Prévia do material em texto
<p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>G U I A C O M P L E T O</p><p>P A R A G E S T Ã O</p><p>A G R Í C O L A</p><p>Clique para mais</p><p>informações</p><p>https://myfarm.com.br/</p><p>https://myfarm.com.br/</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>• O QUE É?</p><p>• PROCESSO ADMNISTRATIVO</p><p>• PLANEJAMENTO</p><p>• ORGANIZAÇÃO</p><p>• DIREÇÃO</p><p>• CONTROLE</p><p>• TECNOLOGIA</p><p>• PLANILHA DE EXCEL</p><p>• NUVEM</p><p>• SOFTWARE DE AGRONEGÓCIO</p><p>• PROCESSO</p><p>• PROCESSO COM O USO DE SOFTWARE DE AGRONEGÓCIO</p><p>• PESSOAS</p><p>• RECEITAS E DESPESAS</p><p>• FLUXO DE CAIXA</p><p>• INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS</p><p>• TOMADA DE DECISÕES NO SEU NEGÓCIO RURAL</p><p>• OBRIGATORIEDADES DO PRODUTOR RURAL</p><p>• LCDPR</p><p>• NF-E</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A gestão agrícola pode representar um grande desafio para o produtor rural,</p><p>sobretudo, quando ele não tem planejamento e visão estratégica do próprio</p><p>negócio.</p><p>No entanto, a automatização desse processo surge como uma alternativa viável</p><p>para simplificar o gerenciamento rural e proporcionar melhores resultados para a</p><p>fazenda.</p><p>Neste E-book você vai entender como funciona o conceito da gestão agrícola e</p><p>como aplicá-lo no dia a dia da sua fazenda.</p><p>Aqui você vai aprender sobre:</p><p>1. Administração no negócio rural;</p><p>2. Informatizando a gestão agrícola com base em 3 pilares fundamentais;</p><p>3. Gestão Financeira;</p><p>4. Gestão de Custos;</p><p>5. Gestão da Produção;</p><p>6. Gestão Operacional;</p><p>7. Gestão de Pessoas;</p><p>8. Software de Gestão Agrícola.</p><p>SUMÁRIO*</p><p>A ADMINISTRAÇÃO</p><p>NO NEGÓCIO RURAL</p><p>INFORMATIZANDO</p><p>A GESTÃO</p><p>AGRÍCOLA COM</p><p>BASE EM 3 PILARES</p><p>FUNDAMENTAIS</p><p>GESTÃO FINANCEIRA</p><p>05</p><p>08</p><p>14</p><p>05</p><p>08</p><p>14</p><p>06</p><p>06</p><p>06</p><p>06</p><p>09</p><p>15</p><p>09</p><p>15</p><p>10</p><p>16</p><p>11</p><p>11</p><p>16</p><p>16</p><p>*CLIQUE NO TEMA OU NA PÁGINA REFERENTE AO ASSUNTO PARA ENCONTRÁ-LO MAIS FACILMENTE</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>• O QUE É?</p><p>• TIPOS DE CUSTOS</p><p>• CUSTO TOTAL</p><p>• CUSTOS X DESPESAS</p><p>• COMO FAZER A GESTÃO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO DA FAZENDA?</p><p>• DEFINIÇÃO DA ATIVIDADE</p><p>• ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS DE PRODUÇÃO</p><p>• CUSTOS FINANCEIROS ADICIONAIS</p><p>• COMO REALIZAR O RATEIO DE CUSTOS?</p><p>• MÉTODOS DE RATEIO DE CUSTOS</p><p>• COMO CALCULAR O RATEIO DE CUSTOS?</p><p>• CUSTOS DIRETO E INDIRETOS</p><p>• MDF-E</p><p>• PLANEJAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA</p><p>• CONTABILIDADE RURAL E SEU PAPEL NA GESTÃO FINANCEIRA</p><p>• EQUIPE</p><p>• INOVAÇÃO</p><p>• TREINAMENTO E ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO</p><p>• LIDERANÇA</p><p>• CONTROLE DA PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE</p><p>• COLHEITA</p><p>• ARMAZENAGEM DOS GRÃOS E CONTROLE DE FRETE E ENTREGAS</p><p>• SILOS</p><p>• TIPOS DE SILOS</p><p>• ENTREGAS E FRETES</p><p>• CONTROLE DE CONTRATOS</p><p>• MERCADO FUTURO</p><p>• BARTER</p><p>• MANEJO DO SOLO</p><p>• CONTROLE DE PRAGAS</p><p>• AGRICULTURA DE PRECISÃO</p><p>• MANUTENÇÕES DE MAQUINÁRIOS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS</p><p>• MANUTENÇÃO</p><p>• O QUE É?</p><p>• COMO ESCOLHER O MELHOR SOFTWARE DE GESTÃO AGRÍCOLA?</p><p>SUMÁRIO*</p><p>GESTÃO DE CUSTOS</p><p>GESTÃO DE PESSOAS</p><p>GESTÃO DE</p><p>PRODUÇÃO</p><p>GESTÃO</p><p>OPERACIONAL</p><p>SOFTWARE DE</p><p>GESTÃO AGRÍCOLA</p><p>20</p><p>17</p><p>17</p><p>18</p><p>39</p><p>29</p><p>31</p><p>35</p><p>42</p><p>20</p><p>39</p><p>29</p><p>32</p><p>35</p><p>43</p><p>21</p><p>40</p><p>30</p><p>32</p><p>36</p><p>21</p><p>40</p><p>30</p><p>36</p><p>21</p><p>30</p><p>37</p><p>21</p><p>21</p><p>23</p><p>23</p><p>23</p><p>24</p><p>25</p><p>31</p><p>*CLIQUE NO TEMA OU NA PÁGINA REFERENTE AO ASSUNTO PARA ENCONTRÁ-LO MAIS FACILMENTE</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>A A D M I N I S T R A Ç Ã O</p><p>N O N E G Ó C I O R U R A L</p><p>0 1</p><p>ADMINISTRAR</p><p>PLANEJAR</p><p>DIRIGIR</p><p>ORGANIZAR</p><p>CONTROLAR</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 5/</p><p>A administração rural no negócio rural é basicamente planejar e controlar as</p><p>operações a partir de uma visão geral da fazenda. Logo, ela é capaz de auxiliar na</p><p>tomada de decisões e contribuir para a melhora de resultados nas propriedades</p><p>rurais.</p><p>O que é administração rural?</p><p>A administração rural consiste em planejar e controlar as operações a partir de uma</p><p>visão geral da fazenda.</p><p>Esse conceito foi adotado no século XX, em universidades de ciências agrárias</p><p>inglesas e americanas. Em resumo, o intuito era avaliar o grau de viabilidade</p><p>econômica das práticas agrícolas.</p><p>Com isso, a gestão se apropriava dos conceitos da administração para aplicá-los à</p><p>área de produção agrícola a fim de manter o controle das operações.</p><p>De modo geral, a administração rural estuda os processos de decisões de ações</p><p>administrativas ligadas ao agronegócio.</p><p>Na prática, ela alia os resultados financeiros à produtividade da lavoura. Isso</p><p>significa que ela se apoia principalmente no controle de recursos globais de forma</p><p>que o administrador alcance os seus objetivos com o mínimo de recursos.</p><p>Estes recursos são:</p><p>1. Recursos materiais;</p><p>2. Recursos humanos;</p><p>3. Recursos financeiros;</p><p>4. Recursos mercadológicos.</p><p>Processo administrativo na fazenda</p><p>Para conseguir administrar uma fazenda com eficiência, é necessário entender os</p><p>processos administrativos de empresas rurais.</p><p>Por isso, vamos te apresentar etapas essenciais da administração rural, mais</p><p>conhecidas como PODC ( Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar).</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 6/</p><p>Planejamento</p><p>No geral, o planejamento é uma etapa que estuda e avalia a situação atual, ao</p><p>mesmo tempo que prevê acontecimentos e define objetivos e metas. Desse modo,</p><p>ele consiste no trabalho de preparação do empreendimento rural a fim de adotar</p><p>métodos e antever as consequências de uma ação.</p><p>Assim, no processo de elaboração do planejamento é possível listar objetivos</p><p>como:</p><p>1. Aumento do bem-estar das famílias envolvidas no negócio;</p><p>2. Aumentar a produtividade em 10%;</p><p>3. Ter o lucro aumentado em R$ 500 mil nos próximos 4 anos;</p><p>Os objetivos são diversos. No entanto, é importante destacar que o planejamento</p><p>deve apresentar os passos que precisam ser seguidos para que os objetivos sejam</p><p>concretizados.</p><p>Para isso, o recomendado é responder os seguintes questionamentos: quem vai</p><p>fazer, o quê, como, quando e onde.</p><p>Organização</p><p>Após a etapa do planejamento é necessário organizar os processos. Esse é</p><p>o momento de agrupar e estruturar todos os recursos e fatores de produção</p><p>disponíveis na fazenda para viabilizar o funcionamento de forma eficiente.</p><p>Melhor dizendo, essa etapa vai definir funções, distribuir tarefas, determinar</p><p>autoridade e responsabilidade, estabelecer normas e regras e estipular fluxos de</p><p>trabalho e linhas de comunicação.</p><p>Direção</p><p>A direção envolve o ato de comandar, gerir ou dirigir a propriedade rural. Dessa</p><p>forma, ela abrange a supervisão da utilização dos recursos da fazenda a fim de</p><p>cumprir a execução das ações planejadas, motivar os trabalhadores, dar apoio e</p><p>orientação, colocar em prática as tarefas e operações planejadas etc.</p><p>Controle</p><p>Em resumo, o controle consiste em um trabalho contínuo, no qual, é registrado e</p><p>avaliado o desempenho de todas as atividades da fazenda. Assim, é possível propor</p><p>correções necessárias no tempo apropriado.</p><p>Nesse contexto, essa atividade envolve o registro e comparação de dados, análise</p><p>de resultados e de adoção de medidas corretivas.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>I N F O R M A T I Z A N D O A</p><p>G E S T Ã O A G R Í C O L A</p><p>C O M B A S E E M 3 P I L A R E S</p><p>0 2</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 8/</p><p>Nos dias atuais, não tem como fugir, a gestão de toda empresa precisa seguir</p><p>as evoluções tecnológicas disponíveis no mercado. Sendo assim, investir</p><p>na informatização do negócio é o primeiro passo para conquistar resultados</p><p>significados na lavoura.</p><p>Antes de tudo, é importante ressaltar que ao decidir informatizar a gestão de uma</p><p>empresa rural é necessário entender que as informações são grandes aliadas no</p><p>processo de decisões assertivas do negócio.</p><p>Logo, para obter sucesso no gerenciamento de uma propriedade, o ideal é que</p><p>todas as informações relevantes do negócio estejam disponíveis de uma forma</p><p>clara e simples.</p><p>Nesse sentido, a informatização vai funcionar como um meio de você ter acesso a</p><p>todos os dados da sua fazenda a fim de ter mais segurança sobre o andamento da</p><p>sua empresa bem como para tomar decisões assertivas na sua gestão.</p><p>Tratam-se de informações simples, do dia a dia da fazenda, como contas a receber</p><p>e a pagar, saldos em conta corrente, para saber se os compromissos assumidos</p><p>poderão ser pagos, saldo de estoque de produção, insumos e combustível</p><p>Então, verifique se ele é fácil de usar e seus recursos podem ser operados de forma</p><p>intuitiva.</p><p>Dessa forma, se você gostar de um software, não deixe de experimentá-lo.</p><p>Aproveite os períodos de testes oferecidos pelas empresas a fim de avaliar se você</p><p>vai conseguir se adaptar as funcionalidades do sistema.</p><p>Vale lembrar que grande parte das empresas oferecem um treinamento para</p><p>ensinar o cliente a utilizar a ferramenta.</p><p>6. Certifique se a empresa trabalha com a Privacidade de dados</p><p>Definitivamente, manter seus dados em segurança é um requisito primordial.</p><p>Por isso, no seu processo de escolha verifique se a empresa fornecedora segue</p><p>as determinações da Lei Geral de Proteção de Dados para de garantir suas</p><p>informações em um ambiente confiável.