Prévia do material em texto
<p>Formação natural e socioespacial da</p><p>América Latina</p><p>Você vai compreender a América Latina, correlacionando suas características físicas e socioespaciais.</p><p>Profa. Patrícia Quadros</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>A compreensão da evolução da Terra, a partir da ocorrência de processos geológico-geomorfológicos que</p><p>resultaram na configuração atual e a correlação de tais características com os aspectos fisiográficos da</p><p>América Latina são fundamentais para a atuação do profissional de geografia.</p><p>Objetivos</p><p>Reconhecer o processo de formação da Terra até chegar na configuração geoespacial das Américas.</p><p>Identificar os aspectos fisiográficos da América Latina a partir do processo de formação dos</p><p>continentes e a distribuição das terras em zona intertropical.</p><p>Introdução</p><p>A América Latina (AL) é uma divisão regional do continente americano, que se estende por mais de 20 mil km²,</p><p>desde o México até o sul da América do Sul. A região consiste em países que detêm não só a estrutura</p><p>socioeconômica, mas também um passado histórico semelhante, além de ter o latim como base dos principais</p><p>idiomas falados.</p><p>Tratando-se da América Latina é imprescindível citar a riqueza paisagística decorrente de sua posição</p><p>geográfica, pois ela abrange diversos tipos de relevo e clima, que refletem na significativa presença da</p><p>biodiversidade local.</p><p>Será impossível, no entanto, compreender todo esse processo sem entender a formação da Terra e como ela</p><p>impacta a região. Neste estudo, você fará uma grande relação entre o complexo processo de formação de</p><p>nosso planeta e as características que acabam por se materializar no universo das Américas.</p><p>•</p><p>•</p><p>Representação das condições da atmosfera na Terra</p><p>primitiva.</p><p>Representação da Terra primitiva e formação dos</p><p>oceanos e atmosfera.</p><p>1. Formação da Terra e sua estrutura interna</p><p>Formação da Terra</p><p>A teoria mais aceita sobre a origem do universo atualmente é a Teoria do Big Bang, com a criação do universo</p><p>há cerca de 13,7 bilhões de anos depois de uma “explosão cósmica”. Tratando-se da Terra, ela foi formada há</p><p>aproximadamente 4,6 bilhões de anos, devido à grande quantidade de material reunido em um dos</p><p>redemoinhos turbulentos que girava ao redor do Sol.</p><p>Essa Terra “primitiva” também possuía composição e</p><p>densidade uniformes, sendo composta basicamente de</p><p>silício, ferro, magnésio, oxigênio e pequenas quantidades de</p><p>todos os outros elementos químicos. Mais tarde, ao ter</p><p>contato com calor, toda essa composição homogênea</p><p>desapareceu, sendo substituída por uma série de camadas</p><p>concêntricas de composição e densidades diferentes,</p><p>resultando em um planeta internamente diferenciado.</p><p>Desse modo, assim que a Terra se tornou quente e fundida,</p><p>os materiais iniciaram o fracionamento por densidade. O</p><p>ferro, mais pesado (d = 7,2) e mais abundante dos materiais,</p><p>afundou em direção ao centro de gravidade para formar o</p><p>núcleo; permanecendo ainda quente e fundido após 4 bilhões de anos. Os materiais mais leves, como olivina</p><p>(d = ~ 4,3) e piroxênio (d = ~ 3,3), elevaram-se para formar o manto, constituído em grande parte por dunito e</p><p>peridotito, e seus equivalentes metamórficos, como eclogito. Finalmente os materiais mais leves, plagioclásios</p><p>cálcicos (anortositos, d = 2,76) elevaram-se como uma espuma em direção à superfície para formar a</p><p>litosfera.</p><p>Quando se deu a acreção da Terra, ela era homogênea, sem qualquer diferenciação. Talvez, ainda durante a</p><p>acreção ou no fim, tenha começado a diferenciação do núcleo à custa da massa que constituía o planeta.