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<p>QUÍMICA DAS CORES: PRODUÇÃO DE TINTA</p><p>Santos, J.V.C, Arruda, G.M.M, Trindade, A.C, Rodrigues, G., Neta, E.D.S</p><p>Orientadora: Fukuji, T.S</p><p>Centro Universitário das Américas</p><p>RESUMO: O estudo se concentra na análise da influência das operações unitárias na</p><p>fabricação de tintas minerais, realçando sua eficácia e contribuição para a obtenção de</p><p>produtos finais de alta qualidade. Ao comparar o processo de produção de tintas</p><p>minerais com o de tintas mais complexas, destaca-se a eficiência inerente dessas</p><p>operações diretas e a essencialidade dessas operações no aprimoramento da</p><p>granulometria dos pigmentos, consistência da cor e homogeneidade da mistura. O</p><p>propósito fundamental desta pesquisa é disponibilizar informações essenciais para a</p><p>indústria de tintas, fomentando, assim, futuras pesquisas e inovações em um campo</p><p>em constante evolução, visando preencher lacunas no conhecimento atual e oferecer</p><p>insights valiosos para melhorar a eficiência, qualidade e inovação na indústria de tintas,</p><p>contribuindo para o desenvolvimento de métodos de produção mais eficazes e</p><p>sustentáveis.</p><p>Palavras chave: operações unitárias, tintas minerais, pesquisa, inovação,</p><p>métodos sustentáveis</p><p>ABSTRACT: The study focuses on analyzing the influence of unit operations in the</p><p>manufacture of mineral paints, highlighting their effectiveness and contribution to</p><p>obtaining high quality end products. By comparing the production process of mineral</p><p>paints with that of more complex paints, the inherent efficiency of these direct operations</p><p>and the essentiality of these operations in improving pigment granulometry, color</p><p>consistency and mixture homogeneity are highlighted. The fundamental purpose of this</p><p>research is to make essential information available to the paint industry, thus fostering</p><p>future research and innovation in a constantly evolving field, with the aim of filling gaps</p><p>in current knowledge and offering valuable insights to improve efficiency, quality and</p><p>innovation in the paint industry, contributing to the development of more effective and</p><p>sustainable production methods.</p><p>Keywords: unit operations, mineral paints, research, innovation, sustainable methods</p><p>1</p><p>1. INTRODUÇÃO:</p><p>A trajetória da evolução das tintas ao longo dos milênios é um relato fascinante</p><p>que testemunha a transição desde as pinturas rupestres pré-históricas até as atuais e</p><p>altamente sofisticadas formulações tecnológicas. Essa jornada histórica revela as</p><p>inúmeras transformações na produção de tintas que moldaram a história da</p><p>humanidade. Ao longo dos séculos, diversas civilizações empreenderam esforços para</p><p>aprimorar métodos de fabricação, resultando em tintas mais complexas e versáteis.</p><p>Civilizações ancestrais, como egípcios e romanos, exploraram a elaboração de tintas à</p><p>base de óleos e resinas, ampliando as fronteiras da criação artística e industrial. No</p><p>período medieval, as guildas de pintores e artistas mantinham cuidadosamente</p><p>guardados os segredos da produção de pigmentos valiosos, como lápis-lazúli e carmim,</p><p>contribuindo assim para a diversificação e aprimoramento das tintas. (ABRAFATI, 2023)</p><p>O marco da Revolução Industrial representou uma mudança significativa na</p><p>manufatura de tintas. Com a descoberta e desenvolvimento de produtos químicos, os</p><p>primórdios das tintas sintéticas começaram a tomar forma. O século XIX testemunhou</p><p>o advento de tintas à base de petróleo e a descoberta de corantes artificiais.