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<p>PAISAGEM DA CIDADE E PROJETOS URBANOS</p><p>QUESTÕES</p><p>1-1</p><p>1. Um projeto de paisagismo pode incorporar inúmeros elementos. Por esse motivo, costuma-se dividir os componentes de um projeto paisagístico em dois grandes grupos: os elementos vegetais e os elementos não vegetais. Acerca desse assunto, é correto afirmar que: </p><p>RESP: C. as rochas e as peças em cimento são consideradas elementos não vegetais.</p><p>Os elementos que compõem o paisagismo podem ser divididos em dois grupos: os elementos vegetais e os não vegetais. No grupo dos elementos vegetais estão as árvores, cujas copas podem ser horizontais ou verticais, os arbustos, elementos vegetais de médio porte, e as forrações, plantas que se desenvolvem rente ao chão (como a grama) ou rente a outros elementos (como trepadeiras). As forrações de solo, que se desenvolvem rentes a ele, ainda podem ser divididas entre aquelas que suportam o pisoteio, como as gramas, e aquelas que não podem ser pisadas, como as plantas rasteiras.</p><p>2. Uma das necessidades oriundas do crescimento das cidades é a existência de espaços de descompressão onde os indivíduos possam caminhar entre a vegetação e usufruir de outros elementos paisagísticos. Considere as afirmações a seguir sobre a relação do paisagismo com o espaço construído:</p><p>I – Não é possível utilizar vegetação dentro de espaços fechados, uma vez que os elementos naturais devem ficar ao ar livre.</p><p>II – A ocupação de coberturas para jardins privativos tem se tornado menos comum em razão do aumento da presença de espaços públicos abertos, como praças e parques.</p><p>III – A infraestrutura de crescimento e manutenção das vegetações inseridas dentro de edificações deve ser prevista pelo projetista.</p><p>IV – A vegetação utilizada em espaços internos pode contribuir para a criação de um microclima agradável.</p><p>Qual ou quais afirmações podem ser consideradas corretas?</p><p>RESP: D. As afirmações III e IV.</p><p>Não somente é possível como é uma boa prática de projeto utilizar vegetações dentro de espaços construídos. Além de tornar os espaços visualmente interessantes, as vegetações podem contribuir para a criação de um microclima agradável. Existem vegetações que se adaptam muito bem a ambientes fechados. No entanto, a infraestrutura de crescimento e manutenção dessas espécies vegetativas deve ser prevista pelos projetistas. Tem se tornado cada vez mais frequente o uso de coberturas de edificações para jardins privativos, uma vez que cada vez menos pessoas têm acesso a residências com pátios, onde é possível aproveitar a luz solar direta e até mesmo plantar alguma vegetação.</p><p>3. As árvores de copa larga, por terem a copa com diâmetro muito próximo ou maior que a sua altura, são excelentes opções de sombreamento. Essas árvores podem ser classificadas em pequenas, médias ou grandes, dependendo da sua altura e do diâmetro da sua copa. Assinale a alternativa que relaciona corretamente as dimensões de uma árvore com a sua classificação.</p><p>RESP: D. Árvore pequena: copa entre 2 e 4 metros.</p><p>As árvores de copa larga pequenas têm copa entre 4 e 5 metros; as médias têm copa entre 5 e 8 metros; já as árvores grandes têm copa maior que 8 metros.</p><p>4. O aumento da densidade populacional nas cidades tornou necessária a criação de espaços abertos capazes de atender ao lazer e ao convívio dos habitantes. Surgem, então, os grandes parques urbanos. A respeito desses locais, afirma-se que: </p><p>RESP: B. nas glebas destinadas aos parques urbanos públicos, não são permitidos o loteamento e a venda de terrenos.</p><p>Os parques urbanos são grandes glebas localizadas geralmente no coração das cidades, onde não são permitidos o loteamento e a venda de terrenos. No entanto, são permitidas edificações que atendem ao próprio parque, como museus e auditórios. O Central Park, em Nova Iorque, é um dos parques urbanos mais conhecidos. Embora esteja encaixado na malha urbana retangular da cidade e tenha perímetro externo regular, o seu interior foi projeto com traçado orgânico, ao estilo dos jardins ingleses. No Brasil, o Parque Ibirapuera destaca-se como parque urbano repleto de elementos vegetais e não vegetais. Além da vegetação, nele é possível encontrar lagos e espaços públicos edificados que atendem ao parque.</p><p>5. Sobre o paisagismo, considere as assertivas a seguir:</p><p>I – As intervenções de paisagismo podem compreender diferentes escalas. Desde pequenas intervenções, como jardins de residências e espaços privados, a grandes espaços, como os parques. Estes são geralmente grandes glebas onde não são permitidos o loteamento e a venda de terrenos. Um exemplo célebre de parque urbano é o Ibirapuera, em São Paulo.</p><p>II – A necessidade de grandes espaços verdes no coração de cidades é uma consequência do deslocamento da população de áreas rurais para áreas urbanas, que ocorre desde à Revolução Industrial.</p><p>III – Projetos de paisagismo em grande escala são uma tentativa de rememorar esse passado idílico e atuar como estratégia discursiva para servirem como testemunho das vantagens de viver no espaço natural, mantendo assim o equilíbrio entre população urbana e população rural.</p><p>Qual alternativa está correta?</p><p>RESP: A. I e II são verdadeiras.</p><p>Desde a Revolução Industrial, se verifica um deslocamento da população rural para a cidade. Como consequência, grandes espaços abertos foram criados para proporcionar áreas de lazer para os cidadãos. As intervenções paisagísticas, no entanto, não se limitam a grandes espaços públicos, podendo existir em escalas grandes, intermediárias e pequenas, como jardins privados. O principal objetivo de um projeto paisagístico é tornar o meio no qual ele está inserido mais agradável, e não convencer seus usuários das vantagens de outro local. Estão corretas as assertivas I e II.</p><p>1-2</p><p>1. As expressões artísticas sofrem influência direta do contexto no qual se inserem. Assim, é correto afirmar que a paisagem tem sido modificada ao longo das décadas; suas características variando de acordo com a maneira como a sociedade funciona. Sobre os paisagismos moderno e contemporâneo no Brasil, é correto afirmar que: </p><p>RESP: B. o paisagismo moderno prioriza formas puras e exalta a importância da função.</p><p>As décadas de 1940, 1950 e 1960 foram marcadas pelo nacionalismo cultural no país. Tal característica teve forte influência no paisagismo moderno, cuja estrutura rígida priorizava a pureza de forma, a primazia da função e a ausência de ornamentação. Roberto Burle Marx foi um dos principais representantes do paisagismo moderno, sendo responsável por diversas obras icônicas do paisagismo nacional, como o do Ministério da Saúde e Educação. O paisagismo contemporâneo, por outro lado, prioriza a composição livre e fluida dos elementos, trazendo consigo preocupações sociais e ambientais das cidades da atualidade.</p><p>2. Embora nem sempre tão claras, existem algumas diferenças entre os princípios de projetos paisagísticos modernos e contemporâneos. Assinale como verdadeira (V) ou falsa (F) as seguintes afirmações:</p><p>( ) No paisagismo contemporâneo, representado pelas obras de Burle Marx, há preocupações ambientais.</p><p>( ) A ausência de ornamentação é uma das principais características dos projetos paisagísticos modernos.</p><p>( ) Os projetos paisagísticos contemporâneos buscam maximizar as áreas verdes, devido a influências do nacionalismo cultural.</p><p>( ) Os arquitetos e urbanistas do período moderno propunham cidades sustentáveis.</p><p>A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:</p><p>RESP: A. F - V - F - F.</p><p>O paisagismo contemporâneo busca maximizar áreas verdes, não por conta do nacionalismo cultural, mas por preocupações ambientais e ecológicas do período contemporâneo. Os paisagistas deste período propõem cidades sustentáveis, preocupadas com o meio ambiente. Já no período moderno, representado pelas obras de Burle Marx, pode-se perceber a ausência de ornamentação, além da pureza de formas.</p><p>3. O conceito de paisagismo pode ser aplicado a diferentes escalas, de pequenos e detalhados espaços a grandes planos urbanísticos. Considere as seguintes assertivas sobre projetos</p><p>muitas espécies animais na região, que auxiliam em espalhar sementes e pólen pelo terreno devastado;</p><p>- por se tratar de uma grande área a ser reflorestada, com baixo investimento do atual governo, essa intervenção é de baixo custo, envolvendo, apenas, demarcação e limpeza da área.</p><p>Não utilizaria as outras formas de intervenção, pois o plantio de mudas tem alto investimento e necessita de grande variedade de espécies; a restauração da vegetação não seria indicada, por se tratar de uma grande área; e, em função das queimadas, não seria possível retirá-las e reimplantá-las.</p><p>5-2</p><p>Os equipamentos públicos são elementos referenciais no tecido urbano e, naturalmente, espaços de confluência de muitas pessoas, devido aos serviços que prestam. Hospitais, escolas, sedes de órgãos da Administração Pública, igrejas, sedes de organizações diversas, bancos e correios são alguns exemplos. O espaço desses equipamentos pode ser considerado semipúblico, afinal, não são todos os passantes que irão adentrar suas instalações, apesar de o acesso ser livre para qualquer pessoa que necessite dos serviços.</p><p>Considere que você é um arquiteto paisagista contratado para elaborar a arquitetura dos espaços abertos de uma escola infantil. Acompanhe a descrição:</p><p>Agora, elabore um programa de necessidades para o projeto de paisagismo que você irá desenvolver na área descrita.</p><p>Padrão de resposta esperado</p><p>O lote será tratado em setores, um para cada edificação:</p><p>Área administrativa, serviços e salas de aula:</p><p>· espaço de encaminhamento entre o acesso da rua até a secretaria;</p><p>· espaço de descanso para os funcionários;</p><p>· solário para crianças de 3 a 5 anos;</p><p>· horta para as crianças trabalharem perto da cozinha, com composteira;</p><p>· pequeno pomar com frutíferas nativas.</p><p>Ginásio esportivo:</p><p>· quadra ao ar livre como espaço auxiliar;</p><p>· playground para crianças de 3 a 7 anos;</p><p>· playground para crianças maiores de 7 anos;</p><p>· equipamentos de ginástica ao ar livre que possam ser utilizados pela comunidade;</p><p>· estar ao ar livre entre o ginásio e o acesso da rua que possa servir tanto para as crianças quanto para a comunidade;</p><p>· encaminhamento coberto até as salas de aula e a piscina.</p><p>Piscina:</p><p>· encaminhamento coberto até as salas de aula e o ginásio;</p><p>· estares e descanso ao longo dos encaminhamentos.</p><p>Teatro:</p><p>· anfiteatro ao ar livre;</p><p>· descansos ao ar livre.