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GESTÃO DE CUSTOS 
LOGÍSTICOS
Professor Dr. Erick Dawson de Oliveira
Reitor
Márcio Mesquita Serva
Vice-reitora
Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva
Pró-Reitor Acadêmico
Prof. José Roberto Marques de Castro
Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação 
Comunitária
Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva
Pró-reitor Administrativo
Marco Antonio Teixeira
Direção do Núcleo de Educação a Distância 
Paulo Pardo
Coordenador Pedagógico do Curso 
Henrique Nieddermeyer
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico 
B42 Design
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos 
que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A 
violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Universidade de Marília 
Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 
CEP 17.525–902- Marília-SP
Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia
F385m sobrenome, nome
nome livro / nome autor. nome /coordenador (coord.) - Marília: 
Unimar, 2021.
PDF (00p.) : il. color.
ISBN xxxxxxxxxxxxx
1. tag 2. tag 3. tag 4. tag – Graduação I. Título.
CDD – 00000
BOAS-VINDAS
Ao iniciar a leitura deste material, que é parte do apoio pedagógico dos 
nossos queridos discentes, convido o leitor a conhecer a UNIMAR – 
Universidade de Marília.
Na UNIMAR, a educação sempre foi sinônimo de transformação, e não 
conseguimos enxergar um melhor caminho senão por meio de um ensino 
superior bem feito. 
A história da UNIMAR, iniciada há mais de 60 anos, foi construída com base 
na excelência do ensino superior para transformar vidas, com a missão 
de formar profissionais éticos e competentes, inseridos na comunidade, 
capazes de constituir o conhecimento e promover a cultura e o intercâmbio, 
a fim de desenvolver a consciência coletiva na busca contínua da valorização 
e da solidariedade humanas.
A história da UNIMAR é bela e de sucesso, e já projeta para o futuro novos 
sonhos, conquistas e desafios.
A beleza e o sucesso, porém, não vêm somente do seu campus de mais de 
350 alqueires e de suas construções funcionais e conectadas; vêm também 
do seu corpo docente altamente qualificado e dos seus egressos: mais 
de 100 mil pessoas, espalhados por todo o Brasil e o mundo, que tiveram 
suas vidas impactadas e transformadas pelo ensino superior da UNIMAR.
Assim, é com orgulho que apresentamos a Educação a Distância da UNIMAR 
com o mesmo propósito: promover transformação de forma democrática 
e acessível em todos os cantos do nosso país. Se há alguma expectativa 
de progresso e mudança de realidade do nosso povo, essa expectativa 
está ligada de forma indissociável à educação.
Nós nos comprometemos com essa educação transformadora, 
investimos nela, trabalhamos noite e dia para que ela seja 
ofertada e esteja acessível a todos. 
Muito obrigado por confiar uma parte importante do seu 
futuro a nós, à UNIMAR e, tenha a certeza de que seremos 
parceiros neste momento e não mediremos esforços para 
o seu sucesso!
Não vamos parar, vamos continuar com investimentos 
importantes na educação superior, sonhando sempre. 
Afinal, não é possível nunca parar de sonhar! 
Bons estudos!
Dr. Márcio Mesquita Serva
Reitor da UNIMAR
Que alegria poder fazer parte deste momento tão especial da sua vida! 
Sempre trabalhei com jovens e sei o quanto estar matriculado 
em um curso de ensino superior em uma Universidade de 
excelência deve ser valorizado. Por isso, aproveite cada 
minuto do seu tempo aqui na UNIMAR, vivenciando o ensino, 
a pesquisa e a extensão universitária. 
Fique atento aos comunicados institucionais, aproveite as 
oportunidades, faça amizades e viva as experiências que 
somente um ensino superior consegue proporcionar.
Acompanhe a UNIMAR pelas redes sociais, visite a sede 
do campus universitário localizado na cidade de Marília, 
navegue pelo nosso site unimar.br, comente no nosso blog 
e compartilhe suas experiências. Viva a UNIMAR!
Muito obrigada por escolher esta Universidade para a 
realização do seu sonho profissional. Seguiremos, 
juntos, com nossa missão e com nossos valores, 
sempre com muita dedicação. 
Bem-vindo(a) à Família UNIMAR.
Educar para transformar: esse é o foco da Universidade de Marília no seu 
projeto de Educação a Distância. Como dizia um grande educador, são 
as pessoas que transformam o mundo, e elas só o transformam 
se estiverem capacitadas para isso.
Esse é o nosso propósito: contribuir para sua transformação 
pessoal, oferecendo um ensino de qualidade, interativo, 
inovador, e buscando nos superar a cada dia para que você 
tenha a melhor experiência educacional. E, mais do que isso, 
que você possa desenvolver as competências e habilidades 
necessárias não somente para o seu futuro, mas para o seu 
presente, neste momento mágico em que vivemos.
A UNIMAR será sua parceira em todos os momentos de 
sua educação superior. Conte conosco! Estamos aqui para 
apoiá-lo! Sabemos que você é o principal responsável pelo 
seu crescimento pessoal e profissional, mas agora você 
tem a gente para seguir junto com você. 
Sucesso sempre!
Profa. Fernanda 
Mesquita Serva
Pró-reitora de Pesquisa, 
Pós-graduação e Ação 
Comunitária da UNIMAR
Prof. Me. Paulo Pardo
Coordenador do Núcleo 
EAD da UNIMAR
007 Aula 01:
015 Aula 02:
021 Aula 03:
028 Aula 04:
035 Aula 05:
042 Aula 06:
051 Aula 07:
058 Aula 08:
064 Aula 09:
070 Aula 10:
077 Aula 11:
084 Aula 12:
091 Aula 13:
098 Aula 14:
107 Aula 15:
115 Aula 16:
O que é Administração - Gestão? 
Custos
Custos Fixos
Custos Variáveis
Custos Diretos
Custos Indiretos
Conceituando a Logística
Distribuição
Modais de Transporte
TI e SI na Logística
Teoria Matemática na Tomada de Decisão
Serviços
Cadeia de Suprimentos – Supply Chain Management 
– SCM
Canais
Gestão de Custos Logísticos I
Gestão de Custos Logísticos II
Introdução
Olá, bem-vindo à disciplina de Gestão de Custos Logísticos. Nosso objetivo é de
apresentar para você, acadêmico, os principais conceitos pertinentes a esse campo de
estudos, bem como sua aplicação no ambiente organizacional.
Vamos também estudar conceitos e estratégias, pois a gestão é um campo
interdisciplinar que necessita de pro�ssionais e de uma equipe multidisciplinar bem
preparada para melhor gerir os negócios.
Preparamos um conteúdo de aulas estruturadas, com um conceito interligado ao
outro, como uma colcha de retalhos, mas que ao �nal, o aluno poderá ter uma visão
do todo, que vai desde a compreensão do que é administração-gestão, passando
pelos custos, custos �xos, variáveis, diretos e indiretos, distribuição, modais de
transporte, Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação na logística, a teoria
matemática para tomada de decisões, conceito de serviços, pois a logística trabalha
muito com essa roupagem.
Além disso, vamos falar sobre a cadeia de suprimentos/abastecimento, sobre os
canais de distribuição e, para �nalizar, vamos juntos re�etir sobre a gestão de custos
logísticos, dividida em duas etapas, dada a sua vastidão de conceitos.
Espero que, a partir desta disciplina, você possa ampliar seus conceitos também com
outros estudos e novas fontes de pesquisa aqui propostas.
Bons estudos! 
6
01
O que é Administração - 
Gestão? 
7
Bem-vindos à disciplina de Gestão de Custos Logísticos!
Vamos dar início a essa jornada de conhecimento pessoal e pro�ssional com
conceitualizações segundo os principais autores da área.
Você deve estar se perguntando o porquê deste tema logo no início material da
disciplina de Gestão de Custos Logísticos. Respondo: a partir do entendimento do
que é administração ou gestão, vamos construir um caminho que norteará todos os
outros conceitos.
Introdução à Administração
Schermerhorn Jr. (1999) nos faz pensar que hoje a administração se apresenta de
forma diferente do que era no passado, pois embora busquea produtividade, só
pode alcançá-la a partir do comprometimento integral com a vantagem competitiva
e com a quantidade e atendimento ao cliente.
O autor ainda explica que
(...) com os nossos tempos, a administração e as práticas organizacionais
estão mudando. E tem que mudar. Vivemos e trabalhamos em um
ambiente complexo que requer consciência da economia global,
respeito à diversidade, comportamento ético e responsabilidade social.
Já Drucker (1954) descreve que o administrador é o elemento dinâmico e crucial para
toda e qualquer empresa, pois sem a sua liderança, os “recursos de produção”
permanecem recursos e nunca se tornam produção. Nesse âmbito, em economias
competitivas então visualizadas por esse “guru” da administração, são o calibre e a
qualidade da atuação de determinados administradores; fatores determinantes para
o sucesso ou, no mínimo, a sobrevivência de uma empresa no mercado.
Para Chiavenato (1999), por sua vez, a administração é a condição racional das
atividades de uma organização e imprescindível para a existência, sobrevivência e
sucesso dessa organização. Assim, em cada uma dessas organizações, o
administrador tem o papel de solucionar problemas, dimensionar recursos, planejar
sua forma ideal de aplicação, desenvolver estratégias e diagnosticar situações-
problema, entre outros. 
8
Podemos dizer que o conceito de administração advém de um entendimento
brasileiro, e gestão de um conceito estrangeiro (importado). De qualquer forma,
trata-se de uma ciência social que tem por objeto estudar a sistematização das
práticas utilizadas para se administrar.
O foco aqui é apresentar a ideia central da terminologia “administração” e
não percorrer toda sua trajetória, que vai desde os primórdios da
administração até a teoria contingencial da administração.   O que
pretendemos é que você se sinta mais preparado, atualizado e
conceitualmente empoderado. 
Complementando, alguns dos maiores pensadores da Administração são Frederick
Taylor, o criador da administração cientí�ca; Henry Ford, o idealizador do Fordismo;
Henri Fayol, o fundador da teoria clássica da administração e Max Weber, com a
teoria da burocracia – até chegar a Peter Drucker, considerado o pai da
administração moderna.
9
Ford, Taylor, Weber e Fayol
Fonte: Wikipedia.
10
Leia a introdução à obra de Peter F. Drucker em: 
Retomando, de acordo com Chiavenato (2003), a administração-gestão signi�ca
direção, gerência. Além disso, é o ato de administrar ou gerir os negócios, as pessoas
e os recursos disponíveis a �m de alcançar metas de�nidas.
A administração é comumente vista como administração de empresas, porém, é mais
adequado considerar como uma subárea da administração, pois trata de
organizações públicas e sociedades de economias mistas ou privadas, sejam elas com
ou sem �ns lucrativos. Na modernidade, a administração dividiu-se em áreas
distintas, porém, complementares, tais como administrativo, �nanças, marketing-
vendas, produção-logística e recursos humanos.
Drucker (1954) faz um apontamento dizendo que a administração é uma entidade
dirigente única da sociedade industrial e que já não se fala mais em capital e
trabalho, mas em administração e trabalho.
A administração, por ser o órgão da sociedade especi�camente
incumbido de tornar os recursos produtivos - isto é, pode ser
responsável pelo progresso econômico organizado -, re�ete o espírito
predominante da era moderna. Ela é na realidade indispensável, o que
explica o fato, de uma vez instituída, ter crescido tão rapidamente e com
tão pouca oposição (DRUCKER, 1954, p. 4).
11
https://go.eadstock.com.br/yw
Quanto às funções básicas do administrador, Fayol foi o pioneiro a de�nir que são
planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar, colocando, assim, a ênfase
de sua teoria na estrutura da organização (FAYOL, 1950).
Já Drucker (1990) dizia que “ser e�caz é a função do gerente” – seja ele de uma
empresa, hospital, governo, sindicato ou forças armadas, o que se espera do gerente,
diretor executivo e/ou qualquer outra nomenclatura que dada é que ele faça com
que as coisas sejam realizadas de maneira e�caz.
De forma complementar, Schermerhorn Jr. (1999) esclarece que o gerente é o
responsável pelo desempenho de trabalho de uma ou mais pessoas em determinada
organização, e sua principal tarefa é ser responsável por ajudar uma organização a
alcançar um alto desempenho por meio da utilização dos recursos que estão à
disposição, sejam humanos, materiais ou tecnológicos.
Drucker (1990), novamente, diz que uma sociedade moderna é aquela que contempla
instituições organizadas, e que o centro de gravidade se deslocou para o trabalhador
esclarecido, ou seja, que usa mais o cérebro do que os músculos ou as mãos,
predominando, assim, os trabalhadores com dotes de conhecimento e não de
trabalho manual.
Já Senge (2000) aponta que as habilidades humanas mínimas serão substituídas por
habilidades pessoais e interpessoais tão so�sticadas quanto as atividades de
marketing, produção e �nanças da presente era. O autor aprofunda a chamada
quinta disciplina – arte e técnica da organização que enfatiza que a aprendizagem se
12
tornará mais importante do que o controle, e que a fonte básica de toda vantagem
competitiva está na capacidade relativa da empresa de aprender mais rápido do que
seus concorrentes.
Nesse contexto clássico de Senge (2000), as organizações funcionam pela forma de
pensar e de interagir, e essa mudança radical na forma de execução do trabalho leva,
inevitavelmente, à de�nição de novos trabalhos com novas exigências de habilidades
que, por sua vez, demandam novos tipos de pessoas.
Cláudia trabalha em uma empresa de tecnologia há dois anos. Em uma
reunião da diretoria, �cou sabendo de sua futura promoção como
Gerente de Departamento Financeiro da empresa. A primeira
preocupação de Cláudia foi: “Estou realmente preparada para assumir o
novo cargo? Quais as habilidades que devo possuir para enfrentar os
novos desa�os da função? Como deveria ser uma administradora
competente?” (Adaptado de Chiavenato, 2004).
13
Visite o site e conheça todas as atividades do administrador no seu
estado, bem como cartilhas, materiais e informativos sobre a pro�ssão do
administrador e da administração. 
Para �nalizar, No Brasil, de maneira sucinta, a administração teve base legal com a
criação da LEI n.º 4.769, de 9 de setembro de 1965, que dispõe sobre o exercício da
pro�ssão de Técnico de Administração e dá outras providências. Com esses
entendimentos sobre o que é administração ou gestão, é que seguimos a nossa
caminhada um pouco mais pavimentada em direção aos estudos sobre Gestão de
Custos Logísticos.
Até a próxima!
14
https://go.eadstock.com.br/yr
Custos
02
15
Na contabilidade, assim como em outras ciências, muitos termos são utilizados para
se referir a especi�cidades técnicas da área. Iudícibus e Marion (2007) destacam a
importância de conhecer esses termos, não somente para que a área tenha um
domínio comum em relação ao uso correto das nomenclaturas, mas também para
que se evitem confusões e erros nos lançamentos e nas interpretações contábeis.
Assim, é importante diferenciar termos tais como gasto, custo, despesa, desembolso
e receita. Vejamos algumas de�nições à luz do que propõem Iudícibus e Marion
(2007): 
Receita: a receita corresponde às vendas das mercadorias e da prestação de
serviços. No Balanço, ela aparece por meio da entrada de dinheiro em caixa ou,
ainda, na forma de direitos a receber, como as duplicatas, por exemplo. A receita
sempre aumenta o ativo da organização, embora nem todo aumento de ativo indique
que se tenha como fonte a receita, a exemplo dos empréstimos e �nanciamentos.
Gasto: é todo sacrifício para a aquisição de um bem ou serviço com pagamento no
ato ou no futuro. Em um primeiro momento, todo sacrifício para a aquisição de um
bem ou serviço pode ser considerado um gasto, sem que necessariamente haja um
desembolso do valor.
Desembolso: é todo montante que sai do caixa da empresa (Disponível) para que
sejarealizado um pagamento. Vale lembrar que todo gasto mais cedo ou mais tarde
se tornará um desembolso, sem que, necessariamente, todo desembolso seja para
quitação de um gasto.
Perda: ocorre quando há um gasto involuntário, anormal e extraordinário e
comumente impacta em redução do Ativo da organização.
Ganho: o ganho, por sua vez, aumenta o ativo e ocorre de forma aleatória,
independente da atividade operacional da empresa, e isso o difere da receita, por
exemplo.
Custo: de acordo com Iudícibus e Marion (2007), quando a matéria-prima é
adquirida, ocorre o gasto. Na sequência, a mercadoria é estocada para que numa
próxima etapa ela possa ser processada. A partir do momento em que a mercadoria
está em processamento ou já está processada, e a ela são adicionados outros gastos
(mão de obra + matéria-prima + embalagens, por exemplo), temos o que se chama
de custo. Logo, todo gasto que esteja já em etapa de processamento se transforma
em custo. Em uma indústria, por exemplo, toda matéria-prima, mão de obra direta e
indireta e desgaste das máquinas podem ser consideradas como custo.
16
Despesa: diferentemente da perda, a despesa acontece a partir do momento em que
ocorre o consumo de recursos para geração da receita, sem que haja relação direta
com o processo de fabricação. Ex. despesa com comissão sobre as vendas.