</p><p>Especialmente, a invenção do corante anilina, em meados desse século, desempenhou</p><p>um papel crucial no desenvolvimento das tintas modernas, inaugurando uma nova era</p><p>de pigmentos e formulações avançadas.</p><p>Essa rica e variada evolução histórica na produção de tintas reflete não apenas</p><p>a busca incessante por materiais de coloração, mas também o progresso tecnológico,</p><p>a influência cultural e a necessidade constante de inovação ao longo do tempo. Esta</p><p>análise histórica oferece um contexto essencial para compreender a complexidade e a</p><p>sofisticação atual das tintas, enquanto também fornece perspectivas valiosas sobre as</p><p>raízes e os avanços que moldaram a indústria de tintas como a conhecemos hoje. A</p><p>indústria de tintas é um avanço moderno notável que presenteia a sociedade com um</p><p>amplo espectro de cores vibrantes e duradouras, enquanto desempenha um papel</p><p>crucial na proteção e embelezamento de nossos ambientes. As tintas desempenham</p><p>uma função multifacetada em nossa vida cotidiana, influenciando tanto a estética</p><p>quanto a funcionalidade dos espaços e objetos. No entanto, a produção de tintas é um</p><p>processo complexo e intrincado, no qual etapas aparentemente simples, como</p><p>moagem, dispersão e mistura, desempenham papéis fundamentais na definição da</p><p>qualidade do produto final. (Mello, V. M.; Suarez, P. A. Z., 2012)</p><p>2</p><p>Figura 1 - Tintas minerais - Autoria própria 2023</p><p>Neste projeto de pesquisa, propomos investigar a produção de tintas, com foco</p><p>especial nos processos que influenciam a qualidade das tintas, em particular, nas tintas</p><p>minerais. Ao explorar detalhadamente suas nuances, destacaremos como a</p><p>simplicidade e eficácia inerentes às tintas minerais as tornam uma opção notável em</p><p>um mercado diversificado.</p><p>Figura 2 Processo de fabricação (NORRIS, S R; JOSEPH, A. B, 1997)</p><p>No centro de nossa exploração encontra-se o conceito das operações unitárias,</p><p>que representam processos individuais transformando matérias-primas em produtos</p><p>acabados. Essas operações constituem a espinha dorsal da fabricação de tintas,</p><p>moldando a granulometria dos pigmentos, a consistência da cor, a homogeneidade da</p><p>mistura e uma série de outras características críticas. Cada operação é uma peça vital</p><p>do quebra-cabeça, contribuindo para a complexa sinfonia que é a produção de tintas.</p><p>A moagem, processo de redução do tamanho de partículas sólidas, é uma das</p><p>primeiras operações unitárias a ser considerada. A forma como os pigmentos são</p><p>moídos exerce profunda influência na textura, cor e qualidade da tinta final. A</p><p>uniformidade da moagem é um fator decisivo na criação de tintas de alta qualidade. As</p><p>tintas minerais, por sua simplicidade inerente, frequentemente se beneficiam de uma</p><p>moagem eficaz, contribuindo para uma textura suave e cores brilhantes.</p><p>3</p><p>O peneiramento é outra operação unitária essencial que desempenha um papel</p><p>significativo na qualidade das tintas. Essa etapa permite a separação de partículas finas</p><p>e grossas, assegurando que apenas partículas com o tamanho ideal sejam incluídas</p><p>na formulação da tinta. Tintas minerais, pela sua natureza direta e menos complexa,</p><p>muitas vezes exploram o peneiramento eficaz para garantir cores consistentes e uma</p><p>experiência de aplicação satisfatória.</p><p>A dispersão é um terceiro elemento crítico na produção de tintas,</p><p>desempenhando um papel vital na disseminação homogênea dos pigmentos em um</p><p>veículo líquido. A eficácia da dispersão afeta diretamente a qualidade da tinta, uma vez</p><p>que uma dispersão inadequada pode resultar em problemas como sedimentação,</p><p>separação de fases e textura irregular. Tintas minerais, com sua abordagem direta e</p><p>composição simples, frequentemente alcançam dispersões de alta qualidade com</p><p>relativa facilidade.