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<p>[Data]</p><p>Viçosa</p><p>2015</p><p>HomemNome:</p><p>Nome:</p><p>Nome:</p><p>Nome:</p><p>Nome:</p><p>Sociedade</p><p>e</p><p>Meio Ambiente</p><p>Causas</p><p>Atualmente o Brasil culminou uma crise hídrica sem precedentes. No entanto essa crise não surgiu agora, ela decorre de décadas de mau comportamento em relação ao uso da água e do solo, e também de uma relação cultural equivocada que nós, brasileiros, temos com os recursos naturais. O Brasil é um país com abundância de recursos hídricos, tanto de mananciais, como de lençóis freáticos o que acabou criando no brasileiro uma cultura do desperdício. Seja em lavar o carro ou a calçada usando a mangueira ou no desperdício com a irrigação de monoculturas. Contudo, o grande problema da falta de água no Brasil é o pequeno investimento na reutilização da água, apenas 37,9% é novamente tratada. Juntamente com a falta de planejamento para o uso dos recursos hídricos, a pouca reutilização está entre um dos maiores problemas que geraram o ápice da crise.</p><p>A poluição dos mananciais dificulta ainda mais a disponibilidade de água potável. A pressão demográfica torna-se, então, outro fator que explica a dificuldade de atender à demanda, que cresce junto com a população, o avanço tecnológico e o desenvolvimento industrial.</p><p>As projeções para o Sudeste não foram consideradas muito confiáveis pelo PBMC, mas apontam para um aumento entre 2,5°C e 3°C na temperatura e de 25% a 30% também de crescimento na pluviosidade. Em Minas Gerais, o risco já é iminente. A continuar a falta de chuva este ano, o próprio IGAM prevê esgotamento da capacidade de abastecimento dos sistemas Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores até novembro, quando os reservatórios responsáveis pelo abastecimento da RMBH atingirão níveis baixíssimos.</p><p>Esta crise não afeta somente as populações humanas. Ela atinge os serviços dos ecossistemas, a biodiversidade aquática e compromete a sustentabilidade de rios, represas, lagos, áreas alagadas e águas subterrâneas, seja pela escassez de água ou pelo excesso de poluição. Os aumentos de riscos à saúde pública têm sido recorrentes na RMSP, nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e no Estados de Minas Gerais. Constatou-se também que, a menos que ocorram no mínimo 25% acima da média de chuvas previstas para este verão, a atual escassez não será minorada. Esta constatação torna-se mais expressiva quando se constata que as obras necessárias para aumentar a capacidade de reservas dependem de um longo tempo para serem implementadas, não constituindo, portanto, uma solução emergencial para a atual crise</p><p>Consequências</p><p>1. Segurança alimentar</p><p>A crise hídrica que o Brasil atravessa põe em risco não só o abastecimento de suas cidades, mas também a oferta de alimentos nos mercados do país. Tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos e gerando um aumento de preços destes alimentos.</p><p>O Brasil terá de ampliar seus estoques de alimentos e privilegiar culturas mais resistentes a secas, fenômeno que deve se tornar cada vez mais frequente por causa das mudanças climáticas.</p><p>2. Danos causados por excesso de chuva ou secas</p><p>Minas Gerais atualmente passa por um dos períodos mais conturbados em termo de seca e excesso de chuvas, simultaneamente. Somente a crise hídrica já abarca quase todas as regiões do estado. Ao todo, são 126 municípios em estado de emergência por causa de uma forte seca.</p><p>Entretanto, outras seis cidades encontram-se em estado crítico, não pela seca, mas sim pelos danos causados por temporais nos últimos dias. De acordo com a Defesa Civil estadual, cerca de 2.955 pessoas estejam desabrigadas. Três pessoas já morreram em consequência das chuvas do atual período.</p><p>Em Ituverava, localizada na Zona da Mata, fortes chuvas atingiram 70 famílias e agora as autoridades locais contabilizam os prejuízos, depois de ser decretada situação de emergência</p><p>3. Represas com menos porcentagem de sua capacidade original de armazenagem</p><p>A menos de um mês do fim da estação chuvosa, as reservas de água no Sudeste continuam muito abaixo da série histórica. A situação é ainda pior em Minas, onde o quadro se agravou entre janeiro e fevereiro. Os reservatórios da Região Metropolitana de Belo Horizonte podem entrar em colapso em junho ou julho, segundo a Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais (Copasa). A Grande BH é abastecida principalmente por dois sistemas: o Paraopeba, formado por três reservatórios, e o Rio das Velhas, do qual a companhia retira água diretamente do leito. De 1º de janeiro a 1º de março, o volume de água nos reservatórios do Paraopeba caiu 3,1%.