Prévia do material em texto
<p>28/06/2017</p><p>1</p><p>ASPECTOS NEUROLÓGICOS EM</p><p>DOENÇAS INFECCIOSAS</p><p>PROFA. TATIANNA FRATE SCHWARDT DE</p><p>NARDO</p><p>Graduada pela Universidade Metodista de São Paulo</p><p>Residência em clínica médica de pequenos animais pela</p><p>UNESP-Araçatuba</p><p>Mestre na área de Fisiopatologia médica e cirúrgica pela</p><p>UNESP – Araçatuba</p><p>Doutoranda pela área de clínica médica – Unesp Jaboticabal</p><p>Docente Centro Universitário Norte Paulista - UNORP</p><p>Docente Hospital Veterinário NEPE-UNORP</p><p>Professora do Instituto Qualittas de pós-graduação - IQPG</p><p>CINOMOSE CANINA</p><p>INTRODUÇÃO</p><p> Canine Distemper</p><p>Virus (CDV)</p><p> Família</p><p>Paramyxoviridae</p><p> Gênero Morbilivirus</p><p>SINAIS CLÍNICOS</p><p> Cepa viral</p><p> Snyder Hill e R252</p><p> Idade</p><p> Título</p><p> Perfil imunológico</p><p>ENCEFALOMIELITE PELO VÍRUS</p><p>DA CINOMOSE</p><p> Doença neurológica muito comum em cães</p><p> Geralmente é causa da eutanásia</p><p> Processos desmielinizantes e inflamatórios</p><p>multifocais do SNC</p><p> Semelhante a esclerose múltipla em humanos</p><p> Falha do sistema imune</p><p> Conhecer os mecanismos envolvidos na doença</p><p>PATOGENIA DAS LESÕES NO</p><p>SNC</p><p> SNC: alta sensibilidade</p><p> Proteção mecânica</p><p> Barreira hemato-encefálica (BHE)</p><p> Seleção de macromoléculas</p><p> Células do SI</p><p>28/06/2017</p><p>2</p><p>NEUROINVASÃO</p><p> Período de intensa imunossupressão</p><p> MMP/TIMP</p><p> colágenase</p><p> quebra componentes da membrana basal da BHE</p><p> replicação viral nas células da glia</p><p> Phase-dependent expression of matrix</p><p>metalloproteinases and their inhibitors in demyelinating</p><p>canine distemper encephalitis. Acta Neuropathologica, v.</p><p>106, p. 486-494, 2003.</p><p>NEUROINVASÃO</p><p>NEUROINVASÃO</p><p>• Encefalites virais</p><p>• Desestabilização da</p><p>BHE</p><p>• Perda das junções</p><p>celulares</p><p>• Degradação da</p><p>membrana basal</p><p>• Passagem de células</p><p>mononucleares</p><p>Metaloproteinase</p><p>Interleucinas</p><p>Pró-inflamatórias</p><p>Anti-inflamatórias</p><p>Quimiotaxia</p><p>Mediadores</p><p>inflamatórios</p><p>Apresentadores</p><p>de antígenos</p><p>28/06/2017</p><p>3</p><p>PATOGENIA DAS LESÕES</p><p>NO SNC</p><p> Encefalite do cão jovem</p><p> Falha no sistema imune</p><p> Replicação viral em</p><p>oligodendrócitos</p><p> Desmielinização</p><p> Necrose de tecido nervoso</p><p>PATOGENIA DAS LESÕES NO</p><p>SNC</p><p> Encefalite multifocal em cães adultos</p><p> Animais entre 4 e 6 anos</p><p> Curso crônico</p><p> Precedida ou não por sinais sistêmicos</p><p> Vírus restrito a poucos astrócitos</p><p> Alta expressão de MHC na neuróglia:</p><p>desmielinização contínua e infiltração</p><p>mononuclear perivascular</p><p>PATOGENIA DAS LESÕES NO</p><p>SNC</p><p> Encefalite do cão</p><p>idoso</p><p> Cães acima de 6 anos</p><p> Forma crônica</p><p> Persistência viral nos</p><p>neurônios</p><p> Animais</p><p>imunocompetentes</p><p>SINAIS NEUROLÓGICOS</p><p> Múltiplos</p><p> Tempo variável após a infecção aguda</p><p> Hiperestesia, rigidez cervical, paresia,</p><p>incordenação de membros, deficits em nervos</p><p>cranianos, cegueira uni-bilateral, ataxia,</p><p>hipermetria</p><p> Convulsões parciais ou generalizadas</p><p> Mioclonias</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p> Clínico/ hemograma/ corpúsculo de Lentz</p><p> PCR</p><p> PCR/real time PCR</p><p> Testes rápidos</p><p> Pesquisa