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<p>FACULDADE DE ODONTOLOGIA FACSETE</p><p>GISELLE MACHADO</p><p>HIFU – UMA OPÇÃO PARA ESTÍMULO NA PRODUÇÃO</p><p>DO COLÁGENO E MELHORA NA FLACIDEZ DA PELE -</p><p>RELATO DE CASO CLÍNICO</p><p>GISELLE MACHADO</p><p>HIFU – Uma Opção Para Estímulo na Produção do</p><p>Colágeno E Melhora na Flacidez Da Pele - Relato de</p><p>Caso Clínico</p><p>Monografia apresentada ao curso de Espe-</p><p>cialização Lato Sensu da FacSete, como</p><p>requisito parcial para conclusão do Curso</p><p>de Especialização em Harmonização Oro</p><p>Facial.</p><p>Área Concentração:</p><p>Orientador: Dr. Carlos Henrique Bettoni</p><p>Cruz de Castro</p><p>Dedicatória. . .</p><p>• Gostaria de dedicar esse trabalho a todos que fizeram parte da minha colcha de</p><p>retalhos: à DEUS por ser tão presente e essencial em minha vida, o autor do</p><p>meu destino, meu guia e parceiro, mesmo quando não percebi sua presença</p><p>em todos os momentos; aos meus PAIS, sempre tão orgulhosos da minhas</p><p>pequenas vitórias; ao meu amado marido e companheiro Cornélio, do seu modo</p><p>reservado, sempre proporcionando que meus sonhos sejam conquistados, com</p><p>suporte em casa e com nossos amados filhos; ao Lucas e Miguel, minhas</p><p>luzes e inspiração para seguir em frente, mamãe AMA vocês demais, amor</p><p>entranhado; aos meus amados irmãos: Jac, Tinho, Ju e Co, sinto um orgulho</p><p>imenso de poder ser irmã de vocês; aos amigos de toda hora, não os nomearei,</p><p>mas todos vocês sabem como são valorosos para mim; aos novos amigos da</p><p>HOF em especial à Mamãe Mary, a responsável por eu ter conhecido e crescido</p><p>com vocês e como crescemos juntos .</p><p>• A todos os meus professores ao longo desta caminhada, que foram de funda-</p><p>mental importância na construção da minha vida profissional.</p><p>Agradecimentos</p><p>Agradeço imensamente a todos que tornaram possível mais esta etapa de</p><p>crescimento pessoal e profissional.</p><p>No início era só uma possibilidade, com o passar do tempo tornou-se uma</p><p>realidade muito satisfatória e o entusiasmo da longínqua formatura da graduação, em</p><p>1996, retornou com força total. Sinto-me viva para uma nova Odontologia, mais ampla</p><p>e respeitada, como deveriam ser todas as profissões que promovem saúde.</p><p>Orgulho de não ter me limitado aos conhecimentos restritos. Hoje me orgulho de</p><p>ser cirurgiã dentista, especialista em Ortodontia, que me ensinou a analisar uma face,</p><p>especialista em Odontologia Legal, que me ensinou a importância da valorização do</p><p>paciente como nosso parceiro, especialista em HOF, que me fez enxergar a harmonia</p><p>de uma face além da boca e orgulho de ser esteticista, que me surpreendeu com</p><p>a possibilidade de oferecer ao meu paciente um tratamento personalizado, muito</p><p>além das minhas espectativas.</p><p>Agradeço a cada professor, orientador, colega, amigo que me possibilitaram</p><p>chegar aqui, com pouco conhecimento, mas com entusiasmo de conhecer e descobrir</p><p>cada vez mais!!</p><p>Sou grata, também, pelas dificuldades que enfrentei e que venci, sabendo que</p><p>o ciclo da vida nos leva sempre a ir em frente, não há chance de retorno, aceitar e</p><p>enfrentar as dificuldades com perseverança.</p><p>Sabemos o quanto foi turbulento nosso início, chegamos a pensar no pior, mas</p><p>juntos conseguimos superar muitos obstáculos. E fico feliz porque conseguimos esta-</p><p>belecer uma conexão muito boa, amadurecemos juntos e sabemos que o crescimento</p><p>vai continuar.</p><p>Nos momentos difíceis, e foram muitos, agradeço as posturas intensas e as se-</p><p>renas, o equilíbrio depende das duas, nos faz ampliar o pensamento e auxilia na</p><p>resolução.</p><p>Agradeço à FacSete, pela oportunidade, pela atenção do Dr. Ivan, pelos profes-</p><p>sores que nos orientaram e ao coordenador Dr. Carlos Betoni, que chegou no meio do</p><p>furacão e terminou conosco esta caminhada.</p><p>• Agradeço aos pacientes, que sem nos conhecer, se entregaram em nossas</p><p>mãos, com confiança.</p><p>Resumo</p><p>O ultrassom microfocado (HIFU - High Intensity Focused Ultrassound) é um</p><p>tratamento que foi desenvolvido recentemente com o intuito de proporcionar efeito de</p><p>lifting facial de forma não-invasiva e não-cirúrgica, que permite a deposição de energia</p><p>no tecido dérmico e subcutâneo profundo, evitando o aquecimento epidérmico. Essa</p><p>tecnologia utiliza o calor, uma vez que as ondas do ultrassom conseguem atingir e</p><p>aquecer as camadas mais profundas da pele, nas quais a contração do colágeno</p><p>começa a ocorrer, para promover estímulo dos fibroblastos seguido da melhora da</p><p>flacidez. Essa tecnologia obteve aprovação da Food and Drug Administration como</p><p>o primeiro dispositivo de “lifting” da pele baseado em energia, especificamente para</p><p>o levantamento de tecidos flácidos no pescoço, no submento e nas sobrancelhas. O</p><p>ultra-som tem a vantagem única de visualização direta de estruturas tratadas durante o</p><p>tratamento, é um tratamento seguro e eficaz para o lifting suave da pele</p><p>Palavras chave: HIFU; ultrassom; flacidez.</p><p>Abstract</p><p>High Intensity Focused Ultrasound (HIFU) is a treatment that has been developed</p><p>recently to provide a non-invasive and non-surgical face lift effect that allows energy to</p><p>be deposited in the deep dermal and subcutaneous tissue, avoiding epidermal warming.</p><p>This technology uses heat since ultrasound waves can reach and warm the deeper</p><p>layers of the skin where collagen contraction begins to occur to promote fibroblast</p><p>stimulation followed by improved sagging. This technology has gained approval from the</p><p>Food and Drug Administration as the first energy-based skin lifting device specifically</p><p>for flaccid tissue lifting in the neck, submento and eyebrows. Ultrasound has the unique</p><p>advantage of direct visualization of treated structures during treatment, it is a safe and</p><p>effective treatment for smooth skin lifting.</p><p>Keywords: HIFU; ultrasound; flaccidity.</p><p>Lista de ilustrações</p><p>Figura 1 – http://equiposparaspa.blogspot.com/2017/04/lifting-sin-cirugia.html . 9</p><p>Figura 2 – https://www.alibaba.com/product-detail/ULTRA-SKIN-HIFU-HIGH-IN</p><p>TENSITY-FOCUSED_179351224.html . . . . . . . . . . . . . . . . . 