</p><p>Nessa diferenciação, o ferro e o níquel sob a forma metálica com mistura de sulfuretos, todos mais densos do</p><p>que os silicatos, em meio poroso, migraram para o centro da Terra e os silicatos subiram para o lugar do ferro,</p><p>no manto. O manto, com a continuação do processo, ficou empobrecido em ferro e mais rico em silicatos. Esta</p><p>foi a primeira e grande diferenciação, a qual, tudo leva a crer, ainda não terminou.</p><p>A segunda diferenciação do manto deu-se à superfície, em oposição ao núcleo, com a formação da crosta. A</p><p>crosta primitiva resultou da fusão da camada superficial, em consequência dos impactos dos meteoritos e</p><p>corpos de grandes dimensões. Sob essa crosta fina, o manto iniciava a sua atividade que iria modificar a face</p><p>da Terra. Por último, o manto perdeu grande parte dos seus voláteis, que foram originar os oceanos e a</p><p>atmosfera.</p><p>Este processo de diferenciação de camadas é considerado</p><p>o mais importante acontecimento da história da Terra, pois,</p><p>além de levar à formação da crosta e dos continentes,</p><p>também foi possivelmente o responsável pela liberação de</p><p>gases no interior do planeta, que levaram à formação do</p><p>oceano e da atmosfera.</p><p>Atualmente sabe-se que a Terra é composta por um</p><p>conjunto de três sistemas. Confira!</p><p>Sistema clima</p><p>Composto pela atmosfera e hidrosfera, que,</p><p>juntas, formam a biosfera.</p><p>Sistema tectônica de placas</p><p>Formado pela litosfera, astenosfera e manto</p><p>inferior.</p><p>Sistema geodínamo</p><p>Composto pelo núcleo interior e exterior.</p><p>Para entender melhor esses três sistemas, confira a imagem a próxima imagem!</p><p>Assim, tem-se a origem dos oceanos e da atmosfera, a partir do processo de acreção heterogênea e</p><p>diferenciação de camadas, quando o manto perde grande parte dos seus voláteis e os libera no interior do</p><p>planeta. É importante salientar que a atmosfera e a hidrosfera foram formadas lentamente pela perda de</p><p>gases durante as erupções vulcânicas.</p><p>A Terra é um planeta extremamente dinâmico e vive em constante processo de mutação desde os</p><p>seus ± 4,6 bilhões de anos. Essas mudanças ocorrem desde o tamanho e formato até a distribuição</p><p>geográfica das bacias oceânicas e continentes.</p><p>Para que a Terra alcançasse o nível de evolução no qual se encontra o planeta hoje, foram necessários</p><p>milhões de anos para que este cenário se configurasse e pudesse oferecer as condições ideais para o</p><p>desenvolvimento da vida.</p><p>Durante seu processo de formação, a Terra, que atualmente já possui diferentes características em</p><p>consistência e principalmente em temperatura, em períodos passados houve variações extremas, com</p><p>temperaturas muito acima das atuais e outrora temperaturas glaciais. Veja a transição a seguir!</p><p>A Terra é formada por três camadas concêntricas: núcleo, manto e crosta, originadas pelas variações de</p><p>temperatura, composição e pressão, que resultaram na diferenciação de suas densidades. Confira o esquema</p><p>a seguir para entender melhor!</p><p>Analisando as camadas concêntricas acima citadas, vemos algumas diferenciações entre elas:</p><p>Núcleo</p><p>É a porção mais interna da Terra e ocupa cerca de 16% do seu interior. É dividido em núcleo interno e</p><p>núcleo externo, apresentando espessura aproximada de 1200 km e 2270 km, respectivamente.</p><p>Manto</p><p>Possui aproximadamente 2900 km de espessura e é a camada responsável por envolver o núcleo da</p><p>Terra. O manto corresponde a 82% do volume do interior da Terra, e é dividido em manto superior e</p><p>manto inferior.</p><p>Crosta</p><p>É a camada mais superficial da Terra e pode chegar até cerca de 70 km de espessura. Ela é dividida</p><p>em crosta continental e crosta oceânica, condizendo com as camadas mais externas sob as áreas</p><p>continentais e oceânica, respectivamente. Destaca-se que a densidade da crosta oceânica é superior</p><p>(3,0 g/cm³) a da crosta continental (2,7 g/cm³).