Histórico da Contabilidade de
Custos e seus Objetivos
A contabilidade, mesmo nas primeiras sociedades e de forma rudimentar, surgiu
como um sistema de registro das relações econômicas. Inicialmente, por meio do
método das partidas simples e, posteriormente, para o que conhecemos hoje nas
partidas dobradas. Santos (2017) a�rma que a contabilidade é um sistema de contas
composto por normas, regras e princípios para a acumulação, geração e análise de
dados que se destina a atender a necessidades internas e externas de uma empresa. 
Martins (2010, p. 19) nos lembra de que até a Revolução Industrial, no século XVIII, a
contabilidade tinha como foco o aspecto �nanceiro, e �cou conhecida como
contabilidade geral, basicamente para atender à expansão comercial. Basicamente, a
apuração do resultado era efetuada por diferença, sem que fosse necessário imputar
muitos recursos e muita complexidade.
No entanto, com o advento da Revolução Industrial, outras habilidades como
mensurar adequadamente os estoques, o custo das mercadorias e o resultado se
tornaram fundamentais no desenvolvimento da pro�ssão. A Revolução Industrial
17
mostrou que a contabilidade �nanceira já não era mais su�ciente para responder às
questões emergentes relacionadas ao custo do processo produtivo, surgindo assim, a
contabilidade de custos.
A contabilidade de custos fornece informação tanto para a contabilidade
�nanceira quanto para a contabilidade gerencial, sendo necessária para
identi�car, mensurar, coletar, classi�car e fornecer informações que são
úteis ao planejamento e ao processo decisório. 
Koliver (2002) separa os objetivos da contabilidade de custos entre gerais e
especí�cos. Assumindo como pressuposto de que a contabilidade de custos deve
gerar informações úteis à tomada de decisões, entende-se como objetivo geral: a
apreensão, classi�cação, registro, análise, interpretação de valores físicos e
monetários das variações patrimoniais – ocorridas, projetadas ou simuladas e
pertencentes ao ciclo operacional interno.
Koliver (2002) de�ne os seguintes objetivos especí�cos:
a) apreender as variações patrimoniais ocorridas no ciclo operacional
interno da entidade, para a sua correta avaliação e, consequentemente,
dos ativos e despesas a elas concernentes; 
b) apurar os resultados por portador �nal dos custos, de acordo com
seus preços de venda; 
c) avaliar a e�cácia das operações, à luz de parâmetros estabelecidos, ou
seja, o controle de economicidade operacional; 
d) analisar alternativas, reais ou simuladas, que busquem alterações nas
operações da entidade, no todo ou em parte.
Desta forma, podemos concluir que, tão fundamental quanto a contabilidade
�nanceira ou gerencial, a contabilidade de custos proporciona ao gestor uma visão
adequada ao entendimento do processo produtivo, da margem de lucratividade e de
onde possivelmente há perdas �nanceiras, vislumbrando ainda a separação em
termos diretos, indiretos, �xos e variáveis.
18
Custo ou Despesa?
Jonatan de Sousa Zanluca
De grande importância para a gestão de negócios, a correta diferenciação
dos gastos em custos e despesas se faz necessária já que a contabilidade
trata a ambas de formas distintas. Contabilmente, os custos integram
diretamente a formação do valor dos estoques; as despesas são
deduzidas diretamente do resultado e são incluídas em sua totalidade na
Demonstração do Resultado do Exercício.
Custo: De acordo com a NPC 2 do IBRACON, “Custo é a soma dos gastos
incorridos e necessários para a aquisição, conversão e outros
procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e
localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua
aquisição ou produção, de modo a colocá-los em condições de serem
vendidos, transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na
prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou
realizados de qualquer outra forma”. Desta forma, custo é o valor gasto
com bens e serviços para a produção de outros bens e serviços.
Exemplos: matéria-prima, energia aplicada na produção de bens, salários
e encargos do pessoal da produção.
Despesa: Valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da
atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de
receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório,
Salários da administração.
Como diferenciar?
Os custos têm a capacidade de serem atribuídos ao produto �nal,
despesas são de caráter geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos.
Se ainda restar dúvida proponho a seguinte pergunta para esclarecimento
da natureza do gasto:
Se hipoteticamente eu eliminar este gasto a produção ou obtenção
de estoques seria diretamente afetada?
Se a resposta for a�rmativa trata-se de um custo, pois está vinculado à
produção, caso contrário, temos uma despesa.
19
Fonte: Disponível aqui
Exemplo de aplicação:
Gasto com propaganda e publicidade é custo ou despesa?
Aplicando a análise acima, veremos que ao cortar gastos com publicidade
e propaganda não teríamos alteração na produção de estoques, somente
uma possível queda nas vendas. Portanto, trata-se de uma despesa.
Quadro Comparativo: Custos x Despesas
Custos Despesas
Gastos de produção Gastos administrativos e de vendas
Vinculados diretamente aos
Produtos/Serviços
Não se identi�cam diretamente à
produção
Gastos com o objeto de
exploração da empresa
(atividade-a�m)
Gastos com outras atividades não
exploradas pela empresa
(atividade-meio)
20
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-despesa.htm
Custos Fixos
03
21
Olá a todos!
O estudo de custos contribui para que o gestor consiga tomar melhores decisões.
Atribuir os valores dos produtos por meio da apropriação de seus valores diretos e
indiretos permite não somente identi�car possíveis gastos desnecessários, mas
também realizar cálculos que indiquem se o montante vendido irá resultar em
prejuízo ou lucro.
Desta forma, em relação à classi�cação de custos em relação ao volume produzido
pela atividade, chegamos ao nosso primeiro conceito, o de custos �xos. De acordo
com Iudícibus e Marion (2007), os custos �xos podem ser entendidos como aqueles
que se mantêm inalterados, independentemente das variações de produção e venda
podendo, inclusive, existirem ainda que não haja volume nenhum. 
Vamos a um exemplo característico: o aluguel de um imóvel ocupado por
uma indústria cujo valor mensal é o mesmo em cada período,
independentemente do volume produzido. Mesmo quando o valor do
aluguel é reajustado, o custo continua �xo, porque houve apenas uma
atualização do valor contratado, normalmente corrigindo a depreciação
da moeda e não a variação da produção. 
Os custos �xos podem ser entendidoscomo aqueles que se mantêm
inalterados, independentemente das variações de produção e venda, e
inclusive podem existir mesmo que não haja volume nenhum.
22
Duas características dos custos �xos:
a. o valor permanece constante independente do volume produzido e
comercializado;
b. sua alocação para os departamentos ou centros de custos não necessita, na
maioria das vezes, de critérios de rateio. 
Vejamos um exemplo na Tabela 1, simulando uma fábrica de sapatos, em que o valor
�nal da coluna representa o aluguel mensal pago pelo uso das instalações.
Tabela 1. Variação do custo em função do volume produzido
Fonte: o autor (2020).
Produção
no
período
Consumo
de tecido
por par
Consumo
total
Valor
unitário
(m)
Valor
total
em R$
Aluguel
11.000
pares
1 metro
11.000
metros
R$ 1,00
R$
11.000
R$
5.000
11.300
pares
1 metro
11.300
metros
R$ 1,00
R$
11.300
R$
5.000
11.600
pares
1 metro
11.600
metros
R$ 1,00
R$
11.600
R$
5.000
Perceba que, enquanto os valores totais variaram em função do volume produzido, a
coluna Aluguel permaneceu inalterada em seus lançamentos, ou seja, o custo é �xo
apesar do volume produzido.
Os custos �xos ainda podem ser subdivididos em:
Custo Fixo de Capacidade - é o custo relativo às instalações da empresa e re�ete a 
própria capacidade instalada, como depreciação, amortização, etc.
Custo Fixo Operacional - é aquele relativo às operações das instalações, tais como
seguro, imposto predial, etc.
23
São exemplos de custos �xos:
Aluguel
Serviços de segurança
Serviços de limpeza
Telefone 
Custo Fixo e sua Relação com o
Ponto de Equilíbrio
Um ponto importante dos custos �xos é o seu impacto no ponto de equilíbrio
organizacional. Observe o Grá�co 1 a seguir e perceba o peso deste componente
para a atividade da empresa. Nele, é possível observar duas retas, uma indicando a
função receita, e outra a função custo. Enquanto a receita se inicia a partir do ponto
zero, a função custo, in�uenciada pelo custo �xo, já se inicia a partir de uma
determinada altura, vejamos: 
24
Grá�co 1 – Ponto de Equilíbrio
Fu
nç
ão
 Re
ce
ita
Fun
ção
 Cu
sto
Área de lucro
Ponto de “ruptura”
Área de prejuízo
Quantidades ($)
Volume
Cu
st
o/
Re
ce
it
a
N
ív
el
 d
e 
cu
st
o 
fix
o
Fonte: Iudícibus e Marion (2007, p. 196).
Desta forma, é possível inferir que, por terem um grande peso na composição total
de custos, se os custos �xos não forem bem gerenciados, é possível que a empresa
tenha uma perda signi�cativa em sua lucratividade ou, ainda, que o negócio seja
inviabilizado.
25
Custos Fixos e Variáveis
Jonatan de Sousa Zanluca
Os custos podem ser classi�cados de diversas maneiras, de acordo com
sua �nalidade. Quanto ao volume de produção, os custos são
classi�cados em �xos e variáveis. Esta classi�cação é muito utilizada para
o cálculo do sistema de custos variável.
Despesas e Custos Fixos
Despesas ou Custos �xos são aqueles que não sofrem alteração de valor
em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem, portanto,
do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura.
Exemplos:
Limpeza e Conservação
Aluguéis de Equipamentos e Instalações
Salários da Administração
Segurança e Vigilância 
Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já
estão com seus valores �xados. Por isso, chamamos de custos �xos.
Apropriação dos Custos Fixos e Variáveis
No sistema de custo variável, o custo �nal do produto (ou serviço) será a
soma do custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os
custos �xos considerados diretamente no resultado do exercício. Neste
sistema, a geração de riqueza está na venda e não na produção.
Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pela legislação
�scal, e serve somente para �ns gerenciais. O custo de absorção é o
utilizado legalmente conforme o Decreto 3.000/99. Neste método, todos
os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os
produtos feitos, pouco importando se estes são �xos ou variáveis. Desta
forma, os produtos acabam absorvendo os custos, o que gerou o nome
deste método (custo por absorção).
26
Fonte: Disponível aqui
Vantagens do Custeio Variável
Mesmo não sendo aceito pela legislação �scal, o custeio variável
apresenta vantagens sobre as demais. Podemos destacar as seguintes:
Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas
Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar
custos �xos, já que esses são deduzidos diretamente do resultado.
Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito
utilizada no processo decisório. 
27
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-fixo-variavel.htm
Custos Variáveis
04
28
Aluno, na aula passada, falamos de custos �xos. Mas ainda em se tratando da
classi�cação de custos em relação ao volume de produção, temos um importante
componente na gestão de custos, os custos variáveis.
Como o próprio nome diz, os custos variáveis variam em função das modi�cações
no volume da atividade, que podem ser: unidades produzidas ou vendidas, peças
usinadas, exames realizados, horas trabalhadas, etc. Em se tratando de
planejamento, essa classi�cação permite ao gestor prever o que acontecerá em sua
estrutura de custos em função de variações acontecidas nos níveis das atividades.
Existem também casos de custos classi�cados como semi�xos ou semivariáveis,
por conterem uma parte �xa e outra variável; todavia, são uma exceção à regra. 
Vale ressaltar que na Contabilidade o termo variável apresenta um
sentido restrito e se refere não às mudanças que ocorrem no tempo,
mas somente às mudanças associadas com o nível das atividades, ou
seja, com o volume. 
Se o custo aumenta à medida que cresce o volume, trata-se de um custo variável.
Segundo Iudícibus e Marion (2007), os custos variáveis se alteram direta e
proporcionalmente em função do volume realizado. Dessa maneira, o total dos
custos variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta,
vejamos um exemplo hipotético de fábrica de sapatos:
29
Tabela 1 - Variação do custo em função do volume produzido
Fonte: o autor (2020).
Produção
no período
Consumo de
tecido por par
Consumo
total
Valor
unitário
(m)
Valor
total em
R$
11.000 pares 1 metro
11.000
metros
R$ 1,00 R$ 11.000
11.300 pares 1 metro
11.300
metros
R$ 1,00 R$ 11.300
11.600 pares 1 metro
11.600
metros
R$ 1,00 R$ 11.600
Veja que o consumo total varia em função da produção no período, ou seja, quanto
mais se produz, mais se consome – e vice-versa. Diferentemente do custo �xo, o
custo variável aumenta ou diminui à medida que a produção oscila, de forma que,
se imaginássemos o valor de R$1,00 o metro, na linha 1 da tabela, teríamos um
custo de R$ 11.000,00 e na linha 3 de R$ 11.600,00, variação dada em função do
volume produzido.
As características dos custos variáveis são:
a. seu valor total varia na proporção direta do volume de produção;
b. o valor unitário não muda em função da produção, independentemente da
quantidade produzida;
c. a alocação dos custos é normalmente feita de forma direta, sem que seja
necessária a utilização de critérios de rateios.
30
Custos e Preço de Venda no
Comércio
As MPEs representam grande importância para o desenvolvimento econômico
social, gestores e contadores precisam utilizar a ferramenta contábil.
A falta de informação e/ou a não utilização da ferramenta contábil prejudica a
tomada de decisão. O gestor deve enxergar o contador como aliado para seus
negócios, mas por outro lado, o pro�ssional contábil deve conhecer os recursos da
ferramenta contábil e garantir informações precisas para que o gestor possa tomar
as decisões mais acertadas garantindo, dessa forma, vantagens competitivas.
Entre as ferramentas de controle de uso rotineiro nas empresas, temos a formação
de preço nas empresas e esta ferramenta é de suma importância que o empresário
conheça muito bem os custos e despesas, e saiba calcular corretamente o preço de
venda de seus produtos.
Assim, os preços calculados atravésde fórmulas servirão apenas como um
referencial para comparação com os de mercado. Isso não signi�ca dizer que não
devamos calculá-los, ao contrário, esse cálculo nos dará um parâmetro para
avaliarmos se a nossa estrutura de custos nos permite ser competitivos. O preço de
venda precisa sempre ser revisto, seja por aumento no preço de compra dos
produtos, por exigência dos consumidores ou pela concorrência e, assim, se
enquadrar nas regras do mercado.
Para facilitar o entendimento da apuração do preço de venda, vamos considerar
que a empresa fez uma compra de dois tipos de mercadorias: calças e camisas,
adquirindo 200 calças ao preço unitário de R$ 30,00 totalizando R$ 6.000,00, e 300
camisas ao preço unitário de R$ 15,00 totalizando R$ 4.500,00, assim, o valor total
da compra foi de R$ 10.500,00. Nas compras acima, houve incidência do IPI pela
alíquota de 10%, e ICMS pela alíquota de 17%, e houve também o frete de R$
400,00.
Para cálculo do Custo de Aquisição da Mercadoria vamos utilizar a seguinte
fórmula: CAM = PUC + IPI + Frete – ICMS.
Onde:
CAM = custo de aquisição de mercadoria
PUC =  preço de compra unitário
31
IPI = imposto de produtos industrializados
ICMS – imposto sobre a circulação de mercadorias 
PRODUTO PCU IPI FRENTE SOMA ICMS CAM
CALÇAS 30 3,00 1,80 34,48 5,86 40,34
CAMISAS 15 1,50 1,80 18,30 3,11 21,41
Assim, o custo de aquisição foi de R$ 40,34 para a calça, de R$ 21,41 para a camisa.
Custos Indiretos/Fixos
Os custos indiretos/�xos são aqueles que a empresa tem ao assegurar o seu
funcionamento normal. São chamados de custos �xos porque independentemente
das vendas a empresa terá que pagá-los, por exemplo: aluguel, telefone, energia,
água, honorários do contador, entre outros.
Desta forma, vamos considerar que a empresa tem um custo �xo total médio nos
últimos 6 meses de R$ 2.000,00, e no mesmo período auferiu uma receita bruta
média de R$ 20.500,00. Assim, deveremos apurar a relação entre o custo �xo
médio e a receita bruta média, utilizando a seguinte fórmula:
Onde:  
CF% = percentual do custo �xo em relação à receita bruta;
CFM = custo �xo médio;
RBM = receita bruta média. 
Logo temos:
CF% = ( ) × 100CFM
RBM
32
Conforme apurado, a taxa do custo �xo médio em relação à receita bruta média é
de 9,76% (nove vírgula setenta e seis por cento), isso signi�ca que cada mercadoria
vendida deverá suportar com 10% dos custos �xos, através de suas vendas.
Margem de lucro - ML
É o lucro esperado pelo empresário depois de pagos todos os custos. Para �xação
da margem de lucro a empresa deverá �car atenta, e veri�car também o preço
praticado pelo mercado. No nosso exemplo, vamos utilizar para as duas
mercadorias uma margem de lucro de 20%. Agora, já temos todos os elementos
para calcular o preço de venda da mercadoria, assim, vamos encontrar a Taxa de
Marcação – TM. A Taxa de Marcação é o fator que vai de�nir o preço de venda da
mercadoria, para calcular vamos utilizar a seguinte fórmula:
Onde:
CF% = custo �xo médio percentual em relação à receita bruta média
CVV = custos variáveis de venda
ML = margem de lucro 
Agora, vamos executar a fórmula aplicando os índices encontrados anteriormente:
CF% = ( ) × 100
R$2.000, 00
R$20.500, 00
CF% = 9, 76%
TM =
100
100 − (CF% + CV V +ML)
TM =
100
100 − (9, 76 + 26, 93 + 20)
TM =
100
100 − (59, 69)
TM =
100
43, 31
33
Fonte: Disponível aqui
Encontrada a Taxa de Marcação de 2,31, agora vamos calcular o preço de venda
das mercadorias aplicando a fórmula: PV = CAM x TM, onde CAM =   custo de
aquisição da mercadoria e TM = taxa de marcação.
