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<p>Amanda é empregada da empresa “Supermercado do atacado”. Ela é técnica em eletrotécnica e</p><p>entre as suas atribuições profissionais está a manutenção do sistema elétrico da empresa. Para executar</p><p>suas atividades ela precisa, em algumas situações, subir em escadas para acessar o telhado do</p><p>estabelecimento.</p><p>No exercício da atividade profissional, a serviço da empresa, ela sofreu um acidente, resultando</p><p>numa fratura exposta na perna direita. Em decorrência desse acidente, Amanda precisou realizar uma</p><p>cirurgia ortopédica e ficar afastada de suas funções por 180 dias.</p><p>Ao final do processo de recuperação foi constatado, pela perícia médica do INSS que, em</p><p>virtude da gravidade do ferimento sofrido, Amanda teve uma perda permanente da mobilidade do</p><p>membro afetado (perna direita), não podendo mais realizar as atividades profissionais que exercia até o</p><p>momento do acidente.</p><p>Com base nas informações, acima fornecidas, responda:</p><p>1 – O acidente sofrido por Amanda pode ser classificado como um acidente de trabalho? Justifique sua</p><p>resposta e forneça a fundamentação legal.</p><p>Sim, de acordo com a Lei nº 8.231/91, em seu artigo 19, acidente do trabalho é o que ocorre</p><p>pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo</p><p>exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional</p><p>que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o</p><p>trabalho.</p><p>2 - Qual benefício previdenciário Amanda recebeu após o 16º dia de afastamento? Justifique sua</p><p>resposta e forneça a fundamentação legal.</p><p>Com base no Artigo 60 da Lei nº 8.213/91 após o 16º dia de afastamento, Amanda terá</p><p>direito ao benefício previdenciário de auxílio-acidente. O auxílio-acidente é um benefício</p><p>temporário que é concedido ao trabalhador que sofreu um acidente de trabalho e teve sua</p><p>capacidade para o trabalho reduzida, mas não de forma total. O valor do auxílio-acidente é</p><p>equivalente a 50% do salário de benefício, que é calculado com base no salário de</p><p>contribuição do trabalhador. A duração do auxílio-acidente é de 2 anos, mas pode ser</p><p>prorrogado por mais 2 anos, se for necessário.</p><p>3 – Qual benefício previdenciário Amanda fará jus, em decorrência da perda parcial premente da</p><p>capacidade para o trabalho que desenvolvia? Justifique sua resposta e forneça a fundamentação legal.</p><p>Amanda terá direito ao benefício previdenciário de auxílio-doença, em decorrência da perda</p><p>parcial e iminente da capacidade para o trabalho que desenvolvia. O auxílio-doença é um</p><p>benefício concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos segurados que</p><p>estão temporariamente incapacitados para o trabalho em decorrência de doença ou acidente.</p><p>A fundamentação legal para o auxílio-doença está prevista na Lei nº 8.213/91, que dispõe</p><p>sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social. De acordo com o artigo 59 da referida</p><p>lei, o auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido a carência exigida,</p><p>ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias</p><p>consecutivos.</p><p>Para comprovar a incapacidade, Amanda deverá passar por uma perícia médica realizada</p><p>pelo INSS. O médico perito avaliará a extensão da incapacidade e determinará o tempo de</p><p>afastamento necessário. Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença,</p><p>Amanda deverá se submeter a reavaliações periódicas para verificar se ainda está</p><p>incapacitada para o trabalho.</p><p>É importante ressaltar que, para ter direito ao auxílio-doença, Amanda precisa ser segurada</p><p>da Previdência Social, ou seja, estar contribuindo regularmente para o INSS. Além disso, é</p><p>necessário cumprir a carência, que é o número mínimo de contribuições mensais exigidas</p><p>para ter direito ao benefício.</p><p>Portanto, com base na legislação previdenciária, Amanda terá direito ao benefício de</p><p>auxílio-doença em decorrência da perda parcial e iminente da capacidade para o trabalho</p><p>que desenvolvia.</p><p>.</p><p>4 – Quais as obrigações a empresa deverá ter, do ponto de vista legal, com a empregada acidentada</p><p>durante os primeiros quinze dias após o seu acidente e no seu retorno ao trabalho, após o acidente?</p><p>Justifique sua resposta e forneça a fundamentação legal.</p><p>Nos primeiros quinze dias após o acidente, a empresa é obrigada a arcar com o</p><p>pagamento do salário integral da empregada acidentada, conforme disposto no artigo 60 da</p><p>Lei nº 8.213/91. Essa atribuição é conhecida como Responsabilidade Civil do</p><p>Empregador. No retorno da empregada ao trabalho após o acidente, a empresa deve</p><p>proporcionar todas as condições necessárias para a reintegração da trabalhadora, levando</p><p>em consideração sua capacidade de trabalho após a lesão, conforme previsto no artigo 118</p><p>da Lei nº 8.213/91. Além disso, a empresa também deve se preocupar em promover ações</p><p>de prevenção de acidentes, conforme estabelece a Norma Regulamentadora NR-4 do</p><p>Ministério do Trabalho e Emprego.</p><p>OBS:</p><p>I - Para responder as questões você deve consultar a Lei 8.213/91 e a CLT.</p><p>II - Utilize suas palavras, NÃO COPIE TEXTOS da internet e de outras fontes, com exceção para</p><p>a citação de artigo, parágrafo, alínea, título etc. das Leis com as quais irá fundamentar suas respostas.</p>