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Apostila Instalações Elétricas Industriais
Instalações Elétricas Industriais (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Digitalizar para abrir em Studocu
A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
Apostila Instalações Elétricas Industriais
Instalações Elétricas Industriais (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
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Baixado por Talison Ferreira (talison.amador@gmail.com)
lOMoARcPSD|45159298
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Curso Técnico em Eletromecânica
Instalações Elétricas Industriais
Baixado por Talison Ferreira (talison.amador@gmail.com)
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Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente da Confederação Nacional da Indústria
José Manuel de Aguiar Martins
Diretor do Departamento Nacional do SENAI
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI
Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
Sérgio Roberto Arruda
Diretor Regional do SENAI/SC
Antônio José Carradore
Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC
Marco Antônio Dociatti
Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
Baixado por Talison Ferreira (talison.amador@gmail.com)
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Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso Técnico em Eletromecânica
Instalações Elétricas Industriais
Paulo Roberto Bisoni
Frederico Samuel de Oliveira Vaz
Paulo Roberto Pereira Júnior
Florianópolis/SC
2010
Baixado por Talison Ferreira (talison.amador@gmail.com)
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É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio 
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.
Equipe técnica que participou da elaboração desta obra
Coordenação de Educação a Distância
Beth Schirmer
Revisão Ortográfica e Normatização
Contextual Serviços Editoriais
Coordenação Projetos EaD
Maristela de Lourdes Alves
Design Educacional, Ilustração, 
Projeto Gráfico Editorial, Diagramação 
Equipe de Recursos Didáticos 
SENAI/SC em Florianópolis
Autores
Paulo Roberto Bisoni
Frederico Samuel de Oliveira Vaz
Paulo Roberto Pereira Júnior
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis 
 
 
B622i 
Bisoni, Paulo Roberto 
Instalações elétricas industriais / Paulo Roberto Bisoni, Frederico Samuel 
de Oliveira Vaz, Paulo Roberto Pereira Júnior. – Florianópolis : SENAI/SC, 
2010. 
87 p. : il. color ; 28 cm. 
 
Inclui bibliografias. 
 
1. Instalações elétricas. 2. Instalações industriais. 3. Condutores elétricos. 
4. Semicondutores. 5. Acionamento elétrico. I. Vaz, Frederico Samuel de 
Oliveira. II. Pereira Júnior, Paulo Roberto. III. SENAI. Departamento Regional 
de Santa Catarina. IV. Título. 
 
CDU 621.316.17 
 
 
SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br 
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Prefácio
Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado. 
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.
No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as 
necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas 
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação 
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho. 
Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe 
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu 
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em 
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade. 
Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de 
ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos 
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional, 
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-
cação por Competências, em todos os seus cursos.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos. 
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções 
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam 
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente. 
Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte 
deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria 
do Conhecimento.
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Sumário
Conteúdo Formativo 09
Apresentação 11
12 Unidade de estudo 1
Condutores
Seção 1 -Tipos de conduto-
res
Seção 2 - Seção mínima dos 
condutores
16 Unidade de estudo 2
Dispositivos 
Elétricos Utilizados 
em Baixa Tensão
Seção 1 - Fusíveis
Seção 2 - Disjuntores
Seção 3 - Interruptores 
diferenciais residuais
Seção 4 - Contatores
Seção 5 - Relés de
sobrecarga
Seção 6 - Relé de proteção
Seção 7 - Relés de tempo
Seção 8 - Botoeiras
Seção 9 - Sinaleiros 
13
 
13
46 Unidade de estudo 3
Chaves de Partida
Seção 1 - Partida direta 
Seção 2 - Partida estrela-
triângulo 
Seção 3 - Partida compen-
sadora
Seção 4 - Partida série-
paralela
Seção 5 - Dimensionamento 
dos componentes básicos da 
chave
Seção 6 - Chave de partida 
estrela-triângulo
Seção 7 - Chave de partida 
estrela série-paralela
66 Unidadede estudo 4
Semicondutores 
Seção 1 - Diodo 
Seção 2 - Interruptores 
usuais em fontes chaveadas
Seção 3 - Controle de con-
versores
67
68
 
69 
70 Unidade de estudo 5
Acionamentos 
Eletrônicos
Seção 1 - Inversor de 
frequência 
Seção 2 - Controle escalar e 
vetorial
Seção 3 - Parâmetros do 
Inversor de frequência
Seção 4 - Instalação do inver-
sor de frequência
Seção 5 - Soft-starter
Finalizando 83
 
Referências 85
 
17
19
23
 
26
32 
37
41
43
45
71
 
72
 
73
 
76 
76
47
48
 
49
 
50
 
53
 
 
55
 
60
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8 CURSOS TÉCNICOS SENAI
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Conteúdo Formativo
9INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Carga horária da dedicação
Carga horária: 75 horas
Competências
Interpretar projetos elétricos e de automação industrial para montagem e ma-
nutenção de sistemas elétricos industriais. Dimensionar, selecionar e instalar 
componentes e acionamentos eletromecânicos para montagem e manutenção de 
sistemas elétricos industriais.
Conhecimentos 
 ▪ Instalações elétricas industriais. 
 ▪ Proteção de sistemas elétricos. 
 ▪ Tipos de acionamentos de motores elétricos. 
 ▪ Inversores de frequência e soft-starter. 
 ▪ Materiais e componentes elétricos para instalações elétricas industriais: condu-
tores, contatores, disjuntores, relés, semicondutores, interruptores, botoeiras e 
fusíveis. 
 ▪ Normas técnicas: NBRs, normas da concessionária para instalações elétricas 
industriais.
Habilidades
 ▪ Interpretar e aplicar normas técnicas, (NBRs, normas da concessionária para 
instalações
 ▪ elétricas industriais) regulamentadoras e de preservação ambiental.
 ▪ Interpretar desenhos técnicos eletromecânicos.
 ▪ Interpretar catálogos, manuais e tabelas técnicas.
 ▪ Identificar os dispositivos de sistemas elétricos.
 ▪ Identificar os dispositivos de sistemas de automação.
 ▪ Utilizar sistemas de medição.
 ▪ Aplicar softwares específicos.
 ▪ Parametrizar inversores de frequência, soft-starter.
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10 CURSOS TÉCNICOS SENAI
 ▪ Elaborar leiautes, diagramas e esquemas de sistemas elétricos.
 ▪ Aplicar conceitos de tecnologia dos materiais elétricos.
 ▪ Diagnosticar problemas relacionados ao funcionamento de sistemas elétricos.
 ▪ Dimensionar e selecionar componentes elétricos para instalações elétricas 
industriais: condutores, contatores, disjuntores, relés, semicondutores, interrup-
tores, botoeiras, fusíveis.
Atitudes
 ▪ Zelo no manuseio dos equipamentos e instrumentos de medição. 
 ▪ Cuidados no manuseio de componentes eletroeletrônicos e eletromecânicos. 
 ▪ Adoção de normas de segurança do trabalho. 
 ▪ Proatividade e trabalho em equipe. 
 ▪ Destino correto aos resíduos, conforme orientação de responsabilidade socio-
ambiental. Organização e conservação do laboratório e dos equipamentos.
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Apresentação
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS 11
Seja bem-vindo! Esperamos que 
este material seja de grande utili-
dade para a realização de suas ati-
vidades em sala de aula e na sua 
vida profissional.
O profissional que atua na área 
de eletromecânica poderá desem-
penhar atividades de instalação, 
melhorias e manutenção em ins-
talações elétricas industriais, espe-
cificando e dimensionando ma-
teriais elétricos, sendo necessário 
que ele esteja bem preparado para 
exercer com eficácia suas ativida-
des. 
 Neste material serão apresenta-
dos os principais elementos que 
compõem uma instalação elétri-
ca industrial, seu funcionamento, 
principais características e aplica-
ção, usando como base as Nor-
mas Técnicas de Saúde e Seguran-
ça.
Bom estudo!
Paulo Roberto Bisoni, Frederico Samuel de Oliveira Vaz e Paulo 
Roberto Pereira Junior
Paulo Roberto Bisoni é técnico em Eletromecânica pelo CEFET de Jara-
guá do Sul, graduando em Engenharia Elétrica pela Universidade Regio-
nal de Blumenau (FURB). Participou de capacitações e treinamentos 
em diversas áreas de formação técnica profissional. Atua desde 2002 
como docente no SENAI SC na unidade de Jaraguá do Sul, ministrando 
as disciplinas de Desenho Técnico Elétrico, Instalações Elétricas em Bai-
xa Tensão Residenciais e Prediais, Instalações Elétricas em Baixa Tensão 
Industrial e Manutenção Elétrica.
bisoni@sc.senai.br 
Frederico Samuel de Oliveira Vaz é pós-graduado em Projeto e Análi-
se de Máquinas Elétricas Girantes pelo Centro Universitário de Jaraguá 
do Sul (UNERJ) e graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade 
Estadual de Santa Catarina (UDESC). Atuou na área de fabricação de 
motores elétricos na WEG Equipamentos Elétricos S.A. entre 2002 e 
2009. É professor dos cursos técnicos e tecnológicos do SENAI Jaraguá 
do Sul desde 2008.
frederico.vaz@sc.senai.br
Paulo Roberto Pereira Júnior é formado pelo SENAI SC em Jaraguá do 
sul nos cursos técnico em Eletromecânica e Tecnologia em Eletroele-
trônica. Trabalhou nas áreas de produção, manutenção e projetos em 
algumas empresas da região e atualmente leciona nos cursos de ensino 
médio, aprendizagem e técnico no SENAI em Jaraguá do Sul.
pauloj@sc.senai.br
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Unidade de 
estudo 1
 
Seções de estudo 
Seção 1 – Tipos de condutores
Seção 2 – Seção mínima dos condutores 
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13INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
SEção 1
Tipos de condutores
 
Os condutores elétricos são 
elementos fundamentais em 
qualquer circuito elétrico e 
são responsáveis por con-
duzir a corrente elétrica que 
circula no circuito. A circula-
ção de corrente faz com que 
o condutor elétrico tenha um 
aquecimento que dissipa o 
calor, denominado Efeito Jou-
le. 
O Efeito Joule não pode ser evi-
tado e, por isso, deve-se otimizá-
lo por meio da seleção correta do 
tipo de condutor, observando as 
características dos materiais em-
pregados na fabricação e seção 
transversal (bitola) e atendendo 
as condições mínimas necessárias 
para utilização em determinado 
tipo de circuito. 
No âmbito industrial, os conduto-
res mais utilizados são geralmente 
de cobre ou de alumínio, podendo 
ser isolados ou não, dependendo 
de sua aplicação. 
Os condutores de alumínio nor-
malmente são aplicados em linhas 
de transmissão e distribuição de 
energia elétrica por causa da me-
nor densidade do material. Isso 
é um fator importante, tendo em 
vista o dimensionamento de tor-
res e postes que devem ser mais 
leves e compactos diminuindo 
consideravelmente os custos de 
construção. 
Condutores
Existem três tipos de condutores: 
 ▪ fio – condutor maciço sólido constituído por apenas uma via;
 ▪ cabo – condutor formado por um conjunto de fios encordoados, 
podendo ser simples ou singelo com vários condutores isolados eletri-
camente entre si;
 ▪ barramento – condutor maciço sólido com seção transversal retan-
gular, utilizado normalmente na montagem de painéis elétricos com 
grau de dificuldade de montagem e manuseio considerável.
São vários os fatores que determinam a capacidade de corrente de um 
condutor e, por isso, deve-se levar em consideração aspectos como:
 ▪ temperatura ambiente a qual os condutores ficarão expostos;
 ▪ tipo de instalação e o número de condutores carregados (caso de 
interior de painéisou quadro elétrico);
 ▪ temperatura interna (muitas vezes desconhecida, considerando-se 
para efeitos de dimensionamento 40 °C); e
 ▪ tipo instalação (livre ou aglomerada).
A próxima seção apresenta a seção mínima dos condutores para cada 
circuito que será visualizada por meio de um quadro ilustrativo.
SEção 2
Seção mínima dos condutores
Conforme item 6.2.6.1.1 da NBR 5410 (ABNT, 2004), a seção mínima 
dos condutores de fase, em circuitos de corrente alternada, e dos condu-
tores vivos, em circuitos de corrente contínua, não deve ser inferior aos 
valores dados no Quadro 1:
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14 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Tipos de linha Utilização do circuito
Seção mínima do 
condutor mm2 - Material
Instalações fixas em 
geral
Condutores e cabos isolados
Circuitos de Iluminação.
1,5 Cu
16 Al
Circuitos de força2.
2,5 Cu
16 Al
Circuitos de sinalização e 
circuitos de controle.
0,5 Cu3
Condutores nus
Circuitos de força.
10 Cu
16 Al
Circuitos de sinalização e 
circuitos de controle.
4 Cu
Linhas flexíveis com cabos isolados
Para um equipamento 
específico.
Como especificado na 
norma do equipamento.
Para qualquer outra 
aplicação
0,75 Cu4
Circuitos a extrabaixa 
tensão para aplicações 
especiais.
0,75 Cu
1) Seções mínimas por razões mecânicas.
2) Os circuitos de tomadas de corrente são considerados circuitos de força. 
3) Em circuitos de sinalização e controle destinados a equipamentos eletrônicos é admitida uma seção mínima 
de 0,1 mm2.
4) Em cabos multipolares flexíveis contendo sete ou mais veias é admitida uma seção mínima de 0,1 mm2.
Quadro 1 - Seção Mínima dos Condutores 
Fonte: ABNT (2004). 
Conforme item 6.2.6.2 da NBR 5410 (ABNT, 2004), o condutor neutro 
não poderá ser comum a mais de um circuito. O condutor neutro deverá 
possuir, no mínimo, a mesma seção transversal que os condutores fase 
nos seguintes casos:
 ▪ em circuitos monofásicos e bifásicos; 
 ▪ em circuitos trifásicos, quando a seção transversal do condutor fase 
for igual ou inferior a 25 mm2;
 ▪ em circuitos trifásicos que seja prevista a presença de harmônicas.
Conforme item 6.2.6.2.6 da NBR 5410 (ABNT, 2004), num circuito tri-
fásico com neutro e cujos condutores de fase tenham uma seção supe-
rior a 25 mm2, a seção do condutor neutro pode ser inferior à dos con-
dutores de fase, sem ser inferior aos valores indicados na tabela a seguir. 
Baixado por Talison Ferreira (talison.amador@gmail.com)
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15INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Tabela 1 - Seção reduzida do condutor neutro
Seção dos condutores de fase 
mm2
Seção reduzida do condutor 
neutro mm2
S≤25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
1) As condições de utilização 
desta tabela são dadas 
6.2.6.2.6.
Fonte: ABNT (2004).
Conforme item 6.4.3.1.3 da NBR 
5410 (ABNT, 2004), o condutor 
aterramento ou proteção pode-
rá ser determinado conforme a 
Tabela 2. Quando a aplicação da 
tabela conduzir a seções não pa-
dronizadas, devem ser escolhidos 
condutores com a seção padroni-
zada mais próxima. 
DICA 
A Tabela 2 é válida apenas se o condutor de aterramento ou pro-
teção for constituído do mesmo metal que os condutores de fase. 
Quando este não for o caso, consultar IEC 60364-5-54.
Conforme item 6.4.3.1.4 da NBR 
5410 (ABNT, 2004), a seção de 
qualquer condutor de proteção, 
que não faça parte do mesmo 
cabo ou não esteja contido no 
mesmo condutor fechado que os 
condutores de fase, não deve ser 
inferior a:
 ▪ 2,5 mm2 em cobre se os con-
dutores forem providos de prote-
ção contra danos mecânicos;
 ▪ 4 mm2 em cobre se os condu-
tores não forem providos de pro-
teção contra danos mecânicos.
Nesta primeira unidade você 
acompanhou os tipos de condu-
tores, os circuitos que eles atuam 
e as seções mínimas para cada 
condutor.
Na unidade 2 você conhecerá di-
versos dispositivos elétricos e sua 
atuação.
O condutor neutro poderá ser di-
mensionado em função da seção 
dos condutores de fase conforme 
tabela anterior (tabela 1), quando 
as três condições seguintes forem 
simultaneamente atendidas: 
 ▪ o circuito será presumivel-
mente equilibrado, em serviço 
normal;
 ▪ as correntes das fases não 
conterão uma taxa de terceira 
harmônica e múltiplos superiores 
a 15%; 
 ▪ o condutor neutro será prote-
gido contra sobrecorrentes.
DICA 
Os valores da Tabela 1 são 
válidos apenas quando os 
condutores de fase e o con-
dutor de neutro forem do 
mesmo metal.
Tabela 2 - Seção mínima do condutor de proteção
Seção dos condutores de fase S
Seção mínima do condutor de 
proteção correspondente
mm2 mm2
S≤16 S
16<S≤35 16
S>35 S/2
Fonte: ABNT (2004).
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Unidade de 
estudo 2
 
Seções de estudo 
Seção 1 – Fusíveis
Seção 2 – Disjuntores
Seção 3 – Interruptores diferenciais 
residuais
Seção 4 – Contatores
Seção 5 – Relés de sobrecarga
Seção 6 – Relés de tempo
Seção 7 – Relé de proteção
Seção 8 – Botoeiras
Seção 9 – Sinaleiros 
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17INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
SEção 1
Fusíveis
Nesta seção você estudará como 
os dispositivos elétricos são clas-
sificados e a operação dos fusíveis 
na condução elétrica.
Os dispositivos elétricos utiliza-
dos normalmente em baixa tensão 
podem ser classificados como: de 
seccionamento e de proteção.
 ▪ Dispositivos de secciona-
mento: comutadoras, seccio-
nadoras (a vazio ou sob carga), 
interruptores e contatores.
 ▪ Dispositivos de proteção: 
proteção contra sobrecargas (relé 
térmico, termistores) e proteção 
contra curto-circuito (fusível, 
relé eletromagnético). Podem ser 
aplicados isoladamente ou em 
conjunto, necessitando análise 
detalhado para cada aplicação.
Além dos dispositivos de seccio-
namento e proteção, os disjunto-
res têm sido considerados os dis-
positivos mais completos por se 
tratarem de um elemento que in-
tegra em um só dispositivo as fun-
ções dos dispositivos de seccio-
namento e proteção. De maneira 
geral, os disjuntores possuem a 
função de interruptores (liga/des-
liga), função relé térmico (contra 
sobrecarga) e função relé eletro-
magnético (contra curto-circuito). 
Sua aplicação em série com ou-
tros disjuntores ou fusíveis exige 
dos especialistas na área cuidados 
especiais com a coordenação para 
que mantenham a atuação do sis-
tema de proteção de acordo com 
os critérios de seletividade. 
Dispositivos Elétricos 
Utilizados em Baixa Tensão
Os fusíveis são dispositivos de proteção mais tradicionais na alimentação 
de diversas cargas, tendo como principal função a proteção contra curto-
circuito de sistemas elétricos, atuando também como limitadores das cor-
rentes de curto-circuito.
A operação dos fusíveis é dada pela fusão do elemento fusível, contido 
em seu interior. O elemento fusível é um condutor de seção transversal 
dimensionado para que sofra com a passagem de corrente elétrica um 
aquecimento maior que o dos outros condutores devido à sua alta re-
sistência.
Os fusíveis possuem em seu interior um elemento fusível que geralmen-
te é de cobre, prata, estanho, chumbo ou liga. O corpo do fusível, geral-
mente de porcelana ou esteatita, é hermeticamente fechado. Os fusíveis 
possuem ainda um elemento indicador de operação, possibilitando ao 
profissional da área observar seu estado de funcionamento. O elemento 
fusível é ainda envolvido, por completo, por um material granulado ex-
tintor, utilizado em areia de quartzo com granulometria adequada.
A Figura 1 mostra, em corte, a composição interna dos fusíveisD e NH. 
 
