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<p>CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e</p><p>Mercados. Brasília: Editora, 2003.</p><p>3 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>SUMÁRIO</p><p>APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 5</p><p>1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA ......................................................................... 6</p><p>1.1. Conceito de Economia ............................................................................ 7</p><p>1.2. O Problema Fundamental da Economia ................................................. 8</p><p>1.3. Quatro Perguntas Fundamentais ............................................................ 9</p><p>1.4. A Curva de Possibilidade de Produção ................................................ 10</p><p>1.5. Os Fatores de Produção ....................................................................... 11</p><p>1.6. O Sistema Econômico ........................................................................... 13</p><p>2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA .......................................................... 15</p><p>2.1. Curva de Demanda ................................................................................ 16</p><p>2.2. Bens complementares e substitutos .................................................... 17</p><p>3. TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO ........................................................ 19</p><p>3.1. A função de Produção ........................................................................... 20</p><p>3.2. Custo de Produção, receita e lucro ...................................................... 21</p><p>3.3. Curva de Oferta ..................................................................................... 22</p><p>4. O MERCADO ................................................................................................ 24</p><p>4.1. O Preço de Equilíbrio ............................................................................ 25</p><p>4.2. Classificação dos Mercados ................................................................. 26</p><p>4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de Produção .................................. 27</p><p>5. CONTABILIDADE SOCIAL ........................................................................... 29</p><p>5.1. Renda e Produto ................................................................................... 30</p><p>5.2. Os principais agregados macroeconômicos ........................................ 32</p><p>6. CONSUMO E POUPANÇA ................................................................................. 36</p><p>6.1. Componentes do Consumo .................................................................. 37</p><p>7. EMPREGO ................................................................................................... 39</p><p>7.1. Mercado de Trabalho ................................................................................ 40</p><p>7.2. Oferta e demanda de Emprego ............................................................. 40</p><p>8. ECONOMIA MONETÁRIA ............................................................................. 41</p><p>8.1. A moeda: sua história e suas modalidades .......................................... 42</p><p>8.2. Funções e tipos de Moeda .................................................................... 43</p><p>4 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>8.3. Demanda e oferta de moeda ................................................................. 44</p><p>8.4. A Taxa de Juros de Equilíbrio ............................................................... 46</p><p>9. SISTEMA FINANCEIRO ............................................................................... 48</p><p>9.1. O Sistema Financeiro ........................................................................... 49</p><p>9.2. A organização do Sistema Financeiro Nacional ................................... 50</p><p>10. INFLAÇÃO ................................................................................................. 51</p><p>10.1. A definição e medida da inflação .......................................................... 52</p><p>10.2. As Conseqüências da Inflação .............................................................. 52</p><p>10.3. Inflação de demanda e inflação de custo ........................................... 53</p><p>10.4. A inflação no Brasil ............................................................................. 55</p><p>11. O SETOR EXTERNO .................................................................................. 58</p><p>11.1. Balanço de Pagamentos ..................................................................... 59</p><p>11.2. Taxa de Câmbio ................................................................................... 60</p><p>11.3. Organismos Internacionais ................................................................. 61</p><p>12. O SETOR PÚBLICO ................................................................................... 63</p><p>12.1. As Funções Econômicas do Setor Público ........................................ 64</p><p>12.2. Estrutura Tributária ................................................................................ 64</p><p>12.3. Déficit Público ..................................................................................... 66</p><p>13. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ............................. 67</p><p>13.1. Crescimento e Desenvolvimento ........................................................ 68</p><p>13.2. Fontes de Crescimento Econômico ................................................... 68</p><p>13.3. Indicadores de Desenvolvimento ....................................................... 69</p><p>14. POLÍTICAS MACROECONÔMICAS ........................................................... 70</p><p>14.1. Definições ............................................................................................... 71</p><p>14.2. Metas de Política Macroeconômica .................................................... 71</p><p>14.3. Instrumentos de Política Macroeconômica ........................................ 71</p><p>15. GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA .................................................................. 74</p><p>15.1. O processo de globalização ............................................................... 75</p><p>15.2. As Conseqüências da Globalização ................................................... 75</p><p>BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 77</p><p>5 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Uma das maneiras de estar no mundo, é através do conhecimento que você tem e</p><p>adquire. Ele é construído de diversas formas, seja na escola, no trabalho ou em casa. O</p><p>que se deseja e se espera daqueles envolvidos no mercado imobiliário é a consciência e o</p><p>cumprimento da responsabilidade quanto à buscar do conhecer que, com certeza, irá</p><p>colaborar para a realização dos seus sonhos e desejos.</p><p>A economia, enquanto ciência social aplicada, se preocupa com o problema da</p><p>escassez, oferecendo ou tentando oferecer alternativas apropriadas para a solução desse</p><p>grave mal que assola de diversas maneiras todo o mundo. A fome, o desemprego, a inflação</p><p>são apenas algumas das preocupações por parte daqueles que exercem a profissão de</p><p>economista.</p><p>O profissional imobiliarista não está divorciado da preocupação em se resolver o</p><p>citado problema da escassez. Na verdade, no seu dia-a-dia, ele lida com pessoas que tem</p><p>necessidades ilimitadas e recursos limitados. Essas pessoas confiam então os seus</p><p>patrimônios imobiliários, que na maioria das vezes é o único bem que eles tem, a esses</p><p>profissionais, com a intenção de que os mesmos os comercializem, tanto na venda como</p><p>na compra, buscando assim aumentar os limites dos seus recursos.</p><p>Este trabalho tem a intenção de oferecer ao profissional do ramo imobiliário um</p><p>importante instrumento para a construção do seu conhecimento. Ele foi escrito de uma</p><p>maneira clara e sistematizada, buscando sempre facilitar o entendimento de uma área do</p><p>saber que</p><p>Goiás - CETEG</p><p>10.1. A definição e medida da inflação</p><p>A inflação ou instabilidade de preços é definida como um aumento persistente e</p><p>generalizado no índice de preços, ou seja, são aumentos contínuos de preços. As fontes</p><p>de inflação diferem em função das condições de cada país, em virtude de alguns aspectos,</p><p>como:</p><p>tipo de estrutura de mercado – se concorrencial, monopolista ou oligopolista,</p><p>dependendo do mercado há um condicionamento da capacidade dos vários setores</p><p>repassarem aumentos de custos aos preços dos produtos;</p><p>grau de abertura da economia ao exterior – quanto mais aberta a economia à</p><p>competição externa, maior a concorrência interna entre fabricantes, e menores os preços</p><p>dos produtos; e</p><p>estrutura das organizações trabalhistas – onde quanto maior o poder de barganha dos</p><p>sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários acima dos índices de</p><p>produtividade, e maior a pressão sobre os preços.</p><p>10.2. As Conseqüências da Inflação</p><p>Variam com a intensidade e com a velocidade do processo de alta dos preços. Baixa</p><p>variação de preços dita discreta, produzem efeitos econômicos assimiláveis, em alguns</p><p>casos até despercebidos pelos consumidores. Esse quadro de relativo conforto começa a</p><p>alterar-se à medida que o processo de alta de preços se torna mais intenso, atingindo os</p><p>fatores de produção, os produtos, as categorias de renda e os estratos socioeconômicos.</p><p>A inflação corrói o poder de compra do salário nominal recebido pelo trabalhador, pela</p><p>população.</p><p>Dependendo da intensidade do processo e dos mecanismos de defesa acionados, as</p><p>inflações intensas podem produzir graves efeitos redistributivos sobre a renda agregada e</p><p>as riquezas acumuladas; no limite, poderão destruir as bases do ordenamento econômico,</p><p>ao atingirem as funções monetárias ou a confiança do público em quaisquer formas de</p><p>53 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>haveres financeiros (moeda, títulos, cadernetas de poupança, etc.).</p><p>Algumas das suas conseqüências podem ser:</p><p>Destruição da moeda, com sua capacidade de reserva de valor e de sua utilidade</p><p>como meio de pagamento;</p><p>Destruição da estrutura e da logicidade do sistema de trocas;</p><p>Desarticulação de suprimentos nas cadeias produtivas;</p><p>Regressão das atividades produtivas à linha de subsistência;</p><p>Queda vertiginosa do nível de emprego;</p><p>Ruptura do tecido social; e</p><p>Ruptura político-institucional, onde o governo perde o controle da situação.</p><p>Não há uma única teoria que seja capaz de explicar todos os tipos de inflação. Eles</p><p>são muitos e, geralmente são diferenciados por qualificativos que remetem às causas, às</p><p>magnitudes dos processos de alta e suas características visíveis. Os principais troncos</p><p>teóricos que procuram explicar a inflação podem ser agrupados em: A inflação de demanda;</p><p>A inflação de custos e Inflação Inercial.</p><p>10.3. Inflação de demanda e inflação de custo</p><p>Neste caso uma das principais explicações teóricas da inflação sustenta que as altas</p><p>generalizadas de preços resultam de uma procura ou demanda agregada excessiva em</p><p>relação à capacidade de oferta da economia. Ou seja, refere-se ao excesso de demanda</p><p>agregada em relação à produção disponível de bens e serviços.</p><p>Neste caso a procura exacerbada empurra os preços para cima, dando origem a uma</p><p>espiral de alta, tanto mais intensa quanto menor for a capacidade ociosa da economia.</p><p>Nesta situação, aumentos da demanda agregada de bens e serviços, com economia já a</p><p>plena capacidade, conduzem a elevações de preços.</p><p>As inflações resultantes de gastos excessivos por parte dos consumidores, podem</p><p>54 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>originar-se tanto do setor real (do próprio consumo da população), quanto no setor monetário</p><p>da economia (onde o governo estimula o consumo colocando mais dinheiro no mercado,</p><p>via taxas de juros baixas e com maior crediário). Pode resultar de expectativas sobre falta</p><p>de produtos por parte dos produtores, ou podem originar-se da inadequada condução da</p><p>política monetária, conduzindo à maior oferta de moeda e à multiplicação dos meios de</p><p>pagamento em escalas mais que proporcionais à capacidade efetiva de geração de bens e</p><p>serviços. Neste caso uma solução para combater este tipo de inflação poderia ser o arrocho</p><p>salarial, impedindo, assim, que as pessoas demandem bens e serviços, resultando em</p><p>baixa pressão sobre os preços. Ou seja, são medidas que impeçam as pessoas de adquirir</p><p>bens e serviços, reduzindo a pressão sobre os níveis de preços.</p><p>Já a inflação dita de custos, trata-se de movimentos de alta de preços originários da</p><p>expansão dos custos dos fatores (terra, capital e trabalho) mobilizados no processamento</p><p>da produção de bens e serviços. Este tipo de inflação pode ser associado a uma inflação</p><p>de oferta. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores</p><p>importantes aumentam.</p><p>Podem se originar da expansão dos tributos indiretos cobrados pelo governo, que</p><p>pode desencadear um processo de alta que se auto-alimentará em espiral; a expansão dos</p><p>custos do fator trabalho também pode dar origem a altas generalizadas; por fim, a</p><p>ampliação das margens de lucro, ainda que setorialmente localizadas, podem propagar-se</p><p>ao longo da cadeia de produção, empurrando os preços para cima. Em outras palavras, o</p><p>aumento de salários e dos preços das matérias-primas representam um causador da</p><p>inflação de custos.