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<p>CONCRETO ARMADO</p><p>1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Concreto Armado</p><p>Concreto armado (português brasileiro) ou betão armado (português europeu) é um sistema estrutural</p><p>da construção civil que se tornou um dos mais importantes elementos da arquitetura do século XX. É</p><p>usado nas estruturas dos edifícios. Diferencia-se do concreto (ou betão) devido ao fato de receber</p><p>uma armadura metálica responsável por resistir aos esforços de tração, enquanto que o concreto em</p><p>si resiste à compressão.</p><p>É uma mistura compacta de:</p><p> Agregados graúdos: pedras britadas, seixos rolados, etc.</p><p> Agregados miúdos: areia, pedregulhos.</p><p> Aglomerantes: cimento, cal não pode ser usado no concreto armado porque acaba corroendo o</p><p>aço responsável por suportar as forças de tração, podendo comprometer a estrutura com o passar do</p><p>tempo.</p><p> Água</p><p> Adições minerais: Sílica ativa, metacaulim, cinza de casca de arroz, etc.</p><p> Aditivos: aceleradores, retardadores, fibras,corantes, etc.</p><p>Produção</p><p>Para obtenção de um bom concreto de acordo com sua finalidade, devem ser efetuadas com perfei-</p><p>ção as operações básicas de produção do material, que influem nas propriedades do concreto endu-</p><p>recido.</p><p>As operações básicas de produção do concreto são:</p><p> Dosagem: Estudo empírico ou não que indica as proporções e quantificações dos materiais com-</p><p>ponentes da mistura, a fim de obter um concreto com determinadas características previamente esta-</p><p>belecidas.</p><p> Mistura: Dar homogeneidade ao concreto, isto é, fazer com que ele apresente o mesmo proporcio-</p><p>namento em qualquer ponto de sua massa sem segregação dos constituíntes.</p><p> Transporte: Levar o concreto do ponto onde foi preparado ao local onde será aplicado, podendo</p><p>ser dentro da obra ou para ela, quando misturado em usina.</p><p>Concretagem, ou lançamento, da massa nas vigas de aço armadas</p><p> Lançamento: Colocação do concreto no local de aplicação, em geral, nas formas. Começa-se</p><p>após 2 a 4 horas a "pega",(perda do abatimento e consequentemente endurecimento e ganho de re-</p><p>sistência), dependendo da quantidade e do tipo de cimento.</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p> Adensamento: Espalhamento e conformação do concreto, procurando eliminar o ar aprisionado,</p><p>além de preencher totalmente as formas - ganho de resistência. Usa-se vibrar o concreto com vibra-</p><p>dores mecânicos, devendo-se evitar o excesso ou pouca vibração.</p><p> Cura: Conjunto de medidas com o objetivo de evitar a perda rápida de água (evaporação) pelo</p><p>concreto nos primeiros dias, água essa necessária para reação de hidratação dos constituíntes da</p><p>pasta de cimento. Existem diversas formas para cura adequada do concreto, seja ela úmida, a vapor,</p><p>química ou uso de material impermeabilizante, dificultando a saída de água. A cura inadequada pode</p><p>ocasionar fissuras de retração plástica consequentemente maior permeabilidade e porosidade, assim</p><p>menor durabilidade. Normalmente a resistência de projeto é atingida após vinte e oito dias da aplica-</p><p>ção.