</p><p>Os três reservatórios abastecem juntos 2,3 milhões de pessoas. O Rio das Velhas atende a outras 2,4 milhões. Entre os reservatórios, o Serra Azul tem a pior situação, embora seja o único que se recuperou, em 2,1% de sua capacidade, nos dois primeiros meses do ano. Estava em situação agonizante no fim de janeiro, beirando o volume morto: sua represa tinha trechos com apenas um córrego visível. De lá para cá, a reserva aumentou e está em 9,3% da capacidade total, de 88 milhões de litros. A queda foi mais acentuada (6%) no maior dos reservatórios belorizontinos, o Rio Manso, que pode armazenar até 150 milhões de litros, mas operava com 42,2% da capacidade até a última sexta-feira. O Vargem das Flores, da região de Betim e Contagem, tinha somente 30% do seu total de 43 milhões de litros. Sua represa perdeu no período 3,7 pontos porcentuais.</p><p>1. Desperdício de água pelos minerodutos</p><p>O uso de água pelos minero dutos chama a atenção porque muitas vezes não há o reaproveitamento do recurso hídrico, que é descartado no mar.</p><p>Os quatro projetos de mineração do Estado que têm dutos para o transporte do ferro contam com uma outorga de captação de água suficiente para suprir uma cidade de 1,6 milhão de habitantes</p><p>Atualmente, quatro minerodutos estão em operação com captação de água em rios de Minas Gerais (três da Samarco e um da Anglo American) e outros dois (Ferrous e Manabi) estão em fase de licenciamento ambiental junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). A permissão para captação de água nos cursos de água é concedida pelo Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM), órgão subordinado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).</p><p>Soluções</p><p>I. Minas Gerais adere ao Pacto Nacional pela Gestão das Águas</p><p>Minas Gerais é o mais novo estado a aderir ao Pacto Nacional pela Gestão das Águas com a assinatura do Decreto nº 46.465/2014, de 27 de março. O documento confirma a adesão voluntária ao Pacto, o qual é uma iniciativa da Agência Nacional de Águas (ANA) que disponibilizará cerca de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos para estimular a gestão de recursos hídricos na esfera estadual. A iniciativa da ANA prevê até R$ 3,75 milhões para cada uma das unidades da Federação que aderirem voluntariamente.</p><p>Além de buscar fortalecer institucional e operacionalmente a gestão de recursos hídricos em âmbito estadual e melhorar a articulação entre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) e os sistemas estaduais, o Programa tem o objetivo de construir um sistema nacional para a governança eficaz que garanta a oferta de água em quantidade e qualidade para os brasileiros no presente e no futuro.</p><p>Sabendo das diferenças regionais entre as unidades da Federação, a ANA oferece uma metodologia para que elas possam aderir ao Pacto e se classifiquem de acordo com sua estrutura institucional e com a complexidade do processo de gestão local. Assim, cada estado pode definir suas próprias metas de acordo com as necessidades atuais na área de gestão de recursos hídricos, associadas a uma visão de futuro.</p><p>II. Iniciativa entre ANA e OCDE reforçará a efetividade da gestão de recursos hídricos no País</p><p>A Agência Nacional de Águas (ANA) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) assinaram um acordo para a publicação do Diálogo de Políticas entre a OCDE e o Brasil: Estabelecimento e Governança</p><p>de Instrumentos Econômicos para a Política de Recursos Hídricos.</p><p>Com investimento de 425 mil euros pela ANA até 2017, a iniciativa busca reforçar a efetividade da gestão de recursos hídricos no Brasil por meio de recomendações de políticas de ação. A publicação deverá conter uma avaliação da situação atual desses instrumentos no País e como eles podem ser aperfeiçoados. Também apontará boas práticas internacionais, que sejam relevantes para o Brasil, e mostrará caminhos para que o País melhore a governança da cobrança pelo uso da água.