</p><p>As camadas da Terra apresentam diferenciação de densidade, que vai reduzindo à medida que se aproxima da</p><p>superfície da Terra, ou seja, a densidade é mais alta no núcleo e mais baixa na crosta.</p><p>Agora que verificamos a divisão da Terra em camadas concêntricas, perguntamos: você sabia que a estrutura</p><p>interna da Terra pode ser dividida de acordo com suas propriedades e comportamentos? Vamos ver com isso</p><p>funciona!</p><p>Além das camadas concêntricas, a Terra possui camadas que são baseadas em suas propriedades físicas e na</p><p>forma como se comportam. Assim, elas se subdividem da seguinte maneira, confira!</p><p>Litosfera</p><p>Composta pela crosta associada ao manto superior, formam a parte mais externa da Terra. Por ter</p><p>uma estrutura sólida e, consequentemente, mais rígida, seu comportamento</p><p>se caracteriza como</p><p>rúptil.</p><p>Astenosfera</p><p>Corresponde ao manto inferior e, sua estrutura é composta de um material mais mole e plástico,</p><p>exprimindo comportamento dúctil. É na astenosfera, inclusive, que não somente são geradas as</p><p>atividades vulcânicas, mas também há a redução drástica das ondas sísmicas.</p><p>Mesosfera</p><p>Denominação dada à camada que se localiza entre a litosfera e o núcleo, possui composição sólida e</p><p>rígida.</p><p>Núcleo externo</p><p>Caracteriza-se como umas das partes mais internas da Terra, de composição líquida.</p><p>Núcleo interno</p><p>Corresponde à parte mais interna da Terra, de composição sólida.</p><p>Antes de prosseguir, você sabia que é na litosfera que estão as chamadas placas tectônicas. Você já ouviu</p><p>falar sobre elas?</p><p>As placas tectônicas (imagem a seguir) são placas rígidas que formam a litosfera. Sua espessura varia de 100</p><p>a 200km, e seus movimentos ocorrem em variadas direções, assim como suas velocidades são diversas.</p><p>Devido a estes movimentos, as placas podem se chocar, se afastar ou mesmo deslizar. Este é o movimento</p><p>responsável pelas diversas configurações dos continentes ao longo de milhares de anos. Vale lembrar que</p><p>essa movimentação provoca as atividades sísmicas, e pode ocasionar não só terremotos, como erupções</p><p>vulcânicas.</p><p>Na imagem anterior, os números representam as velocidades em cm/ano entre as placas, e as setas, os</p><p>sentidos do movimento. Por exemplo, a velocidade de 10,1 para a placa Sul-Americana indica que um ponto</p><p>situado nesta placa está se aproximando de algum ponto da placa de Nazca a uma razão de 10,1 cm por ano.</p><p>Fique tranquilo! Iremos falar mais sobre as placas tectônicas a seguir.</p><p>A Terra e suas camadas</p><p>Neste vídeo, vamos explicar de forma visual o movimento e o impacto do processo de formação da Terra e</p><p>suas camadas.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>A formação geológica e territorial da América Latina</p><p>A história geológica da Terra, com sua divisão em camadas e constante dinâmica, tem implicações diretas nas</p><p>características territoriais que observamos hoje. A América Latina, em especial, é um testemunho vívido da</p><p>interação de processos geológicos e suas consequências.</p><p>A América Latina estende-se desde o México, no norte, até a ponta da América do Sul. Esta região apresenta</p><p>uma diversidade geográfica imensa, que é o resultado de milhões de anos de atividade geológica. Veja e</p><p>entenda a seguir um pouco dessa diversidade geográfica!</p><p>Cordilheira dos Andes</p><p>Um dos destaques da geologia da América Latina é, sem dúvida, a</p><p>Cordilheira dos Andes. Esta majestosa cadeia montanhosa se estende</p><p>por cerca de 7 mil km ao longo da costa ocidental da América do Sul,</p><p>abrangendo sete países. Os Andes são resultado direto da interação</p><p>entre a Placa de Nazca e a Placa sul-americana. À medida que a Placa de</p><p>Nazca se move para o leste e submerge sob a Placa sul-americana, o</p><p>atrito e o calor gerados fazem com que a crosta terrestre se eleve,</p><p>formando os Andes.