</p><p>Os efeitos desse processo inflacionário podem influenciar no perfil da distribuição da</p><p>renda, do balanço de pagamentos, nas finanças públicas e até mesmo nas expectativas</p><p>das empresas.</p><p>E por último a inflação inercial ou inércia inflacionária, fundamenta-se na capacidade</p><p>de autopropagação da inflação e na prática generalizada da indexação – a correção dos</p><p>custos dos fatores e dos preços dos produtos - indefinidamente, pelos índices da inflação</p><p>passada, para que se mantenha a estrutura dos preços relativos e se recomponha a</p><p>capacidade de compra das remunerações pagas.</p><p>55 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>A concepção da inflação inercial pressupõe expectativas compulsivas que levam à</p><p>remarcação contínua de preços, à indexação de contratos e a um tipo de convivência com</p><p>o processo de alta aceito e praticado por todos os agentes econômicos.</p><p>Temos ainda a inflação denominada de inflação administrada, onde as empresas</p><p>monopolistas ou oligopolistas aumentam seus preços com objetivos de lucrarem mais,</p><p>sendo que os consumidores não têm outra alternativa, senão deixar de consumir os produtos</p><p>fabricados por tais empresas se não quiserem pagar mais por eles.</p><p>10.4. A inflação no Brasil</p><p>Uma das características históricas da economia brasileira é a tendência secular à alta</p><p>dos preços. No Brasil, os períodos de variação acelerada dos preços têm prevalecido sobre</p><p>os de inflação moderada, sobretudo nos últimos 50 anos. A partir da 2ª Guerra Mundial o</p><p>País viveu épocas de inflação galopante ascendente. E na transição dos anos 80 para 90</p><p>esteve bem perto de uma hiperinflação descontrolada.</p><p>Fazendo uma simples leitura das séries históricas da inflação no Brasil, pode-se</p><p>observar que nos últimos 50 anos tivemos pelo menos sete períodos distintos, definidos</p><p>pela magnitude das taxas de variação da oferta monetária e dos preços, pelas causas</p><p>prováveis do processo de alta e pela tipologia dos programas de estabilização. Os períodos</p><p>são:</p><p>1946-58: Inflação de crédito e estrutural</p><p>1958-63: Inflação predominantemente fiscal</p><p>1964-67: Aplicação de controles ortodoxos</p><p>1968-79: Inflação reprimida</p><p>1980-85: Instalação de movimentos inerciais.</p><p>1986-94: Fase dos choques heterodoxos.</p><p>1994: A fundamentação e a implantação do Real.</p><p>No período de 1946-58 aceleraram-se os processos de mudança estrutura do país,</p><p>tanto no setor real (industrialização) quanto no</p><p>financeiro (criação de instituições bancárias).</p><p>56 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Com isso o efeito multiplicador da moeda escritural exerceu-se com maior impacto,</p><p>amplificando o efeito inflacionário de emissões primárias de moeda. Acentuaram-se então</p><p>as pressões do setor real sobre o setor financeiro, tanto para elevação da taxa de câmbio,</p><p>quanto para abertura de novas linhas de financiamento subsidiado. O resultado desta</p><p>combinação, gradualmente, promoveu a aceleração da inflação, que saiu de um patamar</p><p>de 20% ao ano para 40% ao ano no final deste período.</p><p>Já durante o período 1959-63 aliados às pressões por crédito pelo setor privado,</p><p>somaram-se as pressões fiscais devido aos constantes déficits de caixa do governo,</p><p>fazendo com que se expandisse à oferta monetária. A este fator de impulsão dos preços</p><p>somaram-se também as pressões reivindicatórias da classe trabalhadora, fazendo com que</p><p>impulsionasse ainda mais o processo inflacionário.</p><p>No período 1964-67, o processo foi o inverso, o governo instalado em 64 adotou</p><p>rígidos mecanismos ortodoxos de controle do surto inflacionário. Debelo o déficit fiscal.</p><p>Conteve a oferta monetária. Reformaram-se o sistema financeiro e a estrutura tributária.</p><p>Cada um dos fatores diagnosticados como causadores do surto inflacionário do Período</p><p>anterior foi objeto de controles rígidos. Daí a inflação anual recuou: de uma taxa entre 80 e</p><p>90% para um novo patamar, próximo de 20%.</p><p>No período 1968-79, as bases institucionais do período anterior foram mobilizadas</p><p>para o milagre econômico, no sentido de conciliar forte crescimento econômico com</p><p>contenção do processo inflacionário. As pressões internas, de origem financeira, que</p><p>pressionavam a procura agregada para cima, somaram-se as pressões externas de custos,</p><p>resultantes dos choques de oferta do cartel do petróleo, ocasionando uma espiral procura-</p><p>custos, passando a exercer fortes pressões de alta na inflação. Neste período as emissões</p><p>primárias de moeda utilizadas para conter o déficit do setor público, multiplicadas pelo</p><p>sistema de intermediação bancária, criaram uma das principais precondições para a alta</p><p>inflacionária dos preços.</p><p>Período 1980-85 – No início da década de 1980, a inflação brasileira situou-se na faixa</p><p>dos três dígitos, mantendo-se em torno de 100%. Já no início de 1986, caminhava para 300%.</p><p>Instalaram-se na economia do país, sob sustentação da correção monetária generalizada,</p><p>um processo inercial de inflação. A inflação passada reproduzia-se no presente, animando</p><p>um movimento ascendente de alta de preços. As expectativas dos agentes econômicos</p><p>57 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>levaram à adoção de indexadores contratuais e a remarcações de preços.</p><p>Período 1986-94 – Foi um período marcado pelos planos econômicos heterodoxos, ou</p><p>seja, da escolha de um conjunto de medidas de choque para conter o processo inflacionário.</p><p>Foram vários planos, Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Verão, Planos Collor I e II, em</p><p>que a inflação caia no início mas voltava com a falta de sustentação dos planos econômicos.</p><p>E por fim 1994, que foi o ano onde primeiramente ocorreu a desidexação da economia</p><p>com a criação da URV – Unidade de Referência de Valor, para depois criar um novo padrão</p><p>monetário, o Real. Neste período a inflação foi controlada, onde impunhou-se uma nova</p><p>disciplina emissora e a manutenção de uma rigorosa linha estratégica, dirigida para quebrar</p><p>as resistências sociais à estabilidade. A estabilização passaria a ser vista como um valor</p><p>fundamental. Sistema que prevalece até os dias atuais.</p><p>A inflação pode ser medida por números-índices, que são fórmulas matemáticas, onde</p><p>abrangem as variações dos preços dos diversos produtos que compõem a cesta de</p><p>consumo da população.</p><p>58 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>11</p><p>O SETOR EXTERNO</p><p>59 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Muitas explicações podem ser levantadas para explicar porque os países comercializam</p><p>entre si, como a diversificação de condições de produção, ou a possibilidade de redução de</p><p>custos na produção de determinado bem vendido para um mercado global.</p><p>Os economistas clássicos forneceram a explicação teórica básica para o comércio</p><p>internacional através do chamado Princípio das Vantagens Comparativas. Este princípio</p><p>sugere que cada país deva se especializar na produção daquela mercadoria em que é</p><p>relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Essa será,</p><p>portanto, a mercadoria a ser exportada. Por outro lado, esse mesmo país deverá importar</p><p>aqueles bens cuja produção implicar um custo relativamente maior (cuja produção é</p><p>relativamente menos eficiente). Desse modo, explica-se a especialização dos países na</p><p>produção de bens diferentes, a partir da qual concretiza-se o processo de troca entre eles.</p><p>A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817. A</p><p>teoria desenvolvida por Ricardo fornece uma explicação para os movimentos de mercadorias</p><p>no comércio internacional, a partir da oferta ou dos custos de produção existentes nesses</p><p>países. Logo, os países exportarão e se especializarão na produção dos bens cujo custo</p><p>for comparativamente menor em relação àqueles existentes, para os mesmos bens, nos</p><p>demais países exportadores.</p><p>11.1. Balanço de Pagamentos</p><p>É o registro estatístico-contábil de todas as transações econômicas realizadas entre os</p><p>residentes do país com os residentes dos demais países. Desse modo, estão registrados no</p><p>balanço de pagamentos, por exemplo, todas as exportações e importações de mercadorias</p><p>do período considerado: os fretes, os seguros, os empréstimos obtidos no exterior, etc. Ou</p><p>seja, todas as transações com mercadorias, serviços e capitais físicos e financeiros entre o</p><p>país e o resto do mundo.</p><p>O balanço de pagamentos apresenta as seguintes subdivisões:</p><p>Balança Comercial – Essa conta compreende basicamente o comércio de mercadorias.</p><p>60 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Balanço de Serviços – Registram-se todos os serviços pagos e/ou recebidos pelo</p><p>Brasil, tais como: fretes, seguros, lucros, juros, royalties e assistência técnica, viagens</p><p>internacionais.</p><p>Transferências unilaterais – registram-se as doações financeiras ou não interpaíses.</p><p>Balanço de Transações Correntes – representa o somatório dos balanços comercial,</p><p>de serviços e de transferências unilaterais resultando no saldo em conta corrente e/ou</p><p>balanço de transações correntes.</p><p>Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais: Na conta de capital aparecem as</p><p>transações que produzem variações no ativo e no passivo externos do país e que, portanto,</p><p>modificam sua posição devedora ou credora perante o resto do mundo. São registradas</p><p>nesta conta as contrapartidas financeiras das exportações e importações de mercadorias e</p><p>serviços e as transações financeiras puras, como ações e quota-parte do capital das</p><p>empresas, títulos de outros países, empréstimos em moeda, investimentos e amortizações</p><p>etc.</p><p>11.2. Taxa de Câmbio</p><p>É a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países, em função</p><p>das relações econômicas que há entre eles. Pode, também, ser definida como o preço da</p><p>moeda estrangeira em termos da moeda nacional. Assim, 1 dólar pode custar 2,90 reais.</p><p>Sua determinação pode ocorrer de dois modos: institucionalmente, através da decisão</p><p>das autoridades econômicas com fixação periódica das taxas (taxas fixas de câmbio), ou</p><p>através do funcionamento do mercado, onde as taxas flutuam automaticamente, em</p><p>decorrência das pressões de oferta e demanda por divisas estrangeiras, ou seja, pela</p><p>quantidade de moeda estrangeira no mercado. (taxas flutuantes).</p><p>A demanda de divisas é constituída pelos importadores, que precisam delas para</p><p>61 Centro de</p><p>Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>pagar suas compras no exterior, uma vez que a moeda nacional não é aceita fora do país,</p><p>e pela saída de capitais financeiros.</p><p>A oferta de divisas é realizada tanto pelos exportadores, que recebem moeda</p><p>estrangeira em contrapartida de suas vendas, como através da entrada de capitais</p><p>financeiros internacionais.</p><p>Ataxa de câmbio está intimamente relacionada com os preços dos produtos exportados</p><p>e importados e, conseqüentemente, com o resultado da balança comercial do país. Se a</p><p>taxa de câmbio se encontrar em patamares elevados, estimulará as exportações, pois os</p><p>exportadores passarão a receber mais reais pela mesma quantidade de divisas, derivadas</p><p>da exportação, em conseqüência haverá maior oferta de divisas.</p><p>Do lado das importações, a situação se inverte, pois se os preços dos produtos</p><p>importados se elevam, em moeda nacional, haverá um desestímulo às importações e,</p><p>conseqüentemente, uma queda na demanda por divisas.</p><p>Uma taxa de câmbio sobrevalorizada surte efeito contrário tanto nas exportações</p><p>como nas importações. Há um desestímulo às exportações e um estímulo às importações.</p><p>A moeda brasileira (O Real) pode ser comparada com várias outras moedas, por isso</p><p>temos várias taxas de câmbio. Por exemplo, temos uma taxa de câmbio entre Real e Dólar</p><p>Americano; entre Real e Libra inglesa; entre Real e Peso Argentino, etc.</p><p>11.3. Organismos Internacionais</p><p>Foram criados no intuito de estabelecer regras e convenções que regulassem as</p><p>relações monetárias e financeiras e não criassem entraves ao desenvolvimento mundial.</p><p>Surgiram, principalmente, em virtude das perturbações econômicas mundiais oriundas das</p><p>grandes guerras mundiais.</p><p>Foram criados três principais organismos econômicos internacionais:</p><p>62 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Fundo Monetário Internacional – que foi criado com o objetivo de evitar possíveis</p><p>instabilidades cambiais e garantir a estabilidade financeira, eliminando práticas</p><p>discriminatórias e restritivas aos pagamentos multilaterais e de socorrer os países a ele</p><p>associados quando da ocorrência de desequilíbrios transitórios em seus balanços de</p><p>pagamentos.</p><p>Banco Mundial – também conhecido como BIRD (Banco Internacional de Reconstrução</p><p>e Desenvolvimento), foi criado com o intuito de auxiliar a reconstrução dos países</p><p>devastados pela guerra e, posteriormente, para promover o crescimento dos países em vias</p><p>de desenvolvimento. O banco empresta a taxas reduzidas de juros a países menos</p><p>desenvolvidos, com o intuito de promover projetos economicamente viáveis e relevantes</p><p>para o desenvolvimento desses países.</p><p>Organização Mundial do Comércio – foi criada com o objetivo básico de buscar a</p><p>redução das restrições ao comércio internacional e a liberalização do comércio multilateral.