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<p>LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES – UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI</p><p>RUIMAR DOMINGUES JUNIOR</p><p>Refletindo sobre a regionalização realize uma análise crítica da regionalização atual em comparação com a regionalização proposta por Milton Santos. Inclua em sua análise a principal distinção proposta por Milton e reflita sobre ela.</p><p>LIMEIRA – SP</p><p>2021</p><p>A regionalização do espaço brasileiro - IBGE</p><p>O Brasil atualmente é dividido em cinco grandes regiões com a seguinte organização e composição dos estados:</p><p>● Região Norte, com uma área de 3.853.676km² e com uma população de 17.040.000 habitantes é composta pelos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Totalizando sete estados e 45,3% do território nacional.</p><p>● Região Nordeste, com uma área de 1.554.291km² e com uma população de 55.881.000 habitantes é composta pelos estados do Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Totalizando nove estados e 18,2% do território nacional.</p><p>● Região Centro-Oeste, com uma área de 1.606.403km² e com uma população de 15.043.000 habitantes é composta pelos três estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal onde fica a capital do Brasil na cidade de Brasília. Está região representa 18,86% do território brasileiro.</p><p>● Região Sudeste, com uma área de 924.620km² e com uma população de 84.645.000 habitantes é composta pelos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Totalizando quatro estados e 10,9% do território brasileiro.</p><p>● Região Sul, com uma área de 576.674km² e com uma população de 28.858.000 habitantes é composta pelos estados do Paraná, Rio grande do Sul e Santa Catarina. Totalizando três estados. Mas será que as divisões regionais do Brasil sempre foram estas? E a partir de quais características que foram definidas?</p><p>O IBGE e as divisões regionais.</p><p>O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é um órgão do governo federal que realiza pesquisas e levantamentos de dados sobre o território brasileiro e a população que nele habita. Com esses dados são produzidas estatísticas que nos ajudam a melhor compreender o país e a nação. Este órgão foi criado em 1930, no governo de Getúlio Vargas com o intuito de retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania. Atualmente, ele abrange os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal e conta com 581 agência para coleta de dados municipais. A regionalização do Brasil, diversas delas foram realizadas pelo IBGE, havendo apenas uma anterior a existência dele e outra encampada pelo Ministério da Agricultura. Aquela foi a primeira divisão regional em 1913 que utilizou como critério os elementos naturais como a vegetação, o clima e o relevo. Desta regionalização saíram as regiões setentrional, norte oriental, central, oriental e meridional como vemos no mapa abaixo.</p><p>Mapa da divisão regional do Brasil realizada em 1913.</p><p>É interessante perceber que neste período algum estado ainda não tinha</p><p>sido estabelecidos, como Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.</p><p>Posteriormente, em 1936, o IBGE começou a analisar a proposta de uma nova</p><p>Elaboração de uma regionalização do país, partindo de suas pesquisas e estatísticas. Mas foi apenas em 1945 que foi apresentada a primeira regionalização do Brasil proposta pelo IBGE, na qual a principal distinção da que conhecemos é a inexistência do Sudeste.</p><p>Os critérios utilizados para tal regionalização foram as características</p><p>Socioeconômicas junto com as características naturais como rios e montanhas.</p><p>Lembrando que como um órgão público federal o IBGE realiza estudos e a regionalização pensando em organizar os dados estatísticos para planejar ações e políticas públicas do governo federal, estadual e municipal. Veja abaixo a primeira proposta de regionalização apresentada pelo IBGE:</p><p>Mapa do Brasil elaborado pelo IBGE em 1945.</p><p>Posteriormente em 1970 foi elaborada uma nova regionalização do Brasil pelo IBGE, desta vez extinguindo a região leste e criando a sudeste. Esta nova divisão foi elaborada utilizando como critérios as características sociais e econômicas do país. Por isso Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais formaram a região sudeste, pois eram estados mais semelhantes que São Paulo e Paraná por exemplo, como região Sul.