Assim, temos:
Calça: PV = R$ 40,31 x 2,31 = R$ 93,12
Camisa: PV = R$ 21,41 x 2,31 = R$ 49,46 
Desta forma, o preço de venda da calça é de R$ 93,12 e o da camisa de R$ 49,46. 
TM = 2, 31
O vídeo do Sebrae sobre como de�nir traz a conceituação do que são os
custos �xos e variáveis, os custos diretos e custos da empresa indiretos
e suas relações com os indicadores de desempenho da organização.
Vale a pena conferir.
34
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/custos-e-preco-de-venda-no-comercio,e195164ce51b9410VgnVCM1000003b74010aRCRD
https://go.eadstock.com.br/ys
Custos Diretos
05
35
Classificação de Custos
A classi�cação de custos, em síntese, separa os custos em quatro categorias básicas:
custos diretos e indiretos, que são úteis para apropriação e análise de custeio, e no
estabelecimento de análises de rentabilidade, controle de gastos ou, ainda, na
formação de preço etc., e em custos �xos e variáveis, que permitem identi�car
quais custos são recorrentes e imutáveis para a manutenção do negócio e quais
variam em função de sua atividade produtiva.
Neste sentido, de acordo com Iudícibus e Marion (2007), considera-se custo direto
aqueles que são apropriados diretamente na produção dos bens e serviços. Desta
forma, é possível inferir diretamente o que cada produto absorveu em função de sua
produção. Em outras palavras, são aqueles custos incluídos diretamente na
fabricação do produto ou que possam ser mensurados de forma objetiva. Exemplos:
matérias-primas, materiais de  embalagens, horas de mão de obra do operário que
trabalha efetivamente na fabricação do produto, etc.
Um simples ato de medição direta pode identi�car a alocação destes custos. A
madeira utilizada na fabricação de uma mesa, o parafuso, a cola e a mão de obra do
montador são exemplos práticos de custos diretos de fabricação, cujo valor pode ser
agregado diretamente ao valor do que se está sendo produzido, sem que haja
necessidade de rateio para sua identi�cação. 
36
Apropriação dos Custos Diretos
Para conhecer o consumo de matérias-primas, basta que a empresa mantenha um
sistema de requisições, de modo a contabilizar os produtos e subprodutos
utilizados diretamente na fabricação de um determinado bem.
Em relação à mão de obra direta, a empresa precisa de um sistema de
apontamentos, que possibilita veri�car quais os operários que trabalham em cada
produto (ou serviço) no período (dia, semana, mês) e por quanto tempo (minutos,
horas), de forma que os custos serão apropriados a partir do valor da hora
multiplicado pelo total de horas apontadas. 
São os custos que podem ser quanti�cados e identi�cados no produto ou
serviços e valorizados com relativa facilidade. Desta forma, não
necessitam de critérios de rateios para serem alocados aos produtos
fabricados ou serviços prestados, uma vez que são facilmente
identi�cáveis.
São exemplos de custo direto:
Materiais diretos: matérias-primas, embalagens, componentes e outros materiais
necessários à produção, ao acabamento e apresentação do produto. Exemplo: ferro
em uma indústria de metais. 
Mão de obra direta: é o trabalho diretamente aplicado na fabricação do produto.
Exemplo: trabalhadores de uma linha de montagem.
37
Vamos veri�car o caso da Indústria do Sr. Roberval, que analisando os
gastos do seu negócio, desenvolveu a seguinte tabela:
Produtos Qtde. Produzida Custo Direto Unitário
Produto A 100 unidades R$ 10,00
Produto B 150 unidades R$ 20,00
Produto C 200 unidades R$ 15,00
38
Os Custos Diretos referem-se às matérias-primas, materiais de
acabamento e embalagens.
Para encontrar o valor do custo direto de tais materiais, a empresa deverá
adotar o seguinte procedimento:
Valor de aquisição dos materiais 
(+) Frete sobre compras 
(+) Impostos não recuperáveis 
(-) Impostos recuperáveis 
(=) Custo direto dos materiais adquiridos
Os impostos que incidem nas compras dos materiais diretos, no caso, o
IPI e o ICMS, poderão ser recuperáveis ou não, dependendo do
enquadramento tributário da empresa. Quando a empresa é enquadrada
como ME nos âmbitos federal e estadual, não recupera o IPI e o ICMS.
Portanto, tais valores não serão deduzidos do valor de aquisição dos
materiais diretos. Ao contrário, quando a empresa for contribuinte do IPI
e do ICMS, os valores correspondentes a tais impostos na compra dos
materiais diretos deverão ser deduzidos para efeito de cálculo do custo
direto destes materiais. No caso da indústria do Sr.Roberval, o custo
direto do produto A foi calculado da seguinte forma:
Valor de aquisição das matérias-primas: R$ 9,00 
( + ) Frete sobre compras: R$ 1,00
( = ) Custo do material adquirido: R$ 10,00
Com relação aos Custos Indiretos, o cálculo poderá ser feito levando-se
em conta a média nos últimos meses, como também, considerando-se
uma expectativa de projeção de valores para o futuro. Os Custos
Indiretos, para serem distribuídos aos produtos, necessitam de um
critério de rateio. Existem vários critérios de rateio, tais como: unidades
produzidas, horas-máquinas, horas de mão de obra etc. Porém, a escolha
do critério de rateio deverá ser de acordo com a estrutura de custos da
empresa, levando-se em conta o seu sistema de produção.
Assim, os Custos Indiretos da empresa do Sr. Roberval correspondem a
R$ 3.500,00 por mês e são rateados (distribuídos) aos produtos
proporcionalmente ao Custo Direto que cada produto absorve. Sendo
assim, o cálculo do custo total por unidade produzida �caria:
39
Desta maneira, o Sr. Roberval consegue visualizar exatamente os gastos
envolvidos na fabricação dos produtos A, B e C, podendo, como já
citamos, tomar várias decisões importantes para sua empresa.
Produtos
Qtde de
Produtos
Custo
Direto
Unitário
Custo
Direto
Total
(qtdes
produzida
x custo
direto
unitário)
Custo Indireto 
Total (rateado 
proporcio
-nalmente aos 
custos diretos 
de cada 
produto)
Custo
Indireto
Unitário
(custos
indiretos
divididos
pelas
qtdes
produzidas)
Coluna 1 2 3 4 5
Produto
A
100
unidades
100,00 1.000,00 500,00 5,00
Produto
B
150
unidades
20,00 3.000,00 1.500,00 10,00
Produto
C
200
unidades
15,00 3.000,00 1.500,00 7,50
Total
450
unidades
– 7.000,00 3.500,00 –
Custo 
Total por 
Unidade 
(custos 
diretos + 
custos 
indiretos)
6
15,00
30,00
22,50
–
Fonte: Disponível aqui
40
https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/494CE2DC282B19CD03257142006BC72F/$File/NT00031F8A.pdf
O portal de contabilidade traz as de�nições de como apurar e apropriar
os custos diretos e indiretos de fabricação. Não deixe de veri�car.
41
https://go.eadstock.com.br/yt
Custos Indiretos
06
42
Classificação de Custos
Dando prosseguimento ao assunto, outro importante tópico na contabilidade de
custos diz respeito aos custos indiretos de fabricação. De acordo com Iudícibus e
Marion (2007), os custos indiretos têm como principal característica sua difícil
mensuração objetiva em relação ao bem produzido, ou seja, diferentemente dos
custos diretos, os custos indiretos não são facilmente identi�cáveis nos produtos.
Neste sentido, para que o gestor de custos consiga atribuir o valor indireto, é
preciso frequentemente recorrer a cálculos também indiretos, como estimativas de
distribuição e rateios, por exemplo.
Se imaginarmos uma fábrica seria muito difícil dizer quanto do valor da mão de
obra de supervisão pode ser apropriado a um produto ou serviço, visto que
comumente este tipo de trabalho está ligado a vários pontos da cadeia produtiva
ou, ainda, a vários tipos de produto.
Desta forma, são exemplos de custo indireto: 
Mão de obra indireta: é representado pelo trabalho nos departamentos auxiliares
nas indústrias ou nos prestadores de serviços, e que não podem ser mensurados
diretamente em nenhum produto ou serviço executado.
Materiais indiretos: são aqueles materiais que são empregados nas atividades
auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com o produto não possui
relevância signi�cativa. São eles: graxas e lubri�cantes, lixas, etc.
Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à própria existência do
setor fabril. Exemplo: depreciação, seguros contra incêndios da fábrica, transporte
e refeições da mão de obra, etc.
43
Os custos indiretos são aqueles não identi�cáveis por produto, ou seja,
não há uma medida objetiva para o estabelecimento dos custos, mas
sim, há necessidade de se utilizar de estimativas e rateios para tal.
Apropriação dos Custos Indiretos
Os custos indiretos – quando analisados individualmente – revelam a di�culdade de
identi�cação direta com o produto em termos de mensuração efetiva. Entre esses,
podem ser citados: depreciação, seguros, impostos e taxas �xas, aluguel de prédio,
juros e despesas de �nanciamento, combustíveis e lubri�cantes, materiais de
manutenção, etc. 
Os custos diretos são atribuídos diretamente e sem grandes esforços
aos produtos, ao passo que os custos indiretos devem antes ser
mensurados por meio de rateio ou outra técnica que permita inferir a
quantidade relacionada ao produto, para só então serem transferidos. 
Para a realização dos rateios, os custos indiretos têm relação com a fase
operacional, e os custos totais são distribuídos sobre a produção. Na contabilidade
é comum que a divisão seja realizada por meio de unidades operacionais,
denominadas de "centro de custos" e que constituem a menor unidade de
acumulação de custos (indiretos) na empresa.
44
Alguns Critérios de Rateio
Iudícibus e Marion (2007) apresentam alguns critérios de rateio, como o baseado
na proporcionalidade da mão de obra ou da matéria-prima. Vejamos alguns
conceitos e seus exemplos: 
Rateio proporcional à mão de obra: imagine que o valor apurado da mão de obra
de um supervisor de produção é de R$ 500,00. Em seu tempo total de trabalho ele
passa 2/3 no setor de cadeiras e 1/3 no setor de mesas, vejamos o cálculo:
Cadeiras - 2/3  x  R$500 = R$ 333,33 
Mesas - 1/3  x  R$500 = R$ 166,66
Em um cálculo de rateio proporcional à mão de obra, teríamos que lançar R$ 333
para as cadeiras e R$ 166 para as mesas a título de custo indireto de mão de obra. 
Rateio proporcional à matéria-prima: Iudícibus e Marion (2007) ainda
demonstram que caso alguém resolva contestar o cálculo acima e, arbitrariamente,
indicar que o rateio deveria ser realizado em função da matéria-prima empregada,
haveria uma mudança no cálculo e nos valores, sendo necessária, para tanto, a
identi�cação do total de matéria-prima utilizada em cada componente, vejamos:
Cadeiras – 50 cadeiras  x  1 tábua = 50 tábuas (50/70 = 71,42%) 
Mesas – 10 mesas  x  2 tábuas = 20 tábuas (20/70 = 28,58%) 
Total = 70 tábuas
Cadeiras – 71,42% x R$ 500 = R$ 357,10 
Mesas –  28,58% x R$ 500 = R$ 142,90
Nesta situação, haveria uma pequena variação em relação ao rateio proporcional à
mão de obra, cabendo ao administrador entender quais critérios fazem mais
sentido à sua realidade. 
45
Por que departamentalizar os custos indiretos de
fabricação?
Rodrigo Fiori
A departamentalização é resultado de um estudo feito pela administração da
empresa, que leva em conta as várias especialidades e as diversas atividades ou
funções. É a divisão do trabalho baseada na capacidade especí�ca de cada pessoa
ou grupo de pessoas. A departamentalização se destina a separar as atividades de
uma empresa de acordo com a natureza de cada uma delas, procurando maior
e�ciência nas operações. Está apresentada em termos práticos no organograma,
princípio para que possa haver a departamentalização. A contabilidade de custos
utiliza-se dessa departamentalização para distribuir os custos indiretos de
fabricação aos produtos elaborados pela entidade.
Para exempli�car o que ocorre com os custos dos produtos de uma empresa sem
departamentalização em relação a uma empresa departamentalizada vamos
utilizar as informações de (Martins, 2000, p. 67-70). Suponhamos que uma
empresa, produzindo três produtos, D, E, e F, tenha que alocar os seguintes custos
indiretos:
Depreciação de Equipamentos R$ 200.000,
Manutenção de Equipamentos R$ 350.000,
Energia Elétrica R$ 300.000,
Supervisão de Fábrica R$ 100.000 e
Outros Custos Indiretos R$ 200.000, formando um total de R$ 1.150.000. 
Devido à grande preponderância de Custos Indiretos ligados a equipamentos,
decide-se então fazer a distribuição aos diversos produtos com base no tempo de
horas-máquina que cada um leva para ser feito:
Produto D 400 horas-máquina (40%),
Produto E 200 horas-máquina (20%) e
Produto F 400 horas-máquina (40%) em um total de 1.000 horas-máquina(100%). 
Portanto, atribuição dos custos indiretos e o cálculo do custo total �cariam:
46
Custo Indireto médio por hora-máquina = R$ 1.150.000 ÷ 1.000 hm = R$ 1.150/hm.
Ficariam alocados a cada produto os seguintes valores de Custos Indiretos:
Produto D R$ 460.000,
Produto E R$ 230.000 e
Produto F R$ 460.000. 
Suponhamos, entretanto, que, ao analisar o processo de produção com mais
cuidado, veri�ca-se que, apesar de os totais de horas-máquina consumidas serem
aqueles mesmos, existe uma grande disparidade entre os produtos pelo seguinte:
o produto D gasta um total de 400 hm, mas distribuídas nos setores de Corte,
Montagem e Acabamento, enquanto que o produto E só passa pelo Corte, não
necessitando nem de Montagem nem de Acabamento, e o Produto F só passa
exatamente por esses dois setores, não precisando passar pelo Corte.
A distribuição total é assim levantada:
Produto D 100 hm/Corte, 50 hm/Montagem e 250 hm/Acabamento,
Produto E 200 hm/Corte e
Produto F 250 hm/Montagem e 250 hm/Acabamento. 
Completando essa investigação adicional, veri�ca-se, também, que o gasto com os
Custos Indiretos de Produção não é uniforme entre os setores, distribuindo-se
conforme o quadro 1.
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Quadro 1
 
Corte
(R$)
Montagem
(R$)
Acabamento
(R$)
Total (R$)
Depreciação 100.000 30.000 70.000 200.000
Manutenção 200.000 30.000 120.000 350.000
Energia 60.000 40.000 200.000 300.000
Supervisão 50.000 20.000 30.000 100.000
Outros C.I.F 40.000 30.000 130.000 200.000
Total 450.000 150.000 550.000 1.150.000
Custo Médio 
por 
Hora-
máquina
450.000 
÷300hm 
=R$
1.500/hm
150.000 
÷300 hm 
=R$
500/hm
550.000 
÷400 hm 
= R$
1.375/hm
1.150.000 
÷1.000 hm 
= R$
1.150/hm
Podemos agora efetuar uma apropriação dos Custos Indiretos de forma mais
adequada, levando em conta o tempo de cada produto em cada Departamento e o
custo por hora-máquina de cada departamento.
Produto D: 
Corte (100hm x R$ 1.500/hm = R$ 150.000), 
Montagem (50hm x R$ 500/hm = R$ 25.000) 
Acabamento (250 hm x R$ 1.375/hm = R$ 343.750) = total de R$ 518.750;
Produto E: Corte (200 hm x R$ 1.500/hm = R$ 300.000);
48
Produto F: Montagem (250hm x R4 500/hm = R4 125.000) e 
Acabamento (150 hm x R4 1.375/hm = R$ 206.250) = total de R$ 331.250. 
Podemos fazer uma comparação entre os valores dos Custos Indiretos alocados a
cada produto sem a Departamentalização (uso de uma única taxa horária para
todos) e com a Departamentalização (uma taxa para cada departamento), usando o
quadro 2.
Quadro 2 - Custos indiretos
Sem departa
-mentalização
Com departa
-mentalização
Diferença
(R$)
Produto
D
R$ 460.000 R$ 518.750 R$ 58.750
Produto
E
R$ 230.000 R$ 300.000 R$ 70.000
Produto
F
R$ 460.000 R$ 331.250
(R$
128.750)
Total R$ 1.150.000 R$ 1.150.000 -
Atentando para a coluna diferença, veri�camos o grau de distorção existente entre
as duas formas e, apesar de quaisquer arbitrariedades ocorridas na forma de
apropriação por hora-máquina, é claro que na alocação com base na
Departamentalização serão cometidas menos injustiças e diminuídas as chances de
erros maiores.