</p><p>63 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>12</p><p>O SETOR PÚBLICO</p><p>64 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>12.1. As Funções Econômicas do Setor Público</p><p>A necessidade de atuação econômica do setor público prende-se à constatação de que</p><p>o sistema de preços não consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou funções.</p><p>Existem alguns bens que o mercado não consegue fornecer (bens públicos), logo, a</p><p>presença do Estado é necessária (função alocativa). O sistema de preço, via de regra, não</p><p>leva a uma justa distribuição de renda, daí a intervenção do Estado (função distributiva).</p><p>Finalmente, o sistema de preços não consegue se auto-regular, por isso, o Estado deve</p><p>atuar visando estabilizar tanto a produção quanto o crescimento dos preços (função</p><p>estabilização).</p><p>Ainda dentro da função alocativa, está basicamente associada ao fornecimento de</p><p>bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.</p><p>Quanto à função distributiva, neste caso, o governo funciona como um agente</p><p>redistribuidor de renda, na medida em que, através da tributação, retira recursos dos</p><p>segmentos mais ricos da sociedade (pessoas, setores ou regiões) e os transfere para os</p><p>segmentos menos favorecidos.</p><p>Já no caso da função estabilizadora do governo, está relacionada com a intervenção</p><p>do mesmo na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego.</p><p>Essa intervenção é feita através de instrumentos de política fiscal, monetária, cambial,</p><p>comercial e de rendas.</p><p>12.2. Estrutura Tributária</p><p>Para que o Estado possa cumprir suas funções para com a sociedade, ele necessita</p><p>obter recursos por meio da arrecadação tributária, que compõe sua receita fiscal. Para que</p><p>possa ocorrer o poder público deve seguir uma série de princípios:</p><p>65 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Princípio da Neutralidade – A neutralidade dos tributos é obtida quando eles não</p><p>alteram os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos</p><p>agentes de mercado.</p><p>Princípio da Equidade – um imposto deve ser equânime, no sentido de distribuir seu</p><p>ônus de maneira justa entre os indivíduos.</p><p>Princípio do Benefício – um tributo justo é aquele em que cada contribuinte paga ao</p><p>Estado um montante diretamente relacionado com os benefícios que dele recebe. Ou seja,</p><p>o indivíduo paga o tributo de maneira a igualar o preço do serviço recebido ao benefício</p><p>marginal que ele aufere com sua utilização.</p><p>Princípio da Capacidade de Pagamento – Segundo esse princípio, os agentes (famílias,</p><p>empresas) devem contribuir com impostos de acordo com sua capacidade de pagamento.</p><p>As medidas para auferir a capacidade de pagamento são: renda, consumo e patrimônio.</p><p>Os tributos são constituídos por impostos, taxas e contribuição de melhoria. As taxas</p><p>são cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou</p><p>potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos</p><p>a sua disposição. A contribuição de melhoria é cobrada quando uma determinada obra</p><p>pública aumenta o valor patrimonial dos bens imóveis localizados em sua vizinhança.</p><p>Os tributos podem ser: Imposto direto, aquele que incide sobre a renda e a riqueza</p><p>(patrimônio), ou seja, é cobrado na fonte. Exemplos: Imposto de renda, IPVA, IPTU, ITR,</p><p>etc.</p><p>Imposto Indireto, neste caso, a base tributária é o valor da compra e venda de</p><p>mercadorias e serviços. Tais tributos são cobrados na compra e venda de mercadorias e</p><p>serviços. Exemplos: Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços - ICMS, ISSQN,</p><p>IPI, PIS, CONFINS, INSS, ISS, etc.</p><p>Uma outra classificação dos impostos que se pode citar está relacionada à:</p><p>Impostos Regressivos – são aqueles em que o aumento na contribuição é</p><p>proporcionalmente menor que o incremento ocorrido na renda. Exemplo. ICMS e IPI.</p><p>66 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Impostos Proporcionais ou Neutros – são aqueles em que o aumento na contribuição</p><p>é proporcionalmente igual ao ocorrido na renda.</p><p>Impostos Progressivos– ocorrem quanto oaumento na contribuiçãoéproporcionalmente</p><p>maior que o aumento ocorrido na renda. Exemplo: Imposto de Renda.</p><p>Outro conceito importante é do imposto ad valorem que é cobrado sobre o valor da</p><p>comercialização de um produto. Já a chamada incidência tributária se refere à proporção</p><p>do imposto paga por produtores e consumidores.</p><p>12.3. Déficit Público</p><p>Déficit Público ocorre quando os gastos superam o montante da arrecadação. Existem</p><p>várias conceituações para o déficit público. A primeira delas é a do Déficit Público Nominal</p><p>ou Total, também chamado de Necessidades de Financiamento Líquido do Setor Público</p><p>Não Financeiro – Conceito Nominal, este engloba todos os gastos nas diversas esferas:</p><p>União, governos estaduais e municipais, empresas estatais e previdência social.</p><p>Também temos o Déficit Público Primário ou Fiscal – é medido pelo déficit total,</p><p>excluindo a correção</p><p>monetária e cambial e os juros reais da dívida contraída anteriormente</p><p>pelo governo.</p><p>E por último o Déficit Operacional – é medido pelo déficit primário, acrescido dos juros</p><p>reais da dívida passada. É considerado a medida mais adequada para refletir as</p><p>necessidades reais de financiamento do setor público.</p><p>Quando o governo se defronta com uma situação de déficit, além das medidas</p><p>tradicionais de política fiscal, surge o problema de como deverá o mesmo ser financiado</p><p>pelo Governo. Este poderá financia-lo através de recursos extrafiscais, através da emissão</p><p>de moeda ou da venda de títulos da dívida pública ao setor privado.</p><p>67 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>13</p><p>CRESCIMENTO E</p><p>DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO</p><p>68 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>13.1. Crescimento e Desenvolvimento</p><p>A Teoria do Crescimento e do Desenvolvimento Econômico, discute estratégias de</p><p>longo prazo, isto é, quais medidas devem ser adotadas para um crescimento econômico</p><p>equilibrado e auto-sustentado. Nessa Teoria, a oferta ou produção agregada desempenha</p><p>um papel importante na trajetória de crescimento de longo prazo, o que não se observa na</p><p>análise de curto prazo.</p><p>Crescimento e desenvolvimento econômico são dois conceitos diferentes.</p><p>Crescimento econômico é o crescimento contínuo da renda per capita ao longo do tempo.</p><p>O desenvolvimento econômico é um conceito mais qualitativo, incluindo as alterações da</p><p>composição do produto e a alocação dos recursos pelos diferentes setores da economia,</p><p>de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social.</p><p>A economia pode se encontrar em alguns estágios, como o de crescimento, ou de</p><p>regressão/depressão econômica quanto a economia está entrando em declínio no que se</p><p>refere aos seus indicadores de crescimento, tanto de produção quanto de emprego.</p><p>Normalmente, os países ricos caracterizam pelo crescimento de sua economia e da</p><p>produtividade com que são aproveitados os recursos de produção.</p><p>13.2. Fontes de Crescimento Econômico</p><p>O crescimento da produção e da renda decorre de variações na quantidade e na</p><p>qualidade de dois insumos básicos: capital e mão-de-obra. Nesse sentido, as fontes de</p><p>crescimento são as seguintes:</p><p>aumento na força de trabalho (quantidade de mão-de-obra), derivado do crescimento</p><p>demográfico e da imigração;</p><p>aumento do estoque de capital, ou da capacidade produtiva;</p><p>melhoria na qualidade da mão-de-obra, através de programas de educação,</p><p>69 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>treinamento e especialização;</p><p>melhoria tecnológica, que aumenta a eficiência na utilização do estoque de capital; e</p><p>eficiência organizacional, ou seja, eficiência na forma como os insumos interagem.</p><p>13.3. Indicadores de Desenvolvimento</p><p>Diferentemente do crescimento, por não retratar somente o crescimento dos níveis de</p><p>produção e renda, o desenvolvimento necessita de outros indicadores para avaliar o seu</p><p>desempenho. Então, temos o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que é um índice</p><p>calculado pelas Nações Unidas para vários países, e aborda além do PIB, também retrata</p><p>os índices de emprego e analfabetismo.</p><p>Além destes podemos ter outros índices para avaliar o desenvolvimento econômico</p><p>de um país. Como índices que avaliem não só o analfabetismo, mas o sistema educacional,</p><p>a saúde pública, os níveis de poluição, de preservação do meio ambiente, de habitação, de</p><p>pobreza, os níveis de emprego, etc.</p><p>Para que haja desenvolvimento econômico uma condição essencial é que sejam</p><p>aplicadas novas tecnologias para que se produz mais e possam produzir transformações</p><p>sociais que acarretem numa melhor distribuição de renda.</p><p>70 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>14</p><p>POLÍTICAS MACROECONÔMICAS</p><p>71 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>14.1. Definições</p><p>A Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e</p><p>o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral</p><p>de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balança de</p><p>pagamentos e taxa de câmbio.</p><p>14.2. Metas de Política Macroeconômica</p><p>São as seguintes:</p><p>alto nível de emprego, onde o governo utilizando-se de seus instrumentos sempre</p><p>procura proporcionar mais postos de trabalhos face o nível de empregabilidade da economia;</p><p>estabilidade de preços – meta principal de todos os governos. Estabilidade de preços</p><p>é fundamental para o desenvolvimento dos demais objetivos de política econômica. Sem o</p><p>controle da inflação, várias podem ser as conseqüências, como já fora analisado no capítulo</p><p>6.</p><p>Distribuição de renda socialmente justa – mesmo tendo crescimento econômico e</p><p>tendo uma economia estabilizada economicamente, pode haver má distribuição de renda.</p><p>Onde o governo, vias suas políticas econômicas e sociais visa reduzir os desníveis de renda</p><p>entre as pessoas e regiões geográficas.</p><p>Crescimento econômico – é condição necessária para o desenvolvimento econômico</p><p>de qualquer país.</p><p>14.3. Instrumentos de Política Macroeconômica</p><p>Os principais instrumentos para atingir tais objetivos são as políticas fiscal, monetária,</p><p>cambial e comercial e de rendas.</p><p>72 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Política Fiscal – Refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe para a</p><p>arrecadação de tributos e o controle de suas despesas. Se o objetivo da política econômica</p><p>é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais normalmente utilizadas são a diminuição de</p><p>gastos públicos e/ou aumento da carga tributária, o que inibi o consumo. São instrumentos</p><p>que visam diminuir os gastos da coletividade. Se o objetivo é um maior crescimento e</p><p>emprego, os instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a</p><p>demanda agregada.</p><p>Política Monetária – Refere-se à atuação do Governo sobre a quantidade de moeda e</p><p>títulos públicos. Os principais instrumentos são:</p><p>emissões de moeda</p><p>reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais</p><p>devem colocar à disposição do Banco Central)</p><p>Open Market (compra e venda de títulos públicos)</p><p>Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais)</p><p>Regulamentação sobre crédito e taxas de juros.</p><p>Assim, por exemplo, se o objetivo é o controle da inflação, a medida apropriada</p><p>de política monetária seria diminuir o estoque monetário da economia (por exemplo,</p><p>aumentando a taxa de reservas compulsórias, ou compra de títulos no open market). Se a</p><p>meta é o crescimento econômico, a medida adotada seria o aumento do estoque monetário.</p><p>Políticas Cambial e Comercial – São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas</p><p>ao setor externo da economia. A política cambial refere-se à atuação do governo sobre a</p><p>taxa de câmbio. O governo, através do Banco Central, pode interferir no câmbio comprando</p><p>ou vendendo dólares. A política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivos às</p><p>exportações e/ou estímulos e desestímulos às importações.</p><p>Política de Rendas – refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda</p><p>(salários, aluguéis) através de controle e congelamento de preços.</p><p>Normalmente esses controles são utilizados como política de combate a inflação,</p><p>73 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>como a fixação da política salarial, salário mínimo, etc. A política de preços mínimos por</p><p>parte do governo é um exemplo de política de renda. Com este tipo de política o governo</p><p>visa dar garantias de preços ao produtor, com o propósito de protegê-lo das flutuações dos</p><p>preços do mercado.</p><p>74 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>15</p><p>GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA</p><p>75 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>15.1. O processo</p><p>de globalização</p><p>Na visão dos autores que defendem o processo de globalização da economia, os</p><p>mesmos mencionam que na tradição do pensamento liberal, o comércio exterior sempre foi</p><p>enxergado como um indutor da melhoria dos padrões de consumo, na utilização mais</p><p>eficiente dos recursos e no aumento da eficiência das empresas que enfrentam à concorrência</p><p>internacional. Está argumentação defende que a prática do comércio internacional livre</p><p>também contribui para uma distribuição mais eqüitativa da renda, na medida em que</p><p>corrigem a remuneração dos fatores segundo suas disponibilidades relativas.