Figura 1 - Composição Interna dos Fusíveis D e NH 
Fonte: WEG (2007a, p. 234).
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18 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Em função da corrente nominal 
de cada fusível, o elemento fusível 
poderá ter várias formas. Consti-
tui-se de um ou mais fios ou lâmi-
nas em paralelo, com trechos de 
seção reduzida e, ainda, com um 
ponto de solda de maior vulnera-
bilidade cuja temperatura de fusão 
é menor que o elemento fusível, 
atuando assim em sobrecargas de 
longa duração.
Em circuitos de potência são uti-
lizados fusíveis D ou NH com o 
objetivo de proteger a carga ali-
mentada contra correntes de cur-
to-circuito e de forma seletiva (em 
combinação com relés) contra so-
brecargas de longa duração. Já na 
proteção de circuitos de comando 
geralmente são utilizados fusíveis 
tipo D com características de in-
terrupção retardada.
Existem diversos critérios de 
classificação de fusíveis. Den-
tre eles, os mais utilizados são 
o da tensão de alimentação 
(baixa ou alta tensão) e o das 
características de interrupção 
(retardados ou ultrarrápidos).
Os fusíveis utilizados na prote-
ção de circuitos de alimentação 
de motores são da classe funcio-
nal (gL), o que indica que é um 
elemento de proteção geral e sua 
característica é de interrupção de 
efeito retardado (gG). Os moto-
res, que são cargas indutivas no 
instante da partida, necessitam 
de uma corrente diversas vezes 
maior que a corrente nominal e 
que deverá ser tolerada. No caso 
de fusíveis ultrarrápidos, em fun-
ção da corrente de partida, eles 
não suportariam essa corrente e 
queimariam, situação que estaria 
em desacordo com a função do 
fusível, pois a corrente de partida 
não representa nenhuma condi-
ção anormal.
DICA 
Os tempos determinados abaixo foram retirados de dados práticos 
levando em consideração o tempo máximo de rotor bloqueado dos 
motores. É importante ressaltar que os tempos de partida podem 
variar de acordo com cada tipo de carga.
Tempo de partida (aceleração):
 ▪ partida direta: 5s;
 ▪ partida estrela-triângulo: 10s;
 ▪ partida compensadora: 15s;
 ▪ partida estrela série-paralelo: 10s.
Caso o fusível retardado seja submetido a condições de curto-circuito, 
a corrente de interrupção instantânea é muito semelhante aos fusíveis 
ultrarrápidos, pois a intensidade térmica é elevada a tal nível que funde o 
elemento fusível instantaneamente.
Outro critério importante de classificação dos fusíveis é a forma construtiva, 
basicamente são classificados em tipo D (diametral) e tipo NH (alta capaci-
dade, baixa tensão).
Os fusíveis tipo D (ver Figura 2) têm sua aplicação voltada para proteção 
de curto-circuito em instalações residenciais, comerciais e industriais. 
Estão disponíveis em diversas correntes normalizadas (dependendo do 
fabricante), com capacidade de ruptura de acordo com a corrente do fu-
sível de 100 kA, 70 kA e 50 kA e tensão máxima de 500 V.” (WEG, 2007a, 
p. 235). 
Figura 2 - Fusível Tipo “D”
Fonte: Adaptado de WEG (2008a, p. 5).
Os fusíveis do tipo NH [ver Figura 3] têm sua aplicação mais restrita na 
indústria. Deverão ser manuseados apenas por pessoal qualificado para 
a intervenção e substituição deste elemento em circuitos de potência. 
Também estão disponíveis em diversos valores de correntes normaliza-
das (dependendo do fabricante), com capacidade de ruptura de 120 kA 
e tensão máxima de 500 V. 
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19INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Normalmente, utilizam-se os fu-
síveis tipo D até os valores de 
corrente disponíveis para estes 
e, somente acima desse valor de 
corrente, utiliza-se os tipo NH, 
por questões econômicas. (WEG, 
2007a, p. 235). 
Figura 3 - Fusível Tipo “NH”
Fonte: Adaptado de WEG (2008a, p. 2).
Nas figuras 4 e 5 estão apresenta-
das as curvas de tempo em rela-
ção à corrente do fusível.
Figura 4 - Curva Característica Fusível Tipo D
Fonte: WEG (2008a, p. 7).
Figura 5 - Curva Característica Fusível tipo NH
Fonte: WEG (2008a, p. 4).
SEção 2
Disjuntores
Nesta seção serão apresentados 
os disjuntores e minidisjuntores, 
os materiais que os compõem, 
suas utilidades e forma de atua-
ção. 
Os disjuntores são dispositivos de 
proteção de circuitos mais comuns 
em baixa tensão. 
Na maioria das aplicações, são 
termomagnéticos, equipados com 
disparo térmico (proteção contra 
sobre carga – característica de 
longa duração) e disparo eletro-
magnético (proteção contra cur-
to-circuito – característica instan-
tânea). Geralmente são instalados 
em quadros de distribuição.
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20 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Os minidisjuntores são dispositivos de proteção desenvolvidos 
com o objetivo de proteger as instalações elétricas contra so-
brecarga e curto-circuito. Também podem ser utilizados na pro-
teção de equipamentos elétricos levando em conta as especifi-
cações técnicas (corrente nominal, capacidade de interrupção 
de curto-circuito e curva de disparo). 
Com disponibilidade de diversas correntes e curvas de disparo, depen-
dendo do fabricante, os minidisjuntores podem ser monopolar, bipolar, 
tripolar ou até tetrapolar. 
Figura 6 - Minidisjuntores
Fonte: Adaptado de WEG (2006, p. 2).
Os minidisjuntores possuem 
mecanismos de disparo livre, o 
que garante a atuação do disjun-
tor mesmo que a alavanca de 
acionamento esteja travada na 
posição ligada. Disparadores 
térmicos contra sobrecarga e 
magnéticos contra curto-circuito 
garantem uma atuação rápida e 
segura na detecção e extinção 
da falha. Em caso de curto-cir-
cuito, contatos especiais de pra-
ta garantem a segurança contra 
soldagem produzida pelo arco 
elétrico. Já a câmara de extinção 
de arco tem por função absorver 
toda a energia liberada pelo arco 
elétrico e extinguir o mesmo 
caso ocorra um curto-circuito. 
(WEG, 2007a, p. 333).
DICA 
Não é possível formar 
um minidisjuntor bipolar 
interligando apenas as 
manoplas de dois mono-
polares. Há um intertrava-
mento interno do meca-
nismo de disparo.
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21INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 7 - Características Construtivas
Fonte: ABB (2004, p. 4).
Os minidisjuntores curva de dis-
paro B possuem de 3 a 5 vezes 
a corrente nominal do disparo 
instantâneo. Com esta caracte-
rística os disjuntores curva B são 
voltados à proteção de cargas 
resistivas. Ex.: chuveiros, tornei-
ras elétricas, aquecedores elétri-
cos, etc.
Os minidisjuntores curva de dis-
paro C possuem de 5 a 10 vezes 
a corrente nominal do disparo 
instantâneo. Com esta carac-
terística os disjuntores curva 
C desempenham a função de 
proteger cargas indutivas. Ex.: 
lâmpadas fluorescente, circuitos 
com cargas motrizes, etc. (WEG, 
2007a, p. 334).
Figura 8 - Curva de disparo
Fonte: WEG (2008b, p. 3).
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22 CURSOS TÉCNICOS SENAI
É importante ressaltar que 
para se obter uma seleção 
adequada do disjuntor, sua 
corrente nominal deverá ser, 
na maioria dos casos, menor 
ou igual à corrente máxima 
admitida pelo condutor da 
instalação (capacidade de cor-
rente dos condutores forneci-
da pelos fabricantes).
Os disjuntores em caixa molda-
da são acionados pela aplicação 
de uma força externa (alavanca, 
motor, etc.) sobre um elemento 
que tem como função acionar um 
conjunto de contatos principaise 
auxiliares, ao mesmo instante que 
comprime um jogo de molas de 
abertura. Ao final do percurso do 
mecanismo de acionamento, uma 
trava mantém o sistema de posi-
ção dos contatos fechados e as 
molas de abertura comprimidas. 
Figura 9 - Disjuntor em Caixa Moldada
Fonte: WEG (2009a, p. 2).
Um comando de abertura, direta-
mente no mecanismo ou por meio 
do sistema de disparo, provoca o 
destravamento do mecanismo 
que ocasiona a separação brusca 
dos contatos fechados provoca-
dos pela liberação das molas de 
abertura comprimidas. Com a 
abertura dos contatos principais 
ocorre a interrupção de corrente 
no circuito que tem valor máximo 
denominado na capacidade de in-
terrupção. A Figura 10 demonstra 
o funcionamento dos disjuntores 
em caixa moldada.
Figura 10 - Funcionamento de Disjuntores em Caixa Moldada
Fonte: WEG (2007a, p. 296).
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23INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
O disjuntor-motor pode ser uti-
lizado na proteção de circuitos 
elétricos e partida/proteção de 
motores. Com elevada capacida-
de de interrupção, possibilita sua 
aplicação mesmo em instalações 
com elevado nível de curto-circui-
to. Garante ainda proteção total 
ao circuito e ao motor por meio 
de seus disparadores térmicos 
(ajustáveis para proteção contra 
sobrecargas e equipados também 
com mecanismos diferenciados 
com sensibilidade à falta de fase) e 
magnéticos (calibrados para pro-
teção contra curtos-circuitos e as-
sim suportar a corrente de partida 
do motor).
O disjuntor-motor é acionado 
pelos botões ou é rotativo, depen-
dendo do modelo e fabricante e 
tem a função de indicação de dis-
paro, permitindo ao usuário veri-
ficar visualmente o desligamento 
manual do disjuntor ou de seu dis-
paro via mecanismo de proteção. 
O mecanismo de acionamento 
pode ser bloqueado com cadeado 
ou similar na posição desligado, 
garantindo assim segurança em 
manutenções.
A utilização deste dispositivo na 
proteção de motores em substi-
tuição às proteções tradicionais, 
fusível e relé térmico, incorpora-
das a um único dispositivo, traz 
uma série de vantagens, das quais 
destacam-se:
 ▪ funciona como chave geral;
 ▪ desligamento simultâneo de 
todas as fases, evitando funciona-
mento bifásico;
 ▪ união perfeita entre as curvas 
de proteção térmica e magnética 
com possibilidade de regulagem 
desta última também;
 ▪ em caso de abertura por cur-
to-circuito, basta rearmá-lo, não 
necessitando sua substituição.
Figura 11 - Disjuntor Motor com Acio-
namento por Botão e Rotativo
Fonte: WEG (2009b, p. 5-7).
A curva de disparo do disjuntor-
motor apresenta como caracterís-
tica o tempo de disparo em rela-
ção à corrente nominal. As curvas 
demonstram valores médios das 
faixas de tolerâncias para tempe-
ratura ambiente de 20 °C, inicial-
mente em estado frio. Quando 
trabalhando em temperatura de 
operação, o tempo de disparo tér-
mico é reduzido para aproximada-
mente 25% do valor apresentado. 
Em condições normais de ope-
ração, todos os três contatos do 
disjuntor devem conduzir. Para 
obter informações precisas sobre 
a curva de disparo, deve-se con-
sultar o catálogo ou o manual do 
disjuntor-motor, específico para 
cada modelo e fabricante.
Figura 12 - Posição de Montagem 
Disjuntor Motor
Fonte: WEG (2009b, p. 37).
123
3
3
3
3
DD 720 0
TMP
I S 140
D
360°
1L1
2L2
3L3
Na Seção 3 você conhecerá um 
dispositivo que protege contra 
choques elétricos e incêndios. 
SEção 3
Interruptores 
diferenciais residuais
Os interruptores diferenciais 
residuais (DRs) são utilizados 
para proteção de pessoas e 
instalações elétricas tanto 
em contatos diretos quanto 
indiretos e ainda na proteção 
contra os efeitos de correntes 
de fuga terra, detectando as 
fugas de corrente que pos-
sam existir em circuitos elétri-
cos. Este dispositivo garante 
a segurança contra choques 
elétricos e incêndios. Apesar 
de se ter a sensação de cho-
que, em caso de contato da 
fase com o corpo humano, 
não há risco de vida, caso o 
circuito seja protegido por 
este dispositivo.
Figura 13 - Interruptores Diferenciais 
Residuais 
Fonte: Adaptado de WEG (2006, p. 3).
Quando o assunto é choque elé-
trico, de acordo com a IEC 60479, 
deve- se distinguir duas situações: 
riscos de contatos diretos e ricos 
de contatos indiretos.
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24 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Segundo a ABNT NBR 5410 
(ABNT, 2004), contatos diretos 
são aqueles que ocorrem direta-
mente com as partes vivas, ou seja, 
partes sob tensão em condições 
normais de serviço, por exemplo, 
o toque acidental de uma pessoa 
com o barramento energizado de 
um quadro de distribuição. Já os 
contatos indiretos são aqueles que 
ocorrem com partes que não são 
vivas em condições normais. Em 
se tratando dos efeitos causados 
ao corpo humano, tanto faz se o 
contato é direto ou indireto.
Os DRs são ideais no controle de 
isolação da instalação, evitando 
disperdícios de energia por fuga 
excessiva de corrente e garantin-
do assim uma qualidade da insta-
lação.
DICA 
O dispositivo (DR) não deso-
briga a utilização de prote-
ções contra sobrecorrente 
e também não dispensa o 
aterramento das massas.
O primeiro fator a ser analisado se um DR pode ser aplicado na pro-
teção contra contatos diretos e indiretos ou apenas na proteção contra 
contatos indiretos é a sensibilidade ou corrente diferencial residual no-
minal de atuação (I∆n) do dispositivo.
O dispositivo com corrente diferencial residual nominal de 30 mA po-
derá ser aplicado na proteção contra contatos diretos e indiretos por ser 
tratar de um dispositivo de alta sensibilidade. 
Já o dispositivo com corrente diferencial de 300 mA, por se tratar de 
um dispositivo de alta sensibilidade, deverá ser aplicado apenas na pro-
teção contra contatos indiretos ou na proteção contra risco de incêndio 
(conforme normas de instalação), limitando as corrente de fuga à terra 
em locais com materiais inflamáveis, em processo ou armazenados. Ex.: 
papel, fragmentos de madeira, plásticos, líquidos inflamáveis, etc.
Existem também interruptores diferenciais projetados para operar com 
correntes de fuga de 500 mA, porém eles só protegem as instalações 
contra riscos de incêndio, não oferecendo segurança contra riscos aos 
usuários.
O interruptor diferencial tem como função monitorar perma-
nentemente, por meio de um transformador de corrente toroi-
dal, a soma vetorial das correntes que percorrem todo o circui-
to. Em condições normais de funcionamento, onde o circuito 
estiver operando sem problemas, a soma vetorial das correntes 
deverá ser praticamente nula.
Caso o circuito apresente alguma falha de isolamento em um equipa-
mento alimentado por esse circuito, ocasionando um fuga de corrente à 
terra, a soma vetorial das correntes que percorrem o circuito protegido 
pelo dispositivo não é mais nula, é justamente essa diferença de corrente 
que o DR tem a função de detectar. 
Da mesma forma, se uma pessoa tocar uma parte viva do circuito prote-
gido, a corrente irá circular pelo corpo humano, provocando igualmente 
um desequilíbrio na soma vetorial das correntes. Esse desequilíbrio será 
também detectado pelo DR tal como se fosse uma corrente de falta à 
terra.
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25INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 14 - Curva de Funcionamento 
Fonte: WEG (2006, p. 4).
Figura 15 - Diagrama de Ligação
Fonte: ABB (2004, p. 10).
Os interruptores diferenciais residuais bipolares são utilizados normal-
mente na proteção de sistemas fase/neutro ou fase/fase. Já os interrup-
tores diferenciais residuais podem ser utilizados em qualquer tipo de 
rede. Caso utilizar o DR tetrapolar como bipolar, a fase deverá passar 
pelosterminais 5-6 e o neutro por 7-8. Todos os condutores do circuito 
devem ser conectados ao DR, entretanto, o terra não deverá ser conec-
tado ao dispositivo. Após a saída do dispositivo, o condutor neutro deve 
permanecer isolado de toda a instalação e não pode ser conectado ao 
terra.
Na seção anterior você pôde estudar os interruptores diferenciais resi-
duais (DRs), um dispositivo utilizado para proteger o homem de cho-
ques elétricos e incêndios.
Agora, na Seção 4, você aprenderá sobre os dispositivos contatores e 
visualizará os elementos que compõem esse dispositivo.
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26 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SEção 4 
Contatores
Os contatores são dispositivos de 
manobra mecânica, não manual, 
eletromagnética, que têm uma 
única posição de repouso. São 
construídos para elevada frequ-
ência de manobras, capazes de es-
tabelecer, conduzir e interromper 
correntes em condições normais 
do circuito, inclusive suportar so-
brecargas no funcionamento. 
De acordo com a sua aplicação, o 
contator pode ser utilizado indivi-
dualmente ou acoplado a relés de 
sobrecarga. Existem contatores 
de potência e contatores auxilia-
res.
Figura 16 - Contator
Fonte: WEG (2007a, p. 247).
Os principais elementos construti-
vos de um contator são: contatos 
(principais e auxiliares), sistema de 
acionamento (bobina), carcaça e 
acessórios. 
Os contatos principais em estado 
fechado desempenham a função 
de ligação entre a rede e a carga 
conduzindo corrente ao circuito 
principal. Esses contatos são pro-
jetados para que tenham capaci-
dade de estabelecer e interromper 
correntes de cargas resistivas, ca-
pacitivas e indutivas. O profissio-
nal da área deve observar a cate-
goria de emprego deste contator.
1. Carcaça inferior
2. Núcleo fixo
3. Anel de curto-circuito
4. Bobina
5. Mola de curso
6. Núcleo móvel
7. Cabeçote móvel
8. Contatos móveis principais
9. Contatos móveis auxiliares
10. Molas de contato
11. Contatos fixos principais
12. Contatos fixos auxiliares
13. Parafusos com arruelas
14. Carcaça superior
15. Capa
Figura 17 - Elementos Construtivos do Contator
Fonte: WEG (2007a, slide 7).
01
02
03
04
05
06
0711
08
09
10
14
15
12
13
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27INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
DICA 
Os contatos principais nos 
contatores geralmente se-
rão em número de três, 
quatro eventualmente e, 
em casos específicos, dois 
e até um.
Os contatos auxiliares dimensio-
nados com função de comutação 
de circuitos auxiliares de coman-
do, sinalização e intertravamento, 
entre outras aplicações, podem 
ser do tipo NA (Normalmente 
Aberto) ou NF (Normalmente 
Fechado), e ainda adiantados ou 
retardados, dependendo das ca-
racterísticas do contato.
Figura 18 - Blocos de Contatos 
Auxiliares
Fonte: Adaptado WEG (2007a, p. 246).
Seu acionamento eletromagnético 
é realizado através da alimentação 
da bobina que pode ser de cor-
rente alternada (CA) ou contínua 
(CC), por serem dotados de siste-
mas específicos (bobina, núcleo) 
para cada tipo de corrente.
Em seguida você observará deta-
lhadamente essas formas de acio-
namento. 
Acionamento CA
Ao alimentar a bobina um cam-
po magnético é gerado, atraindo 
o núcleo móvel, ocasionando as-
sim a movimentação dos contatos 
principais e auxiliares. 
Para contatores acionados por 
corrente alternada, existem os 
anéis de curto-circuito, que estão 
fixos sobre o núcleo do contator, 
