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<p>Universidade Federal do ABC</p><p>ESTER ROCHA PINTO DA SILVA</p><p>PRINCÍPIOS DE DIVERSIDADE E INCLUSÃO NO COMBATE AO</p><p>PRECONCEITO NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E</p><p>ADULTOS-EJA</p><p>Santo André</p><p>2022</p><p>ESTER ROCHA PINTO DA SILVA</p><p>PRINCÍPIOS DE DIVERSIDADE E INCLUSÃO NO COMBATE AO</p><p>PRECONCEITO NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E</p><p>ADULTOS-EJA</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso</p><p>apresentado ao Curso de Especialização em</p><p>História, Ciências, Ensino e Sociedade.</p><p>Santo André</p><p>2022</p><p>SUMÁRIO</p><p>RESUMO....................................................................................................................04</p><p>INTRODUÇÃO...........................................................................................................05</p><p>METODOLOGIA DA PESQUISA...............................................................................07</p><p>PRECONCEITOS E DISCRIMINAÇÕES SOFRIDAS POR ALUNOS DO EJA...........10</p><p>A ATUALIDADE DAS CONCEPÇÕES FREIREANAS PARA O EJA: práticas docentes</p><p>e políticas no combate à exclusão...............................................................................15</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................19</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................20</p><p>RESUMO</p><p>Esta monografia enfoca a problemática da educação de jovens e adultos no Brasil</p><p>(EJA) que está inteiramente ligada a fatores estruturais políticos, sociais e</p><p>econômicos. Em plena era digital, e apesar de todo o avanço tecnológico, o</p><p>analfabetismo persiste em meio a esforços de educadores comprometidos em</p><p>transformar essa realidade. Sua presença na sociedade brasileira gera exclusão e</p><p>preconceito, principalmente no tocante aos jovens adultos que, alijados de sua</p><p>autonomia para a prática da cidadania, são colocados à margem dos avanços da</p><p>ciência e do conhecimento necessários para a vida contemporânea, em constante</p><p>desenvolvimento. A fim de contribuir ao combate a esse preconceito, objetiva-se</p><p>refletir sobre os princípios de inclusão e diversidade, presentes nos documentos que</p><p>regem a Educação no país, frente ao direito inalienável do acesso à mesma</p><p>preconizado pela Constituição Federal. Para tanto, será utilizada a metodologia de</p><p>revisão sistemática da literatura junto a repositórios de textos acadêmicos sobre os</p><p>temas da diversidade, da inclusão e do preconceito relacionados ao analfabetismo</p><p>entre jovens e adultos no âmbito da Educação de jovens e Adultos-EJA.</p><p>Palavras-Chave: Ensino de Jovens e Adultos; Ciência; Conhecimento; Exclusão.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A problemática da educação de jovens e adultos no Brasil está inteiramente</p><p>ligada a fatores estruturais históricos, políticos, sociais e econômicos (HALL, 2006).</p><p>Em plena era digital, e apesar de todo o avanço tecnológico, o analfabetismo persiste</p><p>em meio a esforços de educadores comprometidos em transformar essa realidade.</p><p>Sua presença na sociedade brasileira gera exclusão e preconceito, principalmente no</p><p>tocante aos jovens adultos que, alijados de sua autonomia para a prática da cidadania,</p><p>são colocados à margem dos avanços da ciência e do conhecimento necessários para</p><p>a vida contemporânea, em constante desenvolvimento (SOARES, 2007).</p><p>Nesse sentido, segundo Haddad (1994), é fundamental ao desenvolvimento da</p><p>sociedade brasileira que as "subjetividades excluídas, marginalizadas, estáveis e à</p><p>margem de seus direitos" (p. 86) sejam colocadas na ordem do dia, através do acesso</p><p>a uma educação voltada às pessoas pobres e para jovens e adultos trabalhadores,</p><p>pertencentes às camadas populares, que representam a maioria da população dos</p><p>países em desenvolvimento como o Brasil.</p><p>A fim de contribuir ao combate a essa condição, compreende-se ser</p><p>fundamental conhecer as produções acadêmicas atuais que refletem sobre o tema do</p><p>analfabetismo entre jovens e adultos e do preconceito e torno desses sujeitos no</p><p>âmbito da Educação de Jovens e Adultos - EJA, uma modalidade de ensino específico</p><p>para o público adulto no Brasil desenvolvida a partir de estudos do pedagogo Paulo</p><p>Freire (2011) com base nos princípios da autonomia do ser dos educandos, da</p><p>inclusão e da diversidade, presentes nos documentos que regem a Educação no país,</p><p>frente ao direito inalienável do acesso à mesma preconizado pela Constituição Federal</p><p>(1998).