</p><p>Armadura</p><p>Especificada preferencialmente por um engenheiro projetista, a armadura de uma estrutura é mon-</p><p>tada com varões nervurados (também conhecidos por vergalhões) longitudinais e transversais (estri-</p><p>bos), normalmente com os diâmetros de 6, 8, 10, 12, 16, 20, 25, 32 e, extraordinariamente, 40 ou</p><p>50mm em aço que dão resistência à tracção (se necessário, ajudam à compressão), contribuindo por</p><p>isso também para a resistência a esforços de flexão. Os estribos conferem a resistência à torção e</p><p>ao esforço transverso (ou cortante). A resistência à torção também é influenciada pela armadura lon-</p><p>gitudinal. No concreto armado o aço recebeesforços, daí as denominações de armadura frouxa ou</p><p>armadura passiva também presente nas peças protendidas garantindo adequada distribuição de es-</p><p>forços.</p><p>Armadura Metálica</p><p>Formas</p><p>Chamadas em Portugal cofragens, são executadas em tábuas de madeira ou chapas de madeira</p><p>compensada reforçada com sarrafos de madeira, ou, mais recentemente com chapas metálicas,</p><p>as formas recebem primeiro a armadura e então o concreto. É importante um bom escoramento para</p><p>evitar movimentação antes do concreto obter resistência.</p><p>Domínios de Formação</p><p>O cálculo de estruturas em concreto armado é orientado pela ABNT NBR 6118:2014 que define no-</p><p>menclaturas e estabelece os requisitos para o projeto de elementos feitos em concreto simples, ar-</p><p>mado e protendido.</p><p>Para elementos submetidos à solicitações normais e para concretos com resistência até 50MPa, a</p><p>norma exige que a deformação máxima para o concreto (εc) seja de 0,35% e a deformação máxima</p><p>para o aço (εs) seja de 1%. Com isso podem ser definidos 5 domínios de deformações que são apre-</p><p>sentados abaixo:</p><p>Domínio 1: Deformação do concreto igual a 0% e deformação do aço igual a 1%.</p><p>Domínio 2: Deformação do concreto entre 0% e 0,35% e deformação do aço igual a 1%.</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Domínio 3: Deformação do concreto igual a 0,35% e deformação do aço entre 1% e εyd (deformação</p><p>que corresponde ao escoamento do aço).</p><p>Domínio 4: Deformação do concreto igual a 0,35% e deformação do aço entre εyd e 0%.</p><p>Domínio 5: Deformação do concreto entre 0,35% e 0,2% e deformação do aço igual a 0%.</p><p>Observações:</p><p> No domínio 1 o concreto se encontra totalmente tracionado e que no domínio 5 o concreto se en-</p><p>contra totalmente comprimido. Logo, vigas serão dimensionadas nos domínios 2, 3 ou 4 e pilares nos</p><p>domínios 2, 3, 4 ou 5.</p><p> Para facilitar os cálculos, o domínio 2 podem ser divido em duas partes, uma que o concreto ainda</p><p>não esmagou (εc < 0,2%) e outra que o concreto esmagou (εc > 0,2%), consequentemente, apenas</p><p>na segunda parte o concreto atingiu a sua resistência igual a fck.</p><p> Caso uma peça submetida à solicitações normais não esteja dimensionada em algum desses do-</p><p>mínios significa que esse elemento está mal dimensionado.</p><p>A estrutura de concreto armado é com certeza uma das estruturas mais utilizadas nas construções</p><p>brasileiras.</p><p>O concreto armado pode ser adotado em diversos tipos de construção, desde edificações, conten-</p><p>ções, obras de artes especiais, obras de artes correntes, equipamentos como postes, bancos e tantas</p><p>outras opções.</p><p>A estrutura de concreto armado é muito eficiente, pois combina duas características importantes de</p><p>seus principais materiais. Aproveita da melhor forma possível a resistência à compressão do concreto</p><p>e a resistência à tração por meio do aço.</p><p>A combinação do aço com o concreto só é possível pelo fenômeno da aderência. É pela aderência</p><p>que estes dois materiais tão diferentes podem trabalhar juntos e transferir esforços de maneira ade-</p><p>quada.</p><p>Por isso, que as barras de aço utilizadas no concreto possuem nervuras, ou saliências, para aumen-</p><p>tar a superfície de contato e consequentemente a aderência.