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Produto final da dissertação A perspectiva das crianças sobre a Política de Educação Inclusiva: discursos e práticas cotidianas numa escola particular do Rio de Janeiro. Stella Costa Pessoa Gomes Tardin Agosto de 2018 Jogo da Inclusão 2 Sumário Apresentação e objetivo ............................................................................................................... 3 Materiais do jogo .......................................................................................................................... 4 Participantes.................................................................................................................................. 4 Iniciando o jogo ............................................................................................................................. 4 Considerações importantes .......................................................................................................... 5 Manual Informativo ...................................................................................................................... 6 1) O que é Educação Inclusiva? ............................................................................................. 6 2) O que são Necessidades Educacionais Especiais? ............................................................. 6 3) Quem é o público alvo da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva? ..... 6 4) Você sabe o que é Autismo? ............................................................................................. 7 5) Você sabe o que é Síndrome de Down? ............................................................................ 8 6) Você sabe o que é Deficiência Auditiva? ........................................................................... 8 7) Você sabe o que é Surdez? ................................................................................................ 9 8) Você sabe o que é Deficiência Visual? .............................................................................. 9 9) Você sabe o que é Deficiência Física? ............................................................................. 10 10) Você sabe o que é Paralisia Cerebral? ........................................................................ 11 11) Você sabe o que é Dislexia? ........................................................................................ 11 12) Você sabe o que é transtorno de déficit de atenção? ................................................ 12 Cartas de Reflexão ....................................................................................................................... 13 Tabuleiro ..................................................................................................................................... 17 Acessibilidade .............................................................................................................................. 17 3 Apresentação e objetivo O Jogo da Inclusão é o produto final da pesquisa A perspectiva das crianças sobre a política de Educação Inclusiva: discursos e práticas cotidianas de uma escola particular do Rio de Janeiro de Mestrado Profissional do Programa de Pós-graduação de Ensino em Educação Básica - PPGEB do CAp-UERJ. A ideia para a construção do jogo surgiu ao longo do desenvolvimento da pesquisa e a partir de observações do cotidiano de uma escola do Rio de Janeiro. Foi possível perceber que o assunto é pouco tratado entre as crianças, o que muitas vezes contribui para uma visão preconceituosa, negativa e excludente sobre as diferenças. Ficou evidente a necessidade de buscar ferramentas que levassem o tema da inclusão para dentro das salas de aula, possibilitando um espaço para o diálogo e troca de experiências sobre o assunto. As crianças vivenciam muitas experiências no cotidiano escolar e têm muito a dizer sobre elas. Possibilitar esse espaço é fundamental para que as crianças possam construir coletivamente saberes sobre a inclusão e que esses saberes favoreçam o desenvolvimento de uma cultura escolar mais inclusiva. O jogo foi pensado em uma linguagem apropriada à idade dos alunos do Ensino Fundamental I, considerando suas próprias experiências, vividas em seu cotidiano. Boas reflexões! Stella Costa Pessoa Gomes Tardin 4 Materiais do jogo - 1 Dado. - 6 Pinos coloridos. - 1 Tabuleiro de trilha composto por 24 casas. - Cartas para reflexão, formando um montinho de cabeça para baixo no centro do jogo. - Manual informativo. As cartas numeradas de 1 a 12 possuem o intuito de serem informativas. Portanto, o jogo também é acompanhado por um manual, que traz algumas considerações para auxiliar nas reflexões de tais cartas. - Cartas em branco, para a formulação de novas reflexões produzidas pelas próprias crianças. Participantes O jogo pode ser desenvolvido com 2 