Analisando as diferenças na distribuição dos CIF, podemos perceber a
representatividade que eles possuem sobre os produtos elaborados, interferindo
na lucratividade dos mesmos. Ao apropriarmos os custos indiretos somente pelas
horas-máquina consumidas obtínhamos certo resultado em exemplo para o
Diferença
(%)
12,8%
30,4%
-
(28%)
49
Fonte: Disponível aqui
produto F de R$ 460.000 sendo que na realidade ele consumia de CIF somente R$
331.250 uma diferença de R$ 128.750 e para o produto E R$ 230.000 sem
departamentalização e R$ 300.000 com a departamentalização sendo a diferença
R$ 70.000.
Ao optarmos pelo corte ou aumento de produção de um determinado produto
temos que levar em consideração os dados reais que o produto apresenta para
que não ocorra uma decisão errônea. Se considerarmos como preço de venda do
produto E o valor de R$ 300.000 sem a departamentalização ele estaria rendendo
R$ 70.000 de lucro, sendo isso uma inverdade, pois com a departamentalização seu
lucro é zero. Formando o preço de venda do produto F R$ 470.000 poderíamos
dizer que sua lucratividade é somente de R$ 10.000 sem a departamentalização,
porém, na verdade é de R$ 138.750 como apresenta a departamentalização.
Supondo que uma entidade não departamentalizada escolha por cortar um
produto dentre o E e o F certamente ela iria optar pelo F que subjetivamente
apresenta a menor lucratividade, o que iria ocorrer um grande erro, pois, como
demonstrado, pela departamentalização é o produto mais lucrativo. Portanto, a
Contabilidade de Custos torna-se uma grande fonte de informação para a decisão
demonstrando a importância de contabilidade dentro de processo de gestão
empresarial, a contabilidade é uma poderosa fonte de informação empresarial.
50
https://www.crcpr.org.br/new/content/publicacao/revista/revista133/depart.htm
Conceituando a Logística
07
51
Em qualquer sociedade, industrializada ou não, as mercadorias necessitam de
transporte do local de onde são produzidas até o seu consumo ou utilização. Foi o
tempo em que as famílias produziam tudo o que precisavam, e sob essa égide o
princípio da troca tem seu lugar de destaque fundamentando a atividade econômica.
Em uma sociedade que detêm mercadorias e que têm necessidade de obtenção,
forma-se essa diferença potencial capaz de iniciar um �uxo de mão dupla, provendo,
assim, as bases de uma transação comercial.
Surgem, então, os conceitos de produtor e consumidor que se utilizam de canais
que facilitem a sua comunicação, e que as organizações que são capazes de viabilizar
a chegada dos bens e serviços ao mercado conseguem ganhar em bloco, em cadeia,
chamado de cadeia de suprimentos. Sobre esse assunto, falaremos um pouco mais
adiante. 
Logística: Função Crucial para as
Empresas
Já abordamos os conceitos de administração-gestão e custos, e agora vamos
construir um pensamento sobre a última palavra da expressão “Gestão de Custos
Logísticos”, assim, a logística entra em cena com suas ferramentas e fechamos o foco
sobre GESTÃO-CUSTOS-LOGÍSTICA.
O Council of Logistics Management de�ne logística como o processo de planejamento,
implementação e controle da e�ciência, e do custo relacionado ao �uxo de
armazenagem de matéria-prima, material em processo e produto acabado, bem
como do �uxo de informações do ponto de origem ao ponto de consumo com o
objetivo de atender às exigências do cliente (Martins e Laugeni, 2005). 
52
A logística é uma função essencial para as empresas, ainda mais num
contexto de competição e de tecnologias à disposição de todo e qualquer
negócio. 
Ballou (1993) traz a concepção de que a logística empresarial estuda como a
administração pode prover um melhor nível de rentabilidade nos serviços de
distribuição aos clientes e consumidores por meio do planejamento, organização e
controle efetivo para atividades de movimentação, e armazenagem que visam
facilitar o �uxo de produtos.
Para o autor, trata-se de um fato econômico, pois de um lado estão os recursos, e de
outro os consumidores, espalhados em amplas áreas geográ�cas – e os clientes não
residem próximos dos locais onde os bens ou produtos estão localizados.
Assim, um dos grandes problemas que a logística enfrenta é tentar diminuir a
diferença entre a produção e a demanda, de maneira que os consumidores tenham
bens e serviços quando e onde quiserem e nas condições físicas que desejarem por
meio de canais multifacetados (Ballou, 1993).
53
“Se uma das �nalidades básicas de qualquer sistema logístico é superar o
fato de que terras e pessoas estão desigualmente distribuídas, nestas
dicas de cinema vemos o mesmo sistema superar outros tipos de desa�os
– desde roubos ‘e�cientes’ de carros e sua estocagem até operações
espaciais e de guerra.” Veja no link quatro �lmes que apresentam
transportes e�cientes em:
A função logística existe desde os mais remotos tempos. A partir do momento em
que o homem deixou de lado a alimentação baseada no que encontrava na natureza
e passou a plantarpara sobreviver, surgiu a atividade de estocar os excedentes
produtivos. Esses excedentes, transformados em estoque, precisavam ser guardados
(armazenados) e transportados para algum lugar, fosse para consumir ou armazenar.
O surgimento da função logística pode se confundir com o aparecimento das
atividades econômicas organizadas. O termo logística, por outro lado, teve uma
in�uência militar recente.   De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa de
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, logística vem do francês logistique e é a parte
da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de:
a. Projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte,
distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para �ns
administrativos ou operativos);
b. Recrutamento, incorporação, instrução e adestramento, designação,
transporte, bem-estar, evacuação, hospitalização e desligamento de pessoal;
c. Aquisição ou construção, reparação, manutenção e operação de instalações e
acessórios destinados a ajudar o desempenho de qualquer função militar.
54
https://go.eadstock.com.br/yu
Assim, a logística tornou-se uma arte de guerra muito mais estudada a partir da 2ª
Guerra Mundial diante das di�culdades encontradas pelos americanos em produzir,
deslocar e armazenar suprimentos para as suas tropas no distante continente
europeu – além do próprio deslocamento de suas tropas.
Nos dias de hoje, novos tipos de clientes surgem, como um cliente sensível não só a
um bom serviço, mas ao tempo e ao conforto do local de compra, como um
diferencial de escolha e satisfação deste cliente. A logística tem se tornado cada vez
mais uma importante atividade de Gestão Operacional e de Planejamento
Estratégico, apoiada, principalmente, na moderna Tecnologia da Informação e tendo
uma grande ligação com as atividades de fornecimento, manufatura, qualidade,
marketing e �nanças.
Para Arbache et al. (2011), a logística é importante porque auxilia empresas e
organizações no processo de agregação e criação de valor para o cliente. Ela também
pode ser a chave para a estratégia empresarial de sucesso, promovendo maneiras
diferentes para diferenciar-se da concorrência com a oferta e entrega de um serviço
superior, tendo ainda como premissa a redução de custos operacionais.
Em economias livres, a responsabilidade dos empresários na promoção dos serviços
logísticos necessários é extremamente importante, contudo, não é uma tarefa fácil,
pois os avanços tecnológicos, as mudanças na economia global e na legislação e a
disponibilidade de recursos são fatores que desa�am os gestores.
55
Para Ballou (1993, p. 18), “a concepção logística de agrupar conjuntamente as
atividades relacionadas ao �uxo de produtos e serviços para administrá-las de forma
coletiva é uma evolução natural do pensamento administrativo”.
A Noxell Corporation, produtora de uma linha de produtos cosméticos e
de beleza, enfrentava uma série de problemas associados a um sistema
logístico carente de melhorias. Alguns dos sintomas eram: tempo
excessivo para completar e entregar pedidos dos clientes, inconvenientes
gerados por pedidos incompletos, grande quantidade de erros no
preenchimento dos pedidos e alto nível de perdas devido a roubo e danos
físicos de mercadorias. Após cuidadoso trabalho de replanejamento e
coordenação, que levou em conta o balanceamento dos custos de
transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos,
foram fechados diversos depósitos, e instalado um sistema de
aperfeiçoamento de comunicações. Apesar de a nova prática incorrer em
maiores gastos com fretes e investimentos em equipamento de
transmissão de dados, estes custos foram superados por uma redução
substancial no custo de estoque. Ao mesmo tempo, foi diminuído o
tempo médio para entrega, em nível nacional (Ballou, 1993, p. 18).
Martins e Laugeni (2005) abordam que a antiga visão da logística estava pautada no
transporte e na distribuição física, porém, atualmente, envolve métodos e modelos
que já permitem localizar estruturas físicas como fábricas, depósitos, armazéns,
centros de distribuição, gestão de materiais e de suprimentos, bem como o seu
planejamento, programação e controle da produção, além das atividades de
distribuição.
Para entendermos melhor essa questão, a logística está relacionada e interligada
com outras áreas como produção e marketing, conforme pode ser visto em Martins e
Laugeni (2005, p. 179).
56
Quadro 2 – A função logística na empresa industrial
Fonte: Martins e Laugeni (2005, p. 179).
Produção
Interface
Produção-
Logística
Logística
Interface
Marketing-
Logística
Marketing
Planejamento
da produção
Plano de
produção
Gestão de
estoques
Níveis de
serviço
Promoção
Movimentação
de materiais
Localização
de
instalações
Processamento
de pedidos
Determinação
de preços
Pesquisa de
mercado
Manutenção
de
equipamentos
Compras
Armazenagem
e
movimentação
Embalagem
Gerenciamento
das equipes de
vendas
Gestão da
qualidade
 
Transporte do
produto
acabado
Localização
de facilidades
 
A Logística Empresarial é maior, portanto, que a própria empresa, já que estuda todo
o movimento das mercadorias desde a matéria-prima até entrar na fábrica. Dentro
da fábrica, estuda a movimentação até o ponto de produção como um sistema
dentro da movimentação e toda a movimentação e armazenamento das mercadorias
dentro da fábrica ou nos centros de distribuição das fábricas. Depois, estuda a
movimentação da fábrica ou centrais de distribuição em direção ao consumidor
passando pelos intermediários.
E é em função desta movimentação dentro e fora da fábrica que dividimos a Logística
Empresarial em duas áreas: a logística interna, que é a movimentação até o ponto
de embarque em direção ao consumidor, e a logística externa, que é a
movimentação antes de a matéria-prima chegar até a fábrica, o suprimento, e a partir
da fábrica ou centros de distribuição, por meio dos intermediários até o consumidor
�nal.
Após apresentarmos os principais conceitos de logística, outro elemento importante
nesse processo é a distribuição que será estudada na próxima aula.
57
Distribuição
08
58
Figura 1 – Distribuição Indireta
Fornecedores Fabricantes Varejos Consumidores
Atacados
Loja
Fonte: o autor.
De forma integrante e complementar, a logística ampara o sistema de distribuição
como sendo outro ponto importante na empresa. Na visão de Pozo (2010, p. 167), “a
entrega dos produtos a seu destino �nal, que seja ele o consumidor �nal, varejista,
atacadista ou fabricante, requer especial atenção e plena satisfação de suas
necessidades”.
Já para Arbache et al. (2011, p. 15),
distribuição, distribuição física, logística de saída ou outbound logistics
referem-se ao que ocorre com os produtos acabados desde que são
armazenados até o momento em que são entregues aos clientes, em
atendimento aos seus pedidos ou contratos de fornecimento contínuo.
Segundo o entendimento de Dias (2003), a distribuição é um meio de os bens e
serviços chegarem ao consumidor �nal, e esse processo é necessário para minimizar
os gastos com tempo, lugar e posse. O autor salienta que dois tipos de distribuição
são considerados:
A distribuição direta, realizada diretamente entre o fabricante e o consumidor
�nal, sem a intermediação e utilizando o marketing direto e a venda pessoal.
A distribuição indireta, utilizando atacado e varejo para fazer o repasse de
bens e serviços, conforme exempli�cado na �gura a seguir. 
59
Viana (2006) considera a distribuição a entrega de mercadorias e é um processo que
está dentro da logística, e Gurgel (1996) descreve o tema como um composto dos
elementos de armazenamento, movimentação e transporte no canal de distribuição,
e tudo isso se adapta às necessidades de cada empresa ou sistema.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DE BENS NO BRASIL 
Disponível em: 
Estreitando todos esses conceitos, Ballou (1993) clareia o pensamento de que a
distribuição física é o ramo da logística empresarial que se encarrega da
movimentação, estocagem e processamento de pedidosdos produtos �nais de uma
empresa. É uma das atividades mais importantes em termos de custo para grande
parte das empresas, pois esta é responsável por cerca de dois terços dos custos
logísticos.
A distribuição física está principalmente preocupada com os bens acabados ou
semiacabados – mercadorias que a empresa oferece para vender e que não é
necessário executar processamento posterior (Ballou, 1993):
Desde o instante em que a produção é �nalizada até o momento no qual
o comprador toma posse dela, as mercadorias são responsabilidade da
logística, que deve mantê-las no depósito da fábrica e transportá-las até
depósitos locais ou diretamente ao cliente. O pro�ssional de logística
deve preocupar-se em garantir a disponibilidade dos produtos
requeridos pelos clientes à medida que eles desejem e se isto pode ser
feito a um custo razoável (BALLOU, 1993, p. 40).
60
https://go.eadstock.com.br/yv
Esse processo é bastante importante porque, muitas vezes, essa é a única avaliação
de serviço percebida pelos clientes da empresa distribuidora dos bens. Com a gestão
e�ciente dos canais de distribuição, também chamados canais de marketing, a
percepção do valor agregado pela empresa pode ser maior ou menor, e contribuir
signi�cativamente para a retenção de clientes e para o posicionamento da marca da
empresa no mercado ante a concorrência.
Administração da Distribuição em
Três Níveis
A distribuição física ainda pode ser compreendida como uma tarefa que é
desenvolvida em três níveis: estratégico, tático e operacional.
A administração da distribuição física no nível estratégico molda o sistema de
distribuição em termos gerais. No nível tático, é a utilização dos recursos como
caminhões e armazéns, e no operacional, refere-se às tarefas diárias que o gerente
de distribuição e seus colaboradores precisam desempenhar para garantir que os
produtos tenham �uência no canal de distribuição até o último cliente, conforme
destaca (Ballou, 1993).
Distribuição Física e suas Relações
com Outras Áreas Funcionais
Marketing
Se por um lado temos o marketing que estimula as demandas, por outro tem-se a
logística e a distribuição dessas vendas. Converse (1954) apud Ballou (1993) faz uma
referência à distribuição física como sendo a outra metade do marketing.
Na década de 1960, Jerome McCarthy de�niu o marketing mix como uma mistura que
contém produto, preço, praça (distribuição física) e promoção, conceito amplamente
difundido por Philip Kotler e toda academia do marketing mundial como os 4 Ps do
marketing.
61
A praça, utilizada conceitualmente como distribuição ou place (também conhecida
como “ponto de distribuição”), é vista como uma vantagem competitiva para as
organizações. Em Kotler (2000), observam-se as características do P de praça,
entendendo-as como canais, cobertura, variedades, locais, estoque, transporte.
Destaca-se que a praça são canais interdependentes que distribuem produtos aos
consumidores.
O produto que o cliente deseja pelo preço justo precisa estar acessível, em um local
onde ele possa adquiri-lo quando quiser. Por isso, é importante considerar o conceito
de disponibilidade do produto no ponto de venda para o cliente acessar na hora que
lhe for mais conveniente (Farah e Zenone, 2011). 
Produção
O relacionamento da distribuição com a produção é estreito e parceiro. Tomando
como base que produção é de�nida como o processo por meio do qual bens e
serviços são criados, Ballou (1993) destaca que existe um movimento de ampliação
do conceito de produção para operações que inclui não apenas a atividade de
manufatura, mas também atividades geradoras de serviços.
Não vamos aqui discutir se a distribuição física faz parte da produção ou da logística.
A ideia é re�etir sobre a integração da distribuição com outras áreas, pois
entendemos que assim como marketing, produção, �nanças e recursos humanos
62
estão totalmente interligados em uma organização. Pensamos da mesma forma com
a logística, produção e distribuição, e que os custos são inerentes a todos esses
processos e operações.
A Orval Kent Food Company, Inc., que faz saladas frescas pré-preparadas,
encontrou uma forma de evitar perdas. A companhia vende sacos com
10Ib de saladas de alface ou salada mista para empresas de fast-food
(como McDonald’s ou Burger King) ou compradores institucionais (como
escolas, empresas aéreas e hospitais). A companhia veri�cou que descarta
até 50% da alface que recebia no seu centro de processamento, em
Chicago, procedente de plantações do sul da Califórnia (com distâncias de
2.000 milhas). Considera também que a preparação descarta 20% de cada
pé de alface, principalmente as folhas mais externas, que são deixadas
para servir de proteção durante o transporte. O caso ilustra   a relação
logística com a produção, a distância do fornecimento da matéria-prima e
as perdas decorrentes de toda a operação   (Texto extraído de Ballou,
1993, p. 51).
63
Modais de Transporte
09
64
Tão importantes para a economia quanto a própria produção de bens, os modais de
transporte são os meios pelos quais a produção escoa dentro das geogra�as, ou seja,
dos territórios. Rodrigues (2007, p. 25) de�ne que os sistemas de transporte são
constituídos pelo modo – ou via/tipo de transporte, pela forma – como estas
vias/tipos se relacionam, pelo meio – elemento transportador e pelas instalações
complementares, tais como os portos e terminais de carga.
