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<p>1</p><p>Secretaria de Estado da Educação</p><p>COLÉGIO ESTADUAL HILDA T. KAMAL</p><p>CURSO TÉCNICO em ENFERMAGEM</p><p>1 º Subsequente</p><p>PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E</p><p>INFORMAÇÃO EM ENFERMAGEM</p><p>ALUNO :..........................................................Nº</p><p>PROFESSORA : SANDRA MARA BATISTA - 2018</p><p>2</p><p>PROCESSO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO EM</p><p>ENFERMAGEM</p><p>EMENTA: Processo de comunicação; Diferentes tipos de linguagem;</p><p>Codificação e decodificação de informações em diferentes meios; Estratégias</p><p>pedagógicas. Uso da informática e de instrumental eletrônico .</p><p>CONTEÚDOS: Processo de comunicação: emissor, receptor e mensagem; Tipos de</p><p>comunicação: escrita, verbal e não verbal; Normas e padrões da linguagem escrita</p><p>e oral (ortografia, sintaxe, concordância....); Linguagem: científica, técnicas, informal,</p><p>matemática, artística, jornalística, informacional (informática); Leitura, análise,</p><p>compreensão e interpretação de diferentes tipos de texto: domínio das</p><p>representações estatísticas, matemáticas, gráficas e textuais; Levantamento</p><p>bibliográfico e busca na internet; Produção de textos: relatórios, anotações de</p><p>enfermagem, descrição de procedimentos, fichamento, resumo; A prática educativa</p><p>em saúde e seus objetivos. Educação versus informação. Planejamento de ensino.</p><p>Estratégias pedagógicas para a educação em saúde.</p><p>APOSTILA ELABORADA PELA PROFESSORA : SANDRA MARA BATISTA 2018</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>1. CAMPOS, T.C.P. Psicologia hospitalar: a atuação do psicólogo em hospitais. São Paulo: EPU,</p><p>1995.</p><p>2. DANIEL, L. F. Atitudes interpessoais em enfermagem. São Paulo: EPU, 1983. 176p.</p><p>3. MANZOLLI, M.C.; CARVALHO, E.C. de; RODRIGUES, A R.F. Psicologia em enfermagem</p><p>: teoria e pesquisa. São Paulo: Sarvier, 1981. 114p.</p><p>4. MOSCOVICI, F. Desenvolvimento Interpessoal. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos</p><p>S.A , 1985.</p><p>5. MUNCK, s. (coord); et al.; Registros de saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1999</p><p>6. VASCONCELOS, E. M. Educação Popular dos Serviços de Saúde. 3ª ed; São Paulo: Cortez,</p><p>1997.</p><p>3</p><p>7. MENDES, I.A.C. Pesquisa em enfermagem, São Paulo: EDUSP, 1991, 153p. M</p><p>8. MINAYO, M.C.S. (org); et al.; Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis , Rio</p><p>de Janeiro: Editora Vozes, 2000.</p><p>9. MULLER, M.S.; CORNELSEN, J.M.; Normas e padrões para teses, dissertações e monografias.</p><p>– 5 ed. Atual. – Londrina: Eduel, 2003</p><p>10. ALBINO, J.P. A sociedade do conhecimento e as comunidades virtuais. In: JESUS, A. C. (org).</p><p>Cadernos de Formação – Gestão da Informação (Pedagogia Cidadã). São Paulo: Unesp/ Pró-reitoria</p><p>de graduação, 2005.</p><p>11. BACCEGA, Maria Aparecida. (org.) Gestão de processos comunicacionais. São Paulo: Atlas,</p><p>2002.</p><p>12. BELLUZZO, R.C.B. Gestão da informação, do conhecimento e da documentação. In: JESUS, A.</p><p>C. (org). Cadernos de Formação – Gestão da Informação (Pedagogia Cidadã). São Paulo: Unesp/</p><p>Pró-reitoria de graduação: 2005</p><p>13. BERLO, D. K. O processo da comunicação. Tradução: Jorge Arnaldo Fontes. 9.ed. São Paulo:</p><p>Martins Fontes, 1999.</p><p>14. CASTELLS, M. A sociedade em rede. 6 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.</p><p>15. DA MATTA, Roberto. A casa e a rua. 4. ed. Guanabara Koogan (cidade e ano não identificados).</p><p>Mimeo.</p><p>16. FILHO, J. T. Gerenciando conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Senac, 2003.</p><p>17. FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.</p><p>18. IANNI, Octavio. A era do globalismo. 4.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.</p><p>19. JOHNSON, Steven. Cultura da interface: como o computador transforma nossa maneira de criar</p><p>e comunicar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.</p><p>20. LEMOS, André. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre /</p><p>RS: Sulina, 2004.</p><p>21. LIMA. Frederico. A sociedade digital: o impacto da tecnologia na sociedade, na cultura, na</p><p>educação e nas organizações. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000</p><p>22. LITTLEJOHN, Stephen W. Fundamentos teóricos da comunicação humana. Tradução de Álvaro</p><p>Cabral. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.</p><p>23. MARCONI, Marina de; LAKATOS, Técnicas de pesquisa:planejamento e execução de</p><p>pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 3 ed.</p><p>São Paulo: Atlas, 1996.</p><p>24. MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 2000.</p><p>4</p><p>Processo de comunicação: emissor,</p><p>receptor e mensagem;</p><p>Os elementos da comunicação são:</p><p>Emissor ou destinador: alguém que emite a mensagem. Pode ser uma pessoa,</p><p>um grupo, uma empresa, uma instituição.</p><p>Receptor ou destinatário: a quem se destina a mensagem. Pode ser uma</p><p>pessoa, um grupo ou mesmo um animal, como um cão, por exemplo .</p><p>Código: a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é formado por</p><p>um conjunto de sinais, organizados de acordo com determinadas regras, em que</p><p>cada um dos elementos tem significado em relação com os demais .</p><p>Tipos de comunicação: escrita, verbal e não verbal;</p><p>5</p><p>Comunicação é o processo de troca de informações entre um emissor e um</p><p>receptor. Um dos aspectos que pode interferir nesse processo é o código a ser</p><p>utilizado, que deve ser entendível para ambos.</p><p>Quando falamos com alguém, lemos um livro ou revista, estamos utilizando a</p><p>palavra como código.</p><p>Esse tipo de linguagem é conhecido como linguagem verbal, sendo a palavra</p><p>escrita ou falada, a forma pela qual nos comunicamos. Certamente, essa é a</p><p>linguagem mais comum no nosso dia a dia. Quando alguém escreve um texto,</p><p>por exemplo, está usando a linguagem verbal, ou seja, está transmitindo</p><p>informações através das palavras.</p><p>A outra forma de comunicação, que não é feita nem por sinais verbais nem pela</p><p>escrita, é a linguagem não verbal. Nesse caso, o código a ser utilizado é a</p><p>simbologia.</p><p>A linguagem não verbal também é constituída por : gestos, tom de voz,</p><p>postura corporal, etc. Se uma pessoa está dirigindo e vê que o sinal está</p><p>vermelho, o que ela faz? Para Isso é uma linguagem não verbal, pois ninguém</p><p>falou ou estava escrito em algo que ela deveria parar, mas como ela conhece a</p><p>simbologia utilizada, apenas o sinal da luz vermelha já é suficiente para</p><p>compreender a mensagem.</p><p>Ao contrário do que alguns pensam, a linguagem não verbal é muito utilizada e</p><p>importante na vida das pessoas.</p><p>Quando uma mãe diz de forma áspera, gritando e com uma expressão</p><p>agressiva, que ama o filho, será que ele interpretará assim? Provavelmente</p><p>não. Esse é apenas um exemplo entre muitos, para ilustrar a importância da</p><p>utilização da linguagem não verbal.</p><p>Outra diferença entre os tipos de linguagens é que, enquanto a linguagem</p><p>verbal é plenamente voluntária, a não verbal pode ser uma reação</p><p>involuntária, provindo do inconsciente de quem se comunica.</p><p>6</p><p>Nem sempre a troca de informações é bem sucedida. Denomina-se ruído</p><p>aos elementos que perturbam, dificultam a compreensão pelo destinador,</p><p>como por exemplo, o barulho ou mesmo uma voz muito baixa.</p><p>O ruído pode ser também de ordem .