</p><p>7. Descubra se o software possui Backup em nuvem</p><p>Por fim, ateste se o software de gestão vai permitir que você acesse os seus os</p><p>dados de qualquer lugar, mesmo sem o sinal da internet.</p><p>Caso sim, certamente ele vai promover a realização do backup em nuvem e</p><p>fornecer um armazenamento seguro para prevenir perdas de informações.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>M Y F A R M</p><p>S O F T W A R E D E</p><p>G E S T Ã O A G R Í C O L A</p><p>0 9</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 46/</p><p>O Myfarm é um exemplo de como a tecnologia pode impulsionar os resultados e</p><p>rendimentos da fazenda. Afinal, ele foi desenvolvido para facilitar a gestão agrícola</p><p>e garantir mais lucro e rentabilidade para o negócio.</p><p>Com ele, o produtor consegue administrar diversos setores da propriedade rural</p><p>como as atividades agrícolas, maquinário, financeiro, suprimentos, produção e</p><p>resultados.</p><p>Além disso, o agricultor consegue ter o controle sobre as atividades agrícolas em</p><p>geral, isto é, manutenção de maquinário, emissão de Nota Fiscal Eletrônica, Livro</p><p>Caixa Digital, Resultados da Safra, Gestão Financeira, de Suprimentos e Produção.</p><p>Confira como o MyFarm pode te ajudar:</p><p>Atividades: realiza planejamento e execução das atividades no campo, inclusive de</p><p>forma off-line, obtendo o custo de cada um dos talhões por safra e cultura. Além de</p><p>realizar a gestão dos indicadores climáticos.</p><p>Maquinários: tenha o custo de cada uma das máquinas, médias de consumo de</p><p>combustível e realize a manutenção preventiva da sua frota.</p><p>Financeiro: fluxo de caixa projetado e realizado, contas a pagar e receber, download</p><p>automático das notas emitidas contra o produtor, conciliação bancária, Livro Caixa,</p><p>MDF-e e NF-e.</p><p>Suprimentos: gestão de estoques, históricos de compras, gestão dos pedidos de</p><p>compras, entrada de mercadorias por xml.</p><p>Produção: gestão de estoque da sua produção, gestão dos contratos de venda,</p><p>produção e produtividade por variedade e talhão.</p><p>Resultados: obtenha o resultado da sua safra, a margem de lucro de cada uma das</p><p>culturas e saiba quais os seus maiores custos.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 47/</p><p>Conclusão</p><p>Diante de todas as informações que foram abordadas ao longo deste E-book,</p><p>podemos concluir que a gestão agrícola é composta por vários elementos</p><p>fundamentais no dia a dia da fazenda, que vão desde aspectos financeiros até o</p><p>cuidado com os funcionários que executam as atividades rurais.</p><p>A verdade é que gerenciar tudo isso é um verdadeiro desafio, no entanto, a</p><p>tecnologia tem se mostrado uma grande aliada, uma vez que possibilita a</p><p>administração de todos os elementos que envolvem esse tipo de gestão.</p><p>Um exemplo claro disso, são os softwares de gestão agrícola, que têm ajudado</p><p>muitos produtores rurais a entender como, de fato, funciona o seu negócio, ao</p><p>mesmo tempo que contribuem para a tomada de decisões assertivas, resultando</p><p>em maiores rendimentos na lavoura.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>T E S T E G R A T U I T A M E N T E O</p><p>N O S S O S O F T W A R E A G R Í C O L A</p><p>P O R 7 D I A S :</p><p>CLIQUE AQUI</p><p>Site</p><p>Blog</p><p>Facebook</p><p>Instagram</p><p>YouTube</p><p>LinkedIn</p><p>https://myfarm.com.br/</p><p>https://app.myfarm.com.br/idsvr/Account/Register?client_id=my-farm-clientapp&utm_source=cpc&utm_medium=e-book&utm_campaign=freemium</p><p>https://www.youtube.com/myfarmdigital</p><p>https://myfarm.com.br</p><p>https://myfarm.com.br/blog</p><p>https://www.facebook.com/myfarmdigital</p><p>https://www.instagram.com/myfarmdigital</p><p>https://www.linkedin.com/company/myfarmdigital</p><p>e</p><p>informações estratégicas como a rentabilidade de cada cultura dentro de uma</p><p>safra.</p><p>Isso vai te ajudar a identificar: o talhão mais produtivo, o mais rentável, a melhor</p><p>data para vender a produção, se vale ou não a pena fazer barter, preço médio de</p><p>venda da produção para cada cliente, a variação de preço dos produtos de uma</p><p>safra para outra.</p><p>Em síntese, são informações relevantes, que se centralizadas e de fácil acesso</p><p>fornecerão suporte ao produtor na condução de seu negócio.</p><p>Desse modo, para iniciar o projeto de informatização é necessário atuar em três</p><p>pilares:</p><p>1. Tecnologia;</p><p>2. Processo;</p><p>3. Pessoas.</p><p>Tecnologia</p><p>Diferente do que muitos pensam, a tecnologia não se restringe apenas a uma</p><p>ferramenta capaz de lançar dados. É preciso considerar a infraestrutura que ela</p><p>pode proporcionar para que um sistema funcione de forma adequada.</p><p>Para que fique mais claro, estamos falando de internet, servidores, licenças de</p><p>banco de dados, provedor, nuvem de boa qualidade e software.</p><p>Planilha de Excel</p><p>Não tem como falar sobre a informatização da gestão rural sem fazer um alerta</p><p>sobre os riscos que empresas correm ao utilizar planilhas de excel como única</p><p>ferramenta de gerenciamento de informações.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 9/</p><p>Isso porque caso o gestor faça o lançamento de uma nota fiscal na planilha, por</p><p>exemplo, e precise posteriormente realizar o controle de estoque, contas a pagar e</p><p>receber, fluxo de caixa, contabilidade e livro caixa, provavelmente terá que lançá-</p><p>la em mais de uma planilha para controlar todas essas operações. Diferente de</p><p>um sistema integrado, no qual o lançamento é único e alimenta diversas áreas do</p><p>sistema ao mesmo tempo.</p><p>Nuvem</p><p>Embora ainda exista a crença em relação a segurança de informações na nuvem,</p><p>pelo fato de não termos a cópia física dos dados em mãos, atualmente grandes</p><p>empresas de renome mundial utilizam a nuvem para disponibilizar seus serviços,</p><p>dentre elas podemos citar: Amazon, Google e Microsoft.</p><p>É claro que essa segurança também depende de aspectos como senhas de</p><p>acesso forte. Isso significa que ao acessar a plataforma, é fundamental considerar</p><p>a criação de senhas longas com mesclagem de números, letras maiúsculas e</p><p>minúsculas e símbolos.</p><p>Além disso, no caso de uma fazenda, é fundamental que a região tenha acesso à</p><p>internet disponível. Afinal, de nada adianta contratar um sistema e ter uma conexão</p><p>de péssima qualidade ou não ter internet no local de registro das informações.</p><p>Da mesma forma não adianta adquirir uma solução que seja instalada em um</p><p>servidor que funcione em uma rede interna, se a empresa tem a necessidade de</p><p>acessar as informações de qualquer lugar e em qualquer dispositivo.</p><p>Nesse contexto, o acesso à internet é indispensável para que a solução não só</p><p>atenda as demandas de gestão da fazenda como funcione de forma adequada. Vale</p><p>frisar que alguns sistemas oferecem o serviço para conexões baixa e até mesmo</p><p>com 3G.</p><p>Software de agronegócio</p><p>A grande maioria das pessoas acredita que para ter sucesso no processo de</p><p>informatização de seu negócio, basta adquirir um software que ele sozinho</p><p>resolverá todos os problemas do negócio.</p><p>No entanto, o recomendado é que a escolha de um software esteja muito bem</p><p>alinhada com os processos que a empresa adota em sua rotina.</p><p>Além disso, a escolha de uma solução deve levar em conta a experiência que</p><p>ela possuiu no mercado, pois quanto mais tempo ela estiver atuante, mais terá</p><p>participado de projetos e poderá trazer essa bagagem nas suas ferramentas.</p><p>Ademais, não podemos deixar de lado o tipo de tecnologia adotada para a</p><p>construção das soluções, visto que a empresa fornecedora do software precisa</p><p>estar em constante evolução a fim de oferecer tecnologias mais avançadas do</p><p>mercado.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 10/</p><p>Processo</p><p>O processo trata-se do pilar relacionado as tarefas do dia a dia da fazenda, que</p><p>em grande parte das vezes são realizadas de forma automática e sem padrões</p><p>estabelecidos.</p><p>Os padrões são importantes para definir quem, como e com que periodicidade</p><p>determinada atividade deve ser executada. Assim, ele garante resultados</p><p>expressivos na gestão do negócio.</p><p>Vamos aos exemplos práticos para que você entenda melhor:</p><p>Imagine que uma máquina quebrou no meio da safra, o que deve ser feito? O mais</p><p>usual que percebemos nas fazendas é o produtor ir na revenda de peças, comprar a</p><p>peça, consertar a máquina e continuar as operações de campo.</p><p>Sem se preocupar com os demais procedimentos, isto é, não negociar preço, não</p><p>pegar a nota e deixar para gerar no final do mês uma fatura de todas as compras</p><p>realizadas.</p><p>Então, chega o final do mês, e quando o produtor se depara com os valores de</p><p>gastos referentes as manutenções, tem uma grande surpresa. Se a sua memória</p><p>não for boa, provavelmente não saberá mais em que máquina foi utilizada cada</p><p>peça, muito menos o real custo de cada uma delas.</p><p>Além disso, não estará com o fluxo de caixa ajustado para a quitação do débito, e</p><p>como consequência terá que recorrer a seus recursos financeiros ou realizar uma</p><p>venda de produção antecipada pelo preço do dia.</p><p>No entanto, se houvesse um processo por trás dessa gestão, o procedimento seria</p><p>outro. Sendo assim, antes do início da safra alguns cuidados seriam tomados:</p><p>1. Negociação com o fornecedor de peças de confiança um desconto nas compras</p><p>emergências e um prazo de pagamento diferenciado, como por exemplo, 45 dias</p><p>após a compra. Além disso, teria sido combinado qual o vendedor atenderia sua</p><p>demanda.</p><p>2. Na hora da quebra da máquina teria sido enviada, de imediato, uma mensagem</p><p>ao vendedor solicitando a separação da peça e a emissão da nota fiscal.</p><p>3. Após buscar a peça, teria sido anotado na nota fiscal emitida, para qual máquina</p><p>as peças foram destinadas.</p><p>4. Em seguida, teria sido realizado o conserto da máquina e continuação das</p><p>operações.</p><p>5. Por fim, o registro da nota fiscal em um software de agronegócio, já informando</p><p>para qual máquina esse custo foi direcionado e alimentado o contas a pagar e</p><p>fluxo de caixa.