Neste sentido, os modais de transporte nada mais são do que os meios pelos quais o
transporte será realizado, seja terrestre ou ferroviário, por exemplo. Antes de
partirmos para a classi�cação dos tipos de modais, vamos compreender os modais
em função de suas formas de transporte, no qual surgem as seguintes categorias:
unimodal, sucessivo, segmentado e multimodal (RODRIGUES, 2007):
a. Unimodal: o transporte unimodal acontece quando a carga é transportada
diretamente por um único tipo e modalidade de veículo. Trata-se da
modalidade mais simples de transporte.
b. Sucessivo: acontece quando a carga precisa pôr mais de um veículo para ser
deslocado, sem que, no entanto, haja mudança na modalidade do veículo
utilizado.
c. Segmentado: Acontece quando para o transporte se utilizam veículos
diferentes, de uma ou mais modalidades de transporte, em vários estágios, de
forma que os próprios contratos de transporte acontecem de maneira
separada, diferentemente das duas primeiras categorias, em que é comum um
mesmo contrato.
Uma particularidade importante desse tipo de categoria é que atraso pode
signi�car perdas signi�cativas para as partes, dada a particularidade de cada
tipo de modal ou, ainda, a necessidade de se estocar o produto, normalmente
impactando diretamente no custo. Esta forma de transporte também é
conhecida como transporte intermodal.
d. Multimodal: Acontece quando a carga é transportada utilizando-se duas ou
mais modalidades de transporte cobertas por um único contrato e apólice de
seguro.
65
Uma vez entendidas quais as formas de transporte e suas principais características,
podemos agora delimitar os modais que possibilitam com que essas formas operem.
Rodrigues (2007) nos apresenta os cinco modais existentes, que são: rodoviário,
ferroviário, aeroviário, aquaviário e dutoviário.
Rodoviário: primeiro modal terrestre, trata-se do modal mais comum e o mais
simples de ser utilizado, uma vez que se dá por meio da circulação em
rodovias, ruas, avenidas e estradas. Entretanto, é um dos modais que
apresenta o maior custo. No Brasil é o modal mais utilizado para o transporte
comercial.
Ferroviário: as ferrovias compõem o modal que tem por sua essência a
utilização de trilhos ao invés de malha asfáltica. Apresenta um excelente
benefício em termos de custo de transporte, sendo que, no entanto, o valor de
investimento para viabilização do modal costuma ser alto e nem sempre tem
maleabilidade para atingir todos os locais. É muito vantajoso para o
deslocamento de grandes cargas a longa distância.
Aeroviário: este modal possibilita o transporte mais rápido entre os tipos de
modais existentes,no entanto, seu custo tende a ser um dos mais altos, a
exemplo dos valores necessários para a construção e manutenção de
aeroportos, de manutenção preventiva dos equipamentos e o uso de
equipamentos.
Aquaviário: este modal se refere tanto aos transportes realizados em âmbito
marítimo quanto aos transportes hidroviários. Vem sendo muito utilizado para
66
produtos de baixo custo, como ferro, cimento e commodities em geral.
Dutoviário: modal utilizado para realizar a distribuição de gás, petróleo,
minérios e outros, por meio de dutos projetados para cada �nalidade. No
Brasil, são pouco utilizados se comparados aos demais modais, devido
principalmente à especi�cidade da carga a ser transportada e ao altíssimo
custo de implantação, além de barreiras econômicas e políticas.
Ainda, Nazário et al. (2000) relaciona os cinco tipos de modais a cinco características
operacionais para identi�car os benefícios e malefícios de cada modalidade. Veja:
Tabela 1 – Características operacionais relativas para modal de transporte (a menor
pontuação indica uma melhor classi�cação)
Fonte: Nazário et al., 2000.
Características
Operacionais
Ferroviário Rodoviário Aquaviário Dutoviário
Velocidade 3 2 4 5
Disponibilidade 2 1 4 5
Con�abilidade 3 2 4 1
Capacidade 2 3 1 5
Frequência 4 2 5 1
Resultados 14 10 18 17
Conforme a tabela acima, a menor pontuação indica a melhor classi�cação, ou seja,
no quesito velocidade, o transporte aéreo é o que apresenta melhor performance, ao
passo que no quesito frequência (transporte ininterrupto) a modalidade que mais se
destaca é o transporte por meio de dutos, o dutoviário.
67
Desta forma, cabe ressaltar que a escolha do modal deve ser preterida em função
dos objetivos do transporte, seja ele o nível de serviço, sua velocidade ou, ainda, seu
custo. Em última análise, o modal que mais se destaca em relação ao conjunto das
características é o modal rodoviário, por isso, sua preferência para a maioria dos
casos de transporte.
O Anuário CNT permite visualizar os principais dados dos modais de
transporte no Brasil, veja as palavras de Vander Costa, presidente da CNT,
em 2019, na área de apresentação do anuário em seu site o�cial:
“Conhecer bem os dados sobre transporte é fundamental para entender a
dimensão de todos os modais, a �m de identi�car problemas e propor
soluções que gerem desenvolvimento. Por isso, a Confederação Nacional
do Transporte disponibiliza esta quarta edição do Anuário CNT do
Transporte, que reúne as estatísticas disponíveis no Brasil em relação ao
nosso setor. Os números podem ser acessados pelos setores privado e
público, pelo meio acadêmico e pela sociedade em geral. Essa ampla base
de dados revela a diversidade da atuação dos transportadores nos
modais rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo – nas áreas de cargas e
de passageiros. São mais de 800 tabelas disponíveis, que permitem o
cruzamento de dados e a análise de uma série histórica mais longa. As
informações evidenciam, por exemplo, problemas antigos, como o
elevado ritmo de crescimento da frota de veículos leves e pesados e a
lentidão na expansão da malha rodoviária federal pavimentada. Além
disso, mostram o cenário vivenciado pelos outros modais, demonstrando
que todos necessitam de mais investimentos. A CNT defende o setor de
transporte como estratégico no processo de crescimento do Brasil.
Investir na expansão das rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e
aeroportos é fundamental para se construir um caminho rumo ao
progresso. Nesse contexto, o Anuário CNT do Transporte permite analisar
68
o que é necessário para o transporte no país. Assim, acreditamos ser
possível planejar melhor, otimizar recursos e de�nir adequadamente
quais são as ações e os projetos prioritários”.
69
https://go.eadstock.com.br/As
TI e SI na Logística
10
70
Conceitualmente, de acordo com Slack et al. (2006),  pode-se entender sistemas como
de elementos interconectados cujos processos de transformação consistem em
três fases: entrada, processamento e saída. Um sistema consiste, geralmente, em
componentes (ou elementos) que são interligados para facilitar o �uxo de
informações e prover facilidade nos processos de tomada de decisão empresarial.
Funções Básicas de um Sistema de
Informações
Um sistema de informações permite que um conjunto de dados e elementos seja
manipulado a �m de realizar transformações que facilitem o dia a dia das
organizações, seja fornecendo informações seguras e con�áveis, seja fornecendo
relatórios ou mesmo no suporte para o controle das atividades organizacionais. Para
tanto, um sistema consiste na execução de três funções básicas, são elas: 
Entrada: Inclui a captação e a reunião de dados e elementos para
serem processados.
Processamento: Envolve a transformação dos dados/insumos em
saídas.
Saída: É o resultado do processo de transformação. 
Ainda, existem alguns elementos que compõem e dão suporte a um sistema de
informação, são eles:
Recursos de Hardware – Máquinas e equipamentos.
Recursos de Software – Programas, procedimentos.
Recursos de Dados – Banco de Dados e Bases de Conhecimentos.
Recursos de Redes – Meios de Comunicação e Suporte de Rede e Conexão. 
71
Soluções de Tecnologia da
Informação Aplicada à Logística
Objetivando facilitar o �uxo de informações no âmbito da tecnologia da informação,
foram criadas cinco categorias com o objetivo �nal de prover todo um controle do
sistema, sendo eles: planejamento, execução, comunicação, controle e concepção.
Na categoria de planejamento é comum encontrar softwares para facilitar o
planejamento das vendas e seus desdobramentos para a logística, comumente se
apresentando por meio de ERPs (sistemas de gestão empresarial integrada) e CRMs
(sistemas especializados na gestão do relacionamento comercial com o cliente),
ainda, integram parte dos sistemas de planejamento os MRPs e DRPs para a gestão
de suprimentos e da distribuição. 
Na etapa de execução de sistemas como WMS (sistema para a gestão de armazéns e
estoques) e TMS (sistemas de gestão de transporte), comumente são utilizados para
dar agilidade e con�abilidade ao processo de gestão. Na categoria de comunicação, o
uso de terminais �xos e portáteis permite o acesso fácil aos canais de comunicação
das instalações e centros de distribuição. Ainda, o uso de EDI – Eletronic Data
Interchange tem se expandido, assim como o uso de transponders RFID, que facilitam
a identi�cação dos veículos, como nos pedágios “sem parar”. Nas etapas de controle
e concepção o uso de simuladores grá�cos, big data e sistemas de gestão de
desempenho por meio de KPIs tem se popularizado.
72
Entenda alguns benefícios do uso da Tecnologia da Informação (TI) e dos Sistemas de
Informação (SI) na logística:
Agregar valor ao produto;
Fornecer melhores serviços e vantagens competitivas;
Produtos de melhor qualidade;
Viabilizar oportunidade de negócios;
Aumentar a rentabilidade;
Garantir segurança nas informações;
Reduzir o número de erros nos processos;
Redução de custos e desperdícios;
Controle das operações. 
A entrevista abaixo traz a importância da tecnologia no que se tem chamado de
Logística 4.0, seus impactos no processo de gestão e na operação das empresas.
Con�ra.
73
Logística 4.0: tendências e desa�os para melhorar a
e�ciência
A Logística 4.0 pode ser entendida como uma evolução da logística
tradicional, utilizando ferramentas da Quarta Revolução Industrial ou
Indústria 4.0 para aumentar a e�ciência dos processos da cadeia de
abastecimento e proporcionar ganhos de escala. Tecnologias como
Inteligência Arti�cial, Big Data, Internet das Coisas (IoT), computação em
nuvem, machine learning, sistemas ciberfísicos e aplicativos são adotadas
para aumentar a produtividade logística.
“A expectativa é que usando essas ferramentas, em um novo conceito
estratégico, se possa deixar o material certo, no lugar certo, no tempo
certo, a um custo competitivo e com gerenciamento em tempo real”,
pontua o coordenador do curso de Engenharia de Produção do Instituto
Mauá de Tecnologia, David Garcia Penof.No Brasil, as empresas ainda estão iniciando a jornada para implementar
o conceito de Logística 4.0. “Infelizmente, ele ainda é pouco usado em
nosso mercado, que opera quase que 100% de forma analógica com
baixo ou nenhum uso de tecnologia. Isso gera grandes ine�ciências na
cadeia de transportes. Se compararmos países como Estados Unidos e
China, onde mais de 80% do mercado de fretes operam de forma online,
com índices de ociosidade de frota menores que 10%, temos o Brasil com
menos de 5% das operações online e mais de 60% de ociosidade”, a�rma
o CEO da Cargo X, Federico Vega.
De fato, os desa�os são muitos até porque a logística 4.0 demanda
mudanças profundas, principalmente comportamentais:“É fundamental o
entendimento de que o modelo decisório precisa ser alterado, sendo mais
dinâmico e assertivo, quase que em tempo real. As ferramentas ligadas a
sensores, robótica, satélites e outras são apenas “ferramentas de
suporte”. Se não mudarmos a forma de pensar e decidir em favor do
cliente, com processos enxutos, personalizados e e�cientes de nada
ajudam as tecnologias”, ressalta o professor David.
74
Segundo ele, a implantação desses conceitos passa por digitalização,
virtualização dos processos, conectividade e visibilidade (visão);
transparência de processos e atuação (entendimento), capacidade
preditiva (estar preparado) e adaptabilidade ao sistema (otimização).
“Muitas empresas não atuam ainda com sistemas digitais e simulação de
rotas, que seriam as etapas iniciais”, diz.
Soluções que trazem e�ciência
Várias soluções da Logística 4.0 já são implementadas pelas empresas em
suas operações, como caminhões com sensores, conectados a
computadores e satélite usados na logística da cana-de-açúcar. “A Volvo
foi pioneira e já temos usinas no Paraná com esse tipo de caminhão”,
comenta David. O professor da Mauá cita também outras possíveis
soluções: rastrear caminhões e informar o motorista em tempo real para
mudança de rota em função de chuvas em determinados locais; e colocar
sensores em portas e cargas para ter indicadores de dirigibilidade e
roubos. “Outro exemplo é a roteirização de frota considerando aspectos
ligados à trepidação, vibração e deslocamento de cargas, o roteiro não
considera apenas �uxo de veículos, mas particularidades da carga. Por
exemplo, no transporte de tomates, estima-se que de 15% a 20% da carga
seja prejudicada por amassamento em função de piso ruim nas ruas e
rodovias”, diz David. Mas é um engano achar que robôs e sensores
de�nem a Indústria 4.0 ou Logística 4.0. “De nada adianta robôs e
75
Fonte: Disponível aqui
sensores se as decisões são tomadas de cima para baixo na estrutura.
Abrir a estrutura de poder e facilitar o processo decisório é fundamental”,
explica o professor.
Benefícios da Logística 4.0 e pontos de atenção
Além disso, o uso das ferramentas da Logística 4.0 tornam os sistemas de
recebimento e disposição de materiais mais ágeis, melhorando a
produtividade logística e, consequentemente, o desempenho da operação
como um todo. “De forma geral, o custo logístico relativo a transporte
representa entre 40% e 45% de todos os custos logísticos, atacar essa
aresta de custo é importante”, pontua David. A logística 4.0 também pode
facilitar o rastreamento e a localização de peças dentro das grandes
indústrias, o que geralmente é uma di�culdade, como no setor
automobilístico. Outro benefício é a possibilidade de cuidar da logística e
movimentação das pessoas numa empresa para preservar a segurança.
“Com o uso dos sistemas ciberfísicos pode-se intervir numa área com
grande circulação de pessoas, identi�car pessoas com di�culdade de
locomoção e ou até mesmo acidentes”, diz o professor David,
acrescentando que não se trata de controle excessivo. Um dos pontos
positivos da adoção dos conceitos da Logística 4.0 é trabalhar com
segurança de informação, decidindo em tempo real, além de acompanhar
os diferentes processos de forma remota. “Com parametrização feita de
forma antecipada, o sistema pode informar que um determinado
equipamento vai quebrar, ou que está trabalhando fora da normalidade.
Essa possibilidade de sensorização evita paradas longas para manutenção
e ou problemas de deslocamentos de carga”, diz o professor da Mauá.
Supor que estão “apenas sendo controladas” e não que o objetivo é, por
exemplo, mudar rotas de empilhadeiras para evitar atropelamentos”.  [...]
76
https://noticias.gs1br.org/logistica-4-0-tendencias-e-desafios-para-melhorar-a-eficiencia/
Teoria Matemática na 
Tomada de Decisão
11
77
A área de gestão (administração) que inclui operações e logística foi inundada de
contribuições nas últimas décadas – como a da Teoria Matemática da
Administração que, sob a ótica dos seus modelos matemáticos, é capaz de
proporcionar soluções dos problemas empresariais, quer seja em recursos
humanos, produção, comercialização, �nanças ou na administração de forma geral.
Grande parte dessas decisões administrativas pode ser tomada com base em
soluções pautadas em equações matemáticas cuja simulação de situações reais
obedece a determinadas leis ou regularidades, conforme descreve (CHIAVENATO,
1999). Isso já demonstra o potencial e a importância do tema para o setor de
logística e custos: a in�uência de técnicas matemáticas na administração e do seu
papel no processo decisório.
A teoria matemática da administração, conhecida como pesquisa operacional (PO),
não é vista como uma escola em sua essência, assim como a teoria clássica ou de
relações humanas, por exemplo, mas como uma tendência.
Esta referida teoria coloca ênfase no processo decisório, tratando-o de maneira
lógica e racional, levando em consideração uma abordagem quantitativa e
determinística, de acordo com (CHIAVENATO, 1999).
Esta aula não tem o objetivo de trazer as raízes históricas e/ou as origens da teoria
matemática na administração e, por consequência, nos custos e logística, que é o
foco da nossa disciplina, mas falar um pouco sobre o processo decisório, pois
tomando como base os tempos atuais, a inteligência arti�cial e cognitiva estão
revolucionando os modelos de gestão, reduzindo drasticamente os custos
operacionais das organizações. 
78
Algoritmos gulosos: de�nições e aplicações. Disponível em: 
Processo Decisório
Ao abordarmos este assunto, entende-se que a teoria matemática faz um
deslocamento da ênfase na ação para uma ênfase na decisão, que a antecede, pois
o processo de decisão representa a sequência de etapas que foram essa decisão.