</p><p>Neste sentido, o processo de globalização em si, representa apenas uma abertura de</p><p>fronteiras, um intercâmbio de informações, mercadorias, capitais, tecnologia entre várias</p><p>nações.</p><p>Neste processo de globalização, tornou-se comum a organização das nações</p><p>para abrir fronteiras e promover a abertura de novos mercados, e expandir até então os</p><p>seus mercados internos. O Mercado Comum Europeu, o Mercosul e o Nafta são exemplos</p><p>de que denominamos de blocos econômicos.</p><p>15.2. As Conseqüências da Globalização</p><p>Dentro das correntes favoráveis e contrárias ao processo de globalização, a maior</p><p>parte dos teóricos, considerados liberais, considera este processo totalmente benéfico na</p><p>medida que impulsionam a competitividade em todas as esferas do sistema econômico.</p><p>Outras posições mais críticas, destacam os efeitos contrários do processo de abertura</p><p>econômica, caracterizado principalmente pelo processo de exclusão social que o mesmo</p><p>provoca.</p><p>Para estes autores, o processo de globalização promove uma grande concentração</p><p>dos investimentos estrangeiros diretos e da tecnologia nas mãos de poucas multinacionais,</p><p>localizadas nas nações de capitalismo avançado. A perda, para a esmagadora maioria</p><p>76 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>dos países capitalistas, de boa parte de sua capacidade de conduzir um desenvolvimento</p><p>parcialmente autocentrado e independente; o desaparecimento de certa especificidade dos</p><p>mercados nacionais e a destruição, para muitos Estados, da possibilidade de levar adiante</p><p>políticas próprias, não é conseqüência mecânica da globalização, intervindo como processo</p><p>externo, sempre mais coercitivo, impondo a cada país, a seus partidários e a seus governos,</p><p>uma determinada linha de conduta.</p><p>O processo de globalização promoveu uma liberalização muito ampla do comércio</p><p>exterior, mas seu efeito foi, sobretudo, para facilitar as operações dos grupos industriais</p><p>multinacionais.</p><p>A internacionalização é dominada mais pelo investimento internacional do que pelo</p><p>comércio exterior e, portanto, molda as estruturas que predominam na produção e no</p><p>intercâmbio de bens e serviços.</p><p>Tal processo contribuiu consideravelmente para restabelecer a rentabilidade dos</p><p>investimentos, exercendo forte pressão para o rebaixamento, tanto dos salários, como dos</p><p>preços de muitas matérias-primas. Influi no comportamento do investimento, ou acentua</p><p>suas características, da seguinte forma: forte propensão às aquisições/fusões; prioridade</p><p>dos investimentos de reestruturação e racionalização; e, sobretudo, fortíssima seletividade</p><p>na localização e escolha dos locais de produção.</p><p>77 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>BIBLIOGRAFIA</p><p>BATISTA JÚNIOR, Paulo Nogueira. “Globalização” e administração tributária. Leituras</p><p>de Economia Política, Campinas, n.4, p.157-178, jun. 1997.</p><p>CHESNAIS, François. A mundialização do capital/François Chesnais. Tradução</p><p>Silvana Finzifoá. São Paulo. Xamã, 1996.</p><p>LOPES, João do Carmo e ROSSETTI, José Paschoal. Economia Monetária. 7.ed.rev.,</p><p>amp. e atual. – São Paulo: Atlas, 1998.</p><p>MACEDO, Jamil P. de et al. Manual do técnico em transações imobiliárias. 11.ed.</p><p>Goiânia: AB, 1994.V.2.p.79-132.</p><p>MOCHON, Francisco ; TROSTER, Roberto Luis. Introdução á economia. São Paulo:</p><p>Makron Books, 1994.</p><p>PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI,Otto. Princípios de economia. São Paulo:</p><p>Pioneira, 1999.</p><p>ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 17. ed. São Paulo: Atlas, 1997.</p><p>SILVA, César Roberto Leite da; LUIZ, Sinclayr. Economia e mercados. 10. ed. São</p><p>Paulo: Saraiva,1992.</p><p>SOUZA, Nali de Jesus. Curso de economia. São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval; GARCIA, Manuel E. Fundamentos de</p><p>economia. São Paulo: Saraiva, 2000.</p><p>VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia. Micro e Macro. 2. ed. São</p><p>Paulo: Atlas, 2001.</p><p>78 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>79 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>é a economia. Os conceitos, leis e teorias básicas da ciência econômicas estão</p><p>aqui apresentados, de acordo com as principais bibliografias que tratam de tais questões.</p><p>Ao ler e estudar esse material, você certamente estará dando passos firmes na direção</p><p>da construção do saber e é isso que faz a grande diferença entre o profissional preparado e</p><p>daquele fadado ao fracasso. Invista em você mesmo, através do estudo, e tenha uma vida</p><p>de vitórias e realizações.</p><p>Boa Sorte.</p><p>O autor</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>6 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>1</p><p>INTRODUÇÃO À ECONOMIA</p><p>7 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>A economia passou a ser vista como ciência a partir da Grécia antiga, onde tivemos</p><p>os primeiros registros de trabalhos econômicos.</p><p>A economia faz parte de uma ciência maior, denominada de ciências sociais, onde a</p><p>economia estuda a ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo de</p><p>produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio (as despesas) e o processo de</p><p>acumulação.</p><p>A economia para que possa dar respostas aos problemas econômicos, procura o</p><p>respaldo das demais áreas do conhecimento, das ciências humanas, exatas (matemáticas)</p><p>e com outras ciências, com o fim de juntas resolver os problemas econômicos.</p><p>Em outras palavras, a economia, segundo Rossetti (1997), se preocupa com todos</p><p>os aspectos que estejam relacionados à produção, distribuição, custos e acumulação de</p><p>bens e serviços.</p><p>A economia se preocupa com grandes temas que interferem de uma ou de outra</p><p>maneira na vida do homem. Dentre eles temos: escassez de recursos, emprego, produção,</p><p>trocas, valor, moeda, preços, mercados, concorrência, remunerações, agregados,</p><p>transações, crescimento, equilíbrio, organização. Tais temas fazem parte da vida do homem</p><p>e representam o campo de estudo da ciência econômica.</p><p>1.1. Conceito de Economia</p><p>Devido à complexidade dos problemas que envolvem o comportamento do homem,</p><p>pode haver vários conceitos diferentes para a economia, pois a cada época, devido às</p><p>concepções políticas-ideológicas de cada sociedade, pode-se observar a economia sob um</p><p>ângulo diferenciado.</p><p>Na medida em que novas preocupações de ordem econômica vão surgindo na vida do</p><p>homem, o seu conceito vai evoluindo.</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>8 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>No entanto, levando-se em consideração que vários podem ser os conceitos de</p><p>economia, cada um à sua época, conforme a época, adotaremos o seguinte conceito de</p><p>economia:</p><p>“A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes</p><p>da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora</p><p>escassos, se prestam a usos alternativos”. ROSSETTI (1997, p.52.)</p><p>A partir deste conceito, pode-se verificar que a preocupação básica da economia se</p><p>refere aos escassos recursos para atender as necessidades ilimitadas. Tal conceito vale-se</p><p>do fato, de que temos necessidades ilimitadas para satisfazer, e que os recursos para tal</p><p>fim são escassos, onde temos que escolher a melhor alocação dos mesmos para produzir</p><p>o necessário para satisfazer nossas necessidades.</p><p>A economia procura examinar as opções viáveis que se apresentam aos agentes</p><p>econômicos, denominados estes de: unidades familiares, empresas e governo, para</p><p>empregar os limitados recursos sob seu comando, tomando decisões racionais diante de</p><p>várias alternativas.</p><p>1.2. O Problema Fundamental da Economia</p><p>Segundo Rossetti (1997), o problema fundamental da economia está relacionado ao</p><p>conflito entre os recursos limitados e necessidades ilimitáveis. Em outras palavras, o</p><p>problema fundamental da economia se refere à escassez dos recursos de produção.</p><p>Como não temos uma abundância relativa dos recursos de produção, nossas</p><p>necessidades não são completamente satisfeitas. Se todos os bens fossem livres, a</p><p>disponibilidade ilimitada de recursos seria de tal ordem que a obtenção de quaisquer bens</p><p>não seria problema. Daí, não necessitaria da ciência econômica, pois não haveria problemas</p><p>a resolver. Não haveria conflitos de interesses.</p><p>Mas são raros os bens que ainda são livres (água da chuva, por exemplo), que</p><p>9 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>não temos que pagar para adquiri-lo. Até mesmo o ar que respiramos, que ainda é livre,</p><p>vai, pouco a pouco, se transformando em bem econômico. Daí surge à necessidade da</p><p>economia, para podermos usufruir, da melhor maneira possível, destes recursos que são</p><p>escassos.</p><p>Como nenhum sistema econômico foi capaz de satisfazer plenamente todas as</p><p>necessidades dos indivíduos (em termos de bens e serviços), temos então a importância</p><p>da economia, para nos ajudar a alocar recursos escassos para atender as necessidades</p><p>ilimitadas.</p><p>Em todos os países, as unidades familiares exigem mais e melhores produtos. As</p><p>empresas para produzi-los exigem equipamentos de mais alta sofisticação, mais ágeis e</p><p>mais produtivos. E os governos, para garantirem a satisfação das necessidades dos outros</p><p>agentes, têm de fornecer mais infra-estrutura econômica e social, melhores bens e serviços</p><p>públicos. Ambos necessitam da economia para auxiliá-los.</p><p>1.3. Quatro Perguntas Fundamentais</p><p>São questões que acontecem em todas as economias, independente do grau de</p><p>desenvolvimento que possuem.</p><p>A primeira questão diz respeito ao que produzir. O que produzir com os recursos que</p><p>são escassos para atender as necessidades ilimitadas da sociedade. Várias podem ser as</p><p>alternativas de produção, dentre elas o que produzir para usufruir e gastar da melhor</p><p>maneira possível os recursos que são limitados.</p><p>Quanto produzir se refere à segunda questão. Se refere a quanto produzir de</p><p>determinado produto ou produtos para atender as necessidades da sociedade, para a</p><p>sustentação do seu bem-estar corrente e para a progressiva melhoria do seu padrão de</p><p>vida.</p><p>A terceira questão é de como produzir. Como produzir para otimizarmos os recursos</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>10 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>de produção (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial)</p><p>face à sua escassez.</p><p>A última pergunta fundamental diz respeito para quem produzir. Para quem vai ser</p><p>direcionado o produto/serviço. Tal questionamento é importante para que se produza o</p><p>necessário para atender as necessidades da sociedade.</p><p>Considerando que as respostas destas perguntas são extremamente relevantes para</p><p>resolver os problemas econômicos que afetam as sociedades como um todo, várias são as</p><p>possibilidades de se produzir bens/serviços, com a disponibilidade limitada de recursos,</p><p>para atendê-las. Neste sentido, essas possibilidades de produção existentes podem ser</p><p>destinadas a uma variedade de combinações de diferentes categorias de bens e serviços</p><p>que podem ser destinados para a sociedade.</p><p>1.4. A Curva de Possibilidade de Produção</p><p>A curva de possibilidade de produção retrata quais são as alternativas para a utilização</p><p>dos recursos, quando se compara a produção de dois ou mais produtos. Neste caso, os</p><p>recursos não são suficientes para produzir toda a quantidade de todos os produtos para</p><p>atender a sociedade, pois os mesmos são escassos. Daí a escolha de alternativas entre o</p><p>que se produzir de um e de outro produto para atender as necessidades da população.</p><p>Unidades Familiares, Empresas e Governo, fazem parte de diferentes grupos de</p><p>agentes econômicos que interagem, participando direta ou indiretamente de todas as</p><p>transações que realizam dentro de determinado sistema econômico. Ou seja, podem ser</p><p>consumidores e/ou produtores dos bens/serviços que são destinados a eles próprios</p><p>enquanto agentes econômicos.</p><p>Por unidades familiares entende-se todos os tipos de unidades domésticas,</p><p>unipessoais</p><p>ou familiares, com ou sem laços de parentesco, segundo as quais a sociedade como um</p><p>todo se encontra segmentada. Essas unidades familiares possuem e fornecem os recursos</p><p>de produção (na forma de trabalho), devido a isso, se apropriam de diferentes categorias de</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>11 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>rendas (que podem ser salários, aluguéis, juros, etc.), e a partir daí decidem como, quando</p><p>e onde e em que as rendas recebidas serão despendidas.</p><p>Já as empresas, são os agentes econômicos que empregam e combinam os recursos</p><p>de produção para a geração dos bens e serviços que atenderão às necessidades de</p><p>consumo e de acumulação da sociedade. Essas empresas são heterogêneas, ou seja, são</p><p>de diversos tipos e produzem diferentes produtos.</p><p>O governo é o agente coletivo que contrata diretamente o trabalho das unidades</p><p>familiares e que adquire uma parcela da produção das empresas para proporcionar bens e</p><p>serviços úteis à sociedade como um todo.</p><p>Esses agentes é que fazem parte do processo produtivo em que se tem que escolher</p><p>entre alternativas diferentes, devido à escassez de recursos.