</p><p>Dicas para uma boa estrutura de concreto armado</p><p>1 – Projeto de estrutura de concreto armado:</p><p>A primeira dica para ter sucesso com este tipo de estrutura é ter em mãos um bom projeto estrutural.</p><p>Assim você garante segurança e economia para sua obra.</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Um bom projeto estrutural depende de dois aspectos importantes, o cálculo estrutural e o detalha-</p><p>mento. O cálculo é a fase do projeto onde o projetista define dimensão das peças, resistência dos</p><p>materiais e quantidade de concreto e aço necessárias para resistir aos esforços.</p><p>A fase do detalhamento é o momento onde será colocada no papel, de maneira gráfica, o que foi cal-</p><p>culado. Ou seja, será indicado os detalhes, posição das armações, dobras, reforços e tantos outros</p><p>pontos importantes.</p><p>Para um projeto de sucesso são necessários um bom cálculo e um bom detalhamento.</p><p>2 – Utilização de materiais de qualidade:</p><p>Outro ponto fundamental para uma estrutura de concreto armado é a utilização de materiais de cons-</p><p>trução de qualidade.</p><p>A qualidade do material dependerá muito da sua origem e da maneira como foi armazenado na obra.</p><p>Materiais de ótima qualidade podem perder suas</p><p>boas características se armazenados de maneira</p><p>inadequada.</p><p>É necessário um cuidado especial com o cimento, areia, brita, aço e a água a ser utilizada.</p><p>O uso de materiais fora da especificação podem reduzir a qualidade final da estrutura, comprome-</p><p>tendo a resistência final do concreto armado.</p><p>3 – Utilização do traço correto:</p><p>O traço do concreto é a quantidade de cada material utilizada para alcançar uma determinada resis-</p><p>tência indicada em projeto.</p><p>A utilização do traço é fundamental para garantir qualidade à estrutura de concreto armado. O traço é</p><p>a combinação ideal de todos os insumos envolvidos na produção do concreto.</p><p>A falta de um traço correto pode ter como consequência baixa resistência do concreto. Em alguns ca-</p><p>sos, pode também gerar desperdício de material, utilizando mais cimento do que realmente precisa</p><p>para determinada obra.</p><p>4 – Processo de fabricação adequado:</p><p>O concreto pode ser preparado de diversas formas, cada uma delas possui seus requisitos para ga-</p><p>rantir a qualidade final do concreto armado.</p><p>O concreto pode ser produzido na obra manualmente, produzido na obra mecanicamente ou pode ser</p><p>industrializado (concreto usinado).</p><p>Todas as formas de produção podem garantir um concreto de qualidade, desde que sejam obedeci-</p><p>dos o que é indicado pela boa prática da engenharia. É necessário ter um cuidado especial com a</p><p>mistura correta dos insumos, pois em cada caso o concreto é feito de maneira diferente.</p><p>5 – Lançamento e adensamento correto:</p><p>O lançamento e o adensamento também são importantes para que se tenha uma estrutura de con-</p><p>creto armado de qualidade.</p><p>O lançamento deve ser feito de uma altura adequada para não produzir segregação do material. Em</p><p>especial na concretagem de pilares e elementos de fundação o lançamento deve utilizar de artifícios</p><p>para reduzir a altura do lançamento.</p><p>O adensamento também será responsável por uma estrutura sem defeitos, eliminando possíveis va-</p><p>zios no concreto e a formação de brocas. O adensamento pode ser feito com auxílio de vibradores</p><p>manuais.</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>6 – Cura do concreto armado:</p><p>Por fim, será necessário ter um cuidado especial com a cura do concreto armado.