</p><p>6-1</p><p>Ao iniciar um projeto paisagístico, várias etapas devem ser cumpridas. A primeira é a entrevista com o cliente, que pode ser público ou privado. Na sequência, todo um levantamento de dados deve ser feito in loco, ou seja, no local da intervenção.</p><p>Suponha que você seja projetista de uma consultoria especializada em paisagismo urbano. A prefeitura de uma cidade contratou sua empresa, pois gostaria de revitalizar um prédio ocioso; para isso, forneceu imagens do local, para que fosse realizada uma análise.</p><p>Você foi designado como responsável pelo projeto. De acordo com a demanda, e diante das imagens do espaço, indique que elementos presentes devem ser considerados para a elaboração do projeto paisagístico urbano. </p><p>Padrão de resposta esperado</p><p>Nesse prédio, deve ser considerada a altura final da construção, e se fará sombreamento no espaço.</p><p>Considerar também a infraestrutura existente: água, energia, mobiliários urbanos (note a presença de uma lixeira e de um orelhão).</p><p>Enumerar as plantas existentes e quais são nativas ou exóticas, ou se alguma está em extinção ou é símbolo da cidade (existem árvores, palmeiras e arbustos na foto).</p><p>Verificar a incidência solar, o norte e a direção dos ventos. Procurar o levantamento planialtimétrico junto à prefeitura e, caso não exista, contratar um profissional para fazê-lo (há um declive importante nos fundos do espaço).</p><p>Analisar os revestimentos do piso e seu estado de conservação. Analisar também a questão histórica, se esse espaço representa algo para a comunidade no entorno ou até mesmo para o município.</p><p>Verificar como é feita a divisa com o lote do edifício e se esse muro não é de contenção.</p><p>6-2</p><p>Além de ser esteticamente agradável aos usuários, a vegetação pode ser utilizada como ferramenta de projeto para garantir condições climáticas ambientais mais confortáveis. Seu uso adequado permite controle de parâmetros como temperatura e umidade do ar e incidência de ventos.</p><p>Você é arquiteto e foi contratado para fazer o paisagismo do pátio de uma escola, localizada em uma cidade com clima temperado. O lote da escola se localiza em uma baixada, em que é possível observar fortes correntes de vento. Esse pátio recebe crianças de diversas idades e engloba as seguintes funções:</p><p>Dadas as informações, as funções do pátio e do clima da cidade, apresente e justifique:</p><p>Estratégias de utilização de vegetação ou elemento paisagístico indicadas para cada um dos espaços apresentados no pátio (você também pode incluir elementos não vegetais que possam otimizar os usos do pátio).</p><p>Padrão de resposta esperado</p><p>- No espaço destinado ao solário, é de extrema importância que a luz do sol penetre. Para isso, indica-se o uso de vegetação arbustiva, de pequeno a médio porte.</p><p>- Para os espaços destinados às atividades recreativas, o uso de grama é altamente indicado, já que oferece conforto e frescor, sendo possível usar vegetação de folhas caducas. O clima temperado apresenta estações bem definidas, isto é, frio no inverno e quente no verão. No inverno é interessante maior nível de exposição solar e no verão, menor. Esta estratégia colabora com o conforto térmico.</p><p>- Ao redor de todas as áreas e do playground, principalmente nas orientações em que se observa maior índice de vento, pode-se plantar massas vegetativas, de modo que possam auxiliar no bloqueio do vento.</p><p>- No espaço para apresentações não é indicado o uso de árvores, já que podem prejudicar os visuais. Nesse espaço pode ser usado algum tipo de cobertura. Também é possível diferenciar com pavimentação a área das apresentações da área da plateia.</p><p>- No espaço para refeições, indica pavimentação não gramada, para possibilitar melhor implantação do mobiliário. Todavia, o plantio de árvores de copa larga que possam sombrear as mesas é indicado, principalmente na hora das refeições.</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.png</p><p>image16.jpeg</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.jpeg</p><p>paisagísticos de microescala:</p><p>I – Caracteriza-se como projeto em microescala aquele que possui área menor que 15 m².</p><p>II – Os miniparques são parques de pequeno porte, ideias para cidades pequenas.</p><p>III – Um Pocket Park pode ser uma boa solução de uso para um terreno baldio.</p><p>IV – O uso de vegetação em ambientes internos, como o interior de edifícios, pode melhorar a qualidade do ar.</p><p>Estão corretas: </p><p>RESP: D. III e IV</p><p>As distinções entre escalas de projeto de paisagismo não são claras, não existe uma metragem mínima ou máxima para cada escala. Os miniparques, ou Pocket Parks, são parques de pequeno porte, ideais para cidades densas, como grandes centros urbanos, podendo ser instalados em terrenos baldios, sobras de terrenos ou lotes subutilizados. O uso da vegetação em ambientes internos também é um exemplo de paisagismo em microescala. Nesses casos, a vegetação contribui para o microclima ambiente, melhorando a qualidade e a temperatura do ar.</p><p>4. Os projetos paisagísticos organizam, concebem e planejam o conjunto de elementos de um espaço. Esse espaço pode assumir diferentes formas e ter diferentes dimensões. A respeito do paisagismo nas escalas micro e média, é correto afirmar que:</p><p>RESP: C. uma praça seca, sem nenhum tipo de vegetação, pode ser considerada um projeto paisagístico.</p><p>As distinções entre escalas são sutis e não muito precisas. O tamanho e a quantidade de elementos são muito relativos; não existem áreas mínimas ou máximas para cada escala, tampouco número limitante de elementos. Qualquer que seja a escala do projeto, pode haver desenhos de detalhamento, não somente na microescala. Um projeto de paisagismo não necessariamente tem elementos naturais; sendo assim, a qualidade do espaço não pode ser aferida pela relação dos elementos naturais com o espaço construído. Um exemplo disso são as praças secas, projetos que não contemplam (ou contemplam muito pouco) áreas verdes e que, mesmo assim, são excelentes espaços urbanos, como a Piazza del Campo, na Itália.</p><p>5. É incontestável a importância do paisagismo na configuração urbana. Os ideais e valores existentes no período de concepção dos projetos os influenciam fortemente. No Brasil, temos muitos exemplos de influência de ideologias em projetos. Considere as assertivas a seguir:</p><p>I – A Carta de Atenas foi um manifesto urbanístico moderno que influenciou Lúcio Costa na concepção do plano piloto de Brasília.</p><p>II – A integração das funções (morar, trabalhar, lazer) e a separação da vida urbana com o ambiente natural é uma das proposições centrais do urbanismo moderno.</p><p>III – A capital federal, Brasília, é um dos mais relevantes exemplos de cidade contemporânea planejada.</p><p>IV – Os projetos paisagísticos podem assumir dimensões simbólicas, como é o caso da Praça dos Três Poderes.</p><p>Estão corretas:</p><p>RESP: D. I e IV.</p><p>A Carta de Atenas foi um manifesto urbanístico idealizado no IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna. Seus princípios influenciaram Lúcio Costa na concepção do plano piloto de Brasília, que até hoje é um dos mais relevantes exemplos de cidade moderna planejada. O conceito de urbanismo moderno propunha a separação das funções (morar, trabalhar, lazer) e a integração da vida urbana com o ambiente natural. A Praça dos Três Poderes é um exemplo da dimensão simbólica que um projeto de paisagismo pode assumir. Nela estão o Congresso Nacional, representando o Poder Legislativo, o Supremo Tribunal Federal, representando o Poder Judiciário, e o Palácio do Planalto, representando o Poder Executivo.</p><p>2-1</p><p>1. A Paisagem Urbana é formada por diversos elementos, que devem ser avaliados tanto para o entendimento do contexto e de como as pessoas leem o espaço em que vivem, como para ser o ponto de partida para novos projetos paisagísticos.</p><p>Nesta imagem da cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais, existe um elemento importante da paisagem urbana, segundo a classificação de Gordon Cullen (1971). Qual é? </p><p>RESP: D. Ponto focal.</p><p>O elemento da paisagem, nesta imagem, é o ponto focal, um elemento vertical que atrai o olhar. Se ele não existisse, a sensação poderia ser de perspectiva grandiosa, mas ela é quebrada pelo ponto focal. O enclave é um espaço interno que é aberto ao exterior, mas não aparece nesta foto. Os edifícios, na imagem, têm linguagem condizente com seu uso e não assumem novo significado como aconteceria num edifício escultura. Por fim, também não existem massas de edifícios se aproximando que caracterizariam o estreitamento.</p><p>2. A percepção da paisagem urbana se dá em etapas. Conforme o observador se desloca nos centros urbanos, tem novas sensações na mesma cidade. Esse processo de percepção é chamado de visão serial.</p><p>Observe a imagem e perceba a existência de “desníveis”. Esse elemento da paisagem gera qual sensação?</p><p>RESP: B. Sensação de diferentes emoções conforme a posição do observador.</p><p>O "desnível"caracteriza a sensação de diferentes emoções conforme a posição do observador, que, nesse caso, pode estar perto do rio ou sobre a ponte. “Espaço Intangível” dá a sensação de espaço que recua conforme o caminhar por elementos de ilusão como cortinas e espelhos, o que não acontece nessa imagem. “Perspectiva grandiosa” dá a sensação de aqui e do além, essa imagem tem pouca profundidade para tal sensação. “Estreitamento” é o responsável pela sensação de pressão entre os elementos da imagem. “Ondulação” dá a sensação de desvio obrigatório a um eixo, como na imagem não existem linhas curvas, não se aplica.</p><p>3. O paisagista deve ter conhecimento estético e técnico. Dentro das questões técnicas, é possível e necessário saber diferenciar os tipos de paisagem.</p><p>Observe a imagem abaixo e responda como ela pode ser classificada:</p><p>RESP: B. Paisagem Humanizada.</p><p>Trata-se de uma Paisagem Humanizada, que pode ser Urbana ou Rural. No caso, é Paisagem Humanizada Rural, pois é possível ver uma plantação na imagem e não uma cidade/ centro urbano. Para ser uma Paisagem Natural, não poderia ter nenhuma intervenção humana. Para se tornar patrimônio, ele deve ser um sítio com algum interesse e declarado pela UNESCO.</p><p>4. O paisagismo é um trabalho multidisciplinar, no qual são bem-vindos conhecimentos nas áreas de Geografia, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental, Jardinagem, entre outras. Por uma gama de conhecimentos tão diversificados, a atuação do paisagista também é variada.</p><p>Uma das atuações do paisagismo pode ser no Planejamento da paisagem, que se caracteriza em:</p><p>RESP: C. Ter uma visão das diversas camadas que compõem uma paisagem com conhecimento de diversas áreas.