</p><p>Todos os agentes econômicos, considerados isoladamente ou em conjunto, defrontam</p><p>com esta restrição econômica. As unidades familiares podem ter aspirações ilimitáveis, mas</p><p>defrontam com a amarga realidade dos recursos escassos, definidos por orçamentos</p><p>restritos proveniente de sua limitação de renda.</p><p>Normalmente, alguma coisa é sacrificada em favor de outra. E as prioridades decididas,</p><p>não importam quais sejam, traduzem sempre custos de oportunidade. Custos de se produzir</p><p>um bem em detrimento do sacrifício de outro. Em outras palavras, se refere ao custo de se</p><p>deixar de produzir um bem em detrimento de outro.</p><p>1.5. Os Fatores de Produção</p><p>Os fatores de produção representam os recursos disponíveis, que combinados, são</p><p>direcionados para a produção de bens e/ou serviços para o atendimento das necessidades</p><p>da população.</p><p>12 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>a) Fator Terra</p><p>O Fator Terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais</p><p>recursos de produção. As reservas naturais, renováveis ou não, encontram-se na base de</p><p>todo o processo de produção. As dádivas da natureza, aproveitadas pelo homem em seus</p><p>estados naturais ou então transformadas, são direcionadas para as outras atividades de</p><p>produção.</p><p>É a partir da interação com os demais fatores de produção que se viabiliza seu efetivo</p><p>aproveitamento. Aqui é importante a consciência social sobre sua preservação e reposição,</p><p>no intuito de tenha um melhor aproveitamento.</p><p>b) Fator Trabalho</p><p>É a parte da população total, considerada produtiva, que é definida por faixas etárias.</p><p>É constituído por uma parcela da população total denominada de economicamente ativa,</p><p>que contribui para o processo de produção.</p><p>Segundo Rossetti (1994), os limites da faixa etária considerada economicamente ativa</p><p>variam em função de dois fatores relevantes: o estágio de desenvolvimento da economia e</p><p>o conjunto de definições institucionais, geralmente expresso através da legislação social e</p><p>previdênciaria.</p><p>Em todos os países, uma parcela da população economicamente ativa, embora apta,</p><p>fica à margem do processo produtivo. É a porção economicamente inativa.</p><p>c) Fator Capital</p><p>Compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade. Com o emprego</p><p>destas riquezas é que a população ativa se equipa para o exercício das atividades de</p><p>produção. Esse conjunto de riquezas dá suporte às operações produtivas realizadas por</p><p>parte da sociedade.</p><p>13 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>O fator capital constitui-se das diferentes categorias de riqueza acumulada, empregadas</p><p>na geração de novas riquezas. Também são chamados de bens de investimento. Podem</p><p>ser: máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas, energia, telecomunicações,</p><p>transportes, educação e cultura, saúde e saneamento, segurança, construções e edificações</p><p>(prédios), plantações, etc. Referem-se as riquezas utilizadas pelas empresas para efetuar</p><p>a produção, representam os ativos das empresas, seu patrimônio. Caracteriza-se por</p><p>aumentar a eficiência do trabalho humano, para a produção de bens e serviços.</p><p>Em economia, entende-se como pleno emprego dos recursos de produção (terra,</p><p>capital e trabalho) que toda a população está empregada, não há desemprego voluntário.</p><p>c) Fator capacidade tecnológica</p><p>É constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão sustentação ao</p><p>processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos acumulados sobre as fontes</p><p>de energia empregadas, passando pelas formas de extração de reservas naturais, pelo seu</p><p>processamento, transformação e reciclagem, até chegar à configuração e ao desempenho</p><p>dos produtos finais resultantes. É o elo de ligação entre o capital, a força de trabalho e o</p><p>fator terra.</p><p>d) Fator Capacidade Empresarial</p><p>É através dela que os recursos disponíveis são reunidos, organizados e acionados</p><p>para o exercício de atividades produtivas. O processo de produção, em seus fundamentos,</p><p>dá-se pela mobilização combinada dos fatores terra, trabalho e capital, sob determinado</p><p>padrão tecnológico. E o fator mobilizador é a capacidade empresarial.</p><p>1.6. O Sistema Econômico</p><p>Pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>14 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>organizada uma sociedade. É um sistema que organiza a produção, a distribuição e o</p><p>consumo de bens e serviços destinados à população.</p><p>Fazem parte do sistema econômico o estoque de fatores de produção (terra, capital,</p><p>trabalho, etc.), os agentes econômicos (unidades familiares, empresas e governo) e um</p><p>conjunto de instituições. O estoque dos fatores de produção constitui a própria base da</p><p>atividade econômica.</p><p>Nenhum sistema econômico é possível sem que um conjunto de normas jurídicas</p><p>discipline os deveres e as obrigações dos detentores dos recursos e das unidades que os</p><p>empregarão. Daí o surgimento das complexas instituições.</p><p>Os sistemas econômicos podem ser classificados em:</p><p>Sistema capitalista de produção, que é aquele regido pelas leis de mercado, onde</p><p>predomina a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de produção;</p><p>Sistema socialista, que é aquele em que as questões econômicas fundamentais são</p><p>resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos</p><p>bens de produção.</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>15 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>2</p><p>TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA</p><p>16 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Como o estudo da demanda está alicerçado no conceito de utilidade, cabe-nos</p><p>primeiramente conceituarmos utilidade.</p><p>Utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades</p><p>humanas. Está utilidade difere de consumidor para consumidor, uma vez que está baseada</p><p>em aspectos psicológicos ou a preferências.</p><p>Como está utilidade visa satisfazer as necessidades humanas, têm que apresentar</p><p>algum valor. É um conceito subjetivo, onde considera que o valor nasce da relação homem</p><p>com os bens e/ou serviços.</p><p>A demanda/procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou</p><p>serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo a um</p><p>determinado preço, mantidas constantes todas as outras variáveis (coeteris paribus). As</p><p>outras variáveis que influenciam a escolha (demanda) do consumidor. São elas: o preço do</p><p>bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do</p><p>indivíduo. Então, quando o preço de uma mercadoria aumenta, tudo o mais permanecendo</p><p>constante, o consumidor perde o que chamamos de poder de compra.</p><p>Dentro do estudo da demanda, temos a chamada Lei Geral da Demanda, que mostra</p><p>que há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço</p><p>do bem, coeteris paribus. Esta relação pode ser vista pela Curva de Demanda.</p><p>2.1. Curva de Demanda</p><p>A curva de demanda revela as preferências dos consumidores, sob a hipótese de que</p><p>estão maximizando sua utilidade, ou seja, estão maximizando o grau de satisfação no</p><p>consumo daquele produto. No exemplo da curva abaixo podemos verificar que para cada</p><p>nível de preços as pessoas estão dispostas a adquirir determinadas quantidades de bens,</p><p>onde quanto menor o preço mais produtos elas estarão dispostas a adquirir. A curva de</p><p>demanda inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda para a direita, tendo uma</p><p>inclinação negativa, devido a inversibilidade da relação preço e quantidade demandada.</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>17 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Outras variáveis podem influenciar a demanda como: a renda dos consumidores; os</p><p>preços dos outros bens e serviços; os hábitos e preferências dos consumidores; os gastos</p><p>com propaganda e publicidade, etc.</p><p>Em teoria da demanda preço é um conceito de extrema importância. O preço expressa</p><p>o valor de troca entre as mercadorias. É sua expressão monetária de valor, que é utilizado</p><p>para calcular o valor das mercadorias. A parte da economia que estuda a formação de</p><p>preços é dita de microeconomia. Tal teoria trata além da formação de preços, da fixação de</p><p>preços mínimos por parte do governo, dos efeitos dos impostos sobre mercados específicos</p><p>e sobre os custos de produção, dentre outros.</p><p>2.2. Bens complementares e substitutos</p><p>São bens que interferem na demanda de um produto por parte do consumidor. Pois</p><p>quanto mais substitutos houver para um bem e/ou serviço, mais opções ele terá à sua</p><p>disposição para decidir sobre a sua demanda. Neste caso, pequenas variações em seu</p><p>preço, para cima, por exemplo, farão com que o consumidor passe a adquirir mais de seu</p><p>produto substituto, provocando queda em sua demanda maior do que a variação do preço.</p><p>Por exemplo, o consumidor tem sua demanda por uma certa quantidade de tomate, que</p><p>18 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>possui vários substitutos (repolho, cenoura, vagem, pepino, abóbora, etc.), neste caso,</p><p>qualquer variação de preço por mais pequena que seja do tomate, os consumidores estarão</p><p>dispostos a trocar uma certa quantidade (ou toda ela) de tomate por quantidades de seus</p><p>produtos substitutos.</p><p>Já para os bens complementares, também são bens que tendem a influenciar a</p><p>demanda de outros bens. São bens ditos de complementares, porque um está relacionado</p><p>ao consumo do outro. Como por exemplo, o pão e a manteiga. Neste caso, quando o preço</p><p>do pão subir isto ocasionará uma queda na demanda do próprio pão e, conseqüentemente,</p><p>na demanda da própria manteiga, que o consumidor utiliza para passar no pão.</p><p>Outra classificação que temos que ter em mente quando estamos falando de demanda,</p><p>diz respeito se os bens são bens de consumo, daí temos os bens de consumo duráveis e</p><p>não duráveis; dos bens de capital e dos bens intermediários.</p><p>Bens de consumo são àqueles bens destinados ao consumo final dos consumidores.</p><p>No caso específico dos bens de consumo duráveis, são por exemplo: televisores, geladeira,</p><p>aparelho de som, carro, liquidificador, etc., pois são bens que não possuem consumo</p><p>imediato. Já os bens de consumo não duráveis, são bens destinados ao consumo final e</p><p>são consumidos imediatamente pelos consumidores, por exemplo: alimentos, produtos de</p><p>higiene e limpeza, etc.</p><p>No tocante aos bens de capital, são ditos como bens que servem para produzir outros</p><p>bens, como por exemplo, uma máquina de costura, ou seja, máquinas e equipamentos que</p><p>são utilizados para fabricar outros bens.</p><p>Por último temos os bens intermediários que também são bens utilizados para produzir</p><p>outros bens, no entanto o fator que o difere dos bens de capital, é que os bens intermediários</p><p>são consumidos durante o processo produtivo. Por exemplo, o tecido que utilizado para</p><p>produzir a camisa, no final do processo não existe mais tecido, mas sim camisa, enquanto</p><p>a máquina de costura continua lá sendo utilizada para produzir outros bens.</p><p>RODRIGO</p><p>Realce</p><p>19 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>3</p><p>TEORIA ELEMENTAR</p><p>DA PRODUÇÃO</p><p>20 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>A Teoria da Produção pode ser conceituada pelo processo de transformação dos fatores</p><p>adquiridos pela empresa (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade</p><p>empresarial) em produtos ou serviços para a venda no mercado. Vasconcellos (2000)</p><p>No processo de produção, diferentes insumos ou fatores de produção são combinados,</p><p>de forma a produzir um bem final. As formas como esses insumos são combinados constituem</p><p>os chamados métodos de produção. A escolha do método ou processo de produção depende</p><p>de sua eficiência. Um método é tecnicamente eficiente quando comparado com outros</p><p>métodos, utiliza menor quantidade de insumos para produzir uma quantidade equivalente</p><p>do produto. Um método é economicamente eficiente, quanto está associado ao método</p><p>mais barato relativamente a outros métodos.</p><p>3.1. A função de Produção</p><p>É a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade</p><p>física utilizada dos fatores de produção num determinado período de tempo. A função de</p><p>produção admite sempre que o empresário esteja utilizando a maneira mais eficiente de</p><p>combinar os fatores e, conseqüentemente, obter a maior quantidade produzida do produto.</p><p>Podemos representar a função de produção, da seguinte maneira:</p><p>Q = f(x1,x2,x3, ... , xn)</p><p>Onde:</p><p>Q é a quantidade produzida do bem ou serviço, num determinado período de tempo;</p><p>x1,x2,x3, ... , xn identificam as quantidades utilizadas de diversos fatores de produção;</p><p>e</p><p>f indica que Q depende da quantidade de insumos utilizados.</p><p>21 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>3.2. Custo de Produção, receita e lucro</p><p>O objetivo básico de uma empresa é a maximização de seus resultados, de seu lucro,</p><p>quando da realização de sua atividade produtiva, da combinação dos fatores de produção.</p><p>Assim sendo, procurará sempre obter a máxima produção possível em face da utilização de</p><p>certa combinação de fatores.</p><p>O resultado dito ótimo para empresa poderá ser obtida quando for possível alcançar um</p><p>dos seguintes objetivos: a) maximizar a produção para um dado custo total ou b) minimizar</p><p>o custo total para um dado nível de produção. O primeiro diz respeito que a empresa tem</p><p>um custo que não deve ser maior, pois se não seus lucros também serão maiores, então ela</p><p>procurará produzir cada vez mais para alcançar um patamar de produção que lhe dê àquele</p><p>custo. A alternativa b se refere que a empresa tem uma meta de produção que estabelece</p><p>alcançar e que para alcança-la terá que reduzir os seus custos ao mínimo possível.