</p><p>Nas duas formas de atuar, o problema foi resolvido, a máquina foi consertada e</p><p>as operações continuam sendo realizadas, mas notem que se realizar o segundo</p><p>procedimento, que é simples, teremos o custo de cada uma das máquinas e</p><p>também a previsão de fluxo de caixa ajustado o vencimento para 45 dias.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 11/</p><p>Processo com o uso de um software de agronegócio</p><p>Embora o processo utilizado anteriormente seja eficaz, é possível melhorar ainda</p><p>mais.</p><p>A começar pela análise de gastos antes do início da safra…</p><p>O processo na gestão da fazenda deve começar antes mesmo do início da safra</p><p>por meio da análise de gastos com a manutenção de máquinas e identificação de</p><p>peças que precisam de reposição no estoque.</p><p>Logo, é preciso verificar qual o preço foi pago pelas últimas peças compradas.</p><p>Com base nisso, é possível realizar uma cotação com os principais fornecedores,</p><p>inclusive de outras regiões, a fim de conseguir descontos e prazos ainda melhores,</p><p>por vezes até o prazo da safra.</p><p>Em seguida, o recomendado é realizar a compra e utilizar um sistema de gestão</p><p>agrícola para registrar os dados em contas a pagar, fluxo de caixa projetado e</p><p>estoque.</p><p>O que muda agora é que quando a máquina quebrar, o estoque já está abastecido e</p><p>a peça estará disponível para a realização do conserto.</p><p>Por fim, registra-se em qual máquina a peça foi utilizada, a baixa no estoque e</p><p>alimentação no custo da máquina naquele momento. O resultado são os dados</p><p>perfeitamente organizados e de fácil acesso em um software agrícola para</p><p>simplificar a gestão como um todo.</p><p>Esse processo ajuda a diminuir o tempo de conserto da máquina, já que a peça já</p><p>estaria em mãos e o custo de manutenção do maquinário. Alguns estudos apontam</p><p>que com esse procedimento é possível reduzir os custos entre 10 e 20%.</p><p>Pessoas</p><p>Após definir a tecnologia e os processos que serão adotados</p><p>nas rotinas diárias,</p><p>chegamos ao terceiro pilar, as pessoas. Afinal, são elas as responsáveis por realizar</p><p>as tarefas utilizadas nos processos e na tecnologia.</p><p>Por mais difícil que seja engajar as pessoas para realizar as atividades dentro</p><p>de um padrão estabelecido, o papel delas é essencial para obter resultados na</p><p>informatização.</p><p>Um dos principais problemas está relacionado a capacitação dos funcionários, que</p><p>muitas vezes possuem baixa escolaridade e podem ter dificuldade para se adaptar</p><p>com atividade como o registro de dados no sistema.</p><p>Nesse sentido, o primeiro passo é explicar para o funcionário por qual motivo</p><p>deve ser realizado o registro daquela atividade, a sua importância e o ganho que a</p><p>empresa terá com por meio dessa tarefa.</p><p>O segredo é fazer com que o colaborador se sinta parte do negócio e deixar claro o</p><p>valor que aquela atividade tem para a empresa. Um exemplo simples, é o registro de</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 12/</p><p>abastecimentos com horímetro e quantidade.</p><p>É importante explicar que ao fazer os comparativos de consumo de combustível</p><p>entre as máquinas é possível identificar a marca e modelo que consome menos.</p><p>Logo, quando a empresa optar por adquirir uma nova, escolherá a que apresentar o</p><p>menor consumo.</p><p>Assim, o colaborador vai entender o porquê está desempenhando aquela tarefa e</p><p>a sua importância para o dia a dia do negócio. O que é diferente de simplesmente</p><p>“jogar” a tarefa na mão dele sem explicar nada.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>G E S T Ã O</p><p>F I N A N C E I R A</p><p>0 3</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 14/</p><p>Em síntese, a gestão financeira pode ser definida como um processo que faz a</p><p>projeção de receitas, despesas, análise do cenário estabelecido bem como a</p><p>determinação de metas baseada nesses dados.</p><p>Sendo assim, a partir da gestão financeira, a empresa rural consegue:</p><p>1. Ter clareza em relação a todas movimentações financeiras;</p><p>2. Entender melhor os resultados;</p><p>3. Ter objetivos financeiros mensuráveis;</p><p>4. Controlar as entradas e saídas de recursos;</p><p>5. Abordar o orçamento de modo mais dinâmico e eficaz.</p><p>Receitas e despesas</p><p>As receitas são definidas como entradas de dinheiro na empresa rural durante um</p><p>determinado período. No geral, elas são geradas pelos seguintes meios:</p><p>1. Venda de produtos agropecuários e de subprodutos das atividades (esterco,</p><p>palhas etc.);</p><p>2. Prestação de serviços (aluguel de máquinas e implementos);</p><p>3. Arrendamento de terra;</p><p>4. Aplicação de recursos financeiros temporariamente ociosos no mercado de</p><p>capitais (receitas financeiras).</p><p>Por outro lado, as despesas são todos os gastos de recursos, durante um</p><p>determinado período de tempo, para a aquisição e a obtenção dos fatores de</p><p>produção e a sua comercialização (insumos, serviços, embalagens etc.).</p><p>Assim, ao contrário do que ocorre com as receitas, as despesas do setor</p><p>agropecuário acontecem, geralmente, desde o início do processo produtivo até a</p><p>comercialização do produto final.</p><p>Nesse sentido, registrar receitas e despesas é essencial, afinal é por meio delas</p><p>que o produtor consegue ter uma noção clara sobre a real situação do seu negócio,</p><p>bem como, se há a necessidade de fazer investimentos ou aderir a financiamentos.</p><p>Fluxo de Caixa</p><p>Em síntese, podemos afirmar que o fluxo de caixa é uma ferramenta de controle</p><p>financeiro utilizada para saber as entradas e as saídas de caixa que a empresa ou o</p><p>negócio rural tem diariamente.</p><p>Além disso, os cálculos realizados no fluxo de caixa, basicamente, são de soma e de</p><p>subtração. Portanto, o produtor poderá somar as entradas e subtrair as saídas para</p><p>saber o saldo final daquele dia, semana, mês ou ano.</p><p>Dessa forma, organizar o fluxo de caixa da fazenda vai possibilitar o controle</p><p>diário das finanças do negócio e proporcionar uma previsão do futuro financeiro</p><p>do negócio rural, permitindo assim, ações preventivas, saneadoras e melhor</p><p>aproveitamento das sobras de caixa.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 15/</p><p>Para isso, é fundamental:</p><p>Registrar todas as movimentações financeiras: pagamentos, recebimentos,</p><p>gastos com manutenção, escritório, frete etc. Além disso, registre as suas fontes</p><p>de receita, isto é, tudo o que foi produzido e vendido.</p><p>Categorizar todas as entradas e saídas: separe cada movimentação conforme as</p><p>suas destinações. Logo, os gastos com fornecedores devem ficar separados dos</p><p>administrativos.</p><p>Acompanhar a verificação do fluxo: confira periodicamente registros de boletos,</p><p>comprovantes e outros.</p><p>Investimentos e financiamentos</p><p>Podemos afirmar que os investimentos são os gastos feitos para a obtenção</p><p>de recursos necessários às atividades agropecuárias, desde que sua utilização</p><p>ultrapasse um ciclo produtivo, isto é, os recursos são usados por mais de um</p><p>período de produção.</p><p>Contudo, as atividades de investimento são executadas com o intuito de dar</p><p>suporte às atividades operacionais, sendo assim, possuem permanente e de longo</p><p>prazo. Logo, sem esses investimentos, as atividades de operação podem não ser</p><p>realizadas adequadamente.</p><p>Já os financiamentos podem ser definidos como os recursos financeiros</p><p>provenientes de terceiros, que o empresário busca para atender as necessidades</p><p>produtivas. Assim sendo, o produtor rural, tem acesso a ele por meio de alguns</p><p>tipos de crédito disponíveis, como o crédito rural e os empréstimos pessoais, por</p><p>exemplo.</p><p>Em geral, as atividades de financiamento são executadas para suprir a empresa</p><p>de recursos consumidos nas atividades operacionais e de investimento. Com isso,</p><p>uma parte dos recursos pode ser paga com o caixa gerado pelas operações.</p><p>Tomada de decisões no seu negócio rural</p><p>Em síntese, a tomada de decisão é uma etapa essencial e qualquer negócio rural.</p><p>Sendo assim, ela consiste em um processo que visa:</p><p>1. Identificar o problema e os critérios;</p><p>2. Definir a forma de elaborar, analisar e escolher as alternativas;</p><p>3. Verificar a eficácia da decisão.</p><p>Todo esse processo deve ser realizado com base em dados obtidos no dia a dia da</p><p>gestão financeira. Por isso, a importância de coletar dados e organizá-los de forma</p><p>que o produtor ou gestor da fazenda consiga tomar decisões segura para beneficiar</p><p>o desenvolvimento do negócio.</p><p>Vale destacar que o planejamento e o controle financeiro consistem em</p><p>coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa (como a operação,</p><p>o investimento e o financiamento). Além disso, participa ativamente das decisões</p><p>estratégicas, planejando as atividades a longo prazo e mensurando os riscos em</p><p>relação ao retorno esperado.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 16/</p><p>Assim, não se trata apenas de manter atualizados os registros financeiros (como</p><p>os gastos e as receitas). Ela também envolve a análise das causas de variação de</p><p>valores em relação ao planejamento, bem como a realização de ajuste, a fim de</p><p>eliminar causas indesejáveis e minimizar gastos e melhorar os ganhos.</p><p>Obrigatoriedades do Produtor Rural</p><p>Entre as principais obrigatoriedades fiscais do produtor rural estão o Livro Caixa</p><p>Digital do Produtor Rural (LCDPR), Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e o Manifesto</p><p>Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e). Entenda como cada um funciona.</p><p>LCDPR</p><p>O Livro Caixa do Produtor Rural pode ser definido como a soma de registros de</p><p>entrada e saída de dinheiro na propriedade rural, lançados de forma cronológica</p><p>(dia, mês e ano).</p><p>Neste livro é feito o controle de todos os lançamentos que envolvem a atividade</p><p>agrícola. Desse modo, todos os pagamentos de despesas e pessoal devem ser</p><p>anotados nesse documento.</p><p>De modo geral, ele tem como objetivo apurar todos os resultados das atividades</p><p>que foram desenvolvidas no campo como investimentos, as receitas, as despesas e</p><p>outros custos.