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MILAGRE ECONÔMICO: MIGRAÇÃO INTERNA E URBANIZAÇÃO Apresentado por Natanael, Kênio, João Vitor, Marilene, Thalita, Higor e Karen CONTEXTO HISTÓRICO INTRODUÇÃO E PANORAMA ECONÔMICO Período do Milagre Econômico: 1968-1973, durante a ditadura militar (1964-1985) Crescimento Econômico: Taxa anual do PIB em torno de 10% Reformas Fiscais e Investimentos: Políticas fiscais rigorosas, controle da inflação e grandes investimentos em infraestrutura e indústria Capital: Combinação de capital estatal, estrangeiro e nacional, especialmente em bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos) EXPANSÃO INDUSTRIAL E POLÍTICAS ESTATAIS Crescimento da Indústria de Bens de Consumo Duráveis: Aumento na produção de automóveis e eletrodomésticos, elevação da massa salarial urbana Industrialização Multisetorial: Desenvolvimento de indústrias de bens correntes, bens de capital e grandes infraestruturas em transporte e energia elétrica Intervenção Estatal: Investimentos em transportes, comunicações e infraestrutura, incentivando a urbanização e concentração de investimentos no Sudeste, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro IMPACTOS NA URBANIZAÇÃO E MIGRAÇÃO Aceleração da Urbanização: Migração do campo para as cidades devido à modernização da agricultura e industrialização Crescimento Urbano: População urbana superando a rural na década de 1970 Novos Polos Urbanos: Surgimento de centros urbanos em outras regiões como Brasília, Goiânia, Campinas e Manaus TRANSFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS Modernização da Agricultura: Aumento da produtividade, reorganização fundiária e migração rural-urbana Melhoria na Infraestrutura: Investimentos substanciais em transporte, energia e comunicações Crescimento da Classe Média: Expansão da indústria de bens de consumo duráveis, aumento do emprego e dos salários, e elevação do padrão de vida CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS E CONCLUSÃO Desafios da Urbanização Rápida: Marginalização e pobreza nas periferias urbanas Repressão Política: Controle da oposição, restrição de liberdades civis e uso de censura durante a ditadura militar Resumo das Transformações: Crescimento econômico e mudanças estruturais significativas Avaliação Crítica: Benefícios econômicos e problemas sociais e políticos Importância Histórica: Relevância do Milagre Econômico na história do Brasil MOTIVAÇÕES PARA A MIGRAÇÃO INTERNA A migração interna no Brasil durante o período do Milagre Econômico foi impulsionada por uma combinação de fatores econômicos, sociais e políticos • A busca por oportunidades de emprego é uma das principais motivações para a migração. A industrialização acelerada concentrou-se nas regiões Sudeste e Sul, especialmente nas áreas metropolitanas, atraindo trabalhadores de outras regiões do país. • O investimento em infraestrutura, como estradas e hidrelétricas, facilitou a mobilidade e incentivou a migração. A urbanização crescente foi outro fator crucial, com a população migrando das áreas rurais para as cidades em busca de melhores condições de vida e acesso a serviços básicos como educação e saúde. Essa migração contribuiu para a expansão e desenvolvimento das cidades brasileiras. CRESCIMENTO DAS CIDADES • Em 1970, a população urbana brasileira ultrapassava a população rural, 52 milhões contra 41 milhões respectivamente • Nesse período, o esgotamento de áreas de fronteira agrícola ocasionou nova reorientação das trajetórias migratórias o que resultou no aumento da concentração da população em cidades de maior tamanho. • A expansão dos grandes centros urbanos ganhava nova expressão espacial com a emergência das configurações metropolitanas. • O Brasil urbano passou a ostentar um grande número de cidades articuladas em rede e a metropolização tornou-se a expressão máxima dessa urbanização, mas uma urbanização que se interiorizava. DESAFIOS URBANOS HABITAÇÃO Durante o milagre econômico, a urbanização rápida causou uma alta demanda por moradia que superou a oferta, resultando em: • Favelização: Muitos migrantes se estabeleceram em favelas devido à falta de moradias acessíveis. • Déficit Habitacional: O governo não conseguiu construir moradias suficientes, agravando a crise habitacional. • Segregação Espacial: As populações mais pobres foram empurradas para as periferias urbanas, longe dos centros econômicos. TRANSPORTE E INFRAESTRUTURA O crescimento urbano acelerado também sobrecarregou os sistemas de transporte e infraestrutura: • Transporte Público Sobrecarregado: A demanda aumentou rapidamente, resultando em sistemas de transporte lotados e ineficientes. • Infraestrutura Deficiente: Estradas, esgoto e fornecimento de água não acompanharam o crescimento