</p><p>Posto isto, indaga-se: como combater o preconceito presente em relação ao</p><p>analfabetismo de jovens e adultos a partir da reconstrução do conceito de cidadania?</p><p>Parte-se da seguinte hipótese: a reflexão e a reconstrução acerca do conceito de</p><p>cidadania com base nos princípios da diversidade e da inclusão possibilitam o</p><p>combate ao preconceito em relação ao analfabetismo de jovens e adultos. Nesse</p><p>sentido, as proposições pedagógicas freireanas ainda se encontram atuais.</p><p>Sendo assim, o objetivo geral da presente proposta investigativa é contribuir</p><p>para o combate ao preconceito relativo à alfabetização de jovens e adultos no âmbito</p><p>do EJA no Brasil. Constituem objetivos específicos: a) verificar na produção científica</p><p>recente (dos últimos 10 anos) sobre inclusão, diversidade e preconceito relativos ao</p><p>tema da educação de jovens e adultos no Brasil; b) verificar práticas docentes e</p><p>políticas voltadas ao combate do preconceito e exclusão de jovens e adultos.</p><p>Do ponto de vista metodológico, será empreendida a metodologia de Revisão</p><p>Sistemática da Literatura (GALVÃO; RICARTE, 2020) junto a repositórios de textos</p><p>acadêmicos sobre os temas da diversidade, da inclusão e do preconceito relacionados</p><p>ao analfabetismo entre jovens e adultos no âmbito da Educação de jovens e Adultos-</p><p>EJA. Desse modo, está estruturado o presente TCC: primeiramente, verifica-se a</p><p>importância da metodologia empregada; num segundo momento, segundo a revisão</p><p>da literatura que trata especificamente do objeto em questão, encontram-se os</p><p>preconceitos e discriminações sofridas pelos alunos do EJA; em seguida, as práticas</p><p>docentes e políticas voltadas ao combate do preconceito e exclusão de jovens e</p><p>adultos; e, por último, as considerações finais.</p><p>1. METODOLOGIA DA PESQUISA</p><p>Este estudo é uma pesquisa de natureza bibliográfica acerca do objeto em</p><p>questão, qualitativa, cujos dados foram analisados segundo a técnica análise de</p><p>conteúdo de Bardin (BOGDAN, BIKLEN, 1994; BARDIN, 2010; SOUZA, 2020).</p><p>A pesquisa bibliográfica é uma metodologia amplamente utilizada no trabalho</p><p>de pesquisa em diversas áreas do conhecimento, dentre eles a educação escolar. Ela</p><p>envolveu a busca, seleção e análise crítica de fontes bibliográficas relevantes para</p><p>embasar e fundamentar um estudo ou projeto de pesquisa. Neste subtópico,</p><p>discutiremos a importância da pesquisa bibliográfica como metodologia e suas etapas,</p><p>bem como as vantagens e desafios associados a referida abordagem.</p><p>Neste estudo, a pesquisa bibliográfica mostrou-se uma modalidade de</p><p>pesquisa eficaz, baseada no levantamento e análise de informações disponíveis em</p><p>fontes bibliográficas, tais como livros, artigos científicos, dissertações, teses, relatórios</p><p>técnicos, entre outros. O principal objetivo foi reunir conhecimento pré-existente sobre</p><p>o tema em questão, a fim de embasar teoricamente este trabalho de pesquisa</p><p>(ALVES-MAZZOTI, 2006; SANTOS; KUMADA, 2023).</p><p>A realização desta pesquisa bibliográfica envolveu algumas etapas</p><p>fundamentais: a) Definição do tema: delimitou-se claramente o tema que será</p><p>investigado, identificando os principais conceitos e palavras-chave relacionadas ao</p><p>assunto – EJA, preconceitos e discriminações; b) Busca das fontes: nesta etapa,</p><p>identificou-se as fontes bibliográficas relevantes para o estudo. O que fora efetuado</p><p>por meio do Google acadêmico;</p><p>c) Seleção e triagem das fontes: após a busca,</p><p>avaliou-se criticamente as fontes encontradas, selecionando aquelas mais relevantes</p><p>e confiáveis para o trabalho. Foi importante considerar a credibilidade do autor, a</p><p>atualidade da publicação, o rigor metodológico empregado, entre outros critérios de</p><p>qualidade; d) Leitura e análise crítica: neste momento, realizou-se a leitura atenta das</p><p>fontes selecionadas, buscando compreender e analisar os principais argumentos e</p><p>contribuições de cada uma delas; e) Síntese e redação: com base na leitura e análise</p><p>crítica das fontes, foram sintetizadas as informações obtidas e redigido o trabalho de</p><p>pesquisa, organizando as ideias de forma clara e coerente. Foi fundamental citar</p><p>corretamente todas as fontes utilizadas, seguindo as normas de referência</p><p>bibliográfica adotadas pela área de estudo (ALVES-MAZZOTI, 2006; SANTOS;</p><p>KUMADA, 2023).</p><p>Desse modo, esta pesquisa bibliográfica apresentou diversas vantagens</p><p>enquanto metodologia de pesquisa. Por exemplo, a economia de tempo, ao utilizar</p><p>fontes bibliográficas já existentes, economizou-se tempo na coleta de dados primários.