geralmente fixos no núcleo fixo. 
Para contatores com um anel na 
parte fixa e outro na parte mó-
vel, deve-se observar, na hora da 
montagem, para que fique um 
anel voltado para cima e outro 
para baixo; os anéis evitam o ruí-
do devido à passagem da corrente 
alternada por zero.
Um entreferro reduz a remanên-
cia após a interrupção da tensão 
de comando e evita o “colamen-
to” do núcleo. Após a desenergi-
zação da bobina de acionamento, 
o retorno dos contatos principais 
e auxiliares para a posição original 
de repouso é efetuado através de 
molas.
Acionamento CC
O que difere o acionamento 
CC do CA é a constituição do 
circuito magnético que não 
apresenta anéis de curto-cir-
cuito e ainda possui bobina 
de enrolamento com deriva-
ção (parte para atracamento 
e outra para manutenção), 
um contato NF retardado na 
abertura que curto-circuita 
parte do enrolamento duran-
te o atracamento.
A derivação desse enrolamento 
tem a função de reduzir a potên-
cia absorvida pela bobina após o 
fechamento do contator, evitando 
dessa forma o sobreaquecimento 
e a queima da bobina.
Recomenda-se aplicar aciona-
mento CC em circuitos onde os 
equipamentos de acionamento da 
bobina sejam sensíveis aos efeitos 
causados pela tensão induzida do 
campo magnético da corrente al-
ternada (semicondutores) muito 
comum em circuitos que com-
põem CLP, inversores de frequ-
ência e soft-starter. 
Segundo a norma IEC 947-4, a 
identificação de contatores e de-
mais dispositivos de manobra de 
baixa tensão é utilizada para for-
necer informações a respeito da 
função de cada terminal e sua 
localização em relação a outros 
terminais e facilitar e uniformizar 
a execução de projetos e a monta-
gem de painéis.
As bobinas são identificadas de 
forma alfanumérica com A1 e A2. 
Os terminais do circuito principal 
(potência) são identificados por 
números unitários e por sistema 
alfanumérico como na figura a 
seguir.
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28 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 19 - Identificação de Terminais de Potência
Fonte: WEG (2007a, p. 247).
Os terminais 1L1, 3L2 e 5L3 geralmente são conectados aos dispositivos 
de seccionamento ou proteção, sendo que os terminais do contator fi-
cam voltados para a rede (fonte de alimentação) e os terminais 2T1, 4T2 
e 6T3 são conectados aos relés de sobrecarga ou diretamente à carga.
Os terminais dos contatos auxiliares são identificados ou marcados nos 
diagramas, através de figura com dois números, a unidade representa 
a função do contato e a dezena representa a sequência de numeração 
conforme Figura 20.
Figura 20 - Identificação de Terminais dos Contatos Auxiliares
Fonte: WEG (2007a, p. 247).
Os números de função 1,2 são utilizados para designação de contatos 
Normalmente Fechados e os números de função 3,4 são utilizados para 
designação de contatos Normalmente Abertos. 
Figura 21 - Identificação dos Contatos 
Auxiliares
Fonte: WEG (2007a, p. 248).
Os traços que antecedem os nú-
meros de função indicam a sequ-
ência. Seguindo a norma, os ter-
minais pertencentes a um mesmo 
elemento de contato devem rece-
ber o mesmo número de sequên-
cia. No entanto, contatos com o 
mesmo número de função devem 
receber número de sequência di-
ferente. Os números de função 
5-6 são designações de contatos 
NF retardados na abertura, en-
quanto os números de função 7-8 
são utilizados para designar a fun-
ção de contatos NA adiantados 
no fechamento. Na Figura 22 é 
possível observar como se dá essa 
identificação.
Figura 22 - Identificação de Sequência 
dos Contatos
Fonte: Adaptado de WEG (2007a, p. 
248).
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29INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
A vida útil mecânica é obtida 
pela da realização de ensaios, de-
terminando, assim, o número de 
manobras sem carga que o conta-
tor poder realizar sem apresentar 
defeitos mecânicos. Esse ensaio é 
realizado com o contator instala-
do sob condições usuais de servi-
ço, com classe de funcionamento 
intermitente.
Já a vida útil elétrica é determina 
pelos ensaioscom o contator sob 
carga, sendo obtido assim o nú-
mero de manobras que os conta-
tos dos polos podem efetuar sem 
apresentar defeitos necessitando 
de manutenção. Esse fator ligará 
diretamente a categoria de empre-
go, da corrente e tensão nominal 
de serviço. 
Os ensaios para determinar a 
vida útil elétrica são realizados 
nos regimes de emprego AC3 e 
AC4, podendo variar dependendo 
do tipo de fabricante. A vida útil 
elétrica dos contatos está situada 
na faixa de um milhão de mano-
bras em regime AC3. Já a vida útil 
mecânica está situada na faixa de 
dez milhões de manobras, o que 
garante o perfeito funcionamen-
to do contator durante toda a sua 
vida útil elétrica.
DICA 
É importante ressaltar que a elevada vida útil mecânica não garante 
que se poderá efetuar diversas substituições dos contatos. A subs-
tituição dos contatos é apenas uma opção válida e muito emprega-
da, mas deve ser levado em conta que a cada manobra do contator 
é ocasionado faiscamento, em especial na abertura. Esse processo 
provoca a carbonização das partes internas e o depósito de material 
condutor nas câmaras do contator, fator determinante na vida útil 
elétrica do contator. Sempre que se substituir apenas os contatos, 
deve-se observar esses aspectos e verificar junto ao fabricante a dis-
ponibilidade de venda de contatos avulsos.
Os contatores devem ser montados preferencialmente na vertical em 
local que não está sujeito à trepidação. É permitida uma inclinação em 
relação ao plano de montagem de aproximadamente 30°, o que possibi-
lita a instalação em navios. 
É importante observar que tipo de contator está sendo instalado e ainda 
seguir as orientações de inclinação e posicionamento de cada fabricante.
Figura 23 - Posição de Montagem de Contatores
Fonte: WEG (2010, p. 15).
Ao dimensionarmos os contato-
res devemos ter a máxima aten-
ção, pois a seleção correta do 
dispositivo é que definirá o bom 
funcionamento de máquinas e 
equipamentos por ele acionado, 
tal como sua vida útil tanto elétri-
ca quanto mecânica especificada 
pelo fabricante. 
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30 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Seguindo os critérios definidos 
para a seleção dos contatores, 
podemos otimizar e garantir uma 
maior segurança contra colamen-
to de contatos e possibilitar uma 
maior vida útil elétrica. Do ponto 
de vista elétrico, o processo de li-
gação depende do circuito que o 
contator está operando, em cor-
rente contínua ou alternada.
Em corrente alternada:
 ▪ cargas resistivas – a tensão 
está em fase com a corrente;
 ▪ cargas indutivas – surge uma 
defasagem entre a tensão e a cor-
rente. a corrente antes de se esta-
bilizar, passa por um transitório, 
que pode ser desmembrada em 
dois componentes, a alternada 
e a contínua. Este componente 
contínua decresce em função da 
constante de tempo do circuito, 
L/R;
 ▪ cargas capacitivas – ocorre, 
igualmente, uma defasagem entre 
a tensão e a corrente. A estabi-
lização da corrente transitória 
acontece com uma velocidade 
que é dependente da constante 
de tempo, RxC.
Em corrente contínua:
 ▪ cargas indutivas – a corrente 
não assume instantaneamente 
um valor nominal, por causa da 
indutância do circuito, que difi-
culta o crescimento. A constante 
de tempo do circuito é dada pela 
relação entre o valor final da 
corrente e a velocidade inicial de 
crescimento da mesma. A corrente chega a 95% de seu valor final após 
um tempo de três vezes a constante de tempo. Em sistemas industriais, 
esta constante apresenta valores de até 15 ms;
 ▪ cargas capacitivas – a corrente é limitada pela resistência do cir-
cuito e podem ocorrer picos. O comportamento do circuito é definido 
pela constante de tempo, RxC, que é inversamente proporcional à 
velocidade de decréscimo da corrente.
Acompanhe os critérios de escolha mais importantes.
Categoria de emprego
Por meio da categoria de emprego são definidas as condições para es-
tabelecer e interromper a corrente e a tensão nominal de serviço cor-
respondente para a utilização em condições normais de operação do 
contator nos mais diversos tipos de aplicação para CA e CC.
Observe o quadro a seguir:
Tipo de 
corrente
Categorias de 
emprego
Aplicações típicas
CA
AC – 1
Manobras leves; carga ôhmica ou pouco 
indutiva (aquecedores, lâmpadas incandes-
centes e fluorescentes compensadas).
AC – 2
Manobras leves; comando de motores com 
anéis coletores (guinchos, bombas, com-
pressores). Desligamento em regime.
AC – 3
Serviço normal de manobras de motores 
com rotor gaiola (bombas, ventiladores, 
compressores). Desligamento em regime.*
AC – 4
Manobras pesadas. Acionar motores com 
carga plena; comando intermitente (pulsa-
tório); reversão à plena marcha e paradas 
por contracorrente (pontes rolantes, tor-
nos, etc.).
AC – 5a
Chaveamento de controle de lâmpadas de 
descargas elétricas.
AC – 5b
Chaveamento de lâmpadas 
incandescentes.
AC – 6a Chaveamento de transformadores.
AC – 6b Chaveamento de bancos de capacitores.
AC – 7a
Aplicações domésticas com cargas pouco 
indutivas e aplicações similares.
AC – 7b
Cargas motoras para aplicações 
domésticas.
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31INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Tipo de 
corrente
Categorias de 
emprego
Aplicações típicas
CA
AC – 8a
Controle de compressor-motor 
hermeticamente refrigerado com reset 
manual para liberação de sobrecarga.**
AC – 8b
Controle de compressor-motor 
hermeticamente refrigerado com 
reset automático para liberação de 
sobrecarga.**
AC – 12 
Controle de cargas resistivas e cargas de 
estado sólido com isolamento através de 
acopladores ópticos.
AC – 13 
Controle de cargas de estado sólido com 
transformadores de isolação.
AC – 14 
Controle de pequenas cargas 
eletromagnéticas (≤ 72 VA).
AC – 15 
Controle de cargas eletromagnéticas (> 72 
VA).
CC
DC – 1
Cargas não indutivas ou pouco indutivas 
(fornos de resistência).
DC – 3 
Motores CC com excitação independente: 
partindo em operação contínua ou em 
chaveamento intermitente. Frenagem 
dinâmica de motores CC.
DC – 5 
Motores CC com excitação série: partindo 
operação contínua ou em chaveamento 
intermitente. Frenagem dinâmica de 
motores CC.
DC – 6 
Chaveamento de lâmpadas 
incandescentes.
DC – 12 
Controle de cargas resistivas e cargas de 
estado sólido através de acopladores óp-
ticos.
DC – 13 Controle de eletroímãs.
DC – 14 
Controle de cargas eletromagnéticas que 
têm resistores de economia no circuito.
* A categoria AC – 3 pode ser usada para regimes intermitentes 
ocasionais por um período de tempo limitado como em set-up de 
máquinas; durante tal período de tempo limitado o número de 
operações não pode exceder 5 por minuto ou mais que 10 em um 
período de 10 minutos.
** Motor-compressor hermeticamente refrigerado é uma combinação 
que consiste em um compressor e um motor, ambos enclausurados em 
um invólucro, com eixo não externo, sendo que o motor opera nesse 
meio refrigerante.
Quadro 2 - Categorias de emprego de contatores conforme IEC 947-4 
Fonte: WEG (2007a, p. 257).
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32 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Após a determinação da categoria 
de emprego do contator, deve-se 
fazer a seleção da tensão principal, 
potência ou corrente a acionar.
Tensão de comando
A tensão de comando é um cri-
tério empregado após a definição 
do tipo de contator a ser utiliza-
do, juntamente com a frequência 
da rede. Diferencia-se a princípio 
pelo sistema utilizado, sendo mais 
usada a tensão em corrente alter-
nada e com menor incidência em 
correntecontínua.
Frequência de mano-
bras
A frequência de manobras, ou o 
número de manobras por hora 
que o contator poderá realizar, 
também é um fator fundamental 
na seleção dos contatores, pois 
quanto maior este valor, menor 
será a vida dos contatos. Os va-
lores de frequência de manobras 
para os diversos tipos de aplicação 
podem ser encontrados nos catá-
logos fornecidos pelo fabricante.
Quantidade de conta-
tos auxiliares
A quantidade de contatos auxilia-
res dependerá das necessidades 
de comando intertravamento e 
sinalizações constantes em cada 
circuito.
Na seção que você acabou de estudar foram trabalhados diversos con-
ceitos referentes ao contator, dentre eles você aprendeu: os elementos 
que constroem um contator, as formas de acionamento, que podem ser 
de corrente alternada (CA) ou contínua (CC), e as aplicações do conta-
tor.
Na próxima seção que você iniciará será apresentado um dispositivo 
utilizado para proteger o superaquecimento dos equipamentos elétricos. 
SEção 5
Relés de sobrecarga
Relés de sobrecarga são dispositivos constituídos por um par de lâ-
minas metálicas (um par por fase), com princípio de funcionamento 
baseado nas diferentes dilatações térmicas que os metais apresentam 
quando submetidos a uma variação de temperatura. Também são 
constituídos por um mecanismo de disparo contido num invólucro 
isolante e com alta resistência térmica.
Figura 24 - Relé de Sobrecarga
Fonte: Adaptado de WEG (2010, p. 10).
Relés de sobrecarga são aplicados na proteção de um possível supera-
quecimento dos equipamentos elétricos, como transformadores e mo-
tores.
O superaquecimento do motor pode ser ocasionado por sobrecarga mecâ-
nica na ponta do eixo, tempo de partida elevado, rotor bloqueado, falta de 
fase ou variações excessivas de tensão e frequência da rede. 
Nos possíveis problemas apresentados acima, o aumento de corrente 
(sobrecorrente) no motor é monitorado por todas as fases do relé de 
sobrecarga.
Conforme visto na representação 
esquemática acima, um relé de 
sobrecarga pode ser dividido em 
duas partes. 
Circuito auxiliar ou de 
comando
O circuito auxiliar é constituído 
basicamente dos contatos auxilia
res (NA – Normalmente Aberto e 
NF – Normalmente Fechado) por 
onde deverá circular toda a cor
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33INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
1. Botão de rearme
2. Contatos auxiliares
3. Botão de teste
4. Lâmina bimetálica auxiliar
5. Cursor de arraste
6. Lâmina bimetálica principal
7. Ajuste de corrente
Figura 25 - Representação Esquemática de um Relé Térmico de Sobrecarga
Fonte: WEG (2007a, p. 271).
Conforme visto na representação 
esquemática acima, um relé de 
sobrecarga pode ser dividido em 
duas partes. 
Circuito principal ou de 
potência
O circuito principal é constitu-
ído de três pares de lâminas 
bimetálicas de aquecimento, 
alavanca de desarme, ter-
minais de entrada (1L1, 3L2 
e 5L3) e terminais de saída 
(2T1, 4T2 e 6T3).
Circuito auxiliar ou de 
comando
O circuito auxiliar é constituído 
basicamente dos contatos auxilia-
res (NA – Normalmente Aberto e 
NF – Normalmente Fechado) por 
onde deverá circular toda a cor-
rente de comando, botão de regulagem, botão de rearme (reset), botão de 
seleção (manual e automático) e bimetal de compensação da temperatu-
ra (possibilitando que o relé tenha condições de operação na faixa de -20 
a 50 °C sem alterações na curva de desarme).
Com a passagem da corrente nominal do motor (corrente para a qual 
o relé foi ajustado), os bimetais se curvam. A curvatura do elemento 
ocorre porque o bimetal é constituído por uma liga de dois materiais 
com coeficientes de dilatação diferentes, sendo que a curvatura será para 
o lado com material com menor coeficiente de dilatação.
Figura 26 - Deflexão do Bimetal
Fonte: WEG (2007a, p. 272).
Com a circulação da corrente nominal do motor ocorre a curvatura dos 
bimetais, mas é insuficiente para o desarme. Caso ocorra uma sobre-
carga, os bimetais apresentarão uma curvatura maior ocasionando o 
deslocamento da alavanca de desarme. Tal deslocamento é transmitido 
mecanicamente ao circuito auxiliar, provocando o desarme do mesmo. 
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34 CURSOS TÉCNICOS SENAI
A atuação do relé não sofre in-
fluência da variação da tempera-
tura ambiente, pois o bimetal de 
compensação sofrerá o mesmo 
deslocamento, mantendo assim 
a relação inicialmente definida. 
Com o auxílio de um dial pode-se 
ajustar o ponto de atuação do relé, 
ou seja, a curvatura das lâminas, 
e o consequente desligamento, 
possibilitando o ajuste do valor de 
corrente que provoca a atuação 
do relé.
Os relés são compostos por duas 
hastes móveis (1 e 2) ligadas a uma 
alavanca móvel (3). Essa alavanca é 
a responsável pela transmissão do 
movimento dos bimetais ao circuito 
auxiliar. 
Nas figuras 27, 28 e 29 estão re-
presentadas três situações:
Figura 27 - Posição de Repouso no Relé
Fonte: WEG (2007a, p. 273).
Figura 28 - Sobrecarga Bipolar no Relé
Fonte: WEG (2007a, p. 273).
Figura 29 - Sobrecarga Tripolar no Relé
Fonte: WEG (2007a, p. 273).
DICA 
Sempre que o deslocamento da alavanca 3 atingir a posição “S”, 
haverá o desarme do relé. Caso o relé sofra uma sobrecarga tripolar, 
o deslocamento dos bimetais será uniforme, deslocando as hastes 
1 e 2 que empurram a alavanca 3 em deslocamento paralelo ao dos 
bimetais, ocorrendo o desarme do relé.
No caso de uma sobrecarga bipolar, a haste 2 permanecerá na po-
sição inicial por meio do bimetal que se encontra sem corrente e 
por meio de um braço de alavanca o movimento dos bimetais sob 
corrente é transmitido para alavanca 3. Essa relação de alavancas 
amplia o movimento, desarmando o relé com uma menor dilatação 
dos bimetais. Em consequência desse sistema de alavancas, o tem-
po de desarme do relé é menor para uma sobrecarga bipolar do que 
em casos de sobrecarga tripolar.
Proteção com relés + TCs
Transformadores de corrente (TCs) são dispositivos projetados com o 
objetivo de reduzir as altas correntes dos circuitos primários, reprodu-
zindo em seus secundários a corrente de seus circuitos primários com 
uma relação previamente definida e adequada, tornando possível a utili-
zação, em seu secundário, de instrumentos de proteção de menor custo.
Em TCs as correntes de saturação para utilização em dispositivos de 
proteção atingem elevados níveis (10 a 20xIn), dessa forma, o TC não 
sofre saturação nos instantes da partida e sobrecarga de motores elétri-
cos.
Já os TCs de medição não são adequados para proteção, pois saturam 
facilmente e com esse efeito “escondem” o que realmente passa no cir-
cuito.
A relação tempo x corrente de desarme de relés térmicos de sobrecarga é 
conhecida como curva característica.
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35INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 30 - Curvas Características de 
Relés Térmicos de Sobrecarga
Fonte: WEG ([19--], p. 23). 
t = Tempo de Desarme
 