</p><p>Bacias hidrográficas</p><p>A atividade tectônica também influenciou a formação das grandes bacias</p><p>hidrográficas da América latina. A Bacia Amazônica, por exemplo, que</p><p>abriga o Rio Amazonas, o maior rio do mundo em volume de água, é</p><p>resultado de depressões na crosta terrestre formadas ao longo de</p><p>milhões de anos. A região andina desempenhou um papel crucial,</p><p>barrando as águas e permitindo que a bacia se enchesse.</p><p>Deserto do atacama, Chile.</p><p>Atividade vulcânica</p><p>A suducção da Placa de Nazca sob a placa sul-americana não apenas</p><p>formou a Cordilheira dos Andes, mas também resultou em intensa</p><p>atividade vulcânica. Países como Chile, Equador e Guatemala abrigam</p><p>vários vulcões ativos, graças à sua posição sobre a borda das placas</p><p>tectônicas.</p><p>Falha de San Andreas</p><p>No extremo norte da América Latina, no México, a Falha de San Andreas</p><p>é um exemplo de uma falha transformante, onde duas placas se movem</p><p>lateralmente uma em relação à outra. Esta falha é responsável por muitos</p><p>terremotos na região.</p><p>Formação do Istmo do Panamá</p><p>O surgimento do Istmo do Panamá é outro evento geológico significativo</p><p>que afetou a América Latina. A colisão das Placas do Caribe e sul-</p><p>americana resultou na elevação de uma ponte terrestre entre a América</p><p>do Norte e a América do Sul. Esta conexão alterou significativamente os</p><p>padrões de circulação oceânica e teve implicações profundas no clima e</p><p>na biodiversidade.</p><p>As Américas, abrangendo desde as vastas extensões árticas do Norte até os confins gelados do Sul,</p><p>ostentam uma complexa matriz geomorfológica e climática. Esta diversidade, intrínseca à formação geológica</p><p>do continente não apenas determinou os padrões de assentamento e cultura, mas também delineou sua</p><p>riqueza mineral e biodiversidade. Ao longo da história, os vastos depósitos de minerais como ouro, prata,</p><p>cobre e lítio nas Américas têm sido centrais para o desenvolvimento econômico de várias nações, atraindo</p><p>tanto investimento quanto conflito.</p><p>Na América Latina, a convergência de geografia e</p><p>biodiversidade se manifesta de maneira única. Regiões</p><p>como o Deserto de Atacama no Chile são ricas em</p><p>depósitos minerais, enquanto a Amazônia é um repositório</p><p>de biodiversidade, cujos recursos têm implicações</p><p>profundas na economia, desde a exploração madeireira até</p><p>a bioprospecção.</p><p>Cordilheira dos Andes.</p><p>A imponente Cordilheira dos Andes, por sua</p><p>vez, é uma fonte inestimável de minerais</p><p>metálicos e não metálicos, fundamentais para a</p><p>economia de países como Peru, Chile e Bolívia.</p><p>Ao mesmo tempo, a diversidade biológica da</p><p>região, com seus inúmeros ecossistemas,</p><p>oferece uma variedade de produtos naturais</p><p>que são essenciais para a indústria</p><p>farmacêutica, alimentícia e cosmética,</p><p>consolidando a América Latina como um ator</p><p>vital no cenário econômico global.</p><p>Em resumo, a geologia da América Latina é um</p><p>mosaico complexo, moldado pela interação de</p><p>várias placas tectônicas. Os movimentos destas placas ao longo de milhões de anos deram forma às</p><p>montanhas, vales, rios e planícies que constituem a paisagem diversificada da região. A rica biodiversidade e</p><p>os recursos naturais da América Latina são, em grande parte, o resultado de sua história geológica única.</p><p>Aspectos gerais da geomorfologia da América Latina</p><p>Neste vídeo, a professora Patrícia Quadros introduz uma visão geral sobre a geomorfologia da América Latina,</p><p>indicando chaves que ajudarão na compreensão de sua leitura.