</p><p>Vale sublinhar também o acesso ao conhecimento pré-existente. A pesquisa</p><p>bibliográfica permitiu a familiarização com os principais debates teóricos e</p><p>descobertas científicas relacionadas ao tema em questão, a saber: preconceitos e</p><p>discriminações sofridas por alunos da EJA. Outro ponto importante foi o embasamento</p><p>teórico, pois mediante a pesquisa bibliográfica, pode-se embasar teoricamente o</p><p>trabalho, fundamentando hipóteses e argumentos em estudos anteriores. Também</p><p>houve vantagem no que concerne à ampliação da visão crítica, ao analisar</p><p>criticamente diferentes fontes bibliográficas, desenvolveu-se uma visão crítica mais</p><p>ampla sobre o tema do presente estudo (ALVES-MAZZOTI, 2006; SANTOS;</p><p>KUMADA, 2023).</p><p>Embora a pesquisa bibliográfica seja uma metodologia amplamente utilizada,</p><p>ela também apresenta alguns desafios que devem ser considerados. O primeiro é a</p><p>questão da disponibilidade e acesso às fontes. Nem sempre todas as fontes</p><p>bibliográficas desejadas estão disponíveis ou acessíveis ao pesquisador como, por</p><p>exemplo, no caso de pesquisas publicadas em livros. Algumas publicações podem</p><p>estar fora de catálogo ou exigir acesso pago. A credibilidade das fontes, pois é</p><p>fundamental avaliar a credibilidade das fontes encontradas, verificando a reputação</p><p>dos autores e a qualidade dos periódicos ou editoras responsáveis pelas publicações.</p><p>A atualização do conhecimento, dependendo do tema de estudo, é importante</p><p>considerar a atualidade das fontes utilizadas, buscando informações recentes que</p><p>reflitam os avanços mais recentes na área. Portanto, fez-se imprescindível se atentar</p><p>para essas limitações e buscar complementar pesquisa com outras abordagens</p><p>metodológicas, como a coleta de dados primários, quando for necessário (CERVO et</p><p>al, 2007).</p><p>Logo, verificou-se que a pesquisa bibliográfica constituiu uma metodologia</p><p>valiosa para embasar teoricamente este trabalho de pesquisa. Ela envolveu etapas</p><p>como a definição do tema, busca das fontes, seleção e triagem, leitura e análise</p><p>crítica, síntese e redação. Essa abordagem metodológica apresentou vantagens como</p><p>economia de tempo, acesso ao conhecimento pré-existente, embasamento teórico e</p><p>ampliação da visão crítica. No entanto, foi necessário enfrentar desafios relacionados</p><p>à disponibilidade e acesso às fontes, credibilidade das fontes e atualização do</p><p>conhecimento disponível.</p><p>2. PRECONCEITOS E DISCRIMINAÇÕES SOFRIDAS POR ALUNOS DO EJA</p><p>A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que visa</p><p>atender pessoas que não tiveram acesso ou concluíram seus estudos na idade</p><p>regular. O ensino de jovens e adultos (EJA) desempenha um papel crucial na</p><p>promoção da educação inclusiva e na redução das disparidades educacionais. No</p><p>entanto, os alunos matriculados nesse sistema enfrentam frequentemente diversos</p><p>tipos de preconceitos e discriminações que podem impactar níveis de desempenho</p><p>acadêmico, bem-estar emocional e engajamento escolar. Faz-se imprescindível</p><p>analisar os preconceitos sofridos por alunos da EJA, identificando suas causas,</p><p>impactos e possíveis estratégias pedagógicas e políticas capazes mitigar essas</p><p>questões (COSTA, SILVA, 2015; BORGES, 2018; NASCIMENTO, 2021).</p><p>Os preconceitos enfrentados pelos alunos da EJA podem ser atribuídos a uma</p><p>série de fatores, incluindo a idade dos estudantes, sua condição socioeconômica, falta</p><p>de acesso prévio à educação formal, estereótipos negativos associados à educação</p><p>de adultos, entre outros. A idade avançada dos alunos da EJA muitas vezes leva a</p><p>percepções errôneas sobre suas capacidades de aprendizagem, enquanto a origem</p><p>socioeconômica pode resultar em estigmas e discriminação por parte de colegas e</p><p>professores. Além disso, a falta de oportunidades educacionais previstas pode gerar</p><p>sentimentos de inferioridade e inadequação nos alunos (DE LUCA, 2010).</p><p>Os preconceitos enfrentados pelos alunos da EJA podem ter efeitos</p><p>significativos em seu desenvolvimento acadêmico e emocional. O estigma social e a</p><p>discriminação podem minar a autoestima dos estudantes, levando a sentimentos de</p><p>desvalorização e desmotivação em relação à educação. Isso pode resultar em altas</p><p>taxas de evasão escolar e baixo engajamento acadêmico. Além disso, o estresse</p><p>psicológico causado pelos preconceitos pode afetar negativamente a saúde mental</p><p>dos alunos. Incluem dificuldades de aprendizagem, leia-se dificuldades em assimilar</p><p>os conteúdos. Muitos alunos da EJA possuem lacunas educacionais significativas, o</p><p>que pode dificultar seu progresso acadêmico. As dificuldades em assimilar os</p><p>conteúdos por parte dos alunos da EJA são um desafio enfrentado por muitos</p><p>estudantes que retornam à sala de aula após um período de afastamento. Esses</p><p>alunos geralmente enfrentam obstáculos específicos ao tentar assimilar os conteúdos</p><p>escolares, o que pode dificultar seu progresso acadêmico (DE LUCA, 2010; BORGES,</p><p>2018).