</p><p>Quanto aos custos totais de produção, define-se como o total das despesas realizadas</p><p>pela empresa com utilização da combinação mais econômica dos fatores, por meio da qual</p><p>é obtida uma determinada quantidade do produto. Os custos totais de produção (CT) são</p><p>divididos em custos variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT):</p><p>CT = CVT + CFT</p><p>Os custos fixos totais (CFT), correspondem à parcela dos custos totais que não</p><p>aumentam com o aumento da produção. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos</p><p>de produção, como por exemplo, depreciação, aluguéis, seguros, etc.</p><p>Já os custos variáveis totais (CVT), correspondem à parcela dos custos totais que</p><p>variam com o aumento da produção. São despesas realizadas com a compra da matéria-</p><p>prima, materiais secundários, mão-de-obra direta, etc.</p><p>Os custos também podem ser</p><p>classificados de curto ou longo prazo. Os custos de</p><p>curto prazo são caracterizados por serem compostos por parcelas de custos fixos e de</p><p>22 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>custos variáveis e os custos de longo prazo são formados unicamente por custos variáveis,</p><p>pois a partir de determinado momento, os próprios custos fixos que eram fixos passam a</p><p>aumentar, pois aumentou o número de máquinas para produzir mais mercadorias.</p><p>Também temos os conceitos de custos médios e marginais. Os custos médios são</p><p>obtidos pela divisão entre o custo total e a quantidade produzida, ou seja, representa o custo</p><p>médio para se produzir determinado produto. Já o custo marginal é dado pela variação do</p><p>custo total em resposta a uma variação da quantidade produzida, ou seja, deseja saber</p><p>quanto variará o custo se acrescer uma unidade na produção.</p><p>As empresas têm como objetivo maior a maximização de lucros. Onde se pode definir</p><p>o lucro total como a diferença entre as receitas de vendas da empresa e os seus custos</p><p>totais de produção. Ou seja:</p><p>LT = RT – CT</p><p>Onde: LT = lucro total; RT= receita total e CT= custo total.</p><p>Como receitas totais entende-se o valor das vendas totais realizadas num determinado</p><p>período de tempo. Então como receita teremos:</p><p>RT = P x Q</p><p>Onde: RT= receita total; P= preço e Q= quantidade.</p><p>Ou seja, receita total é igual ao preço do bem ou serviço multiplicado por sua respectiva</p><p>quantidade vendida.</p><p>Qualquer empresa, que deseje maximizar lucros, escolherá o nível de produção para</p><p>o qual a diferença positiva entre receita total e custo total sejam a maior possível.</p><p>3.3. Curva de Oferta</p><p>23 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>A oferta representa as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao</p><p>mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta</p><p>depende de vários fatores: de seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores</p><p>de produção, das preferências do empresário e da tecnologia.</p><p>A função oferta mostra uma relação direta entre quantidade ofertada e nível de preços,</p><p>coeteris paribus. Essa representa a chamada Lei Geral da Oferta.</p><p>A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem ou serviço e seu preço deve-</p><p>se ao fato de que, um aumento do preço no mercado estimula as empresas, os produtores</p><p>a produzirem mais, aumentando sua receita. Podemos expressar a curva de demanda</p><p>conforme a figura abaixo.</p><p>A inclinação da curva de oferta e positivamente inclinada, uma vez que a relação entre</p><p>quantidade ofertada e o preço é diretamente proporcional.</p><p>Além do preço do bem, a oferta de bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores</p><p>de produção (matérias-primas, salários, preço da terra) e por alterações tecnológicas, ou</p><p>pelo aumento do número de empresas no mercado.</p><p>24 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>4</p><p>O MERCADO</p><p>25 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>4.1. O Preço de Equilíbrio</p><p>A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de</p><p>equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.</p><p>No encontro das curvas de oferta e demanda (ponto E) teremos o preço e a quantidade</p><p>de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem os objetivos dos consumidores e</p><p>dos produtores simultaneamente.</p><p>Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio E, teremos uma</p><p>situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, pois as</p><p>quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Formar-se-ão filas, o que forçará</p><p>a elevação dos preços, até atingir-se o equilíbrio, quando as filas cessarão.</p><p>Se por outro lado, a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio E,</p><p>haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado</p><p>do produto, o que provocará uma competição entre os produtores, conduzindo a uma</p><p>redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio.</p><p>Quando há competição, tanto de consumidores quanto de ofertantes, há uma tendência</p><p>natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário.</p><p>26 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>4.2. Classificação dos Mercados</p><p>Há várias formas ou estruturas de mercado. Estas dependem fundamentalmente de</p><p>três características básicas: a) número de empresas que compõem esse mercado; b) tipo</p><p>de produto produzido neste mercado e c) se existem ou não barreiras, obstáculos para que</p><p>novas empresas entrem nesse mercado.</p><p>Neste sentido podemos ter as seguintes estruturas de mercado:</p><p>Concorrência Perfeita – é um tipo de mercado em que há um grande número de</p><p>vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante,</p><p>não afeta os níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio. É um</p><p>mercado “atomizado”, pois é composto de um número expressivo de empresas, como se</p><p>fossem átomos. Esse mercado possui algumas características básicas: trabalham com</p><p>produtos homogêneos, onde não existe diferenciação entre os produtos ofertados pelas</p><p>empresas; não existem barreiras para o ingresso de novas empresas, ou seja, qualquer</p><p>empresa pode entrar no mercado facilmente e há transparência no mercado, onde todas as</p><p>informações sobre lucros, preços, etc., são conhecidas por todos os participantes do</p><p>mercado.</p><p>Na realidade, não há o mercado tipicamente de concorrência perfeita no mundo real,</p><p>sendo talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros (que produzem tomate, repolho,</p><p>pepino, etc.) o exemplo mais próximo que se poderia apontar.</p><p>Monopólio – Caracteriza-se por apresentar condições opostas às da concorrência</p><p>perfeita. Nele existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a oferta/</p><p>produção e, de outro, todos os consumidores. Não há, portanto, concorrência, nem produto</p><p>substituto ou concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem às condições</p><p>impostas pelo vendedor, ou deixarão de consumir o produto.</p><p>Para a existência de monopólios, deve haver barreiras que praticamente impeçam a</p><p>entrada de novas empresas no mercado. Essas barreiras podem advir das seguintes</p><p>condições: controle de matérias-primas, onde o monopólio controla a fonte de matéria-</p><p>prima para produzir o seu produto; patentes, onde o monopólio patenteou o produto e não</p><p>há como outras empresas produzirem àquele produto; elevado volume de capital, onde a</p><p>27 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>empresa para entrar necessita de alto volume de capital e tecnologia.</p><p>Oligopólio – é caracterizado por um pequeno número de empresas que dominam a</p><p>oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que há um pequeno número</p><p>de empresas ou então onde há um grande número de empresas, mas poucas que dominam</p><p>o mercado.</p><p>No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as</p><p>empresas por meio de conluios ou cartéis. O Cartel é uma organização (formal ou informal)</p><p>de produtores dentro de um setor que determina a política de preços para todas as empresas</p><p>que a ele pertencem.</p><p>Nos oligopólios, normalmente as empresas discutem suas estruturas de custos. Há</p><p>uma empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as estruturas de custos das</p><p>demais, e há empresas satélites que seguem as regras ditadas pelas líderes. Esse é um</p><p>modelo chamado e liderança de preços.</p><p>Concorrência Monopolista – é uma estrutura de mercado intermediária entre a</p><p>concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com oligopólio, pois na</p><p>concorrência monopolista há um número relativamente grande de empresas com certo</p><p>poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados e com</p><p>margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez</p><p>que existem</p><p>produtos substitutos no mercado.</p><p>4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de Produção</p><p>Também apresenta diferentes estruturas.</p><p>Concorrência Perfeita no mercado de fatores – é um mercado onde existe uma oferta</p><p>abundante do fator de produção, o que torna o preço desse fator constante. Os ofertantes</p><p>ou fornecedores, como são em grande número, não têm condições de obter preços mais</p><p>elevados por seus serviços.</p><p>Monopsônio – é uma forma de mercado na qual há somente um comprador para</p><p>muitos vendedores dos serviços dos insumos e por isso tem capacidade de influenciar os</p><p>28 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>preços da matéria-prima que adquiri.</p><p>Oligopsônio – é um mercado onde existem poucos compradores que dominam o</p><p>mercado para muitos vendedores. Ex: indústria de laticínios. Em cada cidade, existem dois</p><p>ou três laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais locais.</p><p>Monopólio Bilateral – ocorre quando um monopolista, na compra do fator de produção,</p><p>defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por exemplo, só a empresa A</p><p>compra um tipo de aço que é produzido apenas por uma empresa B. Nesses casos, a</p><p>determinação dos preços de mercado dependerá não só de fatores econômicos, mas do</p><p>poder de barganha de ambos.</p><p>29 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>5</p><p>CONTABILIDADE SOCIAL</p><p>30 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>A Teoria Macroeconômica estuda a determinação e o comportamento dos agregados</p><p>econômicos nacionais. A parte relativa que estuda a medida desses agregados é denominada</p><p>Contabilidade Social, que é o registro contábil das atividades produtivas de um país, ao</p><p>longo de um dado período de tempo.</p><p>A contabilidade social procura definir e medir os principais agregados a partir de</p><p>valores já realizados ou efetivados. Contabilidade Social pode ter várias definições de</p><p>acordo com cada autor, em sua respectiva época.</p><p>Um dos conceitos mais utilizados é o abordado por Rossetti (1992) em que Contabilidade</p><p>Social pode ser entendida como um compartimento da Ciência Econômica que se ocupa da</p><p>preparação sistemática e compreensiva de um conjunto articulado de informações sobre os</p><p>vários tipos de transações econômicas, verificadas entre grupos significativos de agentes</p><p>durante determinado período; é assim, uma técnica de quantificação de um conjunto de</p><p>variáveis que interessam à análise econômica global.</p><p>Os agregados macroeconômicos são determinados a partir de um sistema contábil</p><p>que trata o país como se fosse uma grande empresa produzindo um produto único.</p><p>5.1. Renda e Produto</p><p>O resultado da atividade econômica do país pode ser medido sob três óticas: pelo lado</p><p>da produção e venda de bens e serviços finais na economia (ótica do produto e ótica da</p><p>despesa), e também pela renda gerada no processo de produção (ótica da renda), que vem</p><p>a ser a remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). As óticas</p><p>do produto e da despesa são medidas no mercado de bens e serviços, enquanto a ótica da</p><p>renda é medida no mercado de fatores de produção.</p><p>Neste caso a empresa efetua despesas com o pagamento de salários, juros, aluguéis e</p><p>lucros distribuídos que são destinados às famílias, que por sua vez recebe tais pagamentos</p><p>como receitas, e as empresas pela venda dos seus bens e serviços obtém renda, onde no</p><p>final do período considerado, faz-se a contabilidade das despesas e das receitas dessa</p><p>31 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>economia.</p><p>Daí se tem o Produto Nacional (PN) que representa o valor de todos os bens e serviços</p><p>finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado período de tempo, onde PN =</p><p>Σ p.q, sendo p = preço unitário dos bens e serviços; q = quantidades produzidas de bens e</p><p>serviços finais (tanto do setor primário, secundário e terciário da economia) e Σ símbolo de</p><p>somatório, ou soma.</p><p>O setor primário da economia se refere àquele onde são produzidos os bens e serviços</p><p>ligados ao segmento agropecuário (agricultura e pecuária). Em outras palavras, se referem</p><p>aos produtos produzidos pelo setor agropecuário.</p><p>Já o setor secundário, se refere ao setor industrial, o setor que fabrica bens, sejam a</p><p>partir de mercadorias oriundas do setor agropecuário ou não.</p><p>O setor terciário se refere àquele setor de prestação de serviços ou de comércio. Ou</p><p>seja, é aquele que vende os produtos provenientes da indústria ou que presta serviços de</p><p>uma forma geral, e não fabrica produtos.