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Teoria da deriva continental</p><p>A teoria das placas tectônicas teve início quando apareceram os primeiros mapas das costas da África e</p><p>América do Sul. Foi no começo do século XVI que Francis Bacon, um filósofo inglês, percebeu que ambas as</p><p>costas se encaixavam e levantou a hipótese de que em algum momento passado poderia ser tudo uma coisa</p><p>única, mas não foi possível comprovar nada pela ausência de provas.</p><p>Mais tarde, no entanto, o cientista Alfred Wegener, ao observar o mapa-múndi, dedicou-se a comprovar a</p><p>teoria de que todos os continentes se encaixavam e que algum dia eles formaram apenas um único e grande</p><p>continente, e foi no início do século XX que se deu origem à teoria das placas tectônicas.</p><p>Usando conhecimentos de diversas áreas da ciência, Wegener percebeu que ocorriam determinadas</p><p>situações (imagem a seguir), como a presença de mesma fauna, flora, tipos de solo, cadeias montanhosas etc.</p><p>em locais completamente distantes, que só seriam possíveis se a sua ideia inicial, de que em algum momento</p><p>tudo era um grande continente, estivesse certa.</p><p>Tal megacontinente foi denominado Pangeia, cuja fragmentação iniciou-se com sua divisão em dois</p><p>continentes menores, um ao Norte (Laurásia) e outro ao Sul (Gondwana), até que chegasse na configuração</p><p>atual da Terra, confira na sequência a seguir a evolução da Pangeia!</p><p>Terra — 225 milhões de anos</p><p>Terra — 150 milhões de anos</p><p>Terra — 100 milhões de anos</p><p>Terra — hoje</p><p>Não pense que esse processo de separação dos continentes iniciou-se na Pangeia há cerca de 200 milhões</p><p>de anos. Atualmente, através de dados geocronológicos, paleomagnéticos e geotectônicos,</p><p>é sabido que esse</p><p>processo teve origem bem anterior, de modo que as massas continentais se aglutinavam em blocos de</p><p>dimensões e formatos diferentes dos continentes atuais (confira na sequência a seguir!). Pode-se dizer que a</p><p>Pangeia foi apenas a última importante aglutinação de continentes.</p><p>2 bilhões de anos atrás</p><p>1 bilhão de anos atrás</p><p>550 milhões de anos atrás</p><p>230 milhões de anos atrás</p><p>105 milhões de anos atrás</p><p>Wegener juntou todas as evidências que encontrou para provar a teoria da deriva continental, mas ainda</p><p>ficaram faltando respostas para muitas perguntas que seriam cruciais para provar a sua teoria. Então, após</p><p>sua morte, suas ideias começaram a ficar esquecidas e só ressurgiram no início da década de 1940, com o</p><p>advento da Segunda Guerra Mundial devido à necessidade militar de saber a localização dos submarinos.</p><p>Para que isso ocorresse, desenvolveram aparelhos que fossem capazes de traçar detalhadamente mapas do</p><p>relevo do fundo oceânico. E com tais aparelhos, foi vista a presença de cadeias montanhosas, fendas e fossas</p><p>bem profundas, surpreendendo os pesquisadores, mostrando que o fundo do oceano é mais geologicamente</p><p>ativo do que se imaginava.</p><p>Ilustração com demarcação da Cadeia Mesoceânica.</p><p>Em meados do século XX, pesquisadores de</p><p>universidades americanas com aparelhos novos</p><p>e através da coleta de amostras de rochas do</p><p>fundo oceânico cartografaram uma enorme</p><p>cadeia montanhosa que era contínua ao longo</p><p>da Terra, e que mais tarde viria a ser</p><p>denominada Cadeia Mesoceânica.</p><p>Constatou-se também que no eixo dessas</p><p>montanhas havia a presença de vales,</p><p>associados a um sistema de riftes, dando</p><p>indícios de um sistema tensional. Depois disso,</p><p>eles viram que o fluxo térmico era mais alto que</p><p>nas áreas próximas da crosta oceânica e que,</p><p>assim sendo, seria uma zona de forte atividade sísmica e vulcânica.</p><p>Ao descobrirem a Cadeia Mesoceânica o que mais chocou e ficou sendo a mais importante das</p><p>descobertas foi, todavia, a cadeia montanhosa que dividia o fundo do mar em duas partes, que</p><p>poderia representar uma “cicatriz” que demarcava o afastamento dos continentes.