</p><p>Esta regionalização é a que se mantém até os dias de hoje, é, portanto, a que mais conhecemos e convivemos no dia a dia. Utilizando esta base todos os censos demográficos organizam seus dados tendo por base as cinco grandes regiões elaboradas pelo IBGE em 1970. Estes dados coletados pelo censo demográfico são utilizados nas políticas públicas atuais demonstrando quais investimentos o governo deve priorizar para cada região. É importante ressaltar que ocorreu uma única mudança no ano de 1988 quando foi criado o estado do Tocantins acrescentando um maior território à região norte do país. Veja abaixo a divisão regional realizada pelo IBGE em 1970 e em seguida e atual, já incluindo o estado do Tocantins:</p><p>Mapa da regionalização do Brasil elaborado em 1988 pelo IBGE e utilizado até os dias atuais em 2021.</p><p>3. Outras propostas de regionalização do espaço brasileiro.</p><p>Como vimos anteriormente a regionalização é um “recorte”, uma seleção baseada em critérios que caracterizam e distinguem uma região de outra. No caso do Brasil vimos que o órgão público IBGE foi e ainda é o responsável pela regionalização do Brasil, a qual foi realizada utilizando os critérios de semelhança social e econômica em sua divisão. No entanto existem outras propostas de regionalização do Brasil que utilizam como critérios fatores distintos, como veremos a seguir.</p><p>3.1. Regiões Geoeconômicas ou Complexos regionais Criada na década de 1960 a proposta de uma distinta regionalização do Brasil foi elaborada pelo geógrafo Pedro Geiger. Nela ele propôs considerar características históricas, econômicas e naturais do Brasil. Desta maneira, os limites políticos e administrativos dos estados não foram levados em consideração, pois as características ultrapassam fronteiras políticas organizadas pelo ser humano. Em sua regionalização, Pedro Geiger dividiu o território brasileiro em três complexos regionais, chamados de regiões geoeconômicas. As regiões propostas foram:</p><p>● Região da Amazônia incluindo os estados do Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Rondônia, Acre e parte do Mato Grosso e parte do Maranhão. Como podemos ver, os limites dos estados não foram considerados para esta divisão, motivo pelo qual Mato Grosso e Maranhão estão divididos em mais de uma região. Esta região corresponde a maior geoeconômica do país, porém ela abriga apenas 9% da população brasileira. Seu principal aspecto é a presença da Floresta Amazônica e também é onde se destaca a prática das atividades econômicas do extrativismo e da agropecuária.</p><p>● Região do Nordeste composta pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e partes do Maranhão, Piauí Bahia e Minas Gerais. Novamente é possível encontrar a regionalização que ignora a divisão política dos estados. Esta região é característica por ser a área de povoamento mais antiga do país e onde atualmente está 27% da população brasileira. Também é possível notar grande contraste econômico e natural entre a parte litorânea e o interior desta região.</p><p>● Região do Centro-Sul é composta pelos esta dos do Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e parte de Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, e Espírito Santo. Novamente a divisão política dos estados não foi seguida. Essa região pode ser considerada a mais desenvolvida do país economicamente. Ela apresenta uma grande atividade agropecuária e ampla rede de indústrias.</p><p>É nesta região que está concentrada a maior parte da população brasileira, aproximadamente 64% e sua maioria em área urbana.</p><p>Abaixo a o mapa das regiões geoeconômicas do Brasil:</p><p>3.2. Divisão Regional de Milton</p><p>Santos Outra proposta alternativa a regionalização apresentada pelo IBGE é a do geógrafo Milton Santos. Milton apresentou em 2001 uma proposta que buscava reunir os estados de acordo com as suas atividades econômicas. A regionalização proposta dividia o país em quatro grandes regiões:</p><p>● A região Amazônica é a mais extensa delas e é formada pelos estados cujas atividades principais são as extrativistas e de exploração dos recursos naturais. Nela estão inclusos os estados no Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá e Pará.</p><p>● Na região Nordeste foi mantida a organização proposta pelo IBGE em 1970 composta pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Desta vez a divisão política foi respeitada.</p><p>● Na região Centro-Oeste o autor mantém a definição do IBGE de 1970, mas inclui o estado do Tocantins, que pelo IBGE é da região norte. A principal alteração realizada na regionalização de Milton Santos está na Região Concentrada que inclui os estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seria a junção da região sudeste e sul definida pelo IBGE.