</p><p>A etapa de mistura final funde todos esses processos unitários, incorporando</p><p>pigmentos dispersos em um veículo líquido para criar a tinta final. A consistência da</p><p>mistura, o tempo de mistura e a temperatura desempenham um papel essencial na</p><p>determinação da qualidade da tinta. As tintas minerais, por sua abordagem mais direta,</p><p>frequentemente se beneficiam de misturas simples e eficazes, resultando em produtos</p><p>finais consistentes.</p><p>Ao explorar o universo da produção de tintas, um foco mais detalhado nas tintas</p><p>minerais se apresenta como uma escolha sensata. Estas tintas, conhecidas por sua</p><p>simplicidade e eficácia, representam um contraponto fascinante</p><p>às tintas à base de</p><p>polímeros mais complexas. Com uma fórmula geralmente reduzida a poucos</p><p>ingredientes essenciais, as tintas minerais oferecem uma abordagem direta para colorir</p><p>e proteger superfícies. (GRANADO, 2015)</p><p>Aprofundando-se nesse estudo, destacamos como a simplicidade das tintas</p><p>minerais pode se traduzir em produtos de alta qualidade, com cores ricas e duradouras.</p><p>Compararemos as operações unitárias utilizadas na produção de tintas minerais com</p><p>aquelas empregadas em tintas mais complexas, destacando como cada etapa molda o</p><p>resultado final e como as tintas minerais, frequentemente, atingem eficiência por meio</p><p>de processos mais diretos.</p><p>Essa pesquisa tem como objetivo contribuir para um entendimento mais</p><p>profundo dos processos envolvidos na produção de tinta, com ênfase especial nas</p><p>tintas minerais. Ao desvendar os segredos por trás dessas operações e suas interações</p><p>4</p><p>com tintas minerais, esperamos oferecer insights valiosos para a indústria de tintas,</p><p>inspirando futuras pesquisas e inovações nessa área em constante evolução.</p><p>2. MATERIAIS E MÉTODOS:</p><p>Neste artigo, será apresentada a metodologia utilizada examinar como as</p><p>operações unitárias na fabricação de tintas minerais influenciam, destacando sua</p><p>eficácia e contribuição para alcançar produtos finais de elevada qualidade. Esta análise</p><p>inclui uma comparação entre o processo de produção de tintas minerais e o de tintas</p><p>mais complexas.</p><p>O objetivo deste artigo é elucidar a essencialidade dessas operações na melhoria</p><p>da granulometria dos pigmentos, consistência da cor e homogeneidade da mistura e</p><p>compreender a abrangência da produção de tintas desde sua combinação até</p><p>complexidade, durabilidade e aplicação. Além disso, buscamos fornecer informações</p><p>cruciais para a indústria, incentivando pesquisas futuras e inovações. A pesquisa será</p><p>baseada em revisão bibliográfica como Joseph Norris e Burke Keeler, abrangendo</p><p>estudos científicos, relatórios técnicos e outros recursos para obter mais informações</p><p>sobre o tema abordado.</p><p>A relevância cientifica da produção de tintas, foram consultadas diversas fontes</p><p>de pesquisa, incluindo bases de dados acadêmicos, como ScienceDirect e PubMed,</p><p>além de livros e artigos indexados. Conquanto a isso, foram considerados estudos que</p><p>apresentem informações atualizadas, dados experimentais e abordagens inovadoras</p><p>relacionadas às tintas.</p><p>A produção de tintas é um processo complexo que envolve uma cuidadosa</p><p>combinação de substâncias químicas para criar produtos finais que atendam aos</p><p>requisitos específicos de cor, durabilidade e aplicação. Esse procedimento é governado</p><p>por princípios científicos e envolve diversas etapas, desde a seleção de matérias-</p><p>primas até o controle de qualidade do produto final.