utilizado como base e/ou modelo para a revisão de literatura e para a descrição do método de pesquisa que você irá elaborar em seu TCC. Muito bem, estudante. O objetivo desta etapa é apresentar a você uma orientação de TCC, através do áudio a seguir. Aqui, você pode extrair os melhores caminhos a serem escolhidos em cada cenário descrito anteriormente para realizar a atividade. 13 / 14 Orientação de TCC Estudante, consulte as orientações do conteudista no Ambiente Virtual, pois ela será de grande importância para os seus estudos! AMADEI, J. R. P.; FERRAZ, V. C. T. Guia para elaboração de citações em documentos: ABNT NBR 10520:2002. Bauru: Serviço de biblioteca e documentação da FOB-USP, 2019. ARAÚJO, F. et al. Aplicação de Ferramentas da Qualidade em uma Linha de Produção de Refrigerantes. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 40., 2020, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: ABEPRO, 2020. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_345_1772_40050.pdf>. Acesso em: 21/01/2022. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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