10</p><p>Figura 3 – https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/som-infrassom-ultrasso</p><p>m.htm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13</p><p>Figura 4 – https://www.lojaestetica.com.br/sonopulse-iii-ibramed-aparelho-de-u</p><p>ltrassom-1-e-3mhz-2x1--p1060492 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14</p><p>Figura 5 – https://www.hifu-prostate.com/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15</p><p>Figura 6 – Legenda: http://medical-esthetique.fr/pt/soin/rosto-injecoes . . . . . 17</p><p>Figura 7 – http://acoustics.org/pressroom/httpdocs/159th/konofagou.htm . . . . 18</p><p>Figura 8 – https://dicadaespecialista.wordpress.com/2016/09/05/hifu-corporal/ . 18</p><p>Figura 9 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20</p><p>Figura 10 – http://justlaser.com.br/alugueldelasers/aluguel-de-ultrassom-microfo</p><p>cado-ulthera-e-accutyte/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20</p><p>Figura 11 – http://aestheticalconcept.com/terapias.php?lang=pt&tp=11 . . . . . 21</p><p>Figura 12 – Legenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22</p><p>Figura 13 – Arquivo pessoal - Foto inicial frontal 25/10/18 . . . . . . . . . . . . . 26</p><p>Figura 14 – Arquivo pessoal - Foto inicial lado esquerdo 25/10/18 . . . . . . . . 27</p><p>Figura 15 – Arquivo pessoal - Foto inicial lado direito 25/10/18 . . . . . . . . . . 27</p><p>Figura 16 – http://onelaser.com.br/tecnologias/locacao-laser-ulthera/ . . . . . . . 28</p><p>Figura 17 – Arquivo pessoal - Marcação pescoço frente (25/10/18) . . . . . . . . 29</p><p>Figura 18 – Arquivo pessoal - Marcação pescoço lado esquerdo (25/10/18) . . . 29</p><p>Figura 19 – Arquivo pessoal - Marcação pescoço lado direito (25/10/18) . . . . . 30</p><p>Figura 20 – Arquivo pessoal pós HIFU (25/10/18) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31</p><p>Figura 21 – Arquivo pessoal - 1º Controle 30/05/19 frente . . . . . . . . . . . . . 32</p><p>Figura 22 – Arquivo pessoal - 1º Controle 30/05/19 lado esquerdo . . . . . . . . 33</p><p>Figura 23 – Arquivo pessoal - 1º Controle 30/05/19 lado esquerdo . . . . . . . . 33</p><p>Figura 24 – Arquivo pessoal - 2º Controle 30/05/19 frente . . . . . . . . . . . . . 34</p><p>Figura 25 – Arquivo pessoal - 2º Controle 30/05/19 lado esquerdo . . . . . . . . 34</p><p>Figura 26 – Arquivo pessoal - 2º</p><p>Controle 30/05/19 lado esquerdo . . . . . . . . 35</p><p>Figura 27 – Arquivo pessoal - Evolução tratamento frontal . . . . . . . . . . . . 36</p><p>Figura 28 – Arquivo pessoal - Evolução do tratamento lado esquerdo . . . . . . 37</p><p>Figura 29 – Legenda: Evolução do tratamento lado direito . . . . . . . . . . . . . 38</p><p>Sumário</p><p>1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9</p><p>2 Revisão da Literatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12</p><p>3 Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26</p><p>4 Resultados e Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32</p><p>4.1 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32</p><p>4.2 Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35</p><p>5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39</p><p>Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40</p><p>APÊNDICES 42</p><p>9</p><p>1 Introdução</p><p>O objetivo deste relato é acompanhar a evolução do tratamento realizado em</p><p>uma paciente para melhora da flacidez da pele na região do pescoço. A técnica</p><p>empregada foi ultrassom microfocado. O ultrassom é uma técnica segura, já bastante</p><p>conhecida, estudada e empregada com diferentes objetivos e áreas da saúde. Os ultra-</p><p>sons são criados a partir da ação de uma corrente elétrica que promove deformação</p><p>de cristais cerâmicos sintéticos e esta vibração (onda mecânica) é conduzida até o</p><p>tecido por um meio (gel), penetra e acelera a velocidade de difusão de íons através da</p><p>membrana celular (produzindo compressão e descompressão), provocando elevação</p><p>da temperatura em um ponto bem localizado.</p><p>Figura 1 – http://equiposparaspa.blogspot.com/2017/04/lifting-sin-cirugia.html</p><p>http://equiposparaspa.blogspot.com/2017/04/lifting-sin-cirugia.html</p><p>Descrição do caso</p><p>Paciente do sexo feminino, 46 anos com queixa de flacidez no pescoço. No dia</p><p>25/10/2018 a paciente foi avaliada e foi realizada aplicação de ultrassom microfocado</p><p>(HIFU) na região do pescoço. Foram feitas fotografias antes e logo após o término do</p><p>procedimento. O equipamento utilizado foi da marca ULTRASKIN. Posteriormente</p><p>foram feitas fotos e exames clínicos para acompanhamento da evolução do caso.</p><p>Capítulo 1. Introdução 10</p><p>Figura 2 – https://www.alibaba.com/product-detail/ULTRA-SKIN-HIFU-HIGH-INTENSITY-</p><p>FOCUSED_179351224.html</p><p>A técnica aplicada seguiu o protocolo proposto pelo Dr. Esteban Fortuny, fisi-</p><p>oterapeuta, que ministrou a capacitação em HIFU e que conduziu a aplicação junto</p><p>à autora.</p><p>1.1.Ultrassom</p><p>A evolução das técnicas empregadas na saúde e na estética tem sido muito</p><p>rápida. Há cada vez mais uma exigêngia de que os novos procedimentos sejam mais</p><p>eficazes, menos invasivos e que possibilitem a recuperação rápida para que o paciente</p><p>possa retornar as suas atividades cotidianas.</p><p>A estética tem sido umas das áreas de maior interesse e evolução nas pesqui-</p><p>sas atualmente. Até a OMS considera a estética parte fundamental da saúde: “um</p><p>estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de</p><p>afecções e enfermidades”.</p><p>Com a evolução da tecnologia, com o desenvolvimento de novas técnicas e</p><p>uma globalização da informação as pessoas têm se emprenhado em sentirem-se bem</p><p>com o corpo. A estética vem melhorando suas técnicas e auxiliando as pessoas na</p><p>busca do bem estar.</p><p>A queixa da flacidez tem sido cada vez mais frequente e a possibilidade de</p><p>Capítulo 1. Introdução 11</p><p>melhorar esta alteração da pele, sem a realização de procedimentos cirúrgicos, com</p><p>internações hospitalares e com segurança e liberação do paciente para suas atividades</p><p>cotidianas logo após o procedimento, nos fez optar pelo HIFU. Uma grande vantagem</p><p>do HIFU em relação a outras técnicas de termoablação é que não há necessidade</p><p>de inserção transcutânea de sondas no tecido alvo. É de extrema importância a</p><p>compreensão do mecanismo de ação do ultrassom, para que a indicação correta possa</p><p>ser feita.