</p><p>Ao aprofundar o estudo, nota-se a simplicidade e eficácia dessas tintas que</p><p>proporcionam resultados de alta qualidade, com cores duradouras. As comparações</p><p>utilizadas nas tintas minerais e nas tintas mais complexas destaca como cada etapa</p><p>molda o resultado final, evidenciando a eficiência frequentemente alcançada pelos</p><p>minerais por meio de processos mais diretos. Essas informações detalhadas têm o</p><p>propósito de enriquecer a compreensão das nuances envolvidas na produção de tintas</p><p>e podem orientar decisões na indústria para aprimorar a qualidade e eficiência dos</p><p>processos.</p><p>5</p><p>A base fundamental para a produção de tintas é a escolha criteriosa das</p><p>matérias-primas. Pigmentos, aglutinantes, solventes e aditivos desempenham papéis</p><p>distintos no processo. Estes são responsáveis pela cor, aglutinantes conferem</p><p>aderência e durabilidade, solventes proporcionam a viscosidade desejada, e aditivos</p><p>contribuem para características específicas, como resistência à abrasão.</p><p>Ademais, foi compreendido que embora os diversos tipos de produção</p><p>compartilhem princípios fundamentais, diverge significativamente entre as abordagens</p><p>convencionais e as tintas minerais, refletindo nuances distintas nos processos</p><p>científicos e químicos empregados.</p><p>Ao longo da evolução da indústria de tintas, o controle rigoroso de variáveis</p><p>químicas tornou-se imperativo para garantir a qualidade, desempenho e conformidade</p><p>com normas ambientais. Entre essas variáveis, o pH destaca-se como um fator crucial,</p><p>influenciando desde a formulação até a estabilidade e durabilidade das tintas. Nesse</p><p>contexto, as fitas de pH emergem como ferramentas essenciais, desempenhando um</p><p>papel fundamental no monitoramento preciso do processo de produção de tintas.</p><p>O monitoramento em tempo real do pH durante a produção destaca-se como</p><p>uma aplicação prática das fitas de pH. Essa capacidade de ajuste imediato é essencial</p><p>para otimizar os processos, garantindo uniformidade e qualidade em cada lote de</p><p>produção. A eficiência obtida por meio do controle de pH contribui para uma produção</p><p>mais sustentável, minimizando desperdícios de matérias-primas e recursos.</p><p>Figura 3 - Fitas de PH – SPLabor, 2023.</p><p>A influência do pH na adesão da tinta ao substrato e no tempo de secagem</p><p>destaca ainda mais a importância das fitas de pH. O controle contínuo proporcionado</p><p>por essas fitas garante que as tintas sejam compatíveis com uma variedade de</p><p>superfícies, resultando em aplicações bem-sucedidas e duradouras.</p><p>É relevante salientar que, enquanto estudantes de graduação em Química e</p><p>Engenharia Química, nossa abordagem para este estudo foi predominantemente</p><p>fundamentada na revisão bibliográfica. Não foram conduzidos experimentos</p><p>6</p><p>laboratoriais nem realizada a coleta de amostras. Assim, a análise dos dados será</p><p>conduzida com base nas informações disponíveis na literatura científica.</p><p>Dentro desse contexto anteriormente abordado, este trabalho almeja contribuir</p><p>significativamente para a compreensão dos processos relacionados ao tema</p><p>selecionado, oferecendo uma perspectiva mais abrangente. Buscamos sintetizar e</p><p>interpretar as descobertas existentes na literatura, visando enriquecer o entendimento.</p><p>acadêmico e promover discussões pertinentes sobre esses importantes aspectos da</p><p>Química aplicada.</p><p>3. RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Os resultados desta pesquisa proporcionam uma análise detalhada das</p><p>operações unitárias na fabricação de tintas minerais, enfatizando sua eficácia na busca</p><p>por produtos finais de qualidade. A comparação entre o processo de produção de tintas</p><p>minerais e tintas mais complexas ressalta as nuances distintas entre essas abordagens.