</p><p>Vale lembrar que ele deve ser apresentado obrigatoriamente ao governo. Portanto,</p><p>caso o produtor deixe de apresentar o Livro Caixa digital do Produtor Rural dentro</p><p>do prazo estabelecido, ele terá que pagar multas e penalidades previstas na lei.</p><p>Dentre as</p><p>penalidades se enquadram a suspensão ou a cassação da inscrição do</p><p>produtor rural e multas nos valores:</p><p>R$ 100,00 por mês-calendário ou fração, por apresentação fora do prazo;</p><p>R$ 500,00 por mês-calendário, por não cumprimento à intimação da Receita</p><p>Federal para cumprir obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos nos</p><p>prazos estipulados;</p><p>1,5%, não inferior a R$ 50,00, do valor das transações comerciais ou das operações</p><p>financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação a quais sejam</p><p>responsáveis tributários, no caso de informação omitida, inadequada ou</p><p>incompleta.</p><p>NF-e</p><p>A nota fiscal eletrônica, nada mais é do que a versão digital das notas fiscais</p><p>tradicionais. Logo, ela dispensa a impressão de documentos físicos, favorecendo a</p><p>redução de custos e riscos de extravio.</p><p>Sua implementação no Brasil aconteceu em 2006, com objetivo de substituir</p><p>a versão tradicional de papel e registrar transações comerciais de forma ágil e</p><p>automatizada.</p><p>Contudo, para os produtores rurais, ocorreu em 2018, onde ficou conhecida como</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 17/</p><p>NFP-e, ocupando tanto o lugar tanto da NF Avulsa Eletrônica, quanto da NF de</p><p>produtor rural em blocos de notas.</p><p>Por ser obrigatória, o produtor que não emitir esse documento fica sujeito ao</p><p>pagamento de multas que corresponde a 5% do preço total da mercadoria.</p><p>MDF-e</p><p>O Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais, conhecido como MDF-e, trata-se de</p><p>um documento obrigatório requisitado pela Secretaria da Fazenda e Planejamento</p><p>(SEFAZ) a fim de facilitar a fiscalização do transporte de cargas em território</p><p>nacional.</p><p>Nesse sentindo, o MDF-e serve para descomplicar processos de vistoria de</p><p>mercadorias que anteriormente eram muito burocráticos. Além disso, cumpre a</p><p>função de reunir todos os Ctes e NFes (Notas Fiscais Eletrônicas) existentes para</p><p>entregas de mercadorias em um ou mais estados do país.</p><p>Sendo assim, ao aderir à Nota Fiscal Eletrônica, a emissão de MDF-e para Produtor</p><p>Rural se torna obrigatória no transporte de bens ou mercadorias realizados</p><p>em veículos próprios ou arrendados, ou até mesmo, mediante contratação de</p><p>transportador autônomo de cargas.</p><p>Planejamento na gestão financeira</p><p>Como você pôde observar, a gestão financeira envolve diversos aspectos e para</p><p>que ela funcione com eficácia é necessário que haja planejamento.</p><p>Assim como em qualquer empreendimento, o gestor de uma propriedade rural deve</p><p>realizar o planejamento a partir de alguns pontos como:</p><p>1. Levantamento de dados;</p><p>2. Elaboração do diagnóstico da propriedade rural;</p><p>3. Interpretação dos indicadores econômicos;</p><p>4. Definição de objetivos e metas;</p><p>5. Elaboração dos planos de ação para atingir metas.</p><p>O planejamento na gestão financeira está diretamente ligado à tomada de decisões</p><p>assertivas do produtor rural. Trata-se de estratégias que devem se pensadas e</p><p>estabelecidas para evitar transtornos e prejuízos para a fazenda.</p><p>Sua importância está relacionada ao processo de gestão de uma propriedade, que</p><p>é composta elementos vivos, como as plantas, os animais e as pessoas, que por</p><p>sinal, possuem dinâmicas próprias de desenvolvimento.</p><p>Assim, quando o produtor decide atuar por meio de um planejamento, ele afina</p><p>essas dinâmicas próprias em prol de objetivos em comum, que resultam em um</p><p>objetivo maior do negócio.</p><p>Ademais, o planejamento permite que o gestor tenha o controle sobre situações</p><p>que envolvem o dia a dia da fazenda. Como resultado, consegue tomar decisões que</p><p>agregam positivamente o crescimento do empreendimento rural.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 18/</p><p>Contudo, é importante fazer um alerta sobre as consequências que uma má gestão</p><p>financeira, feita sem planejamento, pode provocar para o negócio rural. Confira!</p><p>1. Comprometer a capacidade do negócio dar lucros;</p><p>2. Falta de visibilidade sobre as finanças;</p><p>3. Aumento das despesas e do endividamento;</p><p>4. Menor disponibilidade para investimentos;</p><p>5. Perda da competitividade;</p><p>6. Piora na resposta a imprevistos financeiros;</p><p>7. Complicações ou falência do negócio.</p><p>Sem dúvidas, a falta de um planejamento e controle financeiro da fazenda pode</p><p>gerar enormes prejuízos para a propriedade rural. Então, se você ainda não</p><p>começou a organizar suas finanças, é bom pensar sobre o assunto.</p><p>Contabilidade Rural e o seu papel na gestão financeira</p><p>A contabilidade é como se fosse o médico das finanças, ou seja, o contador vai</p><p>cuidar da saúde do seu negócio para que o produtor tenha tempo de focar em</p><p>outras áreas estratégicas.</p><p>No agronegócio, seu atendimento é voltado para os empresários dos setores</p><p>agrícola, zootécnico, agropecuário e agroindustrial.</p><p>Sendo um dos problemas mais desafiadores a ausência de controle na divisão das</p><p>despesas, por parte dos agricultores, que podem, inclusive, levar ao fracasso de</p><p>muitos negócios.</p><p>Nesse cenário, o profissional contábil serve para auxiliar o empreendedor rural a</p><p>cuidar dos aspectos que citamos acima como fluxo de caixa, obrigações fiscais,</p><p>receitas e despesas, entre outros.</p><p>Alguns problemas comuns encontrados nas propriedades rurais são:</p><p>1. Falta de registros contábeis como gastos com manutenção de equipamentos;</p><p>2. Mistura de patrimônios (nunca se deve misturar as suas despesas pessoais com</p><p>as despesas da pessoa jurídica);</p><p>3. A negligência dos tributos.</p><p>É importante ressaltar que a contabilidade na atividade rural é fundamental para</p><p>manter os devidos serviços registrados e com controle financeiro, uma vez que,</p><p>auxilia em tomadas de decisões, no gerenciamento de relatórios, organização</p><p>de dados como despesas, receitas, lucros e toda a parte burocrática referente a</p><p>empresa.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>G E S T Ã O</p><p>D E C U S T O S</p><p>0 4</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 20/</p><p>A gestão de custos é um elemento essencial tanto para os bons resultados</p><p>relacionados a produção agrícola como para a administração financeira da</p><p>propriedade rural.</p><p>No geral, ela é capaz de contribuir para o desenvolvimento da fazenda como todo,</p><p>sobretudo, porque oferece uma visão ampla sobre o negócio.</p><p>O que é custo?</p><p>O custo pode ser definido como a remuneração de recursos financeiros, humanos e</p><p>materiais aplicados na produção.</p><p>De modo geral, é o valor expresso de atividades, serviços e insumos consumidos</p><p>na realização de um bem ou serviço. Logo, ele pode ser definido por meio da</p><p>somatória de remunerações aos funcionários, impostos, fornecedores e etc.</p><p>No cotidiano da fazenda, podemos citar como exemplo os custos da compra de um</p><p>adubo para plantio ou pagamento da mão de obra.</p><p>Tipos de Custos</p><p>Na prática, os custos podem ser classificados em custos fixos e custos variáveis.</p><p>Veja a seguir:</p><p>Custos Fixos</p><p>Os custos fixos são aqueles que existem independente de produção ou venda.</p><p>Sendo assim, não sofrem variações conforme a quantidade produzida ou vendida.</p><p>Dessa forma, a identificação desses custos pode feita por meio da relação de</p><p>gastos fixos. Como exemplo, temos: mão de obra permanente, manutenção de</p><p>bens permanentes, Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e etc.</p><p>Uma recomendação importante, para evitar erros, é ratear, ou seja, dividir os</p><p>custos fixos de cada atividade, de acordo com o uso dos recursos para produção.</p><p>Principais custos fixos: depreciação, arrendamento, seguro sobre o capital fixo,</p><p>mão de obra permanente, taxas e impostos fixos.</p><p>Custos Variáveis</p><p>Os custos variáveis são aqueles que decorrem da produção e da venda. Desse</p><p>modo, basta lembrar que eles acompanham o crescimento da produção e das</p><p>vendas. O motivo é simples, quanto mais se produz, maior é a quantidade de</p><p>insumos necessários para a produção.</p><p>Para calcular esses custos é necessário:</p><p>1. Listar todos os insumos necessários para produzir e os serviços com a</p><p>comercialização dos produtos;</p><p>2. Computar a quantidade de cada insumo ou serviço de acordo com o que</p><p>pretende produzir e vender;</p><p>3. Atribuir um valor mais próximo da realidade para as despesas que especificar.</p><p>Principais custos variáveis: reparo de máquinas e equipamentos, combustível,</p><p>implementos e utensílios, mão de obra temporária, insumos, transporte externo,</p><p>armazenagem.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 21/</p><p>Custo Total</p><p>O custo total consiste na soma do custo fixo e do custo variável.</p><p>Custos x Despesas</p><p>Embora pareçam ser a mesma coisa. Custos e despesas são diferentes. Veja!</p><p>Custos: soma dos gastos necessários para produzir.</p><p>Despesas: gastos necessários para a obtenção de receita. Sendo assim, está</p><p>relacionada aos gastos com despesas gerais e administrativas como: aluguel,</p><p>telefone, água, luz e etc.</p><p>Como fazer a gestão de custos de produção da fazenda?</p><p>Antes de iniciar a gestão de custo de produção da sua fazenda, é importante se</p><p>CF + CV = CT</p><p>Custo Fixo Custo Variável Custo Total</p><p>atentar para os objetivos que estão por trás dessa operação:</p><p>1. Fornecer informações sobre a rentabilidade e o desempenho de diversas atividades</p><p>agrícolas;</p><p>2. Auxiliar no planejamento, controle e desenvolvimento das operações;</p><p>3. Fornecer dados para tomada de decisões.</p><p>Definição da atividade</p><p>Para começar, é necessário responder a três questionamentos básicos: “O que</p><p>produzir?”, “Como produzir?” e “Quanto produzir?”. O intuito é garantir mais eficiência</p><p>econômica para obter lucros maiores.