XIE = Múltiplos da Corrente de 
Regulagem
 
3 = Curva Característica para 
carregamento Tripolar
 
2 = Curva Característica para 
Carregamento Bipolar
Como se pôde observar na Figu-
ra 30, no eixo horizontal se en-
contram os valores múltiplos da 
corrente de regulagem (XI
E
) e no 
eixo vertical, o tempo de desarme 
(t). Também temos a curva 3 que 
representa o comportamento dos 
relés quando submetidos à sobre-
carga tripolar e na curva 2 para 
sobrecarga bipolar.
Os valores de desarme apresen-
tados nas curvas são válidos para 
sobrecargas a partir da tempera-
tura ambiente, sem aquecimento 
prévio, ou seja, inicialmente em 
estado frio.
Os relés, que se encontram em 
operação sob corrente nominal 
e temperatura de trabalho nor-
mal, deverãose considerados pré-
aquecidos (estado quente), um 
tempo de atuação em torno de 25 a 30% dos valores das curvas. Com 
este pré-aquecimento devido à passagem da corrente nominal, os bi-
metálicos já sofreram um deslocamento de aproximadamente 70% do 
necessário para o desarme.
DICA 
Exemplo
Nas curvas de desligamento vistas anteriormente, para uma sobre-
carga de 2xIn, tem-se, a frio, um tempo de 60s para que ocorra o 
desarme do relé. Observe a seguir como é determinado o tempo de 
resposta no caso de bimetálicos já aquecidos.
Tq = 0,3 x Tf
Tq = 0,3 x 60 = 18s
Sendo: 
 ▪ Tq = tempo de desligamento “a quente”; 
 ▪ T
f
 = tempo de desligamento “a frio”.
A norma IEC 947-4-1 especifica os tempos de desarme no caso de so-
brecarga conforme a tabela abaixo:
Tabela 3 - Tempos de desarme conforme IEC 947-4-1
Sobrecarga Tempo Estado
1,05 x I
n
> 2h a frio
1,20 x I
n
< 2h a quente
1,50 x I
n
< 4 min
< 8 min
< 12 min
classe 10
classe 20
classe 30
7,20 x I
n
4 < T
p
 < 10
6 < T
p
 < 20
9 < T
p
 < 30
classe 10
classe 20
classe 30
Fonte: WEG (2007a, p. 275).
Segundo a IEC 947, um relé térmico de sobrecarga deve ser capaz de 
trabalhar numa faixa de 5 °C a + 40 °C. Essa faixa de variação de tempe-
ratura pode oscilar dependendo do fabricante e modelo do dispositivo, 
sendo assim, deve-se observar as especificações de variação de tempe-
ratura informadas e os valores referidos à umidade relativa do ar, que 
podem variar de acordo com a temperatura ambiente.
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36 CURSOS TÉCNICOS SENAI
A fim de não sofrer influência 
com a variação da temperatura 
ambiente sobre suas caracterís-
ticas de desarme, os relés são 
montados com bimetais de com-
pensação. Para evitar que a tem-
peratura ambiente influencie no 
tempo de disparo do relé, o cur-
sor atua sobre a lâmina bimetálica 
de compensação, na qual não há 
circulação de corrente elétrica, ou 
seja, aquecida somente pela tem-
peratura ambiente que sofrerá 
uma curvatura de igual proporção 
das lâminas principais. Isso garan-
tirá que as lâminas aquecidas pela 
corrente, determinem um mesmo 
tempo de disparo em qualquer 
condição de temperatura ambien-
te.
DICA 
A posição de montagem dos 
relés deve seguir sempre as 
orientações fornecidas pelo 
fabricante, mas em geral é 
possível afirmar que os relés 
podem ser fixados em pare-
des verticais. Inclinações de 
até 30° na vertical e 90° na 
horizontal são admissíveis 
para todos os lados (sempre 
observando a limitação da 
mola dos contatores).
Figura 31 - Posição de Montagem de Relés de Sobrecarga
Fonte: WEG (2007a, p. 276).
A corrente nominal do motor é 
utilizada para ajuste do relé atra-
vés do botão de regulagem, é 
ainda característica fundamental 
na seleção do mesmo, pois a cor-
rente do motor definirá a faixa de 
corrente do relé de sobrecarga. 
Deve-se consultar as caracterís-
ticas de rede indicadas pelo fa-
bricante a cada modelo de relé, 
como é o caso de relés WEG 
apropriados para instalações com 
frequência de 0 Hz (CC) e 400 Hz, 
com restrição aos relés acoplados 
a TCs que devem ser aplicados 
em rede de 50/60 Hz. Nessa faixa 
de frequência a influência sobre 
os valores de desarme deverá ser 
desprezada. A tensão nominal de 
isolação indica o maior valor de 
tensão que o dispositivo pode su-
portar.
A proteção de um motor com relé 
de sobrecarga tem seu desempe-
nho garantido nos casos de ope-
ração contínua ou respeitado o 
limite de frequência de manobras 
do fabricante, que na maioria dos 
casos é 15 manobras/hora.
Caso os relés tripolares sejam uti-
lizados na alimentação de cargas 
monofásicas ou bifásicas a co-
nexão desse dispositivo deve ser 
efetuada conforme Figura 32, ou 
seja, dessa forma o relé se com-
porta como se estivesse carregado 
para serviço trifásico.
Figura 32 - Relé Térmico de Sobrecarga 
Tripolar para Serviço Monofásico (a) 
ou Bifásico (b)
Fonte: WEG (2007a, p. 277).
A nomenclatura utilizada para 
fornecer informações a respeito 
da numeração de sequência e da 
função de cada terminal ou sua 
localização com respeito a outros 
terminais, deve estar de acordo 
com a norma IEC 947. Seguindo 
a norma, os terminais do circuito 
principal dos relés de sobrecarga 
deverão ser marcados da mesma 
forma que os terminais de potên-
cia dos contatores.
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37INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 33 - Identificação dos Terminais de Potência do Relé de Sobrecarga
Fonte: WEG (2007a, p. 277).
Já os terminais dos circuitos auxiliares do relé deverão ser marcados da 
mesma forma que os de contatores, com funções específicas, conforme 
exemplos a seguir. O número de sequência deve ser o 9 e, se uma segun-
da sequência existir, será identificada com o zero.
Figura 34 - Identificação dos Terminais dos Contatos Auxiliares do Relé de 
Sobrecarga
Fonte: WEG (2007a, p. 278).
Figura 35 - Tecla Multifunção Relé de Sobrecarga
Fonte: WEG (2007a, p. 279).
Na próxima seção você estudará 
dispositivos que controlam o tem-
po do funcionamento, tornando 
automáticos os processos indus-
triais, as máquinas, especialmente, 
as relações de sequência, inter-
rupções de comandos e chaves de 
partida.
SEção 6
Relés de tempo
Temporizadores são disposi-
tivos de controle de tempos 
de curta duração que têm por 
finalidade fornecer um sinal 
de saída conforme sua função 
e o tempo ajustado. São uti-
lizados na automação de má-
quinas, processos industriais, 
especialmente em sequencia-
mento, interrupções de co-
mandos e chaves de partida.
Os relés de tempo com retardo na 
energização (RE) são dispositivos 
aplicados no sequenciamento de 
comandos e interrupções, painéis 
de comando e chaves compensa-
doras. Podemos encontrar estes 
relés nas configurações com 1 ou 
2 saídas NA/NF.
Com a energização dos terminais 
de alimentação A1-A2/A3-A2, 
inicia-se a contagem do tempo (t) 
ajustado no dial. Depois de trans-
corrido esse tempo, acorrerá a 
comutação dos contatos de saída, 
permanecendo nessa posição até 
que a alimentação seja interrom-
pida.
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38 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 36 - Diagrama Temporal
Fonte: WEG (2007a, p. 280).
a – Instante da Comutação dos Contatos
b – Retorno para a Posição de Repouso
T – Temporização Ajustado no Dial
Figura 37 - Diagrama de Ligação: Relé de Tempo com Retardo na Energização
Fonte: WEG (2008c, p. 7).
Alimentação: A1–A2/A3-A2.
Saída 1:
15 – Contato comum.
16 – Contato NF.
18 – Contato NA.
Saída 2:
25 – Contato comum.
26 – Contato NF.
28 – Contato NA.
Os relés de tempo estrela-triângulo (Y-D) são dispositivos fabricados 
especialmente para utilização em chaves de partida estrela-triângu-
lo. Neste relé se encontram dois circuitos de temporização, sendo 
possível ajustar apenas o controle de tempo que executa a conexão 
estrela, e o segundo, com tempo preestabelecido e fixo (100 ms) 
para controle do intervalo entre a troca das conexões estrela e tri-
ângulo. 
Com a energização dos terminais 
de alimentação A1-A2/A3-A2, o 
contato de saída estrela (15 – 18) 
comutam instantaneamente, per-
manecendo os terminais aciona-
dos durante todo o tempo (t1) 
ajustado no dial. Depois de trans-
corrida a temporização ajustada o 
contato estrela retorna ao repou-
so (15 – 16), iniciando a contagem 
do tempo (t2) fixo de 100 ms; 
ocorrido no tempo (t2) os con-
tatos de saída triângulo (25 – 28) 
serão acionados e permanecem 
acionados até que a alimentação 
seja interrompida.
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Figura 38 - Diagrama Temporal
Fonte: WEG (2007a, p. 283).
a – Instante da Comutação dos contatos
b – Retorno para a Posição de Repouso
T1 – Tempo Ajustável para Conexão Estrela
T2 – Tempo Fixo para Conexão Triângulo (100 ms)
Figura 39 - Diagrama de Ligação Relé de Tempo Estrela-Triângulo
Fonte: WEG (2008c, p. 7).
Alimentação: A1–A2/A3-A2
Saída 1: Contato Estrela
15 – Contato Comum
16 – Contato NF
18 – Contato NA
Saída 2: Contato Triângulo
25 – Contato Comum
26 – Contato NF
28 – Contato NA 
Ao especificar um temporizador, 
deve-se especificar primeiramente 
o modo de operação, em seguida, a 
faixa de ajuste do tempo, tensão de 
comando e o número de contatos, 
observando-se as configurações 
necessárias para aplicação.
A alimentação se encontra dispo-
nível em diversos níveis de tensão 
tanto em corrente alternada quan-
to em corrente contínua. Para 
consultar os níveis de tensão e fai-
xas de ajuste do temporizador, é 
indicado consultar o catálogo do 
fabricante, pois pode existir dife-
rença significativa entre os fabri-
cantes. 
A temporização desejada deve ser 
ajustada pelo seu DIAL de ajuste 
frontal cuja escala geralmente se 
apresenta em segundos, porém 
pode se encontrar temporizado-
res com escala de minutos.
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40 CURSOS TÉCNICOS SENAI
2
4 6
8
10s
16 18 A2
25 26 28
A1 15 A3
2
4 6
8
10s
1
RTW-ET
Figura 40 - Dial Ajuste de Temporização
Fonte: WEG (2008c, p. 7).
Temporizadores pneumáticos são elementos fixados diretamente na 
parte frontal dos contatores. Funcionam como temporizador com retar-
do na energização e desenergização. O bloco temporizador pneumático 
WEG possui uma faixa de ajuste de 0,1 a 30 segundos, possibilitando a 
combinação com blocos de contatos auxiliares frontais e laterais, obede-
cendo à capacidade máxima de contatos auxiliares de cada contator. Não 
possui bobina, reduz o espaço ocupado em painéis, condição esta cada 
vez mais crítica para fabricantes de máquinas e na montagem de CCMs.
Figura 41 - Temporizador pneumático
Fonte: WEG (2007a, p. 281).
1
3
1
0
30
0
,1
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41INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 42 - Diagrama de Funcionamento
Fonte: WEG (2007a, p. 282).
SEção 7
Relés de proteção
O relé de sequência de fase é o dispositivo ideal para o monitoramento 
e controle de sistemas trifásicos contra a inversão da sequência das fases 
(L1-L2-L3). Detecta qualquer inversão de sequência de fases e, por isso, 
é muito utilizado na proteção dos motores trifásicos, painéis de coman-
do e diversos acionamentos CA.
O relé de sequência de fase não comuta a saída (15-18 aberto) do relé, 
impossibilitando o sistema o qual está inserido entrar em operação. Isso 
ocorre por causa da inversão de fases na alimentação do sistema. A saída 
do relé só é comutada (15-18 fechado) para a posição que habilita a ope-
ração do sistema caso a rede elétrica esteja conectada com a sequência 
de fases adequada. 
Figura 43 - Diagrama de Funcionamento
Fonte: WEG (2008c, p. 10).
Figura 44 - Diagrama de Ligação
Fonte: WEG (2008c, p. 10).
L1/L2/L3 – Alimentação/Moni-
toramento
Saída:
15 – Contato Comum
16 – Contato NF
18 – Contato NA
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42 CURSOS TÉCNICOS SENAI
O relé de falta de fase é o dispo-
sitivo que tem como finalidade a 
proteção de sistemas trifásicos 
com ou sem neutro. 
Com neutro na 
instalação 
O relé de falta de fase com neutro 
na instalação se destina à proteção 
e ao controle de sistema trifásico 
com neutro. O dispositivo irá mo-
nitorar a falta de fase de uma ou 
mais fases e também verificar a 
tensão no neutro e efetuar o des-
ligamento, quando a falta ocorre. 
O neutro obrigatoriamente deve-
rá estar conectado ao dispositivo. 
Com contato reversor, estes dis-
positivos geralmente são forneci-
dos com retardo no desligamen-
to de até 5s para que não efetue 
desligamentos desnecessários 
durante a partida do motor que 
pode ocasionar quedas de tensão 
maiores que a estabelecida para 
atuação do dispositivo.
Sem neutro na 
instalação
O relé de falta de fase sem neutro 
na instalação se destina à prote-
ção de sistemas trifásicos contra 
falta de fase e falta de fase com 
realimentação. O dispositivo irá 
monitorar a amplitude das três 
fases estando elas dentro dos li-
mites ajustados, o dispositivo de 
proteção comuta os contatos para 
a posição de trabalho (15-18). 
Caso ocorra a queda de tensão de 
uma das fases em relação à ou-
tra para valores abaixo do limite 
percentual ajustado no DIAL de 
ajuste de sensibilidade (proteção 
contra fase fantasma do motor), 
irá comutar o contato de saída 
bloqueando o funcionamento do 
sistema. Não é necessária a cone-
xão do neutro ao dispositivo.
Ajuste de sensibilidade
A sensibilidade do relé poderá ser ajustada por meio do dial, conforme 
percentual desejado que pode variar entre 70 a 90%; o percentual ajus-
tado definirá o percentual de quebra de uma fase em relação às outras.
Figura 45 - Diagrama de Funcionamento
Fonte: WEG (2008c, p. 11).
Figura 46 - Diagrama de Ligação
Fonte: WEG (2008c, p. 11).
Relés de mínima e má-
xima tensão
Utilizados na supervisão de 
redes de alimentação mono-
fásicas e trifásicas. Permitem 
o acionamento de alarme ou 
o desligamento de circuitos 
de modo a proteger equipa-
mentos contra variação da 
tensão da rede além dos limi-
tes pré-fixados.
Ajustam-se os valores máximos 
e mínimos de tensão admissíveis 
para o equipamento a ser protegi-
do por meio de dois potenciôme-
tros independentes.
O relé de saída estará energizado 
para tensões de alimentação den-
tro da faixa ajustada e desenergi-
zado acima ou abaixo dessa. Estes 
relés também atuam por falta de 
fase sem neutro e, ainda, podem 
ser dotados de retardos no desli-
gamento de até 5s para evitar que 
ocorram desligamentos dos siste-
mas durante o tempo de partida 
no caso de instalação de motores 
de grandes potências. 
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43INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 47 - Diagrama de Funcionamento
Fonte: WEG (2008c, p. 13).
Figura 48 - Diagrama de Ligação
Fonte: WEG (2008c, p. 13).
SEção 8
Botoeiras
Nesta seção você conhecerá as 
chaves elétricas acionadas manu-
almente e aprenderá a diferenciar 
as botoeiras pulsadoras das boto-
eiras com trava.
As botoeiras são chaves elétri-
cas acionadas manualmente que 
apresentam, geralmente, um con-
tato aberto e outro fechado. De 
acordo com o tipo de sinal a ser 
enviado ao comando elétrico, as 
botoeiras são caracterizadas como 
pulsadoras ou com trava.
um contato aberto e um contato 
fechado, sendo acionada por um 
botão pulsador liso e reposiciona-
da por mola.
Figura 50 - Contato NA
Fonte: WEG (2007a, p. 341).
Enquanto o botão não for acio-
nado, os contatos 11 e 12 per-
manecem fechados, permitindo 
a passagem da corrente elétrica, 
ao mesmo tempo em que os con-
tatos 13 e 14 se mantêm aber-
tos, interrompendo a passagem 
da corrente. Quando o botão é 
acionado, os contatos se invertem 
de forma que o fechado abre e o 
aberto fecha. Soltando o botão, os 
contatos voltam à posição inicial 
pela ação da mola de retorno.
As botoeiras com trava também 
invertem seus contatos mediante 
o acionamento de um botão, en-
tretanto, ao contrário das botoei-
ras pulsadoras, permanecem acio-
nadas e travadas mesmo depois 
de cessado o acionamento.
Figura 51 - Seletora com Trava
Fonte: WEG (2008d, p. 2).
Figura 49 - Botão de Pulsador
Fonte:WEG (2008d, p. 2).
As botoeiras pulsadoras, invertem 
seus contatos mediante o aciona-
mento de um botão e, devido à 
ação de uma mola, retornam à po-
sição inicial quando cessa o acio-
namento. Essa botoeira possui 
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44 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Esta botoeira é acionada por um 
botão giratório com uma trava 
que mantém os contatos na úl-
tima posição acionada. Como o 
corpo de contatos e os bornes são 
os mesmos da Figura 51 e apenas 
o cabeçote de acionamento foi 
substituído, esta botoeira também 
possui as mesmas características 
construtivas, isto é, um contato 
fechado nos bornes 11 e 12 e um 
aberto 13 e 14. 
Quando o botão é acionado, o 
contato fechado 11/12 abre e o 
contato 13/14 fecha e se mantém 
travado na posição, mesmo de-
pois de cessado o acionamento. 
Para que os contatos retornem à 
posição inicial é necessário acio-
nar novamente o botão, agora 
no sentido contrário ao primeiro 
acionamento.
Outro tipo de botoeira com trava, 
muito usada como botão de emer-
gência para desligar o circuito de 
comando elétrico em momentos 
críticos, é acionada por botão do 
tipo cogumelo.
Figura 52 - Botoeira de Emergência 
com Trava
Fonte: WEG (2008d, p.2).
Mais uma vez, o corpo de conta-
tos e os bornes são os mesmos, 
sendo trocado apenas o cabeçote 
de acionamento. 
DICA 
O botão do tipo cogumelo, também conhecido como botão soco-
trava, quando é acionado, inverte os contatos da botoeira e os man-
tém travados. O retorno à posição inicial se faz mediante um peque-
no giro do botão no sentido horário, o que destrava o mecanismo e 
aciona automaticamente os contatos de volta para a mesma situação 
de antes do acionamento.
Observe o quadro abaixo:
IDENTIFICAÇÃO DE BOTÕES SEGUNDO IEC 73 e VDE 0199
Cores Significado Aplicações típicas
Vermelho
 ▪ Parar, desligar
 ▪ Emergência
 ▪ Parada de um ou mais motores.
 ▪ Parada de unidades de uma máquina.
 ▪ Parada de ciclo de operação.
 ▪ Parada em caso de emergência.
 ▪ Desligar em caso de sobreaquecimento 
perigoso.
Verde
 ▪ Partir, ligar, pulsar
 ▪ Partida de um ou mais motores.
 ▪ Partir unidades de uma máquina.
 ▪ Operação por pulsos.
 ▪ Energizar circuitos de comando.
Preto
Amarelo
 ▪ Intervenção
 ▪ Retrocesso. 
 ▪ Interromper condições anormais.
Azul
 ▪ Qualquer função, 
exceto as acima
 ▪ Reset de relés térmicos.
 ▪ Comando de funções auxiliares que não 
tenham correlação direta com o ciclo de 
operação da máquina. 
Branco
Quadro 3 - Identificação de botoeiras 
Fonte: WEG (2007a, p. 342).
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45INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
SEção 9
Sinaleiros 
Nesta seção você estudará a res-
peito dos indicadores luminosos, 
suas utilizações em relação às co-
res e seus significados.
Sinaleiros são indicadores lumino-
sos, são lâmpadas incandescentes 
ou LEDs, utilizados na sinalização 
visual de eventos ocorridos ou 
prestes a ocorrer. São empregados, 
geralmente, em locais de boa visi-
bilidade que facilitem a visualização 
do sinalizador.
Figura 53 - Lâmpada de Sinalização
Fonte: WEG (2008d, p. 3).
Observe o quadro abaixo:
IDENTIFICAÇÃO DE SINALEIROS SEGUNDO IEC 73 e VDE 0199
Cores Significado Aplicações típicas
Vermelho
 ▪ Condições anormais, 
perigo ou alarme
 ▪ Temperatura excede os limi-
tes de segurança
 ▪ Aviso de paralisação (ex.: 
sobrecarga).
Amarelo
 ▪ Atenção, cuidado
 ▪ O valor de uma grandeza 
aproxima-se de seu limite.
Verde
 ▪ Condição de serviço 
segura
 ▪ Indicação de que a máquina 
está pronta para operar.
Branco
 ▪ Circuitos sob tensão, 
funcionamento normal
 ▪ Máquina em movimento.
Azul
 ▪ Informações espe-
ciais, exceto as acima
 ▪ Sinalização de comando 
remoto.
 ▪ Sinalização de preparação da 
máquina.
Quadro 4 - Identificação de Sinaleiros
Fonte: WEG (2007a, p. 342).
Na Unidade 2 você aprendeu sobre diversos dispositivos elétricos, sua 
formação, funcionamento, classificação e aplicação. 
Na próxima unidade serão estudadas as formas de iniciar o funciona-
mento dos motores, ou seja, a chave de partida de um motor.
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Unidade de 
estudo 3
 