De acordo com Simon (1960), a tomada de decisão pode ser compreendida como: a
perspectiva do processo e a perspectiva do problema. A perspectiva do processo
envolve as seguintes etapas:
1. Determinar o problema;
2. Quais são as possíveis alternativas de solução;
3. Escolha – qual a melhor alternativa. 
Já a perspectiva do problema está mais voltada para e�ciência da decisão e envolve
três categorias de decisões, na visão de Chiavenato (1999):
1. Decisões sob certeza;
2. Decisões sob risco;
3. Decisões sob incerteza. 
79
https://go.eadstock.com.br/At
Figura 10 – Continuum certeza-incerteza
RISCO
Completa 
incerteza
Completa 
certeza
Probalidades
objetivas
Probalidades
subjetivas
Fonte: adaptado de Chiavenato, 1999, p. 376.
A �gura 10 – apresenta esse continuum de certeza-incerteza. 
De acordo com a teoria da decisão, qualquer problema administrativo representa
um processo decisório, os quais são conhecidos como decisões programadas e não
programadas, conforme pode ser observado no Quadro 10.
80
Quadro 10 – Características das decisões programadas e não programadas
Fonte: Chiavenato (1999, p. 377).
DECISÕES PROGRAMADAS DECISÕES NÃO PROGRAMADAS
Baseadas em dados adequados Baseadas em dados inadequados
Baseadas em dados repetitivos Baseadas em dados únicos e inéditos
Tomadas em condições estatísticas
imutáveis
Tomadas em condições dinâmicas e
mutáveis
Tomadas sob condições de
previsibilidade
Tomadas sob condições de
imprevisibilidade
Baseadas na certeza Baseadas na incerteza
Podem ser computacionais Tomadas sobjulgamento pessoal
81
O gerente X de uma rede conhecida de supermercados possui um
negócio que é altamente competitivo e sujeito a riscos e incertezas. O
gerente possui um per�l que é muito exigente e precisa ter uma
empresa enxuta, ágil e elástica para enfrentar intensas mudanças e
�utuações de mercado em função da conjuntura econômica e social.
Para tanto, o gestor deve privilegiar a e�cácia e o baixo custo
operacional da rede de supermercados. Isso o levou a tentar promover
uma verdadeira revolução empresarial. De que forma o gerente poderia
levar essa abordagem adiante?
A Importância dos Modelos Matemáticos
A preocupação de modelos matemáticos é capaz de simular as situações reais na
empresa e a criação desses modelos matemáticos está voltada para a resolução de
problemas de tomada de decisão. Um modelo é a representação da realidade.
Aqui, esse modelo é usado como simulação de situações futuras e a avaliação de
situações futuras, além de avaliar a sua ocorrência, conforme aponta
(CHIAVENATO, 1999).
A Pesquisa Operacional (PO) e
suas Técnicas
Para Chiavenato (1999), a PO vem da administração cientí�ca e adicionou métodos
matemáticos mais atualizados, a tecnologia computacional e outras técnicas mais
abrangentes. A PO é uma teoria da decisão aplicada e que utiliza meios cientí�cos
matemáticos ou lógicos na solução de problemas que se apresentam quando os
gerentes precisam de um raciocínio mais e�caz para tomar suas decisões.
82
O autor ainda complementa que a PO utiliza análise de operações de um sistema e
não como um processo em particular, pois ela utiliza:
1. Probabilidade para decidir sob condições de risco de incerteza;
2. A estatística na sistematização e análise dos dados com soluções
signi�cativas;
3. Matemática para formular modelos quantitativos.
Quanto às técnicas de PO, podem ser apresentados os modelos quantitativos mais
empregados, chamados de modelos matemático-analíticos e os modelos de
simulação. São eles, a saber, a partir de Chiavenato (1999, p. 380):
Teoria dos jogos.
Teoria das �las de espera.
Teoria da decisão.
Teoria dos grafos.
Programação linear.
Probabilidade e estatística matemática.
Programação dinâmica. 
A teoria matemática visivelmente apresentou suas contribuições à 
administração, fazendo com que novas técnicas de planejamento e 
controle de todos os recursos (materiais, �nanceiros, humanos, 
logísticos, etc.) e com o suporte na tomada de decisão, permitiu aos 
executivos e gestores a otimização e melhor execução do trabalho e, 
sobretudo, na diminuição de riscos que possam afetar os lucros e o 
futuro da empresa em curto e em longo prazo. 
Em suma, o tema é relevante na gestão logística das organizações da
contemporaneidade dados os fatos cada vez mais dinâmicos enfrentados pelos
gestores na compreensão das operações e dos processos em meio à demanda e
mutação dos canais de vendas físicos ou virtuais.
83
Serviços
12
84
Conceitos e Definição de Ser�ços
A visão de Bateson e Ho�man (2016) sobre serviço é que a distinção que cerca a
ideia de bens e serviços não é tão clara, e descrever exemplos de um bem ou
serviço puro não é tarefa fácil, pois um bem puro não contém serviços e um serviço
puro não possui elementos tangíveis.
Zeithaml, Bitner e Gremler (2014) apresentam de maneira simpli�cada, que
serviços são atos, processos e atuações que são oferecidos ou coproduzidos por
uma empresa-entidade ou pessoa, destinados a outra empresa/entidade ou
pessoa. Consideram-se as principais ofertas como hospitais, hotéis, bancos e
serviços públicos, que se manifestam essencialmente como ações desempenhadas
para clientes ou co-produzidas com esses clientes.
Ainda, nessa linha, os autores (2014, p. 6) complementam dizendo:
O aspecto de tangibilidade - A ampla de�nição de serviços implica a
intangibilidade como principal fator de caracterização de uma oferta
como serviço. Apesar de isto ser verdadeiro, é igualmente verdade que
pouquíssimos produtos são puramente intangíveis ou totalmente
tangíveis. De fato, os serviços tendem a ser mais intangíveis do que
um bem manufaturado, e este tende, portanto, a ser mais tangível do
que um serviço.
A de�nição sobre o que é um produto puro ou um serviço puro, é desa�ador, para
não dizer que é extremamente difícil. Um produto puro implica que o consumidor
obtém benefícios somente do produto, praticamente inexistindo valor agregado
pelo serviço e da mesma maneira um serviço puro implica que não há um
elemento “produto” no serviço que o consumidor recebe.
No McDonald's, o consumidor recebe um hambúrguer; o banco
fornece um extrato bancário; a o�cina que conserta carros coloca
peças novas nesses carros; e por aí vai. E a maioria dos produtos
oferece um tipo de serviço — mesmo que seja apenas entrega.   A
dicotomia produtos/serviços é um aspecto que está mudando de
forma sutil, com as empresas modi�cando, com o tempo, suas
posições dentro desse aspecto. De fato, uma de�nição exata de
85
serviços não é necessária para entender os serviços e os problemas de
marketing associados a eles (ZEITHAML, BITNER E GREMLER, 2014).
A oferta de serviço deve considerar uma combinação de bens e serviços e a palavra
serviço deveria ser lida com a seguinte advertência: levando em conta que os
benefícios são entregues ao consumidor por um serviço em vez de um bem. Há
uma suposição implícita de que os benefícios do serviço são entregues por meio de
uma experiência interativa envolvendo o consumidor com maior ou menor
intensidade.
Todavia, em termos reais, é necessário lembrar que o produto entregue ao
consumidor geralmente é um pacote de benefícios que pode incluir bens e serviços
em várias combinações (Zeithaml, Bitner e Gremler, 2014).
O interesse pelo marketing de serviços, particularmente nos últimos 20
anos, encontra-se ligado à importância econômica dos serviços nas
economias pós-industriais. Mais ainda, à medida que se reduzem as
possibilidades de diferenciação de produtos, devido ao
amadurecimento dos mercados, as empresas são levadas a desenvolver
vantagens competitivas centradas na oferta ampliada de serviços. Este
texto é parte da introdução do artigo marketing de serviços:
retrospectiva e tendências apresentado por Rocha e Silva (2006) e que
representa um bom caminho para o entendimento do tema em
questão. 
86
https://go.eadstock.com.br/Au
Serviço
desempenho 
ou ações
atos
processos
Fonte: Zeithaml e Bitner (1996, p. 5).
Encontramos várias de�nições e terminologias de serviços, entretanto, pode-se
constatar que todas consideram os fatos da intangibilidade e do consumo
simultâneo, em diferentes graus, como sendo representado pelas características
dos serviços.
Para Zeithaml e Bitner (1996), os serviços podem ser representados pela junção das
seguintes ideias.
Ademais, o serviço é uma atividade ou uma série delas de natureza mais ou menos
intangível e que, normalmente, mas não necessariamente, tem sua ocorrência em
processos de interação entre consumidores e empregados de serviços e/ou
87
recursos físicos ou bens e/ou sistemas do fornecedor do serviço, e que são
ofertados como uma solução para a dor e/ou problema dos clientes (GRONROOS,
1990).
Grande parte dos experts desse segmento de atuação considera o setor de serviços
abrangente em todas as atividades econômicas cujo produto não é um bem físico
ou fabricado, já que é geralmente consumido simultaneamente à produção e,
ainda, fornece um valor agregado na forma de conveniência, diversão,
oportunidade, conforto, saúde, etc., e que representam os interesses intangíveis do
seu comprador (consumidor) (QUINN, BARUCH E PAQUETTE, 1987).
Ampliando esses conceitos de serviços, Lovelock e Wright (2007) expõem que:
Os serviços são atividades econômicas oferecidas por uma parte a
outra, considerando frequentemente desempenhos com base em um
período de tempo para provocar resultados desejados nos próprios
usuários, em objetos ou em outros bens pelos quais os compradores
são responsáveis. Em troca pelo seu dinheiro, tempo e esforço, os
clientes de serviços esperamobter valor com o acesso a bens, mão de
obra, capacidades pro�ssionais, instalações, redes e sistemas; mas
normalmente eles não possuem nenhum dos elementos físicos
envolvidos (LOVELOCK e WRIGHT, 2007, p. 6).
Contribuindo com o tema já exposto, Fitzsimmons e Fitzsimmons (2011) trazem a
concepção de que um serviço signi�ca uma experiência perecível, intangível, e que
é desenvolvido para um determinado consumidor que desempenha o papel de
coprodutor, que contribui para a produção do mesmo.
O estudante pode também conhecer sobre os serviços quanto à sua natureza, pois
para uma grande parcela de pessoas, serviço representa servidão, ou pelo menos,
é visto como um sinônimo, e que vem à mente dessas pessoas no imaginário,
numa representação de imagem trabalhadores preparando hambúrgueres e
atendendo às mesas.
A partir dessa visão, também se sabe que o setor de serviços teve um salto
signi�cativo nos últimos 50 anos e não pode ser descrito ou visto como um
composto de pessoas/empregados/trabalhadores/funcionários mal-remunerados e
desinteressantes nas lojas de departamentos, eletrodomésticos ou restaurantes
tradicionais ou do tipo fast-food (ZEITHAML, BITNER E GREMLER, 2014).
88
Outro fator importante nesse contexto da natureza dos serviços, segundo Zeithaml,
Bitner e Gremler (2014), é que das mudanças nas relações de emprego terão
implicações diretas quando se refere ao modo de como as pessoas vivem, onde
vivem, suas necessidades educacionais e, por consequência disso, se perguntam
quais os tipos de organizações serão mais importantes para determinada
sociedade.
O processo de industrialização criou a necessidade do trabalho semi
especializado, que tinha como possibilidade ser treinado em semanas
para poder realizar tarefas rotineiras com a utilização de máquinas, e o
crescimento subsequente no setor de serviços ocupou um
deslocamento de ocupações para o setor administrativo. 
Na atualidade, a indústria de serviços já representa forte liderança na economia
criando milhares de empregos, frente à carência de oportunidades de emprego nas
indústrias de manufatura. Nos Estados Unidos, as indústrias de serviços já
possuem aproximadamente 70% da renda nacional. E, ao considerar-se que as leis
que proíbem quantidade de carro por consumidor, os que podem comer e beber,
já se pode melhor compreender o fenômeno do segmento em questão (ZEITHAML,
BITNER E GREMLER, 2014).
89
Além da construção dos conceitos já apresentados, há que se registrar
que o ambiente de serviços representa de maneira su�ciente e singular
aplicações diretas de técnicas tradicionais que são baseadas no setor de
manufatura, sem mesmo realizar alterações, apesar de muitas
abordagens serem análogas. Mas ignorar as diferenças entre o setor de
manufatura e o setor de serviços nos levaria a falhas. E, assim sendo, o
fato mais importante reside no reconhecimento das características dos
serviços e nos insights que ele pode proporcionar para um melhor
gerenciamento e inovação.
Os avanços nos serviços, ou melhor, no seu gerenciamento decorre de uma análise
dos seus processos de fornecimento desses serviços, que cria a experiência para o
cliente. Esse liame entre produto é de difícil distinção entre produto e serviço, pois
ao comprar um determinado produto temos um ou mais serviços que o
acompanham, a exemplo de uma instalação, e também a compra de mercadorias
envolve serviços como um restaurante (ZEITHAML, BITNER E GREMLER, 2014).
Fechando essa ideia, é salutar pensar que as experiências em serviços criam valor
agregado e desenvolvem uma relação com o consumidor de forma mais pessoal e
cria momentos memoráveis. E, na proporção de que os negócios explicitam seus
encontros memoráveis, uma transição de uma economia de serviços para a
economia da experiência criando, assim, um aumento na percepção de valor dos
consumidores.
90
Cadeia de Suprimentos – 
Supply Chain Management 
– SCM
13
91
Olá, estudantes!
Vamos iniciar a aula descrevendo a cadeia de suprimentos como um conjunto de
empresas que trabalham em parceria, em que todas elas ganham ao longo de toda
a cadeia (PAURA, 2012). Segundo o autor, a parceria representa um ganho para todas
as empresas, o trabalho de toda a cadeia é monitorado de perto pelos parceiros
evitando problemas futuros.
A Cadeia de Suprimentos é composta por todas as empresas que concorrem para
fazer o produto andar em direção ao consumidor �nal. A denominação Cadeia de
Suprimentos vem do próprio consumidor �nal. Em outras palavras, quer dizer que é
composta por todas as empresas responsáveis em suprir o consumidor �nal.
E este suprimento não começa no fabricante. É apenas concretizado neste ponto. Um
produto começa nos seus fornecedores – de insumos de matérias-primas ou serviços
necessários para sua tangibilização no fabricante.
GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS - UMA AVALIAÇÃO DE
SUA ESTRUTURA CONCEITUAL. Disponível em: 
É razoavelmente grande o número de Fornecedores. Porém, geralmente, um número
menor do que o fabricante vai encontrar varejos a atender.
Para o fabricante, o fornecedor faz parte de sua área de suprimentos. Enquanto o
fabricante, para o fornecedor, já faz parte da Cadeia de Distribuição. Na verdade, ele
é seu “parceiro” mais próximo e é chamado de cliente.
92
https://go.eadstock.com.br/Av
O gerenciamento da cadeia de suprimentos (GCS, ou SCM, do inglês
supply chain management) é um termo surgido mais recentemente e que
capta a essência da logística integrada e até supera. O gerenciamento da
cadeia de suprimentos destaca as interações logísticas que ocorrem entre
as funções de marketing, logística e produção no âmbito de uma
empresa, e dessas mesmas interações entre as empresas legalmente
separadas no âmbito do canal de �uxo de produtos (BALLOU, 2004). 
Existe, portanto, uma oportunidade de melhoria dos cursos ou serviços ao
consumidor que são concretizadas com a ideia de coordenação e colaboração entre
todos os integrantes desse canal nos pontos em que algumas atividades essenciais
da cadeia de suprimentos podem não estar sob o controle direto dos gestores
logísticos (Ballou, 2004).
Para Martins e Laugeni (2005), a cadeia de abastecimento/supply chain pode ser
entendida como:
Conceito de integração da empresa com todas as �rmas da cadeia de suprimento:
fornecedores, clientes e provedores externos de meios logísticos compartilham
informações e planos necessários para tornar o canal mais e�ciente e competitivo.
Este compartilhamento é mais profundo, acurado e detalhado do que na tradicional e
con�itante relação comprador/vendedor (MARTINS e LAUGENI, 2005, p. 170).
A partir do apresentado, a cadeia de abastecimento envolve fornecedores,
produtores, distribuidores e clientes, conforme pode ser observado na �gura abaixo.
93
Figura 13.1 – Estrutura de Supply Chain
Fornecedores Procurement Manufatura Distrib.física
Membros 
do canal Clientes
Fluxo de valor agregado
Fluxo de informações das necessidades
Integração logística interna
Estratégias 
clientes/trading 
partner
Alianças com 
fornecedores
Fonte: Martins e Laugeni (2005).
Por consequência, a gestão da cadeia de abastecimento ou supply chain management,
representa as práticas de gestão necessárias para que todas as empresas agreguem
valor ao cliente desde a fabricação dos materiais, a produção dos bens e serviços, a
distribuição e entrega �nal para o cliente, seguindo (MARTINS E LAUGENI, 2005).
94
Figura 13.2 – Exemplo de supply chain – empresas envolvidas
Fornecedores Fábricas
Armazéns e 
centros de 
distribuição Varejistas
Fonte: Martins e Laugeni (2005, p. 170).
Mas o que mudou da visão tradicional, antiga do negócio e a visão da cadeia de
suprimentos?