</p><p>O Planejamento da paisagem requer uma visão holística. Independente da grandeza, o projeto deve ter uma visão das diversas camadas que compõem uma paisagem com conhecimento de diversas áreas. A conservação de parques e a manutenção de reservas fazem parte da gestão do paisagismo. Tudo que envolve administrar, especialmente etapas de execução, nada mais é do que Gestão. Planejamento das etapas também é um item a ser gerido num escopo de trabalho de Gestão do Paisagismo.</p><p>5. O paisagismo vai muito além de apenas “projetar espaços verdes”. Os projetos paisagísticos envolvem recursos vegetais, construídos, mobiliário urbano, esculturas, equipamentos. Essa mistura aliada a quesitos técnicos e estéticos busca uma harmonia e seu resultado é qualidade de vida.</p><p>Existem várias formas de melhorar a qualidade de vida a partir de quesitos técnicos. Para um país tropical, como o Brasil, seriam eles:</p><p>RESP: B. Uso de sombras a partir de estruturas construídas e naturais.</p><p>O requisito técnico para um país tropical é o uso tanto de sombras humanizadas (construídas pelo homem) como o de naturais. O paisagismo faz uso de aspectos naturais e artificiais. O uso de contrastes e de percepção tem importância cognitiva e é essencial para a composição da paisagem urbana, todavia, não são requisitos técnicos. Apesar de ser um estilo de praça muito utilizado Brasil afora, as chamadas</p><p>“praças secas” não têm sombras, são grandes vazios, geralmente contendo apenas um monumento e mobiliário urbano.</p><p>2-2</p><p>1. O paisagismo é uma subárea que faz parte da arquitetura e do urbanismo e refere-se aos projetos de espaços abertos. Sobre o paisagismo, é correto afirmar que:</p><p>RESP: C. potencializa os espaços abertos, melhorando a relação do homem com a natureza.</p><p>O paisagismo tem uma função que vai além da estética, pois inspira emoções e sentimentos. Nesse sentido, mais do que humanizar uma área, o paisagismo surge como uma função que potencializa os espaços abertos não edificados, fazendo com que eles tenham uma função que vai além da contemplação, incluindo também a recreação e melhorando as relações do homem com a natureza. Portanto, o paisagismo tem o poder de recuperar as áreas, conservar os espaços e criar novos.</p><p>2. Os espaços abertos, como por exemplo, as pequenas praças e jardins, apresentam diferentes funções para as instituições de ensino, sejam escolas voltadas para o público materno-infantil como para os alunos do ensino fundamental. Sobre essas funções, é correto afirmar que: </p><p>RESP: D. contribui para o bem-estar social e a melhoria da saúde mental.</p><p>Assim como apresentam função essencial para as cidades em geral, os jardins e as pequenas praças são fundamentais para as instituições escolares, incluindo escolas materno-infantis e escolas de ensino fundamental. Esses locais funcionam como uma extensão do prédio construído e podem ser utilizadas para complementação das atividades elaboradas dentro de sala de aula. Esses locais são importantes para que as crianças e os adolescentes tenham um espaço aberto para realizar atividades esportivas, tenham um espaço calmo para leitura e descanso e também para aprenderem a respeitar e a se relacionar com a natureza. Ainda, essas áreas são elementos imprescindíveis para o bem-estar, afetando diretamente a saúde mental dos alunos, bem como melhoram a qualidade ambiental, o conforto térmico e acústico.</p><p>3. O paisagismo e a jardinagem são duas atividades que estão relacionadas ao uso de vegetações em espaços abertos. Essas atividades têm algumas diferenças entre si. Sobre essas atividades, podemos afirmar:</p><p>I - O paisagismo é uma atividade por meio da qual projetos de espaços abertos são realizados e por isso está implícita na jardinagem.</p><p>II – O paisagismo é uma atividade complexa e por isso envolve mais conhecimentos do que a jardinagem.</p><p>III – A jardinagem requer o planejamento sobre o tipo e o uso de cada espécie de vegetação, bem como sua gestão e sua manutenção.</p><p>São alternativas corretas:</p><p>RESP: B. Somente a alternativa II.</p><p>É importante compreender que existem diferenças entre as atividades de paisagismo e de jardinagem, mesmo que as duas tenham uma ligação. A jardinagem nada mais é do que a criação de jardins por meio do plantio, sem planejamento ou projeto, de plantas ornamentais. Já o paisagismo é uma atividade bem mais complexa que, apesar de contar com técnicas de jardinagem, realiza o plantio com base em um projeto, que contém especificações, dimensões e detalhes.</p><p>4. Utilizar cercas vivas em escolas materno-infantis pode ser uma opção de paisagismo. Sobre esse elemento, é correto afirmar que:</p><p>RESP: E. as cercas vivas contribuem para a minimização da velocidade dos ventos.</p><p>As cercas vivas são uma boa opção para o uso de jardins em escolas, pois apresentam inúmeras funções, podendo servir como ornamentação, como uma cortina vegetal que protege os ambientes, limitando os acessos das pessoas, animais e veículos. Reduz, ainda, a velocidade dos ventos, minimiza a poeira, servindo como uma barreira contra a poluição sonora e também se comporta como uma proteção visual, essencial para espaços utilizados por crianças.</p><p></p><p>5. Existem algumas diretrizes que são mais apropriadas para serem utilizadas nos projetos de escolas de ensino fundamental. Sobre elas, é correto afirmar que: </p><p>RESP: D. é importante locar diferentes equipamentos esportivos para esses espaços abertos da escola.</p><p>Nas escolas voltadas para crianças e pré-adolescentes, o projeto paisagístico deve ser pensado sob outra ótica. Enquanto as crianças menores ainda estão desenvolvendo e conhecendo cheiros, texturas, cores e gostos, os alunos do ensino fundamental já são mais crescidos, e por isso, os jardins e os espaços abertos da escola devem ter outro foco, não sendo necessário o uso de temperos e de chás. Um dos focos é a locação de equipamentos nesses espaços, como por exemplo, quadras e bancos. Isso serve como estímulo para o esporte ao ar livre. Caminhos e diferentes áreas de descanso também são importantes, pois permitem a conexão desses alunos com a natureza, além de permitirem espaços para conversas e troca de ideias. Nota-se que esse tipo de paisagismo é muito mais aberto e com dimensões maiores, justamente pelo momento de vida desses alunos.</p><p>3-1</p><p>1. As áreas abertas públicas, como parques e praças, exercem mais de uma finalidade dentro de uma cidade. Alguns autores consideram existir três principais funções exercidas pelos espaços abertos em uma cidade. Associe as duas colunas:</p><p>( ) Função ambiental</p><p>( ) Função econômica</p><p>( ) Função social</p><p>A. Diz respeito à cultura, à educação e à qualidade de vida.</p><p>B. Relativa à qualidade do ambiente, do ar e da água.</p><p>C. Ocorre com o aumento dos empreendimentos imobiliários.</p><p>A alternativa que preenche corretamente as lacunas, de cima para baixo, é:</p><p>RESP: C. B – C – A.</p><p>Segundo os autores Alencar e Cardoso (2015), os espaços abertos exercem três funções primordiais em uma cidade: ambiental, econômica e social. A função ambiental diz respeito à promoção de ambientes mais agradáveis, com melhores condições do ar e da água. A função econômica é mais recente, ocorrendo com as implantações dos créditos de carbono e aumento dos empreendimentos imobiliários. A função social, por sua vez, atrela-se aos benefícios de uso comum e funcionais, como a qualidade de vida, a cultura e a educação.</p><p>2. Os espaços públicos abertos desempenham importante papel no desenvolvimento das cidades, assim como no cotidiano de seus moradores. Analise as assertivas a seguir:</p><p>I. Apesar de serem influenciados pelos aspectos sociais de uma cidade, os espaços abertos não os influenciam.</p><p>II. Os parques urbanos têm como finalidade fornecer espaços para realização de atividades físicas.</p><p>III. A possibilidade de socialização é importante para uma comunidade, uma vez que promove a interação de diferentes grupos de indivíduos.</p><p>IV. Por questões funcionais, um espaço aberto deve se ater à finalidade proposta quando da sua implantação. </p><p>Estão corretas as seguintes afirmativas.</p><p>RESP: B. Apenas a afirmativa III está correta.</p><p>Ao mesmo tempo que os espaços abertos sofrem influência dos aspectos sociais de uma cidade, eles os influenciam. A presença de espaços abertos que fomentem a convivência comunitária, promovendo interação entre diferentes grupos, são importantes indicadores de qualidade de vida nos centros urbanos. Ao se apropriar dos espaços abertos e utilizá-los em seu cotidiano, a população atribui a eles propósitos diferentes dos concebidos originalmente. São muitos os usos que os parques urbanos podem ter, não sendo exclusiva à realização de atividades físicas. Um parque urbano pode servir como área de lazer, descanso, educação, comemorações, etc.</p><p>3. Comparadas com os parques urbanos, as praças são espaços abertos de menor dimensão. Há, no entanto, algumas características comuns em relação a praças e parques.</p><p>A respeito dessa relação, é possível afirmar que:</p><p>RESP: B. as características de uma praça dependem do seu lugar de inserção e dos costumes dos habitantes locais.</p><p>Devido à sua escala, as praças têm seu uso destinado aos moradores de um bairro e de suas adjacências. Suas características físicas e funcionais podem variar muito, de acordo com o lugar de sua implantação e dos costumes dos moradores locais, podendo contemplar espaços para lazer, estar, recreação, atividades físicas, etc. Embora seja desejável, o uso da vegetação não é obrigatório,</p><p>como ocorre em praças secas, a exemplo da Praça dos Três Poderes, em Brasília. A praça é um espaço público que pode fomentar trocas sociais entre os indivíduos e estimular o comércio local por meio de feiras, quiosques de alimentação e vendedores ambulantes.</p><p>4. Os parques urbanos são espaços públicos com dimensões significativas, nos quais podem ser encontrados diversos elementos paisagísticos e urbanísticos. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as assertivas a seguir:</p><p>( ) Em um parque, existem edificações culturais de grande porte, como anfiteatros.</p><p>( ) Assim como nas praças, não pode haver comércio nos parques públicos.</p><p>( ) O acesso aos parques não pode ser controlado, dado que é um equipamento público.</p><p>( ) Os parques desempenham importante papel ecológico.</p><p>Marque a alternativa que preenche corretamente as lacunas, de cima para baixo:</p><p>RESP: C. V – F – F – V.</p><p>Um parque urbano, devido à sua massa vegetada, desempenha importante papel ecológico. São muitas as atividades que podem ser ofertadas em um parque, podendo haver equipamentos públicos culturais de médio e grande porte, como ginásios e anfiteatros. O comércio pode ser instalado, mas com restrição, e ele costuma aparecer na forma de quiosques de alimentação e vendedores ambulantes. Embora a maioria dos parques urbanos sejam públicos, existem alguns com acesso controlado e perímetro cercado.