Seções de estudo 
Seção 1 – Partida direta
Seção 2 – Partida estrela-triângulo
Seção 3 – Partida compensadora
Seção 4 – Partida série-paralela
Seção 5 – Dimensionamento dos 
componentes básicos da chave
Seção 6 – Chave de partida 
estrela-triângulo
Seção 7 – Chave de partida estrela 
série-paralela
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47INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
SEção 1
Partida Direta
Esta seção apresenta como ocorre a partida direta dos motores elétri-
cos, apontando também alguns prejuízos da utilização desta forma de 
partida.
Sempre que for possível, o motor elétrico deverá ter partida direta, com 
auxílio de contatores. Para este tipo de partida o motor parte com valo-
res de conjugado (torque) e corrente de partida plenos, pois suas bobi-
nas recebem tensão nominal da rede conforme as figuras abaixo:
Figura 54 - Ligação e Tensão em Triângulo (U∆) (a) e Tensão em Estrela (U
Y
) (b)
Fonte: WEG (2007a, p. 343).
Figura 55 - Diagrama de Comando (a) e Diagrama de Potência (b)
Chaves de Partida
Todos os motores elétricos são 
projetados para tensão e corrente 
nominal, sendo assim, se a insta-
lação permitir, deve-se optar por 
este tipo de partida.
No caso deste método, o motor 
provoca uma elevada corrente 
de partida ocasionando prejuízos 
como:
 ▪ acentuada queda de tensão no 
sistema de alimentação da rede, 
o que ocasiona interferências 
em equipamentos instalados no 
sistema;
 ▪ exigência de superdimensiona-
mento de condutores e dispositi-
vos, pois se não feito isto, ocorre 
a redução drástica da vida útil 
destes;
 ▪ a imposição das concessioná-
rias de energia elétrica, que limi-
tam a queda de tensão na rede. 
A maneira encontrada para evi-
tar esses problemas, é utilizando 
outro método de partida com 
redução de tensão na partida e, 
consequentemente, a corrente de 
partida. 
A próxima partida estudada ocor-
re através da alimentação do mo-
tor com redução de tensão nas 
bobinas no momento da partida. 
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48 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SEção 2
Partida estrela-triângulo
Caso a corrente de partida ultra-
passe os valores permitidos oca-
sionando sérios danos ao sistema, 
utilizamos outros métodos de 
partida, neste momento vamos 
conhecer a partida estrela-triângu-
lo na qual consiste em alimentar o 
motor com redução de tensão nas 
bobinas, durante a partida.
Na partida é efetuado o fe-
chamento das bobinas em es-
trela, ou seja, o motor poderá 
receber tensão de estrela, po-
rém alimentamos com tensão 
de triângulo (tensão da rede). 
Dessa maneira as bobinas do 
motor receberão apenas 58% 
(1/√3 ) da tensão em estrela 
que deveriam receber.
Figura 56 - Ligação Estrela com Tensão 
de Triângulo (U
D
)
Fonte: WEG (2007a, p. 344).
Após o tempo de partida (Tp = 
10s) o motor deverá ser ligado em 
triângulo, assim as bobinas pas-
sam a receber a tensão nominal. 
Figura 57 - Ligação Triângulo com Tensão de Triângulo
Fonte: WEG (2007a, p. 344).
O valor de corrente de partida é reduzido para aproximadamente 33% 
do seu valor para partida direta.
Indicada para máquinas com conjugado resistente de partida de até 1/3 
do conjugado departida do motor. Exclusivamente aplicada em partidas 
de máquinas em vazio, ou com pouca carga. Sua carga plena só poderá ser 
aplicada após atingir a rotação nominal.
No instante da comutação a corrente não deve atingir valores inaceitá-
veis (muito elevados), pois dessa forma a redução de corrente do pri-
meiro instante não ocorre no segundo momento e nem o conjugado re-
sistente da carga não deve ultrapassar o conjugado de partida do motor.
Para que o motor tenha possibilidade de ligação em chave de parti-
da estrela-triângulo, é fundamental que tenha dupla tensão (220/380 
V, 380/660 V, 440,760 V) e ainda tenha no mínimo seis cabos. Você 
deverá sempre conferir se a menor tensão coincide com a tensão da 
rede. 
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49INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 58 - Diagrama de Comando (a) e Potência (b)
SEção 3
Partida compensadora
Nesta seção você conhecerá a 
partida compensadora, que neces-
sita da utilização de um autotrans-
formador para iniciar o funciona-
mento do motor. 
Com a utilização da partida com-
pensadora, na partida, o motor é 
alimentado com tensão reduzida 
em suas bobinas. 
Durante a partida, a redução de tensão nas bobinas é feita através 
da ligação de um autotransformador em série com as mesmas e após 
o motor ter acelerado as bobinas voltam a receber tensão nominal.
A redução da corrente de partida depende do Tap em que estiver ligado 
o autotransformador.
TAP 65% → redução para 42% do seu valor de partida direta;
TAP 80% → redução para 64% do seu valore de partida direta.
A chave de partida compensadora pode ser usada para motores que par-
tem sob carga. O conjugado resistente de partida da carga deve ser infe-
rior à metade do conjugado de partida do motor. 
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50 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 50 - Diagrama de Comando (a) e Potência (b)
Estrela-triângulo Compensadora
Custo menor Custo maior.
Menores dimensões
Tipo de chave com maiores 
dimensões.
Deve partir praticamente a vazio
Admite partidas com carga (pode 
variar o tap conforme exigência da 
carga). Ex.: partidas longas.
Corrente de partida reduzida 
para 33%
Corrente de partida reduzida:
 ▪ No tap 80% para 64%;
 ▪ No tap 65% para 42%.
Quadro 5 - Comparativo estrela triângulo X compensadora
Fonte: WEG (2007a, p. 352).
Dando continuidade ao estudo das formas de partida do motor, você 
aprenderá, na próxima seção, a respeito da partida série-paralela.
SEção 4
Partida série-paralela
O motor parte com tensão 
reduzida em suas bobinas. A 
chave série-paralela propor-
ciona uma redução de cor-
rente para 25% do seu valor 
para partida direta. Apropria-
da para cargas com partida 
necessariamente a vazio, pois 
o conjugado de partida fica 
reduzido a ¼ de seu valor de 
tensão nominal (partida dire-
ta). Este tipo de chave é utili-
zado para motores de quatro 
tensões e no mínimo nove 
cabos.
As chaves da partida série-paralela 
se dividem em duas. 
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51INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Triângulo série-paralelo (∆ - ∆∆)
Chave de partida própria para motor com a execução dos enrolamentos 
em 220/380/440/660 V ou 220/440 V. A tensão da rede deve ser ne-
cessariamente 220 V.
Na partida, executa-se a ligação triângulo-série (∆) (apto a receber 440 
V), depois, aplica-se tensão de triângulo paralelo (220 V). Logo, as bobi-
nas recebem 50% da tensão nominal.
Figura 60 - Ligação Triângulo Série (∆) com Tensão 220 V 
Fonte: WEG (2007a, p. 349).
Após a partida, o motor deve ser ligado em triângulo paralelo (∆∆), as-
sim as bobinas passam a receber tensão nominal (220 V).
Figura 61 - Ligação Triângulo Paralelo (∆ ∆) com Tensão 220 V
Fonte: WEG (2007a, p. 350).
Estrela série-paralelo (Y-YY)
Chave própria para motor com execução dos enrolamentos em 
220/380/440/760 V ou 380/760 V. A tensão da rede deve ser necessa-
riamente 380 V. 
Na partida, executa-se a ligação estrela-série (apto a receber 760 V) e, 
depois, aplica-se tensão de estrela-paralelo (380 V). Logo, as bobinas 
recebem 50% de tensão nominal. 
Figura 62 - Ligação Estrela-Série (Y) 
com Tensão 380 V
Fonte: WEG (2007a, p. 350).
Após a partida, o motor deve ser 
ligado em estrela paralelo (YY), 
assim as bobinas passam a receber 
tensão nominal (220 V).
Figura 63 - Ligação Estrela-Paralelo 
com tensão 380 V
Fonte: WEG (2007a, p. 351).
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52 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 64 - Diagrama de Comando
Tabela 4 - Escolha chave em função do motor e da rede
MOTOR TIPO DE CHAVE DE PARTIDA
Execução dos 
enrolamentos
Número 
de 
cabos
Tensão 
da 
rede
Direta
Estrela-
triângulo
Compensadora
Triângulo 
série-
paralelo
Estrela 
série-
paralelo
220 3 220 X X
380 3 380 X X
440 3 440 X X
220/380 6
220 X X X
380 X X
220/440 6
220 X X X
440 X X
380/660 6 380 X X X
440/Y 6 440 X X X
220/380/440/
YY
9/12
220 X X X
380 X X X
440 X X X
Fonte: WEG (2007a, p. 353).
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53INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
DICA 
As chaves assinaladas po-
dem ser utilizadas para a 
respectiva execução de en-
rolamento, número de ca-
bos e tensão de rede. Y e YY 
representam o esquema de 
execução dos enrolamentos 
em 760 V, porém sua utiliza-
ção é somente para partida 
estrela-triângulo, ou seja, 
não se trata de uma tensão 
nominal.
SEção 5
Dimensionamento dos 
componentes básicos 
da chave
Nesta seção você acompanhará 
o estudo do roteiro de cálculo 
para obter a dimensão do tem-
po de partida, corrente de parti-
da, corrente nominal do motor 
e corrente nominal do fuzil. Mas 
antes de você aprender os cálcu-
los, será apresentado, ainda nesta 
seção, um quadro ilustrativo com 
a nomenclatura dos elementos re-
lacionados à chave de partida, que 
você necessita conhecer para po-
der compreender os cálculos.
Toda a etapa de dimensiona-
mento, critérios e os exemplos 
apresentados a seguir foram re-
tirados do Módulo 1 – Comando 
e Proteção (WEG, 2007a).
Símbolo Significado
I
n
Corrente nominal do 
motor.
I
e
Capacidade do 
contator, conforme 
categoria de emprego.
I
p
Corrente de partida do 
motor.
I
p
/I
n
Fator para obter “I
p
”.
I
F
Corrente nominal do 
fusível.
I
FMÁX
Corrente máxima do 
fusível para contatores 
e relés.
T
P
Tempo de partida.
I
L
Corrente de linha.
Z Impedância do motor.
I∆
Corrente de fase em 
triângulo.
I
Y
Corrente de fase em 
estrela.
U
n
Tensão nominal da 
rede.
IK1 Corrente no contator 
K1.
IK2 Corrente no contator 
K2.
IK3 Corrente no contator 
K3.
IK4 Corrente no contator 
K4.
K Fator de redução de 
tensão.
I
S
Corrente no 
secundário do 
autotransformador.
I
PR
Corrente no primário.
Z
EQ
Impedância 
equivalente.
I
R
Corrente reduzida 
para ligação série.
Quadro 6 - Nomenclatura
Fonte: WEG (2007a, p. 354). 
1. Características técnicas dos 
dispositivos.
2. Condições de serviço.
a.Regime de serviço contínuo
b.Fator de serviço (FS) conside-
rado um (1) 
 ▪Caso seja necessário aumentar 
o FS, deverá ser considerado 
também no dimensionamen-
to de todos os dispositivos e 
cabos de alimentação deste 
motor.
c. Fator de segurança 
 ▪Deve ser considerado um 
fator de segurança no dimen-
sionamento dos componentes 
básicos da chave para asse-
gurar seu bom desempenho 
e vida útil, que podem ser 
prejudicados por:
 ▪ oscilações na rede (queda 
de tensão);
 ▪ altas corrente de partida 
(acima de 6 x I
n
);
 ▪ tempos de partida muitolongos.
3. O fator de segurança poderá 
ser considerado até 1,15. 
DICA 
No dimensionamento de-
vemos levar em conta a 
questão custo X benefício, 
optando sempre por uma 
composição mais econômi-
ca, mas não devemos preju-
dicar a segurança da instala-
ção.
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54 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Dimensionamento dos compo-
nentes de força de uma partida 
direta para acionar um motor tri-
fásico de 30 cv, IV polos em rede 
de 380V/60 Hz (trifásica com 
neutro).
Figura 65 - Diagrama Unifilar Partida 
Direta
Fonte: WEG (2007a, p. 355).
Do catálogo de motores WEG, 
podem-se tirar os seguintes valo-
res referentes ao motor:
 ▪ I
n
 = 42,08 A;
 ▪ I
p
/I
n
 = 7,5.
Roteiro de cálculo: 
contator
K 1 → 1,15 x II ne ≥ 
≥K 1 → 
≥
A4,48Ie ≥ 
Definida a corrente mínima ne-
cessária para a utilização no conta-
tor você deverá consultar especifi-
camente o catálogo de contatores 
do fabricante que será adquirido. 
Consultando catálogo de 
contatores e relés de sobre-
carga
Contator WEG (CWM 50 – AC3) 
Em seguida, são definidos:
 ▪ número de contatos auxiliares;
 ▪ tensão de comando.
Relé de sobrecarga FT1
FT → I
n
 FT → I
n
 = 42,08A
Da mesma forma que seleciona-
mos o contator, consultamos no 
catálogo o relé de sobrecarga que 
desejamos adquirir.
Relé de sobrecarga WEG
(40...57 / 100 - RW 67.2D)
Faixa de ajuste 40...57
Fusível máximo: 100
Fusível de força
Consultando o catálogo de moto-
res você obtém o I
p
/I
n
 e com o 
método de partida você obtém o 
tempo de partida TP mais a curva 
característica de fusíveis, que já foi 
visto anteriormente (fusíveis tipo 
D ou NH), obtém-se o valor de IF. 
n
n
p
p I
I
I
I ×= 
 