</p><p>O relatório final a ser produzido pela OCDE deverá fazer um balanço sobre o uso dos instrumentos econômicos no Brasil.</p><p>Em setembro, a OCDE lançou na sede da ANA, em Brasília, o relatório “Governança dos Recursos Hídricos no Brasil”, resultado de um diálogo com mais de cem instituições, entre ministérios, órgãos públicos de diferentes níveis de governo, setor privado e sociedade civil. O trabalho resultou em um amplo diagnóstico, e sugestões de atuação, sobre a gestão de recursos hídricos, com foco no Pacto Nacional pela Gestão das Águas e na alocação de água.</p><p>A parceria resultou em recomendações e propostas de aperfeiçoamento sobre alocação de água em bacias hidrográficas, pacto federativo pela gestão das águas, modelos institucionais e o sistema de gestão de recursos hídricos.</p><p>O relatório concluiu que o Brasil alcançou progressos notáveis desde a adoção da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433), em 1997, e a criação da ANA, em 2000.</p><p>III. Lei prevê cobrança pelo uso de recursos hídricos</p><p>As quatro mineradoras com atuação em Minas Gerais que utilizam o mineroduto como meio de escoamento da produção foram procuradas pelo Hoje em Dia. Samarco e Ferrous foram as únicas que não informaram as outorgas que possuem, mas os dados foram informados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).</p><p>A Anglo American, que possui um minero duto em operação, sustenta que parte da água usada nos dutos de transporte de minério de ferro é reutilizada, mas não informa o volume e não detalha como o reuso se tornou viável.</p><p>A Manabi, em resposta aos questionamentos apresentados, ressaltou que nos estudos para verificação da viabilidade de seu projeto de mineração, a avaliação da disponibilidade hídrica foi um dos temas principais, “cercado dos cuidados demandados pela questão, com antecipação das tratativas legais associadas à obtenção da outorga de direito de uso das águas”.</p><p>A proliferação do uso do minero duto surgiu como alternativa para o escoamento da produção, devido aos altos custos do transporte rodoviário para volumes elevados de minério de ferro e à saturação da malha ferroviária.</p><p>O investimento em novos ramais de ferrovias é considerado muito alto, o que assegura atratividade ao minero duto. O ganho logístico gerado pelos minero dutos está ainda no fato de operarem 24 horas por dia, todos os dias.</p><p>A Política Nacional de Recursos Hídricos e a Política Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais, regulamentada pelo Decreto 44.046, de 13 de junho de 2005, estabeleceu a cobrança pelo uso da água, até então sem nenhum ônus para as empresas</p><p>IV. Transposição do Paraíba do Sul</p><p>O governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho fechou um acordo nesta quinta-feira (27) no Supremo Tribunal Federal (STF) para dar início a obras de infraestrutura a fim de reduzir os efeitos da crise hídrica que atinge atualmente a Região Sudeste.</p><p>Pelo acordo, mediado pelo ministro do STF Luiz Fux, o estado deve apresentar até 28 de fevereiro propostas para o enfrentamento da crise de falta d'água. Uma dessas propostas é a transposição do rio Paraíba do Sul A transposição é um projeto do governo paulista que pretende desviar água do rio para abastecer o Sistema Cantareira, que enfrenta uma crise hídrica por conta da estiagem no Sudeste.</p><p>Ele se comprometeu a respeitar, nas obras, estudos de impacto ambiental e realizar ações de compensação ambiental.</p><p>"Nós estamos muito confiantes [...] Temos até fevereiro para arrematar essas garantias para o momento e para o futuro. Reunião muito proveitosa, decisão muito importante. Todos juntos podemos avançar muito mais num conjunto de obras que serão muito positivas", afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao final da audiência de mediação. O Ministério Público Federal do Rio protocolou uma ação civil pública na Justiça Federal pedindo que fosse concedida uma decisão liminar (provisória) para barrar o projeto do governo paulista que prevê a transposição das águas do Paraíba do Sul.</p><p>Na ocasião, a Justiça Federal enviou o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando não ter competência para julgar o caso, já que o rio banha mais de um estado e o fato geraria um conflito federativo.