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25/08/2020 1 Emissões Otoacústicas Breve História ⬡ HELMHOLTZ (1821) – Suspeitava que a cóclea consistia de unidade estruturais como as cordas do piano. ⬡ BÈKESY (1899) – Cóclea passiva. Estudou como a energia sonora era distribuída ao longo das células sensoriais, descrevendo-as como teoria das ondas viajantes na cóclea. 2 1 2 25/08/2020 2 Breve História ⬡ GOLD (1948) – Hipótese de que o ouvido seria um órgão voltado não somente à captação de estímulos, mas também à produção de sons. Prediz as EOA. ⬡ KEMP (1978) – Estudo constatando a presença de energia acústica produzida no ouvido interno espontaneamente ou em resposta a um estímulo sonoro. ⬡ Anos de 1980 – Desenvolvimento de equipamentos comerciais capazes de capturar as emissões otoacústicas. 3 O que são Emissões Otoacústicas (EOA)? 3 4 25/08/2020 3 EOA ⬡ Energia gerada no ouvido interno, especificamente nas células ciliadas externas, que retorna pelo ouvido médio e é captado por uma sonda pequena adaptada no meato acústico externo de forma rápida e não-invasiva. (FILHO, 2013 ) ⬡ As EOA são sinais acústicos que podem ser detectados no meato acústico externo. Elas ocorrem espontaneamente como sinais tonais de bandas estreitas, ou durante e depois de estimulação sonora. Tais emissões são provenientes de vibrações produzidas em vários locais da cóclea, retornando pela cadeia ossicular, membrana timpânica e meato acústico externo para serem captadas. (FIORINI, 2014) 5 Quais os tipos de EOA? 5 6 25/08/2020 4 Tipos ⬡ Emissões Otoacústicas Espontâneas (EOAE) ⬡ Emissões Otoacústicas por Estímulo de Frequência (EOAEF) ⬡ Emissões Otoacústicas por Transiente (EOAT) ⬡ Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção (EOAPD) 7 Emissões Otoacústicas Espontâneas (EOAE) ⬡ Sons de banda estreita que ocorrem na ausência de estimulação sonora ⬡ Detectada em 50% das pessoas com limiares auditivos normais para tons puros ⬡ Presente pode indicar funcionamento coclear normal e ausente inconclusivo. ⬡ Apresenta “picos” que variam de pessoa para pessoa e são normalmente encontrados na faixa de 500 a 6.000 Hz com maior concentração entre 1.000 e 2.000 Hz. Apresenta variações das frequência de aparecimento, ou seja, a quantidade de picos registrados, sem que haja uma consistência no intervalo entre a frequência de um pico e outro. ⬡ Não tem aplicabilidade clínica (DURANTE, 2010); (CARLOS E FILHO, 2013) 8 7 8 25/08/2020 5 EOAE 9 Fornece informação sobre a função coclear, porém ausência não implica em disfunção. Baixa Especificidade Emissões Otoacústicas por Estímulo de Frequência (EOAEF) ⬡ Respostas obtidas a partir da estimulação da cóclea utilizando tons puros contínuos de baixo nível ⬡ Ocorre a excitação coclear e produção de uma resposta na mesma frequência do estímulo. ⬡ São geradas no momento da estimulação e representam uma energia adicional na própria frequência de estimulação, por isso, necessitam de equipamento sofisticado para serem captadas com fidedignidade ⬡ Técnica de difícil registro de captação e análise ⬡ Alto custo de equipamento (DURANTE, 2010); (CARLOS E FILHO, 2013)10 9 10 25/08/2020 6 Emissões Otoacústicas por Transiente (EOAT) ⬡ Respostas obtivas a partir de breve estimulação da cóclea, utilizando o estímulo clique ou tone burst ⬡ Registráveis nas orelhas com limiares auditivos até 25dBNA ⬡ O clique permite ampla estimulação da cóclea em torno de 500 a 4000Hz (mais intensas entre 1000 e 2000Hz em adultos e 3000 e 4000Hz em neonatos). ⬡ Por ser um estímulo de banda larga, ocorre excitação das CCE localizadas desde a base até o ápice da cóclea e a resposta com composição multifrequente variando de indivíduo para indivíduo ⬡ Estabilidade por longo período de tempo (DURANTE, 2010); (CARLOS E FILHO, 2013) 11 EOAT 12 Superposição dos traços horizontais indicando reprodutibilidade. 