</p><p>Uma boa cura pode limitar consideravelmente a formação de fissuras de retração durante o processo</p><p>de endurecimento da estrutura.</p><p>Esta cura pode ser feita de inúmeras formas. A mais convencional é a cura úmida, com a aplicação</p><p>de água na superfície do concreto de forma periódica até a finalização do processo de cura.</p><p>É possível utilizar também mantas e lonas sobre o concreto, permanecer com as formas de madeira</p><p>nas laterais da viga e fundos de laje, e até mesmo utilização de cura química para alguns tipos de es-</p><p>trutura.</p><p>Cimento: diferentes tipos e aplicações</p><p>Cimento é o nome popular para o mundialmente famoso Cimento Portland – produto batizado pelo</p><p>empresário Joseph Aspdin, que o descobriu em 1824, na ilha britânica de Portland. Trata-se de um</p><p>pó fino com propriedades ligantes que endurece sob a ação da água e que, depois de endurecido,</p><p>mesmo que seja novamente submetido à água, não se decompõe mais.</p><p>Existem no Brasil cerca de cinco tipos básicos de cimento e três especiais. Embora todos sejam indi-</p><p>cados para uso geral na construção civil, há diferenças entre eles. “Conhecer bem as características</p><p>e propriedades, ligadas a cada tipo, ajuda a aproveitá-las da melhor forma possível na aplicação que</p><p>se tem em vista”, afirma Arnaldo Forti Battagin, gerente do laboratório da Associação Brasileira do Ci-</p><p>mento Portland (ABCP).</p><p>O cimento é composto principalmente do material clínquer – uma mistura de calcário, argila e compo-</p><p>nentes químicos – e diferenciado conforme a adição de outros materiais, como: gesso, que aumenta</p><p>o tempo de pega; escória, que aumenta a durabilidade na presença de sulfato, mas, quando em gran-</p><p>des quantidades, pode diminuir a resistência; argila pozolânica, que confere maior impermeabilidade</p><p>ao concreto; e o próprio calcário, que, muitas vezes, é utilizado em maior quantidade para reduzir o</p><p>custo do cimento.</p><p>Portanto, as diferenças estão na composição do material, o que pode impactar suas características e</p><p>propriedades de resistência, trabalhabilidade, durabilidade e impermeabilidade. A disponibilidade dos</p><p>tipos de cimento depende primordialmente da demanda de mercado e da região. “Em cada região do</p><p>Brasil você encontra um tipo com mais disponibilidade que outro, devido à maior quantidade de maté-</p><p>ria-prima de aditivo disponível”, explica o engenheiro e arquiteto Fabrício Rossi da Cruz.</p><p>Tipos De Cimento</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Cimento CP-I (NBR 5.732) ou Cimento Portland Comum: recebe este nome porque não possui ne-</p><p>nhum tipo de aditivo, apenas o gesso, que tem a função de retardar o início de pega do cimento para</p><p>possibilitar mais tempo na aplicação. Tem alto custo e menos resistência. Sua produção é direcio-</p><p>nada para a indústria.</p><p>Classe de resistência: 25 MPa. “Este tipo já está quase ausente no mercado”, diz Battagin.</p><p>Cimento CP-II (NBR 11.578) ou Cimento Portland Composto: assim conhecido porque tem a adi-</p><p>ção de outros materiais na sua mistura, que conferem a este cimento um menor calor de hidratação,</p><p>ou seja, ele libera menos calor quando entra em contato com a água. O CP-II é apresentado em três</p><p>opções: CP-II E – cimento portland com adição de escória de alto-forno; CP-II Z – cimento portland</p><p>com adição de material pozolânico; e CP-II F – cimento portland com adição de material carbonático</p><p>– fíler.</p><p>Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa. “É versátil e aplicado a todas as fases de obras”, diz Cruz.