de antígeno – Alere ®</p><p> Pesquisa de anticorpo – Idexx ®</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://cosmo.uol.com.br/blog/admin/imagens/004046.jpg&imgrefurl=http://cosmo.uol.com.br/blog/blog_post.php%3Fblog_id%3D19%26post_id%3D6794&usg=__fy7SrJKVkpr34WQ74lPWF4CDvkQ=&h=300&w=360&sz=31&hl=pt-BR&start=11&itbs=1&tbnid=woAMsdKo1A_JlM:&tbnh=101&tbnw=121&prev=/images%3Fq%3Dc%25C3%25A3o%2Bvelho%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26tbs%3Disch:1</p><p>28/06/2017</p><p>4</p><p>TRATAMENTO</p><p> Tratamento sintomático</p><p> Soro hiperimune</p><p> Antibioticoterapia</p><p> Anticonvulsivantes</p><p> Corticoesteróides</p><p> Ribavirina/DMSO</p><p> Vitamina A</p><p> Vitaminas em geral.....</p><p>VITAMINAS</p><p> Vit B cão=10-100 mg/ animal/ SID</p><p> Vit C= 500 mg SID a TID – 1 g.</p><p> Vit E= Ephynal® vit. E</p><p>Dose: 400UI BID/60 dias</p><p> Vitamina A: 50.000 UI/dia</p><p> Ultrapassar 200.000 UI/semana</p><p> Pelo menos 2 meses</p><p>TRATAMENTO</p><p> ETNA</p><p> IM 1X SID/3 DIAS</p><p> 1 A 2 CAPS TID 60 DIAS</p><p>TRATAMENTO</p><p>TOXOPLASMOSE</p><p>http://blog.fshark.com/files/2008/04/intelligent-dog.jpg</p><p>28/06/2017</p><p>5</p><p>INTRODUÇÃO</p><p> Descrita pela primeira vez em 1910</p><p> Toxoplasma gondii</p><p> Protozoário Espécies de sangue quente</p><p> Taquizoítos presentes na fase aguda</p><p> Bradizoítos na fase crônica</p><p>INTRODUÇÃO</p><p> Transmisão</p><p> Transplacentária</p><p> Carnivorismo (cães que consomem cistos</p><p>teciduais ou oocistos esporulados)</p><p> Humanos com anticorpos contra a doença</p><p> ↑ cães infectados</p><p>Contato direto com o felino é um</p><p>fator de baixo risco!!</p><p>SINAIS CLÍNICOS</p><p> Animais assintomáticos</p><p> Hipertermia, linfoadenopatia, distúrbios pulmonares,</p><p>digestivos e lesões oftálmicas</p><p> Paresia espástica de membros pélvicos</p><p> Em felinos, co-infecções com FIV e FELV</p><p> Neurológicos.....todos</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p> Freqüência de anticorpos anti-Neospora caninum e contra</p><p>Toxoplasma gondii em cães da região nordeste do Estado de São</p><p>Paulo: correlação com neuropatias. Semina: Ciências Agrárias,</p><p>Londrina, v.22, n.1, p.105-111, 2001. VARANDAS, N., et al.</p><p> 295 soros</p><p> 176 cães positivos</p><p> 58 cães com sintomatologia neurológica</p><p> ↑ T.gondii</p><p> Correlação entre as duas doenças</p><p> Soroepidemiologia de Toxoplasma gondii em gatos</p><p>domiciliados atendidos em clínicas particulares de Porto</p><p>Alegre, RS, Brasil</p><p> 245 soros</p><p> IFI, Hemaglutinação</p><p> 66 positivos</p><p> Ocurrence of antibodies to Toxoplasma in cats naturally</p><p>infected with feline immunodeficiency virus</p><p>28/06/2017</p><p>6</p><p>Frade, M. T. S. et al</p><p> Líquor</p><p> Presença de taquizoítos</p><p> Aumento de proteínas</p><p> Sorologia/PCR líquor</p><p> Sorologia</p><p> IgG > 1:64 - fase crônica (4X-aguda)</p><p> IgM na fase aguda – doença clínica (1:64)</p><p>DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO</p><p> Cloridrato de Clindamicina</p><p> 10-20 mg/kg, BID, VO, 4 semanas (cão)</p><p> 12,5 mg/kg, BID, VO, 4 semanas (gato)</p><p> Sulfonamida-trimetoprim</p><p> 15-30 mg/kg, BID, 4 semanas</p><p> Resolução dos sinais clínicos de 2</p><p>a 4 dias, dependendo da extensão</p><p>da lesão</p><p> CUIDADO COM</p><p>CORTICOESTERÓIDES!!!