</p><p>5. O conhecimento de precedentes projetuais irá compor o repertório do qual o profissional dispõe para resolver demandas do seu dia a dia. Assim, é possível depreender a importância do conhecimento de projetos arquitetônicos paradigmáticos. Em relação aos exemplos estudados como significativos dentro da função social do espaço aberto, considere as assertivas a seguir:</p><p>I. A palavra praça está associada à presença de elementos naturais, como a vegetação; logo, deve ser reservada para uso quando da presença desses elementos.</p><p>II. O Poder Público pode auxiliar no fomento aos espaços públicos por meio de programas sociais de incentivo a sua implementação e manutenção.</p><p>III. A noção de espaço público contempla o acesso irrestrito a esses espaços, os quais devem ser livres de barreiras, proporcionando franco acesso, independentemente de horário.</p><p>Estão corretas as seguintes afirmações:</p><p>RESP: B. Apenas a afirmativa II está correta.</p><p>A palavra praça não diz respeito a um tipo de espaço específico ou a um conjunto certo de elementos. É correto afirmar que a palavra se aplica a uma variedade de espaços muito distintos entre si, como a Plaza de Mayo em Buenos Aires e a Times Square em Nova York. O Poder Público pode atuar no fomento de espaços públicos uma vez que age na promoção do interesse coletivo. Um exemplo de programa nesse sentido é o “Uma Praça em Cada Bairro”, da cidade de Lisboa, em Portugal. O acesso a espaços públicos pode ser restringido em determinados momentos, exemplos nesse sentido são os interiores de edificações públicas, assim como o Parque Estadual Villa-Lobos, em São Paulo.</p><p>3-2</p><p>1. O bem-estar de uma comunidade urbana está diretamente ligado à paisagem com que ela convive diariamente, sendo que o paisagista é responsável pelo projeto dessas áreas. Por isso, além de conhecimentos técnicos, o paisagista deve constantemente pesquisar estudos sobre a relação do homem com o espaço em que ele vive. Um desses estudos aponta que a relação entre o homem e a natureza é considerada uma necessidade.</p><p>Qual é o nome desse conceito?</p><p>RESP: C. Biofilia.</p><p>A biofilia é o conceito correto, criado pelo psicólogo Erich Fromm, que considera a relação entre homem e natureza como uma necessidade. A biomimética é uma ciência que estuda as estruturas da natureza para inspirar soluções para o nosso dia a dia. Biologia é a ciência que estuda a vida e os organismos vivos. Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes na biosfera; diversidade. Por fim, o biodesign dedica-se à modificação e criação de organismos, quer numa perspectiva de melhoramento de qualidades, quer para fabricação ou manipulação de outros organismos.</p><p>2. O paisagismo vai muito além da criação de praças e jardins: ele pode assumir importantes papéis na manutenção da biodiversidade, inclusive nos centros urbanos. Um rio que estava poluído, onde a mata ciliar havia sido suprimida e a biodiversidade estava comprometida, recebe um projeto de paisagismo para retomar seu aspecto original.</p><p>Qual o nome desse ato?</p><p>RESP: E. Restauração.</p><p>A restauração é o ato, descrito por lei, que define a restituição de uma área degradada ao mais próximo possível da sua condição original. A recuperação é também a restituição de uma área degradada, mas esta pode resultar diferente do original. Preservação e conservação são sinônimos e caracterizam os procedimentos que visam a proteger as populações e espécies. Preservação permanente é um ato determinado por lei para proteção de áreas de interesse específico.</p><p>3. Existem diversas formas de dispor áreas verdes dentro dos centros, o que é um fator positivo, pois as cidades são diversas. Os jardins verticais são uma dessas alternativas. Eles trazem uma série de benefícios, mas existem pontos negativos a serem considerados.</p><p>Marque a alternativa que aponta um dos principais problemas nos jardins verticais.</p><p>RESP: E. Manutenção periódica, para que não sequem.</p><p>O principal problema, que inclusive afetou prédios na cidade de São Paulo, é a manutenção periódica. Podem ser usadas árvores, como no caso do Bosco Verticale. A forma de executar é muito diversa, não somente com sistemas pré-moldados. A retenção de águas pluviais é um benefício e pode inclusive ser usada na própria irrigação. Ao contrário do afirmado na alternativa, as plantas reduzem a temperatura das superfícies em que estão inseridas.</p><p>4. A vegetação contribui para a absorção da radiação direta e indireta, diminuindo o calor nos centros urbanos. Um dos locais possíveis de dispor a área verde é sobre as edificações: esse tipo de espaço é conhecido como telhado verde.</p><p>O teto verde também pode designar outras soluções sustentáveis. Marque a alternativa que apresenta uma dessas soluções.</p><p>RESP: A. Cobertura com placas fotovoltaicas.</p><p>O teto verde também pode ser um espaço com a presença de placas fotovoltaicas para produzir energia, assim como a cobertura pintada de branco também é considerada teto verde. Pintar na cor verde não é garantia de sustentabilidade. A energia eólica é produzida por meio de turbinas e sua localização é mais comum em terra. Os telhados intensivos ou extensivos são tipos de tetos verdes e são assim classificados de acordo com a sua espessura.</p><p>5. Na busca da dignidade urbana e do bem-estar da sociedade, vários artifícios podem ser utilizados. Alguns são mais sensoriais; outros, práticos e diretamente ligados às necessidades humanas.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta um elemento capaz de amenizar níveis de estresse.</p><p>RESP: B. Uso de áreas verdes.</p><p>O uso de áreas verdes ajuda no contato do homem com a natureza e diminui os níveis de estresse. A iluminação ajuda na segurança e no uso dos espaços à noite. Os espaços multifuncionais visam a otimizar a vida da comunidade, misturando áreas de lazer, residenciais e comerciais. O engajamento comunitário é essencial para gerar pertencimento à comunidade. O uso da escala humana gera identificação das pessoas, que percebem que o espaço foi projetado para elas.</p><p>4-1</p><p>1. No estudo dos espaços livres urbanos, é possível perceber a importância do papel das áreas verdes na conformação deles. No contexto da análise dos espaços urbanos, assinale a alternativa que contempla exemplos de áreas verdes urbanas:</p><p>RESP: A. Praças e parques urbanos; parques e complexos recreativos; jardim botânico e jardim zoológico.</p><p>Praças, parques urbanos e fluviais e complexos recreativos são projetos de áreas verdes urbanas, pois acarretam a inserção de um maciço verde que contempla regiões públicas da cidade. Cemitérios (somente campais), faixas de áreas verdes, jardins botânicos e zoológicos também proporcionam espaços verdes de acesso público nas cidades. Já terrenos</p><p>baldios configuram vazios urbanos à espera de um uso social da terra, e não configuram áreas verdes. Jardins e hortas caseiras, ou seja, privativas não se inserem na categoria de área verde urbana, uma vez que não oferecem lazer nem qualidade espacial à população geral de uma cidade. Rodovias e estradas de terra configuram espaços livres urbanos, e não áreas verdes. Mananciais são áreas de nascentes, consideradas áreas de proteção ambiental, e não áreas verdes urbanas. As fazendas são particulares e se localizam na zona rural. Portanto, não podem configurar áreas verdes urbanas. Já os canteiros nas calçadas das casas não podem ser considerados áreas verdes urbanas por serem privados e de dimensão insuficiente.</p><p>2. A paisagem está em constante processo de transformação e de adequação de seus componentes às novas demandas socioculturais, apresentando forte dinamismo em seu processo de modificação.</p><p>A esse respeito, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Sob o ponto de vista do paisagismo, a paisagem pode ser entendida como resultado formal dos processos sociais e naturais sobre determinado recorte do espaço, entendido como o lugar de vida das diferentes comunidades dos seres vivos.</p><p>II. A percepção da paisagem varia de acordo com os códigos sociais dominantes em cada comunidade e está vinculada à ação das estações do ano sobre seus elementos.</p><p>III. A paisagem urbana corresponde à porção do território ocupada formal e informalmente pelas instalações urbanas, ruas, quadras, casario, fábricas e espaços livres, exclusivamente públicos.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>RESP: D. Somente as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>A paisagem urbana é o resultado do conjunto de elementos no espaço urbano formal e informal, público e privado, que varia de acordo com o perfil social e com a época do ano. Pode-se dizer também que ela corresponde à porção do território ocupada formal e informalmente pelas instalações urbanas, ruas, quadras, casario, fábricas e espaços livres públicos ou privados.</p><p>3. Na concepção do projeto arquitetônico e de interiores, a composição paisagística e dos espaços livres formados por ela deve ser entendida dentro de um conjunto sistêmico que busca:</p><p>RESP: E. articular os espaços livres, criando novas características, funções e significados e contribuir para o conforto e a humanização dos ambientes. A escolha pelo porte e pelas características de vegetação deve privilegiar as espécies regionais.</p><p>Os projetos arquitetônicos e de interiores que tocam a composição paisagística devem valorizar as qualidades ambientais naturais, seja da vegetação, do clima, da ventilação e da ensolação, diminuindo ou anulando o uso de ambientes climatizados artificialmente. Deve integrar as áreas livres, criando zonas de lazer ativa e passiva e que contribua para o conforto térmico. E, nesse caso, podem privilegiar plantas perenes, arborescentes, mas nunca a vegetação artificial. A concepção paisagística deve agregar qualidade ambiental a todos os espaços, independentemente da materialidade. Deve buscar, ainda, privilegiar a sustentabilidade ecológica, colaborando para a preservação da fauna e da flora local. A escolha deve considerar a introdução de espécies independentes de sua resistência às pragas e às doenças, podendo ser espécies frutíferas ou não, mas preferencialmente nativas.</p><p>4. “Paisagismo é um termo genérico no Brasil, e costuma ser utilizado para designar as diversas escalas e formas de ação e estudo sobre a paisagem, que podem variar do simples procedimento de plantio de um jardim até o processo de concepção de projetos completos de arquitetura paisagística como parques ou praças. O conceito de arquitetura paisagística corresponde a uma ação de projeto específica, que passa por um processo de criação a partir de um programa dado, visando atender à solicitação de resolução de uma demanda social requerida por um interlocutor específico, seja ele o Estado, um incorporador imobiliário, uma família." (MACEDO, 1999, p. 13-14).