</p><p>Nessa etapa, serão determinados as atividades empregadas, métodos praticados,</p><p>quantidade de insumos, maquinaria, mão de obra, entre outros. Além disso, também</p><p>pode ser analisado até quanto pode-se utilizar determinado componente da produção</p><p>para alcançar maior produtividade.</p><p>Elaboração da planilha de custos de produção</p><p>A elaboração da planilha de custos vai ser definida conforme a realidade de cada</p><p>negócio. Vamos usar o exemplo da cultura de feijão (BRS Estilo). Sendo assim, foi</p><p>estabelecido critérios conforme as fases de implantação e manejo da safra.</p><p>Para isso, utilizamos as fases do pré-plantio, plantio, tratos culturais, colheita, pós-</p><p>colheita e custos financeiros adicionais.</p><p>No mais, o custo médio, por hectare, foi de R$ 4.562,14, equivalente a 44,60 sc. de 60 kg.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 22/</p><p>Já os valores dos componentes da produção e equivalência do produto, em saca de</p><p>60 kg, estão apresentados na Tabela 1.</p><p>Pré – plantio ( Calagem, Terraceamento, Dessecação)</p><p>Conforme verifica-se na Tabela 1, o custeio do pré-plantio, que compreendeu a</p><p>aplicação de calcário, terraceamento para conservação do solo, dessecação para</p><p>limpeza da área, valor de mão de obra e operações com máquinas, totalizou em R$</p><p>403,84, por hectare, o que representa 8,86% do custo total do sistema de produção</p><p>e valor equivalente a 3,95 sc. de 60 kg.</p><p>Plantio</p><p>No geral, para a realizar o plantio foram gastos R$1.036,31, por hectare, valor</p><p>equivalente a 10,13 sc. de 60 kg, representando 22,72% do custo total de produção</p><p>do sistema. Sendo que, o plantio compreende o tratamento de sementes, adubação</p><p>com NPK, operações com máquinas, mão de obra e sementes.</p><p>Tratos Culturais</p><p>Nos tratos culturais ou a condução da lavoura, que são as atividades para controle</p><p>de formigas, plantas daninhas, pragas e doenças, adubação de cobertura, irrigação,</p><p>mão de obra e operações com máquinas, foram gastos R$ 1.639,49, por hectare, do</p><p>total do custo de produção do sistema. Este valor representa 35,94% do valor total,</p><p>ou seja, é equivalente a 15,35 sc. de 60 kg.</p><p>Colheita</p><p>A colheita foi mecanizada, totalizando juntamente com a mão de obra e a</p><p>quantidade de sacaria, R$ 980,17 por hectare. Este custo representa 21,48% do</p><p>custo total de produção do sistema ou valor equivalente a 9,58 sc. de 60 kg.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 23/</p><p>Pós-colheita</p><p>Para a pós-colheita, que compreende o transporte da produção da propriedade ao</p><p>armazém e o armazenamento dos grãos, foram gastos R$ 250,97/ha, ou seja, 2,45</p><p>sc. de 60 kg ou 5,50% do custo total do sistema de produção.</p><p>Custos Financeiros Adicionais</p><p>Os custos adicionais financeiros totalizaram R$ 251,38/ha. Nestes custos estão</p><p>incluídos Proagro, assistência técnica, juros e INSS, representando 5,51% ou valor</p><p>equivalente a 2,46 sc. de 60 kg, do custo total.</p><p>Como realizar o rateio de custos?</p><p>O rateio de custos é basicamente um método utilizado para separar custos, seja na</p><p>precificação ou na gestão da empresa.</p><p>Na prática, ele consiste na divisão proporcional dos custos de acordo com as</p><p>demandas da execução de cada projeto ou serviço.</p><p>Afinal, todos os serviços envolvem custos diretos e indiretos e alguns deles</p><p>necessitam de mais recursos que outros. O rateio é usado para que haja divisão</p><p>correta a fim de garantir mensuração exata das receitas e despesas.</p><p>De modo geral, quando tratamos de propriedades rurais é comum que várias</p><p>atividades sejam exercidas ao mesmo tempo. Cada uma delas envolve um custo</p><p>específico, que somado aos demais resultarão no custo total da fazenda.</p><p>O rateio de custos ajuda a entender como está o andamento de cada atividade e</p><p>identificar o que precisa ser melhorado e onde é necessário economizar ou investir.</p><p>Para isso, ele vai separar os custos de acordo com atividade exercida, área ou</p><p>categoria. Dessa forma, será possível analisar o lucro de cada uma delas bem como</p><p>o retorno que elas proporcionam para a fazenda.</p><p>Métodos de rateios de custos</p><p>No geral, vários métodos podem ser utilizados para aplicar o rateio de custo na</p><p>gestão rural. No entanto, alguns são mais tradicionais como:</p><p>Rateio por Absorção: esse provavelmente é o método mais usado. Em resumo, ele</p><p>simplesmente divide os custos igualmente pelos itens analisados. Logo, é o mais</p><p>intuitivo de todos.</p><p>Rateio por Headcount: considerado uma variação do custeio por absorção, ele foca</p><p>na quantidade membros da equipe. Tipicamente, envolvido com gestão de projetos</p><p>e consultoria.</p><p>Rateio por Atividade: mais abrangente e complexo, ele visa aferir o uso de um</p><p>determinado custo para fazer a separação. Por exemplo, quanto cada linha de</p><p>produção usou de uma máquina por mês.</p><p>Rateio por Faturamento: outra forma também muito comum é usar o faturamento</p><p>como critério para divisão dos custos. Vamos supor que você tem dois produtos A e</p><p>B. Se A fatura o dobro de B, ele também vai ser responsável pelo dobro de custos.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 24/</p><p>Como calcular rateio de custos?</p><p>Para entender como é feito o cálculo de rateio de custos, é necessário esclarecer o</p><p>que significa custos diretos e custos indiretos.</p><p>Custos diretos: são identificados com precisão no produto acabado por meio um</p><p>método de custeio ou critérios de medição. Exemplos: horas de mão de obra; quilos</p><p>de rações; gastos com funcionamento de manutenção de máquinas.</p><p>Custos indiretos: são aqueles necessários à produção, geralmente associado</p><p>a mais de um produto, porém alocáveis arbitrariamente por meio de sistema de</p><p>rateio, estimativa e outros. Exemplos: salários de técnicos, materiais e produtos de</p><p>alimentação, higiene e limpeza (pessoal e instalações).</p><p>Então, só para exemplificar como é feito o rateio de custos vamos utilizar o método</p><p>de rateio por absorção.</p><p>Vamos supor que uma empresa explore exclusivamente a atividade agrícola cultura</p><p>temporária. E mais, ao realizar a gestão financeira, ela já separou as despesas dos</p><p>custos de produção.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 25/</p><p>Vamos utilizar o custo de absorção por hectares plantados em cada cultura, ou</p><p>seja, plantamos 700 hectares de soja e 400 de milho totalizando 1.100 hectares</p><p>plantados na safra. Sendo assim, vamos apropriar 63,64% dos custos para a soja e</p><p>36,36% para o milho, ficando assim os custos em cada cultura:</p><p>Como utilizamos o custo de absorção para todas as contas, o custo por hectare das</p><p>duas culturas ficaram idênticos, R$ 3.440,85. O método de rateio da forma que foi</p><p>utilizado não é o mais correto para apuração dos custos, deve ser utilizado somente</p><p>quando não existe nenhuma forma de apurar quais foram os custos diretos</p><p>apontados para cada uma das culturas,</p><p>mas pode sim ser aplicado para os custos</p><p>indiretos.</p><p>Custos diretos e indiretos</p><p>Agora vamos dividir a planilha também em custos diretos e indiretos e aplicar o</p><p>custo de absorção somente nos custos indiretos, para verificarmos qual a diferença</p><p>dos custos apurados.</p><p>PLANILHA PRÓXIMA PÁGINA</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 26/</p><p>* Os custos de combustível, mão de obra e manutenção de máquinas e equipamentos, utilizamos a</p><p>absorção por hectares plantados, mas o ideal é que este custo seja rateado por horas trabalhadas</p><p>em cada uma das culturas, caso exista a possibilidade deste nível de controle.</p><p>** O custo de fertilizantes há controvérsias quanto a utilização do custo de absorção ou ser</p><p>considerado custo direto da primeira cultura da safra. Utilizamos a absorção em nosso exemplo.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 27/</p><p>Note que houve variações nos custos quando utilizamos o custo de absorção</p><p>somente no custo indireto. No custo da soja o custo por hectare passou de R$</p><p>3.440,85 para R$ 3.617,14, no caso do milho o custo baixou para R$ 3.132,34, o que</p><p>traduz mais a realidade.</p><p>Logo, quanto menos utilizamos qualquer modalidade de rateio nos custos, mais</p><p>correto as informações estarão, mais existem contas que realmente necessitam</p><p>ser determinadas por um critério de rateio, pois não existem formas de</p><p>apontamento direto na cultura.</p><p>Por fim, vamos realizar uma estimativa de produção e de comercialização dos</p><p>grãos, para identificar qual a cultura, neste cenário hipotético foi mais vantajosa.</p><p>No cenário acima, nota-se que a cultura que deu maior rentabilidade por hectare foi</p><p>a soja, mas lembrando que utilizamos o custo de absorção por hectares plantados</p><p>para os custos indiretos, caso utilizamos outros métodos de rateio para estes</p><p>custos, os resultados poderiam ser diferentes.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>G E S T Ã O D A</p><p>P R O D U Ç Ã O</p><p>0 5</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 29/</p><p>Na gestão de produção vamos tratar de fatores como o controle de produção e</p><p>produtividade, colheita, armazenagem de grãos, controle de fretes e entregas e</p><p>controle de contratos de vendas.</p><p>Controle da Produção e Produtividade</p><p>Uma das tarefas primordiais da fazenda é o controle de produção e produtividade.</p><p>Dessa forma, é preciso ter conhecimento sobre tudo o que é produzido e como a</p><p>produção é escoada por toda cadeia de distribuição, isto é, a logística.</p><p>Com base nisso, o administrador consegue descobrir gargalos e pontos que</p><p>necessitam ser aprimorados a fim de otimizar os custos e eliminar desperdícios.</p><p>A partir desse controle, é possível mensurar os resultados vai ajudar o produtor a</p><p>analisar se o que foi implementado na gestão atingiu as expectativas. Diante disso,</p><p>novas estratégias podem ser definidas ou aprimoradas.</p><p>Em resumo, as métricas são capazes de revelar os valores exatos, que demonstram</p><p>o quanto a produção aumentou ou recuou. Assim, é possível analisar como esses</p><p>números refletiram na lucratividade para a fazenda.