</p><p>7</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL:</p><p>11</p><p>12</p><p>13</p><p>14</p><p>15</p><p>16</p><p>17</p><p>18</p><p>19</p><p>20</p><p>59</p><p> “Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro</p><p>Alves)</p><p> Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do</p><p>que se pensa.</p><p> Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.</p><p> Linguagens científica e técnica</p><p>A investigação científica e a especialização nas diversas disciplinas exigem</p><p>permanentemente uma adequação terminológica para designar com precisão as</p><p>novas realidades: conceitos, processos, novas tecnologias e máquinas.</p><p>https://www.infoescola.com/escritores/castro-alves/</p><p>https://www.infoescola.com/escritores/castro-alves/</p><p>https://www.infoescola.com/linguistica/ironia/</p><p>60</p><p>Características das linguagens científica e técnica</p><p>Apesar da abrangência e da diversidade das ciências (Astronomia, Biologia,</p><p>Medicina, Química) e do riquíssimo vocabulário de cada uma, podemos citar</p><p>alguns aspectos comuns no uso das linguagens especiais:</p><p>• Universalidade: todos devem compreender da mesma maneira o conteúdo</p><p>semântico dos termos.</p><p>• Objetividade: a interpretação não pode variar de pessoa para pessoa, nem</p><p>depender das circunstâncias em que se utilize o vocabulário.</p><p>• Verificabilidade: o que se afirma pode ser demonstrado.</p><p>• Clareza: deve ser exata e objetiva.</p><p>• Precisão: deve referir-se a alguma coisa com exatidão.</p><p> Terminologia científica</p><p> As palavras novas – ou neologismos – das ciências não se criam</p><p>gratuitamente, mas sua origem é bem variada. Os principais processos</p><p>são:</p><p> Mecanismos próprios da língua:</p><p>Derivação: mostra > amostragem</p><p>Composição: neuro + linguística = neurolinguística</p><p>Lexemas e morfemas de origem grega ou latina:</p><p></p><p>Audímetro, Tomografia, Densiometria</p><p> Empréstimos estrangeiros:</p><p>61</p><p>chips, flash-back, deck</p><p>Uso de siglas:</p><p>DDD (Discagem Direta a Distância)</p><p>MEC (Ministério da Educação)</p><p>Análise e interpretação de textos</p><p>a) Gêneros Textuais</p><p>Muito se tem falado sobre a diferença entre “tipos textuais” e “gêneros textuais”.</p><p>Alguns teóricos denominam dissertação, narração e descrição como “modos de</p><p>organização textual”, diferenciando-os das nomenclaturas específicas que são</p><p>consideradas “gêneros textuais”.</p><p>A fim de simplificar o entendimento de diversos estudos em torno desse assunto,</p><p>foi criado o quadro abaixo,</p><p>INFORMATIVOS – Modalidade textual usada para</p><p>fins didáticos, isto é, para ensinar. É muito</p><p>comum nos livros didáticos; Português, História,</p><p>Geografia, Ciências, etc. A sua ênfase está no conteúdo que se quer tr</p><p>ansmitir. Também é usado em jornais, revistas,</p><p>TV, e outros meios de comunicação que fornecem notícias, comunicados,</p><p>etc.</p><p>Texto informativo é uma produção textual com informação sobre um</p><p>determinado assunto, que tem como objetivo esclarecer uma pessoa ou</p><p>conjunto de pessoas sobre essa matéria. Normalmente em prosa, o texto</p><p>informativo elucida e esclarece o leitor sobre o tema em questão.</p><p>Podem existir textos informativos sobre animais, com características e</p><p>informações sobre os animais ou sobre doenças como a dengue. Um texto</p><p>62</p><p>informativo sobre a dengue, por exemplo, provavelmente disponibilizará</p><p>informação sobre os sintomas, tratamento e formas de prevenção.</p><p>Neste último caso, estamos perante um texto informativo científico, com</p><p>informações autenticadas de acordo com a ciência.</p><p>* PERSUASIVOS – Modalidade de texto em que se</p><p>procura convencer alguém de alguma coisa, isto é, que o leitor se deixe</p><p>influenciar pela sua leitura. Muito usado nos comerciais</p><p>( propagandas) veiculados em jornais, revistas, TV, rádio, outdoors, cart</p><p>azes, etc.</p><p>* LÚDICOS – Modalidade textual destinada à</p><p>distração, ao entretenimento. São geralmente textos literários, como crô</p><p>nicas, contos, novelas, romances. Também as piadas, charges, tirinhas,</p><p>e outros do gênero, são considerados lúdicos, pois pretendem divertir o l</p><p>eitor.</p><p>b) Gêneros Discursivos</p><p>* Crônica: Por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os</p><p>dois é que a crônica narra fatos do dia a dia, relata o cotidiano das pessoas,</p><p>situações que presenciamos e já até prevemos o desenrolar dos fatos. A</p><p>crônica também se utiliza da ironia e às vezes até do sarcasmo. Não</p><p>necessariamente precisa se passar em um intervalo de tempo, quando o tempo</p><p>é utilizado, é um tempo curto, de minutos ou horas normalmente. Crônica é</p><p>uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A</p><p>palavra crônica deriva do grego “chronos” que significa “tempo”. Nos jornais e</p><p>revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor e publicada</p><p>em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do cotidiano e</p><p>outros assuntos relacionados a arte, esporte, ciência etc. Os cronistas</p><p>procuram descrever os eventos relatados na crônica de acordo com a sua</p><p>própria visão crítica dos fatos, muitas vezes através de frases dirigidas ao</p><p>leitor, como se estivesse estabelecendo um diálogo. Alguns tipos de crônicas</p><p>são a jornalística, humorística, histórica, descritiva, narrativa, dissertativa,</p><p>poética e lírica. Uma crônica relata acontecimentos de forma cronológica e</p><p>várias obras da literatura são designadas com esse nome, como por exemplo:</p><p>63</p><p>Crônica de um Amor Louco (de Charles Bukowski) e Crônica de uma Morte</p><p>Anunciada (da autoria de Gabriel García Márquez).</p><p>*Carta: Pode ser formal ou informal. Como exemplo</p><p>de carta formal temos as cartas comerciais. As que escrevemos para fa</p><p>miliares, amigos, conhecidos, são cartas informais.</p><p>Notícia: A notícia é o mais simples e banal dos textos jornalísticos.</p><p>É definida, tanto por autores como por jornalistas, através de critérios de</p><p>seleção dos acontecimentos.</p><p>Mário Erbolato afirma que a notícia deve ser recente, objetiva e ter interesse</p><p>público. Já Nilson Lage afirma: “poderemos definir notícia como o relato de</p><p>uma série de fatos a partir do fato mais importante, e este de seu aspecto mais</p><p>importante”. O Manual de Redação da Folha de São Paulo aponta que a</p><p>notícia é a “informação que se reveste de interesse jornalístico, puro</p><p>registro dos fatos, sem comentário nem interpretação.”</p><p>* Reportagem: A reportagem busca mais: partindo da própria noticia,</p><p>desenvolve uma sequência investigativa que não cabe na noticia”.</p><p>A reportagem é um conteúdo jornalístico, escrito ou falado, baseado no</p><p>testemunho direto dos fatos e situações explicadas em palavras e, numa</p><p>perspectiva atual, em histórias vividas por pessoas, relacionadas com o seu</p><p>contexto.</p><p>A reportagem televisiva, testemunho de ações espontâneas, relata histórias em</p><p>palavras, imagens e sons. O repórter pode valer-se também de fontes</p><p>secundárias (documentos, livros, almanaques, relatórios, recenseamentos,</p><p>etc.) ou servir-se de material enviado por órgãos especializados em transformar</p><p>fatos em notícias (como as agências de notícias e as assessorias de</p><p>imprensa).</p><p>Editorial: Expressa a opinião do editor</p><p>sobre assunto em destaque no momento, através de argumentos</p><p>e análise dos fatos.