</p><p>A escolha de focar nas tintas minerais se mostrou sensata, evidenciando sua eficiência</p><p>na obtenção de resultados de alta qualidade, especialmente em termos de durabilidade</p><p>e cores vívidas.</p><p>A produção de tintas representa um campo complexo e multidisciplinar, onde</p><p>uma compreensão aprofundada dos conceitos básicos é essencial para aprimorar a</p><p>qualidade, eficiência e sustentabilidade do processo. Ao analisar a produção de tintas</p><p>convencionais, tintas minerais e considerações de sustentabilidade, é possível traçar</p><p>um panorama abrangente das tendências e desafios enfrentados pela indústria.</p><p>A produção de tintas minerais emerge como uma alternativa sustentável e eficaz.</p><p>A escolha de pigmentos inorgânicos provenientes de fontes minerais abundantes, como</p><p>óxidos de ferro e dióxido de titânio, ressalta a busca por matérias-primas renováveis e</p><p>éticas. A simplicidade da composição das tintas minerais contribui para a redução de</p><p>corantes sintéticos e aditivos nocivos, proporcionando benefícios não apenas em</p><p>termos de saúde humana, mas também para o meio ambiente.</p><p>Na produção de tintas convencionais, a base aglutinante muitas vezes é de</p><p>natureza orgânica, como resinas sintéticas. Já nas tintas minerais, a base aglutinante</p><p>tende a ser composta por silicatos e outros compostos inorgânicos. Essa distinção na</p><p>matriz da tinta impacta propriedades como aderência, durabilidade e resistência a</p><p>fatores ambientais.</p><p>A sustentabilidade</p><p>na indústria de tintas torna-se cada vez mais relevante,</p><p>refletindo não apenas uma preocupação ambiental, mas também uma resposta à</p><p>demanda do mercado por produtos mais ecológicos. A utilização de matérias-primas</p><p>7</p><p>renováveis, a redução de resíduos tóxicos e a implementação de processos mais</p><p>eficientes destacam-se como estratégias-chave. Além disso, a busca por tintas de baixo</p><p>impacto ambiental e a promoção de métodos de produção mais sustentáveis alinham-</p><p>se com a responsabilidade social corporativa.</p><p>A produção de tintas, embora compartilhe princípios fundamentais, diverge</p><p>significativamente entre as abordagens convencionais e as tintas minerais, refletindo</p><p>nuances distintas nos processos científicos e químicos empregados.</p><p>Uma disparidade evidente repousa na origem dos pigmentos. Enquanto as tintas</p><p>convencionais frequentemente fazem uso de pigmentos orgânicos sintéticos, as tintas</p><p>minerais fundamentam-se em pigmentos inorgânicos, essa diferença na composição</p><p>influencia diretamente a estabilidade da cor e a resistência da tinta ao longo do tempo.</p><p>O processo de moagem assume diferenças marcantes nas duas produções.</p><p>Enquanto as tintas convencionais buscam partículas finas para otimizar a dispersão</p><p>dos pigmentos orgânicos, as tintas minerais priorizam a obtenção de partículas</p><p>inorgânicas finas e uniformes para garantir uma distribuição homogênea dos</p><p>pigmentos.</p><p>As reações químicas que ocorrem durante a formulação da tinta também variam.</p><p>Tintas convencionais frequentemente envolvem a polimerização de resinas orgânicas,</p><p>contribuindo para a formação da matriz da tinta. Em contraste, as tintas minerais podem</p><p>envolver reações entre pigmentos inorgânicos e aglutinantes à base de silicatos,</p><p>influenciando na coesão da tinta.</p><p>O controle de qualidade assume contornos específicos em cada processo.</p><p>Enquanto as tintas convencionais são testadas quanto à resistência à luz, secagem e</p><p>aderência, as tintas minerais são submetidas a avaliações adicionais de estabilidade</p><p>mineralógica, resistência química e retenção de cor, devido à sua composição</p><p>inorgânica.