a 6 jogadores. No entanto, acredita-se que seja mais interessante jogá-lo de maneira coletiva, onde um grupo pode ser dividido em até 6 grupos menores. Cada subgrupo deverá ser representado por um pino no tabuleiro. Iniciando o jogo As crianças definem a ordem dos pinos. O jogo começa com todos os participantes refletindo sobre a pergunta “O que é inclusão escolar? ”. Para auxiliar as reflexões dos jogadores/subgrupos pode-se ler as informações referentes a carta número 1, do Manual Informativo do jogo. Nas rodadas seguintes, o primeiro jogador / subgrupo joga os dados e caminha sobre a trilha o mesmo número de casas sorteado, comprando uma carta para um nova reflexão. Deverá ler em voz alta para todos os outros participantes. Deve ser dado um tempo para que cada jogador/subgrupo possa dar sua contribuição para a reflexão. Caso o jogo seja desenvolvido em grupo, a resposta deve ser formulada coletivamente por cada subgrupo. 5 O jogador seguinte apenas jogará os dados, se tiver contribuído nas reflexões anteriores. Caso algum jogador não contribua em alguma reflexão, ele deve permanecer na mesma casa e aguardar a próxima rodada. Não existem respostas certas ou erradas, o que vale é a contribuição de todos. Dessa maneira, todos participam e contribuem em todas as reflexões. O primeiro a cruzar a linha de chegada ganha o jogo. Existem cartas em branco para novas reflexões, que devem ser formuladas pelas crianças, a cada vez que utilizarem o jogo. As próprias crianças podem definir quem será o responsável pela formulação dessas novas reflexões: pode ser o ganhador ou a turma inteira, ao final do jogo. Essas cartas tem a intenção de manter o jogo sempre em constante construção, de acordo com as reais percepções, dúvidas ou questionamentos das crianças sobre a Política de Educação Inclusiva. Considerações importantes Embora o jogo tenha sido pensado para que as crianças possam utilizá- lo com autonomia, é sugerido que um adulto as acompanhe durante as jogadas, com o intuito de contribuir para os momentos de reflexão e de debate. O adulto deve, sobretudo, ajudar as crianças a desmistificar os (pré) conceitos que possam surgir. 6 Manual Informativo 1) O que é Educação Inclusiva? A Educação inclusiva significa que a escola tem a responsabilidade de acolher todos os alunos, independentemente do tipo ou grau de dificuldade que els possam ter. Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. Com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. O Plano Nacional de Educação (PNE) afirma que a inclusão atravessa todas as etapas de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Superior, e a escola inclusiva é aquela que abre espaço para todos, incluindo aqueles que apresentamnecessidades especiais. https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de- apoio https://novaescola.org.br/conteudo/11899/como-se-faz-a-aprovacao-do-aluno-com-deficiencia- na-escola - Acessado em julho de 2018. 2) O que são Necessidades Educacionais Especiais? São necessidades relacionadas aos alunos que apresentam elevada capacidade ou dificuldades de aprendizagem. Esses alunos não são, necessariamente, portadores de deficiências, mas são aqueles que passam a ser especiais quando exigem respostas específicas adequadas. http://www.educabrasil.com.br/necessidades-educacionais-especiais/ - Acessado em julho de 2018. 3) Quem é o público alvo da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva? Para que todos os alunos possam ser incluídos na escola, a lei de Educação Inclusiva prevê o Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio https://novaescola.org.br/conteudo/11899/como-se-faz-a-aprovacao-do-aluno-com-deficiencia-na-escola https://novaescola.org.br/conteudo/11899/como-se-faz-a-aprovacao-do-aluno-com-deficiencia-na-escola http://www.educabrasil.com.br/necessidades-educacionais-especiais/ 7 estudantes com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação. https://cecomcrede15.wordpress.com/2015/12/07/publico-alvo-da-educacao-especial-na- perspectiva-da-educacao-inclusiva/ - Acessado em julho de 2018. 4) Você sabe o que é Autismo? O Autismo, também conhecido como Transtornos do Espectro Autista (TEA), são transtornos que causam problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da criança. As alterações de comportamento são expressas, principalmente, na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino. Para o autista, o relacionamento com outras pessoas costuma não despertar interesse. O contato visual com o outro é ausente ou pouco frequente e a fala, usada com dificuldade. Algumas frases podem ser constantemente repetidas e a comunicação acaba se dando, principalmente, por gestos. Mudanças bruscas na rotina dessas crianças podem desencadear crises de agressividade. Alguns autistas apresentam alto desempenho e desenvolvem habilidades específicas - como ter muita facilidade para memorizar