</p><p>Um editorial é um artigo que apresenta a opinião de um grupo sobre</p><p>determinada questão; por causa disso, ele normalmente não é assinado. Assim</p><p>como um advogado faria, escritores de editoriais discutem sobre um argumento</p><p>que já foi feito e tentam persuadir os leitores a concordar com eles acerca de</p><p>64</p><p>determinado assunto atual e polêmico. Essencialmente, um editorial é um texto</p><p>de opinião que apresenta o posicionamento da empresa jornalística – revelada,</p><p>em linhas gerais, nos manuais de redação ou cartas de princípios.</p><p>A opinião de um veículo, entretanto, não é expressada exclusivamente nos</p><p>editoriais, mas também na forma como organiza os assuntos publicados, pela</p><p>qualidade e quantidade que atribui a cada um (no processo de Edição</p><p>jornalística). Em casos em que as próprias matérias do jornal são imbuídas de</p><p>uma carga opinativa forte, mas não chegam a ser separados como editoriais,</p><p>diz-se que é Jornalismo de Opinião.</p><p>* Charge: Satiriza um fato específico. Os personagens muitas vezes são</p><p>personalidades públicas (</p><p>políticos, governantes…). Pode usar linguagem verbal, não-</p><p>verbal ou as duas juntas. São publicadas em jornais e revistas. é um</p><p>estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura,</p><p>algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidos. A</p><p>palavra é de origem francesa</p><p>e significa carga, ou seja, exagera traços do</p><p>caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em</p><p>críticas políticas no Brasil.</p><p>Apesar de ser confundido com cartoon (ou cartum), que é uma palavra de</p><p>origem inglesa, ao contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente</p><p>ligada a temporalidade, o cartoon retrata situações mais corriqueiras do dia-a-</p><p>dia da sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica</p><p>político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre</p><p>determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender</p><p>uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar</p><p>ao par do que acontece ao seu redor.</p><p>A charge pode ter um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso</p><p>a charge, como desenho crítico, é temida pelas pessoas com poder. Por isso</p><p>que quando se estabelece censura em algum país, a charge pode ser o</p><p>primeiro alvo dos censores.</p><p>Tira: Tem como característica o fato de ser</p><p>uma piada com 2, 3 ou 4 quadrinhos, e geralmente ter um personage</p><p>m fixo, em torno do qual agem outros.</p><p>O tema sempre é sobre algum aspecto a condição humana.</p><p>65</p><p>* Receita: É um tipo e texto que tem forte apelo popular, pois é comum</p><p>as pessoas passarem receitas uma para as outras.</p><p>Quem não gosta de uma receita de comida, por exemplo?</p><p>É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a</p><p>interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações</p><p>específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a</p><p>concursos públicos.</p><p>Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de</p><p>responder as questões relacionadas a textos.</p><p>TEXTO – é um conjunto de idéias organizadas e relacionadas entre si,</p><p>formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO</p><p>COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).</p><p>CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma</p><p>delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a</p><p>posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido.</p><p>A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO.</p><p>Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase</p><p>for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um</p><p>significado diferente daquele inicial.</p><p>INTERTEXTO – comumente, os textos apresentam referências diretas ou</p><p>indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-</p><p>se INTERTEXTO.</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – o primeiro objetivo de uma interpretação de</p><p>um texto é a identificação de sua idéia principal. A partir daí, localizam-se as</p><p>idéias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações,</p><p>que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.</p><p>66</p><p>Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:</p><p>1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma</p><p>argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os</p><p>verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).</p><p>2. OMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre</p><p>as situações do texto.</p><p>3. COMENTAR – é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade,</p><p>opinando a respeito.</p><p>4. RESUMIR – é concentrar as idéias centrais e/ou secundárias em um só</p><p>parágrafo.</p><p>5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.</p><p>Levantamento bibliográfico</p><p>a) O levantamento bibliográfico é uma pesquisa em bases de dados</p><p>nacionais e internacionais que recupera bibliografias sobre o assunto desejado.</p><p>b) Pode ser solicitado por usuários da Biblioteca, por meio de formulário</p><p>próprio, disponível no site da Universidade, no link Biblioteca em "acesso</p><p>usuário, levantamento bibliográfico", ou na secretaria da Biblioteca.</p><p>A ideia de que saúde e educação são fundamentais à vida humana, sobretudo</p><p>indissociáveis no cotidiano.</p><p>A educação em saúde abordada é entendida como processo social com grande</p><p>potencial de transformação da realidade. Comenta sobre os diversos modelos</p><p>de educação em saúde e questiona vários de seus aspectos. Identifica que</p><p>“educação” deveria ser de fato “educações”, pois não existe apenas um jeito de</p><p>educar em saúde. Termina mostrando ainda os três modelos que têm</p><p>embasado a prática educativa no contexto da saúde. A educação para a saúde,</p><p>onde o profissional de saúde assume é de detentor do conhecimento, a</p><p>educação em saúde, onde o processo saúde-doença é reconhecido como</p><p>processo determinado socialmente, e a educação popular e saúde, onde o</p><p>67</p><p>protagonismo da população como sujeitos autônomos para decidir sobre sua</p><p>saúde e seu corpo é determinante para que todos assumam a condição de</p><p>aprendizes.</p><p>O prontuário do paciente</p><p>O prontuário do paciente é um documento legal que consta de toda a história do</p><p>paciente durante a permanência do paciente no hospital. Suas finalidades</p><p>principais são de comunicação entre profissionais, pesquisa, auditoria e</p><p>contabilidade. Esse prontuário mostra todos os procedimentos, evolução,</p><p>anotações utilizadas durante a permanência do paciente no hospital ou clínica.</p><p>O fechamento desse documento só e feito quando o paciente não precisa de</p><p>observação hospitalar (alta hospitalar), em caso de fuga do paciente (alta por</p><p>evasão), falecimento do paciente (alta por óbito) e pedido da família (alta a</p><p>pedido). A alta só pode ser expedida pelo médico.</p><p>68</p><p>Ministério da Saúde estabelece:</p><p>• O Prontuário é um conjunto de documentos padronizados,</p><p>ordenados e concisos, destinado ao registro dos cuidados</p><p>médicos e dos demais profissionais, prestados ao paciente</p><p>em um estabelecimento de saúde. Portaria do MS/SAS/92</p><p>A Portaria do MS/SAS/40 de 30/12/92 institui:</p><p>• Registro obrigatório em prontuário único, das atividades desenvolvidas</p><p>pelas diversas categorias profissionais – médico, enfermeiro,</p><p>odontólogo, assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional,</p><p>nutricionista, farmacêutico, pessoal auxiliar.</p><p>Funções:</p><p>• De comunicação: entre os profissionais, o sistema de saúde e o</p><p>usuário;</p><p>• De educação: registro histórico, científico;</p><p>• Gerencial: registro administrativo, financeiro, documento de valor</p><p>legal.