</p><p>Além disso, a sustentabilidade abrange a utilização responsável de recursos</p><p>naturais, como materiais recicláveis e fontes de energia limpa. A consideração de ciclos</p><p>de vida completos, desde a produção até a disposição final, é essencial para avaliar o</p><p>verdadeiro impacto ambiental de produtos químicos e processos.</p><p>“...Não há dúvidas de que somos capazes de criar soluções</p><p>para as mudanças climáticas e de reduzir o nível de materiais tóxicos no ambiente</p><p>construído” (KEELER, 2010; BURKE, 2010)</p><p>No campo da pesquisa, a busca por novos materiais sustentáveis e processos</p><p>químicos inovadores é crucial para impulsionar a transição para uma sociedade mais</p><p>8</p><p>sustentável. A compreensão profunda dos princípios químicos subjacentes permite</p><p>desenvolver soluções que atendam às demandas contemporâneas sem comprometer</p><p>a integridade dos ecossistemas ou comprometer a qualidade de vida.</p><p>Outrossim, a análise granulométrica, ao ser aplicada nos processos de produção</p><p>de tintas convencionais e minerais, representa uma ferramenta essencial para garantir</p><p>a qualidade, eficiência e sustentabilidade na indústria de tintas. A compreensão</p><p>detalhada da distribuição de tamanho das partículas permite ajustes precisos nos</p><p>processos de moagem, influenciando diretamente nas propriedades finais das tintas.</p><p>Integrar essa análise aos princípios de sustentabilidade não apenas fortalece a</p><p>eficiência dos processos, mas também promove práticas responsáveis na produção de</p><p>tintas, contribuindo para um setor mais inovador, sustentável e voltado para o futuro.</p><p>A evolução constante dessas ferramentas, aliada ao avanço tecnológico,</p><p>contribui significativamente para a excelência e inovação na indústria de tintas,</p><p>moldando um futuro mais eficiente, sustentável e qualitativo.</p><p>4. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A pesquisa realizada oferece uma visão abrangente e detalhada das operações</p><p>unitárias na fabricação de tintas minerais, destacando sua eficácia na busca por</p><p>produtos finais de qualidade. A comparação entre tintas minerais e tintas mais</p><p>complexas ressalta as nuances distintas entre essas abordagens, consolidando a</p><p>escolha sensata de focalizar nas tintas minerais, evidenciando sua eficiência na</p><p>obtenção de resultados superiores, especialmente em termos de durabilidade e cores</p><p>vibrantes.</p><p>No panorama multifacetado da produção de tintas, a pesquisa reforça a</p><p>importância do entendimento aprofundado dos conceitos básicos para aprimorar a</p><p>qualidade, eficiência e sustentabilidade do processo. Ao abordar a produção de tintas</p><p>convencionais, tintas minerais e considerações de sustentabilidade, traça-se um</p><p>panorama abrangente das tendências e desafios enfrentados pela indústria.</p><p>Os conceitos fundamentais na produção de tintas, desde a seleção criteriosa de</p><p>matérias-primas até a aplicação final, são identificados como peças-chave na garantia</p><p>da qualidade e estabilidade das tintas. A produção de tintas convencionais, marcada</p><p>por avanços ao longo do tempo, destaca a dinâmica dessa indústria, impulsionada pela</p><p>constante busca por inovação e sustentabilidade.</p><p>A emergência das tintas minerais como alternativa sustentável é destacada,</p><p>principalmente pela escolha de pigmentos inorgânicos provenientes de fontes minerais</p><p>abundantes. A simplicidade de composição das tintas minerais contribui para a redução</p><p>9</p><p>de corantes sintéticos e aditivos nocivos, promovendo benefícios tanto para a saúde</p><p>humana quanto para o meio ambiente.