</p><p>Esse controle pode ser realizado de forma prática e ágil em sistemas de gestão</p><p>agrícola, como o Myfarm, que permite organizar os dados de forma clara para fácil</p><p>compreensão e interpretação do gestor.</p><p>Colheita</p><p>Para obter sucesso no momento da colheita, o produtor deve integrá-la ao sistema</p><p>de produção e planejar todas as fases, para que o grão colhido apresente bom</p><p>padrão de qualidade.</p><p>Dessa forma, várias etapas estão inseridas nesse processo, como a implantação da</p><p>cultura, o transporte, secagem e armazenamento dos grãos.</p><p>Assim, em um sistema de produção em que, por exemplo, o milho vai começar a ser</p><p>colhido com o teor de umidade superior a 13%, alguns pontos decisivos devem ser</p><p>destacados:</p><p>1. Área total plantada e data de plantio de cada gleba;</p><p>2. Produtividade de cada gleba;</p><p>3. Número de dias disponíveis para a colheita</p><p>4. Número de colhedoras;</p><p>5. Distância entre os silos e as glebas;</p><p>6. Número de carretas graneleiras;</p><p>7. Velocidade da colheita;</p><p>8. Número de horas de colheita/dia;</p><p>9. Teor de umidade do grão;</p><p>10. Capacidade do secador</p><p>11. Capacidade do silo de armazenamento.</p><p>Além disso, para melhorar o rendimento, as áreas devem ser divididas com</p><p>carreadores, a fim de facilitar a movimentação da colhedora e o escoamento da</p><p>colheita pelas carretas ou caminhões.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 30/</p><p>Somado a isso, também devem ser considerados os seguintes itens:</p><p>1. Regulagem do espaçamento entre cilindro e côncavo;</p><p>2. Velocidade de rotação do cilindro;</p><p>3. Qualidade do grão e as perdas.</p><p>De modo geral, o momento ideal para realizar a colheita em culturas de produção de</p><p>grãos se dá após o ponto de maturidade fisiológica, especialmente quando atinge o</p><p>teor de umidade entre 13% e 15%.</p><p>Entretanto, a dessecação, principalmente em culturas de porte baixo, tem a</p><p>operação facilitada e pode antecipar a colheita e contribuir para a redução de</p><p>perdas na operação, quando realizada no momento correto.</p><p>Armazenagem dos grãos e controle de frete e entregas</p><p>A armazenagem de grãos é o processo de guardar os grãos produzidos com o</p><p>intuito de preservar suas qualidades físicas e químicas desde a colheita até o</p><p>abastecimento.</p><p>Em síntese, esse processo envolve uma sequência de operações como limpeza,</p><p>secagem, tratamento fitossanitário, transporte, classificação, entre outros.</p><p>Sendo assim, a armazenagem é um dos meios mais eficazes de obter um produto</p><p>fora de sua sazonalidade. No entanto, isso só é possível com uso de boas práticas</p><p>de armazenamento, que garantem a conservação da qualidade física e fisiológica</p><p>dos grãos.</p><p>Silos</p><p>De modo geral, os grãos devem ser acomodados em uma estrutura adequada, com</p><p>as condições e cuidados necessários para a cultura.</p><p>Desse modo, uma boa estrutura de armazenagem e expedição de grãos em uma</p><p>fazenda deve ser composta por silos, que são benfeitorias agrícolas destinadas ao</p><p>armazenamento de produtos agrícolas.</p><p>Tipos de Silos</p><p>Silos elevados de concreto</p><p>Em geral, consistem em depósitos de concreto de média e grande capacidades.</p><p>Além disso, são formados por duas partes fundamentais: torre (elevadores,</p><p>secadores, exaustores, máquinas de limpeza, distribuidores e demais</p><p>componentes) e conjunto de células e entre células (grãos em pós-secagem e</p><p>limpeza).</p><p>Silos metálicos</p><p>São silos com média capacidade, em geral metálicos, de chapas lisas ou</p><p>corrugadas, de ferro galvanizado ou alumínio, fabricados em série e montados</p><p>sobre um piso de concreto.</p><p>Armazéns graneleiros</p><p>A princípio, apresentam estruturação bem simplificada e o método de estocagem é</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 31/</p><p>vantajoso uma vez que os produtos são estocados em montes, isto é, sobre lajes de</p><p>concreto executadas diretamente sobre o terreno.</p><p>Silos - bolsa</p><p>Os silos-bolsa são constituídos por túneis de polietileno de alta densidade</p><p>compostos por camadas internas e uma camada exterior branca de dióxido de</p><p>titânio, responsável por proporcionar mais resistência e reflexão dos raios solares,</p><p>prevenindo o ressecamento da lona plástica.</p><p>Para adquirir silos você deve entrar em contato com empresas fabricantes,</p><p>inclusive, hoje existem fábricas nacionais que possuem projetos para pequenas</p><p>áreas.</p><p>Além disso, há modelos com ou sem moega, com ou sem secador, sem balança,</p><p>entre outros. O importante é encontrar uma empresa que produza silos adaptados</p><p>de acordo com as suas condições e necessidades.</p><p>Por isso, fique atento e escolha um fabricante que ofereça soluções, projetos e</p><p>montagem de silos que atendam a sua demanda.</p><p>Entregas e fretes</p><p>Após produzir, realizar a colheita e armazenar é o momento de pensar como o</p><p>produto vai chegar até as indústrias, revendedores e consumidores. Nesse sentido,</p><p>é preciso organizar a melhor forma de trasportar os grãos departamento de</p><p>logística.</p><p>Um das formas mais recomendadas e contratar uma transportadora para realizar</p><p>o transporte dos produtos. Sendo assim, cabe aos responsáveis pela logística da</p><p>empresa rural, associar estoque com escoamento a fim de negociar os melhores</p><p>preços para os produtores.</p><p>Vale lembrar que, de acordo com o Contran, órgão regulador do setor no Brasil, o</p><p>translado desse tipo de carga deve ser realizado em veículos com carrocerias cujas</p><p>guardas laterais sejam fechadas ou com telas metálicas com malhas de dimensões</p><p>que impeçam o desperdício do material durante a viagem.</p><p>No mais, a carga precisa estar coberta por uma lona ancorada à carroceria do</p><p>veículo e em bom estado. Um exemplo de modelo muito utilizado é graneleiro para</p><p>transporte de grãos.</p><p>Sendo assim, para evitar perdas e prejuízos durante transporte de grãos, escolha o</p><p>melhor sistema de transporte de grãos.</p><p>Soja: opte por uma carroceria bem vedada para evitar o comprometimento do grão,</p><p>com a presença de calor ou umidade.</p><p>Trigo: não pode ficar muito tempo em trânsito, por isso, é essencial utilizar um bom</p><p>roteirizador, ferramenta que mostra a melhor rota para o motorista.</p><p>Milho: os mais indicados são os caminhões graneleiros como os basculantes</p><p>servem para o transporte da carga. Contudo, é preciso ficar atento para não</p><p>armazenar os grãos de milho em sacos, pois pode afetar o carregamento e</p><p>descarregamento.</p><p>Controle de contratos</p><p>Duas práticas comuns no mercado de agronegócio, são os contratos de Barter e</p><p>mercado futuro. Entenda como cada um funciona!</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 32/</p><p>Mercado Futuro</p><p>No mercado futuro existe a fixação do preço dos produtos por meio de negociação</p><p>de contratos, que são liquidados em data futura.</p><p>Nesse sentido, são estabelecidos contratos de compra e venda de produtos que só</p><p>serão realizadas no futuro.</p><p>Também conhecido como “negociação a futuro”, o mercado futuro tem dois</p><p>aspectos importantes de funcionamento, que são as margens de garantia e os</p><p>ajustes diários.</p><p>Sendo assim, ao abrir uma posição de compra e venda no mercado, é normal</p><p>acorrer o depósito de garantias constituídas de ativos de alta liquidez que podem</p><p>ser liberadas após a entrega da posição ou liquidação financeira, no caso de o</p><p>cliente deixar de pegar os ajustes diários ou, também, em caso de descumprimento</p><p>de qualquer outra obrigação assumida no ato da assinatura de contrato.</p><p>Portanto, para aderir a esse tipo de negócio, é necessário ter o intermédio de</p><p>uma corretora de mercadorias associada a uma bolsa, que vai padronizar os</p><p>contratos futuros (que se referenciam por um produto com datas de vencimento</p><p>predeterminadas, garantindo liquidez) e encontrando as melhores operações</p><p>viáveis.</p><p>A grande vantagem de se optar por contratos futuros é que eles podem ser</p><p>encerrados por uma das partes antes da data de vencimento, através de operação</p><p>inversa à inicial. Assim, é possível negociar para o futuro do negócio com segurança</p><p>quanto a preço (preço do milho, da soja ou demais artigos que tenham entrado em</p><p>negociação por meio da contratação futura), flexibilidade de compra e venda e</p><p>oportunidade para todas as partes envolvidas no processo.</p><p>No geral, o mercado futuro negocia commodities como a soja, trigo, laranja,</p><p>algodão, boi gordo, café arábica, cana-de-açúcar e milho. Sendo que, cada tipo de</p><p>produto possui suas peculiaridades em relação ao lote mínimo, cotação, margem</p><p>de garantia e vencimento.</p><p>Contudo, uma operação no mercado futuro consiste em um compromisso de</p><p>compra ou venda de um determinado ativo, em uma determinada data futura e a um</p><p>preço predefinido.</p><p>Assim, quando um investidor compra um contrato futuro, é dito que ele está com</p><p>uma “posição comprada a futuro”. Isso significa que ele está se comprometendo a</p><p>comprar na data de vencimento, o objeto do contrato, ao preço pré-acordado com a</p><p>outra parte.</p><p>Por outro lado, quando o investidor vende um contrato futuro, é dito que ele está</p><p>com uma “posição vendida a futuro” e se compromete a vender no futuro, na data de</p><p>vencimento, o objeto do contrato ao preço pré-acordado.</p><p>No caso do produtor agrícola, ao fazer o acordo com a empresa, o produtor vendeu</p><p>contratos futuros, ele está vendido enquanto que empresa está comprada.</p><p>Barter</p><p>A operação Barter trata-se de uma negociação realizada entre produtores rurais e</p><p>empresas de insumo. Na prática, o pagamento pelo insumo é efetuado por meio de</p><p>troca por produtos da fazenda.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 33/</p><p>De modo geral, não há intermediação monetária e o acordo é realizado antes da</p><p>colheita por meio do CPR (Cédula de Produto Rural).</p><p>Essa operação é utilizada no Brasil desde 1990 e ganhou força a partir do ano</p><p>de 2003. Logo, ela garante ao agricultor a compra por insumos, sem que haja a</p><p>necessidade de tirar dinheiro do bolso.