</p><p>A quem pertence o Prontuário?</p><p>1. Ao profissional de saúde;</p><p>2. Ao paciente;</p><p>3. À Instituição de Saúde.</p><p>Quem pode solicitar cópia do Prontuário:</p><p>1. Apenas o paciente ou seu representante legal através de Procuração;</p><p>2. Em caso de falecimento: o representante familiar nomeado pelo juiz;</p><p>3. O Conselho Regional de Medicina.</p><p>69</p><p>O Prontuário e os aspectos éticos e legais</p><p>O Código de Ética Médica estabelece:</p><p>É vedado ao Médico:</p><p>• Art. 87 - Deixar de elaborar prontuário médico legívelpara cada paciente.</p><p>• Art. 88 - Negar ao paciente acesso ao seu prontuário médico, ficha</p><p>clínica ou similar, bem como deixar de dar explicações necessárias à</p><p>sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o paciente ou</p><p>para terceiros.</p><p>• Art. 86 - Deixar de fornecer laudo médico ao paciente, quando do</p><p>encaminhamento ou transferência para fins de continuidade do</p><p>tratamento, ou em caso de solicitação de alta.</p><p>O prontuário é uma documentação de grande valor para:</p><p>a) Para o paciente: É útil, porquanto, os dados contidos, possibilitam um</p><p>atendimento, diagnóstico e tratamento mais rápidos, eficientes e econômicos,</p><p>sempre que houver necessidade de reinternação ou transferência de setores de</p><p>outras especialidades.</p><p>As anotações existentes podem dispensar ou simplificar interrogatórios e</p><p>exames complementares, reduzindo o custo do atendimento e o tempo de</p><p>permanência no hospital</p><p>.- Representa, para o paciente, o grande instrumento de defesa, em caso de</p><p>possíveis prejuízos e de reivindicação de direitos perante o médico, o hospital e</p><p>os poderes públicos.</p><p>b) Para o hospital: A existência de bons prontuários,permite maior rotatividade</p><p>de pacientes, baixando a média de permanência.-Reduz o uso indevido dos</p><p>equipamentos e serviços, evitando a repetição desnecessária de exames- O</p><p>prontuário é o documento de maior valor para sua defesa contra possíveis</p><p>acusações;-Permite a qualquer tempo um conhecimento exato do tratamento</p><p>feito e do resultado alcançado-Demonstra o padrão de atendimento prestado no</p><p>hospital.</p><p>70</p><p>c) Para a equipe de saúde:</p><p>A equipe de saúde é o conjunto de todos os profissionais que mantêm contato</p><p>com o paciente, visando sua recuperação. Se todos perseguem o mesmo</p><p>objetivo, nada mais lógico do que agirem entrosados. O ideal,seria que a</p><p>equipe atuasse em grupo na hora de discussão dos casos. Não sendo</p><p>possível, resta, como instrumento bastante eficiente de intercomunicação, o</p><p>prontuário, por meio do qual os profissionais se intercomunicam, fornecendo</p><p>informações dentro da própria especialidade . Assim, o prontuário é o grande</p><p>fator de integração da equipe de saúde do hospital. Na medida em que um</p><p>hospital progride, melhora também o serviço de prontuário.</p><p>O Prontuário do paciente reúne todas as informações do paciente durante os</p><p>momentos em que ele precisou do atendimento hospitalar. Verifica-se que no</p><p>passado e, em muitos casos no presente, o prontuário se reduzia a</p><p>apontamentos sobre a história da doença, alguns dados sociais do paciente, ou</p><p>pouco mais que isso.O prontuário completo, com evolução, gráficos, TPR</p><p>(Temperatura, Pulso e Respiração), PA (Pressão Arterial) e relatório de</p><p>enfermagem continua sendo raridade. À medida que os conhecimentos da</p><p>administração foram se difundindo, foi surgindo o valor e a importância de</p><p>prontuários e arquivos organizados. As anotações existentes são muito</p><p>importantes para toda a instituição e podem dispensar ou simplificar</p><p>interrogatórios e exames complementares, reduzindo o custo do atendimento e</p><p>o tempo de permanência do cliente no hospital.</p><p>No prontuário deve constar:</p><p>– A identificação do paciente;</p><p>– Anamnese;</p><p>– Exame Físico;</p><p>– Exames complementares e resultados;</p><p>– Hipóteses diagnósticas ou diagnóstico definitivo;</p><p>– Tratamento efetuado;</p><p>– Registro diário da evolução clínica</p><p>– Procedimentos e condutas</p><p>71</p><p>Resolução CFM 1638/2002, Deliberação COREN-MG 135/2000,</p><p>Resolução do CFO-042/2003</p><p>Obrigatoriedade:</p><p>– Legibilidade da letra do profissional;</p><p>– Identificação dos profissionais que realizaram o atendimento;</p><p>– Assinatura do médico e CRM;</p><p>– Responsabilidade quanto ao preenchimento, guarda e manuseio -</p><p>cabe ao profissional de saúde, à chefia da equipe, à direção da</p><p>Unidade;</p><p>– Comissão de Revisão de Prontuários.</p><p>Resolução CFM 1638/2002</p><p>A resolução COFEN nº 240/2000, que aprova o código de ética, prevê</p><p>no Capítulo iv, art. 29: manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha</p><p>conhecimento em razão da atividade.</p><p>A lei nº 7.498 de 25.06.86 dispõe sobre o exercício da enfermagem; foi</p><p>regulamentada pelo decreto nº 94.406 de 08.06.87 e prevê no seu art. 14 –</p><p>item II anotar no prontuário do paciente as atividades da assistência de</p><p>enfermagem.</p><p>A Resolução COFEN 272/2002, prevê no Art. 2º que a Sistematização da</p><p>Assistência de Enfermagem deve ocorrer em todas as instituições de saúde,</p><p>pública e privada; e no Art. 3º prevê que deverá ser registrada formalmente no</p><p>prontuário do paciente/ usuário/ cliente.Resolução CFM n° 1605/00</p><p>72</p><p>Código Civil:</p><p>– Art. 144 – Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fatos a cujo</p><p>respeito, por estado ou profissão, deve guardar segredo.</p><p>– Código de Processo Penal:</p><p>– Art. 207 – São proibidos de depor as pessoas que, em razão de</p><p>função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo,</p><p>salvo se, desobrigadas pela parte interessada quiserem dar seu</p><p>testemunho.</p><p>– Auditoria:</p><p>– Enquadra-se no princípio do dever legal já que tem o mesmo</p><p>atribuições de perícia.</p><p>– O auditor tem direito, inclusive, de examinar o paciente, para</p><p>confortar o descrito no prontuário com o real estado do paciente,</p><p>tudo porém em perfeita sintonia com o que determina o vigente</p><p>Código de Ética Médica.</p><p>73</p><p>O Registro Eletrônico e a digitalização</p><p>– Resolução CFM n° 1821/07:</p><p>Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e uso dos sistemas</p><p>informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos</p><p>pacientes autorizando a eliminação do papel e a troca de informação</p><p>identificada em saúde.</p><p>Guarda de Prontuário: Resolução CFM 1821/07</p><p>Estabelece o prazo mínimo de 20 anos, a partir do último registro,</p><p>para a preservação dos prontuários em suporte de papel;</p><p>Autoriza a digitalização dos prontuários, desde que o modo de armazenamento</p><p>dos documentos obedeça a norma específica de digitalização;</p><p>– Estabelece a guarda permanente para os prontuários de pacientes arquivados</p><p>eletronicamente.</p><p>– Resolução CFM n° 1821/07:</p><p>Aprova o Manual de Cerificação para Sistemas de Registro Eletrônico em</p><p>Saúde, versão 3.0 e outra versão aprovada pelo Conselho Federal de</p><p>Medicina; Autorizou o digitalização dos prontuários dos pacientes;</p><p>– Autorizou o uso de sistemas informatizados para a guarda e manuseio de</p><p>prontuários de pacientes e para troca de informação identificada em saúde,</p><p>eliminando a obrigatoriedade do registro em papel, desde que estes sistemas</p><p>atendam integralmente aos registros de “ Nível de garantia de segurança”,</p><p>estabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico</p><p>em Saúde;</p><p>74</p><p>No caso de microfilmagem, os prontuários microfilmados poderão ser</p><p>eliminados de acordo com a legislação específica que regulamenta essa área e</p><p>após análise obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários da unidade</p><p>médico-hospitalar geradora do arquivo.