</p><p>Os ultrassons são ondas mecânicas longitudinais, originadas pela vibração de</p><p>um material piezoelétrico e propagadas por meio de material cuja freqüência é inaudível</p><p>ao ouvido humano, e que pode prover efeito térmico e mecânico. O objetivo principal é</p><p>conseguir lesar térmica e mecanicamente uma região bem determinada, para promover</p><p>produção de colágeno e restabelecer a sustentação da pele, sem lesar áreas próximas.</p><p>Realizamos a aplicação de HIFU, que é um das técnicas menos invasivas</p><p>e mais seguras para tratamento de flacidez. A paciente se queixava de flacidez no</p><p>pescoço e nos procurou para tratar esta alteração. Foi realizado o procedimento e</p><p>posterior acompanhamento de caso clínico de flacidez na região do pescoço.</p><p>12</p><p>2 Revisão da Literatura</p><p>As aplicações terapêuticas do ultrassom são datadas desde seu uso como uma</p><p>técnica de obtenção de imagens. Segundo (SANTOS; AMARAL; TACON, 2012) a mai-</p><p>oria dos pesquisadores e historiadores consideram a descoberta do físico francês</p><p>Pierre Curie da piezoeletricidade em 1877, como o momento em que o ultrassom foi</p><p>concebido. Em 1927 foi reconhecido que o ultrassom é capaz de produzir mudanças</p><p>duradouras em sistemas biológicos, tornando-se assim o início de ambos os estudos</p><p>de segurança e terapia utilizando-o (FONSÊCA, 2017).</p><p>A partir de 1940 o ultrassom começou a ser utilizado na medicina. Nesta época</p><p>era visto como uma panacéia e o ultrassom foi utilizado pela primeira vez em medicina</p><p>diagnóstica por Karl Theodore Dussik em neuropsiquiatria na Universidade de Viena.</p><p>Dussik tentava localizar tumores e verificar o tamanho dos ventrículos cerebrais através</p><p>da mensuração da transmissão dos sons pelo crânio Alguns heróis do ultrassom</p><p>incluem John Reid e John Wild (considerado o pai da ultrassonografia em medicina),</p><p>que, em 1950, construiu uma linear, de mão, instrumento do modo B-para os tumores</p><p>de mama, e José Holmes, que, em 1951, juntamente com engenheiros Howry e outros,</p><p>produziram o primeiro 2D B-mode scanner composto linear (SANTOS; AMARAL;</p><p>TACON, 2012)(SANTOS; AMARAL; TACON, 2012).</p><p>Em 1957, Douglas Howry, médico Americano, e sua esposa também médica,</p><p>Dorothy Howry, são considerados os pioneiros na utilização da ultrassonografia diag-</p><p>nóstica. Nesta época o paciente tinha que ficar submerso e imóvel dentro de uma</p><p>banheira com água para a realização do exame. Um procedimento nada prático e que</p><p>produzia imagens de baixa qualidade e resolução (SANTOS; AMARAL; TACON, 2012).</p><p>O método de ultrassonografia utilizado hoje foi desenvolvido ainda nesta década.</p><p>A banheira de água foi substituída pelo gel de ultrassom, que serve para aumentar e</p><p>melhorar a superfície de contato entre a pele e o “transdutor” (dispositivo que transforma</p><p>os impulsos elétricos que chegam através dos fios em som, ou seja, energia elétrica</p><p>em energia sonora) (SANTOS; AMARAL; TACON, 2012)</p><p>Um dos equipamentos termoterapêuticos utilizados para a produção do calor é o</p><p>que utiliza princípios de ultra-som (US) produzindo calor profundo pela propagação das</p><p>suas ondas mecânicas, que são essencialmente as mesmas das ondas sonoras, mas</p><p>com uma freqüência mais alta. O ultrassom é produzido por uma corrente alternada</p><p>que flui por um cristal piezoelétrico, alojado em um transdutor (BLUME et al., 2005)</p><p>Os efeitos do US são divididos em térmicos e não térmicos. Os efeitos térmicos</p><p>são produzidos por ondas de ultrassons contínuas, ou pulsadas com alta intensidade,</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 13</p><p>e levam a uma alteração térmica dentro dos tecidos, como um resultado direto da</p><p>elevação da temperatura tecidual. Os efeitos não térmicos causam alterações dentro</p><p>dos tecidos, resultantes do efeito mecânico da energia de ultrassom. O ultrassom pode</p><p>elevar a temperatura teciduala 5 cm ou mais de profundidade. A resposta fisiológica</p><p>atribuída a este efeito inclui o aumento daextensibilidade do colágeno, alterações no</p><p>fluxo sangüíneo, mudanças na velocidade de condução nervosa, aumento da atividade</p><p>enzimática e mudanças na atividade contrátil dos músculos esqueléticos (BLUME et</p><p>al., 2005).</p><p>Os equipamentos de ultrassom podem ser empregados em diferentes frentes:</p><p>obtenção de imagens para diagnóstico, tratamento de diversas afecções musculares</p><p>de origem inflamatória, tratamento de processos agudos como nos crônicos, para</p><p>diminuir os sintomas e as manifestações inflamatórias de diversas patologias ortopé-</p><p>dicas e reumatológicas tratamento de lesões malignas, tratamentos estéticos mais</p><p>recentemente (BLUME et al., 2005) .</p><p>Figura 3 – https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/som-infrassom-ultrassom.htm</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 14</p><p>Figura 4 – https://www.lojaestetica.com.br/sonopulse-iii-ibramed-aparelho-de-ultrassom-1-e-</p><p>3mhz-2x1–p1060492</p><p>Em 1942, Lynn et al deu início aos primeiros estudos e aplicações do HIFU</p><p>utilizando-o com uma técnica minimamente invasiva que faz o uso da energia acústica</p><p>focalizada, dinâmica ou estaticamente, para o tratamento de tumores sólidos. A primeira</p><p>máquina comercial HIFU, denominada Sonablate 200, foi desenvolvida pela empresa</p><p>americana Focus Surgery, Inc. (Milipitas, CA) e lançada na Europa em 1994, após</p><p>receber a aprovação técnica européia, trazendo uma primeira validação médica da</p><p>tecnologia para hiperplasia prostática benigna (HPB). Estudos abrangentes demons-</p><p>traram eficácia clínica para a destruição de tecido prostático sem perda de sangue ou</p><p>efeitos colaterais em longo prazo. Estudos posteriores realizados por Murat e colegas</p><p>no Hospital Edouard Herriot em Lyon em 2006 mostraram que após o tratamento com</p><p>Ablatherm, as taxas de sobrevivência livre de progressão são muito elevadas para o</p><p>risco de baixo e médio risco em pacientes com câncer de próstata recorrente (70% e</p><p>50% respectivamente) (FONSÊCA, 2017) .