</p><p>A consideração da sustentabilidade na indústria de tintas torna-se cada vez mais</p><p>crucial, refletindo não apenas uma preocupação ambiental, mas também uma resposta</p><p>à demanda do mercado por produtos mais ecológicos. Estratégias como a utilização de</p><p>matérias-primas renováveis, a redução de resíduos tóxicos e a busca por tintas de baixo</p><p>impacto ambiental destacam-se como diretrizes importantes para o futuro sustentável</p><p>da indústria de tintas.</p><p>Além disso, a análise granulométrica emerge como uma ferramenta</p><p>indispensável para garantir a qualidade, eficiência e sustentabilidade na indústria de</p><p>tintas. A compreensão detalhada da distribuição de tamanho das partículas permite</p><p>ajustes precisos nos processos, influenciando diretamente nas propriedades finais das</p><p>tintas. Integrar essa análise aos princípios de sustentabilidade fortalece não apenas a</p><p>eficiência dos processos, mas também promove práticas responsáveis na produção de</p><p>tintas, contribuindo para um setor mais inovador, sustentável e voltado para o futuro.</p><p>No âmbito do controle de variáveis químicas, o papel essencial das fitas de pH</p><p>na produção de tintas é evidenciado. Desde a formulação até o controle de qualidade</p><p>final, essas ferramentas emergem como aliadas cruciais para garantir a conformidade</p><p>com normas ambientais, a estabilidade e a durabilidade das tintas. O avanço</p><p>tecnológico contínuo dessas fitas destaca seu papel em moldar um futuro mais</p><p>eficiente, sustentável e qualitativo na indústria de tintas.</p><p>Adicionalmente, a pesquisa revela que a evolução histórica da produção de</p><p>tintas, desde as civilizações antigas até os dias atuais, é um reflexo do constante</p><p>equilíbrio entre a inovação tecnológica, influências culturais e a demanda por práticas</p><p>mais sustentáveis. A Revolução Industrial, marcada pelo surgimento de tintas sintéticas</p><p>e corantes artificiais, representa um marco significativo na história dessa indústria. No</p><p>entanto, os desafios contemporâneos, como a toxicidade de alguns corantes e a busca</p><p>por alternativas mais sustentáveis, impulsionam a indústria a buscar constantemente</p><p>soluções inovadoras. Nesse contexto, a pesquisa destaca a importância da</p><p>responsabilidade social corporativa, incentivando práticas éticas e ecológicas na</p><p>produção de tintas, alinhando-se não apenas com as exigências do mercado, mas</p><p>também com a preservação do meio ambiente e a promoção da saúde humana.</p><p>5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>Krot Tintas. Tinta Mineral na Arquitetura. Disponível em:</p><p><https://www.krotentintas.com.br/tinta-mineral-arquitetura/>. Acesso em: 12/10/2023.</p><p>10</p><p>Propeq. Como são produzidas as tintas industriais. Disponível em:</p><p><https://propeq.com/como-sao-produzidas-as-tintas-industriais/\>. Acesso em:</p><p>12/10/2023.</p><p>Propeq. Produção de Tintas. Disponível em: <https://propeq.com/producao-</p><p>detintas/\>. Acesso em: 01/11/2023.</p><p>Tintas - Métodos de Controle de Pinturas e Superfícies, Carlos Alberto T. V.</p><p>Fazano, Hemus</p><p>Conaq. Como as tintas são produzidas. Disponível em:</p><p><https://conaq.com.br/como-as-tintas-sao-produzidas/\>. Acesso em: 02/11/2023.</p><p>CASTRO, C. D.; CONCEIÇÃO, P. N.; PETTER, C. O. CARCTERIZAÇÃO DE</p><p>DIFERENTES PROPRIEDADES DE CARGAS MINERAIS PARA USO NA INDÚSTRIA</p><p>DE TINTAS. 2006.</p><p>ANGHINETTI, Izabel Cristina Barbosa. Tintas, suas propriedades e aplicações</p><p>imobiliárias. 2012.</p><p>GRANADO, Bruno Martins Campos. MEIO AMBIENTE, CONFORTO DO</p><p>ESPAÇO CONSTRUIDO E TINTAS MINERAIS.</p><p>Mello, Vinicius M., and Paulo AZ Suarez. "As formulações de tintas expressivas</p><p>através da história." Revista virtual de química 4.1 (2012): 2-12.</p>