populacional, levando a frequentes falhas nos serviços. • Falta de Planejamento Urbano: A expansão das cidades ocorreu de forma desordenada, sem integração e investimentos adequados. IMPACTOS SOCIAIS - Interligação entre o desnvolvimento do país no período do milgare Econômico com a desigualdade social; - Aglomeração nos centros urbanos e seus desafios com a migração interna: (Aumento da densidade populacional, resultando em congestionamentos, poluição atmosférica e sonora, além de uma maior pressão sobre os recursos naturais e infraestrutura urbana); - Diversidade cultural gerada pela migração interna POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS Para enfrentar uma série de problemas nas cidades brasileiras causados pelo rápido crescimento econômico e a migração em massa para as áreas urbanas, o governo militar implementou diversas políticas e programas focados em habitação e infraestrutura urbana. Alguns dos principais esforços incluem: 1. Programa de Habitação: BNH e Cohab 2. Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 3. Saneamento e Urbanização 4. Política de Desenvolvimento Urbano 1. PROGRAMA DE HABITAÇÃO: BNH E COHAB O Banco Nacional de Habitação (BNH), fundado em 1964, visava financiar habitações populares e reduzir o déficit habitacional. Oferecendo crédito subsidiado, o BNH apoiava a construção e compra de casas populares. As Companhias de Habitação (COHABs), criadas em diversos estados e municípios, executavam projetos habitacionais de grande escala, construindo conjuntos habitacionais para a população de baixa renda. Embora esses projetos ajudassem a diminuir o déficit habitacional, contribuíam também para a segregação espacial, pois estavam frequentemente situados em áreas periféricas das grandes cidades. 2. PLANO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO (PND) O Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) foi uma estratégia econômica que incluiu grandes investimentos em infraestrutura, como rodovias, portos, aeroportos, redes de energia elétrica e telecomunicações, promovendo a integração nacional e a urbanização. Destacaram-se a Rodovia Transamazônica, que integra a região Norte ao restante do país, e a Ponte Rio-Niterói, que melhorou o transporte entre Rio de Janeiro e Niterói. 3. SANEAMENTO E URBANIZAÇÃO O governo investiu em programas de saneamento básico e urbanização para melhorar as condições de vida urbanas. Criado em 1971, o Plano Nacional de Saneamento (PLANASA) foi uma iniciativa importante para expandir e modernizar a infraestrutura de água e esgoto nas cidades brasileiras, construindo estações de tratamento, redes de distribuição de água e sistemas de coleta de esgoto, melhorando a saúde pública e as condições sanitárias urbanas. 4. POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO A criação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU), em 1974, foi um passo importante na coordenação das políticas urbanas no país. A SDU tinha a missão de planejar e executar projetos de urbanização e desenvolvimento urbano, incluindo a revitalização de áreas degradadas, a melhoria da infraestrutura urbana e a promoção de habitação de interesse social. Embora as políticas do governo militar tenham ajudado a mitigar alguns desafios urbanos, elas também tiveram efeitos colaterais e limitações. A construção de conjuntos habitacionais nas periferias levou à expansão desordenadadas cidades e ao aumento dos custos de transporte, enquanto a segregação espacial e a desigualdade social persistiram. O investimento em infraestrutura facilitou a mobilidade e a integração econômica, mas causou desmatamento e impactos ambientais na Amazônia. A expansão do saneamento básico melhorou as condições sanitárias, mas não cobriu toda a população urbana crescente. IMPACTOS E RESULTADOS LEGADO E LIÇÕES O crescimento industrial e urbano acelerado constitui incentivo fundamental a migração interna Os elevados fluxos migratórios levaram a expansão das cidades e ao aumento da densidade urbana A crescente demanda oriunda dos fluxos migratórios levou ao processo de favelização Sobrecarregamento dos sistemas de transporte e infraestrutura Medidas do governo não foram capazes de resolver os problemas de forma eficiente Desse modo concluímos que apesar de seu crescimento positivamente significativo, e dos esforços do governo para amenizar os impactos da migração e urbanização acelerada o período deixa uma série de lições que ressaltam a importância de um desenvolvimento equilibrado e inclusivo, que leve em consideração tanto o crescimento econômico quanto o bem-estar social OBRIGADO PELA ATENÇÃO! image1.jpeg image2.jpeg image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpeg image15.jpeg image16.jpeg image17.jpeg image18.jpeg image19.jpeg