</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 15</p><p>Figura 5 – https://www.hifu-prostate.com/</p><p>Os ultrassons são classificados de baixa e alta freqüência. Até a freqüência de</p><p>20.000 Hz são considerados de baixa freqüência (são audíveis na banda entre 16 e</p><p>20.000 Hz) e acima deste valor são considerados de alta freqüência. Quanto maior a</p><p>freqüência do ultrassom, menor a profundidade atingida por ele. Ultrassons de baixas</p><p>freqüências penetram profundamente nos tecidos e podem lesá-los.</p><p>Devido à capacidade de penetração profunda nos tecidos vivos, as ondas</p><p>ultrassônicas fornecem energia mecânica para a área pretendida no interior do corpo</p><p>e a absorção desta energia pode aumentar a temperatura do tecido para um valor</p><p>relativamente elevado (FONSÊCA, 2017) . O controle da elevação da temperatura,</p><p>resultante da energia mecânica absorvida pelo corpo, é realizado a partir do controle</p><p>da intensidade e da freqüência da onda ultrassônica. Durante a propagação dessas</p><p>ondas pelo corpo, ocorre o depósito de energia entre os tecidos. O aumento da</p><p>intensidade das ondas e a focalização das mesmas permitem o armazenamento de</p><p>uma grande quantidade de energia nos tecidos, resultando na sua destruição por meio</p><p>do rompimento celular e necrose (FONSÊCA, 2017) .</p><p>Uma fonte de ultrassons é focalizada a uma profundidade selecionada no interior</p><p>do corpo para proporcionar uma área de alta densidade de energia, em que áreas</p><p>previsíveis e bem demarcadas de tecido podem ser destruídas enquanto preserva-se o</p><p>tecido sobrejacente e circundante .</p><p>Segundo (FONSÊCA, 2017) a crescente necessidade por novos tratamentos</p><p>oncológicos, estéticos e terapêuticos impulsionou o desenvolvimento do HIFU. Este</p><p>aparelho, devido aos seus resultados, apresentou-se nos últimos anos como uma</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 16</p><p>eficiente forma de tratamento, o que motivou o estudo progressivo no desenvolvimento</p><p>e aperfeiçoamento do mesmo, principalmente no exterior. De acordo com (MORAGA,</p><p>2007; BANI; BANI; FAGGIOLI, 2014) ; (LAUBACH, 2008) o HIFU é um método seguro,</p><p>sendo considerada uma técnica não invasiva, eficaz e bem tolerada pelo paciente.</p><p>(MACGREGOR; TANZI, 2013) em artigo mostraram que a demanda por pro-</p><p>cedimentos não invasivos de tratamento da pele está aumentando à medida que os</p><p>pacientes procuram alternativas aos procedimentos cirúrgicos que sejam eficazes para</p><p>procedimentos estéticos da face, pescoço e corpo. Na década passada, os disposi-</p><p>tivos de laser, de radiofreqüência e infravermelho foram popularizados devido a sua</p><p>capacidade de fornecer calor controlado à derme, estimular a neocolagênese e o</p><p>efeito apertamento de tecido, com recuperação mínima. No entanto, essas abordagens</p><p>menos invasivas estão historicamente associados com eficácia inferior, de modo que a</p><p>cirurgia ainda permanece como tratamento de escolha para tratar a frouxidão de tecido</p><p>de intensidade moderada a grave. O HIFU foi recentemente introduzido como uma</p><p>nova modalidade energética para o fornecimento de calor transcutâneo que consegue</p><p>alcançar o tecido conjuntivo subdérmico mais profundamente em zonas bem precisas</p><p>de profundidades programadas. O objetivo é produzir uma resposta de cicatrização</p><p>mais profunda com remodelação de colágeno e resposta clínica mais duradoura.</p><p>Infelizmente, esta tecnologia não se encontra tão difundida no Brasil, como em</p><p>outros países europeus e americanos, acarretando assim em um custo bastante elevado</p><p>de aquisição e manutenção. A maior acessibilidade a esse equipamento possibilitaria</p><p>uma melhora na saúde pública bem como na qualidade de vida das pessoas que dele</p><p>necessitam.</p><p>Uma fonte de ultrassom focalizada permite que uma profundidade da lesão</p><p>desejada possa ser selecionada no interior do corpo do equipamento, para proporcionar</p><p>uma área de alta densidade de energia em áreas previsíveis e bem demarcadas</p><p>de tecido que podem ser destruídas enquanto preserva-se o tecido sobrejacente e</p><p>circundante. Portanto é considerada uma técnica segura (FONSÊCA, 2017; LAUBACH,</p><p>2008; MORAGA, 2007) .</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 17</p><p>Figura 6 – Legenda: http://medical-esthetique.fr/pt/soin/rosto-injecoes</p><p>A energia gerada no equipamento de ultrassom microfocado é direcionada em</p><p>um ponto bastante preciso abaixo da superfície da pele e concentrada em uma área de</p><p>cerca de 1mm cúbico por ponto. Ocorre aumento da temperatura neste ponto preciso</p><p>e este aumento da temperatura produz pequenos pontos de coagulação térmica a</p><p>uma profundidade de até 5mm nas camadas mais profundas da pele, sem danificar as</p><p>camadas mais superficiais. Uma outra vantagem desta precisão, é que não há envolvi-</p><p>mento dos melanócitos, uma vez que as lesões são produzidas abaixo da epiderme, o</p><p>que torna o HIFU bem indicado para pacientes de fototipo mais elevado (LAUBACH,</p><p>2008). (BANI; BANI; FAGGIOLI, 2014) relataram que aparentemente, as ondas de</p><p>ultrassom penetram no tecido e provocam a vibração das moléculas no local de foco do</p><p>feixe. A fricção entre as moléculas do tecido produz supereaquecimento focal e lesão</p><p>térmica. Além disso, a profundidade de penetração pode ser modulada pela frequência</p><p>de onda: quanto mais alta a frequência, mais superficial é o efeito térmico sobre a</p><p>derme.</p><p>É possível utilizar as três profundidades do HIFU. Quando existe a possibilidade</p><p>em usar todos os transdutores a chance de um resultado mais expressivo é maior. De</p><p>acordo com pesquisa realizada por (BAUMANN; ZELICKSON, 2016) onde os pacientes</p><p>receberam tratamento com HIFU utilizando 1 ou 2 profundidades , avaliaram que</p><p>em geral, os sujeitos que receberam MFU-V em duas profundidades focais para toda</p><p>a área de tratamento alcançaram uma melhora estética ligeiramente maior do que os</p><p>indivíduos que receberam tratamento utilizando profundidades focais únicas (MINKIS;</p><p>MURAD, 2014).