No modelo mais antigo, as empresas envolvidas na rede enxergavam o seu cliente de
forma imediata e não como uma cadeia em si. De acordo com Martins e Laugeni
(2005), o fornecedor da matéria-prima somente conseguia ver a fábrica que iria
utilizá-la; a fábrica que produzia o produto acabado, somente via a sua expedição e
quando muito, o distribuidor deseus produtos. E, por sua vez, o distribuidor ou o
atacadista somente enxergava o varejista. E o cliente?
Ainda bem que o varejista conseguia enxergar o cliente, e, nesse contexto, as
relações entre os atores da cadeia era binário, ou seja, de uma relação com duas
empresas, pois o fornecedor não estava preocupado se o atraso se sua matéria-
95
prima teria impacto no cliente �nal, conforme asseveram Martins e Laugeni (2005, p.
171).
Para entender melhor a cadeia de suprimentos, imagine que você é um
produtor de sucos de laranja enlatados. Você somente espreme e coloca
o suco na embalagem. O produtor de laranja é seu fornecedor, porém, é
uma empresa à parte. Vamos pensar que seu suprimento de laranja dure
mais 24h e seu produtor não deu nem satisfação. Você, com certeza, terá
problemas. É por isso que o trabalho deve ser de parceria. O fornecedor
�ca sabendo o tempo correto de reabastecer, assim, a sua produção não
corre o risco de �car parada. Veja que temos duas empresas, o produtor e
o consumidor. Como temos duas empresas trabalhando em comum
acordo com a fábrica, consideramos as duas como uma cadeia de
suprimentos. Assim, cadeia de suprimentos é cadeia de suprimentos – e
não uma evolução da logística (Fonte: Paura, 2012).
Ainda nesse entendimento sobre a cadeia de suprimento, Ballou (2004) entende que
a cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o �uxo e
transformação de mercadorias desde o estágio da matéria-prima (extração) até o
usuário �nal, bem como seus respectivos �uxos de informação. Os materiais e
informações podem �uir tanto para baixo quanto para cima na cadeia de
suprimentos.
A partir de um estudo mais aprofundado, Metzer et al. (2001) propõem o seguinte
modelo mais amplo e abrangente.
96
Figura 13. Modelo de gerenciamento da cadeia de suprimentos
A cadeia de suprimentos
Satisfação do 
cliente / valor / 
lucratividade / 
vantagem 
competitiva
Coordenação 
Interfuncional
(confiança, 
compromisso, 
risco, depedência, 
comportamentos)
O ambiente global
Coordenação intercorporações
(intercâmbio funcional, fornecedores terceirizados, gestão 
de relacionamentos, estruturas de cadeia de suprimentos)
Marketing
Vendas
Pesquisa e desenvolvimento
Previsão
Produção
Compras
Logística
Sistema de informação
Finanças
Serviços ao cliente
Fluxo da 
cadeia de 
suprimentos
Fornecedor do Fornecedor Fornecedor Firma local
Cliente Cliente do cliente
Produtos
Serviços
Informação
Recursos 
financeiros
Demanda 
Previsões
Fonte: Mentzer (2001) apud Ballou (2004, p. 28).
Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS) - é uma expressão que cresceu
consideravelmente, desde a década de 1980, embora seu signi�cado ainda possa
parecer confuso para muitas pessoas. De um lado, pessoas que dizem ser a GCS
apenas um capítulo da logística, de outro, pessoas que entendem que a GCS é que é
o todo da qual a logística faz parte. Na verdade, isso pouco importa. A questão é que,
mais do que nunca, o processo de fazer chegar o bem ou o serviço ao consumidor é a
chave dos negócios para os dias em que “quem correr atrás vai chegar por último”
(CORRÊA, 1996).
97
Canais
14
98
O tópico canais de distribuição é recorrente em todos os segmentos da economia. É
um assunto de extrema importância para as empresas que atuam na indústria, nos
serviços ou no varejo. Pensar em canais de distribuição é o mesmo que obter
parcerias nos negócios, pois os fabricantes dependem muito desses intermediários
para fazer com que os produtos possam chegar até os clientes �nais.
Na atualidade, com a utilização da tecnologia, esses conceitos têm-se modi�cado na
medida em que muitos canais estão mais voltados para a venda pelos meios digitais,
porém, ainda assim, necessitam de empresas parceiras, seja uma transportadora,
uma agência de comunicação, etc.
Os pro�ssionais de marketing, por exemplo, precisam estar bem conectados com
este tema, pois compreender todos os processos dos canais ou veículos por onde os
produtos passam até chegar ao cliente �nal é quase que uma missão de cada
negócio, no sentido de conseguir mapear e melhor trabalhar com os custos ao longo
da distribuição, e também no sentido de atender aos clientes com maior qualidade e
rapidez. 
Diante desse panorama, pondera-se que os canais de distribuição estão intimamente
interligados com a logística e a distribuição em si, como um elemento de ganhos ou
perdas por grande parte das empresas, que necessita dessas ferramentas para
obtenção ou manutenção de vantagens sobre os seus concorrentes.
99
ConsumidorProdutor
ConsumidorProdutor Atacadista Distribuidor Varejista
ConsumidorProdutor Varejista
ConsumidorProdutor Atacadista Varejista
Fonte: Adaptada Disponível aqui
Também é plausível pensar na atual conjuntura que envolve toda e qualquer
empresa, que existe uma corrente contrária no sentido de não fazer a intermediação,
mas a desintermediação, seja do varejo, do serviço ou da indústria. Desintermediar
signi�ca retirar intermediários para a minimização de custos como também uma
política das empresas em administrar a própria cadeia de distribuição, sua marca,
etc.
Conceito de Canal
Sabe-se que grande parte dos fabricantes das indústrias não realizam vendas diretas
para seus consumidores �nais. Entre uma ponta e outra, de um lado, o fabricante e
de outro os consumidores ou clientes �nais, existem um ou vários intermediários ao
longo dessa cadeia distributiva e que realizam funções diversas para que ocorra a
distribuição.
Para tanto, esses intermediários são conhecidos como canais comerciais ou de
distribuição e representam um conjunto de organizações interdependentes
envolvidas nesse processo de tornar disponíveis os bens e serviços para o uso ou
consumo desses clientes �nais.
100
http://logisticanodiadia.blogspot.com/2012/03/niveis-de-canais-de-distribuicao.html
Sendo assim, os canais formam o caminho ou o conjunto deles, que sai de um ponto
da produção e segue até a utilização pelos clientes na ponta do processo.
Intermediários tais como atacadistas e varejistas, muitas vezes adquirem os direitos
sobre determinados produtos e os revendem, e recebem a denominação de
comerciantes.
Em outros casos, tem-se a �gura dos corretores, representantes dos fabricantes e
representantes de vendas, que buscam clientes e negociam em nome de um
fabricante, sem necessariamente possuir direito sobre esses produtos, e são
conhecidos como representantes (KOTLER E KELLER, 2012). 
Para dar suporte a todos esses processos, ainda se tem o papel
importante das empresas transportadoras, dos armazéns de estocagem,
de bancos e agências de propaganda que facilitam todos esses processos. 
Os canais, portanto, ainda na visão dos autores, desempenham um papel importante
para o sucesso da empresa e isso interfere diretamente nas decisões de marketing, e
os pro�ssionais de marketing precisam entender o contexto no qual seus produtos
são fabricados, distribuídos, vendidos e atendidos no mercado.
Para Rocha e Souza (2017, p. 23), “para serem disponibilizados aos consumidores, os
produtos passam por um sistema (do produtor ao mercado consumidor) chamado
canal de distribuição, que, como dissemos na introdução, é relativamente complexo”.
Nesse âmbito, os canais de distribuição para os autores podem ser representados
por um grupo de pessoas, empresas ou organizações intermediárias que promovem
e facilitam a circulação dos produtos, desde quem realiza a produção até o
consumidor.
101
Redes de Valor
Com os entendimentos da perspectiva da cadeia de suprimentos, vimos que abrange
os pontos de venda como um destino, equivalente a uma visão mais linear do �uxo
dos materiais e dos componentes do processo produtivo, até a consolidação da
venda ao cliente.
De acordo com Porter (1985), toda empresa é uma reunião de atividades executadas
para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seus produtos. Todas
estas atividades podem ser representadas, fazendo-se uso de uma cadeia de valores.
A cadeia de valores desagrega uma empresa nas suas atividades derelevância para
compreender o comportamento dos custos e as fontes existentes e potenciais de
diferenciação. Uma empresa ganha vantagem competitiva, executando estas
atividades estrategicamente importantes de forma mais e�caz.
Essas atividades, denominadas de atividades de valor, podem ser divididas em dois
tipos: atividades primárias e atividades de apoio. 
102
As empresas pensam primeiramente no público-alvo e, em seguida,
planejam a cadeia de suprimentos a partir desse alvo. Isso signi�ca
realizar um planejamento da cadeia de demanda.
Num contexto mais amplo, as empresas colocam em suas estratégias uma rede de
valor, que representa um sistema de parcerias e alianças criadas para abastecer,
aumentar e entregar suas ofertas (KOTLER E KELLER, 2017).
É plausível dizer que as empresas não concorrem somente entre empresas, mas
entre redes. Para os autores (2017, p. 448), “uma rede de valor inclui os fornecedores
da empresa e os fornecedores desses fornecedores, os clientes imediatos da
empresa e os consumidores �nais desses clientes. A rede de valor inclui relações
valiosas com terceiros, como pesquisadores acadêmicos e agências reguladoras
governamentais”.
A empresa que deseja estabelecer esses parâmetros de redes de valor precisará
coordenar a rede de parceiros que lhe permita e possibilite a entrega de valor ao
mercado-alvo pretendido.
A título de exemplo, Kotler e Keller (2017, p. 450) representam que:
A Oracle conta com 5,2 milhões de desenvolvedores e 400 mil tópicos do
fórum de discussão para promover seus produtos. A Developer
Connection da Apple — onde pessoas criam aplicativos para iPhone e
similares — tem 50 mil membros em diferentes níveis de associação.  Os
desenvolvedores �cam com 70 por cento de toda receita gerada por
seus produtos, e a Apple, com 30 por cento.
Esse planejamento da cadeia de demanda pode trazer benefícios se a empresa
quiser obter maior lucratividade no topo ou na base dessa cadeia de suprimentos e
analisar se é melhor realizar integração para frente ou para trás. Podem também
identi�car ocorrências de problemas em qualquer etapa da cadeia de suprimentos
que possam resultar em custos, preços ou mudanças repentinas nos suprimentos.
103
A empresa dentro dessa abordagem também pode utilizar os meios de
comunicação, tornando suas transações e pagamentos mais ágeis e com
menos retrabalho. 
O formato de gerenciamento da rede de valor exige das empresas um grau elevado
de tecnologia e softwares especializados que são capazes de gerenciamento de todas
as funções numa estrutura mais uni�cada, como, por exemplo, os sistemas de
planejamento de recursos empresariais ERP (do inglês enterprise resource planning),
do qual já falamos brevemente.
Outra metodologia utilizada não sendo concorrente e nem excludente às demais, é o
(CRM, do inglês customer relationship management). A utilização desses sistemas
acaba com interesses próprios e conduzem os processos empresariais de maneira
uniforme.
Os pro�ssionais, portanto, passaram a pensar em não ser um mero gerente de
produto e de cliente e passam a ser gerentes de rede. Estes são alguns
entendimentos sobre o tema redes de valor e sua importância no ambiente
empresarial, em que fatores como a logística, a distribuição e os canais de vendas
escolhidos passam a ocupar um lugar de maior destaque nesse cenário.
104
A Importância dos Canais
Um sistema de canais de marketing, na concepção de Kotler e Keller,
“é o conjunto de canais de marketing especí�cos utilizados por uma
empresa, e as decisões referentes a elas estão entre as mais cruciais
com que as gerências precisam lidar. Nos Estados Unidos, os membros
de um canal ganham margens que, somadas, respondem por 30 a 50
por cento do preço �nal” (2017, p. 448).
Em contrapartida, a propaganda, geralmente, responde por menos de 5 a 7% do
preço �nal. Os canais de marketing também representam um custo de oportunidade
substancial. Um de seus principais papéis é converter compradores potenciais em
clientes lucrativos. 
Os canais de marketing não devem apenas servir aos mercados, mas
devem também criar mercados. Os canais escolhidos afetam todas as
outras decisões de marketing. O preço estabelecido pela empresa
depende de ela utilizar as grandes redes de desconto online ou butiques
de alta qualidade. Decisões relativas à força de vendas e à propaganda
dependem do grau de treinamento e motivação de que os revendedores
necessitam.
Além disso, as decisões de canal envolvem compromissos com prazos relativamente
longos com outras empresas, bem como um conjunto de políticas e procedimentos.
Quando uma montadora de automóveis contrata revendedores independentes para
vender seus veículos, não pode desfazer o negócio no dia seguinte ou implantar
pontos de venda próprios. Mas, ao mesmo tempo, as escolhas de canais em si
dependem da estratégia de marketing da empresa com relação à segmentação,
seleção de alvo e posicionamento.
105
Ao gerenciar intermediários, a empresa deve decidir quanto esforço dedicará às
estratégias de marketing push e pull. Em uma estratégia de empurrar (push), usam-
se a equipe de vendas, a promoção dirigida ao revendedor e outros meios para
induzir os intermediários a expor, promover e vender o produto aos usuários �nais.
 Essa estratégia é especialmente apropriada quando o grau de �delidade à marca na
categoria é baixo, quando a escolha da marca é feita na loja, quando o produto é
comprado por impulso e quando seus benefícios são bem conhecidos.
Em uma estratégia de puxar (pull), o fabricante utiliza a propaganda, a promoção e
outras formas de comunicação para persuadir o consumidor a pedir o produto aos
intermediários, fazendo com que estes o encomendem. Tal estratégia é
especialmente adequada quando há alto grau de �delidade à marca e grande
envolvimento na categoria, quando as pessoas percebem diferenças entre as marcas
e quando escolhem a marca antes de ir à loja.
Empresas de destaque em marketing tais como Coca-Cola, Intel e Nike
empregam habilidosamente as duas estratégias, push e pull. A estratégia
de push é mais e�caz quando acompanhada por uma estratégia de pull
bem concebida e executada, que ative a demanda do consumidor.   Por
outro lado, sem ao menos algum interesse por parte dos consumidores,
pode ser muito difícil conquistar aceitação e suporte do canal e vice-versa
(KOTLER E KELLER, 2017, p. 448).
106
Gestão de Custos 
Logísticos I
15
107
Custos Logísticos
Armazenagem Administrativo
EstoquesTransporte
· Modal Rodoviário
· Manuseio de 
Carga nos Armazéns
· Acondicionamento
· Custo Financeiro
· Modal Ferroviário · Seguro, Obsolência, Depreciação,
· Modal Aquaviário
· Modal Dutoviário
· Modal Aéreo
Perdas, e Danos
· Custos com a 
Estrutura 
Administrativa da 
Logística
Fonte: Disponível aqui
Olá, alunos! Vamos iniciar a aula com um esquema. Estude-o: 
Diante da evolução tecnológica, dos meios digitais e da consolidação da internet, o
modus operandi das relações na sociedade mudou, tendo como parâmetro os
mecanismos de espaço e do tempo. Ao contrário do passado, hoje tudo leva apenas
alguns instantes, ao alcance da palma das mãos, por meio do smartphone, da tela do
computador, dos veículos equipados com toda tecnologia de voz, de geolocalização,
etc. – sem contar os softwares criados por empresas tidas como tradicionais e por
startups que estão revolucionando toda a estrutura das organizações, em seus
processos, operações, produção, logística, marketing, �nanças e toda a integração
dessas áreas por um sistema de ERP.
Aliado a tudo isso, os sistemas logísticos, de serviços que as empresas prestam aos
seus clientes �nais ou na cadeia de abastecimento, conforme aula já exposta.   Os
sistemas de armazenagem, estocagem, suprimentos e de controle logístico e de frota
estão cada vez mais em alta. Sem falar nas terceirizações de serviços e, assim,
continua a lista de possibilidades e maneiras de realizar uma boa gestão de custos
logísticos, ancorado no entendimento e mapeamento de toda essa exposição.
108
http://grupoevolucao.com.br/livro/Logistica_Empresarial/custos_logsticos.htmlNas aulas 2 a 6, enfatizamos os principais conceitos de custos, custos �xos
e variáveis, diretos e indiretos, objetivando levar o leitor à compreensão
de como um gestor analisa esses conceitos e os coloca em prática. Desta
forma, não trataremos dos assuntos já expostos, mas vamos espaço, nas
aulas 15 e 16, para abordar outras possibilidades de realização dessa
gestão dos custos logísticos. 
Características dos Custos
Logísticos
De acordo com Luz (2015), os custos logísticos são aqueles relacionados aos produtos
que vão de sua origem, a matéria-prima, até chegarem nas mãos do cliente. Sendo
assim, os custos logísticos envolvem todo o acontecimento com o produto dentro da
cadeia de suprimentos e não podemos representar como custos padrões nas
empresas, porque dependem de cada tipo de operação logística realizada.
Exempli�cando, um produto hoje pode ser vendido por canal digital (internet), pela
própria fábrica, e também com a venda de veículos pela própria fábrica, etc., sem
intermediários, mas também, pode ocorrer com mais intermediários ao longo do
canal de distribuição (canal curto ou canal longo de distribuição).
Tomando como base o exemplo, os custos estão relacionados somente com a
matéria-prima, embalagem e o transporte, porque não se gerou estoque, em função
da demanda puxada, por um pedido especí�co.