</p><p>Cimento CP-III (NBR 5.735) ou Cimento Portland de Alto-forno: tem em sua composição de 35% a</p><p>70% de escória de alto-forno. Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor</p><p>de hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado, além de ser</p><p>resistente a sulfatos. É menos poroso e mais durável.</p><p>Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa.</p><p>Cimento CP-IV (NBR 5.736) ou Cimento Portland Pozolânico: tem em sua composição de 15% a</p><p>50% de material pozolânico. Por isso, proporciona estabilidade no uso com agregados reativos e em</p><p>ambientes de ataque ácido, em especial de ataque por sulfatos. Possui baixo calor de hidratação, o</p><p>que o torna bastante recomendável na concretagem de grandes volumes e sob temperaturas eleva-</p><p>das. É pouco poroso, sendo resistente à ação da água do mar e de esgotos.</p><p>Classe de resistência: 25 e 32 MPa.</p><p>Cimento CP-V ARI (NBR 5.733) ou Cimento Portland de Alta Resistência Inicial: em função do</p><p>seu processo de fabricação, tem alta reatividade nas primeiras horas de aplicação, fazendo com que</p><p>atinja resistências elevadas em um curto intervalo de tempo. Ao final dos 28 dias de cura, também</p><p>atinge resistências maiores que os cimentos convencionais. É muito utilizado em obras industriais</p><p>que exigem um tempo de desforma menor. É recomendado apenas para a fabricação de concretos.</p><p>Cimento RS (NBR 5.737) ou Cimento Portland Resistente a Sulfatos: Os materiais sulfatados es-</p><p>tão presentes em redes de esgoto, ambientes industriais e água do mar. Sendo assim, seu uso é indi-</p><p>cado para construções nesses ambientes.</p><p>Cimento Branco (NBR 12.989) ou Cimento Portland Branco (CPB): tem como principal caracterís-</p><p>tica a cor branca, que é conseguida através de matérias-primas com baixo teor de manganês e ferro</p><p>e utilização do caulim no lugar da argila. Existem dois tipos de cimento branco. Um deles é o estrutu-</p><p>ral, indicado para fins arquitetônicos. “Ele não é muito comum nos dias de hoje, devido ao custo e à</p><p>tecnologia que as tintas alcançaram”, diz Cruz. Além dele, há o não estrutural, indicado para rejunte</p><p>de cerâmicas.</p><p>Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) / (NBR 13.116): este tipo de cimento tem a</p><p>propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando</p><p>o aparecimento de fissuras de origem</p><p>térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do</p><p>cimento.</p><p>Cimento e Suas Aplicações</p><p>“É preciso esclarecer que todos os tipos de Cimento Portland são adequados a todos os tipos de es-</p><p>trutura e aplicações. Existem, entretanto, alguns tipos de cimento que são mais vantajosos ou reco-</p><p>mendáveis para determinados usos”, explica Arnaldo Forti Battagin.</p><p>Sendo assim, os cimentos CP I e CP II se destinam a aplicações gerais. “Este último é o mais encon-</p><p>trado no mercado (>60%) e o mais consumido, ao passo que o CP I, apesar de normalizado, quase</p><p>não é mais produzido no Brasil, sendo geralmente fornecido apenas sob encomenda”, afirma o ge-</p><p>rente do laboratório da ABCP.