</p><p>Assim, uma das principais dificuldades enfrentadas pelos alunos da EJA é a</p><p>defasagem de conhecimentos prévios. Muitos desses estudantes ficaram afastados</p><p>da escola por um longo período, seja por motivos pessoais, profissionais ou sociais.</p><p>Como resultado, eles podem ter lacunas significativas em sua base educacional, o</p><p>que torna mais difícil acompanhar o currículo regular. Essa defasagem pode levar a</p><p>uma sensação de desmotivação e frustração, pois os alunos podem se sentir</p><p>sobrecarregados com a quantidade de informações novas que precisam aprender.</p><p>Além disso, a falta de familiaridade com as metodologias e abordagens pedagógicas</p><p>utilizadas nas salas de aula também pode ser uma barreira para os alunos da EJA.</p><p>Muitos desses estudantes estão acostumados com métodos de ensino mais</p><p>tradicionais ou não tiveram experiência formal de aprendizado por um longo tempo.</p><p>Portanto, eles podem ter dificuldade em se adaptar às estratégias mais interativas e</p><p>participativas adotadas nas escolas atualmente. Isso pode resultar em uma</p><p>desconexão entre o aluno e o conteúdo, dificultando a assimilação dos</p><p>conhecimentos.</p><p>Além das dificuldades mencionadas acima, outros fatores podem influenciar a</p><p>assimilação dos conteúdos por parte dos alunos da EJA. A falta de apoio familiar ou</p><p>social, a baixa autoestima decorrente do afastamento da escola por um longo período</p><p>e a falta de recursos educacionais adequados também podem ser obstáculos</p><p>significativos (NASCIMENTO, 2015). Dentre os principais desafios enfrentados pelos</p><p>alunos do EJA que podem a culminar na dificuldade em assimilar os conteúdos</p><p>escolares, vale sublinhar a conciliação entre trabalho e estudo. Muitos estudantes da</p><p>EJA precisam conciliar seus estudos com suas responsabilidades profissionais e</p><p>familiares. Isso pode</p><p>gerar dificuldades em relação à organização do tempo e à</p><p>dedicação aos estudos. A conciliação entre trabalho e estudo é uma questão</p><p>desafiadora para muitos alunos da EJA. São alunos que geralmente enfrentam</p><p>diversas dificuldades ao tentar equilibrar suas responsabilidades profissionais com os</p><p>estudos, o que pode afetar negativamente seu desempenho acadêmico e sua</p><p>qualidade de vida. Muitos desses estudantes já estão inseridos no mercado de</p><p>trabalho, seja em empregos formais ou informais, e precisam dedicar a maior parte do</p><p>seu dia às atividades profissionais. Isso limita significativamente o tempo disponível</p><p>para estudar, realizar tarefas escolares e participar das aulas presenciais ou virtuais</p><p>(NASCIMENTO, 2015).</p><p>Além da falta de tempo, a sobrecarga de responsabilidades também é um</p><p>obstáculo para a conciliação entre trabalho e estudo. Muitos alunos da EJA têm</p><p>famílias para cuidar, o que inclui filhos, cônjuges ou pais idosos. Essas</p><p>responsabilidades adicionais demandam tempo e energia, deixando pouco espaço</p><p>para se dedicarem aos estudos. A necessidade de trabalhar para sustentar a si</p><p>mesmos e suas famílias também pode gerar pressão financeira, o que torna ainda</p><p>mais difícil encontrar um equilíbrio entre trabalho e estudo. Muitas vezes há falta de</p><p>suporte institucional adequado aos alunos. Pois, as instituições de ensino não</p><p>oferecem flexibilidade de horários ou recursos específicos para atender às</p><p>necessidades desses estudantes. As aulas podem ser agendadas em horários</p><p>incompatíveis com os compromissos profissionais, dificultando a participação regular</p><p>nas atividades escolares. Além disso, a falta de apoio pedagógico individualizado</p><p>pode dificultar o acompanhamento do conteúdo e a superação de eventuais</p><p>dificuldades acadêmicas (SILVA, et al, 2017).