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<p>INSTITUTO SUPERIOR MUTASA</p><p>DELEGAÇÃO DE CHIMOIO</p><p>LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLINICA 2º ANO, 2º SEMESTRE, PÓS-LABORAL</p><p>Cadeira:</p><p>Psicologia da Doença Crónica, Incapacitante e Terminal</p><p>TEMA</p><p>Teoria Psicanalise de Jung</p><p>Discentes:</p><p>· Graciano Pedro Sixpence</p><p>Chimoio, Setembro de 2023</p><p>ii</p><p>INSTITUTO SUPERIOR MUTASA</p><p>DELEGAÇÃO DE CHIMOIO</p><p>LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLINICA 3º ANO, 2º SEMESTRE, PÓS-LABORAL</p><p>Cadeira:</p><p>Psicologia da Doença Crónica, Incapacitante e Terminal</p><p>TEMA</p><p>Algumas Reacoes da Perda: Ansiedade</p><p>DOCENTE:</p><p>Dr. Elias Zita Nazare</p><p>Chimoio, Setembro de 203</p><p>2</p><p>ÍNDICE</p><p>1.0 INTRODUҀÃO 3</p><p>1.1.OBJETIVOS 4</p><p>1.2 GERAL: 4</p><p>1.3 ESPECÍFICOS 4</p><p>2.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5</p><p>O PROCESSO DE LUTO 5</p><p>2.1 MODELOS E TEORIAS DO PROCESSO DE LUTO 6</p><p>2.2 FATORES QUE INFLUENCIAM O PROCESSO DE LUTO 8</p><p>2.3 CONCEITO DA ANSIEDADE 9</p><p>2.4 ALGUNS DOS TIPOS DE TRANSTORNOS ANSIOSOS 9</p><p>3.0 FOBIAS ESPECÍFICAS 10</p><p>3.1 ALGUNS CRITÉRIOS E CARACTERÍSTICAS DE UMA PESSOA COM FOBIA 11</p><p>3.2 AJUDA PSICOLÓGICA 12</p><p>4.0 CONCLUSÃO 13</p><p>5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14</p><p>1.0 INTRODUҀÃO</p><p>A experiência humana de conceber, dar à luz e criar um filho engloba muitos elementos de ordem psicológica, social e de significado e, por isso, muitos homens e mulheres referem-se ao papel de conceber e educar os filhos como o centro da sua existência. Quando um filho morre, os pais tendem a descrever essa perda como sendo contra a natureza das coisas e consideram-na uma experiência devastadora, profunda, difícil e extremamente dolorosa, (Sanders, 1999).</p><p>Têm sido realizados vários estudos no sentido de perceber quais as especificidades das reacções dos pais à morte de um filho. No entanto, ainda poucos estudos se têm debruçado sobre as especificidades do processo de luto parental após a morte inesperada de um filho. Neste sentido, este estudo pretende contribuir para o conhecimento da vivência do luto dos pais após perderem um filho por morte inesperada, como descrevem a experiência e que sintomas sentiram durante o processo de luto, quais os factores mais protectores e que facilitam o procindiimluto, bem como o que é identificado como mais difícil de lidar. A ansiedade primária, é um fenómeno adaptativo necessário ao homem para o enfrentamento das situações quotidianas, a intensidade e duração variam de indivíduo para indivíduo de acordo com as diferentes situações. Sua função adaptativa, segundo Assumpção (2009) é também marcante, uma vez que se encontra ligada a mecanismos de sobrevivência, aparecendo, portanto, ligada a mecanismos de defesa territorial, selecção de companheiro e mecanismos de ataque-defesa.</p><p>1.1.OBJETIVOS</p><p>1.2 GERAL:</p><p>· Falar de algumas reacções sobre perda e ansiedade</p><p>1.3 ESPECÍFICOS</p><p>· Conceituar os termos de perde e ansiedade</p><p>· Conhecer o processo de perda</p><p>· Mostrar algumas características da ansiedade</p><p>2.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA</p><p>Teoria Psicanalítica de Jung</p><p>Carl Gustav Jung (1875-1961) foi um psiquiatra suíço, fundador da escola da Psicologia Analítica. Desenvolveu os conceitos da personalidade extrovertida e introvertida, de arquétipos e do inconsciente coletivo.</p><p>Carl Gustav Jung nasceu em Kesswil, na Suíça, no dia 26 de junho de 1875. Filho de um pastor protestante, com quatro anos, mudou-se com a família para a Basiléia, na época, um grande centro cultural da Suíça</p><p>Psicologia Analítica</p><p>Carl Gustav Jung procurava entender o significado simbólico dos conteúdos do inconsciente, a fim de fazer a distinção entre a psicologia individual e a psicanálise, deu à sua disciplina o nome de “Psicologia Analítica”.</p><p>Jung seguiu seu caminho e destacou-se no uso de técnicas de estudos dos desenhos e dos sonhos. Ambos relacionados ao inconsciente humano.