</p><p>75</p><p>76</p><p>Educação versus informação</p><p>Muito se discute hoje a respeito da nossa sociedade, que vive na era do</p><p>conhecimento. A grande questão é: era da informação ou era do</p><p>conhecimento?</p><p>Para tanto, faz-se necessário refletirmos a respeito da semântica das palavras</p><p>e compreendermos o significado de maneira mais ampla.</p><p>O Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa (1990) traz a definição de</p><p>informação como “ato ou efeito de informar; transmissão de notícias;</p><p>comunicação”.</p><p>Já a palavra conhecimento significa, segundo a mesma fonte, “ato ou efeito de</p><p>conhecer; faculdade de conhecer; consciência da própria existência (...)”.</p><p>Para entender um pouco mais, basta buscarmos referência na origem das</p><p>palavras.</p><p>Do Latim “Com – junto” mais “Gnoscere – obter conhecimento, chegar a</p><p>saber”, formando então a palavra “Cognoscere – conhecer, saber”.</p><p>A palavra informação também se origina do latim “informatio,onis – delinear,</p><p>conceber ideia", ou seja, dar forma ou moldar na mente.</p><p>77</p><p>Desta forma, a significação das palavras traz indícios de diferenças entre</p><p>informação e conhecimento.</p><p>Mas, o que isso interfere na nossa Educação?</p><p>Com o avanço tecnológico e, consequentemente do acesso à informação, que</p><p>veicula em velocidade extraordinária no cenário global, é importante</p><p>colocarmos que as informações estão acessíveis em todo lugar, não</p><p>necessariamente em lugar estático, como em anos anteriores.</p><p>Das ruas, escolas, shoppings, enfim, é possível ter disponível informação do</p><p>mundo todo com rapidez.</p><p>Considerando os conceitos aqui tratados, observa-se que conhecimento é algo</p><p>que vai além da informação.</p><p>É algo que envolve uma ação, pois se constrói conhecimento a partir de uma</p><p>informação recebida.</p><p>Segundo estudos realizados por Luckesi (1996), adquirir conhecimentos</p><p>não é compreender a realidade retendo informação, mas utilizando-se</p><p>desta para desvendar o novo e avançar, porque quanto mais competente</p><p>for o entendimento do mundo, mais satisfatória será a ação do sujeito que</p><p>a detém.</p><p>Sendo assim, as informações</p><p>facilitam no processo de cognição, mas, por si só</p><p>não realizam efetivamente o conhecimento.</p><p>Pensando na utilização das tecnologias como importante recurso no processo</p><p>de ensino aprendizagem, pode se considerar que o papel do professor como</p><p>mediador das informações é extremamente importante para a construção do</p><p>conhecimento dos alunos, considerando ser fundamental a participação</p><p>cooperativa das pessoas na dinâmica do conhecimento.</p><p>Segundo Fernandes (2001), “acesso, informação e conhecimento são</p><p>entidades cada vez mais vitais em um mundo altamente competitivo e</p><p>78</p><p>conectado, e quem não as conseguir estará inexoravelmente à margem de</p><p>oportunidades”.</p><p>Desta forma, vale ressaltar que os educadores têm “em mãos” valiosos</p><p>recursos tecnológicos, que facilitam o acesso às informações, trazendo</p><p>grandes benefícios no processo de apropriação do conhecimento dos alunos.</p><p>Fases e Etapas do Planejamento de Ensino</p><p>O professor ao planejar o ensino, antecipa, de forma organizada, todas as</p><p>etapas do trabalho escolar. Cuidadosamente, identifica os objetivos que</p><p>pretende atingir, indicar os conteúdos que serão desenvolvidos, seleciona os</p><p>procedimentos que utilizará como estratégia de ação e prevê quais os</p><p>instrumentos que empregará para avaliar o progresso dos alunos.</p><p>Pelo ensino executado de acordo com planos bem definidos e flexíveis, o</p><p>professor imprime um cunho de maior segurança ao seu trabalho, e oportuniza</p><p>aos alunos um progressivo enriquecimento do seu saber e da sua experiência.</p><p>O planejamento é o processo, enquanto que o plano e o projeto são o seu</p><p>produto. Denomina-se à descrição de larga abrangência em termos de tempo e</p><p>problemática. Projeto corresponde à descrição de abrangência menor.</p><p>Existem diversas situações correlatas entre si que, por sua natureza negativa,</p><p>contribuem para e reforçam a criação e manutenção de uma imagem negativa</p><p>da orientação educacional, bem como de limitações a essa área.</p><p>A experiência nos mostra que, do planejamento bem feito, resulta uma série de</p><p>vantagens que recompensam, de longe, o tempo e energia nele despendidos.</p><p>Os resultados desse esforço talvez não sejam imediatos, mas a prática tem</p><p>comprovado que são de longo e largo alcance. É evidente que nenhuma</p><p>atuação pode ter condições de eficiência e eficácia, se dirigida pela</p><p>improvisação e pela falta de sistematização.</p><p>79</p><p>As vantagens que o planejamento oferece são de definir e ordenar objetivos</p><p>perseguidos. Também estruturar e direcionar as ações a serem tomadas,</p><p>tornando claras e precisas as responsabilidades quanto ao desenvolvimento</p><p>das ações, racionalizando a distribuição de tempo, energia e recursos.</p><p>A principal finalidade do planejamento consiste em produzir um guia orientador</p><p>para a ação a ser desencadeada, de maneira que os objetivos sejam</p><p>transformados em realidades. Para que a transformação ocorra</p><p>adequadamente, o planejamento visa a garantir que a ação proposta seja de</p><p>forma objetiva, operacional, funcional, executável, contínua e produtiva, dando</p><p>aspectos que estão relacionados às qualidades do planejamento.</p><p>Embora o planejamento seja reconhecido como condição necessária para que</p><p>a ação produza de maneira mais adequada os resultados desejados, se</p><p>observa que muitas pessoas resistem a se envolver nesta função.</p><p>É por isso que professores percebem certas dificuldades e limitações em seus</p><p>esforços de planejamento de trabalho. Essas dificuldades e limitações são de</p><p>diversas origens: a falta de compreensão dos benefícios do planejamento,</p><p>pressões do ambiente de trabalho para que sejam realizadas tarefas de</p><p>resultado imediato, disponibilidade de tempo limitada, falta de habilidades para</p><p>planejar.O planejamento envolve habilidades de análise, previsão e</p><p>decisão. Mais especificamente, habilidades de identificar necessidades,</p><p>estabelecer prioridades, analisar alternativas de ação, definir objetivos,</p><p>estabelecer estratégias, atividades e cronogramas de ação ajustados e definir</p><p>programa de avaliação preciso e ajustado.</p><p>Aprendemos a Planejar, Planejando</p><p>É com isso que as habilidades relacionadas ao planejamento são</p><p>desenvolvidas na medida em que o professor se envolve nessa atividade. A</p><p>simples leituras de manuais, sem os respectivos exercícios de aplicação, não</p><p>desenvolverá a competência necessária para o desempenho da função do</p><p>planejamento.A falta de planejamento para orientar uma ação e sua realização,</p><p>sem os cuidados da análise objetiva ou da precisão na descrição, se torna</p><p>80</p><p>imprecisa e sujeita a vários problemas.</p><p>A educação pode ser concebida com um processo de ensino-</p><p>aprendizagem, e por processo de influência interpessoal, visando à</p><p>produção de mudanças comportamentais no aluno. A produção de</p><p>mudanças comportamentais no aluno depende, portanto, do padrão de</p><p>influências exercido sobre ele.