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<p>CATEDRAL METROPOLITANA DE JUIZ DE FORA</p><p>CATEQUESE DE CRISMA ADULTO 2024 – SEGUNDO SEMESTRE</p><p>19º ENCONTRO – 03/08/2024 – VOCAÇÕES – TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR</p><p>JESUS DE NAZARÉ: SUA LIBERDADE DIANTE DA LEI E DA RELIGIÃO DA ÉPOCA</p><p>Acolhimento: É com grande alegria que nos preparamos para iniciar mais um semestre de aprendizado e partilha em</p><p>nossa jornada de fé. A cada encontro, somos enriquecidos pela presença e pelo compromisso de cada um de vocês, e hoje</p><p>é com entusiasmo renovado que damos as boas-vindas ao retorno à catequese.</p><p>Neste segundo semestre, continuaremos a explorar os ensinamentos preciosos da nossa fé, buscando sempre</p><p>crescer juntos na compreensão e vivência do Evangelho. A catequese é um caminho de descoberta constante, onde não</p><p>apenas aprendemos, mas também nos fortalecemos uns aos outros através da partilha de experiências e da oração</p><p>comunitária.</p><p>Cada um de vocês traz consigo dons únicos e uma história de fé que enriquece nossa comunidade. Estamos</p><p>ansiosos para continuar esta caminhada ao seu lado, cultivando um ambiente de acolhimento, respeito e aprendizado</p><p>mútuo.</p><p>Que este tempo que passaremos juntos seja um momento de graça e bênção em suas vidas, onde possamos, juntos,</p><p>fortalecer nossa fé e nossa comunhão com Deus. Que o Espírito Santo nos guie e inspire em cada passo que damos rumo</p><p>ao conhecimento mais profundo do amor de Cristo.</p><p>Que este semestre seja uma oportunidade para renovar nosso compromisso com Jesus Cristo e com sua Igreja,</p><p>encontrando neles a verdadeira fonte de esperança e paz. Que Deus abençoe a todos nós e nossos encontros neste semestre</p><p>que se inicia!</p><p>Com carinho e gratidão, Caio e Leonardo.</p><p>Leitura do Evangelho do XVIII Domingo do Tempo Comum: Jo 6,24-35</p><p>No Evangelho de João 6,24-35, somos conduzidos a refletir sobre o profundo ensinamento de Jesus acerca do "Pão</p><p>da Vida". Este trecho começa após a multiplicação dos pães, onde a multidão busca Jesus, intrigada com o sinal miraculoso</p><p>que ele realizou ao alimentar cinco mil pessoas.</p><p>Jesus, conhecendo os corações das pessoas, aponta para uma dimensão espiritual mais profunda. Ele adverte a</p><p>multidão a não buscar apenas alimento físico que perece, mas sim o alimento espiritual que conduz à vida eterna. Jesus</p><p>se apresenta como esse alimento espiritual, dizendo: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e</p><p>quem crê em mim nunca mais terá sede" (João 6,35).</p><p>Essas palavras de Jesus não são meramente simbólicas, mas revelam sua identidade como o Filho de Deus enviado</p><p>para saciar a fome espiritual da humanidade. Ele é o único que pode verdadeiramente satisfazer nossa sede por significado,</p><p>propósito e salvação. Jesus oferece a si mesmo como o Pão da Vida, seu corpo e sangue na Eucaristia, para que possamos</p><p>ter comunhão com ele e receber vida eterna.</p><p>Agosto, mês das vocações.</p><p>No mês de agosto, a Igreja Católica celebra diversas vocações específicas, cada uma delas chamando os fiéis a</p><p>servir a Deus e ao próximo de maneiras distintas e complementares. Vamos explorar brevemente cada uma delas:</p><p>1. Vocação Sacerdotal: Este é o chamado para o sacerdócio, onde homens são ordenados para servir como ministros de</p><p>Cristo e da Igreja. Eles são chamados a celebrar os sacramentos, pregar a Palavra de Deus, guiar as comunidades e oferecer</p><p>orientação espiritual. A vida sacerdotal é dedicada ao serviço de Deus e ao cuidado pastoral das almas.</p><p>2. Vocação Religiosa: Esta vocação inclui os religiosos e as religiosas que fazem votos de pobreza, castidade e obediência.</p><p>Eles vivem em comunidades dedicadas à oração, ao serviço e ao testemunho do Evangelho através de diferentes carismas</p><p>e ministérios. Exemplos incluem os franciscanos, dominicanos, carmelitas, entre outros.</p><p>3. Vocação Matrimonial: Esta é a vocação para o casamento sacramental, onde um homem e uma mulher se unem em</p><p>amor mútuo e se tornam testemunhas do amor de Cristo pela Igreja. Eles são chamados a formar uma família cristã, educar</p><p>os filhos na fé e apoiar-se mutuamente na jornada rumo à santidade.