Ip = 7,5 x 42,08 
 
Ip = 315,6 ≅ 315A. 
Tempo de partida TP = 5s
Curva característica de fusíveis:
Figura 66 - Esboço da Curva Caracterís-
tica de Fusíveis
Fonte: WEG (2007a, p. 357).
Agora com os dados de Ip e Tp 
na curva característica de fusíveis, 
obtemos um fusível de 100 A (IF 
= 100 A). Para selecionar o fusível 
corretamente você deverá consul-
tar se o mesmo atende as especifi-
cações a seguir:
nF I20,1I ×≥ ; 
A5,50IF ≥ 
 
 (Catálogo) 1KII FMÁXF ≤ 
 A100IF ≤ 
 
(Catálogo) 1FTII FMÁXF ≤ 
 A100IF ≤ 
Atendendo as especificações aci-
ma os fusíveis selecionados serão:
F1, F2, F3 = NH100
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55INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Diagrama partida direta
Observe a figura:
Figura 67 - Partida Direta
Na próxima seção serão abordados os elementos relacionados às chaves 
de partida estrela-triângulo. Você acompanhará os cálculos para obter a 
corrente e a capacidade do contator.
SEção 6
Chave de partida estrela-triângulo
Figura 68 - Diagrama Unifilar Estrela-Triângulo
Fonte: WEG (2007a, p. 359).
Dimensionamento dos componentes de força de uma partida estrela-
triângulo para acionar um motor trifásico de 30 cv, IV polos em rede 
de 380V/60 Hz (trifásica com neutro). Do catálogo de motores WEG, 
pode-se tirar os seguintes valores referentes ao motor:
 ▪ I
n
 = 42,08 A;
 ▪ I
p
/I
n
 = 7,5;
Roteiro de cálculo: 
contatores K1 e K2
Como você pode observar na fi-
gura abaixo, quando o motor es-
tiver ligado em triângulo haverá 
corrente circulando nos contato-
res K1 e K2, neste caso, denomi-
nadas IK1 e IK2.
Figura 69 - Ligação Triângulo
Fonte: WEG (2007a, p. 359).
nL
II = 
3
I
I
L=∆ 
n
n
n
n
I
3U
3
I
U
Z
×
== 
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56 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 70 - Ligação dos terminais do Motor em Triângulo 
Fonte: WEG (2007a, p. 360).
Consultando o catálogo de contatores e relés de sobrecarga.
Contator WEG (CWM 32 – AC3)
I∆ = IK1= IK2 = 
3
In
 = 0,58 x In x 1,15 
K1 = K2 ( ) 15,1I58,0I ne ××≥ 
( ) 15,108,4258,0Ie ××≥ 
A1,28Ie ≥ 
Contator K3 
Agora na ligação estrela (Y) você poderá observar a circulação de cor-
rente no contator K3, a corrente que circula no contator K3 é IK3.
Figura 71 - Ligação estrela
Fonte: WEG (2007a, p. 360).
n
n
nn
Y
I
3U
3
U
Z
3
U
I
×
== 
n
n
Y I33,0
3
I
I ×== 
 
Portanto, nI33,03IK ×= 
 
Figura 72 - Ligação dos Terminais do 
Motor em Estrela
Fonte: WEG (2007a, p. 361).
K3 ( ) 15,1I33,0I ne ××≥ 
( ) 15,108,4233,0Ie ××≥ 
A16Ie ≥ 
→
Novamente consultando o catálo-
go de contatores e relés de sobre-
carga.
Contator WEG (CWM 18 – 
AC3)
Em seguida, são definidos:
 ▪ número de contatos auxiliares;
 ▪ temporizador (estrela-triân-
gulo);
 ▪ tensão de comando. 
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57INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Relé de sobrecarga FT1 e FT2
IFT1 = IK1 
IFT1 = 0,58 x In 
( )08,4258,0Ie ×≥ 
A4,24Ie ≥ 
 
Da mesma forma que seleciona-
mos o contator, consultamos no 
catálogo o relé de sobrecarga que 
desejamos adquirir.
Relé de sobrecarga WEG (22...32 
/ 63 - RW 27D)
Faixa de ajuste 22...32
Fusível máximo 63
Fusíveis
Corrente de partida (I
p
)
Caso você tenha optado em uti-
lizar o método de partida estrela-
triângulo, na partida a corrente é 
reduzida para 33% da corrente de 
partida em partida direta (PD).
Neste caso temos: 
33,0I
I
I
I n
n
p
p ×





×= 
Ip = (7,5 x 42,08) x 0,33 
Ip = 104,1 ≅ 104A. 
 
Tempo de partida Tp = 10s
Com a curva característica de fu-
síveis, tem-se:
Figura 73 - Esboço da Curva Caracterís-
tica de fusíveis
Fonte: WEG (2007a, p. 363).
Agora, com os dados de Ip e Tp 
na curva característica de fusíveis, 
obtemos um fusível de 35 A (IF 
= 35 A). Para selecionar o fusível 
corretamente você deverá consul-
tar se o mesmo atende as especifi-
cações a seguir:
nF I20,1I ×≥ 
A5,50IF ≥ 
 
Nesse caso, a condição não foi sa-
tisfeita, adotamos então a solução 
com seis fusíveis separados e dois 
circuitos que deverão ser calcula-
dos conforme segue:
58,0I20,1I nF ××≥ 
A28,29IF ≥ 
 2K, 1KII FMÁXF ≤ 
 A63IF ≤ 
;1FTII FMÁXF ≤ 
 A63IF ≤ 
Agora com as condições acima 
satisfeitas, tem-se:
F1, F2, F3 = D35
F4, F5, F6 = D35
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58 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 74 - Partida Estrela-Triângulo: Configuração com Seis Fusíveis
Figura 75 - Diagrama Unifilar Compensadora
Contator K1
IK1 = In
Contator K2
Considerando “Z” constante e 
em condições normais com ten-
são nominal (Un):
n
n
I
U
Z = 
Com tensão reduzida (U
n
 x K):
S
n
I
UK
'Z
×
= 
Como Z = Z’, tem-se:
S
n
n
n
I
UK
I
U ×
= 
nS
IKI ×= 
 
→
Como a potência a ser dissipada 
no autotrafo é a mesma tanto no 
primário (PPR) como no secundá-
rio (PS), tem-se que:
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59INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
SSS IUP ×= nS UKU ×= nS IKI ×= 
PRPRPR IUP ×= nPR UU = 2IKIPR = 
 
PRS PP = 
PRPRSS IUIU ×=× 
2IKU)IK()UK( nnn ×=××× 
 
n
2
IK2IK ×= 
Contator K3
PRS
II3IK −= 
Referindo a expressão à I
n
:
n
2
PR IK2IKI ×== 
nS IKI ×= 
)IK()IK(3IK n
2
n ×−×= 
n
2
I)KK(3IK ×−= 
A tabela apresentada a seguir está em acordo com as expressões desen-
volvidas anteriormente:
Tabela 5 - Fator de redução K
Autotrafo com TAPs 
em % de U
n
Fator de 
redução (K)
Correntes
IK2 IK3
85 0,85 0,72 x I
n
0,13 x I
n
80 0,80 0,64 x I
n
0,16 x I
n
65 0,65 0,42 x I
n
0,23 x I
n
50 0,50 0,25 xI
n
0,25 x I
n
Fonte: WEG (2007a, p. 368).
DICA 
Na prática, os Taps mais utilizados são 65% e 80%, dessa forma de-
verá ser considerado sempre o pior caso (maior corrente no ramal) 
para o dimensionamento. Na maioria dos autotransformadores te-
mos disponíveis os taps de 65% e 80%, sendo assim:
 ▪ IK1 = I
n
;
 ▪ IK2 = 0,64 x I
n
; Para IK2, a pior condição é o TAP de 80%.
 ▪ IK3 = 0,23 x I
n
; Para IK3, a pior condição é o TAP de 65%.
 ▪ IFT1 = I
n
.
Agora que você já acompanhou e aprendeu os cálculos das chaves de 
partidas estrela-triângulo, estudará, na próxima seção, os cálculos refe-
rentes à chave de partida série-paralela.
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60 CURSOS TÉCNICOS SENAI
SEção 7
Chave de partida estrela série-paralela
Corrente de partida (I
p
)
A corrente de partida é reduzida proporcionalmente ao quadrado do 
fator de redução (K). Essa relação é verdadeira pelos mesmos motivos 
do dimensionamento do contator K2.
Tabela 6 - Corrente de partida
TAP 80% (80% da U
n
) TAP 65% (65% da U
n
)
K = 0,80
2
n
n
p
p KI
I
I
I ×





×= 
( )2n
n
p
p 8,0I
I
I
I ×





×= 
64,0I
I
I
I n
n
p
p ×





×= 
K = 0,65
2
n
n
p
p KI
I
I
I ×





×= 
( )2n
n
p
p 65,0I
I
I
I ×





×= 
42,0I
I
I
I n
n
p
p ×





×= 
Fonte: WEG (2007a, p. 369).
Deverá ser utilizado o caso mais crítico (maior corrente) para tornar a 
chave apta para ambas as situações, então:
64,0I
I
I
I n
n
p
p ×





×= 
Acompanhe o dimensionamento dos componentes de força uma par-
tida compensadora (com taps de 80% e 65%) para acionar um motor 
trifásico de 30 cv, 380 V, IV polos, em rede de 380V/60 Hz (trifásica 
com neutro).
 ▪ I
n
 = 42,08A;
 ▪ I
p
/I
n
 = 7,5. 
Roteiro de cálculo: 
contator k1
K1 1,15 x II ne ≥ 
1,15 x 08,42Ie ≥ 
A4,48Ie ≥ 
→
Consultando o catálogo de conta-
tores e relés de sobrecarga.
Contator WEG (CWM50 – AC3)
Contator K2
K2 In x 0,642IK = 
( ) 1,15 x In64,0Ie ×≥ 
( ) 1,15 x 08,4264,0Ie ×≥ 
A31Ie ≥ 
 
→
Consultando o catálogo de conta-
tores e relés de sobrecarga.
Contator WEG (CWM 32 – AC3)
Contator K3
K3 nI23,03IK ×= 
( ) 1,15 x In23,0Ie ×≥ 
( ) 1,15 x 08,4223,0Ie ×≥ 
A1,11Ie ≥ 
→
Consultando novamente o catálo-
go de contatores e relés de sobre-
carga.
Contator WEG (CWM 12 – AC3)
Em seguida, são definidos:
 ▪ número de contatos auxiliares;
 ▪ a necessidade de contator 
auxiliar;
 ▪ temporizador;
 ▪ tensão de comando.
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61INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Curva característica de fusíveis:
Figura 76 - Esboço da Curva Caracterís-
tica de Fusíveis
Fonte: WEG (2007a, p. 371).
Agora com os dados de Ip e Tp 
na curva característica de fusíveis, 
obtemos um fusível de 63A (IF = 
63 A). Para selecionar o fusível 
corretamente você deverá consul-
tar se o mesmo atende as especifi-
cações a seguir:
nF I20,1I ×≥ 
A5,50IF ≥ 
 ; 1KII FMÁXF ≤ 
 A100IF ≤ 
 
Relé de sobrecarga FT1
FT1 ne II ≥ 
A08,42Ie ≥ 
 
Consultando o catálogo de conta-
tores e relés de sobrecarga.
Relé de sobrecarga WEG (40...57 
/100 - RW 67.2D)
Faixa de ajuste 40...57
Fusível máximo 100
Fusíveis F1, F2, F3
 I
p
 = (7,5 x 42,08) x 0,64
I
p
 = 202A
Tempo de partida Tp = 15s
64,0I
I
I
I n
n
p
p ×





×= 
DICA 
Nota: não é necessário veri-
ficar essa condição para K2 e 
K3.
;1FTII FMÁXF ≤ 
 A100IF ≤ 
Agora com as condições acima 
satisfeitas, tem-se:
F1, F2, F3 = NH63
Autotransformador
Ao especificar o autotransfor-
mador que será utilizado deve-
rão ser informadas a quantidade 
de partidas por hora, a tensão, a 
frequência e a potência do motor 
acionado. Geralmente, é especifi-
cado com 10 partidas/hora, taps 
de 65% e 80% e ainda como op-
cional termostato.
Figura 77 - Partida Compensadora
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62 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Chave de partida estrela 
série-paralela 
Figura 78 - Diagrama Unifilar Estrela 
Série-Paralela
Fonte: WEG (2007a, p. 374).
Para o dimensionamento dos 
contatores K1, K2 e K3, primei-
ramente, deve-se analisar o fecha-
mento das bobinas do motor em 
paralelo. 
Figura 79 - Ligação em Paralelo
Fonte: WEG (2007a, p. 374).
Z
U2
2
Z
U
Z
U
I
nn
EQ
n
n
×
=== 
Sendo: 
2
Z
Z2
ZZ
ZZ
ZZ
ZEQ =
×
×
=
+
×
= 
 
Por se tratar de dois conjuntos 
de bobinas com as impedâncias 
iguais, a corrente se subdivide, 
sendo assim, o valor de corrente é 
o mesmo nos dois ramais:
IK1 = IK2 = IK3 = 
2
I
n
 = 0,5 x In 
 
Contator K4
Agora para o dimensionamento do contator K4 deverá ser analisado o 
fechamento das bobinas em série.
Figura 80 - Ligação em Paralelo
Fonte: WEG (2007a, p. 375).
EQ
n
R
Z
U
4IK1IKI === 
Z2ZZZEQ ×=+= 
Z2
U
I n
R ×
= 





×=
Z
U
2I n
n 
nn U2IZ ×=× 
2
IZ
U n
n
×
= 
n
n
R I25,0
4
I
I ×== 
 
IK1 = IK4 = 0,25 x In
→
→
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63INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
DICA 
O dimensionamento do contator K1 deverá ser efetuado sempre 
para a pior situação (0,5 x In), sendo que o mesmo está ativo tanto 
em série quanto em paralelo. 
Então: IK1 = IK2 = IK3 = 0,5 x 
In
IK4 = 0,25 x In
IFT1 = IFT2 = 0,5 x In
Corrente de partida (I
p
)
No caso de acionarmos o motor 
com a partida estrela série-para-
lela, a corrente na partida é redu-
zida para aproximadamente 25% 
da corrente de partida sob ligação 
nominal. Essa relação é verdadei-
ra pelos mesmos motivos do di-
mensionamento do contator K4.
25,0I
I
I
I n
n
p
p ×





×= 
Acompanhe o dimensionamento 
dos componentes básicos de uma 
chave de partida estrela série-pa-
ralelo para acionar um motor tri-
fásico de 30 cv, 220/380/660/Y, 
IV polos, em rede de 380V/60 Hz 
(trifásica com neutro).
 ▪I
n
 = 42,08 A;
 ▪I
p
/I
n
 = 7,5 A.
Roteiro de cálculo: contator k1, 
k2 e k3
K1 = K2 = K3 ( )ne I5,0I ×≥ 
1,15 x )08,425,0(Ie ×≥ 
A2,24Ie ≥ 
Consultando o catálogo de conta-
tores e relés de sobrecarga.
Contator WEG (CWM25 – 
AC3)
K4 ( )ne I25,0I ×≥ 
( ) 1,15 x 08,4225,0Ie ×≥ 
A1,12Ie ≥ 
Consultando catálogo de contato-
res e relés de sobrecarga.
Contator WEG (CWM18 – 
AC3)
Em seguida, define-se:
 ▪ número de contatos auxiliares;
 ▪ a necessidade de contator 
auxiliar;
 ▪ temporizador;
 ▪ tensão de comando.
Relé de sobrecarga
IFT1 = IK1 = 0,5 x In; 
IFT2 = IK2 = 0,5 x In 
FT1,FT2 ne I5,0I ×≥ 
08,425,0Ie ×≥ 
A3,22Ie ≥ 
 
Consultando o catálogo de conta-
tores e relés de sobrecarga.
Relé de sobrecarga WEG (22...32 
/ 63 - RW 27D)
Faixa de ajuste 22...32
Fusível máximo 63
Fusíveis F1, F2, F3
25,0I
I
I
I n
n
p
p ×





×= 
Ip = (7,5 x 42,08) x 0,25 
Ip = 78,9 A ≅ 79A 
 
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64 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Tempo de partida Tp = 10s
Curva característica de fusíveis: 
Figura 81 - Esboço da Curva Caracterís-
tica de Fusíveis
Fonte: WEG (2007a, p. 378).
Agora com os dados de Ip e Tp 
na curva característica de fusíveis, 
obtemos um fusível de 35 A (IF 
= 35 A). Para selecionar o fusível 
corretamente você deverá consul-
tar se o mesmo atende as especifi-
cações a seguir:
nF I20,1I ×≥ 
A5,50IF ≥ 
Neste caso, a condição não foi satisfeita.Adotamos, então, a solução 
com seis fusíveis separados e dois circuitos que deverão ser calculados 
conforme segue:
 
25,0I20,1I nF ××≥ 
A62,12IF ≥ 
 ; 3K,2K,1KII FMÁXF ≤ 
 A50IF ≤ 
DICA 
Não é necessário verificar essa condição para K4.
;2FT,1FTII FMÁXF ≤ 
 A63IF ≤ 
 