11 12 25/08/2020 7 Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção (EOAPD) ⬡ Sinais sonoros de fraca intensidade após estimulação por dois tons puros chamados de F1 e F2. ⬡ Possibilita avaliar frequências agudas até 8000Hz ⬡ Necessita de dois geradores de estímulos ⬡ A cóclea responde gerando novos sons com traços distintos dos estímulos iniciais, funcionando como um sistema não linear. Esses novos sons são chamados de produtos de distorções e podem ser calculados matematicamente trazendo informações sobre a função das CCE. 13(DURANTE, 2010); (CARLOS E FILHO, 2013) EOAPD 14 Para avaliar a resposta das CCE a um estímulo F são emitidos dois estímulos, um abaixo ( f1) e outro acima (f2) 13 14 25/08/2020 8 15 EOA EVOCADAS EOAEF EOAT EOAPD ESPONTÂNEAS EOAE Quais as principais aplicações? 15 16 25/08/2020 9 Principais Aplicações ⬡ Triagem Auditiva Neonatal ⬡ Avaliação Pediátrica ⬡ Diagnóstico diferencial ⬡ Identificação das Neuropatias auditivas ⬡ Auxiliar a identificação de perda auditiva funcional ⬡ Monitoramento auditivo (ototoxidade, ruído, processo cirúrgico, evolução da doença de Menière) 17 Triagem Auditiva Neonatal ⬡ Pode ser realizada em berçários ⬡ Identifica perdas auditivas cocleares ⬡ Independe da resposta da criança ⬡ Tempo curto de realização ⬡ Fácil manuseio e não invasivo ⬡ Sem sedação 18 17 18 25/08/2020 10 Avaliação Pediátrica ⬡ Independe da resposta comportamental ⬡ É uma avaliação pré-neural ⬡ Pode ser feito durante o sono ⬡ Faz parte da avaliação como exame complementar e de diagnóstico diferencial 19 Diagnóstico Diferencial ⬡ Perda auditiva Sensorioneural Coclear ⬡ Perda auditiva Sensorioneural Retrococlear ⬡ Lesão do nervo auditivo ⬡ Em combinação com o PEATE e outras avaliações, pode contribuir para o diagnóstico de perdas auditivas neurais ou sensoriais 20 19 20 25/08/2020 11 Identificação das Neuropatias Auditivas ⬡ EOAs presentes ⬡ PEATE ausentes ⬡ Presença de Microfonismo Coclear ⬡ Audiogramas – normal à profundo ⬡ Incoerência nos resultados nos resultados audiológicos 21 Monitoramento Auditivo ⬡ Avalia o local específico da lesão ⬡ Pode ser realizado em pacientes debilitados ⬡ Detecta alterações antes da audiometria ⬡ Fornece informações por frequência ⬡ Exposição ao ruído reduz a amplitude da CCE ⬡ Identificação precoce de um dano coclear ocasionado pelo ruído permitindo acompanhar variação individual. ⬡ Confirma queixa de músicos não aparentes na audiometria com relação ao zumbido 22 21 22 25/08/2020 12 Perda Auditiva Funcional ⬡ Teste objetivo e respostas presentes em 100% de indivíduos normais 23 24 • CARLOS, RC. FILHO, OL. Emissões Otoacústicas. In FILHO, OC. Novo Tratado de Fonoaudiologia. 3 ed. São Paulo: Manole, 2013. • DURANTE, AS. Emissões Otoacústicas. In FERNANDES, FDM, et al. Tratado de Fonoaudiologia. 2 ed. São Paulo: Roca, 2009. • FIORINI, AC. Emissões Otoacústicas Evocadas – Aplicações Clínicas em Crianças e Adultos. In MARCHESAN, IQ, et al. Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia. Rio de Janeiro: Roca, 2014. fonotaianyduarte@gmail.com @taianyduartefono Leitura Recomendada: 23 24 25/08/2020 13 Vai Passar! 25 FONOAUDIOLOGIA – TURMA 4° PERÍODO 25
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