</p><p>4. Vocação Laical: Os leigos são chamados a viver sua fé no mundo secular, buscando santificar as realidades temporais</p><p>através de seu trabalho, suas relações familiares e sociais, e sua participação na vida da Igreja. Eles são chamados a ser luz</p><p>do Evangelho nas diversas realidades em que vivem.</p><p>5. Vocação Missionária: Esta vocação envolve homens e mulheres que são chamados a deixar suas próprias culturas e ir</p><p>para terras distantes ou regiões onde o Evangelho ainda não é conhecido ou onde a presença da Igreja é mais necessária.</p><p>Eles testemunham Cristo através de seu serviço, sua pregação e seu testemunho de vida.</p><p>Durante o mês de agosto, a Igreja destaca a importância de discernir e cultivar todas essas vocações, reconhecendo</p><p>que cada uma é um dom do Espírito Santo para a edificação da comunidade cristã e para a glória de Deus. É um período</p><p>para rezar pelas vocações, discernir nossa própria chamada e apoiar aqueles que responderam ao chamado de maneiras</p><p>diversas.</p><p>Que neste mês dedicado às vocações, possamos todos responder generosamente ao chamado de Deus em nossas</p><p>vidas, buscando sempre viver de acordo com a sua vontade e ser testemunhas do seu amor no mundo.</p><p>Transfiguração do Senhor: Mc 9,2-20</p><p>No Evangelho de Marcos 9,2-20, encontramos dois episódios que revelam aspectos importantes da identidade e</p><p>do ministério de Jesus:</p><p>1. Transfiguração (Marcos 9,2-13): Jesus leva Pedro, Tiago e João a um monte, onde é transfigurado diante deles: seu rosto</p><p>brilha intensamente e suas vestes tornam-se radiantes. Moisés e Elias aparecem e conversam com Jesus. Isso simboliza a</p><p>continuidade da Lei (representada por Moisés) e dos Profetas (representados por Elias) em Jesus, o Messias. Uma nuvem</p><p>desce sobre eles, e a voz de Deus Pai declara: "Este é o meu Filho amado; escutai-o". Este evento revela a glória divina de</p><p>Jesus e confirma sua identidade como Filho de Deus.</p><p>2. Cura de um menino possesso (Marcos 9,14-29): Ao descer do monte, Jesus encontra uma multidão e os discípulos em</p><p>discussão com os escribas. Um pai aflito traz seu filho possesso, que sofre convulsões. Os discípulos não conseguiram</p><p>expulsar o espírito impuro. Jesus repreende a falta de fé da geração e ordena que o espírito saia do menino. Após uma</p><p>última convulsão, o menino é curado. Jesus ensina aos discípulos sobre a importância da fé e da oração para realizar obras</p><p>poderosas em seu nome.</p><p>Esses episódios destacam a divindade de Jesus na Transfiguração e sua autoridade sobre as forças do mal na cura</p><p>do menino. Eles convidam os discípulos a reconhecerem a verdadeira identidade de Jesus como o Filho de Deus e a</p><p>confiarem plenamente em sua palavra e poder.</p><p>Jesus de Nazaré: sua realidade diante da lei e da religião da época: Lc 18,9-14: A parábola do fariseu e do publicano</p><p>1. Fariseu: O fariseu representa alguém que confia em sua própria justiça e se vangloria de suas boas obras diante de Deus.</p><p>Em sua oração, ele enumera suas virtudes e compara a si mesmo favoravelmente aos outros, especialmente ao publicano.</p><p>Ele não reconhece sua dependência de Deus para a salvação, mas se justifica baseado em suas próprias ações.</p><p>2. Publicano: Em contraste, o publicano, considerado um pecador público e socialmente desprezado, aproxima-se de Deus</p><p>com humildade e arrependimento. Ele não ousa nem mesmo levantar os olhos ao céu, bate no peito e suplica: "Ó Deus,</p><p>tem piedade de mim, que sou pecador". Ele reconhece sua própria indignidade diante de Deus e confia na misericórdia</p><p>divina para receber perdão.</p><p>3. Lição de Jesus: Jesus conclui a parábola afirmando que foi o publicano, e não o fariseu, que voltou justificado para casa.</p><p>Ele ensina que "todo o que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado". Esta parábola destaca a importância</p><p>da humildade genuína e do reconhecimento sincero de nossa necessidade do perdão de Deus.</p><p>Esta</p><p>passagem nos convida a examinar nossas próprias atitudes diante de Deus e dos outros. Devemos evitar o</p><p>orgulho espiritual e a autossuficiência, ao invés disso, devemos nos aproximar de Deus com humildade, reconhecendo</p><p>nossa dependência dele e da sua graça para nossa salvação.</p>