</p><p>Em Tipos Psicológicos (1920), Jung observou que conforme a energia vital se dirigisse para o interior ou para o exterior, resultaria no aparecimento de um dos dois tipos psicológicos fundamentais: a introversão ou a extroversão.</p><p>Segundo Carl Jung, as sociedades humanas participam de arquétipos comuns a todas elas, que se expressam através dos mitos, da arte, da religião, dos sonhos e também da loucura e das doenças psíquicas.</p><p>Buscando determinar a natureza dos arquétipos, Jung penetrou numa aventura espiritual que foi considerada, em algumas ocasiões, próxima do misticismo, como destacou nos livros: Psicologia e Religião (1939) e Psicologia e Alquimia (1944).</p><p>dentro de si. Jung admitia como premissa a visão psicanalítica que se baseia numa série de noções energéticas e desenvolvimentistas, entre elas adaptação, resistência, negação, supressão, repressão, formação de conflito, cisão, projeção, o retorno do recalcado, e assim por diante. Em acréscimo a elas, contribuiu com uma série de perspectivas conceituais próprias, insights mitopoéticos e arquetípicos que emergiam de sua experiência consigo mesmo e com seus pacientes. Sua escolha de um termo próximo da experiência vivida [experience-near] como “sombra” reflete esta contribuição e se baseou na noção de que o inconsciente tente a se personificar a si mesmo, como nos sonhos. Tais personificações “mostram as mais chocantes conexões com as formulações poéticas, religiosas ou mitológicas...” (Jung 1939/1968, § 516). Posteriormente Jung aprofundou esta noção em sua obra alquímica. Essas personificações, quando encaradas, podem apontar para as direções mais surpreendentes</p><p>Uma dificuldade em pensar sobre a ideia de Jung de sombra é que ele se apoiava em ambos os modelos de discurso, e os dois estilos de pensamento são frequentemente imaginados como diametralmente opostos. Mas eles engendram uma complexidade de perspectivas pessoais e arquetípicas, científicas e míticas, causal-redutivas e teleológicas. Lambert descreveu esses opostos linguisticamente em termos da distinção entre a linguagem do intelecto e a linguagem da imaginação (Lambert 1981). Samuels notou que “o objetivo de ter um modelo no qual ambas as linguagens desempenham um papel pode ser difícil de alcançar” (Samuels 1985, 6), e contudo, creio, esta é a meta da análise junguiana. Na maioria dos casos essas duas orientações, o pensamento dirigido e a imaginação, desempenham um papel em todas as orientações junguianas, mas que uma ou outra acabe sendo privilegiada e deixe a outra numa posição secundária, consciente ou inconscientemente. Em suma, essas duas linguagens podem ser consideradas a sombra uma da outra, talvez por necessidade.</p><p>Jung atestara no livro supracitado que Freud foi prisioneiro de uma “noção biológica mesquinha” (JUNG, 2001, p. 139). Ele não aceitava o ponto de vista de Freud, a sexualidade, para Jung, não era uma explicação nevrálgica. Em 1909 ambos principiaram de duradoras viagens objetivados a participação de conferências internacionais, mesmo assim entre o período de 1909 à 1912, Jung apresentara implicitamente, nessas conferencias, suas ideias que fugiam do ponto de vista Freudiano, o que causava choques emocionais para o Freud. Há relatos de desmaios do Freud com as atitudes adversidades de Jung para com a psicanálise. Segundo Jung (2001) a monotonia do Freud era notória, sobre um discurso persuasivo de sua teoria psicossexual. O pai da Psicanálise chegou ao ponto de lhe pedir para fazer de sua teoria um dogma. Interpretado por Jung, como uma vontade de poder pessoal. Diz Jung, que ficou impressionado com essa conduta: “Esse choque feriu o cerne de nossa amizade. Eu sabia que jamais poderia concordar com essa posição” (JUNG, 2001, p. 136).</p><p>Arquétipos</p><p>A partir de suas pesquisas e dos relatos de seus pacientes, Jung começou a perceber que além das memórias e de fantasias pessoais, existiam outros tipos de conteúdos que eram provenientes (possivelmente) da mitologia e da imaginação humana no mundo inteiro. Ele chegou a essa conclusão ao observar os sonhos e visões de um de seus pacientes (que havia cursado o que seria correspondente</p><p>ao ensino fundamental), que relatava enxergar um fálus ereto no sol. Esse paciente relatava ainda que, ao mover sua cabeça de um lado para o outro, o fálus se movia também e dessa forma, produzia vento. Pesquisando em manuscritos antigos (que ainda não haviam sido traduzidos para sua língua) alguns anos mais tarde, Jung encontrou um antigo texto sobre o mitraísmo3 que descrevia, de modo exato, os sonhos e as visões de seu antigo paciente. Essa descoberta fez com Jung aprofundasse seus estudos e criasse a sua teoria para o inconsciente coletivo.