</p><p>O planejamento submete uma dada realidade a um plano. Portanto, define-se</p><p>como um processo de controle, já que ele dirige e determina as ações de uma</p><p>pessoa, em busca de um objetivo determinado. Por essa razão, podemos</p><p>concebê-lo como um processo de tomada, execução e teste de decisões –</p><p>decisões essas que estão, por assim dizer, cristalizadas em um plano.</p><p>Planejamento educacional é uma intervenção deliberada e racional no</p><p>processo ensino-aprendizagem.</p><p>A saúde vai à escola: a promoção da saúde em</p><p>práticas pedagógicas</p><p>A Promoção da Saúde na escola A PS é um movimento surgido na década de</p><p>1980 no Canadá, o qual, posteriormente, alcançou escala mundial.</p><p>Inicialmente definida como o “processo de capacitação da comunidade</p><p>para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma</p><p>maior participação no controle desse processo” (BRASIL, 2002a),</p><p>atualmente ela pode ser compreendida como “um conjunto de estratégias e</p><p>formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela</p><p>articulação e cooperação intra e intersetorial [...] buscando articular suas ações</p><p>com as demais redes de proteção social, com ampla participação e controle</p><p>social” (BRASIL, 2014). A PS amplia a compreensão de que a saúde não é</p><p>apenas a ausência de doença, conceituação proposta pela OMS em meados da</p><p>década de 1950, e avança na compreensão da saúde como um estado positivo,</p><p>referindo-se a uma rede complexa de interdependências e inter-relações na qual</p><p>não é possível estabelecer uma causalidade linear (FRAGA et al., 2013). Assim,</p><p>a “saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de</p><p>81</p><p>viver [...]”, ela “é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e</p><p>pessoais, bem como as capacidades físicas” (BRASIL, 2002a, p. 19-20).</p><p>A saúde é, então, compreendida através desse conceito ampliado, brevemente</p><p>caracterizado acima. Os determinantes e condicionantes políticos, econômicos,</p><p>sociais, culturais e ambientais ganham espaço. Ainda que esteja muito presente</p><p>a visão estrita relacionada à exclusividade do risco individual, da ênfase</p><p>biologicista e da incorporação demasiada de tecnologias biomédicas, há também</p><p>a ampliação das buscas de respostas para a construção e produção social,</p><p>individual e coletiva da saúde.</p><p>No Brasil, as ideias sobre PS foram introduzidas através da VIII Conferência</p><p>Nacional de Saúde e da promulgação da Constituição cidadã (CARVALHO,</p><p>2008). Tais eventos revelam um momento histórico, no qual o direito universal à</p><p>saúde, o controle social mediante a participação e a busca da equidade tornam-</p><p>se marcantes no discurso sociossanitário. Segundo Buss (2001), é enorme o</p><p>potencial das ações de PS na infância e adolescência. O autor afirma que esses</p><p>são períodos do desenvolvimento humano nos quais se estabelecem o</p><p>comportamento, caráter, personalidade e estilo de vida, e que o ambiente em</p><p>que o jovem está inserido é um dos principais fatores influenciadores.</p><p>82</p><p>Passagem de plantão sempre 10 minutos antes</p><p>de cada</p><p>turno de trabalho até 10 minutos depois</p><p>do horário de trabalho.</p><p>83</p><p>84</p><p>Anotação de enfermagem</p><p>A anotação de enfermagem é o que garante legalmente que o cuidado foi</p><p>prestado pelo profissional de enfermagem, além disso, nos fornecem dados</p><p>importantes para garantir a continuidade da assistência, para subsidiar o</p><p>enfermeiro na realização de um boa Sistematização da Assistência de</p><p>Enfermagem, para fins de pesquisa, auditoria e para respaldo legal dos</p><p>profissionais de enfermagem. Por tratar-se de um assunto tão importante para a</p><p>nossa categoria profissional, precisamos sempre refletir sobre ele e saber</p><p>também como realizar uma boa anotação de enfermagem.</p><p>Tipos de anotações de enfermagem</p><p>São vários tipos de anotações de enfermagem que podem ser registrados no</p><p>prontuário do paciente. Dentre eles são destacados</p><p>:• Gráfico: facilita a visualização de oscilações dos parâmetros vitais do</p><p>paciente, como temperatura (T), pulso (P), respiração (R) e pressão arterial</p><p>(PA) ou dos sinais objetivos, tais como: peso, altura, perímetros, pressão</p><p>venosa central, entre outras;</p><p>• Descrição: numérica - são anotados valores de parâmetros mensuráveis.</p><p>Podem ser locais específicos para o registro desses valores para facilitar a</p><p>visualização;</p><p>• narração escrita - registro da forma narrativa daquilo que foi realizado,</p><p>observado e ou informado pelo paciente ou familiar.</p><p>É o tipo de anotação mais freqüentemente utilizado em prontuário de paciente.</p><p>Roteiro para a 1ª anotação de Enfermagem do Plantão</p><p>1) Estado ou Nível de Consciência:</p><p> Qual estado de consciência do paciente? Alerta? Letárgico? Obnubilado?</p><p>Torporoso, Comatoso?</p><p>85</p><p> Se o paciente estiver alerta, avaliar o estado mental (item 02), que é a</p><p>qualidade deste estado.</p><p> Se o paciente não estiver alerta, é claro, não tem como avaliar o estado</p><p>mental, então segue para o item 3.</p><p>2) Estado Mental:</p><p> Está orientado no tempo e espaço? Para avaliar a orientação é preciso</p><p>perguntar ao paciente:</p><p> Avaliação da orientação no tempo: Que dia da semana estamos?</p><p> Avaliação da orientação no espaço: Onde você está?</p><p>3) Estado emocional/ expressão facial:</p><p> Calmo? Apático? Alegre? Triste? Preocupado? Hostil? Agitado?</p><p> Qual o comportamento que retrata o estado emocional do paciente? Por</p><p>exemplo: Refere estar triste por estar longe dos filhos e choroso durante</p><p>o diálogo.</p><p>4) Condição de Deambulação:</p><p> Deambulante? Tipo de marcha? Deambula com dificuldade? Com auxílio</p><p>da enfermagem? Locomove-se em cadeira de rodas? Com auxílio de</p><p>muletas, bengala, andador?</p><p>5) Acamado?</p><p> Em cama com grades elevadas? Qual decúbito? Encontra-se com</p><p>restrição mecânica? Em que segmento corporal? Está com aparelho</p><p>ortopédico? Especificar. Quais os métodos utilizados para evitar lesão por</p><p>pressão? Colchão piramidal? Colchão pneumático? Placas de proteção?</p><p> Na primeira anotação o registro é da posição em que você encontrou o</p><p>paciente e no decorrer do plantão, a cada 2 horas, é preciso anotar em</p><p>86</p><p>que decúbito foi colocado o paciente, além das medidas de proteção</p><p>utilizadas, como coxins, e os sinais e sintomas observados (alterações</p><p>cutâneas, etc)</p><p>6) Repouso no leito?</p><p> Relativo ou absoluto?</p><p>7) Sono e Repouso:</p><p> Refere ter dormido bem a noite? Não? Por quê? Especificar.</p><p> Ex: Refere insônia devido a dor difusa em região abdominal, de</p><p>intensidade 6 (ENV: 0-10)</p><p>8) Equipamentos/ Dispositivos/ Aparelhos/ Cateteres/ Sondas/ Uripen/</p><p>Drenos/ Curativos/ Venóclise:</p><p> Todos os dispositivos que o paciente mantem e todas informações</p><p>necessárias relacionadas à eles devem estar descritas. Exemplos:</p><p> Mantem cateter vesical de demora aberto, com débito de 400 ml,</p><p>amarelo-escuro, turvo, com grumos.</p><p> Mantem cateter nasogástrico aberto, em narina direita, com débito</p><p>de 120 ml, esverdeado</p><p>9) Sinais – aqueles identificados por meio da observação.</p><p> Integridade da pele: íntegra? lesão?