</p><p>Logo, as instituições de ensino desempenham um papel crucial na facilitação da</p><p>conciliação entre trabalho e estudo dos alunos da EJA. Elas devem oferecer</p><p>flexibilidade de horários, permitindo que os estudantes escolham as melhores opções</p><p>de aulas presenciais ou virtuais de acordo com suas disponibilidades. Além disso, é</p><p>importante que as instituições ofereçam suporte pedagógico individualizado, como</p><p>tutorias ou plantões de dúvidas, para auxiliar os alunos no acompanhamento do</p><p>conteúdo e na superação de dificuldades. Outra estratégia eficaz é o uso da tecnologia</p><p>educacional. Plataformas online e aplicativos móveis podem fornecer recursos</p><p>adicionais para o estudo autônomo, permitindo que os alunos acessem materiais</p><p>didáticos, realizem exercícios e interajam com outros estudantes e professores. Essas</p><p>ferramentas podem ser especialmente úteis para os alunos da EJA, que muitas vezes</p><p>têm horários irregulares e limitações de deslocamento (BARRETO, 2010).</p><p>Vale ressaltar que o preconceito e estigma social são questões que afetam</p><p>diversas esferas da sociedade, inclusive a educação. Eles também são desafios</p><p>enfrentados pelos alunos da EJA, visto que a modalidade em questão ainda é vista</p><p>por muitos como uma modalidade educacional inferior, o que pode afetar a autoestima</p><p>e a motivação dos alunos. É fundamental combater o preconceito e promover a</p><p>valorização da EJA como uma oportunidade de aprendizado e desenvolvimento</p><p>pessoal. No caso dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), esses</p><p>problemas podem se manifestar de diferentes formas, prejudicando o processo de</p><p>aprendizagem e a inclusão desses estudantes. Reitera-se, a EJA é uma modalidade</p><p>de ensino voltada para pessoas que não tiveram acesso à educação na idade regular</p><p>ou que desejam retomar os estudos. Muitas vezes, esses alunos enfrentam</p><p>dificuldades adicionais em relação aos estudantes mais jovens, como a necessidade</p><p>de conciliar trabalho e família com os estudos, além de lidar com a falta de confiança</p><p>em suas habilidades acadêmicas.</p><p>Um dos principais preconceitos enfrentados pelos alunos da EJA é o</p><p>estereótipo de que eles são menos capazes ou menos inteligentes do que os</p><p>estudantes mais jovens. Esse estigma social pode ser reforçado por professores,</p><p>colegas e até mesmo pela sociedade em geral. Essa visão negativa pode levar à</p><p>desmotivação e ao baixo desempenho escolar desses alunos. Além disso, os alunos</p><p>da EJA também podem ser alvo de preconceito relacionado à sua idade. Muitas vezes,</p><p>eles são vistos como "atrasados" ou "fracassados" por não terem concluído seus</p><p>estudos na idade regular. Esse tipo de preconceito pode gerar sentimentos de</p><p>vergonha e inadequação, dificultando ainda mais o processo de aprendizagem. Outro</p><p>aspecto importante é o preconceito socioeconômico enfrentado pelos alunos da EJA.</p><p>Muitos deles vêm de famílias de baixa renda e enfrentam dificuldades financeiras, o</p><p>que pode afetar sua autoestima e sua capacidade de se concentrar nos estudos. Além</p><p>disso, a falta de recursos materiais e a ausência de um ambiente propício ao estudo</p><p>também podem ser fatores que contribuem para o preconceito e o estigma social</p><p>desses alunos (BORGES, 2018).</p><p>É fundamental combater o preconceito e o estigma social enfrentados pelos</p><p>alunos da EJA, pois essas questões podem ter um impacto significativo em seu</p><p>desenvolvimento acadêmico e pessoal. Para isso, é necessário promover a</p><p>conscientização sobre a importância da educação ao longo da vida e valorizar as</p><p>experiências e conhecimentos trazidos por esses estudantes. Nesse sentido, os</p><p>professores desempenham um papel fundamental, pois são responsáveis por criar um</p><p>ambiente inclusivo e acolhedor em sala de aula. Eles devem estar atentos aos</p><p>preconceitos e estigmas presentes na sociedade e trabalhar para desconstruí-los,</p><p>valorizando as habilidades e potencialidades dos alunos da EJA. Além disso, é</p><p>importante investir em políticas públicas que garantam o acesso igualitário à educação</p><p>de qualidade para todos os cidadãos, independentemente da idade. Isso inclui a oferta</p><p>de cursos preparatórios para os exames de certificação do ensino fundamental e</p><p>médio, bem como a criação de programas de apoio financeiro e psicossocial para os</p><p>alunos da EJA.</p><p>Para superar os desafios da Educação de Jovens e Adultos é necessário adotar</p><p>estratégias pedagógicas adequadas às características e necessidades dos alunos.</p><p>Algumas dessas estratégias incluem a valorização da experiência prévia, tal qual</p><p>ensinou Paulo Freire. Muitos alunos da EJA possuem experiências de vida e trabalho</p><p>que podem ser aproveitadas como recursos pedagógicos. É importante valorizar</p><p>essas experiências e relacioná-las aos conteúdos trabalhados em sala de aula.