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<p>P1 - Processual Penal</p><p>Pedro Matheus P Souza - 6º</p><p>Sistemas de Provas Legais e Provas</p><p>Tarifadas:</p><p>• Sistemas baseados em regras pré-</p><p>estabelecidas para admissibilidade de provas,</p><p>(quem tinha mais provas, a defesa ou a</p><p>acusação).</p><p>• Provas tarifadas determinam o valor</p><p>probatório de cada meio de prova de acordo</p><p>com critérios fixos.</p><p>Sistema da Íntima Convicção (Sistema</p><p>Moral do Julgador):</p><p>• Baseia-se na livre convicção do juiz, sem</p><p>vinculação a regras específicas.</p><p>• O juiz decide com base em seu próprio</p><p>convencimento, com base em sua consciência</p><p>moral e senso de justiça.</p><p>• Foca na equidade e na moralidade das</p><p>decisões judiciais.</p><p>Sistema do Livre Convencimento Motivado</p><p>ou Persuasão Racional:</p><p>• O juiz é livre para formar sua convicção, mas</p><p>deve fundamentar sua decisão de forma</p><p>racional e motivada.</p><p>• Todas as provas tem valor relativo, não</p><p>existe prova com valor maior que a outra.</p><p>• A prova deve estar nos autos.</p><p>Classificação das Provas:</p><p>• A prova direta é aquela que demonstra</p><p>diretamente um fato.</p><p>• A prova indireta é aquela que leva à</p><p>inferência de um fato. É sinônimo de</p><p>indícios, é uma dedução.</p><p>Casuística:</p><p>• Via de regra, apenas com base nos indícios,</p><p>isoladamente, não autorizam a condenação</p><p>do acusado uma vez que dele não emana a</p><p>segurança necessária para a produção de uma</p><p>sentença condenatória.</p><p>• Se houver vários indícios, todos apontando</p><p>no mesmo sentido, com compatibilidade e</p><p>concordância entre si no contexto, aí será</p><p>possível valer-se disso para sustentar uma</p><p>condenação.</p><p>Prova vs Elemento de Informação:</p><p>• A prova é aquilo que serve para convencer o</p><p>juiz sobre a existência de um fato, aquela</p><p>produzida durante a fase de ação penal, sob o</p><p>crivo de contraditório judicial.</p><p>• O elemento de informação é qualquer dado</p><p>que possa contribuir para a formação da</p><p>convicção do juiz, elementos colhidos</p><p>durante a fase das investigações, sem</p><p>contraditório real e imediato.</p><p>Artigo 155 do Código de Processo Penal</p><p>(CPP):</p><p>• Regula a produção e admissibilidade das</p><p>provas no processo penal.</p><p>• São provas cautelares, não repetiveis e</p><p>antecipadas.</p><p>Provas Cautelares:</p><p>• Realizadas para resguardar a integridade das</p><p>provas durante o processo, pois há um risco</p><p>de desaparecimento.</p><p>Provas Não Repetíveis:</p><p>• Aquelas que não podem ser reproduzidas no</p><p>futuro, uma vez que se referem a</p><p>materialidade do fato.</p><p>• O contraditório é diferido.</p><p>Provas Antecipadas:</p><p>• Produzidas antes do início do processo</p><p>principal, visando preservar sua eficácia,</p><p>devem ser produzidas de imediato, com</p><p>razão de iminente risco de desaparecimento</p><p>com o decurso do tempo.</p><p>• Exige-se autorização judicial, havendo</p><p>contraditório real e imediato.</p><p>Cadeia de Custódia:</p><p>• Art. 158-A do CPP, conjunto de</p><p>procedimentos destinados a documentar a</p><p>história cronológica das evidências coletadas</p><p>que servirão de prova para valoração do juiz.</p><p>• Garante a integridade e autenticidade das</p><p>provas ao longo do processo.</p><p>Casuística:</p><p>• Quebra da cadeia de custodia torna a prova</p><p>ilícita, sendo esta com menor valor</p><p>persuasivo (a ser valorado no conjunto das</p><p>demais provas).</p><p>Prova Ilícita:</p><p>• Art. 157 do CPP e no art. 5, LVI da CF</p><p>• O Estado deve produzir as provas</p><p>observando-se a legalidade dos atos</p><p>processuais, em homenagem ao devido</p><p>processo legal</p><p>• Obtida em desrespeito às normas legais.</p><p>• Pode ser excluída do processo, com exceções.</p><p>Teorias Relativas à Prova Ilícita:</p><p>Teoria da Descoberta Inevitável:</p><p>• Faz a investigação no local e no encontra</p><p>nada, então o delegado interroga novamente</p><p>o autor do crime e então ele confessa o</p><p>crime, no entanto, esse crime ocorreu</p><p>exatamente onde foram feitas as</p><p>investigações anteriores e não foram</p><p>encontradas provas. A equipe retoma</p><p>novamente no local e neste momento após a</p><p>confissão do autor, é encontrado as provas.</p><p>• Uma prova ilícita pode ser admitida se o</p><p>Estado puder demonstrar que, de qualquer</p><p>maneira, a prova teria sido descoberta de</p><p>forma legítima e independente da violação</p><p>dos direitos fundamentais. Ou seja, se a</p><p>prova ilícita eventualmente seria descoberta</p><p>de forma legal, ela pode ser admitida no</p><p>processo.</p><p>Teoria da Obtenção por Fonte</p><p>Independente:</p><p>• A prova ilícita pode ser utilizada se surgir</p><p>prova nova, de forma absolutamente</p><p>independente da primeira, apontando o</p><p>mesmo sentido. Se a mesma prova ou</p><p>informações semelhantes puderem ser</p><p>obtidas legalmente, ela pode ser admitida</p><p>como válida.</p><p>Teoria do Encontro Fortuito de Provas</p><p>(Serendipidade):</p><p>• A prova ilícita é aceita se for obtida de forma</p><p>fortuita e não intencional durante uma busca</p><p>ou investigação de outro crime. Se a</p><p>descoberta da prova não foi intencionalmente</p><p>buscada, mas surgiu de maneira inesperada,</p><p>ela pode ser considerada válida no processo</p><p>penal.</p><p>Consequências da Prova Ilícita:</p><p>• Exclusão da prova do processo.</p><p>• Eventual nulidade de atos processuais.</p><p>• Tornar impedido o juiz que teve contato com</p><p>a prova ilícita.</p><p>Prova Ilícita em Favor da Defesa e da</p><p>Acusação:</p><p>• Via de regra, é vedada a produção de prova</p><p>ilícita por qualquer uma das partes.</p><p>• Admitisse a produção de prova ilícita pela</p><p>defesa, de forma excepcional, desde que o</p><p>réu não consiga provar licitamente sua</p><p>inocência.</p><p>Absolvição de um Inocente vs Lisura do</p><p>Processo:</p><p>• Não se admite prova ilícita em favor da</p><p>acusação em nenhum hipótese.</p><p>Provas em Espécie:</p><p>Prova Pericial:</p><p>• Realizada por especialistas em determinada</p><p>área para esclarecer aspectos técnicos ou</p><p>científicos relacionados ao caso.</p><p>• Não havendo perito oficial, a perícia deve ser</p><p>realizada por dois perito AD HOC, nomeados</p><p>só para o ato, com graduação superior, que</p><p>deverão subscrever o laudo técnico realizado.</p>

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