</p><p>As principais vantagens na utilização dos Cimentos Portland de alto-forno (CP III) e pozolânico (CP</p><p>IV) estão ligadas à maior estabilidade, durabilidade e impermeabilidade que conferem ao concreto; ao</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>menor calor de hidratação; à maior resistência ao ataque por sulfatos; à maior resistência à compres-</p><p>são em idades mais avançadas; e à maior resistência à tração e à flexão. Portanto, são recomendá-</p><p>veis em obras de concreto-massa, como barragens e peças de grandes dimensões, fundações de</p><p>máquinas e pilares; obras em contato com ambientes agressivos por sulfatos e terrenos salinos; tu-</p><p>bos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos ou efluentes industriais; concretos</p><p>com agregados reativos, pois esses cimentos concorrem para minimizar os efeitos expansivos da rea-</p><p>ção álcali-agregado; pilares de pontes ou obras submersas em contato com águas correntes puras;</p><p>obras em zonas costeiras ou em água do mar; pavimentação de estradas e pistas de aeroportos etc.</p><p>Já o ARI (CP V) é o mais adequado para aplicações nas quais o requisito de elevada resistência às</p><p>primeiras idades é fundamental, como na indústria de pré-moldados, em que se necessita de uma</p><p>desforma rápida. Esse tipo de cimento alcança uma boa resistência em uma semana, enquanto os</p><p>demais levam um mês. “Como endurece rápido, se não for bem curado, pode apresentar fissuração</p><p>ou trincas se a concretagem for feita sob insolação, em dias muitos secos ou com ventos, devido ao</p><p>fenômeno da retração por secagem. Evite usá-lo em aplicações corriqueiras, como em revestimento</p><p>de argamassa ou em concreto-massa, pois, nesses casos, pode também ocasionar fissuração”, ori-</p><p>enta Battagin, gerente do laboratório da ABCP.</p><p>Cimentos X Características</p><p>Neste quadro, você consegue comparar os tipos de Cimento Portland de acordo com as característi-</p><p>cas e as vantagens que eles proporcionam ao concreto e à argamassa. Uma mão na roda na hora de</p><p>escolher!</p><p>Proprie-</p><p>dade</p><p>Co</p><p>mu</p><p>m</p><p>e</p><p>Co</p><p>mp</p><p>ost</p><p>o</p><p>Alto-</p><p>Forno</p><p>Pozo-</p><p>lânico</p><p>Alta</p><p>Re-</p><p>sis-</p><p>tên-</p><p>cia</p><p>Ini-</p><p>cial</p><p>Re-</p><p>sis-</p><p>tente</p><p>aos</p><p>Sul-</p><p>fatos</p><p>Branco</p><p>Estru-</p><p>tural</p><p>Baixo</p><p>Calor</p><p>de Hi-</p><p>drata-</p><p>ção</p><p>Resistên-</p><p>cia à</p><p>compres-</p><p>são</p><p>Pa-</p><p>drã</p><p>o</p><p>Menor</p><p>nos</p><p>primei-</p><p>ros</p><p>dias e</p><p>maior</p><p>no fi-</p><p>nal da</p><p>curao</p><p>Menor</p><p>nos</p><p>pri-</p><p>mei-</p><p>ros</p><p>dias e</p><p>maior</p><p>no fi-</p><p>nal da</p><p>cura</p><p>Muito</p><p>maior</p><p>nos</p><p>pri-</p><p>mei-</p><p>ros</p><p>dias</p><p>Pa-</p><p>drão</p><p>Padrão</p><p>Menor</p><p>nos</p><p>pri-</p><p>mei-</p><p>ros</p><p>dias e</p><p>pa-</p><p>drão</p><p>no fi-</p><p>nal da</p><p>cura</p><p>Calor ge-</p><p>rado na</p><p>reação</p><p>do ci-</p><p>mento</p><p>com a</p><p>água</p><p>Pa-</p><p>drã</p><p>o</p><p>Menor Menor Maior</p><p>Pa-</p><p>drão</p><p>Maior Menor</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Imperme-</p><p>abilidade</p><p>Pa-</p><p>drã</p><p>o</p><p>Maior Maior</p><p>Pa-</p><p>drão</p><p>Pa-</p><p>drão</p><p>Padrão</p><p>Pa-</p><p>drão</p><p>Resistên-</p><p>cia aos</p><p>agentes</p><p>agressi-</p><p>vos</p><p>(água do</p><p>mar e de</p><p>esgotos)</p><p>Pa-</p><p>drã</p><p>o</p><p>Maior Maior</p><p>Me-</p><p>nor</p><p>Maior Menor Maior</p><p>Durabili-</p><p>dade</p><p>Pa-</p><p>drã</p><p>o</p><p>Maior Maior</p><p>Pa-</p><p>drão</p><p>Maior Padrão Maior</p><p>Tipos de Cimento Portland X Aplicações</p><p>Está com dificuldade para definir qual o melhor tipo de Cimento Portland para a sua construção? Es-</p><p>colha a partir da indicação de aplicação dada pelo gerente de laboratório da ABCP, Arnaldo Forti Bat-</p><p>tagin.