</p><p>Também é importante que haja flexibilidade curricular. A EJA deve oferecer um</p><p>currículo flexível, que permita aos alunos escolherem os conteúdos que desejam</p><p>estudar, levando em consideração seus interesses e objetivos pessoais. E a adoção</p><p>de tecnologias educacionais, pois tais tecnologias educacionais podem ser aliadas</p><p>importantes no processo de ensino-aprendizagem na EJA. Elas permitem o acesso a</p><p>materiais didáticos digitais, a interação com outros estudantes e professores, além de</p><p>facilitarem a organização do tempo de estudo (BARRETO, 2010).</p><p>Para combater os preconceitos enfrentados pelos alunos da EJA, é</p><p>fundamental implementar estratégias abrangentes que promovam a inclusão,</p><p>sensibilizem a comunidade escolar e valorizem as experiências e conhecimentos</p><p>prévios dos estudantes. Isso pode incluir programas de conscientização sobre</p><p>diversidade e equidade, treinamento para professores sobre práticas inclusivas,</p><p>criação de espaços seguros para discussão sobre preconceito e discriminação, além</p><p>do desenvolvimento de currículos que reflitam a diversidade cultural e social dos</p><p>alunos da EJA.</p><p>Os preconceitos enfrentados pelos alunos do ensino de jovens e adultos</p><p>representam um desafio significativo que requer atenção e ação por parte das</p><p>instituições educacionais, dos governos e da sociedade como um todo. Ao considerar</p><p>as causas e os impactos desses preconceitos,</p><p>é possível implementar medidas para</p><p>promover um ambiente educacional mais inclusivo, equitativo e acolhedor para todos</p><p>os estudantes.</p><p>3. A ATUALIDADE DAS CONCEPÇÕES FREIREANAS PARA O EJA: práticas</p><p>docentes e políticas no combate à exclusão</p><p>Reitera-se, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de</p><p>ensino que visa atender pessoas que não tiveram acesso ou concluíram seus estudos</p><p>na idade regular. Conforme Xavier (2014, p.19), “não há como se falar na história do</p><p>ensino de Jovens e Adultos no Brasil e todas as dificuldades encontradas ao longo</p><p>dos anos para implemento dessa modalidade de ensino, sem mencionar Paulo Freire</p><p>com seu maior defensor.” A nosso juízo, sobretudo, visto que as concepções</p><p>freireanas têm uma importância significativa, pois trazem uma abordagem pedagógica</p><p>que valoriza a participação ativa dos estudantes, a construção coletiva do</p><p>conhecimento e a conscientização crítica sobre a realidade social.</p><p>Paulo Freire foi um educador brasileiro reconhecido internacionalmente por suas</p><p>contribuições para a educação popular. Sua obra mais conhecida, "Pedagogia do</p><p>Oprimido", apresenta uma visão transformadora da educação, baseada na libertação</p><p>dos indivíduos por meio da conscientização e da prática dialógica. As concepções</p><p>freireanas são fundamentais para a EJA, pois proporcionam uma educação</p><p>emancipatória, que busca superar as desigualdades sociais e promover a cidadania</p><p>plena.</p><p>Uma das principais contribuições de Paulo Freire para a EJA é o método da</p><p>problematização. Esse método parte da realidade concreta dos estudantes, levando</p><p>em consideração suas experiências de vida e suas demandas sociais. A partir da</p><p>problematização, os estudantes são incentivados a refletir criticamente sobre sua</p><p>realidade, identificar problemas e buscar soluções coletivas. Dessa forma, o processo</p><p>educativo se torna mais significativo e engajador, estimulando o protagonismo dos</p><p>estudantes e sua capacidade de transformação social. Desse modo, o método Paulo</p><p>Freire também conhecido como "educação libertadora" ou "pedagogia do oprimido",</p><p>tem como objetivo principal promover a conscientização e a emancipação dos</p><p>indivíduos por meio da educação (FREIRE, 1974; BRANDÃO, 1981).</p><p>Para compreender plenamente o método Paulo Freire, é essencial entender o</p><p>contexto histórico em que foi desenvolvido. Paulo Freire nasceu em 1921, no Brasil,</p><p>em uma época marcada pela desigualdade social e pela opressão política. Ele</p><p>testemunhou em primeira mão as injustiças e as disparidades educacionais que</p><p>afetavam a população mais pobre do país. Essas experiências moldaram sua visão</p><p>de educação como uma ferramenta para a transformação social.</p><p>O método Paulo Freire baseia-se em alguns princípios fundamentais que são</p><p>essenciais para sua implementação eficaz, dentre eles, o diálogo é considerado a</p><p>base do processo educacional. Ele enfatiza a importância da interação entre</p><p>educadores e alunos, criando um ambiente de aprendizado colaborativo e</p><p>participativo. Freire acreditava que o diálogo é essencial para a construção coletiva</p><p>do conhecimento, pois permite a troca de ideias, o confronto de diferentes</p><p>perspectivas e a construção de consensos. Na EJA, o diálogo se torna ainda mais</p><p>relevante, pois os estudantes trazem vivências distintas e visões de mundo diversas.