números ou deter um conhecimento muito específico sobre informática, por exemplo. Descobrir e explorar as 'eficiências' do autista é um bom caminho para o seu desenvolvimento. Atualmente, estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo todo possuem algum tipo de autismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-autismo-sintomas-tipos-infantil-leve-e-mais/ https://novaescola.org.br/conteudo/281/na-duvida-autismo-inclusao - Acessado em julho de 2018. https://cecomcrede15.wordpress.com/2015/12/07/publico-alvo-da-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva/ https://cecomcrede15.wordpress.com/2015/12/07/publico-alvo-da-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva/ https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-autismo-sintomas-tipos-infantil-leve-e-mais/ https://novaescola.org.br/conteudo/281/na-duvida-autismo-inclusao 8 5) Você sabe o que é Síndrome de Down? A Síndrome de Down é definida por uma alteração genética. Além do déficit cognitivo e da dificuldade de comunicação, a pessoa com Síndrome de Down apresenta redução do tônus muscular, cientificamente chamada de hipotonia. A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família. É possível promover a inclusão de alunos com síndrome de Down. Pode ser que elas precisem de algum tipo de ajuda adicional, mas isto não é uma necessidade apenas das crianças com deficiência. Muitas crianças apresentam perfis de aprendizagem que demandam algum grau de apoio. A primeira regra para a inclusão de crianças com Down é a repetição das orientações em sala de aula para que o estudante possa compreendê-las. O desempenho melhora quando as instruções são visuais, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, com cores e símbolos de fácil compreensão. A linguagem verbal deve ser simples. Uma dificuldade de quem tem a síndrome, em geral, é cumprir regras. O ideal é adotar o mesmo tratamento dado aos outros alunos. http://www.movimentodown.org.br/educacao/inclusao-de-alunos-com-sindrome-de-down-no- ensino-fundamental/ https://novaescola.org.br/conteudo/280/o-que-e-sindrome-de-down - Acessado em julho de 2018. 6) Você sabe o que é Deficiência Auditiva? É a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação (causa genética), lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo. A deficiência auditiva moderada é a incapacidade de ouvir sons com intensidade menor que 50 decibéis e costuma ser compensada com a ajuda de aparelhos e acompanhamento terapêutico. Em graus mais avançados, como na perda auditiva severa (quando a pessoa não consegue ouvir sons abaixo dos 80 decibéis, em média) e profunda (quando não escuta sons emitidos com intensidade menor que 91 decibéis), aparelhos e órteses ajudam parcialmente, http://www.movimentodown.org.br/educacao/inclusao-de-alunos-com-sindrome-de-down-no-ensino-fundamental/ http://www.movimentodown.org.br/educacao/inclusao-de-alunos-com-sindrome-de-down-no-ensino-fundamental/ https://novaescola.org.br/conteudo/280/o-que-e-sindrome-de-down 9 mas o aprendizado de Libras e da leitura orofacial, sempre que possível, é recomendado. Perdas auditivas acima desses níveis são consideradas casos de surdez total. Quanto maior for o grau de deficiência auditiva, maior a dificuldade de aquisição da língua oral. É importante lembrar que a perda da audição deve ser diagnosticada por um médico especialista ou por um fonoaudiólogo. https://novaescola.org.br/conteudo/273/o-que-e-deficiencia-auditiva http://www.educabrasil.com.br/necessidades-educacionais-especiais/ - Acessado em julho de 2018. 7) Você sabe o que é Surdez? Ao pensar sobre o impedimento para ouvir, fica-se diante de um paradoxo: Surdez não é deficiência, mas se não for ensinada ao surdo uma língua visual, o mais precocemente possível, teremos uma criança sem uma língua, incapaz de aprender, comunicar pensamentos verbais e, consequentemente, desenvolver-se cognitivamente. Embora a surdez não seja considerada como uma deficiência, as crianças surdas possuem necessidades educacionais especiais. Aliny Lamoglia. Revista Perspectivas do Desenvolvimento: um enfoque multidimensional. Volume 03, Número 04, Julho 2015. 8) Você sabe o que é Deficiência Visual? Deficiência visual caracteriza-se pela limitação ou perda das funções básicas do olho e do sistema visual. O deficiente visual pode ser a pessoa cega ou com baixa visão. Não são deficientes visuais pessoas com doenças como miopia, astigmatismo ou hipermetropia, que podem ser corrigidas com o uso de lentes ou em cirurgias. Segundo critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) os diferentes graus de deficiência visual podem ser classificados em: https://novaescola.org.br/conteudo/273/o-que-e-deficiencia-auditiva http://www.educabrasil.com.br/necessidades-educacionais-especiais/ 10 - Baixa visão (leve, moderada ou profunda): Compensada com o uso de lentes de aumento, lupas, telescópios, com o auxílio de bengalas e de treinamentos de orientação.