</p><p>Esta fonte de energia é derivada a partir de um transdutor piezocerâmico, que</p><p>muda rapidamente a sua configuração física em resposta a um potencial elétrico</p><p>aplicado. Esta mudança súbita resulta na geração de uma onda acústica de ultrassom</p><p>em que a freqüência é diretamente proporcional à tensão aplicada. As freqüências</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 18</p><p>utilizadas na terapia com HIFU estão na gama de 0,5 a 10 MHz , e a densidade de</p><p>potência na área alvo varia de 750 a 4500 w/cm2 . As temperaturas de 60 a 100 C são</p><p>geradas na zona focal num curto espaço de exposição.</p><p>O tamanho e forma das lesões</p><p>são dependentes da densidade de potência da superfície e a duração da exposição,</p><p>mas a temperatura mantém-se, send seguro para fototipos altos (FONSÊCA, 2017) .</p><p>Figura 7 – http://acoustics.org/pressroom/httpdocs/159th/konofagou.htm</p><p>A focalização da onda acústica é dada a partir de um transdutor côncavo ou pela</p><p>colocação de uma lente na frente do transdutor. Tal como com outras formas de energia</p><p>acústica, a via de energia deve excluir o ar para evitar a dispersão de energia e os danos</p><p>para os tecidos normais, um processo conhecido como acoplamento (FONSÊCA,</p><p>2017). O ultrassom não focado perde energia ao ser aplicado, enquanto o HIFU</p><p>concentra a energia em um ponto de coagulação bem localizado.</p><p>Figura 8 – https://dicadaespecialista.wordpress.com/2016/09/05/hifu-corporal/</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 19</p><p>É necessário utilizar um meio (gel) para que as ondas geradas possam se</p><p>propagar. Com exceção da gordura, ar e osso, a maioria dos tecidos do corpo humano</p><p>tem propriedades acústicas semelhantes às da água. Os meios aquosos são, portanto,</p><p>ideais para a transmissão de energia de ultrassom do transdutor para o corpo (HAAR;</p><p>COUSSIOS, 2007). Quando a energia do ultrassom passa através de um meio viscoso,</p><p>tal como o tecido macio humano, a intensidade do feixe é atenuada. Esta atenuação</p><p>depende tanto da energia que é absorvida pelo meio, bem como da energia que é</p><p>dispersa a partir de interfaces ou heterogeneidades no interior do tecido. Uma vez que a</p><p>maior parte da atenuação está relacionada com a absorção de tecido, pode-se presumir</p><p>que quase toda a energia dos feixes primários do ultrassom leva ao aquecimento dos</p><p>tecidos e a ablação dos mesmos (FONSÊCA, 2017) .</p><p>O objetivo da maioria das terapias ablativas, seja para o tratamento de câncer</p><p>ou de condições benignas, é a destruição seletiva de um volume de tecido direcionado,</p><p>deixando os tecidos adjacentes intactos. A intenção de um tratamento de ultra-som</p><p>focalizado de alta intensidade (HIFU) é elevar a temperatura de um volume de tecido</p><p>isolado e selecionado acima de 55 ° C e manter essa temperatura por 1 s ou mais.</p><p>Sabe-se que 55 ° C mantidos para este período levarão à necrose coagulativa e à</p><p>morte celular imediata, sem danos celulares circundantes. Essas células, que de outra</p><p>forma parecem normais, são mortas 48 horas depois (HAAR; COUSSIOS, 2007) .</p><p>O ultrassom microfocado é aplicado diretamente na pele e atinge o tecido sub-</p><p>cutâneo, onde a temperatura atinge brevemente mais de 60 ° C, produzindo pequenos</p><p>pontos de coagulação térmica (<1 mm3) a uma profundidade de até 5 mm dentro da</p><p>camada reticular média e profunda da derme. As camadas dérmicas e epidérmicas</p><p>papilares intervenientes da pele permanecem inalteradas, sendo este procedimento</p><p>de aplicação segura mesmo em peles de fototipos altos. A aplicação de calor nesses</p><p>discretos pontos de coagulação térmica faz com que as fibras de colágeno nos planos</p><p>faciais, como o sistema musculoaponeurótico (SMAS) superficial e platisma, bem como</p><p>a derme reticular profunda, se tornem desnaturadas, contraindo e estimulando o novo</p><p>colágeno (GUTOWISKI, 2016) .</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 20</p><p>Figura 9 – Legenda</p><p>O equipamento é composto por um gerador de ultrassom e por diferentes</p><p>transdutores (que são os transmissores do ultrassom). Os transdutores possuem</p><p>diferentes profundidades de penetração (1,5 mm, 3,0 mm e 4,5 mm).</p><p>Figura 10 – http://justlaser.com.br/alugueldelasers/aluguel-de-ultrassom-microfocado-ulthera-e-</p><p>accutyte/</p><p>O HIFU depende apenas do calor para atingir seus efeitos no tecido. O objetivo</p><p>é elevar a temperatura local para pelo menos 65 ° C, temperatura na qual a contração</p><p>do colágeno começa a ocorrer. O desenvolvimento do HIFU permite direcionar a onda</p><p>até o SMAS facial, uma estrutura em forma de leque que cobre a face e conecta os</p><p>músculos faciais com a derme. Ao mirar a energia ultrassônica altamente focada em</p><p>áreas discretas nos tecidos dérmicos e subdérmicos, o HIFU causa discretos pontos</p><p>de coagulação térmica enquanto poupa os pontos adjacentes. Além da coagulação</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 21</p><p>local, a aplicação de calor faz com que as fibras de colágeno na camada de gordura</p><p>subcutânea fiquem desnaturadas e se contraiam. Isso ocorre pela quebra das pontes</p><p>de hidrogênio intramoleculares, fazendo com que as cadeias de colágeno se dobrem</p><p>e assumam uma configuração mais estável resultando em colágeno mais curto e</p><p>mais espesso. Além disso, a formação de novo colágeno ocorre dentro das áreas de</p><p>coagulação térmica do tecido e novas formas de colágeno viscoelástico, resultando</p><p>no levantamento e aperto da pele frouxa. O resultado final é o não-invasivo aperto e</p><p>levantamento da flacidez da pele facial e pescoço e melhorias na aparência das rugas.</p><p>Protocolos de tratamento para o uso de HIFU continuam a ser refinados, e seu uso em</p><p>combinação com outras técnicas de rejuvenescimento tem sido demonstrado (FABI,</p><p>2015) .</p><p>Figura 11 – http://aestheticalconcept.com/terapias.php?lang=pt&tp=11</p><p>Segundo Fabi (2015) desconforto breve que ocorre freqüentemente durante o</p><p>tratamento pode ser minimizado com medicamentos antiinflamatórios não-esteróides</p><p>orais e anestésicos tópicos aplicados previamente à consulta. Outros eventos adversos</p><p>relacionados ao tratamento incluem eritema transitório, edema e hematomas ocasionais.</p><p>O HIFU é mais adequado para pacientes com flacidez leve a moderada da pele e dos</p><p>tecidos moles. Bani, Bani e Faggioli (2014) afirmaram que os ultrassons têm efeitos</p><p>colaterais desprezíveis, consistindo principalmente em eritemas transitórios, edemas</p><p>e dor moderada, levando, portanto, a uma excelente taxa de adesão por parte dos</p><p>pacientes.