Agora, com as condições acima satisfeitas, tem-se:
F1, F2, F3 = D35
F4, F5, F6 = D35
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65INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 82 - Partida estrela série-paralela: configuração com seis fusíveis
Na Unidade 3 você conheceu as chaves de partidas de um motor, os 
componentes de força de partida e como calcular esses componentes. 
Na próxima unidade você estudará sobre os semicondutores que, as-
sim como os condutores, têm a função de conduzir correntes elétricas, 
porém possuem características diferenciadas que permitem controlar a 
corrente elétrica. 
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Unidade de 
estudo 4
 
Seções de estudo 
Seção 1 – Diodo
Seção 2 – Interruptores usuais em fontes 
chaveadas
Seção 3 – Controle de conversores
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67INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
SEção 1
Diodo
A primeira seção apresentará o 
semicondutor diodo, sua função, 
suas partes e aplicação.
É um semicondutor de junção 
PN que pode ser de silício ou 
germânio. Sua característica 
é a de conduzir corrente elé-
trica somente em um sentido 
(polarização direta = anodo 
para catodo) e interromper 
no sentido contrário (polari-
zação reversa = catodo para 
anodo), desde que dentro de 
suas condições normais de 
trabalho. Envolve grandezas 
como tensão (volt), corrente 
(ampère), resistência elétrica 
(ohm), potência (watt) e ou-
tras.
 O diodo utilizado em fontes 
chaveadas deve ser adotado em 
função da frequência de trabalho 
que exige o uso de diodo rápido 
ou ultrarrápido. A necessidade de 
utilizar o diodo rápido ou ultrar-
rápido vem a ser pelo tempo de 
recuperação do diodo para que se 
comporte como um diodo nor-
mal em alta frequência. O diodo 
possui uma listra preta que indica 
o lado catodo do diodo. 
A junção PN é separada em 
duas partes. O lado P é onde 
existe o maior número de la-
cunas e o lado N é onde existe 
o maior número de elétrons. 
Semicondutores
A junção entre o lado P e o lado 
N é chamada de camada de de-
pleção. Essa camada possui esse 
nome pela ausência do maior nú-
mero do portador, ou seja, no lado 
P (portador com maior número 
de lacunas) existe na junção uma 
pequena quantidade de íons nega-
tivos. E no lado N (portador com 
maior número de elétrons) existe 
na junção uma pequena quanti-
dade de íons positivos. A camada 
de depleção é responsável pela 
queda de tensão do diodo no cir-
cuito. A queda de tensão para os 
diodos com fabricação de silício é 
de aproximadamente 0,7 volts. E 
a queda de tensão para os diodos 
com fabricação de germânio é de 
aproximadamente 0,3 volts.
Figura 83 - Junção PN
A polarização direta referencia a 
disposição da fonte de alimenta-
ção V ligada ao diodo. O terminal 
positivo é ligado em direção ao 
pino anodo do diodo. E o termi-
nal negativo é ligado em direção 
ao pino catodo do diodo. A cor-
rente elétrica “i” circula pela carga 
representada por um resistor R e 
pelo diodo D.
Figura 84 - Polarização Direta
Figura 85 - Polarização Direta da 
Junção PN com Fluxo de Elétrons
A polarização reversa também re-
ferencia a disposição da fonte de 
alimentação V ligada ao diodo. O 
terminal positivo é ligado em dire-
ção ao pino catodo do diodo. E o 
terminal negativo é ligado em di-
reção ao pino anodo do diodo. A 
corrente elétrica não circula pela 
carga resistiva R e nem pelo diodo 
D. O nível de tensão aplicado pela 
fonte influencia no comporta-
mento do diodo. O diodo suporta 
um determinado valor de tensão 
reversa encontrado nas folhas de 
dados. Conforme se aumenta o 
valor da tensão reversa, a cama-
da de depleção também aumenta. 
E quando a camada de depleção 
atinge os extremos do catodo e do 
anodo, o diodo passa a conduzir, 
queimando-o.
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68 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 86 - Polarização Reversa
Figura 87 - Polarização Reversa da 
Junção PN com o Aumento da Camada 
de Depleção
Cátodo
Ânodo
P
N
Figura 88 - Diodo Rápido para Peque-
nos Sinais
Figura 89 - Símbolo do Diodo Retifi-
cador
Na segunda seção você conhecerá 
três tipos de interruptores usados 
em fontes chaveadas, que são BJT, 
Mosfet e IGBT.
SEção 2 
Interruptores usuais em 
fontes chaveadas
Existem diversos tipos de inter-
ruptores que podem ser usados 
em fontes chaveadas, entre eles 
abordaremos o BJT, o Mosfet e o 
IGBT. 
O transistor Bipolar Junction 
Transistor (BJT), que significa 
transistor de junção, bipolar 
pode ser dividido em dois ti-
pos: NPN e/ou PNP. A diferen-
ça entre esses dois tipos está 
no sentido que circula as cor-
rentes de base (B), de coletor 
(C) e de emissor (E). O princí-
pio de funcionamento é po-
der controlar a corrente entre 
coletor e emissor por meio 
de uma pequena corrente de 
base. O transistor BJT pode 
ser usado como interruptor 
ou como amplificador, em 
fontes chaveadas são usados 
como interruptores e pos-
suem características internas 
como queda de tensão (volt), 
capacitância (farad), resistên-
cia (ohm), entre outros.
C
B
E
Figura 90 - Transistor BJT BC548
Figura 91 - Símbolos do Transistor NPN 
(esquerda) e PNP (direita) 
O Metal Oxide Semicondutor Field 
Effect Transistor (Mosfet), que sig-
nifica transistor de efeito de cam-
po metal óxido semicondutor, 
pode ser encontrado em dois ti-
pos, o Mosfet de acumulação e o 
Mosfet de depleção. A diferença 
está na forma construtiva, onde 
o Mosfet de depleção possui em 
sua estrutura uma dopagem en-
tre dreno e fonte, ao contrário do 
Mosfet de acumulação que não a 
possui. 
O Mosfet de acumulação é 
ativo com tensão de gate (G) 
positiva e o Mosfet de deple-
ção funciona com tensão ne-
gativa e positiva, sendo que 
com tensão zero volt possui 
uma corrente inicial entre 
dreno (D) e source (S), sendo 
necessário um valor de ten-
são negativa para não haver 
corrente entre dreno e sour-
ce. Existe ainda outra diferen-
ça entre o Mosfet, ele pode 
ser canal N ou canal P. O ca-
nal N significa que o Mosfet é 
ativo com tensão positiva e o 
canal P significa que o Mosfet 
é ativo com tensão negativa.
G
D
S
Figura 92 - Mosfet IRF640
Figura 93 - Símbolos do Mosfet de Acu-
mulação Canal N (esquerda) e Canal P 
(direita)
 
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69INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 94 - Símbolos do Mosfet de 
Depleção Canal N (esquerda) e Canal 
P (direita)
O Insulate Gate Bipolar Tran-
sistor (IGBT), que significa 
transistor bipolar de porta iso-
lada, tem a característica de 
corrente de coletor do tran-
sistor BJT e a característica de 
gate por tensão do Mosfet, o 
que simplifica a construção 
do circuito de comando. Pos-
sui também baixas perdas de 
condução caracterizadas por 
menor resistência no coletor 
quando em condução.
Figura 95 - IGBT 2SH27 
Figura 96 - Símbolo do IGBT
SEção 3
Controle de conversores
Nesta seção você conhecerá al-
guns conversores utilizados para 
controlar a largura dos pulsos elé-
tricos. 
É necessário um controle Mo-
dulação por Largura de Pulso 
(PWM) para controlar o período 
e o tempo em nível alto para o 
conversor. Existem atualmente 
diversos circuitos e componentes 
que geram o sinal PWM, dentre 
eles os microcontroladores, cir-cuitos integrados como SG3525 e 
o SG3524 e demais circuitos que 
podem fornecer este sinal. 
Um sinal PWM é formado por 
um período em segundos (s) ori-
ginado de uma frequência em 
hertz (Hz) e também pelo tempo 
em que o pulso permanece ligado 
em segundos (s). Existe uma rela-
ção entre a frequência e o período 
que é expressa pela seguinte equa-
ção: T = 1/F, sendo o período é 
igual a 1 dividido pela frequência.
Observe no gráfico a seguir a atu-
ação dos conversores no controle 
dos pulsos elétricos. 
Figura 97 - Forma de Onda Represen-
tando um Sinal PWM
Circuito integrado 
SG3525
O circuito integrado modula-
dor de largura de pulso da série 
SG3525 opera na faixa de oito a 
trinta e cinco volts e o oscilador 
modulariza entre 100 Hz e 500 
KHz. O controle do tempo mor-
to e da frequência são ajustáveis 
via hardware.
 
Figura 98 - Circuito integrado SG3525
Figura 99 - Pinagem CI SG3525
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Unidade de 
estudo 5
 
Seções de estudo 
Seção 1 – Inversor de frequência
Seção 2 – Controle escalar e vetorial
Seção 3 – Parâmetros do inversor de 
frequência
Seção 4 – Instalação do inversor de 
frequência
Seção 5 – Soft-starter
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71INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Acionamentos eletrônicos 
SEção 1
Inversor de frequência
Nesta seção você estudará os ti-
pos de controle, funcionamento, 
instalação e parametrização de 
inversores de frequência e soft-star-
ters. Você conhecerá também os 
benefícios do uso dos inversores 
de frequência. Toda esta unidade 
foi desenvolvida e concedida pelo 
professor Frederico Samuel de 
Oliveira Vaz. 
Um dos instrumentos mais utili-
zados atualmente na automação 
industrial é o inversor de frequên-
cia. Com o surgimento de proces-
sadores mais rápidos e a utilização 
dos transistores IGBTs, o aciona-
mento de motores elétricos em 
corrente alternada ocupa a maior 
parte dos sistemas de controle.
paradas para manutenção (o motor assíncrono exige menos manuten-
ção), redução de ruído em relação ao controle mecânico de velocidade 
e redução de energia.
Em um motor de corrente alternada o valor da rotação é determina-
do pela frequência da rede e pelo número de polos, e é dado pela 
expressão:
N = 120.f/p
Sendo:
N = rotação em RPM;
f = frequência da rede, em Hz;
P = números de polos.
O inversor de frequência atua alterando a frequência de alimentação do 
motor, então, pode-se considerá-lo uma fonte de tensão com frequência 
variável.
Internamente, o inversor é formado por um circuito conforme figura 
abaixo, formado por uma ponte retificadora trifásica e dois capacitores 
de filtro. Este circuito utiliza um terra como referência, formando uma 
fonte CC simétrica.
Figura 100 - Circuito Interno Inversor de Frequência
Fonte: Capelli (2007, p. 97). 
O inversor de frequência pos-
sui a função de controle da 
velocidade e do torque nos 
motores de corrente alterna-
da a partir de um comando 
eletrônico. É utilizado em di-
versas aplicações tais como: 
bombas, pontes rolantes, car-
regadores, ventiladores, etc.
A utilização de inversores de fre-
quência apresenta vários benefí-
cios tais como: redução do núme-
ro de partidas e paradas bruscas 
diminuindo o desgaste mecânico 
nos equipamentos (com a utili-
zação de rampas de aceleração 
e frenagem), redução de custo e 
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72 CURSOS TÉCNICOS SENAI
O barramento CC gerado alimen-
ta um conjunto de seis transisto-
res IGBTs que sendo comutados 
a partir de uma lógica de controle 
criam uma forma de onda alter-
nada (quadrada) cuja a frequência 
varia em função da frequência de 
chaveamento.
Os pulsos de disparo dos IGBTs 
precisam ser distribuídos de for-
ma a garantir que a tensões na sa-
ída sejam defasadas em 120o entre 
si.
Na próxima seção você conhece-
rá as duas formas de controle para 
inversores de frequência.
SEção 2
Controle escalar e 
vetorial
Estruturalmente, os circuitos de 
potência costumam ser os mes-
mos para os diversos fabricantes. 
Existem duas formas de controle 
para os inversores de frequência: 
o controle escalar e o controle ve-
torial, apresentados a seguir.
Os inversores de frequên-
cia com controle escalar 
possuem a característica de 
manter o torque do motor 
constante, equivalente ao no-
minal, mesmo com a variação 
da velocidade do motor.
Figura 101 - Curva Representativa da 
Variação U/f
Fonte: WEG (2007b, p. 188).
Podemos observar na Figura 101 
uma relação constante entre ten-
são e frequência até 60 Hz, onde 
é atingida a tensão máxima, e a 
partir desse ponto a corrente e, 
por consequência, o torque dimi-
nuirão.
A região onde ocorre o enfraque-
cimento do campo e a redução no 
torque do motor, acima de 60 Hz, 
é apresentada na figura a seguir.
 