</p><p>Assinale a alternativa correta acerca das definições e práticas de paisagismo e arquitetura paisagística:</p><p>RESP: A. O projeto de arquitetura paisagística sempre é aplicado ao espaço livre, como rua, pátio, jardim, parque, e não exige necessariamente a utilização de vegetação para a sua concretização.</p><p>Um projeto de arquitetura paisagística aplicado ao espaço livre pode acontecer sem, necessariamente, o uso de vegetação, assim como um trabalho de plantio, exclusivamente, pode ser considerado um projeto de arquitetura paisagística. Um projeto paisagístico poderá acontecer mesmo se já houver uma paginação de piso executada, porém o indicado é que haja pré-concepção e estudos volumétricos. O espaço livre estará sempre atrelado ao meio urbano, uma vez que é essa relação que o define.</p><p>5. Pode-se dizer que, desde o início dos anos 2000, a produção paisagística brasileira vem assumindo grande relevância em intervenções arquitetônicas e urbanísticas relativas ao tratamento de espaços livres e à concepção de planos territoriais e urbanos. A tendência contemporânea da relação entre os projetos arquitetônico, urbano e paisagístico aponta para a:</p><p>RESP: E. concepção de paisagens de reunião das diversidades urbanas, biofísicas, perceptivas, socioeconômicas e culturais, considerando a paisagem como algo vivo e mutante.</p><p>A produção paisagística brasileira mantém o foco na preservação das espécies nativas, mesmo que, para a elaboração dos projetos, muitas vezes, o plantio das espécies é feito de maneira posterior. Há sempre um cuidado em se preservar a mata nativa, mas não necessariamente esse será sempre o princípio definidor do projeto. Não há um padrão na concepção paisagística, uma vez que a vegetação muda de acordo com cada região e não é seu objetivo intervir firmemente em regiões degradadas, já que, para isso, servem os projetos urbanos. A tendência contemporânea segue uma elaboração de projetos paisagísticos voltados à urbanização livre de padrões de praças públicas.</p><p>4-2</p><p>1. Espaços públicos abertos são a alma da cidade, pois é por meio deles que a vida acontece, as pessoas se relacionam entre si e com o espaço, construindo e reconstruindo esse espaço conforme sua necessidade. O espaço aberto tem dois usos mais evidentes, que são a circulação de mercadorias e pessoas e a permanência das pessoas ao ar livre para as mais diversas atividades.</p><p>Qual das opções elenca esses espaços públicos ao ar livre?</p><p>RESP: C. Ruas, parklets, praças e parques.</p><p>São espaços públicos abertos a rua, o parklet, a praça e o parque. O clube atlético recreativo, a igreja, a escola de samba, a quadra esportiva e o jardim botânico são espaços semipúblicos cobertos e/ou semiabertos.</p><p>2. Os parques são constituídos de grandes áreas abertas com muitos recursos naturais, um bioma rico e, eventualmente, áreas específicas de preservação. O Parque Ibirapuera é um estudo de caso interessante, pois ele foi projetado por um conjunto expressivo de profissionais, entre eles Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi e Roberto Burle Marx.</p><p>Observe o mapa do Parque Ibirapuera abaixo e enumere os usos que você encontra nele.</p><p>RESP: B.</p><p>Usos recreativos: parquinho infantil, ciclovia, pedalinhos, pista de corrida e praça de jogos.</p><p>Usos culturais: pavilhão japonês, astrofísica, planetário, pavilhão de culturas brasileiras, Museu Afro Brasil, auditório do Ibirapuera, Oca, MAM e Bienal.</p><p>Uso de contemplação: bosque da leitura, praça da paz e jardim das esculturas.</p><p>Uso administrativo: portões, Guarda Civil, Administração, ONGs, viveiro e estacionamentos.</p><p>O Parque Ibirapuera acumula os usos da seguinte forma:</p><p>Usos recreativos: parquinho infantil, ciclovia, pedalinhos, pista de corrida e praça de jogos.</p><p>Usos culturais: pavilhão japonês, astrofísica, planetário, pavilhão de culturas brasileiras, Museu Afro Brasil, auditório do Ibirapuera, Oca, MAM e Bienal.</p><p>Uso de contemplação: bosque da leitura, praça da paz e jardim das esculturas.</p><p>Uso administrativo: portões, Guarda Civil, Administração, ONGs, viveiro e estacionamentos.</p><p>Os</p><p>usos eventos, lazer, lazer de contemplação, lúdico, cultural e esportivo não fazem parte do programa do Parque.</p><p>3. A praça é um dos espaços públicos mais antigos de que se tem notícia nas cidades. As mais antigas são a Ágora grega e o Fórum romano.</p><p>Escolha a opção que descreve quais são os quatro tipos de praça mais comumente projetados nos dias de hoje.</p><p>RESP: D. Praça jardim, praça seca, praça azul e praça amarela.</p><p>A praça jardim é um espaço que privilegia o contato com a natureza e a contemplação. A praça seca é um largo histórico ou grande espaço pavimentado que suporta grandes reuniões e circulação de pessoas. A praça azul é uma praça que dá ênfase ao uso de água. A praça amarela está relacionada com uma praia, devido à cor da areia da orla. A praça central e da igreja, o largo da prefeitura ou histórico e a praça do mercado podem ser qualquer uma das classificações. A praça verde e a molhada são expressões equivocadas.</p><p>4. A rua é o espaço público mais comum em uma cidade. Ela naturalmente tem a função de promover a circulação de pessoas, mercadorias e veículos, porém correntes de urbanismo contemporâneas têm seguido uma linha mais voltada para o ser humano, tornando a rua mais atrativa para permanência.</p><p>Escolha a alternativa que demonstra usos que geram permanência das pessoas na rua:</p><p>RESP: A. Parklets, fachadas de lojas, extensão de área de mesas de bares e restaurantes em algumas partes do passeio.</p><p>Parklets e fachadas ativas são recursos que estendem a permanência das pessoas nas ruas. A duplicação de pistas de tráfego intenso e os grandes estacionamentos privilegiam a circulação de automóveis. A segregação de usos torna todas as zonas da cidade vazias em algum momento do dia ou da noite, e, da mesma forma, a construção de torres e shoppings não gera conforto para o usuário da rua, pois a torna vazia.</p><p>5. O fator decisivo para que um espaço público aberto seja utilizado pela população, além dos usos adequados à população local, é a sensação de segurança.</p><p>Escolha a alternativa que melhor descreve uma diretriz que gera segurança em ruas, parques e praças para os usuários:</p><p>RESP: D. A presença constante de pessoas e espaços vigiados por moradores e proprietários de pequenos comércios, que sempre estão com os olhos nas ruas.</p><p>É a presença de outras pessoas o maior fator gerador de segurança. Vigilância, equipamentos comunitários e cuidados na escolha das espécies a serem utilizadas no espaço público são questões secundárias que não fomentam a permanência das pessoas na rua.</p><p>5-1</p><p>1. A manutenção da camada verde da Terra auxilia no clima, na temperatura e na presença da fauna. Uma das formas de reduzir os impactos paisagísticos causados pela interferência humana no meio ambiente utiliza uma ferramenta técnica de planejamento, execução e avaliação da recuperação de uma área. O nome dessa ferramenta é:</p><p>RESP: B. Plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD).</p><p>A ferramenta de planejamento para reduzir o impacto nas intervenções e recuperar espaços alterados, biologicamente, é o Plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD). Essa ferramenta foi criada com foco nas áreas exploradas pelas mineradoras, mas, a partir de 1990, passou a ser exigido por outras intervenções. O Código florestal não norteia essas intervenções; a Constituição Federal, por meio do artigo n.º 225, regulamenta apenas a intervenção nas áreas de mineradoras. As demais intervenções são posteriores a essa Lei; o plano de reabilitação não é destinado apenas às áreas desérticas.</p><p>2. Conforme artigo n.º 225 da Constituição, o PRAD foi desenvolvido como um condicionante das atividades mineradoras, pois elas tem um efeito negativo considerável no meio ambiente. Entretanto, a partir da década de 1990, a obrigatoriedade do PRAD foi estendida para outras atividades, sendo considerada uma ferramenta complementar aos Estudos e relatórios de impacto ambiental. São objetivos do PRAD:</p><p>RESP: C. promover a recuperação das áreas afetadas por empreendimentos, como condomínios e obras de infraestrutura.</p><p>O PRAD deve ser desenvolvido para recuperar áreas degradadas, seja de forma natural, após fenômenos da natureza, ou pela ação humana, como a extração ilegal de madeira, as queimadas e os empreendimentos. O plano tem como objetivo implementar ações de controle ambiental, antes, durante e após a intervenção; promover a fauna, introduzindo novas famílias de animais no bioma, para auxiliar no espalhamento de sementes, por exemplo; promover o plantio de vegetações, seja por reimplantação, mudas de espécies nativas ou para criar novo paisagismo; monitorar a ação do plano, encontrando sucessos e fraquezas.</p><p>3. A produção de um PRAD é um processo complexo que leva em consideração os aspectos econômicos, culturais e ambientais de determinada área e atividade. Assim, para desenvolver o Termo de referência, documento exigido na protocolização do PRAD, são necessárias quais informações?</p><p>RESP: B. Identificação das espécies de vegetação existentes no local.</p><p>O Termo de referência deve conter:</p><p>- informações do requerente, do local de intervenção, características do local (clima, vegetação, relevo);</p><p>- dados cartográficos, com dimensões, área e localização geográfica;</p><p>- justificativa da intervenção, com referências bibliográficas e/ou científicas que a embasem;</p><p>- monitoramento das ações, a fim de avaliar o método de intervenção, seja em ações do homem ou oriundas de atividades naturais;</p><p>- responsabilidade técnica de um engenheiro agrônomo ou ambiental.</p><p>4. A classificação da área a ser intervinda é essencial para escolher o modo de ação. Assim, ela pode ser definida como PERTURBADA ou DEGRADADA. Dentre as alternativas abaixo, é correto afirmar que:</p><p>RESP: E. Áreas degradadas só retornam a sua condição natural se houver a intervenção do homem, como no reflorestamento, por exemplo.</p><p>Uma área PERTURBADA é aquela que não foi devastada por completo e que consegue retomar sua condição original de forma natural. Isso não exclui a intervenção do homem, com o plantio de mudas, por exemplo.</p><p>Já uma área DEGRADADA não consegue se restabelecer sozinha - precisa da ação humana como forma de redução dos impactos ambientais. Um exemplo disso, é quando o homem altera o nível do terreno para construção de uma estrada e precisa contornar problemas erosivos, com muros de contenção, execução de drenos, entre outros.</p><p>5. As formas de Recuperação em áreas degradadas (RADs) definem como será a ação de intervenção, levando em conta a classificação do espaço. Assim, sinalize a forma de recuperação que está acompanhada por sua justificativa.