</p><p> Em caso de lesão – especificar: tipo, tamanho, localização e outras</p><p>características, se houver. Neste caso utilizamos o termo “Apresenta”. Por</p><p>exemplo:</p><p> Apresenta lesão escoriativa, de 4,0 x 5,2 cm, em região antero-medial da</p><p>perna D, com exsudato seroso, em pequena quantidade (quando não for</p><p>possível mensurar o volume em ml)</p><p> Outros exemplos que devem ser observados: dispneia, hemorragia,</p><p>edema, descamação, hematoma, incisão cirúrgica, cicatriz, febre, entre</p><p>87</p><p>outros. Lembrando que qualquer alteração identificada, deve ser</p><p>comunicado o enfermeiro, por exemplo, a dispneia.</p><p> Os sinais vitais mensurados devem ser registrados pontualmente, ou seja,</p><p>os valores exatos aferidos, livre de julgamentos</p><p>10) Sintomas – aqueles referidos pelo paciente.</p><p> Dor? Especificar: tipo, localização, intensidade e outras característica, se</p><p>houver.</p><p> Outros exemplos: náuseas, mal estar, insônia, prurido</p><p>11) Condições dos Membros Superiores e Inferiores:</p><p> Coloração, perfusão, temperatura do membro, pulso</p><p>12) Aceitação da dieta</p><p> Especificar o que e quanto consumiu. Evite os termos, “baixa” aceitação,</p><p>“boa” aceitação alimentar. Esse tipo de termo não nos fornece parâmetros</p><p>confiáveis, o que é pouco para você, pode não ser para mim. De</p><p>preferência, tente mensurar em número de colheres ou por exemplo,</p><p>“aceitou 1/3 da dieta”.</p><p> Recusou a dieta? qual o motivo?</p><p> Está em jejum? Especificar no início da anotação o motivo, se é para</p><p>cirurgia, tipo de cirurgia, se é para algum exame.</p><p>13) Eliminação Vesical</p><p> Espontânea? Por sonda vesical de demora? por sonda vesical de alívio?</p><p>uripen? cistostomia?</p><p> Quantidade? Mensurar o volume em ml, sempre que mantiver sonda,</p><p>estiver em controle de diurese ou balanço hídrico.</p><p> Qual as características? Coloração (amarelo-claro, escuro, alaranjado)?</p><p>Odor? (fétido? característico?)</p><p> Presença de anormalidades? hematúria? piúria? disúria?</p><p>88</p><p>14) Eliminação Intestinal</p><p> Presente? Ausente? Há quantos dias?</p><p> Via de eliminação: em caso de ostomia, descrever qual – ileostomia,</p><p>jejunostomia, colostomia.</p><p> Episódios: Geralmente na primeira anotação registra o que o paciente</p><p>referiu, mas nos respectivos horários, descreve-se após cada episódio</p><p> Quantidade: pequena, média ou grande quantidade?</p><p> Consistência: Pastosa? líquida? semi-pastosa? Aspecto: Qual</p><p>frequência? Cor?</p><p> Características: coloração, odor, consistência, quantidade;</p><p> Queixas.</p><p>15) Anotar orientações dadas, as condutas adotadas e os resultados das</p><p>mesmas. Por exemplo:</p><p> 16/08/16 – 10h: Refere dor de intensidade 4, comunico enfermeira</p><p>Raquel, que avalia e orienta administrar Dipirona 500 mg/ml, 40 gotas, por</p><p>via oral, conforme prescrição médica (se necessário).</p><p> 16/08/16 – 11h: Refere dor zero após administração da Dipirona. Oriento</p><p>comunicar em caso de qualquer desconforto, via campainha. Mantenho</p><p>campainha próxima ao paciente.</p><p>Lembre-se:</p><p>De uma forma didática, para que você tenha sempre em mente o que é preciso</p><p>registrar, lembre-se de avaliar o paciente no sentido cefalopodálico (da cabeça</p><p>aos pés) e da sequência de registro “Apresenta”, “Mantem” e “Refere”:</p><p> Apresenta: tudo aquilo que foi possível observar no paciente (pele,</p><p>cabeça, pescoço, tronco, membros superiores, inferiores,</p><p>genitália). Por exemplo: Apresenta escoriação em região orbital D,</p><p>com crosta, de aspecto limpo e seco, edema em 5º pododáctilo D.</p><p>89</p><p> Mantem: todos os dispositivos que o paciente mantem. Por</p><p>exemplo: Mantem cateter venoso central em subclávia E, ocluído</p><p>com película transparente realizado no dia 15/08, com inserção</p><p>sem sinais flogísticos.</p><p> Refere: tudo que o paciente te relatou durante a coleta de dados.</p><p>Por exemplo: Refere dor em região abdominal após as refeições,</p><p>baixa aceitação alimentar devido a dor.</p><p> É importante anotar as orientações realizadas ao paciente, as</p><p>condutas adotadas e os resultados da mesma.</p><p>Exemplo de uma anotação de enfermagem de início de</p><p>plantão:</p><p>18/08/2016 – 07h10 – Alerta, orientado em tempo e espaço, calmo, comunica-</p><p>se verbalmente, em repouso relativo no leito, em posição de fowler, deambula</p><p>com auxílio de bengala. Apresenta hematoma em região orbital D, escoriação</p><p>em região escapular E, de aspecto limpo e seco, edema 2+/4+ em perna D.</p><p>Mantem cateter nasoenteral em narina D, com dieta instalada 30 ml/hora, com</p><p>fixação íntegra e limpa, cateter venoso central em subclávia E, salinizado,</p><p>ocluído com película transparente do dia 15/08, com inserção sem sinais</p><p>flogísticos. Refere boa aceitação alimentar, nega algia, eliminações, vesical</p><p>amarelo-clara em grande quantidade e intestinal ausente há 1 dia. João Lucas</p><p>Ferreira-COREN-SP-11111-TE.</p><p>Bom, a primeira visita ao paciente foi realizada, já me apresentei, aferi os sinais</p><p>vitais, coletei os dados necessários para a minha primeira anotação de</p><p>enfermagem. E agora, como continuar o registro? Cada um descobre a sua</p><p>forma de se organizar durante o plantão, o importante é que as medicações</p><p>sejam administradas no horário, o paciente consiga ser encaminhado para o</p><p>exame, para a cirurgia, que o profissional consiga prestar uma assistência com</p><p>excelência, segura e que realize os registros, com o horário correspondente,</p><p>logo após a ação realizada, pois sem eles é o mesmo que não ter feito.</p><p>90</p><p>Por exemplo, administrei um medicamento e não registrei, como o próximo</p><p>profissional vai saber se administrei ou não? Ele administra de novo para</p><p>garantir? Ou ele não administra e o paciente fica sem? Você consegue perceber</p><p>o quanto a segurança do paciente é afetada? E caso tenha algum problema</p><p>judicial, quem ler, vai considerar que não foi feito, porque não está anotado.</p><p>O que anotar no decorrer do plantão?</p><p>Realizado a primeira anotação de enfermagem, conseguimos imaginar o estado</p><p>geral do paciente, sem precisar olhar para ele. Para que eu consiga imaginar</p><p>toda assistência prestada e como o paciente esteve durante o plantão, é preciso</p><p>realizar o registro. Mas, o que devo anotar?</p><p> Procedimentos realizados, observações feitas, sejam eles os já</p><p>padronizados, de rotina e/ou específicos;</p><p> Todos os cuidados prestados: registro das prescrições de enfermagem e</p><p>médica cumpridas, além dos cuidados de rotina, medidas de segurança</p><p>adotadas, encaminhamentos ou transferências de setor, entre outros.</p><p> Medicamentos administrados;</p><p> Orientações fornecidas;</p><p> Intercorrências com o paciente, resposta do paciente frente aos cuidados</p><p>prescritos pelo enfermeiro e a conduta adotada em cada situação;</p><p>Não sabe se a anotação está completa, clara, objetiva? Te convido a fazer o</p><p>seguinte exercício sozinho ou troque com um colega: Faça uma anotação de</p><p>enfermagem e depois, sem olhar para o paciente, leia a anotação e tente</p><p>imaginar as condições do paciente.</p><p>Conseguiu imaginar o paciente sem olhar para ele? Parabéns, está no caminho</p><p>certo!</p><p>Não conseguiu imaginar alguma característica ou ficou na dúvida sobre o estado</p><p>do paciente? Talvez você precise aprimorar sua anotação.</p><p>Utilize o roteiro, refaça a coleta de dados, a anotação e leia novamente. Aos</p><p>poucos o roteiro será memorizado e o registro será mais natural e completo.