</p><p>CRIPTOCOCOSE</p><p>INTRODUÇÃO</p><p> Doença fúngica</p><p> Acomete cães e gatos</p><p> Cryptococcus neoformans</p><p> Solos contaminados com excretas de</p><p>aves</p><p> Micose sistêmica</p><p> Potencialmente fatal</p><p>28/06/2017</p><p>7</p><p>TRANSMISSÃO</p><p> Inalação de esporos do C. neoformans</p><p> Infecção primária do sistema respiratório</p><p> Pulmões e cavidade nasal</p><p> Disseminação via hematógena/linfática</p><p> Quadro clínico relacionado a imunidade</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p> Achados hematológicos/bioquímicos</p><p> Identificação do agente</p><p> Citologia</p><p> Cultura do exudato nasal</p><p> LCR</p><p> Histopatológico</p><p> PAS</p><p> Criptococose</p><p> 9/11 gatos: identificação do agente no LCR</p><p> LCR: pleocitose neutrofílica</p><p> Identificação do agente</p><p> Tratamento: Fluconazol 5-15 mg/kg bid 6</p><p>meses</p><p>TRATAMENTO</p><p> Anfotericina B</p><p> Cetoconazol</p><p> Altas doses com efeito colaterias</p><p> Itraconazol</p><p> Boa penetração no SNC</p><p> Associação de vários fármacos</p><p> Prognóstico ruim</p><p>28/06/2017</p><p>8</p><p>TRATAMENTO</p><p> Anfotericina B</p><p> Cetoconazol</p><p> Altas doses com efeito colaterias</p><p> Itraconazol</p><p> Boa penetração no SNC</p><p> Associação de vários fármacos</p><p> Prognóstico ruim</p><p>TÉTANO</p><p> Clostridium tetani</p><p> Anaeróbio, gram-positivo, formadores de esporos</p><p>produtores de neurotoxina</p><p> Esporos em fezes de animais e do homem</p><p> Pouco frequente</p><p> Países em desenvolvimento</p><p> Contamina através de feridas profundas</p><p>TÉTANO</p><p> Sinais clínicos: lesões recentes (pode passar</p><p>desapercebida)</p><p> Sinais neurológicos: contração dos músculos da</p><p>face (riso sardônico) e formação de pregas</p><p>cutâneas entre as orelhas</p><p> Trismo</p><p> Marcha rígida, decúbito lateral, membros em</p><p>extensão</p><p>TÉTANO</p><p> Diagnóstico</p><p> Enzimas musculares, sinais clínicos característicos</p><p>Resolução:</p><p>3-4 semanas</p><p>TÉTANO</p><p>28/06/2017</p><p>9</p><p>FELINOS.........</p><p>• 61% com sinais neurológicos</p><p>• 50% sem alterações histopatológicas</p><p> Peritonite infecciosa felina (PIF)</p><p> Mutação de coronavírus entérico</p><p> 30% de PIF - sinais neurológicos</p><p> Idade jovem, < 3 anos</p><p> Sinais sistêmicos podem estar ausentes....</p><p>INFECCIOSO</p><p> Peritonite infecciosa felina (PIF)</p><p> Sinais neurológicos: convulsões, síndromes</p><p>vestibulares, cerebelares</p><p> Diagnóstico: Sorologias: valor diagóstico</p><p>limitado</p><p> Hemograma: anemia + hiperglobulinemia</p><p> LCR: proteinorraquia</p><p> Neutrófilos e macrófagos</p><p>INFECCIOSO</p><p> Imunodeficiência viral felina (FIV)</p><p> Retrovírus</p><p> 15 a 30% desenvolve sinais neurológicos</p><p> 2 meses após infecção</p><p> Sinais progressivos e difusos</p><p> Co-infecções exacerbam o quadro</p><p>neurológico</p><p>INFECCIOSO</p><p>28/06/2017</p><p>10</p><p> Imunodeficiência viral felina (FIV)</p><p> Vírus não infecta neurônios</p><p> Células da glia e astrócitos</p><p> Diagnóstico: LCR: pleocitose discreta</p><p> testes rápidos: LCR 10X soro</p><p> Presença de anticorpo no LCR</p><p>INFECCIOSO LEISHMANIOSE</p><p>• 40 cães acometidos pela doença</p><p>• 10 com sinais neurológicos</p><p>• Convulsões</p><p>• Hipermetria</p><p>• Alteração em nervos cranianos</p><p>• Queda</p><p>• Tremor de intenção</p><p> Mensuração de</p><p>metaloproteinase em 50 animais</p><p>com LV e 10 animais sem LV</p><p>LEISHMANIOSE</p><p>OBRIGADA</p><p>tatifrate@yahoo.com.br</p><p>@catitadenardo</p><p>mailto:tatifrate@yahoo.com.br</p>