</p><p>RESP: C. Recuperação física, utilizada quando há alteração do tipo de solo ou do nível do terreno, com a execução de medidas para contenção do desgaste.</p><p>São formas de Recuperação de áreas degradadas:</p><p>- plantio de mudas: por ser a forma mais cara de intervenção, não é indicada para grandes áreas. Além disso, podem ocorrer restrições em seu emprego, em função da logística com as mudas;</p><p>- regeneração natural: é feita a delimitação e limpeza da área, para facilitar a ação natural de reflorestamento;</p><p>- recuperação física: ocorre quando há alteração do relevo ou do tipo de solo, aumentando o risco de erosão;</p><p>- revegetação: quando a intenção é promover a introdução de plantas anteriormente existentes, seja pelo replantio, pela semeadura ou pelo plantio de mudas;</p><p>- redefinição: ocorre quando a área recebe novo uso e, em contrapartida, cria novo bioma. Essa ação é recorrente em casos de descontaminação, recomposição topográfica, entre outros.</p><p>5-2</p><p>1. O espaço de transição é caracterizado por uso público que pode gerar permanência ou não nele, de acordo com o propósito e as diretrizes do grupo de projetistas.</p><p>Escolha a alternativa que contém apenas espaços de transição.</p><p>RESP: B. Praça de alimentação de shopping center, parque, jardim de conjunto corporativo, parklet, praça.</p><p>Espaços de transição são espaços semipúblicos, como jardins corporativos, parques e praças, onde as pessoas transitam entre um espaço privado e um público.</p><p>Jardim residencial unifamiliar,</p><p>jardim residencial multifamiliar, jardim interno de clínica, jardim interno de edifício corporativo, jardim de recuo de edifício multifamiliar e jardim hospitalar são espaços privados.</p><p>Jardim interno de shopping center, jardim corporativo, parque, praça e parklet são espaços públicos ou semipúblicos.</p><p>2. A sustentabilidade no paisagismo está diretamente relacionada com a escolha dos elementos que compõem o jardim. No que tange à vegetação, a escolha das plantas determina sua sobrevida, além do cuidado em escolher espécies que se adaptem ao solo, necessitem de pouca irrigação e recebam a insolação adequada no locus do projeto.</p><p>Na escolha das plantas, o que torna um jardim sustentável?</p><p>RESP: B. Plantas nativas diversas, conforme as intenções estéticas e funcionais do paisagista.</p><p>A sustentabilidade de um jardim está relacionada com o uso de espécies nativas que façam parte do ecossistema da região e, além de terem necessidade reduzida de irrigação, também sirvam de hábitat para pássaros e pequenos animais.</p><p>Os cactos, as suculentas e as plantas típicas do Cerrado brasileiro, apesar de necessitarem de pouca irrigação, se adaptam somente a solos bem drenados e locus ensolarado.</p><p>Plantas nativas se adaptam ao solo da região e demandam menos irrigação; portanto, o projetista precisa apenas ter cuidados especiais com a insolação.</p><p>Plantas exóticas podem não se adaptar ao clima e terem demandas excessivas para sua conservação e manutenção.</p><p>3. O projeto de paisagismo é um elemento discreto que costura outros projetos em um único conceito que abrange disciplinas diversas. Tim Waterman afirma que os melhores projetos de paisagismo são os mais discretos.</p><p>Quais são as disciplinas que se reúnem no processo de concepção do projeto de paisagismo?</p><p>RESP: A. Urbanismo, Arquitetura, Construção Civil, Biologia, Agronomia e Artes.</p><p>O projeto de paisagismo se relaciona com Urbanismo devido à interação constante com os espaços abertos e públicos; com Arquitetura e Construção Civil, por meio dos elementos construídos; com Agronomia e Biologia, pelas escolhas dos vegetais e como fazer sua manutenção; e com Artes, considerando a abordagem do projeto por parte do próprio paisagista.</p><p>O projeto de paisagismo não se relaciona com Química, Zootecnia, Decoração ou Engenharia Ambiental, pois são disciplinas específicas que se encaixam nas outras que foram mencionadas.</p><p>Também não se relaciona com Sociologia nem Economia, pois são disciplinas que não estão diretamente ligadas ao projeto de paisagismo, apesar de poderem medir seus efeitos.</p><p>4. Jane Jacobs foi pioneira ao afirmar que a cidade não é feita de edificações e autoestradas, mas de relacionamentos humanos. Jan Gehl seguiu seus passos e aprofundou os conceitos em torno da utilização de espaços públicos. Conforme Gehl, as pessoas ocupam o espaço público por três motivos distintos.</p><p>Observe estas três séries de atividades:</p><p>· Ir à escola – Ir ao trabalho – Ir para casa.</p><p>· Passear com o cachorro – Correr no parque – Ir ao supermercado.</p><p>· Ir ao playground com as crianças – Encontrar amigos na praça – Fazer compras na feira ambulante.</p><p>Assinale a alternativa que indica, respectivamente, a classificação correta de atividades que as pessoas exercem no ambiente público, de acordo com Jan Gehl.</p><p>RESP: D. Atividades obrigatórias, opcionais e sociais.</p><p>As atividades obrigatórias são aquelas que as pessoas precisam fazer, como ir ao trabalho, à escola ou para casa.</p><p>As atividades opcionais são aquelas que as pessoas podem fazer caso encontrem as condicionantes ambientais adequadas, como passear com o cachorro, correr no parque ou ir ao supermercado.</p><p>As atividades sociais são aquelas que ocorrem se houver encontro no ambiente público com outras pessoas, como ir ao playground com as crianças, encontrar amigos na praça ou fazer compras na feira ambulante.</p><p>Atividades optativas, recreativas, educacionais, remuneradas, gratuitas e compulsivas não são contempladas na obra de Jan Gehl.</p><p>5. Atualmente, os urbanistas à frente dos setores de planejamento urbano têm de lidar com problemas sociais que ocorrem nas ruas, como a violência. A segurança, ao contrário do que se possa pensar em um primeiro momento, é resultado da "presença de olhos na rua", como dizia Jane Jacobs.</p><p>Qual é o elemento de projeto que as prefeituras têm incentivado em edificações novas para promover a vivacidade das ruas?</p><p>RESP: B. Fachadas ativas.</p><p>As fachadas ativas geram espaços de transição entre os espaços público e privado, criando um ambiente propício para que as pessoas permaneçam no ambiente público, ocupando mesas de cafés ou observando vitrines, por exemplo.</p><p>Recuos de ajardinamento são espaços privativos das edificações.</p><p>O parklet é uma extensão do uso da calçada, porém, sozinho, não garante movimentação na rua.</p><p>As praças públicas são espaços públicos que podem ter vivacidade, porém não são elemento garantidor de presença das pessoas na rua.</p><p>Parques gerados por parcerias público-privadas podem gerar espaços públicos de qualidade, porém são como as praças, e não são um elemento garantidor de presença de pessoas nas ruas.</p><p>6-1</p><p>1. Nina acaba de iniciar um intercâmbio em uma Universidade da Europa, onde vai complementar seus estudos em Arquitetura e Urbanismo. Nos finais de semana, ela conhece novos destinos.</p><p>Sobre o espaço da imagem a seguir, pode-se afirmar que: </p><p>RESP: A. é uma praça seca, ou seja, sem vegetação, fazendo parte de espaços suscetíveis ao projeto paisagístico urbano.</p><p>O projeto paisagístico não se restringe ao uso de vegetações, pois trabalha com os espaços livres de uma cidade, como este da foto, que é chamado de praça seca. É uma praça que possui um monumento e que sofre alterações ao longo do tempo (observe os equipamentos urbanos mais recentes ao fundo). O logradouro é o espaço entre a edificação e o limite do lote, que não é visível na foto.</p><p>2. A People Square é um espaço livre e de respiro muito importante para a cidade de Xangai, na China.</p><p></p><p>Que elemento morfológico é visivelmente observado nessa imagem?</p><p>RESP: B. O mobiliário urbano, caracterizado pelos altos e baixos postes de iluminação.</p><p>O que se consegue ver são os mobiliários urbanos, caracterizados especialmente pela iluminação em postes altos e pequenos. Não é possível ver os limites do lote, muito menos os da quadra. Pode-se observar, ainda, o passeio dos pedestres, mas não o traçado da rua. Também são visíveis a vegetação e as fachadas, mas nenhum monumento aparece na foto.</p><p>3. A configuração urbana que se tem nos dias atuais é resultado de um contexto histórico que todo sítio possui. Para preservar a história desses locais, a UNESCO criou determinações mundialmente adotadas. </p><p>Sobre a expressão “paisagem cultural”, utilizada pela UNESCO, pode-se afirmar que:</p><p>RESP: D. é um patrimônio com aspecto cultural e natural.</p><p>A expressão "paisagem cultural" foi criada pela UNESCO quando se passou a entender que os bens culturais e naturais estão associados – um elemento físico interfere na paisagem e a paisagem condiciona o entendimento do elemento cultural, não sendo especificamente para um edifício histórico ou para um bem paisagístico, mas sim para um conjunto. Esses espaços devem ser preservados sem futuras intervenções. Um patrimônio cultural não está dentro dos elementos morfológicos caracterizados por Lamas.</p><p>4. Um bom projeto tem início com uma entrevista com o cliente, seja ele público ou privado, determinando um briefing. A conclusão das diretrizes do projeto é vinculada ao levantamento de dados do local que receberá a intervenção.</p><p></p><p>Considerando a realização de um projeto arquitetônico paisagístico para revitalização do espaço que aparece na imagem, em relação ao levantamento de dados e ao diagnóstico, é correto afirmar que:</p><p>RESP: C. deve ser analisada a parte arquitetônica, ou seja, os prédios no entorno, pois podem influenciar na insolação e na ventilação do espaço, por exemplo.</p><p>É de suma importância analisar o entorno</p><p>do espaço livre. Note que o prédio pode gerar sombras e inviabilizar o uso de algumas plantas. O entorno também cria “corredores” de vento, impedindo a incidência em algumas direções. Lembre que o levantamento do entorno do espaço livre é primordial. A geologia e o solo são itens que sempre devem ser considerados, em função da drenagem e de resistências ao peso. Na imagem, é possível verificar a presença de bancos-floreira e postes de iluminação, caracterizando o mobiliário urbano do local.</p><p>5. O trabalho de um arquiteto paisagista se dá em diversas fases: elaboração do briefing, levantamento de dados, análise, anteprojeto, projeto final, execução e manutenção, entre outros.</p><p>Na análise do espaço, questões históricas são um elemento básico a se considerar, podendo-se afirmar que:</p><p>RESP: A. a preservação da história de um sítio contribui para a saúde mental das pessoas.