Figura 102 - Curva Característica Con-
jugado x Velocidade
Fonte: WEG (2007b, p. 189)
Para frequências abaixo de 30 
Hz também ocorre a redução 
da corrente e a consequente 
redução do torque do motor, 
portanto, pode-se concluir 
que o controle escalar nos in-
versores de frequência deve 
ser utilizado para aplicações 
que não sejam críticas e que 
não necessitem de controle 
de torque ou grande precisão.
Para sistemas sem variação de 
carga, os inversores de frequência 
têm a capacidade de controlar a 
velocidade de rotação com uma 
precisão aproximada de 0,5% da 
rotação nominal e para a variação 
de 0 a 100% do torque nominal a 
precisão da rotação cai para uma 
faixa entre 3% a 5% da rotação 
nominal.
O controle vetorial é utiliza-
do em aplicações onde sejam 
necessárias grande precisão 
no parâmetro de velocidade 
e rápidas respostas do motor 
elétrico, onde o mesmo deve 
receber um controle preciso 
de torque para uma grande 
faixa de operação. Dentre as 
principais vantagens na uti-
lização do inversor com con-
trole vetorial estão: precisão 
de regulação de velocidade, 
torque linear para aplicações 
de posição, torque linear para 
aplicações de tração, baixa 
oscilações de torque com a 
variação de carga. (CAPELLI, 
2007, p. 103).
A denominação de inversores ve-
toriais é em decorrência de: 
 ▪ a corrente total ser a soma 
vetorial dos seguintes componen-
tes: da corrente de magnetização 
e da corrente geradora de torque;
 ▪ o torque gerado no motor ser 
proporcional ao produto vetorial 
dos dois componentes.
A qualidade na identificação des-
ses dois componentes determina 
o desempenho do inversor.
Para a determinação desses dois 
componentes é necessário um 
processamento em tempo real de 
uma equação que representa ma-
tematicamente o comportamento 
do motor, para tanto, é preciso o 
uso de microprocessadores com 
grande capacidade de processa-
mento, pois os mesmos realizarão 
milhares de operações matemáti-
cas por segundo.
Basicamente, existem dois tipos 
de implementação de inversores 
vetoriais: a implementação sem 
sensores ou malha aberta e a im-
plementação com realimentação 
por encoder ou malha fechada.
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73INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
A denominação de inversores ve
toriais é em decorrência de: 
▪ a corrente total ser a soma 
vetorial dos seguintes componen
tes: da corrente de magnetização 
e da corrente geradora de torque;
▪ o torque gerado no motor ser 
proporcional ao produto vetorial 
dos dois componentes.
A qualidade na identificação des
o desempenho do inversor.
Para a determinação desses dois 
componentes é necessário um 
processamento em tempo real de 
uma equação que representa ma
do motor, para tanto,é preciso o 
grande capacidade de processa
mento, pois os mesmos realizarão 
milhares de operações matemáti
cas por segundo.
Basicamente, existem dois tipos 
de implementação de inversores 
vetoriais: a implementação sem 
sensores ou malha aberta e a im
plementação com realimentação 
 ou malha fechada.
Em grande parte dos sistemas 
onde é aplicado o controle veto-
rial são utilizados encoderes acopla-
dos ao motor para a implementa-
ção de uma malha fechada, sendo 
o inversor é capaz de fazer o con-
trole da velocidade e do torque do 
motor por meio do cálculo das 
componentes de corrente.
Como exemplo de características 
de regulação e respostas dinâmi-
cas para o inversor com realimen-
tação por encoder temos os seguin-
tes resultados: 
 ▪ regulação de velocidade – 
0,01%;
 ▪ regulação de torque – 5%;
faixa de variação de velocidade – 
1 –1000;
 ▪ torque de partida – 400% 
máx.; 
 ▪ torque máximo (não contínuo) 
– 400%
 ▪ regulação de velocidade – 
0,01%;
 ▪ regulação de torque – não tem;
faixa de variação de velocidade – 
1:1000;
 ▪ torque de partida – 250% 
máx.; 
 ▪ torque máximo (não contínuo) 
– 250%.
“O inversor vetorial em malha 
aberta embora apresente um 
desempenho inferior, a configu-
ração em malha fechada possui 
desempenho superior ao inver-
sor com controle escalar.” (CA-
PELLI, 2007, p. 106). 
A seguir são apresentados alguns 
valores típicos para estes inverso-
res.
SEção 3 
Parâmetros do inversor de frequência
Nesta seção você estudará algumas características do inversor de frequ-
ência.
As características de desempenho do inversor de frequência devem se 
adequar de acordo com a aplicação a ser implementada. Essa adequação 
é realizada pela parametrização. Embora o conteúdo relativo a inver-
sores de frequência seja tratado de forma genérica, utilizaremos com 
referência o inversor WEG modelo CFW 09, para os demais fabricantes 
mudam apenas a designação e a ordem valendo os mesmo princípios 
eletrodinâmicos.
O parâmetro do inversor de frequência é uma grandeza pela qual 
o usuário pode ler ou programar valores que adéquem o compor-
tamento do mesmo e do motor em uma determinada aplicação, o 
acesso a esses parâmetros é realizado por meio de uma IHM (inter-
face homem-máquina), conforme figura a seguir.
Figura 103 - IHM (Interface Homem-Máquina)
Fonte: WEG (2006, p. 88).
Visando facilitar a identificação e descrição dos parâmetros, os mesmos 
serão subdivididos por características em: parâmetros de leitura, parâ-
metros de regulação, parâmetros de configuração, parâmetros do motor 
e parâmetros das funções especiais. 
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74 CURSOS TÉCNICOS SENAI
As sinalizações disponíveis são: 
Ready, Run, Subtensão e o E00,...
E11.
 ▪ P009 – Torque no motor. 
Apresenta a parcela da corrente 
total que é proporcional ao torque 
em %. 
Parâmetros de regulação
São os parâmetros que po-
dem ser alterados pela fun-
ção do inversor.
Podemos citar:
 ▪ P100 - Tempos de aceleração.
Determina o tempo para uma 
aceleração linear de 0 até a veloci-
dade máxima.
 ▪ P101 - Tempo de desacele-
ração. Determina o tempo para 
uma desaceleração linear da 
velocidade máxima até 0.
 ▪ P133 - Referência mínima. 
Determina o valor mínimo de 
velocidade na saída quando o 
inversor é habilitado
 ▪ P134 - Referência máxima.
Determina o valor de velocidade 
máximo.
Parâmetros do motor
Os parâmetros relacionados ao 
motor são: 
 ▪ P400 - Tensão do motor; 
 ▪ P401 - Corrente do motor; 
 ▪ P402 -Rotação do motor; 
 ▪ P403 - Corrente do motor.
Rampas de aceleração/de-
saceleração
A aceleração e a desaceleração 
podem ser controladas especifi-
cando-se os valores de tempo e 
velocidade final, geralmente os 
inversores possuem dois tipos de 
rampas. Acompanhe. 
Rampa linear
A rampa linear é utilizada em apli-
cações em que as cargas possuem 
reduzido valor de inércia, na pas-
sagem da velocidade 0 para o iní-
cio da rampa e do final da rampa 
para a velocidade final. O sistema 
acoplado ao motor recebe um im-
pulso denominado jerk.
Rampa S 
A rampa S possibilita a acelera-
ção e a desaceleração do motor 
cuja aplicação exige que se tenha 
partidas e paradas de forma suave. 
Pode ser ajustada em função da 
aplicação do software do inversor, 
onde além dos tempos de acele-
ração e desaceleração existe tam-
bém um percentual de distorção 
“S” da curva, conforme ilustra a 
Figura 104.
Parâmetros de leitura
Os parâmetros de leitura 
possibilitam a visualização 
dos valores programados nos 
parâmetros de regulação, do 
motor, de configuração e de 
funções especiais. Estes parâ-
metros não possibilitam a al-
teração do valor visualizado e 
variam de P001 até P009 para 
a linha de inversores WEG. 
(CAPELLI, 2007, p. 107).
A seguir serão apresentados al-
guns parâmetros com suas res-
pectivas características. 
 ▪ P001 - Referência de veloci-
dade.
Valor da referência de velocidade 
antes da rampa.
Não depende da fonte de origem 
da referência.
 ▪ P002 – Velocidade do motor.
Apresenta a velocidade real, em 
RPM.
 ▪ P003 – Corrente do motor.
Apresenta a corrente de saída do 
inversor em ampères.
 ▪ P004 - Tensão do circuito 
intermediário. 
Apresenta a tensão atual no cir-
cuito intermediário de corrente 
contínua em volts.
 ▪ P005 – Frequência aplicada ao 
motor.
Valor da frequência de saída do 
inversor, em Hz.
 ▪ P006 – Estado do inversor.
Apresenta o estado atual do inver-
sor.
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75INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Figura 104 - Rampa S ou Linear
Fonte: WEG (2006, p. 125).
Multi speed 
A função multi speed possibilita a alteração de frequência na saída 
do inversor através de combinações nas entradas digitais [conforme 
Figura 105]. Essas combinações nas entradas digitais podem ser co-
mandadas por chaves seletoras, contatores e CPLs, é indicada quan-
do há a necessidade de mais de uma velocidade fixa, possui como 
grandes vantagens a simplicidade de comando e a imunidade a ruído 
elétrico. (CAPELLI, 2007, p. 110). 
Os parâmetros relativos ao multi speed vão de P124 a P131, ou seja, é 
possível a implementação de oito velocidades diferentes na função multi 
speed.
Figura 105 - Multi Speed
Fonte: WEG (2006, p. 127).
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76 CURSOS TÉCNICOS SENAI
A chave de partida eletrôni-
ca, soft-starter, é um circuito 
composto de um conjunto 
tiristores/diodos para cada 
fase do motor, é também co-
nhecida como partida suave, 
pois uma transição brusca da 
tensão não ocorre como nos 
métodos de partida por auto-
transformador, ligação estre-
la-triângulo, etc.
O comportamento da corren-
te de partida é aproximada-
mente contínuo, ou seja, sem 
grandes variações. A chave 
de partida eletrônica tam-
bém tem a vantagem de não 
possuir partes móveis ou que 
gerem arco elétrico, como nas 
chaves eletromecânicas.
SEção 4
Instalação do inversor de frequência
Nesta seção você acompanhará como deve ser a instalação do inversor 
de frequência. 
De acordo com o fabricante WEG, o esquema sugerido para a instalação 
do inversor de frequência é apresentado abaixo.
Figura 106 - Instalação do Inversor de Frequência
Fonte: WEG (2003, p. 111).
A chave seletora pode ser utilizada para a manutenção, ou em caso de 
emergência os fusíveis protegem a instalação contra sobrecorrente. O 
transformador isolador ou a reatância de rede possuem a finalidade de 
filtrar as harmônicas da rede elétrica, a reatância é responsável pela iso-
lação galvânica do inversor da rede. 
SEção 5
Soft-starter
Nesta seção você estudará a aplicaçãoda soft-starter, desde a partida até a 
parada do motor. No desenvolver da unidade serão apresentadas algu-
mas funções programáveis para as soft-starters que possibilitam configurar 
o sistema de acionamento de acordo a necessidade de aplicação. Para 
isso você aprenderá sobre a chave de partida eletrônica, a aceleração 
e desaceleração do motor, a utilização da função limites de corrente, a 
economia de energia e os benefícios e a proteção que a soft-starter pro-
porciona. 
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77INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
As soft-starters utilizam uma ponte tiristorizada na configuração antipara-
lelo, que recebe o comando de uma placa eletrônica com o objetivo de 
realizar o ajuste de tensão na saída, conforme programação previamente 
feita pelo usuário.
Uma estrutura simplificada das soft-starters é apresentada na figura a se-
guir:
Figura 107 - Diagrama Simplificado da soft-starter
Fonte: WEG ([200-?], p. 16).
Podemos observar que o circuito de potência controla a tensão de 
rede se utilizando da variação do ângulo de disparo dos SCRs com o 
consequente controle do valor eficaz da tensão aplicada ao motor. 
A seguir serão apresentadas algumas funções programáveis para as soft-
starters que possibilitam configurar o sistema de acionamento de acordo 
a necessidade de aplicação.
Rampa de tensão na aceleração
 As chaves soft-starters possuem uma função que realiza a aumento 
gradual e contínuo da tensão eficaz até atingir o valor da tensão no-
minal da rede. 
A obtenção do crescimento gradual de tensão é obtida variando o ângu-
lo de disparo dos tiristores. Pode-se observar na figura a seguir o com-
portamento da tensão ao longo do tempo. O usuário pode ajustar a 
tensão inicial (Up) para igualar a tensão que começa a mover a carga, a 
tensão, então, aumenta até a tensão da linha durante um tempo ajustável 
(tr). Isso assegura uma partida suave.
Figura 108 - Rampa de Tensão na 
Aceleração
Fonte: WEG (2007a, p. 399)..
Rampa de tensão na 
desaceleração
A parada do motor pode ser 
realizada de duas formas, por 
inércia ou controlada. Na para-
da por inércia a tensão vai a zero 
instantaneamente e a redução 
de velocidade da carga ocorre 
de acordo com a dissipação da 
energia cinética da mesma, na 
parada controlada a soft-starter 
reduz gradualmente a tensão 
até um valor mínimo pré-deter-
minado, (WEG, 2007a, p. 399).
Figura 109 - Rampa de Tensão na 
Desaceleração
Fonte: WEG (2007a, p. 399).
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78 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Limitação de corrente
A função de limitação de 
corrente é utilizada em apli-
cações nas quais a inércia da 
carga é elevada, esta função 
limita a corrente ao valor ne-
cessário para que seja ven-
cida a inércia da carga, pos-
sibilitando a aceleração da 
mesma.
Podemos observar na figura a se-
guir que a partir da definição de 
um ponto de limitação de cor-
rente ILIM, pode-se viabilizar a 
partida de motores em redes que 
já estão muito próximas de sua 
capacidade, possibilitando tam-
bém que sistemas de proteção 
não atuem afetando o restante da 
instalação. Na prática, esta função 
é muito utilizada quando a rampa 
de tensão simples não atende as 
necessidades de partida. 
Figura 110 - Limitação de Corrente
Fonte: WEG (2007a, p. 401).
Economia de energia
No modo economia de energia, a soft-starter diminui a tensão aplicada aos 
terminais do motor de forma que a energia fornecida seja proporcional 
à demanda solicitada pela carga, ou seja, a energia necessária para suprir 
o campo.
Na figura abaixo, o ponto A define o momento onde a carga exige o 
máximo conjugado com o motor operando com a tensão nominal, caso 
ocorra a redução da carga com um consequente aumento de velocidade, 
rotação do motor, a demanda de corrente será reduzida e o ponto de 
operação será alterado junto à curva para o ponto B. 
Como o conjugado do motor é proporcional ao quadrado da tensão 
aplicada, com a redução da tensão ocorre a redução do conjugado e com 
a devida redução de tensão, o ponto de operação passará a ser A.
Figura 111 - Equilíbrio entre Conjugado e Tensão
Fonte: WEG (2007a, p. 402).
Como fatores negativos, para este tipo de energia, podemos destacar a ge-
ração de tensões e correntes harmônicas que podem reduzir a vida útil dos 
capacitores para correção do fator de potência e variações no fator de po-
tência que podem causar sobreaquecimento nos transformadores.
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79INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Proteções
A operação e a aplicação das soft-
starters não se restringem à partida 
de motores, as mesmas também 
oferecem diversos tipos de prote-
ção, os principais são:
 ▪ sobrecorrente imediata na 
saída – impõe o máximo valor 
de corrente que a soft-starter 
permite fluir para o motor por 
período de tempo pré-ajustado 
(via parametrização);
 ▪ subcorrente imediata – ajus-
ta o mínimo valor de corrente 
que a soft-starter permite fluir para 
o motor por período de tempo 
pré-ajustado (via parametrização);
 ▪ sequência de fase invertida 
– esta proteção está disponível 
em apenas alguns modelos e tem 
a função de garantir que a carga 
não seja acionada com as fases 
invertidas, é muito utilizada para 
garantir o sentido de giro para 
alguns tipos de cargas sensíveis 
à alteração do mesmo, como é o 
caso de bombas;
 ▪ falta de fase na rede – detec-
ta a falta de uma fase na alimen-
tação da soft-starter e bloqueia os 
pulsos de disparo dos tiristores;
 ▪ falta de fase no motor – de-
tecta a falta de uma fase na saída 
da soft-starter e bloqueia os pulsos 
de disparo dos tiristores;
 ▪ falha nos tiristores – detec-
ta se algum dos tiristores está 
danificado. Caso exista, bloqueia 
os pulsos de disparo e envia uma 
mensagem de erro através do 
display;
 ▪ defeito externo – atua através 
de uma entrada digital programa-
da. São associados dispositivos de 
proteção externos para atuarem 
sobre essa entrada, como por 
exemplo, sondas térmicas, pres-
sostatos, relés auxiliares, etc.
Formas de 
acionamento
A seguir serão apresentados al-
guns tipos de acionamentos que 
podem ser configurados nas cha-
ves soft-starters. 
Básico/Convencional
Comandos, leituras e monitora-
ção de status feitos via IHM.
Figura 112 - Diagrama Básico de Acio-
namento
Fonte: WEG (2007a, p. 406).
Figura 113 - Diagrama com Inversão do 
Sentido de Giro
Fonte: WEG (2007a, p. 407).
As chaves soft-starters podem ser 
utilizadas nas mais diversas apli-
cações, entre as quais podemos 
citar: ventiladores, misturadores, 
compressores, bombas centrífu-
gas, transportadores, etc.
Dentre as principais aplicações 
abordaremos as aplicações em 
bombas, compressores e ventila-
dores.
 ▪ Bombas: é a aplicação mais 
comum para as soft-starters. Uma 
simples rampa de tensão iguala 
as curvas do motor e da carga. 
A corrente de partida é reduzida 
para aproximadamente 2,5 vezes 
a corrente nominal. A rampa de 
desaceleração reduz drasticamen-
te o choque hidráulico. 
 ▪ Compressores: a soft-starter 
reduz a manutenção e permite 
que compressores “críticos” 
sejam desligados quando não 
forem necessários. Alguns com-
pressores têm em suas caracterís-
ticas de carga uma componente 
de alta inércia de partida. Um 
pulso de tensão com amplitude e 
duração programáveis pode ser 
gerado para que o motor possa 
superar essas componentes.
 ▪ Ventiladores: assim como 
as bombas, os ventiladores têm 
uma necessidade de torque que 
aumenta com a velocidade, mas 
têm também uma considerável 
inércia. Normalmente, o limite 
de corrente é usado para estender 
o tempo de rampa enquanto a 
inércia do sistema é superada. 
As soft-starters não podem ser utili-
zadas em todas as aplicações e emquaisquer condições. A seguir será 
relacionada uma série de pontos a 
serem observados.
 ▪ Refrigeração: montar sempre 
as unidades verticalmente com a 
ventilação para cima. Considere 
uma perda de calor de 3,6 W/A 
da corrente circulante. Consulte 
os manuais para maiores infor-
mações.
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80 CURSOS TÉCNICOS SENAI
 ▪ Economia de energia: não 
pode ser usada em motores de 
anéis ou em aplicações onde 
ocorram rápidas mudanças de 
carga.
 ▪ Motores de anéis: requer 
um único resistor de partida no 
circuito rotórico para operar com 
partida suave.
 ▪ Correção de fator de potên-
cia: nunca coloque capacitares na 
saída das soft-starters. Nunca ligue 
capacitores durante a rampa de 
aceleração.
 ▪ Motores com freio: alimente 
o freio separadamente, energize 
com o relé de partida da soft-
starter.
Não é recomendada a utilização 
de soft-starter nas seguintes apli-
cações: elevadores e guindastes e 
aplicações que requerem torque 
total à velocidade zero
Para se especificar uma soft-starter é importante obter os seguintes dados: 
 ▪ sobre a aplicação - tome cuidado com amoladores, trituradores, 
elevadores, guindastes, centrífugas e/ou outras aplicações com um alto 
número de partidas por hora;
 ▪ sobre os motores - tenha as informações de corrente da potência, 
tensão e se os mesmos são assíncronos de velocidade única;
 ▪ montagem – qual é o grau de proteção IP do painel? Qual é o tipo 
de refrigeração disponível? Qual é a tensão do painel de controle?
As soft-starters podem opcionalmente ser interligadas em redes de co-
municação rápidas fieldbus, por meio dos protocolos padronizados mais 
difundidos mundialmente, podendo ser:
 ▪ ProfiBus
 ▪ DeviceNet
 ▪ ModBus RTU
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81INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
FIELDBUS 
Destinadas principalmente a integrar grandes plantas de automação in-
dustrial, as redes de comunicação rápidas conferem elevada performan-
ce de atuação e grande flexibilidade operacional, características exigidas 
em aplicações de sistemas complexos e/ou integrados. 
Figura 114 - Redes de Comunicação
Fonte: WEG (2007a, p. 433).
MIW-02 MIW-02 MIW-02 MIW-02 MIW-02
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83INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
Finalizando
Chegamos ao final de mais uma unidade curricular com a certeza do dever cumprido. 
Foram apresentados diversos conteúdos com o objetivo de desenvolver e ampliar suas competên-
cias de maneira significativa. 
Este material apresentou inicialmente, na Unidade 1, os tipos de condutores e a seção mínima dos 
condutores definida por normas técnicas nacionais e internacionais.
Já na Unidade 2 foram abordados os vários tipos dispositivos elétricos utilizados em montagem 
de painéis e instalações elétricas industriais. Em seguida, na Unidade 3, foram estudados os diver-
sos métodos de partida de motores com chaves magnéticas.
Na Unidade 4 foi apresentado um breve conteúdo sobre semicondutores utilizados em inver-
sores de frequência e soft-starters, acionamentos que foram estudados com mais profundidade na 
Unidade 5. 
O conteúdo apresentado neste material visa contribuir para o seu desenvolvimento profissional, 
podendo ser aprofundado por meio de materiais complementares.
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Referências
85INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
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86 CURSOS TÉCNICOS SENAI
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www.weg.net/files/products/WEG-disjuntores-em-caixa-moldada-dw-975-catalogo-portu-
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 ▪ ______. Automação: minidisjuntores MDW, disjuntores em caixa moldada predial DWP, 
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guá do Sul, 2008e. 11 p. Disponível em: <http://www.weg.net/files/products/4-39.pdf>. 
Acesso em: 09 mar. 2010.
 ▪ ______. Automação: soft-starters SSW-03 e SSW-04. Jaraguá do Sul, 2008f. 11 p.
 ▪ ______. Automação: contadores e relés de sobrecarga. Jaraguá do Sul, 2008g. 15 p.
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 ▪ ______. CFW-08: inversores de frequência. Jaraguá do Sul, 2008i. 5 p.
 ▪ ______. Comando e sinalização WEG: linha CSW. Jaraguá do Sul, 2005a. 6 p.
 ▪ ______. Comando e sinalização: linha BW. Jaraguá do Sul, 2003. 4 p.
 ▪ ______. Contadores e relés de sobrecarga. Jaraguá do Sul, 2005b. [6] p.
 ▪ ______. Comando e proteção: módulo 1. Jaraguá do Sul, 2007a. 431 p. 1 CD-ROM. 
 ▪ ______. Manual de comando e proteção: módulo 1. Jaraguá do Sul, [200-?]. (APRE-
SENTAÇÃO EM PPT). 
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87INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
 ▪ ______. Guia de aplicação de inversores de freqüência. Jaraguá do Sul, 2003. 238 p.
 ▪ ______. Manual de chaves de partida. Jaraguá do Sul, 1982. 98 p.
 ▪ ______. Manual de contatores e reles de sobrecarga. Jaraguá do Sul, [19--]. 47 p.
 ▪ ______. Manual do inversor de freqüência: serie CFW-09: software: versão 3.7X 
0899.5298 P/11. Jaraguá do Sul, 2006a. 361 p. 1 CD-ROM. 
 ▪ ______. Variação de velocidade: módulo 2. Jaraguá do Sul, 2007b. 314 p. 1 CD-ROM.
 ▪ ______. Manual de soft-starter: série SSW 04: software: versão 5.XX 0899.4890 P/5. 
Jaraguá do Sul, 2006b. 105 p. 1 CD-ROM. 
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https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=apostila-instalacoes-eletricas-industriais
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