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<p>CURSO: Medicina</p><p>DISCIPLINA: Sistemas Orgânicos Integrados- TIC'S</p><p>PERÍODO: 2° período</p><p>SEMESTRE: 2023.1</p><p>ALUNA: Maylla Josefa Dias Leal</p><p>TIC'S SEMANA 04- Tétano</p><p>1. Quais as manifestações clínicas do tétano e sua relação com as alterações no Sistema Nervoso?</p><p>R1. O tétano é uma doença causada pela neurotoxina tetânica liberada pela bactéria Clostridium tetani em ambiente favorável para a sua proliferação e sobrevivência, porém não é uma doença contagiosa. Essa bactéria é encontrada no meio ambiente, nas fezes de humanos e de animais e contamina um indivíduo por meio do contato direto com lesões na pele (como ferimentos), onde o micro-organismos penetra no corpo e começa a se proliferar. De acordo com Larrubia (2021) a bactéria do tétano ocasiona o impedimento da liberação do ácido gama-aminobutírico (GABA) e dos neurônios inibitórios, que ocasiona a fragilidade do neurônio motor podendo provocar a paralisia muscular e até mesmo a morte. Em consonância com o ministério da saúde, os principais sintomas provocados pela liberação da toxina do tétano no sistema nervoso central são: a rigidez muscular (principalmente no pescoço); dificuldade para abrir a boca e para a deglutição; riso convulsivo, involuntário, produzido por espasmos dos músculos da face; espasmos repentinos. Além disso, os sintomas decorrentes do tétano, no caso da contração muscular, podem evoluir progressivamente para uma insuficiência respiratória, podendo resultar no óbito do indivíduo, devido a contração dos músculos do tórax e do diafragma.</p><p>2. Qual o mecanismo de ação da toxina tetânica no Sistema Nervoso?</p><p>R2. A contração da bactéria que ocasiona o tétano geralmente se dá de forma acidental e se destaca em uma infecção aguda, sendo que a toxina invade o sistema nervoso periférico e segue em direção do sistema nervoso central. De acordo com Larrubia (2021), uma vez na corrente sanguínea, a toxina é guiada para a junção neuromuscular, devido a afinidade com proteínas específicas dessa região. O caminho que a bactéria percorre no sistema nervoso central, após a junção neuromuscular é: neurônio motor, seguindo o caminho oposto do potencial de ação, percorrendo do terminal axonal ao soma, quando chega no soma a toxina será liberada novamente para a fenda sináptica e destinada a invasão de um neurônio inibitório, quando a toxina invade o neurônio inibitório, ocorre o impedimento da secreção de glicina e do GABA (que é o principal neurotransmissor inibitório do SNC), nesse caso, sem os estímulos inibitórios a célula nervosa entra hiperatividade podendo gerar um quadro de paralisia espástica no músculos inervado pela célula afetada, podendo desencadear os sintomas citados acima.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>LARRUBIA, Ana Luiza Silveira et al. Tétano acidental: uma revisão dos aspectos clínicos, epidemiológicos e neuroquímicos/Accidental tetanus: a review of clinical, epidemiological and neurochemical aspects. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 3, p. 12392-12401, 2021.</p><p>MINISTÉRIO DA SAÚDE. Tétano. Biblioteca virtual de saúde, 2019.</p>