</p><p>Também temos o conceito de Despesa Nacional (DN) que é o gasto dos agentes</p><p>econômicos com o produto nacional, onde revelam quais são os setores compradores do</p><p>produto nacional.</p><p>Já a Renda Nacional (RN) é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção</p><p>no período: RN = salários + juros + aluguéis + lucros, para a produção dos bens e serviços</p><p>da economia. Quando dividimos o total desta renda pelo total da população de um País,</p><p>temos a Renda per capita.</p><p>Então, PN, DN e RN são três óticas de medição do resultado da atividade econômica</p><p>de um país num dado período.</p><p>Cabe aqui, também conceituarmos Valor Adicionado, conceito importante quando</p><p>estamos medindo toda a produção da economia. Valor adicionado pode ser entendido como</p><p>o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção. Somando o valor</p><p>adicionado em cada estágio de produção, chegaremos ao produto final da economia.</p><p>32 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Valor adicionado = valor bruto da produção (receita de vendas) – compra de bens e</p><p>serviços intermediários</p><p>5.2. Os principais agregados macroeconômicos</p><p>Além dos conceitos de Produto Nacional, de Despesa Nacional e de Renda Nacional,</p><p>tem-se outros conceitos, que fazem parte dos chamados agregados macroeconômicos.</p><p>São eles:</p><p>Poupança agregada – é a parcela da renda nacional (RN) que não é consumida no</p><p>período, isto é, S = RN – C, onde S representa a poupança; RN a renda nacional e C o</p><p>consumo. Poupança é o ato de não consumir no período, deixando para consumo futuro.</p><p>Investimento agregado – é o gasto com bens que foram produzidos mas não foram</p><p>consumidos no período, e que aumentaram a capacidade produtiva da economia para os</p><p>períodos seguintes. O investimento é composto pelo investimento em bens de capital</p><p>(máquinas e imóveis) e pela variação de estoques de produtos que não foram consumidos.</p><p>Os bens de capital são chamados, nas contas nacionais de formação bruta de capital fixo.</p><p>Então Investimento total = Investimentos em bens de capital + variação de estoques.</p><p>Depreciação – é o desgaste do equipamento de capital da economia num dado período.</p><p>É um gasto utilizado para repor os equipamentos que se desgastaram ou se tornaram</p><p>obsoletos. A depreciação é o conceito que introduz uma diferenciação entre investimento</p><p>bruto e investimento líquido.</p><p>Investimento líquido = Investimento bruto – Depreciação.</p><p>Da mesma forma, podemos distinguir o conceito de Produto Nacional Líquido (PNL)</p><p>do conceito de Produto Nacional Bruto (PNB).</p><p>Produto Nacional Líquido = Produto Nacional Bruto – Depreciação.</p><p>33 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Além destes agregados temos as variáveis que incorporam o Setor Público, considerado</p><p>suas três esferas: União, Estados e Municípios. Com sua inclusão, introduz-se o conceito</p><p>de receita fiscal e gasto públicos, somado aos gastos e receitas já desempenhadas pelas</p><p>empresas e famílias.</p><p>Como receita fiscal do Governo, temos os impostos indiretos, que incidem sobre as</p><p>transações com bens e serviços. Exemplo: ICMS, IPI. Impostos diretos, que incidem sobre</p><p>a renda e a propriedade das pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: Imposto de Renda.</p><p>Contribuições à Previdência Social e outras receitas.</p><p>Já quanto aos gastos do</p><p>Governo, consideraram-se os gastos dos ministérios e</p><p>autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia mista e gastos com</p><p>transferências e subsídios.</p><p>É necessário aqui definirmos alguns conceitos básicos que também fazem parte</p><p>das contas nacionais, são eles:</p><p>1º) Preços de Mercado e Custo de Fatores – O preço de mercado de um produto</p><p>normalmente está acima do valor remunerado aos fatores de produção necessários a sua</p><p>produção. Isso porque em seu preço estão incorporados os impostos indiretos cobrados</p><p>pelo Governo (ICMS, IPI, etc.), além disso caso o produto seja essencial à população o</p><p>Governo, em alguns casos, subsidia o preço do produto, fazendo com que o preço pelo</p><p>qual o produto é vendido seja inferior a seu custo de produção. Custo de Fatores é o que a</p><p>empresa paga aos fatores de produção, salários, juros, aluguéis e lucros. Assim, partindo</p><p>por exemplo, da Renda Nacional Líquida - RNL ou do Produto Nacional Líquido - PNL a</p><p>custo de fatores para chegar ao PNL a preço de mercado temos:</p><p>PNL a preços de mercado = PNL a custo de fatores + impostos indiretos – subsídios.</p><p>Apenas os custos indiretos, e não os diretos, são relevantes nessa diferenciação. Isso</p><p>porque os impostos diretos não representam uma diferença entre o custo de fatores e o</p><p>preço final de venda.</p><p>2º) Renda Pessoal Disponível – procura medir o quanto a renda gerada no processo</p><p>econômico fica em poder das famílias. A renda pessoal disponível mede quanto sobra para</p><p>as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços ou então poupar.</p><p>34 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>3º) Carga Tributária Bruta e Líquida – a carga tributária bruta é o total da arrecadação</p><p>fiscal do Governo (impostos diretos e indiretos e outras receitas do Governo, como taxas,</p><p>multa e aluguéis). Se deduzirmos a carga tributária bruta das transferências e dos subsídios</p><p>que o Governo encaminha para o setor privado, daí termos a Carga Tributária Líquida.</p><p>O esquema da Contabilidade Social fica completo quando consideramos que a</p><p>economia é aberta ao exterior, que é a realidade atual.Com isso definimos os conceitos de</p><p>exportação, importação e diferenciamos os conceitos de produto interno e produto nacional.</p><p>As exportações representam as compras de mercadorias produzidas pelas empresas</p><p>localizadas em nosso país efetuadas pelos estrangeiros. As importações representam as</p><p>despesas que nós fazemos com produtos estrangeiros.</p><p>Produto Interno Bruto (PIB) - é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos</p><p>dentro do território nacional num dado período, valorizados a preços de mercado, sem levar</p><p>em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes (que estão</p><p>dentro do país) ou não residentes (fora do país).</p><p>Somando ao PIB à renda recebida do exterior e subtraindo a renda enviada ao exterior</p><p>temos o Produto Nacional Bruto (PNB), que é a renda que efetivamente pertence aos</p><p>nacionais, aos residentes do País.</p><p>Para muitos, o PIB não mede adequadamente o bem-estar da coletividade, pois não</p><p>reflete as condições econômicas e sociais de um país. Ele não registra a economia informal;</p><p>não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico, tais como poluição,</p><p>piora do meio ambiente; e não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários</p><p>grupos da sociedade.</p><p>As Nações Unidas calculam periodicamente um índice de desenvolvimento humano</p><p>(IDH) que, além de um indicador econômico (PIB), inclui indicadores sociais. Segundo a</p><p>pesquisa das Nações Unidas, há nações com diferenças entre o IDH e o PIB. Mas no geral,</p><p>há alta relação do PIB per capita com o desenvolvimento social de um país.</p><p>Pode-se concluir que, apesar de algumas limitações, a medida do PIB é</p><p>35 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>um indicador útil tanto para comparações internacionais como para medir o crescimento do</p><p>País ao longo dos anos. Entretanto, é sempre oportuno considerar também outros</p><p>indicadores, como grau de distribuição de renda, analfabetismo, mortalidade infantil, etc,</p><p>para que tenhamos uma avaliação mais completa da real condição socioeconômica de um</p><p>país.</p><p>36 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>6</p><p>CONSUMO E POUPANÇA</p><p>37 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>6.1. Componentes do Consumo</p><p>O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores, tais como: renda</p><p>nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, disponibilidade de</p><p>crédito, expectativa sobre a renda futura, rentabilidade das aplicações financeiras, etc.</p><p>No entanto, estudos estatísticos mostram que as decisões de consumo da coletividade</p><p>são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional disponível, ou seja, a parcela da</p><p>renda que fica disponível para os consumidores gastarem (ou pouparem).</p><p>Então:</p><p>C = f(RND), ou seja, o consumo se dá em função da renda, onde:</p><p>C = Consumo agregado;</p><p>RND = renda nacional disponível.</p><p>6.2. Poupança e Investimento</p><p>A poupança é a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de</p><p>consumo. A poupança é a diferença entre a renda e o consumo. Em outras palavras, é o</p><p>não consumo presente em função de um consumo futuro.</p><p>Então:</p><p>S = f(RND), ou seja, a poupança se dá em função da renda, onde:</p><p>S = poupança agregada;</p><p>RND = renda nacional disponível.</p><p>Já o investimento (construções, máquinas, etc.) é o acréscimo ao estoque de capital</p><p>que leva ao crescimento da capacidade produtiva. A curto prazo, é visto pelo lado dos</p><p>38 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva.</p><p>O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional de</p><p>um país. Em linhas gerais, pode-se dizer que o investimento agregado é determinado por</p><p>dois fatores: a taxa de rentabilidade esperada e a taxa de juros de mercado. A taxa de</p><p>rentabilidade esperada ou taxa de retorno é calculada a partir da estimativa do retorno</p><p>esperado pela aquisição do bem de capital (construções, máquinas, etc.).</p><p>A taxa de juros e o investimento possuem uma relação inversamente proporcional.</p><p>Se a empresa já dispõe de capital próprio, a taxa de juros representará quanto a empresa</p><p>ganharia, se em vez de investir em suas instalações, aplicasse no mercado financeiro. Isto</p><p>é o que chamamos de Custo de Oportunidade do Capital.</p><p>Neste caso, um outro conceito importante é o de crédito, que regulado pela taxa de</p><p>juros, determina o montante de investimentos. Crédito pode ser definido como sendo a</p><p>troca de um bem disponível no momento pela promessa de um pagamento futuro. E quando</p><p>as operações de crédito na economia são estimuladas, normalmente o consumo das</p><p>famílias aumenta.</p><p>Esse capital pode sofrer desgaste durante o processo produtivo. Para repor</p><p>esse desgaste ou mesmo substituir os equipamentos, as máquinas durante o processo</p><p>produtivo, a depreciação pode ser utilizada para cobrir tais custos.</p><p>39 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>7</p><p>EMPREGO</p><p>40 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>7.1. Mercado de Trabalho</p><p>No mercado de trabalho temos o que chamamos de população economicamente</p><p>ativa, que são àquelas pessoas que estão fazem parte de uma determinada faixa etária que</p><p>tem condições de estar trabalhando. Fazem parte as pessoas efetivamente empregadas,</p><p>recebendo salários e contribuindo para o aumento da renda e do consumo da economia.</p><p>As pessoas desempregadas também fazem parte da população economicamente ativa, só</p><p>que não estão trabalhando, ou estão procurando emprego.</p><p>7.2. Oferta e demanda de Emprego</p><p>O mercado de trabalho é constituído pela oferta e demanda de emprego. A oferta de</p><p>emprego é determinada pelas empresas, que ao produzirem, ao aumentarem a produção</p><p>contratam pessoas para desempenhar determinadas atividades e recebem renda por isso.</p><p>O governo também tem papel fundamental neste processo, pois também é um grande</p><p>contratante de mão-de-obra.</p><p>O desempenho de suas políticas, que influenciam as atividades das empresas,</p><p>também pode funcionar como um alavancador de empregos para a população. O governo</p><p>reduzindo tributos, dando condições de maior crédito para as empresas, para que possam</p><p>produzir mais, estas vão necessitar também de contratar mais pessoas.</p><p>Políticas direcionadas para a melhoria das condições de vida da população, no intuito</p><p>de melhorar a distribuição de renda, também funciona como um incentivo para a geração</p><p>de empregos.</p><p>41 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>8</p><p>ECONOMIA MONETÁRIA</p><p>42 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>8.1. A moeda: sua história e suas modalidades</p><p>O uso da moeda nas economias em que vivemos é de tal forma generalizada que se</p><p>torna difícil imaginar o funcionamento de um sistema econômico em que não existam</p><p>instrumentos monetários. Mas existiam grupos que não utilizavam moeda. Esses primeiros</p><p>agrupamentos, em geral, nômades, teriam sobrevivido sob padrões bastante simples de</p><p>atividade econômica. Eram grupos que não conheceram a moeda e, quando recorriam a</p><p>atividades de troca, realizavam trocas em espécie, ou seja, trocavam mercadorias por</p><p>mercadorias, a esta prática denomina-se escambo.</p><p>Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia dava-</p><p>se através do escambo, com trocas diretas de mercadoria por mercadoria. No entanto,</p><p>vários eram os transtornos causados pela falta da moeda, como por exemplo a questão da</p><p>divisibilidade do bem para a troca por outro. Quando se tinha que dividir uma mercadoria</p><p>para comprar uma unidade inteira de outra. Então, na medida que a economia foi se</p><p>desenvolvendo, aumentando as trocas, isto trouxe a necessidade do aperfeiçoamento dos</p><p>instrumentos de troca.