- Próximo à cegueira: Quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra, mas já emprega o sistema braile para ler e escrever, utiliza recursos de voz para acessar programas de computador, locomove-se com a bengala e precisa de treinamentos de orientação e de mobilidade. - Cegueira: Quando não existe qualquer percepção de luz. O sistema braile, a bengala e os treinamentos de orientação e de mobilidade, nesse caso, são fundamentais. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=686 https://novaescola.org.br/conteudo/270/deficiencia-visual-inclusao - Acessado em julho de 2018. 9) Você sabe o que é Deficiência Física? A deficiência física é a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física. As crianças com deficiência física, em geral, têm dificuldades para escrever, em função do comprometimento da coordenação motora. O aprendizado pode se tornar um pouco lento, mas, exceto nos casos de lesão cerebral grave, a linguagem é adquirida sem grandes empecilhos. As pessoas com deficiência física, para exercerem seus direitos e fortalecerem sua participação como cidadãos, possuem o direito à acessibilidade em edificações de uso público. Sendo assim, devem ser feitas as devidas adaptações dos espaços físicos. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/conceito-de-deficiencia- fisica/60977 https://novaescola.org.br/conteudo/269/o-que-e-deficiencia-fisica - Acessado em julho de 2018. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=686 https://novaescola.org.br/conteudo/270/deficiencia-visual-inclusao https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/conceito-de-deficiencia-fisica/60977 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/conceito-de-deficiencia-fisica/60977 https://novaescola.org.br/conteudo/269/o-que-e-deficiencia-fisica 11 10) Você sabe o que é Paralisia Cerebral? A paralisia cerebral é uma lesão cerebral que acontece, em geral, quando falta oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, no parto ou até dois anos após o nascimento - neste caso, pode ser provocada por traumatismos, envenenamentos ou doenças graves, como sarampo ou meningite. Dependendo do local do cérebro onde ocorre a lesão e do número de células atingidas, a paralisia danifica o funcionamento de diferentes partes do corpo. A principal característica é a espasticidade, um desequilíbrio na contenção muscular que causa tensão e inclui dificuldades de força e equilíbrio. Em outras palavras, a lesão provoca alterações no tônus muscular e o comprometimento da coordenação motora. Em alguns casos, há também problemas na fala, na visão e na audição. Ter uma lesão cerebral não significa, necessariamente, ser acometido de danos intelectuais, mas em 75% dos casos as crianças com paralisia cerebral acabam sofrendo comprometimentos cognitivos. https://novaescola.org.br/conteudo/1788/o-que-e-paralisia-cerebral - Acessado em julho de 2018 11) Você sabe o que é Dislexia? A Dislexia é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento de palavras, na habilidade de decodificar e em soletrar. Faz com que a criança ou adolescente apresente dificuldades para associar as letras e sílabas com seus sons correspondentes. É como se o disléxico enxergasse um punhado de letras numa “sopa de letrinhas”, sem um significado claro. O obstáculo principal é converter o som em sinal gráfico (e o contrário também). Isso gera, por exemplo, problemas na leitura (mais lenta e silabada - com troca da sílaba tônica) e na escrita (erros ortográficos como inversões ou omissões das letras). https://novaescola.org.br/conteudo/1788/o-que-e-paralisia-cerebral 12 Esta condição permanece durante toda a vida acadêmica, da pré-escola ao ensino superior. Mas atenção: o disléxico tem uma inteligência normal e sua compreensão oral é preservada, assim como o raciocíonio lógico-matemático. Ou seja, o indivíduo tem uma dificuldade localizada, que não compromete o aprendizado global. http://www.dislexia.org.br/o-que-e-dislexia/ https://novaescola.org.br/conteudo/1465/cinco-perguntas-sobre-dislexia - Acessado em julho de 2018 12) Você sabe o que é transtorno de déficit de atenção? A investigação para o diagnóstico costuma ser bem detalhada. Hábitos, traços pessoais e histórico médico são investigados para excluir a possibilidade de outros problemas e verificar se as características que marcam o transtorno estão mesmo presentes. Por isso, o TDAH é definido por uma lista de sintomas. Ao todo são 21 - nove referentes à desatenção, outros nove à hiperatividade e mais outros três à impulsividade. São três os sintomas principais: agitação, dificuldade de atenção eimpulsividade - que devem estar presentes em pelo menos dois ambientes que a criança frequenta. Quando ocorre o TDAH, os sintomas se mantêm e são tão exacerbados que prejudicam a relação com os colegas. Muitas vezes, o aluno fica isolado e, mesmo hiperativo, não conversa. De 3 a 6% das crianças em idade escolar sofrem com o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (o nome oficial do TDAH). https://novaescola.org.br/conteudo/292/transtorno-deficit-atencao-com-sem-hiperatividade-tdah Acessado em julho de 2018 http://www.dislexia.org.br/o-que-e-dislexia/ https://novaescola.org.br/conteudo/1465/cinco-perguntas-sobre-dislexia https://novaescola.org.br/conteudo/292/transtorno-deficit-atencao-com-sem-hiperatividade-tdah 13 Cartas de Reflexão 1) O que é inclusão escolar? 