</p><p>Jung criou o termo arquétipo para designar as estruturas inatas em cada indivíduo que são capazes de formar idéias mitológicas. Grinberg (1997) diz que o mundo arquetípico é o “mundo invisível dos espíritos, dos deuses, demônios, vampiros, duendes, heróis, assassinos e todos os personagens de épocas passadas da humanidade sobre os quais foi depositada forte carga de afetividade” (p.134).</p><p>Os arquétipos são conceitos vazios. São formas universais coletivas, básicas e típicas da vivência de determinadas experiências recorrentes, que expressam a capacidade criativa única e autônoma da psique4 . Conforme Von Franz (1992), apud Grinberg (1997), os arquétipos “seriam como núcleos ativados [...], cuja função seria organizar representações simbólicas em determinados padrões de comportamento”. É necessário ressaltar que o arquétipo não é uma experiência que se herda, mas o potencial de repetição dessa experiência e se tornam símbolos a medida em que se revestem das experiências pessoais, tantos as conscientes como as inconscientes</p><p>4.0 CONCLUSÃO</p><p>O processo de luto é vivenciado de forma particular de indivíduo para indivíduo e pode ser mais ou menos disfuncional, variando consoante a intensidade, os sentimentos, a vinculação, o contexto em que aconteceu, A sua duração tanto pode ser prolongada como breve, tanto pode ocorrer num período de tempo definido ou indefinido e a sua intensidade varia ao longo do tempo, de pessoa para pessoa e de cultura para cultura. A reacção à perda depende muito dos limites impostos pela cultura e sociedade em que o sujeito se insere. O luto leva tempo e, de uma forma geral, é vivenciado consoante os significados que lhe são atribuídos. A fase do choque pode durar horas ou dias, constituindo-se de desespero, raiva, irritabilidade, amargura e isolamento. Estes sentimentos podem manifestar-se através de atitudes emocionais intensas, mas a aceitação destes mesmos sentimentos faz com que a perda se reafirme, permitindo que seja vivenciada e ultrapassada de forma mais ajustada e saudável. A ansiedade sempre esteve presente em nosso dia a dia, no entanto a sociedade actual está por muita vezes sendo considerada a sociedade da ansiedade, devido uma sobrecarga de prazos, competitividade, consumismo e deveres. Este fardo emocional de agitação acaba gerando, muitas vezes, transtornos inesperados asso-ciados à ansiedade, consequência da fobia específica. Mesmo sendo uma emoção fundamental para sobrevivência do indivíduo, em excesso a mesma pode se tornar um factor preocupante, causando-lhe prejuízos significativos.</p><p>5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>Referências De Jong, H.M.E. (1969). Michael Maier’s Atalanta fugiens: Sources of an Alchemical Book of Emblems. Leiden: E.J. Brill. Edinger, E. (1985). Anatomy of the psyche. La Salle: Open Court. Fink, B. (2007). Fundamentals of psychoanalytic technique: A Lacanian approach for practitioners. Nova York: W.W. Norton. Giegerich, W. (1998). The soul’s logical life. Frankfurt: Peter Lang. Hillman, J. (1991). “The cure of the shadow”. In: Zweig, C. & ABRAMS, J. (eds.). Meeting the shadow: The hidden power of the dark side of human nature. Nova York: G.P. Putnam’s Sons, 242-243. ______ (1983/2004). Archetypal psychology. Putnam, CT: Spring Publications. ______ (1978). “The therapeutic value of alchemical language”. In: Dragonflies 1: 118-126. Jung, C.G. (1956). Símbolos da transformação. OC 5. ______ (1955-1956/1963). Mysterium coniunctionis. OC 14. ______ (1939/1968). “Consciência, inconsciente e individuação”. In: OC 9/1. Lambert, K. (1981). Analysis, repair and individuation. Londres: Academic Press. Marlan, S. (2005). The black sun: the alchemy and art of darkness. College Station: Texas A&M Press. Micklem, N. (1993). “The shadow of wholeness”. In: Harvest: journal for Jungian studies 39: 114-124</p><p>image1.png</p>