</p><p>Em resumo, a operação Barter surgiu para simplificar a negociação entre empresas</p><p>de insumos e produtores rurais. Portanto, não há uma regra específica e sim uma</p><p>negociação viável para ambas partes. Desse modo xx sacas de commodities valem</p><p>xx quantidade de fertilizantes, por exemplo.</p><p>A ideia é ampliar os meios de negociação do agricultor. Assim, além de não precisar</p><p>usar dinheiro para adquirir os insumos, ele fica livre da variação de valor do</p><p>commodity, já que o preço é travado por venda prévia.</p><p>Em síntese, a operação Barter funciona da seguinte forma:</p><p>Em primeiro lugar, é realizado o acordo de troca entre os produtos e insumos.</p><p>No entanto, as empresas fornecedoras de insumos trabalham em parceria com</p><p>tradings e consumidores de grãos (indústrias processadoras de alimentos). A partir</p><p>disso, as 3 partes são envolvidas no processo:</p><p>Produtor: produz e troca o produto por insumos.</p><p>Fornecedor de Insumo: vende as sementes, fertilizantes ou defensivos.</p><p>Trading ou consumidor de grão: tem interesse em comprar e preparar o grão para</p><p>consumo ou venda.</p><p>Entretanto, o Trading representa o comprador final, é quem, de fato, define o preço</p><p>com base no repasse do mercado internacional.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>G E S T Ã O</p><p>O P E R A C I O N A L</p><p>0 6</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 35/</p><p>A gestão operacional é a responsável por controlar atividades agrícolas no dia a</p><p>dia da propriedade rural. Então, vamos falar sobre o manejo de solo, controle de</p><p>pragas e como a agricultura de precisão pode ser útil na realização de análises e</p><p>avaliações.</p><p>Em seguida, vamos mostrar como realizar a manutenção de máquinas e</p><p>implementos agrícolas.</p><p>Manejo do solo</p><p>Em geral, para tornar o solo fértil e garantir bons resultados para a lavoura é preciso</p><p>analisar o solo antes de decidir a técnica mais adequada para melhorar a qualidade</p><p>e fertilidade do solo. Dentre as diversas alternativas podemos citar:</p><p>Aplicação de adubo orgânico ou de origem mineral em solos que possuem baixo</p><p>teor de nutrientes: utilizados para aumentar a fertilidade do terreno e impedir o</p><p>seu rápido esgotamento.</p><p>Alternação do plantio com o cultivo de plantas leguminosas: ajuda a aumentar o</p><p>nível de nitrogênio no solo, a adubação verde potencializa a produção de húmus.</p><p>Utilização de técnicas de irrigação: usados para preservar o uso da água e evitar a</p><p>ocorrência da salinização do solo em regiões com alto índice de evaporação.</p><p>Correção da acidez do solo: aplicada em solos que apresentam um elevado teor de</p><p>alumínio.</p><p>Minhocultura: consiste no uso de minhocas, larvas e insetos para fertilização do</p><p>terreno e construção de pequenos “túneis” que servem para a passagem de ar.</p><p>Análise do tipo de solo para utilização de máquinas agrícolas: visa preservar a sua</p><p>produtividade.</p><p>Contenção da erosão: utiliza diferentes técnicas de cultivo, como a de curvas</p><p>de nível, o terraceamento e a cobertura o solo com vegetação a fim de evitar a</p><p>exposição dele aos agentes intempéricos.</p><p>Aplicação de técnicas agrícolas específicas: métodos como rotação de cultura e</p><p>o afolhamento, com intuito de descansar uma parte do terreno enquanto outras são</p><p>cultivadas, em uma espécie de revezamento.</p><p>Controle de Pragas</p><p>As pragas agrícolas são responsáveis por boa parte das perdas de produtividade</p><p>das lavouras. Isso significa que</p><p>elas são sinônimo de desperdício de dinheiro,</p><p>insumos e mão de obra.</p><p>Logo, quando se multiplicam podem gerar transtornos no desenvolvimento das</p><p>culturas, bem como, provocar prejuízos financeiros para o produtor rural.</p><p>Nesse sentido, o controle de pragas é importante porque é capaz de combater as</p><p>infestações, minimizar os danos ocorridos nas plantações, perdas na produtividade</p><p>e evitar prejuízos financeiros.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 36/</p><p>Existem várias formas de controlar o aparecimento de insetos na lavoura, uma</p><p>delas é o Manejo Integrado de Pragas, que consiste em um conjunto de técnicas</p><p>alternativas para reduzir as pragas a níveis inofensivos nas lavouras.</p><p>Desse modo, com as técnicas utilizadas no MIP é possível reduzir a quantidade</p><p>de aplicações por meio de sistemas que permitem a análise de dados e</p><p>monitoramento constante da plantação, o que vai contribuir para uma grande</p><p>economia na compra de agroquímicos.</p><p>Agricultura de Precisão</p><p>Tanto o controle de pragas como o manejo do solo podem ser gerenciados por meio</p><p>da agricultura de precisão que permite analisar as particularidades de cada área e</p><p>gerar melhores resultados para lavoura.</p><p>Assim, com o uso da tecnologia é possível identificar a situação do solo, a presença</p><p>de plantas daninhas e tomar a medidas necessários para corrigi-los. Além disso,</p><p>é possível integrar o GPS ao pulverizador agrícola, por exemplo, e evitar que o</p><p>equipamento passa duas vezes no mesmo local.</p><p>Logo, o agricultor consegue tratar cada área como única, reconhecendo as</p><p>diferenças de cada região. Como resultado, há o aumento da produtividade de</p><p>forma mais sustentável que os métodos tradicionais.</p><p>Além disso, a agricultura de precisão beneficia a atividade agrícola em diversos</p><p>aspectos como:</p><p>1. Cada local tem sua produtividade maximizada;</p><p>2. Insumos (água, fertilizantes, defensivos, etc) não são desperdiçados;</p><p>3. Solo e meio ambiente sofrem menos danos.</p><p>No geral, ela é composta por ferramentas tecnológicas como tratores, adubadoras,</p><p>colhedoras, pulverizadores, drones, sensores, telemetria e sistemas de gestão</p><p>rural.</p><p>Contudo, é possível afirmar que a agricultura de precisão traz um diferencial</p><p>relevante para garantir a competitividade e sustentabilidade do agronegócio</p><p>brasileiro. Além disso, é capaz de aumentar o rendimento das lavouras em todas as</p><p>regiões do país.</p><p>Manutenções de maquinários e implementos agrícolas</p><p>A princípio, todo produtor começa a sentir a necessidade de aderir ao uso de</p><p>implementos e máquinas agrícolas quando percebe situações como:</p><p>1. Produtividade baixa;</p><p>2. Produção em baixa escala;</p><p>3. Processos muito demorados e pouco efetivos;</p><p>4. Muita mão de obra envolvida;</p><p>5. Trabalhos cansativos ao extremo, entre outras.</p><p>Depois de notar a necessidade de utilizar o equipamento, vem a escolha. Nesse</p><p>momento, é preciso considerar algumas particularidades da propriedade rural.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 37/</p><p>Cultura: maquinários oferecidos pelo mercado podem variar de tamanho, potência</p><p>e funções.</p><p>Operação: analisar a sequência de atividades que são realizadas em sua produção</p><p>agrícola. Além disso, considerar o estado dos tratores e verificar potência,</p><p>versatilidade e a manutenção em dia.</p><p>Custos: analisar custos diretos e indiretos. Custos diretos relacionados a</p><p>própria compra, seguro (se houver), combustível e manutenção. Custos indiretos</p><p>como possíveis perdas relacionadas a inadequação do implemento a cultura ou</p><p>problemas relacionados ao clima que impeçam o uso em algumas épocas.</p><p>Manutenção</p><p>Após decidir qual equipamento atende melhor a sua necessidade e adquiri-lo, é</p><p>momento de planejar a manutenção, que pode ocorrer de duas formas: a preventiva</p><p>e a corretiva.</p><p>Preventiva</p><p>A manutenção preventiva do maquinário é realizada antes da ferramenta</p><p>apresentar defeito. Logo ela é utilizada com intuito de evitar problemas. No</p><p>entanto, para realizar esse tipo de manutenção é indispensável ler o manual de</p><p>instruções dos equipamentos.</p><p>Isso porque existem procedimentos que devem ser feitos periodicamente, seja em</p><p>um intervalo específico de tempo ou de acordo com as horas trabalhadas, e todas</p><p>as informações sobre isso estão disponíveis nesse material.</p><p>Corretiva</p><p>Já a manutenção corretiva é realizada quando algum problema ocorre no</p><p>maquinário e precisa ser corrigido. Logo, quanto mais investimento em</p><p>manutenção preventiva, menores as chances da utilização da manutenção</p><p>corretiva.</p><p>Nesse sentido, para realizar a manutenção corretiva de máquinas agrícolas, o</p><p>primeiro passo é procurar uma oficina autorizada, principalmente se o maquinário</p><p>ainda estiver na garantia.</p><p>Esses locais são mais recomendados porque têm experiência e treinamento com</p><p>o produto, o que contribui para um reparo mais rápido e eficiente. Além disso, é</p><p>importante sempre dar preferência para as peças originais na hora da troca.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>G E S T Ã O</p><p>D E P E S S O A S</p><p>0 7</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 39/</p><p>Em qualquer tipo de gestão, os funcionários são parte essencial de todo o</p><p>processo, uma vez que são eles que executam as atividades do dia a dia, Em</p><p>outras palavras, as pessoas precisam estar muito bem geridas, para que todas as</p><p>atividades propostas sejam bem executadas, garantindo o sucesso no resultado</p><p>econômico da propriedade.</p><p>Aqui vamos tratar de elementos fundamentais para uma gestão de pessoas eficaz!</p><p>Equipe</p><p>Sabemos que toda empresa é formada por equipes, que podem ser definidas como</p><p>um grupo de indivíduos dedicados à realização de um mesmo trabalho.</p><p>Podemos dizer que na gestão da empresa rural, a gestão de pessoas é um dos</p><p>gargalos mais difíceis para a atividade agropecuária. Isso porque a mão de obra</p><p>deverá se tornar cada vez mais escassa e cara, visto que os produtores deverão</p><p>adaptar seu sistema de produção a esse processo, entendendo e buscando novos</p><p>caminhos e conceitos de relação humana com seus colaboradores.</p><p>Melhor dizendo, devemos ter um olhar ampliado sobre a gestão de pessoas, pois ela</p><p>não está limitada à relação patrão-empregado. Muito mais do que isso, ela envolve</p><p>todas as relações humanas existentes no negócio. Isso inclui o contato com</p><p>fornecedores, compradores, mão de obra da família e outros.