</p><p>Todo monumento tem uma história; todo espaço também, independente da existência de um monumento. A impossibilidade de alteração depende da legislação, pois todo sítio tem um histórico. Assim como o paisagismo não se restringe ao uso de plantas, a história de um sítio também não se restringirá a esse aspecto. A memória dos espaços ocorre primeiramente de forma individual, contribuindo inclusive com a saúde mental das pessoas, e depois forma a memória coletiva.</p><p>6-2</p><p>1. Considere as seguintes assertivas sobre o conforto ambiental relacionado ao paisagismo:</p><p>I – A preocupação com o conforto ambiental das edificações remonta à Antiguidade e aos primeiros tratados sobre Arquitetura.</p><p>II – Conforto ambiental é um conceito associado à habitabilidade das edificações, contemplando a iluminação, redução da emissão de gases poluentes e conforto acústico.</p><p>III – Conforto ambiental contempla elementos de ordem subjetiva, como adequação estética dos espaços.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>RESP: E. Somente I e III.</p><p>A preocupação com o conforto ambiental aparece nos Dez Livros sobre a Arquitetura, de Vitrúvio, em regras sobre a composição e distribuição dos espaços de modo a aproveitar a iluminação natural. O conceito comporta hoje uma vasta gama de significados, inclusive considerações subjetivas como a adequação estética do projeto. Preocupações quanto à emissão de gases poluentes são contempladas na ideia de sustentabilidade das edificações, apenas de maneira indireta pode-se dizer que estão vinculadas à ideia de conforto ambiental no projeto de paisagismo.</p><p>2. Questões relacionadas ao conforto ambiental nas cidades têm sido cada vez mais discutidas na sociedade. Assinale como verdadeira (V) ou falsa (F) as afirmações a seguir:</p><p>( ) A urbanização das cidades não tem relação com o aumento da temperatura do ar.</p><p>( ) A impermeabilização do solo contribui para as elevações térmicas.</p><p>( ) O uso da vegetação serve tanto para renovação do ar quanto para controle da incidência solar.</p><p>( ) A geometria da vegetação não influencia no comportamento térmico dos espaços.</p><p>Qual das alternativas mostra a sequência correta?</p><p>RESP: A. F - V - V - F.</p><p>O crescimento urbano desordenado compromete o desempenho ambiental da cidade. A impermeabilização do solo urbano, com as grandes áreas construídas e pavimentadas, contribui para a elevação da temperatura do ar. O uso da vegetação, além de renovar o ar e melhorar a sua qualidade, pode servir como forma de controle da incidência solar, uma vez que a massa vegetada pode permitir ou bloquear a incidência solar, dependendo da sua folhagem. A forma e o tamanho da vegetação afetam diretamente a área coberta por sua sombra; árvores de forma esférica lançam amplas sombras, ideais para o controle solar, ao contrário de árvores altas e estreitas, que têm sombras reduzidas em razão do seu porte. Essa característica influencia no comportamento térmico do ambiente, dependendo da quantidade de sombra gerada.</p><p>3. Além de elemento de composição estética do projeto de paisagismo, a vegetação pode ser utilizada como elemento estratégico para resolver questões de Conforto Ambiental. Assinale com V ou F se as assertivas a seguir são verdadeiras ou falsas, respectivamente:</p><p>( ) É possível perceber a influência da vegetação no aumento da umidade relativa do ar.</p><p>( ) A vegetação pode ter função protetiva, impedindo a incidência de ventos diretamente na edificação.</p><p>( ) As características formais das espécies vegetais extrapolam preocupações de ordem estética e devem ser avaliadas tendo em vista o papel que se espera que a vegetação desempenhe no projeto.</p><p>( ) Características próprias das espécies vegetais devem ser consideradas conjuntamente com fatores relacionados, porém externos, como a incidência de luz solar nas diferentes estações do ano.</p><p>RESP: E. V - V - V - V.</p><p>Pode-se perceber a influência da vegetação no aumento da umidade relativa do ar. Além disso, pode exercer função protetiva como quando é utilizada como barreira de ventos. Para tanto, as características formais da vegetação (como altura, tamanho da copa) devem ser levadas em consideração para adequar a espécie ao uso e à função pretendida. Outro fator que deve ser levado em consideração são fatores externos como a incidência da luz solar durante diferentes períodos do ano. Como exemplo, podemos citar o uso de vegetação com folhas caducas para garantir a incidência de luz solar durante períodos de frio.</p><p>4. Diversos são os fatores que podem influenciar o conforto ambiental. Um deles é o paisagismo, que pode oferecer grandes potencialidades ao ambiente interno. Dentro dos fatores que podem ser melhorados com estratégias paisagísticas, a que se refere a perda de calor por infiltração e como é possível amenizá-la? </p><p>RESP: B. Perda de calor por infiltração se refere à redução da temperatura interna em função da entrada de vento; pode ser amenizada com o plantio de massa vegetada na direção dos principais ventos.</p><p>A perda de calor por infiltração diz respeito à entrada de ventos indesejados sem bloqueio dentro do ambiente interno. Isso pode acarretar na entrada de correntes de ar que prejudicam o conforto térmico interior. O plantio de massas vegetadas, estabelecendo uma barreira para os ventos predominantes no inverno, auxilia na manutenção da temperatura interna. A ventilação cruzada diz respeito à posição estratégica de aberturas que permitem a passagem de ventos nos espaços internos, normalmente usada em regiões de clima quente para promover a sensação de frescor. Brises são elementos construtivos que servem para bloquear ou filtrar a luz solar. As árvores de copa alta podem ser responsáveis pelo sombreamento.</p><p>5. Considerando que as cidades são ambientes artificiais nos quais a vegetação pode estar presente de maneira originária ou ter sido inserida posteriormente, relacione os benefícios trazidos pelo uso de elementos naturais no espaço urbano com as afirmativas a seguir:</p><p>I – A vegetação é um dos elementos com maior potencial para a criação de cenários urbanos e espaços de descompressão diante do ambiente artificial construído pelo homem.</p><p>II – Uma das preocupações associadas ao planejamento das cidades é a sua eficiência em termos de infraestrutura; é possível citar a drenagem urbana como questão relevante para gestores municipais.</p><p>III – Ambientes com elementos naturais são pontos naturais de agregação de pessoas nos espaços urbanos.</p><p>( ) Benefício estético</p><p>( ) Benefício ecológico</p><p>( ) Benefício social</p><p>A ordem correta de associação é a seguinte:</p><p>RESP: E. I - II - III.</p><p>É possível associar um grande número de benefícios ao uso de elementos naturais no espaço urbano. Em relação aos benefícios estéticos, há o potencial da vegetação de criar cenários agradáveis e que sirvam como fuga ao ambiente caótico da cidade; além disso, existem os benefícios ecológicos como garantir a permeabilidade de parte do solo. Socialmente, esses espaços naturais servem de pontos agregadores de pessoas, como pode ser observado no uso de parques nos finais de semana.</p><p>DESAFIO</p><p>1-1</p><p>As plantas são um dos aspectos definidores do paisagismo e podem ser classificados em três categorias: árvores,</p><p>os elementos mais altos, arbustos, com altura média, e forrações, que ficam junto ao solo. Cada tipo de vegetação cumpre uma função em uma composição paisagística.</p><p>Imagine que você foi contratado para fazer o paisagismo no pátio de uma casa. Seus clientes solicitaram os seguintes espaços e características:</p><p>Quais categorias de vegetação você utilizaria para cada uma das cinco solicitações de seu cliente? Não se preocupe em indicar espécies nessa etapa, mas faça uma breve justificativa para sua escolha.</p><p>Padrão de resposta esperado</p><p>1. Área aberta onde possam tomar sol</p><p>Forrações que suportem o pisoteio, por permitirem que pessoas caminhem.</p><p>2. Zona sombreada para leitura</p><p>Árvore com a copa larga, por criar uma grande zona sombreada.</p><p>3. Solução para bloquear a visão da janela do vizinho que abre para o pátio</p><p>Árvore com a copa alta, pois quando agrupadas podem formar bloqueios visuais.</p><p>4. Delimitação de uma zona onde ficará o varal</p><p>Arbustos, porque estes podem ser utilizados como cercas vivas.</p><p>5. Revestimento do muro lateral</p><p>Forração trepadeira pode crescer em superfícies verticais.</p><p>1-2</p><p>Pocket Park, em tradução literal, significa “Parque de Bolso”. Na prática, é um espaço normalmente menor que uma praça, onde são projetados e implantados espaços de estar e lazer, que proporcionem descompressão dentro de grandes cidades.</p><p>Você é arquiteto e urbanista e presta serviços de paisagismo. Um grupo de donos de restaurante e lojas de uma famosa rua do Rio de Janeiro o procurou e solicitou um projeto para melhorar a qualidade de um lote sem uso, pertencente a um deles, no coração dessa famosa rua. Os comerciantes gostariam de proporcionar um espaço aberto de qualidade para seus potenciais clientes e demais usuários da rua, mas que também possa se tornar um atrativo para seus negócios.</p><p>Após estudar muito sobre paisagismo, você considerou que a melhor alternativa é transformar esse lote em um Pocket Park.</p><p>A partir das necessidades de seus contratantes, cite pelo menostrês características que irão compor seu projeto para o Pocket Park.</p><p>Padrão de resposta esperado</p><p>O Pocket Park pode apresentar diversas características, a exemplo das praças, porém em escala limitada e adaptada aos principais usos da região onde está implantado. Neste caso, o Pocket Park está localizado em uma rua com atrativos comerciais e gastronômicos, por isso pode apresentar, dentre outras, as seguintes características:</p><p>1.Espaços de estar: com mobiliário confortável e que possa ser movimentado, para configurar diversas opções de layout, dando liberdade ao usuário.</p><p>2.Espaço livre e instalações mínimas, para que possa ser utilizado para feiras gastronômicas de rua: instalação básica de água e esgoto e instalações elétricas, para que possa receber, por exemplo, food trucks e barracas de feira.</p><p>3.Mesas, cadeiras e bancadas para apoiar refeições rápidas.</p><p>4. Espaços sombreados, que possam abrigar tanto espaços de estar quanto prever circulação de pessoas e receber pequenas feiras de produtos.</p><p>5.Vegetação que se adeque ao clima, proporcionando proteção contra os raios solares em épocas quentes e possibilidade de exposição aos mesmos para aquecimento em dias frios.</p><p>6.Mescla de pavimentação seca com áreas permeáveis.</p><p>7. Espaços de descanso e descompressão.</p><p>8. Uso de água em fontes e espelho d'água.</p><p>9. Explorar iluminação, para que possa ser usado a qualquer hora.</p><p>2-1</p><p>O campo de atuação do paisagista pode ser bem diversificado, junto a prefeituras, escritórios independentes ou prestando consultoria.