</p><p>Procuradores da República solicitaram, em junho, que a ANA não autorizasse a transposição do rio pelo menos até o que o Ibama realizasse estudos de viabilidade ambiental necessários para avalizar esse tipo de projeto. Ele entendeu que, por ser grave o problema na região Sudeste, era necessária uma audiência de mediação entre as partes envolvidas.</p><p>V. Coletores de água</p><p>Com a atual crise hídrica que atinge todo a país, pessoas têm procurado cada vez mais soluções que supram a falta parcial de água em suas casas. Uma delas pode ser uma máquina criada por um engenheiro que promete transformar o ar em água.</p><p>Criada por Pedro Paulino, a Waterair faz água condensando a umidade do ar. Turbinas aspiram o ar para dentro da máquina e então, as moléculas de água são condensadas. Em seguida, filtros e raios ultravioleta purificam a água, que também recebe sais minerais por meio de outro filtro. Por fim, a água, já potável, é armazenada em um reservatório.</p><p>O único requisito básico para a máquina funcionar é estar ligada a uma fonte de energia elétrica. Quanto mais úmido o ambiente, mais água ela produz. Contudo, de acordo com Paulino, caso a umidade caia para menos de 10%, a máquina não funciona, para evitar o risco de deixar o local muito seco.</p><p>O sistema é o mesmo do que faz a Aozow funcionar. Trata-se de uma outra máquina que se propõe a extrair umidade do ar para fabricar água potável e chegou ao Brasil recentemente.</p><p>Também possui a Waterair que está disponível em dois modelos: um que produz 30 litros por dia, com umidade relativa do ar a 80%; e o maior, que chega a 5 mil litros por dia. As duas custam R$ 7 mil e R$ 350 mil, respectivamente.</p><p>O processo acontece por condensação da água do orvalho, como consequência da oscilação da alta temperatura de dia para a queda de temperatura da noite.</p><p>A estimativa é de que o Warka Water seja capaz de coletar 100 litros de água por dia quando instalado em um clima como o da Etiópia, segundo o arquiteto Arturo Vittori. Um protótipo do item já foi construído no Instituto Italiano de Cultura. A previsão é a de que ele seja instalado definitivamente no continente africano em 2015.</p><p>O sistema não requer alta tecnologia e pode ser aplicado em diversos locais, sendo uma solução acessível para a população.</p><p>Apesar de nenhuma ação ser capaz de estancar o caos imediatamente, medidas adotadas são inspiração para evitar que a falta d'água se torne permanente.</p><p>Racionamento</p><p>O racionamento avança pelo interior do estado e fecha torneiras em pelo menos 75 cidades mineiras. A Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae/MG) já recebeu planos de restrição de fornecimento de 11 municípios e tem informação de que outros 45 estão elaborando seus documentos, a maioria abastecida pela Copasa. Pelo menos outros 19 que têm serviços autônomos de água, não submetidos à regulação da Arsae, também já colocam em prática medidas semelhantes. Em todo o estado, 117 cidades decretaram situação de emergência por causa da seca. Em Viçosa, na Zona da Mata, por exemplo, a situação é tão crítica que a cidade restringiu por decreto festas e o funcionamento de lava-jatos.</p><p>Reaproveitamento da água</p><p>Uma das tecnologias de uso sustentável da água mais difundidas na atualidade</p><p>é a de captação da água da chuva.</p><p>A implantação de barreiros, caso ocorra a aprendizagem das técnicas de construção do barreiro, seus custos não ficam elevados. Quanto a introdução das cisternas rurais nas comunidades, o programa "um milhão de cisternas rurais", iniciativa do governo e sociedade civil do nordeste e norte de Minas Gerais, destaca-se por ter proposto a construção de cisternas de placa para a coleta de água da chuva em comunidades rurais do semiárido brasileiro. Além da cisterna rural, existem outras técnicas de captação como barreiro para irrigação suplementar, barragem subterrânea e cisternas de captação in situ. A barragem subterrânea como aquífero artificial é importante para a reutilização de água no meio rural. Brito (1999, p. 112) cita que estas barragens subterrâneas são definidas como “barreiras formadas por paredes que partem da camada impermeável ou rocha até uma altura acima da superfície da aluvião, de forma que na época das chuvas forma-se um pequeno lago”. O autor ressalta que esta técnica é interessante por ser de baixo custo (estas barragens podem ser feitas com argila, pedra, alvenaria ou lona plástica). Porém, na construção da barragem, alguns fatores devem ser observados como precipitação média de região, vazões dos rios/riachos, granulometria dos solos, dentre outros, sendo necessário auxilio técnico.