</p><p>Ao avançarem os estudos sobre a Cadeia Mesoceânica, cogitaram a hipótese de que a expansão do fundo</p><p>oceânico estaria ligada a processos de convecção no interior da Terra. E esses processos seriam originados</p><p>por causa da quantidade de calor que era liberada na Dorsal Mesoceânica, fazendo com que o material do</p><p>manto que estava mais denso por conta da alta temperatura subisse e, ao atingir a superfície se movimentaria</p><p>lateralmente, daí o fundo oceânico se “afastaria” da dorsal. Assim, a deriva continental e a expansão do fundo</p><p>do oceano seriam apenas consequência das correntes de convecção.</p><p>Com a expansão do assoalho oceânico, os continentes seriam “fixos” em uma placa que deslizaria. No</p><p>entanto, para que continuasse ocorrendo o processo de geração da crosta oceânica, outro local haveria de se</p><p>“deteriorar”, por meio de consumo ou destruição desta crosta, pois, caso contrário, haveria a expansão da</p><p>Terra.</p><p>Este seria o processo em que a crosta oceânica com maior nível de densidade mergulharia em direção ao</p><p>interior da Terra até atingir as condições de temperatura e pressão necessárias para sofrer fusão e, assim,</p><p>retornar ao manto. Esse processo seria denominado zonas de suducção.</p><p>Representação do processo de suducção.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ver mais detalhes da imagem</p><p>abaixo.</p><p>Representação do processo de suducção.</p><p>Uma das questões cruciais que Wegener não conseguiu esclarecer e acabou tornando-se uma objeção à sua</p><p>teoria era a de que ele não sabia explicar o que seria capaz de movimentar os blocos continentais. Mais tarde</p><p>foi descoberto que era por meio das correntes de convecção do manto superior.</p><p>A Terra em movimentos e as Américas nesse contexto</p><p>Neste vídeo, a professora Patrícia Quadros explica a teoria da deriva continental, fazendo a relação com a</p><p>América Latina.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Tectônica global</p><p>Conforme vimos anteriormente, as placas tectônicas são placas rígidas que formam a litosfera, que se movem</p><p>de distintas formas. Em média, seu deslocamento varia de 2 a 3 cm/ano e, hoje, já se sabe que sua velocidade</p><p>de deslocamento está diretamente relacionada à sua proporção continental e à geometria do movimento da</p><p>placa.</p><p>Tratando-se da velocidade relativa, esta é medida através dos hot spots que são tidos como pontos de</p><p>referência, e quando há a passagem da placa sobre esses pontos, deixam marcadas feições lineares que</p><p>indicam o seu movimento.</p><p>Isso explica a estrutura da crosta como resultado da divisão da litosfera superior em várias placas</p><p>semirrígidas, que se movem impulsionadas pelas células de corrente de convecção. Ela explica a formação</p><p>dos oceanos e das cadeias de montanhas associadas à ocorrência de vulcanismos e terremotos.</p><p>Devemos no atentar aos diferentes tipos de limite das placas, confira na imagem!</p><p>Os diferentes tipos de limite das placas podem, essencialmente, ser apresentados em três tipos. Entenda!</p><p>Convergentes</p><p>O movimento das placas faz com que uma vá em direção à outra,</p><p>fazendo com que haja colisão entre elas, ocasionando falhas e províncias</p><p>vulcânicas.</p><p>Divergentes</p><p>As placas movimentam-se em direções opostas afastando-se uma das</p><p>outras e fazem com que o material que compõe o manto movimente-se</p><p>para cima. Ex.: Cadeia Mesoceânica.</p><p>Conservativos</p><p>As placas “deslizam” umas em relação às outras de forma lateral, sem</p><p>causar destruição ou geração de crostas, ocasionando falhas, e é</p><p>exatamente nesses limites que há a presença mais constante de</p><p>atividade geológica. Ex.: Falha de San Andreas (Califórnia).</p><p>Com a ação dos movimentos convergentes, as placas podem se colidir de três formas, considerando a</p><p>composição da crosta, venha entender!