</p><p>Recentemente, a HIFU também foi aplicada para melhorar linhas e rugas do</p><p>decote. Estudo realizado por (PALUMBO; CINQUE; MICONI, 2011) foi confirmado com</p><p>exame de microscopia eletrônica (SEM) que ocorreram alterações em diferente tipos</p><p>de colágeno, induzidos pelo HIFU. Os efeitos observados podem representar que o</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 22</p><p>HIFU proporciona estímulo para induzir um processo de reparação tecidual, que inclui</p><p>a estimulação da neossíntese do colágeno.</p><p>De acordo com pesquisa realizada por (GUTOWISKI, 2016), onde foram tratados</p><p>com HIFU 35 pacientes que iriam submeter-se à ritidectomia cirúrgica. Estes paciente</p><p>foram submetidos ao HIFU e a cirurgia foi realizada 12 semanas depois. O tecido</p><p>remivido cirurgicamente foi analisado e os resultados mostraram que ocorreu aumento</p><p>de 24% no colágeno reticular na derme, as fibras elástica tornaram-se mais fortes e</p><p>paralelas, houve melhora clínica na pele do pescoço de 86% dos pacientes.</p><p>O tratamento com HIFU pode ser personalizado para atender às características</p><p>físicas únicas de cada paciente, ajustando a energia e a profundidade focal do ultra-</p><p>som emitido. Estas opções diferem nas suas configurações de foco geométrico e</p><p>comprimento de onda, em que a profundidade e a quantidade de energia distribuída</p><p>durante o tratamento podem ser variadas para um efeito desejado dentro da camada</p><p>de tecido alvo. O grau de curvatura do cristal determinará a profundidade do alcance</p><p>do ultrassom. Os transdutores disponíveis atualmente emitem freqüências de 10,0</p><p>MHz, 7,0 MHz e 4,0 MHz com profundidades focais de 1,5 mm, 3,0 mm e 4,5 mm,</p><p>respectivamente. Dois transdutores estreitos de 10 MHz / 1,5 mm e 7,0 MHz / 3,0 mm</p><p>também estão disponíveis para permitir a deposição de energia em regiões anatômicas</p><p>menores, que são mais difíceis de alcançar com transdutores maiores. Juntos, esses</p><p>transdutores podem ser usados em combinação para atingir a derme (1,5 mm), a derme</p><p>profunda (3,0 mm) ou os tecidos subdérmicos (4,5 mm), incluindo a camada SMAS.</p><p>Figura 12 – Legenda</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 23</p><p>Eficácia do HIFU</p><p>Após estudos pré-clínicos demonstrarem a capacidade do HIFU de atingir o</p><p>SMAS e causar contração do tecido, um ensaio clínico realizado por (FABI, 2015) ava-</p><p>liou a capacidade desse dispositivo de elevar a sobrancelha, tratando a face completa</p><p>e o pescoço. Neste estudo os indivíduos foram medicados com anestésico tópico e</p><p>o HIFU foi aplicado na testa, nas têmporas, nas bochechas, na região submental e</p><p>no lado do pescoço usando três transdutores emitindo 4 MHz e 7 MHz a uma pro-</p><p>fundidade focal de 4,5 mm e 7 MHz a uma profundidade focal de 3,0 mm. Entre os</p><p>sujeitos avaliados (N = 35), 90 dias após o tratamento, 30 (86%) foram julgados por</p><p>observadores cegos para mostrar aumento de sobrancelha clinicamente significativo</p><p>com uma elevação média de 1,7 mm.</p><p>De acordo com a pesquisa realizada por (BANI; BANI; FAGGIOLI, 2014) onde foi</p><p>aplicado HIFU em peles de abdomens que passariam por cirurgia plástica. A partir dos</p><p>resultados de microscopia ótica, a estrutura de colágeno na derme reticular aparentou</p><p>estar mais densa nas amostras tratadas com MedVisageTM do que naquelas tratadas</p><p>com placebo. Por outro lado, não foram observadas diferenças na morfologia dos</p><p>capilares sanguíneos da derme entre as duas condições experimentais. Em particular,</p><p>as células endoteliais apresentaram a diminuiçao da flacidez da pele da face e houve</p><p>ausência de sinais de danos celulares. Os fibroblastos dérmicos e os mastócitos</p><p>perivasculares das amostras tratadas também mostraram uma ultra-estrutura normal,</p><p>indicando que o tratamento com ultrassom não causou lesão celular, nem a ativação</p><p>direta da libertação de grânulos de mastócitos.</p><p>Os efeitos benéficos do HIFU também são muito duráveis. Para avaliar a segu-</p><p>rança e eficácia do HIFU para o tratamento não invasivo da frouxidão da pele facial</p><p>e pescoço, mulheres tratadas com HIFU na face e no pescoço foram avaliadas em</p><p>estudo (FABI, 2015) . Entre os pacientes avaliados em 180 dias (N = 45), os escores</p><p>GAIS (Global Aesthetic Improvement Scale) revelaram que 77,7% dos pacientes ob-</p><p>tiveram melhora. Com base em avaliações de revisores cegos, 67% dos indivíduos</p><p>apresentaram melhora na aparência em 180 dias.</p><p>O tratamento com HIFU também mostrou-se bem avaliado tanto pelos pro-</p><p>fissionais quanto pelos pacientes ao longo do tempo. De acordo com estudo reali-</p><p>zado por (BAUMANN; ZELICKSON, 2016) onde foram avaliados 64 pacientes com</p><p>flacidez na região inferior da face e no pescoço. Este estudo foi realizado para testar</p><p>a hipótese de que a aplicação personalizada de HIFU em duas profundidades focais</p><p>produzirá resultados clínicos superiores ao tratamento em uma única profundidade</p><p>focal. Entre os indivíduos avaliados (N = 64), a avaliação do investigador e a autoavalia-</p><p>ção do sujeito demonstraram melhora nas mudanças estéticas aos 60, 90 e 180 dias</p><p>após o tratamento. No geral, os sujeitos que receberam HIFU em duas profundidades</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 24</p><p>focais para toda a área de tratamento alcançaram uma melhora estética ligeiramente</p><p>maior do que os indivíduos que receberam HIFU em profundidades focais únicas.</p><p>Em outro estudo onde foi avaliado o desempenho do HIFU após 6 meses</p><p>do tratamento (AZUELOS et al., 2019) teve como conclusões que o HIFU pode ser</p><p>considerado um procedimento satisfatório, simples, reprodutível, rápido e seguro para o</p><p>rejuvenescimento do pescoço. A melhora foi observada especialment nas regiões dos</p><p>ângulos cervical e mentoniano.