</p><p>O reuso não potável das águas pode servir para diversas atividades, tais como: agrícolas (recarga do lençol subterrâneo e irrigação de plantas alimentícias), industriais (refrigeração, águas de processos, utilização em caldeiras), recreacionais (irrigação de plantas ornamentais, campos de esportes, parques, enchimento de lagoas ornamentais), domésticos (rega de jardins residenciais e descargas sanitárias) e aquicultura (produção de peixes e plantas aquáticas) e recarga de aquíferos subterrâneos. A substituição da água potável por águas de chuva pode ser feita sem prejuízo a saúde caso sejam tomadas as devidas precauções (ex: utilização de filtro de areia seguido de desinfecção).</p><p>As técnicas indígenas africanas de conservação da água têm ganhado prestígio atualmente. Dentro da diversidade de técnicas, a escolha da prática apropriada deve ser feita de acordo com a quantidade de chuva e sua distribuição, topografia, tipo de solo além dos fatores socioeconômicos. Técnicas tradicionais e sustentáveis de uso da terra e da água africanas, tais como: sistemas de rotação de cultivo, proteção de árvores fixadoras de nitrogênio, terraceamento, sistema Teras, construção de diques e barreiros. Essas práticas, além de terem a função de conservar o solo e água, previnem contra a erosão. O terraceamento é como uma "locação e construção de estruturas no sentido transversal a declividade do terreno com objetivo de reduzir a velocidade da enxurrada e seu potencial de destruição, como também subdividir o escorrimento superficial possibilitando a infiltração da água no solo, aumentando a retenção de água".</p><p>O sistema Teras, também é uma técnica muito usada, que consiste em “construir barreiras de pedras ao redor da colheita para obstruir a descida e escoamento da corrente de água das montanhas, além de favorecer na recarga das águas subterrâneas, na umidade do solo e no controle da erosão. Esta tem como principal objetivo aumentar a produção agrícola das regiões áridas o sistema é particularmente interessante por este ser um dos poucos exemplos de práticas que podem ser empregadas em área bastante extensa.</p><p>Conceituam as "águas cinzas" residenciais como aquelas provindas dos lavatórios, banheiro (pia e chuveiro) e máquina de lavar que podem ser reaproveitadas para fins não potáveis. Conforme o esquema abaixo, as “águas cinzas" podem ser reaproveitadas após simples tratamento com filtro de areia para regar o jardim, reuso na descarga do vaso sanitário e na máquina de lavar.</p><p>Despoluição e Proteção dos mananciais</p><p>O sistema de Jardins Flutuantes, é um tratamento ecológico para despoluição de rios e açudes feito através de "ilhas flutuantes". Estas ilhas possuem plantas aquáticas capazes de filtrar nutrientes. Este sistema revitalizou o Canal Paco, nas Filipinas.</p><p>Elaboração de um programa voltado para a recuperação, proteção e preservação das sub-bacias dos mananciais de forma a garantir sua vida útil e a continuidade de captação de água para abastecimento público e proteção ambiental. Os proprietários rurais são engajados no programa, de modo a formar a consciência ambiental necessária à continuidade das atividades, essencial para obter os resultados pretendidos.</p><p>Com o intuito de ampliar as ações, são realizadas oficinas de educação ambiental e outras atividades educacionais e sensibilizadoras, solidificando ainda mais as ações executadas.</p><p>Conclusão</p><p>É importante saber que essa crise não é culpa de um setor apenas, mas sim, o ápice de décadas de descaso por parte da população e dos líderes políticos agravada por um momento de situação climática desfavorável. Visto isso, é necessário que realmente cada pessoa faça a sua parte no uso consciente dos recursos e no desenvolvimento de ideias que possam melhorar a qualidade do uso da água no nosso país. Fazendo o planejamento de forma adequada, poderíamos evitar problemas, em vez de buscar soluções depois que eles acontecem.</p><p>Simbologia</p><p>PBMC_Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas</p><p>IGAM_Instituto Mineiro de Gestão das Águas</p><p>image5.jpeg</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.png</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p>