O clube da Gillette, por exemplo, faz vendas diretas sem intermediários, ampliando
ainda mais essa visão, e chamamos isso de desintermediação do varejo, mas em
outras empresas isso pode não ocorrer. 
109
Clube Gillette
Fonte: Disponível aqui
A Associação Brasileira de Operadores Logísticos (2017) apud Luz (2015) apresenta o
impacto dos custos logísticos nas empresas.
110
https://varejo.espm.br/18393/pg-lanca-clube-de-assinaturas-da-gillette-no-brasil
Impacto dos custos logísticos nas empresas, por etapas logísticas
2014
2015
Ar
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az
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ag
em
Ad
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in
is
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at
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O
ut
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43
.9
% 50
%
19
.1
%
15
%
17
.8
%
20
%
8.
3%
7%
9.
5%
8%
11
.5
%
0%
Fonte: Adaptada de Associação Brasileira de Operadores Logísticos (2017).
Após essa visão geral apresentada, Luz (2015) descreve que os custos são comuns
nas (operações logísticas, como o processamento de pedidos, o transporte, a
armazenagem, o estoque e a logística reversa.  Ao identi�car os custos nas operações
logísticas é mais fácil que fazer seus controles e reduções, melhorando o processo
com objetivo-�m de tornar a empresa mais competitiva.
111
Podemos pensar também nos custos logísticos em âmbito internacional,
incorporando novos elementos como moeda estrangeira e barreiras
tarifárias, o que pode in�uenciar positiva ou negativamente os negócios.
Relembrando as aulas anteriores, as operações logísticas envolvem diferentes custos.
Vamos abordar, conceitualmente, os principais aspectos e cada um deles dependerá
da realidade de cada core business (principal negócio) e estratégia das empresas.
Custo de Armazenagem
Na visão de Faria e Costa (2010):
Há um grande esforço por parte das empresas para minimizar o uso dos
locais de armazenagem, com o objetivo de sincronizar a produção com a
demanda do consumidor, visando a evitar o acúmulo dos estoques ao
112
longo da cadeia para que obtenham menores custos, carregamentos e
descarregamentos mais frequentes e giros mais rápidos de estoques
(FARIA e COSTA, 2010, p. 79).
O processo de armazenagem tem como principal função acondicionar os produtos
para sua posterior expedição para o cliente. Nesse ínterim, os materiais �cam
organizados desde a entrada, estocagem à expedição. Todas essas atividades
possuem custos e que as empresas querem reduzir (estoques).
Se uma empresa conseguir sincronizar a produção com os pedidos dos
consumidores, é provável que os produtos �quem menos tempo ou até que nem
�quem estocados, representando, assim, uma produção puxada, modalidade essa
em que o cliente puxa a produção com o seu pedido, determinando o que a empresa
deve produzir.
Os armazéns sejam próprios ou alugados (terceirizados) exigem investimentos e, por
sua vez, custos adicionais para armazenagem (LUZ, 2015). Dentre estes podemos
listar: equipamentos, áreas, inspeção, rotas de movimentação, tempo de ciclo e
ativos que são necessários para a operação acontecer.
Custo de Transporte
Os custos relacionados ao transporte, nos vários modais envolvem a manutenção
dos veículos, o combustível e mão de obra, segundo Luz (2015). Faria e Costa (2010)
apresentam que no panorama nacional ou internacional os custos com transporte
são considerados subprocessos, sendo eles o mais importante da logística.
O transporte, portanto, representa o elo entre os canais da cadeia de abastecimento
e, em alguns casos, a empresa utiliza mais de um modal de transporte ao longo da
cadeia. 
113
Algumas peças automobilísticas podem vir da Alemanha de navio, e
outras, de avião, da Argentina. Elas são então distribuídas para as fábricas
do Brasil por meio do transporte rodoviário. Observam-se três modais
diferentes de transporte na cadeia de suprimentos automobilísticos desse
exemplo – hidroviário, aeroviário e rodoviário (LUZ, 2015).
Bowersox e Closs (2001) esclarecem que os custos de transporte possuem variações
de acordo com o tipo de veículo, distância percorrida, o volume (quantidade) e o
peso da carga, facilidade ou di�culdade de acondicionamento e manuseio, riscos
 envolvidos e até seguros, (grifo nosso).
O Trade-off na Logística
Essa terminologia signi�ca entender a relação de perda-ganho, custo e benefício, que
culmina na tomada de decisão em custos, por um lado, e benefícios, por outro. Luz
(2015) expõe que nas relações logísticas, várias decisões envolvem trade-o�s. De
maneira mais sucinta, Corrêa (2010), sabiamente, descreve o trade-o� como um
“balanceamento de prioridades”.
Algumas decisões são mais aparentes com o trade-o�:
Decisões sobre embalagem
De estoques
Tecnologia da informação
Tributos
Transporte (modais) 
Em suma, Luz (2015) aponta que nas decisões logísticas, dada a sua complexidade
precisam ser baseadas em trade-o�s, objetivando maior assertividade. Os trade-o�s
também são baseados em redes logísticas onde estão interligados, e isso signi�ca
que as decisões de uma empresa in�uenciam nas demais da cadeia de suprimentos. 
114
Gestão de Custos 
Logísticos II
16
115
Custos dos Processos Logísticos
Para Gonçalves (2000), as empresas são grandes coleções de processos, e muitas
delas não têm uma visão clara dos passos que estão à frente e, sobretudo, quais
providências e decisões devem ser tomadas. Para outras, ainda, não estão certas
de qual decisão tomará sobre a estruturação dos processos.
Nesta última aula, vamos apresentar ao leitor, alguns pontos mais abrangentes,
qualitativos e pontuais sobre os custos associados a ele. O primeiro deles diz
respeito aos custos na cadeia de suprimentos, conceito este já abordado em aula
anterior. O suprimento da manufatura que é o fornecedor da matéria-prima e
que tem por função abastecer as fábricas, eles representam a fonte do produto e
se forem afetados, por sua vez, afetam todo o restante da cadeia. 
A manufatura local (fábrica) onde a matéria-prima é transformada em produto,
possui custos inerentes à industrialização do produto em razão de sua estrutura de
maquinários e equipamentos para a fabricação. 
A distribuição física, que conta com o produto pronto para ser distribuído, e que
pode ocorrer de diversas formas, como centros de distribuição, atacadistas, direto
para o varejo, etc. (Luz, 2015). 
No varejo, ponto de venda onde os clientes realizam as compras, também possui
custos, das comissões dos vendedores, conservação dos produtos e marketing que
faz o produto aparecer, ser comunicado para ser vendido. 
E no transporte, que interliga todos os membros da cadeia de abastecimento e
que engloba todos os modais. Aqui os custos são frete, seguros e, no Brasil, o
modal mais utilizado é o rodoviário em comparação com outras. Um ponto
importante é que se utiliza mais de um modal de transporte na cadeia de
suprimentos para reduziros custos.
116
A cadeia de suprimentos precisa estar interligada. Por exemplo, o
lançamento de um produto pode ser promovido no varejo, mas será a
logística que fará a distribuição, e o produto precisará estar nas
prateleiras conforme prometido nas publicidades. Assim, a
comunicação e a cooperação são indispensáveis para as empresas que
constituem a cadeia de suprimentos. Essa não é uma tarefa fácil, e
quando mais membros a cadeia de suprimentos tiver, maior será a
complexidade envolvida para a atuação conjunta em direção ao mesmo
foco: a satisfação do cliente (Luz, 2015).
Custos nas Ati�dades Básicas da
Logística
Luz (2015) lança luz para o leitor apresentando que as atividades logísticas
realizadas ao longo da cadeia de suprimentos são diversas e que são divididas em
primárias (atividades-chave) e secundárias, como atividades de apoio ou suporte. A
�gura a seguir ilustra essa a�rmação. 
117
Atividades logísticas primárias e de apoio, tendo o nível de serviço como foco
Nível de 
serviço
Manuseio de materiais
Embalagem
Armazenagem
Obtenção
Manutenção de informações
Programação do produto
Processamento 
de pedidos
Gestão de 
estoques
Transportes
Fonte: Ballou (1993, p. 261).
As atividades primárias – gestão de estoques, processamento de
pedidos e transporte – representam as atividades primárias no nível de
serviço, e as secundárias dão suporte às primárias. 
Custo no Nível de Ser�ço
Dedicamos uma aula especí�ca para apresentar os serviços porque entendemos
que, além de representar mais de 60 do Produto Interno Bruto (PIB), segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE), junto com o produto
118
sempre tem um serviço atrelado e, principalmente, ao longo da cadeia de
abastecimento, eles se destacam mesmo tendo um caráter intangível.
É fácil entender que os custos também fazem parte do nível de serviços e estes
devem ser percebidos pelos clientes. Uma empresa alcança patamares de
excelência pelos serviços prestados quando possui produtos de qualidade obtidos
com o bom relacionamento junto aos seus parceiros de negócio, conforme destaca
Luz (2015). O atendimento ao consumidor deverá suprir ou superar a expectativa
do cliente, tentando compreender e antecipar seus desejos/anseios, mas
administrar, manter ou até superar o nível de serviços da empresa para o cliente
gera custos.
De forma especial, Corrêa (2010) faz uma defesa: convenhamos, a busca pela
redução de custos não deveria afetar o nível de serviço ao cliente, porém, na
prática, sabe-se que os custos falam mais alto na busca da lucratividade da
empresa e nem sempre se privilegia o cliente nessa relação unilateral.
Ballou (1993) traz alguns elementos do nível de serviço logístico que podem ser
medidos.
Tempo médio das entregas;
Variação do tempo da entrega;
Informações sobre o status do pedido;
Serviços de urgência;
Metodologia (método) de emissão de ordens;
Resolutividade de reclamações;
Ausência de erros ao preencher pedidos de ordens de serviço (OS);
Políticas de devoluções;
Procedimentos de cobrança. 
Periodicamente, esses elementos devem ser medidos para melhor compreensão
do serviço prestado e da satisfação do cliente.
119
Custos nos Processos Logísticos
(Uma Abordagem Abrangente)
Os custos logísticos podem englobar múltiplas facetas, pois as empresas possuem
realidades e estruturas diferentes em sentido econômico, de recursos e de
tecnologia. Por essa razão, colocamos o leitor numa visão mais abrangente sobre
as diversas possibilidades de entendimento do aludido tema (disciplina). São eles:
Os custos nas decisões de armazenagem e todos os seus vários elementos
como os descritos por Faria e Costa (2010): características do recebimento;
acondicionamento; seleção do pedido; etiquetagem; reembalagem;
necessidade de mão de obra direta e equipamentos; necessidade de
recursos indiretos.
Custos de localização de armazéns: armazéns próprios; contratados ou
terceirizados; armazéns públicos – aeroportos, portos, estações aduaneiras;
localização: região global; sub-região; cidade; local especí�co.
Os custos também ocorrem nos processos de gestão de estoques: impacto
da estratégia da empresa nos custos de estoque; política de estoques.
Custo de manutenção dos estoques.
Custos proporcionais à quantidade estocada: custos de carregamento,
armazenagem, manuseio, perdas, obsolescência, furtos e roubos.
Just in time – pequenos lotes e estoque zero.
Produção em escala na gestão de estoques (produção empurrada).
Custos de veículos.
Métodos de alocar custos: contabilidade de custos: diretos, indiretos,
variáveis e �xos.
Custo operacional. 
120
No que diz respeito ao custo operacional, o objetivo logístico é de
entregar o produto certo, em quantidade esperada, no local especí�co,
a um menor custo possível. Dessa forma, o transporte é a pedra angular
nesse sistema. O desa�o é operacionalizar todos esses recursos de
modo e�ciente, maximizando a capacidade dos veículos, garantindo
segurança e bom nível de serviço (WOBETO, 2015).
O custo operacional, portanto, é aquele que corresponde a todas as despesas que
mantêm a empresa em funcionamento, sendo assim, o ponto de equilíbrio entra
em cena para saber quando os ganhos são iguais aos custos (WOBETO, 2015).
E, por �m, destaca-se o custeio ABC, pois os métodos de custeio são as ferramentas
que dão suporte nas decisões das organizações. O custeio por absorção, o custeio
direto e por atividade (ABC) são os três métodos mais utilizados, cada um com
características próprias e complementares.
121
Conclusão
Ao longo deste material didático, você percorreu um caminho sobre o entendimento
da gestão dos custos logísticos em um tempo em que a tecnologia, os canais de
comunicação e distribuição, bem como a acessibilidade dos clientes por tecnologia
móvel, estão cada vez mais disponíveis para os negócios.
Abordamos, no decorrer das aulas, temas pertinentes e atuais sobre os custos
logísticos, iniciando pela compreensão do conceito de administração-gestão como um
ponto chave para as aulas seguintes, pois toda e qualquer empresa necessita não
somente do conceito como também de sua forma de gerir os negócios.
Na sequência, foram trazidos para esse debate a classi�cação dos custos, seu
entendimento de custos, custos �xos, variáveis, diretos e indiretos como forma de
melhor compreender o que são custos, despesas, gastos, ganhos, conceitos estes
presentes na rotina das organizações e que podem, assim como outros elementos
apresentados nas aulas, representar uma vantagem se bem geridos ou em
desvantagem se mal geridos para os negócios que operam com as questões
logísticas.
E aqui termina a nossa caminhada – mas somente aquela descrita lá no início do
material, lembra? A estrada, porém, continua. Agora, construa o seu caminho! 
122
Material Complementar
Livro
Canais de Marketing
Autor: Bert Rosembloom
Editora: Cengage Learning
Sinopse: Esta obra trata de forma atualizada e abrangente os
desa�os de se lidar com múltiplos canais de distribuição e de
estabelecer modelos de negócios sustentáveis. Com uma
linguagem clara, concisa e instigante, o texto tem como objetivo
enfocar o gerenciamento e dar um panorama das tomadas de
decisões nos canais de marketing. Teoria, pesquisa e prática
são amplamente cobertas e mescladas a uma discussão que
enfatiza implicações da tomada de decisão e re�ete sobre os
impactos das mudanças econômica, sociocultural, competitiva,
tecnológica e jurídica no gerenciamento dos canais de
marketing.
Livro
Logística Empresarial
Autor: Ronald H. Ballou
Editora: Atlas
Sinopse: Este é um livro sobre a administração do �uxo de
bens e serviços em organizações orientadas ou não para o
lucro. O assunto é vital e absorve parte substancial do
orçamento operacional de uma organização, incluindo
atividades de transporte, gestão de estoques, processamento
de pedidos, compras, armazenagem, manuseio de materiais,
embalagem e programação da produção. A ênfase situa-se nos
123
princípios e conceitos que servem como guias para a tomada
de decisões.O assunto é levado ao leitor de modo gradual.
Cada seção oferece perspectivas, discernimento, compreensão
e desenvolvimento de habilidades, enfocando Distribuição
Física, Administração de Materiais, Nível de Serviço,
Administração de Tráfego, Manuseio e Acondicionamento do
Produto e Controles de Estoques, entre outros temas. Livro-
texto para a disciplina logística empresarial/administração de
logística dos cursos de Administração de Empresas e
Engenharia de Produção. Indicado para a atualização de
pro�ssionais das áreas de Produção, Compras, Materiais e
Transporte.
Filme
Fome de Poder
Ano: 2017
Sinopse: história da ascensão do McDonald's. Após receber
uma demanda sem precedentes e notar uma movimentação de
consumidores fora do normal, o vendedor de Illinois, Ray Kroc
(Michael Keaton) adquire uma participação nos negócios da
lanchonete dos irmãos Richard e Maurice "Mac" McDonald no
sul da Califórnia e, pouco a pouco, eliminando os dois da rede,
transforma a marca em um gigantesco império alimentício.
Filme
Incontrolável
Ano: 2010
Sinopse: A história, baseada em fatos reais, conta uma série de
incidentes relacionados à logística, como as imprudências e as
falhas humanas que levam à iminência de uma grande
catástrofe. Dos �lmes que abordam a logística, este traz uma
re�exão a respeito das tomadas de decisões precipitadas
124
dentro das grandes organizações envolvendo situações que 
requerem perícia para evitar danos maiores. O enredo 
apresenta uma grande locomotiva sem tripulação, fora de 
controle e prestes a descarrilar. A situação é tensa e pode 
piorar ainda mais, pois o trem carrega produtos químicos 
tóxicos que poderiam facilmente destruir a cidade mais 
próxima, causando um imenso desastre ambiental. A única 
esperança de impedir a tragédia está nas mãos de um 
maquinista veterano (Denzel Washington) e de um jovem 
condutor (Chris Pine), que arriscam suas vidas para evitar a 
situação.
Web
O texto sugerido para leitura - RELAÇÕES CONTRATUAIS NO 
SISTEMA AGROINDUSTRIAL DE OVOS analisa as relações 
contratuais existentes ao longo do sistema agroindustrial de 
ovos de forma a entender os arranjos institucionais e as 
estratégias das �rmas atuantes no setor e nele estão inseridos 
vários conceitos pertinentes à disciplina de Gestão de Custos 
Logísticos, como �uxo de transação e custo de transação, cadeia 
de abastecimentos, canais, distribuição.
125
https://go.eadstock.com.br/Aw
Referências
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