</p><p>Seleção de pacientes</p><p>Existem relativamente poucas contra-indicações absolutas ao uso do HIFU e a</p><p>literatura tem descrito um alto perfil de segurança. As contra indicações incluem infec-</p><p>ções e lesões de pele abertas na área alvo do tratamento, acne ativa grave ou cística e</p><p>a presença de implantes metálicos ativos, como marcapassos ou desfibriladores na</p><p>área de tratamento. As precauções incluem tratamento diretamente sobre queloides,</p><p>implantes, preenchedores dérmicos permanentes e a presença de fatores que possam</p><p>alterar ou prejudicar a cicatrização de feridas, como o tabagismo.</p><p>Normalmente os efeitos adversos são secundários e descritos como transitórios:</p><p>eritema (até 24 horas após o procedimento), edema (até 3 dias após), equimose, para-</p><p>lisia transitória (especialmente do nervo mandibular, se não for respeitada a margem</p><p>de segurança), dor, pigmentação pós inflamatória (pouco comum).</p><p>Embora nem todos consigam benefícios estéticos do HIFU, a satisfação do</p><p>paciente será aumentada pela seleção apropriada do paciente e pela definição de</p><p>expectativas realistas. O HIFU é mais adequado para pacientes com flacidez leve a</p><p>moderada da pele e dos tecidos moles. Um paciente ideal é mais jovem com cica-</p><p>trização normal, porque a resposta clínica ao tratamento com HiFU é parcialmente</p><p>dependente da síntese de novo de colágeno e da chamada resposta de cicatrização.</p><p>Pacientes com maior idade ou piora da pele fotoenvelhecida, ptose / frouxidão cutânea</p><p>e a pele de bandas platismais pode exigir maior densidade de energia durante um</p><p>único tratamento ou mais de um tratamento para alcançar benefício máximo. Pacientes</p><p>idosos com fotoenvelhecimento extenso, frouxidão cutânea grave, bandagem platismal</p><p>acentuada e pescoço muito pesado não são bons candidatos para tratamento com</p><p>HIFU e deve ser recomendado para tratamento cirúrgico (FABI, 2015) .</p><p>O pós operatório é bastante tranquilo, sem muitas alterações. Após o tratamento,</p><p>o gel de ultra-som é removido e um hidratante suave pode ser aplicado. Os pacientes</p><p>são instruídos a cuidar de sua pele como eles normalmente fariam sem restrições à</p><p>atividade. Se desejado, o paciente pode aplicar compressas frias na área de tratamento</p><p>nas horas seguintes ao procedimento, para minimizar o edema local, no entanto, seu</p><p>uso é não obrigatório em todos os pacientes já que graus de inchaço após tratamento</p><p>são variáveis (MACGREGOR; TANZI, 2013).</p><p>Capítulo 2. Revisão da Literatura 25</p><p>26</p><p>3 Materiais e Métodos</p><p>A paciente deste relato, sexo feminino, 46 anos de idade, apresentou-se</p><p>no consultório da autora queixando-se de flacidez na região do pescoço e que</p><p>esta condição incomadava bastante. Foram realizados anamnese e exame clínico da</p><p>paciente. Após análise facial e estudo do caso, foi apresentada a proposta de uso</p><p>da técnica HIFU, assim como o esclarecimento a respeito da técnica. A paciente</p><p>concordou com o planejamento e foi marcada a sessão.</p><p>Figura 13 – Arquivo pessoal - Foto inicial frontal 25/10/18</p><p>Capítulo 3. Materiais e Métodos 27</p><p>Figura 14 – Arquivo pessoal - Foto inicial lado esquerdo 25/10/18</p><p>Figura 15 – Arquivo pessoal - Foto inicial lado direito 25/10/18</p><p>No dia 25/10/18 o tratamento proposto foi realizado na aula prática do professor</p><p>Esteban Fortuny. A paciente foi preparada com anestésico tópico Pliáglis® (Galderma)</p><p>Capítulo 3. Materiais e Métodos 28</p><p>1 hora antes do procedimento. O anestésico foi removido, a pele foi higienizada</p><p>com álcool 70% e logo após gel de clorexidina 2%. Foi realizada uma marcação na</p><p>área para facilitar e direcionar a aplicação do HIFU na região do pescoço. Um gel</p><p>incolor, condutor de ultrassom da marca RMC foi aplicado em todo o pescoço.</p><p>Figura 16 – http://onelaser.com.br/tecnologias/locacao-laser-ulthera/</p><p>http://onelaser.com.br/tecnologias/locacao-laser-ulthera/</p><p>O equipamento foi calibrado para o tratamento desejado: foram escolhidos os 3</p><p>transdutores (1,5 mm, 3,0 mm e 4,5 mm). O transdutor de 1,5 mm está mais indicado</p><p>para rugas finas, o de 3,0 mm estimula a produção de colágeno e elastina e o de 4,5</p><p>mm promove efeito tensor e de lifting. A intensidade da energia dos disparos (1,2</p><p>J/cm²) foi escolhida , testada e bem tolerada pela paciente, assim como a frequência</p><p>(4MHz).</p><p>A marcação foi feita de acordo com as figuras:</p><p>Capítulo 3. Materiais e Métodos 29</p><p>Figura 17 – Arquivo pessoal - Marcação pescoço frente (25/10/18)</p><p>Figura 18 – Arquivo pessoal - Marcação pescoço lado esquerdo (25/10/18)</p><p>Capítulo 3. Materiais e Métodos 30</p><p>Figura 19 – Arquivo pessoal - Marcação pescoço lado direito (25/10/18)</p><p>Arquivo pessoal - Marcação pescoço lado direito (25/10/18)</p><p>A paciente foi posicionada deitada na maca, com o pescoço estendido e o gel</p><p>condutor foi aplicado com espátula de madeira descartável. O primeiro transdutor usado</p><p>foi o de 4,5 mm, seguido pelo de 3,0 mm e por último o de 1,5 mm. Foram realizados</p><p>168 disparos na região do pescoço (56 para cada transdutor) e 72 disparos na região</p><p>submentoniana (24 disparos para cada transdutor).</p><p>A paciente relatou pequeno desconforto somente quando foi utilizado o transdu-</p><p>tor de 4,5 mm na região submentoniana. Não ocorreu relato de incômodo no restante</p><p>Capítulo 3. Materiais e Métodos 31</p><p>das aplicações.</p><p>O pescoço ficou levemente eritematoso, mas sem relato de sensação dolorosa.</p><p>Figura 20 – Arquivo pessoal pós HIFU (25/10/18)</p><p>A paciente retornou suas atividades normais no outro dia e não foi relatada ne-</p><p>nhuma intercorrência no pós operatório.</p><p>O acompanhamento foi realizado nos meses subsequentes à aplicação do HIFU.</p><p>Nestes acompanhamentos foram realizados avaliação clínica e registro fotográfico.</p><p>32</p><p>4 Resultados e Discussão</p><p>4.1 Resultados</p><p>A primeira consulta de controle ocorreu cerca de 2 meses meses após o</p><p>procedimento, em 16/01/2019. A paciente relatou ter observado que a pele do pescoço</p><p>estava relativamente mais firme, exceto na região da tireóide. Não foi aplicado o</p><p>ultrassom nesta área devido ao risco de dano.