</p><p>Oceânica com oceânica</p><p>A mais densa mergulha sob a outra rumo ao manto, carregando parte dos sedimentos acumulados</p><p>sobre ela, que irão se fundir em suducção junto à crosta oceânica; este processo causa enorme</p><p>atividade vulcânica, que é representada na forma de arquipélago.</p><p>Oceânica com continental</p><p>A placa oceânica realiza a suducção sob a placa continental.</p><p>Continental com continental</p><p>Pode ocorrer depois da colisão em que a continuidade do processo de suducção da crosta oceânica</p><p>sob a continental leva uma massa continental ao choque com o arco magmático formado no início.</p><p>Quando os dois continentes colidem, a crosta continental mais densa levada pela oceânica,</p><p>mergulhará sob a outra.</p><p>Percebe-se, assim, que as áreas de limites tectônicos são as mais geologicamente ativas, concentrando, por</p><p>exemplo, a maior quantidade de sismos e de atividades vulcânicas (veja na imagem a seguir). A exemplo</p><p>disso, temos o chamado Círculo de Fogo do Pacífico.</p><p>Você sabia que o Círculo de Fogo do Pacífico, também conhecido como Anel de Fogo do Pacífico, é conhecido</p><p>por ser uma área com significativa instabilidade geológica, que fica situada no Oceano Pacífico, abrangendo o</p><p>Oeste das Américas e o Leste da Ásia e da Oceania. Sua área possui extensão aproximada de 40 mil km e</p><p>formato similar a um semicírculo, ou como muitos o definem, uma ferradura. A região é constituída por</p><p>diversas feições geológicas, como fossas oceânicas, cadeias ou cordilheiras de montanhas e arcos de ilhas</p><p>(vulcânicas). Confira na imagem!</p><p>Devido à localização, o Círculo de Fogo do Pacífico, sitiado em uma intensa zona de instabilidade, que</p><p>abrange a maior concentração de limites tectônicos, o local apresenta intensa atividade sísmica e geológica.</p><p>Com base no que acabamos de ver, podemos dizer que as principais estruturas geológicas da Terra tiveram</p><p>seu processo de formação iniciado a partir da movimentação das placas tectônicas. Seja através da sua</p><p>aproximação ou mesmo afastamento, essa movimentação gera algumas feições e, ainda hoje, é possível</p><p>encontrarmos algumas dessas evidências, como os ofiolitos. Você já ouviu falar deles?</p><p>Curiosidade</p><p>Você sabia que existem evidências de fatias da crosta oceânica em meio a rochas continentais?</p><p>Os</p><p>ofiolitos são exatamente isso! Eles são rochas máficas-ultramáficas que representam pedaços da crosta</p><p>oceânica, ou mesmo do manto superior, sobrepostas nas rochas da crosta continental.</p><p>Ao longo do módulo tratamos das forças geológicas e como elas atuam na movimentação das placas</p><p>tectônicas. Também vimos que essa movimentação gera diversas feições geológicas distintas, que existem</p><p>algumas evidências dessas movimentações e, principalmente, devemos lembrar que a configuração atual dos</p><p>continentes está diretamente relacionada a estas movimentações. Veja na imagem!</p><p>Por meio da imagem anterior você consegue perceber a diferença e a distribuição de relevo pelo planeta? Pois</p><p>é! Essa estruturação tem relação direta com toda a movimentação das placas tectônicas.</p><p>Estruturas geológicas da Terra</p><p>As estruturas geológicas, muitas vezes conhecidas como províncias geológicas, são as formações estruturais</p><p>e rochosas que compõem a litosfera terrestre e revelam a composição do relevo. Através delas é possível</p><p>inferir não só sua idade geológica, mas também suas características mineralógicas. Os principais tipos de</p><p>estruturas geológicas são os crátons, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos. Você os conhece?</p><p>Vamos conhecer!</p><p>Crátons</p><p>São grandes áreas continentais que sofreram pouca ou nenhuma deformação desde o Pré-Cambriano, que</p><p>ocorreu há cerca de 570 milhões de anos. Os crátons se subdividem em escudos cristalinos e plataformas</p><p>marginais, por isso, muitas vezes, são denominados de escudos cristalinos ou maciços antigos. Confira a</p><p>seguir um exemplo dentre os tipos de crátons.