</p><p>A escala é igualmente variável, desde a paisagem em jardins residenciais, condomínios, praças, loteamentos até em parques.</p><p>Os sócios-investidores de uma empresa especializada em loteamentos querem expandir seus negócios e deixá-lo mais profissional contratando novos colaboradores. Sendo os investidores provenientes das áreas de Administração e Direito, não têm conhecimento específico sobre o que é o paisagismo e a importância de contratar um paisagista ou um jardineiro, ou ambos.</p><p>Você decidiu participar desse processo seletivo.</p><p></p><p>Pensando nessa entrevista, descreva a importância de seu trabalho a partir das formas de atuação do paisagista e as diferenças com o trabalho de um jardineiro para essa vaga de emprego.</p><p>Padrão de resposta esperado</p><p>O trabalho do paisagista é de suma importância na configuração de novos loteamentos. Ele é responsável por analisar as condicionantes do lugar, avaliando elementos naturais e aqueles modificados pelo homem, interpretar as necessidades da área, elaborar o projeto, muitas vezes em parceria com outros profissionais.</p><p>O projeto envolve conhecimentos técnicos e estéticos e está vinculado a questões urbanas. O paisagista pode ainda coordenar a compra de materiais e a execução do projeto, trabalhando com a gestão dos espaços.</p><p>O jardineiro é o profissional capacitado para interpretar e executar os projetos de paisagismo. Entende ainda como cultivar e manter as plantas destinadas aos espaços verdes.</p><p>Se a empresa de loteamentos ficar responsável pela manutenção dos loteamentos, o ideal é contratar tanto o paisagista como o jardineiro. Caso a empresa faça somente os projetos, o indicado seria contratar apenas o paisagista. O jardineiro poderá ser consultado pelo paisagista sobre detalhes de cultivo e disponibilidade de plantas numa região.</p><p>2-2</p><p>Os jardins das escolas são áreas abertas que devem funcionar como extensão da edificação e, tendo essa conformação, podem possibilitar as mais diversas atividades, se tornando uma nova ferramenta para melhorar e contribuir no processo de ensino-aprendizagem. Esses espaços podem ser compostos por diversos elementos, vegetações, tipos de piso e iluminação, e precisam estar de acordo com o uso e seus usuários.</p><p>No caso das escolas, é preciso compreender para que público estão voltadas, qual a fase desse público e como precisam absorver tudo aquilo que um espaço externo oferece, para então realizar um projeto paisagístico que esteja de acordo com essas premissas.</p><p>Imagine que você, arquiteto e urbanista, precisa propor algumas ideias para o jardim de uma escola de educação infantil de sua cidade. Essa escola atende crianças de 1 a 6 anos e precisa de três pontos principais, são eles:</p><p>1 – O jardim precisa ser dividido em 3 partes, limitando os espaços, mas permitindo a permeabilidade visual.</p><p>2 – Os alunos devem aprender nesses espaços sobre os cinco sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato.</p><p>3 – Devem existir áreas de sombra e de sol.</p><p>A partir desses requisitos, você deve propor ideias de como é possível realizar o paisagismo, ou quais elementos usar no projeto para garantir que esses três itens sejam contemplados. Assim, descreva para cada item uma sugestão.</p><p>Padrão de resposta esperado</p><p>1 – Para divisão em 3 partes do jardim, é possível limitar os espaços</p><p>por meio de arbustos baixos, de acordo com a altura das crianças, fazendo o limite desses locais, mas, ao mesmo tempo, permitindo</p><p>a visualização. Além disso, o uso de cercas vivas baixas, cercas em madeira com espaçamento entre as ripas ou ainda contornos com</p><p>britas ou terra, como se fossem canteiros, acabam sendo limitadores dos espaços.</p><p>2 – Para que os alunos aprendam os cinco sentidos, é possível utilizar</p><p>os mais diversos tipos de vegetação, como por exemplo, as flores com diversas cores (que atraem a visão), espécies de arbustos e de árvores de variados tamanhos com tipos de folhas e texturas diversificadas (que possibilitam experiências de tato e de audição), chás, temperos</p><p>e árvores frutíferas, que estimulam o aprendizado dos cheiros e</p><p>dos gostos. Além disso, é possível trabalhar com diferentes paginações</p><p>de piso, abrangendo cores e texturas que podem ser vistas e sentidas pelos alunos.</p><p>3 – Para existir áreas de sombra e de sol, deve-se utilizar tanto uma vegetação de pequeno porte, como gramíneas e flores, que não causam sombra, apenas fazem uma composição do espaço, como também algumas árvores de médio ou de grande porte com copas</p>muitas espécies animais na região, que auxiliam em espalhar sementes e pólen pelo terreno devastado; - por se tratar de uma grande área a ser reflorestada, com baixo investimento do atual governo, essa intervenção é de baixo custo, envolvendo, apenas, demarcação e limpeza da área. Não utilizaria as outras formas de intervenção, pois o plantio de mudas tem alto investimento e necessita de grande variedade de espécies; a restauração da vegetação não seria indicada, por se tratar de uma grande área; e, em função das queimadas, não seria possível retirá-las e reimplantá-las. 5-2 Os equipamentos públicos são elementos referenciais no tecido urbano e, naturalmente, espaços de confluência de muitas pessoas, devido aos serviços que prestam. Hospitais, escolas, sedes de órgãos da Administração Pública, igrejas, sedes de organizações diversas, bancos e correios são alguns exemplos. O espaço desses equipamentos pode ser considerado semipúblico, afinal, não são todos os passantes que irão adentrar suas instalações, apesar de o acesso ser livre para qualquer pessoa que necessite dos serviços. Considere que você é um arquiteto paisagista contratado para elaborar a arquitetura dos espaços abertos de uma escola infantil. Acompanhe a descrição: Agora, elabore um programa de necessidades para o projeto de paisagismo que você irá desenvolver na área descrita. Padrão de resposta esperado O lote será tratado em setores, um para cada edificação: Área administrativa, serviços e salas de aula: · espaço de encaminhamento entre o acesso da rua até a secretaria; · espaço de descanso para os funcionários; · solário para crianças de 3 a 5 anos; · horta para as crianças trabalharem perto da cozinha, com composteira; · pequeno pomar com frutíferas nativas. Ginásio esportivo: · quadra ao ar livre como espaço auxiliar; · playground para crianças de 3 a 7 anos; · playground para crianças maiores de 7 anos; · equipamentos de ginástica ao ar livre que possam ser utilizados pela comunidade; · estar ao ar livre entre o ginásio e o acesso da rua que possa servir tanto para as crianças quanto para a comunidade; · encaminhamento coberto até as salas de aula e a piscina. Piscina: · encaminhamento coberto até as salas de aula e o ginásio; · estares e descanso ao longo dos encaminhamentos. Teatro: · anfiteatro ao ar livre; · descansos ao ar livre. 6-1 Ao iniciar um projeto paisagístico, várias etapas devem ser cumpridas. A primeira é a entrevista com o cliente, que pode ser público ou privado. Na sequência, todo um levantamento de dados deve ser feito in loco, ou seja, no local da intervenção. Suponha que você seja projetista de uma consultoria especializada em paisagismo urbano. A prefeitura de uma cidade contratou sua empresa, pois gostaria de revitalizar um prédio ocioso; para isso, forneceu imagens do local, para que fosse realizada uma análise. Você foi designado como responsável pelo projeto. De acordo com a demanda, e diante das imagens do espaço, indique que elementos presentes devem ser considerados para a elaboração do projeto paisagístico urbano. Padrão de resposta esperado Nesse prédio, deve ser considerada a altura final da construção, e se fará sombreamento no espaço. Considerar também a infraestrutura existente: água, energia, mobiliários urbanos (note a presença de uma lixeira e de um orelhão). Enumerar as plantas existentes e quais são nativas ou exóticas, ou se alguma está em extinção ou é símbolo da cidade (existem árvores, palmeiras e arbustos na foto). Verificar a incidência solar, o norte e a direção dos ventos. Procurar o levantamento planialtimétrico junto à prefeitura e, caso não exista, contratar um profissional para fazê-lo (há um declive importante nos fundos do espaço). Analisar os revestimentos do piso e seu estado de conservação. Analisar também a questão histórica, se esse espaço representa algo para a comunidade no entorno ou até mesmo para o município. Verificar como é feita a divisa com o lote do edifício e se esse muro não é de contenção. 6-2 Além de ser esteticamente agradável aos usuários, a vegetação pode ser utilizada como ferramenta de projeto para garantir condições climáticas ambientais mais confortáveis. Seu uso adequado permite controle de parâmetros como temperatura e umidade do ar e incidência de ventos. Você é arquiteto e foi contratado para fazer o paisagismo do pátio de uma escola, localizada em uma cidade com clima temperado. O lote da escola se localiza em uma baixada, em que é possível observar fortes correntes de vento. Esse pátio recebe crianças de diversas idades e engloba as seguintes funções: Dadas as informações, as funções do pátio e do clima da cidade, apresente e justifique: Estratégias de utilização de vegetação ou elemento paisagístico indicadas para cada um dos espaços apresentados no pátio (você também pode incluir elementos não vegetais que possam otimizar os usos do pátio). Padrão de resposta esperado - No espaço destinado ao solário, é de extrema importância que a luz do sol penetre. Para isso, indica-se o uso de vegetação arbustiva, de pequeno a médio porte. - Para os espaços destinados às atividades recreativas, o uso de grama é altamente indicado, já que oferece conforto e frescor, sendo possível usar vegetação de folhas caducas. O clima temperado apresenta estações bem definidas, isto é, frio no inverno e quente no verão. No inverno é interessante maior nível de exposição solar e no verão, menor. Esta estratégia colabora com o conforto térmico. - Ao redor de todas as áreas e do playground, principalmente nas orientações em que se observa maior índice de vento, pode-se plantar massas vegetativas, de modo que possam auxiliar no bloqueio do vento. - No espaço para apresentações não é indicado o uso de árvores, já que podem prejudicar os visuais. Nesse espaço pode ser usado algum tipo de cobertura. Também é possível diferenciar com pavimentação a área das apresentações da área da plateia. - No espaço para refeições, indica pavimentação não gramada, para possibilitar melhor implantação do mobiliário. Todavia, o plantio de árvores de copa larga que possam sombrear as mesas é indicado, principalmente na hora das refeições. image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.png image13.png image14.jpeg image15.png image16.jpeg image1.jpeg image2.jpeg image3.jpeg