</p><p>Figura 21 – Arquivo pessoal - 1º Controle 30/05/19 frente</p><p>Capítulo 4. Resultados e Discussão 33</p><p>Figura 22 – Arquivo pessoal - 1º Controle 30/05/19 lado esquerdo</p><p>Figura 23 – Arquivo pessoal - 1º Controle 30/05/19 lado esquerdo</p><p>A segunda consulta de controle foi realizada em 06/05/19, cerca de 6 meses</p><p>após o procedimento. Novamente a paciente relata que o pescoço estava ainda mais</p><p>firme, exceto a região da glândula tireóide. Relatou ser visível a diferença de textura e</p><p>flexibilidade.</p><p>Capítulo 4. Resultados e Discussão 34</p><p>Figura 24 – Arquivo pessoal - 2º Controle 30/05/19 frente</p><p>Figura 25 – Arquivo pessoal - 2º Controle 30/05/19 lado esquerdo</p><p>Capítulo 4. Resultados e Discussão 35</p><p>Figura 26 – Arquivo pessoal - 2º Controle 30/05/19 lado esquerdo</p><p>4.2 Discussão</p><p>A partir da análise dos estudos presentes na revisão de literatura foi possível</p><p>analisar, planejar e executar o caso da paciente em questão.</p><p>A paciente não apresentava contra indicações (infecções e lesões de pele</p><p>abertas na área alvo do tratamento, acne ativa grave ou cística e a presença de im-</p><p>plantes metálicos ativos, como marcapassos ou desfibriladores na área de tratamento).</p><p>Também não havia queloides, implantes, preenchedores dérmicos permanentes e a</p><p>presença de fatores que possam alterar ou prejudicar a cicatrização de feridas, como o</p><p>tabagismo.</p><p>O efeito adverso e transitório que ocorreu foi somente eritema na região e que</p><p>perdurou somente 24 horas após o procedimento.</p><p>A técnica mostrou-se relativamente simples de ser aplicada, indolor, de realiza-</p><p>ção rápida, durou cerca de 20 minutos (desde que o aplicador domine o equipamento) e</p><p>de recuperação rápida do paciente.</p><p>Características como textura, aspecto visual e ao exame clínico a pele da região</p><p>tratada mostraram uma melhora significativa ao longo do tempo. A pele tornou-se bem</p><p>mais firme e uniforme.</p><p>Capítulo 4. Resultados e Discussão 36</p><p>Uma outra vantagem é que mesmo após 6 meses a pele permanece melhorando</p><p>no quesito flacidez e textura, com satisfação plena da paciente.</p><p>Figura 27 – Arquivo pessoal - Evolução tratamento frontal</p><p>Arquivo pessoal - Evolução tratamento frente</p><p>É possível observar a melhora no aspecto da pele, mesmo na região onde não</p><p>foi aplicado o ultrassom (região da tireóide). Ocorreu atenuação das linhas horizontais.</p><p>A paciente relatou a melhora na textura da pele.</p><p>Capítulo 4. Resultados e Discussão 37</p><p>Figura 28 – Arquivo pessoal - Evolução do tratamento lado esquerdo</p><p>No lado esquerdo pode ser observado, além da evolução na textura e atenua-</p><p>ção das linhas, um visível melhora do contorno da linha queixo-pescoço.</p><p>Capítulo 4. Resultados e Discussão 38</p><p>Figura 29 – Legenda: Evolução do tratamento lado direito</p><p>O lado direito mostrou-se com atenuação das linhas horizontais, melhora no</p><p>aspecto da textura. Neste lado pode ser visualizado uma área de flacidez na linha</p><p>queixo-pescoço. A própria paciente relatou a presença desta flacidez.</p><p>O acompanhamento do caso ao longo dos 7 meses seguintes nos mostrou que</p><p>a técnica HIFU está bem indicada para casos de flacidez tecidual. As fotos e os exames</p><p>clínicos nos permitiram confirmar a eficiência do HIFU no tratamento da flacidez, neste</p><p>caso, na região do pescoço.</p><p>O único senão para a utilização do HIFU como tratamento de escolha no</p><p>tratamento da flacidez é o custo elevado do equipamento (cerca de R$ 200.000,00) e</p><p>cada transdutor tem tempo de vida de 5.000 a 10.000 disparos (cerca de R$ 5.000,00</p><p>a R$ 8.000,00 cada). Portanto o custo tanto para a aquisição do equipamento quanto</p><p>do seu aluguel ainda são fatores que dificultam a adoção da técnica.</p><p>39</p><p>5 Conclusão</p><p>O HIFU mostrou ser uma técnica bem indicada para casos de flacidez da pele,</p><p>proporcionando segurança, conforto, longevidade de resultados. A resposta foi positiva</p><p>e teve aprovação total da paciente, que ficou satisfeita com o resultado, especialmente</p><p>com a melhora progressiva da pele, mesmo após 6 meses.</p><p>A neoformação de colágeno foi visível e não ocorreu hiperpigmentação pós</p><p>inflamatória, evidenciando que o ultrassom não lesa os melanócitos.</p><p>O único senão realmente é o custo tanto da aquisição quanto do aluguel do</p><p>equipamento. A tedência é que este custo elevado seja reduzido à medida que o</p><p>procedimento possa se tornar mais conhecido.</p><p>40</p><p>Referências</p><p>AZUELOS, A. et al. High-Intensity Focused Ultrasound: A Satisfactory Noninvasive</p><p>Procedure for Neck Rejuvenation. , Aesthetic Surgery Journal, Oxford University</p><p>Press, Oxford, v. 39, n. 8, p. 343 – 351, MARÇO 2019. Disponível em:</p><p>https://academic.oup.com/asj/article-abstract/39/8/NP343/5421745. Acesso em:</p><p>27/06/2019.</p><p>BANI, D.; BANI, L.; FAGGIOLI, L. Efeitos do tratamento de ultrassom de</p><p>alta freqüência sobre os tecidos da pele humana. Surg Cosmet Dermatol,</p><p>FLORENÇA, v. 6, n. 2, p. 138 – 146, JUNHO 2014. Disponível em: file:///C:</p><p>/Users/CPU/Desktop/ESPECIALIZA%C3%87%C3%83O/v6-Efeitos-do-tratamento-</p><p>de-ultrassom-de-alta-frequencia-sobre-os-tecidos-da-pele-humana.pdf. Acesso em:</p><p>29/04/19.</p><p>BAUMANN, L.; ZELICKSON, B. Evaluation of Micro-Focused Ultrasound for Lifting and</p><p>Tightening Neck Laxity. Journal of Drugs in Dermatology, Orlando, v. 5, n. 15, p. 607</p><p>– 614, Maio 2016.</p><p>BLUME, K. et al. 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Ultrasound Skin Tightening. Dermatol Clin, ELSEVIER,</p><p>Amsterdã, v. 32, n. 1, p. 71 – 77, JANEIRO 2014. Disponível em: https:</p><p>//www.derm.theclinics.com/article/S0733-8635(13)00087-9/fulltext. Acesso em:</p><p>09/05/2019.</p><p>MORAGA, J. M. et al. Body Contouring by Non-Invasive Transdermal Focused</p><p>Ultrasound. Lasers in Surgery and Medicine, Brian Wong, Califórnia, v. 39, n. 4, p.</p><p>315 – 323, ABRIL 2007.</p><p>PALUMBO, P.; CINQUE, B.; MICONI, G. Biological ef fects of low frequency high</p><p>intensity ultrasound application on ex vivo human adipose tissue. . Int J Immunopathol</p><p>Pharmacol, L’Aquila, v. 24, n. 2, p. 411 – 422, ABRIL 2011. Disponível em:</p><p>https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/039463201102400214. Acesso em:</p><p>30/04/2019.</p><p>SANTOS, H. C. O.; AMARAL, W. N. do; TACON, K. C. B. A história da ultrassonografia</p><p>no Brasil e no mundo. 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