</p><p>Por meio do diálogo, é possível promover uma educação mais democrática e</p><p>participativa, em que todos tenham voz e se sintam parte ativa do processo educativo</p><p>(FREIRE, 1974; BRANDÃO, 1981).</p><p>A conscientização é outro conceito central no método Paulo Freire. Refere-se à</p><p>capacidade dos indivíduos de compreender criticamente sua realidade social, política</p><p>e econômica. Mediante a conscientização, os alunos são incentivados a questionar as</p><p>estruturas de poder e a buscar a transformação social (BRANDÃO, 1981).</p><p>Os temas geradores também constituem um princípio fundamental do método em</p><p>questão. Pois são tópicos relevantes e significativos para a vida dos alunos. Eles são</p><p>escolhidos com base nas experiências e necessidades dos estudantes, permitindo</p><p>que eles se envolvam ativamente no processo de aprendizagem. Vale destacar</p><p>também a alfabetização crítica. O método Paulo Freire enfatiza a alfabetização crítica</p><p>como uma ferramenta para a emancipação dos indivíduos. A alfabetização vai além</p><p>da simples leitura e escrita, buscando desenvolver habilidades de análise crítica e</p><p>reflexão sobre o mundo ao redor (FREIRE, 1974; BRANDÃO, 1981).</p><p>Posto isto, o método Paulo Freire pode ser aplicado em diversos contextos</p><p>educacionais, desde salas de aula formais até programas de educação não formal.</p><p>Sua abordagem flexível permite que seja adaptado às necessidades específicas dos</p><p>alunos e das comunidades.</p><p>Além disso, o método Paulo Freire é frequentemente associado à educação</p><p>popular, que visa atingir as camadas mais marginalizadas da sociedade. Ele busca</p><p>capacitar esses grupos por meio da educação, permitindo que eles se tornem agentes</p><p>de mudança em suas próprias comunidades.</p><p>Tal método fora amplamente utilizado na educação de adultos, uma vez que</p><p>reconhece que os adultos têm experiências de vida únicas e conhecimentos prévios</p><p>que podem ser incorporados ao processo educacional. Isso promove um aprendizado</p><p>mais significativo e relevante para os alunos adultos. Desse modo, propiciou educação</p><p>para a cidadania, buscando desenvolver habilidades de participação cívica e</p><p>consciência política nos alunos. Ele incentiva a reflexão crítica sobre questões sociais</p><p>e políticas, capacitando os indivíduos a se envolverem ativamente na sociedade</p><p>(FREIRE, 1974; BRANDÃO, 1981).</p><p>Por conseguinte, o método Paulo Freire teve um impacto significativo na educação</p><p>em todo o mundo. Sua abordagem centrada no aluno e sua ênfase na conscientização</p><p>e na transformação social têm inspirado educadores e pesquisadores de diversos</p><p>países. Pois tende a proporcionar a) empoderamento dos alunos, visto que capacita</p><p>os alunos a se tornarem agentes ativos de seu próprio aprendizado e de sua</p><p>comunidade. Ele promove a autoconfiança, a autonomia e o senso de</p><p>responsabilidade dos alunos em relação à sua própria educação. B) Engajamento</p><p>Crítico, pois incentiva os alunos a questionar, analisar criticamente e refletir sobre as</p><p>estruturas sociais e políticas que os cercam. Isso promove um engajamento mais</p><p>profundo com o conteúdo do currículo e uma compreensão mais ampla do mundo. C)</p><p>Transformação Social por meio da educação. Ao capacitar os indivíduos a</p><p>compreenderem criticamente sua realidade e a agirem como agentes de mudança,</p><p>ele busca criar uma sociedade mais justa e igualitária (FREIRE, 1974; BRANDÃO,</p><p>1981).</p><p>Freire propunha com seu método, tirar o homem da condição de</p><p>“objeto” ou em condições de ser “menos”, fato que o coisificava</p><p>colocando-o no anonimato nivelador da massificação, inconsciente,</p><p>alienado e marginalizado em relação às exigências e aos desafios da</p><p>realidade. Vivia sem fé, sem esperança, domesticado e acomodado:</p><p>já não era sujeito. Rebaixava-se a puro objeto. Coisificava-se</p><p>(JORGE, 1981, p.25).</p><p>Outro aspecto importante das concepções freireanas para a EJA é a valorização</p><p>da cultura e dos saberes populares. Freire defendia que a educação deveria partir dos</p><p>conhecimentos prévios dos estudantes, reconhecendo e valorizando suas</p><p>experiências e saberes. Na EJA, muitos estudantes trazem consigo um acúmulo de</p><p>conhecimentos adquiridos ao longo da vida, que podem ser compartilhados e</p><p>enriquecer o processo educativo. Ao valorizar esses saberes, as concepções</p><p>freireanas contribuem para uma educação mais inclusiva e respeitosa com a</p><p>diversidade cultural (FREIRE, 1974; BRANDÃO, 1981).