</p><p>Logo, entender de pessoas e seus comportamentos se tornou um requisito</p><p>fundamental para aprimorar os relacionamentos interpessoais, a ponto de</p><p>influenciar pessoas e provocar mudanças comportamentais em benefício do</p><p>negócio.</p><p>Nesse sentido, cada indivíduo é único e possui limitações e habilidades. Sendo</p><p>assim, é necessário reconhecer os pontos fortes e fracos de cada integrante que</p><p>compõe a equipe de colaboradores da empresa rural. Ao fazê-lo, você saberá alocar</p><p>cada colaborador às funções mais condizentes com o perfil dele.</p><p>Inovação</p><p>Uma inovação pode ser a adoção de uma nova tecnologia, ou algo muito simples,</p><p>como uma mudança na rotina das pessoas, no manejo etc. No agronegócio, por</p><p>exemplo, o trabalho remoto pode representar uma inovação que precisa ser</p><p>gerenciada com eficiência para funcionar da forma correta.</p><p>A partir da adoção de novos recursos tecnológicos, propriedades rurais podem se</p><p>beneficiar do aumento de faturamento, acesso a novos mercados, elevação das</p><p>margens de lucro, entre outros benefícios.</p><p>Além disso, diferentes tipos de inovações podem representar novas oportunidades</p><p>de mercados, novos modelos de negócio, novos processos e novos modelos</p><p>organizacionais (se referem ao modo como a empresa está organizada). Ou, até</p><p>mesmo, novas fontes de suprimento.</p><p>Com base nisso, é importante ressaltar que para uma efetiva mudança na</p><p>organização rural é fundamental a adoção de uma nova postura pelo gestor.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 40/</p><p>Logo, ao adotar novas forma de trabalhar, a partir de recursos tecnológicos,</p><p>o gestor precisa participar do processo de adaptação bem como investir em</p><p>preparação e treinamento de sua equipe.</p><p>Treinamento e acompanhamento do desempenho</p><p>Tão importante quanto reconhecer o valor da equipe e investir em inovação</p><p>é oferecer treinamentos específicos para os colaboradores e acompanhar o</p><p>desempenho de todos.</p><p>De modo geral, os treinamentos geram efeitos positivos para a empresa rural,</p><p>estendendo-se ainda a melhor eficiência na comunicação e ao relacionamento do</p><p>colaborador com a organização.</p><p>Somado a isso, é primordial promover a avaliação dos colaboradores a fim de</p><p>acompanhar o desempenho de cada um ou de uma equipe, seja relacionado</p><p>as atividades que desenvolve, as metas, os resultados a serem alcançados, a</p><p>competência que oferece e até mesmo o potencial de desenvolvimento.</p><p>Nesse sentido, a avaliação de desempenho é um meio para localizar problemas de</p><p>supervisão e gestão e de integração das pessoas à organização e ao trabalho. Além</p><p>disso, ajuda na localização de possíveis dissonâncias ou carências de treinamento,</p><p>na construção de competências e, consequentemente, na melhoria da qualidade de</p><p>vida no trabalho.</p><p>Outro ponto importante é o feedback, toda pessoa precisa saber a respeito do</p><p>seu desempenho, a fim de entender quais correções precisam ser feitas, quando</p><p>necessário. Sem feedbacks, as pessoas caminham às cegas. Em resumo, o</p><p>feedback trata-se de uma ação que revela os pontos positivos e negativos do</p><p>trabalho executado, com o objetivo de melhorá-lo.</p><p>Contudo, a avaliação de desempenho deve ser constante, não um acontecimento</p><p>anual, semestral ou periódico. Isso significa que o gestor rural deve utilizar a</p><p>ferramenta do feedback sempre que necessário. Ou seja, ela deve funcionar à base</p><p>da realimentação diária e cotidiana, e não ser uma surpresa para o funcionário.</p><p>Liderança</p><p>Em uma gestão estratégica, torna-se evidente a participação do gestor em</p><p>todas as áreas que envolvem a empresa, para alcançar os objetivos de planejar,</p><p>gerenciar, executar, acompanhar, inovar e corrigir rumos, quando necessário.</p><p>Diante disso, uma boa liderança precisa entender que toda pessoa tem sua</p><p>forma particular de perceber o mundo. Nesse cenário, quanto mais sensíveis e</p><p>preparados estiverem os gestores das propriedades rurais para as particularidades</p><p>de cada colaborador, maior será o aproveitamento do que cada um tem de melhor a</p><p>oferecer, respeitando sua forma de perceber o mundo.</p><p>Nas empresas familiares não é diferente, ou seja, quanto melhor o desempenho,</p><p>melhores os resultados apresentados nos indicadores de mão de obra.</p><p>E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM</p><p>S O F T W A R E D E</p><p>G E S T Ã O A G R Í C O L A</p><p>0 8</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 42/</p><p>O software de gestão agrícola pode ser definido como um sistema que ajuda a</p><p>controlar, organizar e acompanhar os processos e demandas da fazenda.</p><p>De modo geral, ele funciona como programa inteligente que visa facilitar as tarefas</p><p>do dia a dia do produtor rural bem como o gerenciamento do negócio por meio da</p><p>automatização de processos.</p><p>Em síntese, ele pode ser encontrado em forma de aplicativo ou site de programa</p><p>de computador desenvolvidos com a finalidade de auxiliar a gestão de atividades</p><p>de plantio, manejo, colheita, venda de grãos, estoque, operações financeiras entre</p><p>outros.</p><p>Assim, com o intuito de promover uma gestão eficaz, ele é capaz de oferecer vários</p><p>os benefícios como:</p><p>1. Mais Eficiência;</p><p>2. Aumento da rentabilidade;</p><p>3. Redução dos custos de produção;</p><p>4. Maior qualidade da produção;</p><p>5. Aumento da competitividade.</p><p>Na prática, o software de gestão agrícola é um dos meios mais eficazes e seguros</p><p>de agilizar os processos operacionais da fazenda e gerar melhores resultados no</p><p>gerenciamento como um todo.</p><p>Assim sendo, as principais vantagens dessa ferramenta são:</p><p>Gerenciamento detalhado</p><p>Com uso de um software de gestão para fazenda, o produtor consegue ter</p><p>informações completas de todas as operações que envolvem a administração rural.</p><p>Dessa forma, fica mais fácil entender, com detalhes, os pontos que precisam ser</p><p>melhorados, prever eventuais problemas e analisar os investimentos que realmente</p><p>valem a pena.</p><p>Suporte para gestão financeira</p><p>Uma das principais razões que levam o agricultor a adquirir um software agrícola é</p><p>o controle sobre a gestão financeira. Afinal, por meio dele, é possível ganhar mais</p><p>agilidade em relação a fatores como:</p><p>1. Organização de custos;</p><p>2. Monitoramento do fluxo de caixa;</p><p>3. Acompanhamento da movimentação financeira;</p><p>4. Emissão de notas fiscais eletrônicas;</p><p>5. Registro de pagamento e recebimento de contas;</p><p>6. Previsão sobre o Imposto de Renda;</p><p>7. Registro de cupons fiscais, notas de despesas e outros.</p><p>Aumento da produtividade dos talhões</p><p>O software de gestão agrícola também é capaz de aumentar a produtividade dos</p><p>talhões na propriedade rural. Isso porque alguns deles conseguem fazer análises</p><p>específicas para que você entenda a necessidade de cada talhão.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 43/</p><p>Desse modo, o produtor consegue saber com clareza a quantidade de fertilizante,</p><p>defensivos agrícolas e irrigação deve utilizar para obter melhores resultados. Nesse</p><p>sentido, ele tem o aumento da produtividade e a diminuição dos gastos.</p><p>Como escolher o melhor software de gestão agrícola?</p><p>Antes de mais nada, é importante saber que existem muitas opções de softwares</p><p>agrícolas no mercado. No entanto, é preciso analisar alguns pontos primordiais antes</p><p>de escolher qual melhor atende a sua necessidade.</p><p>1. Identifique seu problema</p><p>Primeiramente, você deve descobrir qual problema você precisa solucionar na gestão</p><p>da sua fazenda. Por isso, analise todos os processos e verifique em quais áreas você</p><p>está deixando a desejar.</p><p>Sendo assim, avalie em quais departamentos você tem mais dificuldades em manter</p><p>as operações em ordem. Então, se atente para alguns questionamentos a fim de</p><p>encontrar as respostas.</p><p>Será que você tem registrado as atividades agrícolas da fazenda? Sabe qual é o</p><p>custo de manutenção das suas máquinas? Está com as obrigações fiscais em dias?</p><p>Consegue administrar o estoque de forma eficiente?</p><p>De fato, como você pode ver, as necessidades são diversas. Por isso, a importância de</p><p>ter todas elas, de maneira clara, na sua mente. Portanto, anote para não esquecer!</p><p>2. Faça uma busca na internet ou solicite indicação de amigos</p><p>Em seguida, após identificar o que você está precisando solucionar, inicie suas</p><p>buscas na internet. Com uma simples busca no Google, é possível achar uma</p><p>diversidade ampla de opções.</p><p>No entanto, foque no que possui funcionalidades que atendam a necessidade da</p><p>sua fazenda. Nesse momento, é preciso ter paciência e uma análise criteriosa</p><p>sobre os serviços oferecidos.</p><p>Além disso, vale conversar com amigos que já utilizam softwares de gestão</p><p>rural, eles podem ser muito úteis durante esse processo. Portanto, seja curioso,</p><p>pergunte sobre as experiências deles e tire suas principais dúvidas.</p><p>Ademais, é importante lembrar que cada produtor possui necessidades e</p><p>demandas específicas. Então, nem sempre o software que foi útil para o seu</p><p>amigo, vai ser para você também.</p><p>3. Veja se o software possui acesso por meio do desktop e</p><p>aplicativos</p><p>Embora seja uma condição importante, a maioria das empresas de software de</p><p>gestão rural oferece soluções que só podem ser acessadas pelo computador</p><p>desktop.</p><p>Por outro lado, existem empresas que desenvolvem plataformas que podem ser</p><p>operadas tanto pelo computador como por meio de aplicativos. Com isso, você</p><p>tem a facilidade de controlar a sua gestão também pelo celular.</p><p>48E- BOOK GESTÃO AGRÍCOLA - MYFARM Página 44/</p><p>Por isso, antes de adquirir o seu sistema, verifique a disponibilidade dessas duas</p><p>formas de acesso.</p><p>4. Verifique se o software funciona em modo Online e Offline</p><p>Para evitar problemas de conectividade, o ideal é investir em um software de</p><p>gestão agrícola que funcione no modo offline, isto é, sem acesso à internet, porém</p><p>com a sincronização automática de dados.</p><p>5. O software é fácil de usar?</p><p>Outro ponto importante a ser analisado igualmente é a usabilidade do sistema.</p>