</p><p>Aplicação Tipos de cimento Portland</p><p>Argamassa de revestimento e assentamento</p><p>de tijolos e blocos</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III) e Pozolânico (CP IV)</p><p>Argamassa de assentamento de azulejos e</p><p>ladrilhos</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F) e Pozo-</p><p>lânico (CP IV)</p><p>Argamassa de rejuntamento de azulejos e</p><p>ladrilhos</p><p>Branco (CPB)</p><p>Concreto simples (sem armadura)</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III) e Pozolânico (CP IV)</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Concreto magro (para passeios e enchimen-</p><p>tos)</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III) e Pozolânico (CP IV)</p><p>Concreto armado com função estrutural</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV), de</p><p>Alta Resistência Inicial (CP V-ARI) e Branco</p><p>Estrutural (CPB Estrutural)</p><p>Concreto protendido com protensão das bar-</p><p>ras antes do lançamento do concreto</p><p>Composto (CP II-Z, CP II-F), de Alta Resis-</p><p>tência Inicial (CP V-ARI) e Branco Estrutural</p><p>(CPB Estrutural)</p><p>Concreto protendido com protensão das bar-</p><p>ras após o endurecimento do concreto</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV), de</p><p>Alta Resistência Inicial (CP V-ARI) e Branco</p><p>Estrutural (CPB Estrutural)</p><p>Concreto armado para desforma rápida, cu-</p><p>rado por aspersão de água ou produto quí-</p><p>mico</p><p>de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI), Com-</p><p>posto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de Alto-</p><p>Forno (CP III), Pozolânico (CP IV) e Branco</p><p>Estrutural (CPB Estrutural)</p><p>Concreto armado para desforma rápida, cu-</p><p>rado a vapor ou com outro tipo de cura tér-</p><p>mica</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV), de</p><p>Alta Resistência Inicial (CP V-ARI) e Branco</p><p>Estrutural (CPB Estrutural)</p><p>Elementos pré-moldados de concreto e arte-</p><p>fatos de cimento curados por aspersão de</p><p>água</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV), de</p><p>Alta Resistência Inicial (CP V-ARI) e Branco</p><p>Estrutural (CPB Estrutural) (VER NOTA) (*)</p><p>Elementos pré-moldados de concreto e arte-</p><p>fatos de cimento para desforma rápida, cu-</p><p>rados por aspersão de água</p><p>de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI), Com-</p><p>posto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F) e Branco</p><p>Estrutural (CPB Estrutural)</p><p>CONCRETO ARMADO</p><p>10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR</p><p>Elementos pré-moldados de concreto e arte-</p><p>fatos de cimento para desforma rápida, cu-</p><p>rados a vapor ou com outro tipo de cura tér-</p><p>mica</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV) e</p><p>Branco Estrutural (CPB Estrutural)</p><p>Pavimento de concreto simples ou armado</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III) e Pozolânico (CP IV)</p><p>Pisos industriais de concreto</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV) e de</p><p>Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)</p><p>Concreto arquitetônico Branco Estrutural (CPB Estrutural)</p><p>Solo-cimento</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III) e Pozolânico (CP IV)</p><p>Argamassas e concretos para meios agres-</p><p>sivos (água do mar e de esgotos)</p><p>de Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV) e</p><p>Resistente a Sulfatos</p><p>Concreto-massa</p><p>de Alto-Forno (CP III), Pozolânico (CP IV) e</p><p>de Baixo Calor de Hidratação</p><p>Concreto com agregados reativos</p><p>Composto (CP II-E, CP II-Z, CP II-F), de</p><p>Alto-Forno (CP III) e Pozolânico (CP IV)</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________________</p>

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