</p><p>Por ser um método psicossocial, a proposta libertadora do Método</p><p>Paulo Freire leva os oprimidos a reconhecerem-se como tal e a</p><p>assumirem uma postura crítica diante da realidade e mediante a</p><p>tomada de consciência,</p><p>superarem a condição de objetos e</p><p>assumirem a condição de sujeitos (FEITOSA, 1999, p.06).</p><p>Em suma, as concepções freireanas têm uma importância fundamental para a</p><p>EJA. Elas proporcionam uma abordagem pedagógica que valoriza a participação ativa</p><p>dos estudantes, a construção coletiva do conhecimento, a valorização da cultura</p><p>popular e o diálogo como ferramenta de transformação social. Ao adotar essas</p><p>concepções, os educadores da EJA podem contribuir para uma educação mais</p><p>democrática, inclusiva, emancipatória e comprometida com a formação integral dos</p><p>estudantes.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A Educação de Jovens e Adultos desempenha um papel fundamental na</p><p>promoção da inclusão social e no fortalecimento da cidadania. Por meio de políticas</p><p>públicas adequadas e estratégias pedagógicas eficientes, é possível garantir o acesso</p><p>à educação para todos os cidadãos, independentemente da idade.</p><p>Defensor desta concepção, o educador Paulo Freire desenvolveu um eficaz</p><p>método de ensino capaz de alfabetizar adultos em 45 dias. O método Paulo Freire é</p><p>uma abordagem educacional inovadora que busca promover a conscientização, a</p><p>emancipação e a transformação social por meio da educação. Seus princípios</p><p>fundamentais, como o diálogo, a conscientização e a alfabetização crítica, têm</p><p>inspirado educadores em todo o mundo. O impacto desse método na educação pode</p><p>ser visto no empoderamento dos alunos, no engajamento crítico e na busca por uma</p><p>sociedade mais justa. Até hoje, o legado de Paulo Freire é relevante, um guia para</p><p>uma educação mais inclusiva e transformadora.</p><p>Verificou-se também neste TCC os preconceitos enfrentados pelos alunos da EJA,</p><p>em geral associados às dificuldades em assimilar os conteúdos que são</p><p>multifacetadas e podem variar de acordo com as circunstâncias individuais de cada</p><p>estudante; defasagem de conhecimentos prévios, a falta de familiaridade com as</p><p>metodologias pedagógicas atuais e a falta de tempo disponível são alguns dos</p><p>principais desafios enfrentados por esses alunos.</p><p>Também constitui desafio dos alunos da EJA a conciliação entre trabalho e</p><p>estudo. A falta de tempo, a sobrecarga de responsabilidades e a falta de suporte</p><p>institucional adequado são alguns dos principais obstáculos enfrentados por esses</p><p>estudantes. Vimos que o preconceito e do estigma social são questões complexas</p><p>que exigem uma abordagem multidimensional.</p><p>É necessário combater esses problemas por meio da conscientização, da</p><p>valorização das experiências dos estudantes e do investimento em políticas públicas</p><p>inclusivas. Somente assim será possível garantir a igualdade de oportunidades e o</p><p>pleno desenvolvimento dos alunos da EJA. Com o apoio adequado das instituições</p><p>de ensino e a criação de um ambiente inclusivo, é possível superar essas dificuldades</p><p>e promover o sucesso acadêmico dos alunos da EJA. Para tanto, faz-se necessário</p><p>um planejamento cuidadoso, apoio da família, além do uso de tecnologias</p><p>educacionais. Logo, é possível superar essas dificuldades e alcançar sucesso tanto</p><p>no trabalho quanto nos estudos.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARRETO, H. C. Os sujeitos da EJA e as estratégias motivacionais utilizadas pelos</p><p>professores do IFPB – Campos Souza. 2010. 99 f. Dissertação (Mestrado em</p><p>Educação) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2010.</p><p>BORGES, T. N. A. P. RACISMO E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ANÁLISE</p><p>DO ENSINO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS EM UMA ESCOLA EJA. 2018,</p><p>120 f. Dissertação – Mestrado em Ensino na Educação Básica do Centro de Ensino e</p><p>Pesquisa Aplicada à Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO, 2018.</p><p>BRANDÃO, C. R. O que é o método Paulo Freire? Ed. Brasiliense, 1981.</p><p>BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº9.394, de 24 de dez. 1996.</p><p>Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1998.</p><p>BRASIL. Resolução CNE/CEB n. 1/2000. 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