</p><p>● A região concentrada reúne a maior parte das atividades de pesquisa científicas e tecnológicas do Brasil. Além disso, concentra as atividades industriais, agrícolas mecanizadas e a maior presença de institutos de pesquisa. Este conjunto de fatores, junto da grande porção da população do país concentrada nesta região, levou a Milton criar o termo definido por ele como meio técnico científico-informacional.</p><p>4. Reflexão sobre a regionalização brasileira.</p><p>Vimos anteriormente as propostas de regionalização do Brasil e os critérios utilizados para a formulação de cada uma delas. No entanto, pelo mais que a regionalização tenha sido realizada na tentativa de contemplar as características sociais e econômicas das regiões, nem sempre elas conseguiram homogeneizar os espaços selecionados. Mesmo a regionalização que usamos atualmente. Basta refletir sobre a data de sua composição que já encontramos um problema. Como vimos ela foi elaborada em 1970 e reformulada pela última vez em 1988, desde então o país mudou muito, algumas áreas se desenvolveram e outras sofreram com os processos de urbanização, de crescimento exorbitante entre outros. Portanto temos a mesma regionalização para um país em 2019 claramente distinto do país analisado em 1970 para a produção da regionalização.</p><p>4.1. Realidade social da regionalização</p><p>Como vimos, os limites da divisão regional nem sempre correspondem exatamente à realidade social e econômica das regiões. As atividades econômicas muitas vezes geram vínculos entre habitantes de uma região com os de uma região vizinha. Por exemplo, temos pessoas que vivem no Paraná e possuem relações mais frequentes com a cidade de São Paulo do que com Curitiba, que seria mais próxima. Desta forma, devemos refletir que muitas vezes a regionalização considera uma generalização e não o que de fato ocorre nas relações sociais entre os moradores desta área. Além disso, temos as desigualdades regionais e interregionais, sendo a primeira a desigualdade econômica entre uma região e outra que muitas vezes promove migrações em massa de uma região para outra. Como exemplo, podemos citar a construção de Brasília que foi um projeto político que buscava situar a capital no interior do país, com a intenção de atrair investimento para o interior do país. Já a segunda desigualdade ocorre principalmente na região nordeste em que a região litorânea é mais desenvolvida economicamente que o interior.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>HAESBAERT, Rogério. Território e Territorialidade: um debate. In. Geografia</p><p>(UFF), ano IX. N.17, p.19 a 45, 2007. Disponível em:</p><p><Http://www.geographia.uff.br/index.php/geographia/article/viewFile/213/205>.</p><p>HAESBAERT. R. Região regionalização e regionalidade: questões</p><p>contemporâneas. In: Revista Antares- Letras e Humanidades. 2010</p><p>RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro. São Paulo, Companhia de Bolso, 2011.</p><p>Referências imagéticas:</p><p>Figura 1- Mapa do mundo mostrando das regiões pelos tipos de clima. IBGE</p><p>Atlas Geográfico Escolar 5ª edição. Rio de Janeiro 2009. p.58.Disponível em:</p><p><Https://suportegeografico77.blogspot.com/2017/06/tipos-de-clima_97.html>.</p><p>Figura 2 - Mapa climático do Brasil segundo a classificação de Koppen.</p><p>Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Clima_do_Brasil#/media/Ficheiro:Climate_of_Brazil.tif>.</p><p>Figura 3 - Mapa da divisão regional do Brasil realizada em 1913. Delgado de Carvalho. Disponível em: <http://geografiaxou.blogspot.com/2016/10/divisao-</p><p>Regional-do-brasil-ma pas-e.html>.</p><p>Figura 4 - Mapa do Brasil elaborado pelo IBGE em 1945. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%B5es_do_Brasil#/media/Ficheiro:Regi%C3%B5es_do_Brasil_1945.svg>.</p><p>Figura 5 - Mapa da regionalização do Brasil elaborado pelo IBGE em 1970.</p><p>Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-</p><p>Agencia-de-notícias/notícias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas -divisões-</p><p>Regionais-do-brasil. ></p><p>Figura 6 - Mapa da regionalização do Brasil elaborado em 1 988 pelo IBGE e utilizado até os dias atuais em 2021. Disponível em:<</p><p>https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-</p><p>Noticias/noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-brasil. ></p><p>Figura 7- Mapa das regiões geoeconômicas do Brasil. Elaborado por Pedro</p><p>Geiger. Disponível em: <https://www.infoenem.com.br/entenda -a-divisão-</p><p>política-e-econômica-do-brasil/.> .</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>

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