2) O que são Necessidades Educacionais Especiais? 3) Quem é o público alvo da Educação Especial na perspectiva da Educação da Educação Inclusiva? 4) O que você sabe sobre Autismo? 5) O que você sabe sobre Síndrome de Down? 6) O que você sabe sobre deficiência auditiva? 14 7) O que você sabe sobre surdez? 8) O que você sabe sobre deficiência visual? 9) O que você sabe sobre deficiência física? 10) O que você sabe sobre paralisia cerebral? 11) O que você sabe sobre dislexia? 12) O que você sabe sobre transtorno de déficit de atenção? 15 Minha escola é inclusiva? Por quê? Eu contribuo para que minha escola tenha um ambiente mais inclusivo? Como? O que os professores fazem para contribuir para a inclusão escolar? Quais são os profissionais da escola que contribuem para a inclusão escolar? Como as famílias podem contribuir para que minha escola tenha um ambiente mais inclusivo? Como as próprias crianças podem contribuir para que minha escola tenha um ambiente mais inclusivo? 16 Fale sobre uma situação de inclusão que você tenha visto na sua escola. Fale sobre uma situação de exclusão que você tenha visto na sua escola. Fale sobre uma situação de inclusão que você tenha vivido na sua escola. Fale sobre uma situação de exclusão que você tenha vivido na sua escola. Como minha escola poderia ser mais inclusiva? Afinal, todo mundo é igual ou diferente? 17 Tabuleiro Acessibilidade Considerando a temática da Educação Inclusiva como o ponto central da pesquisa desenvolvida, acredita-se que não poderia faltar a discussão acerca da acessibilidade dos materiais produzidos, justamente na tentativa de acolher as mais variadas demandas dos alunos.Os materiais utilizados na confecção do Jogo da Inclusão foram pensados de forma a serem o mais prático no manuseio e transporte, bem como, ser o mais econômico possível. O jogo produzido atendeu às demandas dos alunos que participaram da pesquisa. Porém, pensando em casos que exijam demandas mais específicas de algumas crianças, o presente trabalho se propõe a oferecer algumas sugestões. O tabuleiro e as cartas estão disponíveis para serem compartilhadas e impressas por quem se interessar ou para servirem de modelo para outras produções que atendam as demandas de cada realidade. Uma ideia seria a 18 produção do tabuleiro feito pelas próprias crianças, sendo discutido os materiais utilizados, buscando atender as necessidades do grupo participante. O tabuleiro utilizado na pesquisa foi desenvolvido em papel cartão preto, na medida de 60 cm por 40 cm. Foram colados pequenos quadrados de papel colorido com 6 cm em cada lado, formando uma trilha. O formato utilizado na trilha se assemelhou a um “caracol”, onde os alunos começam fora e terminam dentro. No entanto, qualquer trilha pode ser utilizada. Para ideias de acessibilidade do jogo, sugere-se algumas adaptações. - As casas da trilha podem ser confeccionadas com materiais diferentes (outras texturas ou espessura – EVA, por exemplo) de forma a ficarem mais perceptíveis ao tato de algumas crianças que apresentem algum grau de deficiência visual. - Cada casa da trilha pode conter um pequeno pedaço de velcro no centro, de forma a fixar o pino, que também deve ter o velcro oposto em sua base. O pino mais fixado no tabuleiro pode favorecer a acessibilidade de crianças que apresentem algum tipo de deficiência motora que dificulte o manuseio dos pinos. - O tamanho das casas da trilha e dos pinos podem ser pensados de acordo com a necessidade das crianças que utilizarão o jogo. Pode até ser desenvolvida uma trilha que tenha o tamanho suficiente para que as próprias crianças sejam os pinos e que as dimensões de cada casa sejam compatíveis com as dimensões de uma cadeira de rodas, por exemplo. - O dado utilizado no jogo pode ser adaptado em tamanho ou em diferentes texturas para favorecer a autonomia da contagem das casas para algumas crianças. - A cor do tabuleiro e das cartas podem ser escolhidos de acordo com a necessidade de algumas crianças que se beneficiem com cores contrastantes. - As cartas podem ser impressas no tamanho ou material mais apropriado a cada demanda específica e até mesmo confeccionadas em braile. Essas são apenas algumas sugestões, existindo muitas outras possibilidades de adaptação de material para garantir a acessibilidade do jogo.