</p><p>91</p><p>Características gerais das anotações de enfermagem:</p><p> Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas e cronológicas;</p><p> Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação</p><p>do profissional ao final de cada registro;</p><p> Devem ser registradas logo após o cuidado prestado, a orientação</p><p>fornecida ou informação obtida;</p><p> Não devem conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;</p><p> Não deve ser utilizado corretivo, esparadrapo ou qualquer forma para</p><p>apagar o registro realizado, por tratar-se de um documento legal.</p><p> Caso aconteça uma anotação errada, utilize o termo “digo” entre vírgulas.</p><p>Por exemplo: Mantem cateter venoso periférico em mão direita, digo,</p><p>esquerda.</p><p> Caso o erro percebido seja extenso, por exemplo, realizado a anotação</p><p>de um paciente no impresso de outro paciente, é preciso “passar” um traço</p><p>na diagonal e utilizar o termo “SEM EFEITO”, continuando o registro</p><p>correto na linha subsequente.</p><p> Não deixar espaços em branco entre uma e outra anotação e não passar</p><p>traço entre o final da anotação e a identificação do profissional;</p><p> Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior</p><p>aprofundamento científico. Não é correto, por exemplo, o técnico ou</p><p>auxiliar de enfermagem anotar dados referentes ao exame físico do</p><p>paciente, como abdome distendido, timpânico; pupilas isocóricas, etc.,</p><p>92</p><p>visto que, para a obtenção destes dados, é necessário ter realizado o</p><p>exame físico prévio, que constitui ação privativa do enfermeiro.</p><p> O ato de “checar” utilizados sobre o horário, nas prescrições de</p><p>enfermagem e médica, significa que a ação foi realizada, e o “bolar” ou</p><p>“circular” significa que a ação prescrita não foi realizada. Acima do sinal</p><p>“checar” é indispensável a colocação das iniciais do nome completo do</p><p>profissional que realizou a ação. Lembrando que o ato de checar não</p><p>dispensa a necessidade de anotar também. E após “bolar” um horário, é</p><p>imprescindível anotar a justificativa de não realização do cuidado.</p><p>Exemplo de “checar” e “bolar”:</p><p> Após cada horário de anotação de enfermagem, deve constar a</p><p>identificação do profissional ou assinatura e carimbo, conforme</p><p>preconizado pela instituição.</p><p> No impresso de anotação de enfermagem devem constar o cabeçalho</p><p>com preenchimento completo: dados do paciente (nome, idade, sexo e</p><p>RG hospitalar), e complementado com data, número do leito e enfermaria.</p><p>Pode ser utilizado etiqueta impressa ou na sua falta preencher</p><p>manualmente o cabeçalho do impresso com esses dados.</p><p> A anotação deve conter subsídios para permitir a continuidade do</p><p>planejamento dos cuidados de enfermagem nas diferentes fases e para o</p><p>planejamento assistencial da equipe multiprofissional;</p><p>93</p><p>O que não fazer?</p><p> Não utilizar os verbos no gerúndio, como fazendo, comendo, andando,</p><p>falando.</p><p> Não iniciar com a palavra “Paciente”, porque o prontuário é dele, com</p><p>certeza as informações são dele.</p><p> Não anotar em impressos não padronizados para anotação.</p><p> Fazer isso anula o documento, te deixa sem respaldo!</p><p>PROFESSORA : SANDRA MARA BATISTA 2018</p><p>Referências Bibliográficas:</p><p>-https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/teoria-da-comunicacao-emissor-mensagem-e-</p><p>receptor.htm?cmpid=copiaecola</p><p>-Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – COREN. Anotações de enfermagem. [on line].</p><p>São Paulo; [s.d.]. Disponível em: http://www.portaldaenfermagem.com.br/downloads/manual-</p><p>anotacoes-de-enfermagem-coren-sp.pdf [01 set 2016]</p><p>-Hospital São Paulo. Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. Hospital Universitário</p><p>da UNIFESP. Protocolo: documentação da assistência de enfermagem – anotação de</p><p>enfermagem. [online]. São Paulo: Hospital São Paulo; 2013. Disponível</p><p>em: http://www.hospitalsaopaulo.org.br/sites/manuais/arquivos/2013/Protocol_Anotacao_de_Enferm</p><p>agem.pdf [02 set 2016]</p><p>- BARROS, J. A. C. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico?</p><p>Saúde e Sociedade, v. 11, n. 1, p. 1-11, 2002. BECKER, H. S. A História de Vida e o Mosaico</p><p>Científico. In: ______.</p><p>-Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. 3° ed. São Paulo: Hucitec, 1997. BRASIL. As Cartas</p><p>da Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002a. ______.</p><p>-Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. A promoção</p><p>da saúde no contexto escolar. Revista de Saúde Pública, v. 36, n. 2, p. 533-535, 2002b. ______.</p><p>https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/teoria-da-comunicacao-emissor-mensagem-e-receptor.htm?cmpid=copiaecola</p><p>https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/teoria-da-comunicacao-emissor-mensagem-e-receptor.htm?cmpid=copiaecola</p><p>http://www.hospitalsaopaulo.org.br/sites/manuais/arquivos/2013/Protocol_Anotacao_de_Enfermagem.pdf</p><p>http://www.hospitalsaopaulo.org.br/sites/manuais/arquivos/2013/Protocol_Anotacao_de_Enfermagem.pdf</p><p>94</p><p>-Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de</p><p>Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. ______.</p><p>-Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Portal da Saúde. Disponível</p><p>em: . Acesso em: 01 maio 2015. ______.</p><p>-Ministério da Saúde. Portaria n° 2.446, de 11 de novembro de 2014. Redefine a Política Nacional</p><p>de Promoção da Saúde (PNPS). Disponível em http://bvsms.saude.gov.</p><p>br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt2446_11_11_2014.html. Acesso em: 15 mar. 2015. BUSS, P. M. -</p><p>-Promoção da Saúde na infância e adolescência. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, v. 1,</p><p>n. 3, p. 279-282, set./dez. 2001. BYDLOWSKI, C. R.; WESTPHAL, M. F.; PEREIRA, I. M. T. B.</p><p>Promoção da saúde. Porque sim e porque ainda não! Saúde e sociedade, v. 13, n. 1, p. 14-24,</p><p>jan./abr. 2004.</p><p>-BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 38 ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Nova</p><p>Fronteira, 2015. Saiba mais sobre a gramática da Língua Portuguesa.</p><p>-CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 41 ed. São</p><p>Paulo: Editora Nacional, 1998.</p><p>-PERINI, Mario A. Gramática do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.</p><p>-SOUZA, Jésus Barbosa de; CAMPEDELLI, Samira Youssef. Minigramática. 2 ed. São Paulo:</p><p>Editora Saraiva, 2000</p><p>-BASÍLIO, Margarida. Formação e classe de palavras no português do Brasil. São Paulo:</p><p>Contexto, 2004.</p><p>-CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Derivação e Composição. In: ___ Nova gramática do</p><p>português contemporâneo. 5.ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008, p. 97-131.</p><p>-POSSENTI, Sírio. Os humores da língua. Agenda 2003. Campinas: Mercado de Letras, 2003.</p><p>-Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Enciclopédia Britânica do Brasil. 12ª Edição. 1990.</p><p>Companhia Melhoramentos de São Paulo.</p><p>-FERNADES, A. Administração inteligente. São Paulo: Futura, 2001</p><p>LUCKESI, C. C. e PASSOS, E.S. Introdução à filosofia: aprendendo a pensar. São</p><p>Paulo:Cortez, 1996.</p><p>-TERRA, Ernani. Minigramática.São Paulo: Scipione, 2007.</p><p>-ALMEIDA, Nílson Teixeira de. Gramática da Língua Portuguesa para concursos. São Paulo:</p><p>Saraiva, 2009.</p><p>-TERRA, Ernani. Minigramática.São Paulo: Scipione, 2007.</p><p>-ALMEIDA, Nílson Teixeira de. Gramática da Língua Portuguesa para concursos. São Paulo:</p><p>Saraiva, 2009.</p><p>https://www.infoescola.com/portugues/</p><p>95</p>

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