</p><p>Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos,</p><p>por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. Por exemplo, o</p><p>sal, que por ser escasso era aceito na Roma Antiga como moeda. Em diversas épocas e</p><p>locais diferentes, outros bens assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria</p><p>constitui a forma mais primitiva de moeda na economia.</p><p>Logo após, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas</p><p>razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em</p><p>peso. Tiveram esse papel de moeda por várias épocas.</p><p>Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse de ouro,</p><p>por questões de segurança, o guardavam em casas especializadas, onde os ourives –</p><p>pessoas que trabalhavam com ouro e prata, emitiam certificados de depósitos dos metais.</p><p>Ao adquirir bens e serviços, as pessoas podiam então fazer os pagamentos com esses</p><p>certificados, já que, por serem transferíveis, o novo detentor do título poderia retirar o</p><p>montante correspondente de metal junto ao ourives.</p><p>43 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais aparece o papel-moeda. Cada Estado</p><p>passou a emitir seu papel-moeda, sendo este lastreado em ouro (padrão ouro). O ouro,</p><p>contudo, era um metal com reservas limitadas na natureza, e como a capacidade de emitir</p><p>moeda estava vinculada à quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar</p><p>um obstáculo à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor</p><p>um limite a oferta monetária. Dessa forma, a partir de 1920, o padrão-ouro foi abandonado,</p><p>e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada</p><p>país. Assim, a moeda possa a ser aceita por força de lei, denominando-se moeda de curso</p><p>forçado ou moeda fiduciária.</p><p>Pode-se conceituar moeda como um instrumento ou objeto que é aceito pela</p><p>coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens,</p><p>serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por Lei, ou seja, a moeda tem</p><p>“curso forçado”. Representa liquidez imediata para quem a possui, pois pode ser trocada por</p><p>outras mercadorias e/ou serviços. É a única forma irrecusável para quitação de obrigações.</p><p>8.2. Funções e tipos de Moeda</p><p>As principais funções da moeda são:</p><p>Instrumento ou meio de troca – serve para intermediar a troca de bens, serviços e</p><p>fatores de produção da economia.</p><p>Denominador comum monetário – possibilita que sejam expressos em unidades</p><p>monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico. É</p><p>um padrão de medida.</p><p>Reserva de Valor – a moeda representa liquidez imediata. Pode ser acumulada para</p><p>a aquisição de um bem ou serviço no futuro. Ou seja, pode ser guardada para render valor</p><p>no futuro.</p><p>Padrão para pagamento diferido – a moeda pode ser utilizada para pagamentos de</p><p>contas em períodos diferentes.</p><p>44 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Tipos de Moeda</p><p>Moedas metálicas: são emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da</p><p>oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor.</p><p>Papel-moeda: são emitidas pelo Banco Central, representa parcela significativa da</p><p>quantidade de dinheiro em poder do público. Quando juntamos as moedas metálicas e o</p><p>papel-moeda em poder do público denominamos de moeda manual.</p><p>Moeda escritural: é representada pelos depósitos a vista nos bancos comerciais.</p><p>8.3. Demanda e oferta de moeda</p><p>A criação da moeda depende da sua respectiva demanda e oferta por parte da</p><p>população e das autoridades monetárias (governo).</p><p>Oferta de Moeda</p><p>A moeda é ofertada pelas autoridades monetárias e pelos bancos comerciais (Itaú,</p><p>Bradesco, Safra, etc.), sendo está dita como exógena, ou seja, criada e ofertada pelo</p><p>governo e não pelo mercado.</p><p>Oferta de moeda é o suprimento de moeda para atender às necessidades da</p><p>coletividade. Pode ser ofertada pelas autoridades monetárias e pelos Bancos Comerciais.</p><p>Aoferta de moeda pode também ser chamada de meios de pagamento. Estes constituem</p><p>o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja,</p><p>que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações econômicas. A liquidez da</p><p>moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para</p><p>as mais diversas transações.</p><p>Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em</p><p>45 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>poder do público mais os depósitos a vista nos bancos comerciais. Representam, então,</p><p>quanto a coletividade tem de moeda física (metálica e papel) com o público ou no cofre das</p><p>empresas somados a quanto ela tem em conta corrente nos bancos.</p><p>Uma das formas mais tradicionais de se aumentar rapidamente os meios de pagamento</p><p>pode ser observada a partir da ampliação dos empréstimos pelos bancos comerciais ao</p><p>setor privado. À medida que os bancos comerciais têm possibilidade de Ter mais recursos,</p><p>estes possuem um efeito multiplicador, de dobrar, triplicar, a moeda através de empréstimos.</p><p>O conceito econômico de moeda é representado apenas pela moeda que está com o</p><p>setor privado não bancário, ou seja, excluem-se os próprios bancos comerciais, e a moeda</p><p>que está com as autoridades monetárias.</p><p>Esse dinheiro que pertence aos bancos é denominado de encaixe monetário, que o</p><p>mesmo tem que manter junto ao Banco Central. Representa a porcentagem dos depósitos</p><p>de um banco que não pode ser emprestada ou empregada em qualquer negócio, devendo</p><p>ficar como garantia ou lastro do mesmo.</p><p>Também são considerados, na definição tradicional de meios de pagamento, as</p><p>cadernetas de poupança e os depósitos a prazo nos bancos comerciais.</p><p>Os meios de</p><p>pagamento também podem ser chamados de M1, ou seja, ativos ou haveres monetários.</p><p>Os demais ativos financeiros, que rendem juros, são chamados de ativos ou haveres não</p><p>monetários. São os chamados M2, M3, M4, conforme a rapidez com que podem ter liquidez,</p><p>ou seja, podem ser transformados em moeda.</p><p>Ocorre criação de moeda quando há um aumento do volume dos meios de pagamento,</p><p>e destruição de moeda quando ocorre uma redução dos meios de pagamento. O aumento</p><p>dos empréstimos ao setor privado se refere a criação de moeda e o resgate de um</p><p>empréstimo no banco se refere a destruição de moeda.</p><p>Demanda de Moeda</p><p>Corresponde à quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém, em</p><p>média, seja com o público, seja no cofre das empresas, e em depósitos a vista nos bancos</p><p>46 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>comerciais. Há três razões pelas quais se retém moeda, em vez de utilizá-la na compra de</p><p>títulos, imóveis, etc.</p><p>1ª) As pessoas e empresas precisam de dinheiro para suas transações do dia-a-dia,</p><p>para alimentação, transporte, aluguel, etc.(demanda de moeda para transações);</p><p>2ª) O público e as empresas precisam ter uma certa reserva monetária para fazer face</p><p>a pagamentos imprevistos ou atrasos em recebimentos esperados (demanda de moeda por</p><p>precaução); e</p><p>3ª) Os investidores devem deixar uma “cesta” para a moeda, observando o</p><p>comportamento da rentabilidade dos vários títulos, para fazer algum novo negócio (demanda</p><p>de moeda por especulação).</p><p>As duas primeiras razões dependem diretamente do nível de renda. Quanto maior a</p><p>renda maior a necessidade de moeda para transações e por precaução. A terceira depende</p><p>da taxa de juros, onde há uma relação inversa entre demanda de moeda por especulação</p><p>e taxa de juros. Quanto maior o rendimento dos títulos, menor a quantidade de moeda que</p><p>o aplicador retém em sua carteira, já que é melhor utiliza-la na compra de ativos rentáveis.</p><p>8.4. A Taxa de Juros de Equilíbrio</p><p>A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes</p><p>econômicos. Para as empresas, as decisões quanto à compra de máquinas, equipamentos,</p><p>aumentos ou diminuição de estoques, de matérias-primas ou de bens finais serão</p><p>determinadas não só pelo nível atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis</p><p>futuros das taxas de juros. Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se</p><p>tornarem pessimistas, os empresários deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo</p><p>de capital de giro no presente, uma vez que o custo de manutenção desses ativos poderá</p><p>ser extremamente caro no futuro.</p><p>Os consumidores exercerão um maior poder de compra à medida que as taxas de</p><p>juros diminuírem, e o contrário, e as taxas de juros aumentarem.</p><p>47 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>A taxa de juros tem um importante papel, pois a determinação de seu patamar acabará</p><p>por influenciar o volume de consumo, notadamente de bens de consumo duráveis, por parte</p><p>das famílias. Essa diminuição do consumo ocorre porque as pessoas passam a preferir</p><p>poupança a consumo, e dirigem sua renda não gasta para os bancos, com o intuito de</p><p>auferirem receitas financeiras.</p><p>Muito se indaga sobre as diferenças das taxas de juros praticadas no mercado. Entre</p><p>a taxa de juros que é determinada pelo Conselho Monetário Nacional e as taxas de juros</p><p>cobradas pelos bancos comerciais. A essa diferença entre taxas de juros, no sistema</p><p>bancário, dar-se o nome de spread.</p><p>48 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>9</p><p>SISTEMA FINANCEIRO</p><p>49 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Podemos entender o sistema financeiro como sendo um fundo no qual as unidades</p><p>deficitárias (investidores) retiram recursos, enquanto as superavitárias (poupadores) os</p><p>depositam.</p><p>9.1. O Sistema Financeiro</p><p>Num sistema financeiro podemos ter diversas modalidades de créditos para</p><p>investimentos, podendo estar ligados aos seguintes mercados:</p><p>Mercado monetário: neste são realizadas a operações de curtíssimo prazo com a</p><p>finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos, como os</p><p>empréstimos para as pessoas físicas.</p><p>Mercado de crédito: neste caso são atendidas as necessidades de recursos de curto,</p><p>médio e longo prazos, principalmente oriundas da demanda de crédito para aquisição de</p><p>bens de consumo durável e da demanda de capital de giro das empresas. Ex: crédito rápido,</p><p>desconto de duplicatas, etc. Também engloba os financiamentos de longo prazo, como o</p><p>Finame, FCO, etc. As pessoas envolvidas no mercado de crédito são chamadas de credores</p><p>e devedores.</p><p>Mercado de Capitais: procuram suprir as exigências de recursos de médio e de longo</p><p>prazos, principalmente com vistas à realização de investimentos em capital. Ex: compra e</p><p>venda de ações, debêntures, etc.</p><p>Mercado Cambial: nele são realizadas a compra e a venda de moeda estrangeira,</p><p>para atender a diversas finalidades, como a compra de câmbio, para importação; a venda</p><p>por parte dos exportadores; e venda/compra, para viagens de turismo.</p><p>Mercados Primários e Secundários: Os primeiros são aqueles em que se realiza a</p><p>primeira compra/venda de algum ativo recém-emitido; os secundários caracterizam-se por</p><p>negociarem ativos financeiros já negociados anteriormente.</p><p>50 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>Mercados à vista, futuros e opções: Os mercados à vista negociam apenas ativos com</p><p>preços a vista; os mercados futuros negociam os preços esperados de certos ativos e de</p><p>mercadorias para determinada data futura e os mercados de opções negociam opções de</p><p>compra/venda de determinados ativos em data futura.</p><p>9.2. A organização do Sistema Financeiro Nacional</p><p>O sistema financeiro pode-se subdividir da seguinte maneira:</p><p>Subsistema Normativo – são aqueles que ditam a normas que tem que serem seguidas</p><p>pelas outras instituições. São eles: Conselho Monetário Nacional - CMN, Banco Central do</p><p>Brasil - Bacen e Comissão de Valores Mobiliários – CVM. O Banco Central do Brasil é o</p><p>órgão executor da política monetária, exercendo a regulamentação e a fiscalização de todas</p><p>as atividades de intermediação financeira no País. Já o Conselho Monetário Nacional</p><p>representa o órgão normativo. É quem determina as normas a serem cumpridas pelo Banco</p><p>Central. É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional brasileiro. Já a Comissão de</p><p>Valores Mobiliários possui a função de fiscalizar as atividades das bolsas de valores e de</p><p>mercados futuros.</p><p>Subsistema Operativo – Seguem diretamente as normas do subsistema normativo.</p><p>São eles: Instituições Bancárias (públicas ou privadas) - Bancos comerciais e Caixas</p><p>econômicas (está última que é responsável por executar operações de crédito habitacional</p><p>no país); Instituições não bancárias (públicas ou privadas) – Bancos de investimento (a</p><p>exemplo do BNDES, que é responsável pelo financiamento da expansão de investimentos</p><p>no país), bancos de desenvolvimento, companhias de desenvolvimento, sociedade de</p><p>crédito de financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, associações de</p><p>poupança e empréstimo e companhias seguradoras; Instituições auxiliares (públicas ou</p><p>privadas) – Bolsas de valores, sociedades corretoras, sociedades distribuidoras, agentes</p><p>autônomos de investimento e outros (leasing, factoring cobrança, etc.); e os Agentes</p><p>Especiais – Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.</p><p>Podemos citar como os principais instrumentos de política monetária: O controle do</p><p>crédito e dos juros; as operações de redesconto; o controle das taxas de reservas e dos</p><p>compulsórios e as operações de open market, ou de títulos públicos.</p><p>51 Centro de Ensino Tecnológico de Goiás - CETEG</p><p>10</p><p>INFLAÇÃO</p><p>52 Centro de Ensino Tecnológico de</p>

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