</p><p>Tome cuidado, no entanto! Esses nomes indicam apenas um de seus dois subtipos. Em sua subdivisão,</p><p>entende-se por escudo a área central mais estável e de estrutura rochosa firme, enquanto a plataforma</p><p>marginal corresponde às rochas sedimentares, que sofreram pequena movimentação, ou apresentam</p><p>camadas sedimentares horizontais que recobrem o escudo pré-cambriano (GUERRA, 2008). Lembre-se! Os</p><p>crátons são províncias geológicas que apresentam as mais antigas rochas do planeta, tendo sido muito</p><p>desgastados pela ação dos agentes erosivos.</p><p>Dobramentos modernos</p><p>São as estruturas mais recentes, apresentando cerca de 250 milhões de anos desde o começo de sua</p><p>formação. Esta formação, também conhecida como cadeia orogênica ou cinturão orogênico, se originaram,</p><p>devido ao processo endógeno, denominado orogênese. A orogênese está diretamente relacionada ao</p><p>movimento das placas tectônicas, quando realizam o movimento convergente e ocorrem os processos de</p><p>subdução e obducção, formando as cadeias montanhosas, que apresentam as maiores altitudes do planeta.</p><p>Em geral, tais áreas são compostas por rochas ígneas e metamórficas, e apresentam relativa instabilidade</p><p>geológica. Essas feições podem ser exemplificadas por:</p><p>Cordilheira do Himalaia, na Ásia</p><p>Cordilheira dos Andes.</p><p>Cordilheira dos Andes, na América do Sul</p><p>Alpes, na Europa</p><p>Montanhas Rochosas, na América do Norte</p><p>Bacias sedimentares</p><p>De acordo com Guerra (2008), são depressões preenchidas por detritos carreados das áreas circunjacentes.</p><p>Sua estrutura é, normalmente, composta de estratos concordantes ou quase concordantes, que mergulham,</p><p>em geral, da periferia para a área central da bacia. Informa-se que a bacia sedimentar muitas vezes coincide</p><p>com as bacias hidrográficas, entretanto, em determinadas vezes, esta última é mais extensa e seus rios</p><p>drenam por outros terrenos, muito além da área sedimentar.</p><p>No contexto da América Latina, também</p><p>podemos encontrar diversas estruturas</p><p>geológicas que contribuem para a configuração</p><p>do relevo e da compreensão da história</p><p>geológica da região.</p><p>Um exemplo notável é a Cordilheira dos Andes,</p><p>que se estende ao longo da costa oeste da</p><p>América do Sul por aproximadamente 7 mil km.</p><p>Essa imponente cadeia montanhosa é resultado</p><p>de intensos processos de dobramentos</p><p>modernos, relacionados à suducção da Placa</p><p>de Nazca sob a Placa sul-americana.</p><p>A formação dos Andes envolve uma complexa</p><p>interação entre forças tectônicas e vulcanismo, resultando em altitudes elevadas e em uma grande</p><p>diversidade de paisagens e ecossistemas. Além dos Andes, a América Latina possui outras bacias</p><p>sedimentares significativas. Veja quais são!</p><p>Bacia Amazônica Bacia do Paraná</p><p>Bacia do Orinoco</p><p>Essas bacias sedimentares desempenham papéis fundamentais na dinâmica dos recursos naturais e na</p><p>configuração dos sistemas hidrográficos da região.</p><p>Terra em movimento</p><p>Neste vídeo, apresentaremos a teoria da Pangeia e as transformações no planeta ao longo de sua formação.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Agora, vamos fazer um resumo do que vimos até agora?</p><p>A gênese geomorfológica e a formação das Américas</p><p>A compreensão dos aspectos geomorfológicos da Terra é fundamental para entender as características</p><p>singulares das américas e, em particular, da América Latina. A história evolutiva da Terra, desde a época do</p><p>supercontinente Pangeia até a divisão dos continentes e oceanos, reflete diretamente nas peculiaridades</p><p>geográficas e climáticas desse continente. Vamos entender alguns conceitos!</p><p>Origem geomorfológica e climática</p><p>O processo de fragmentação da Pangeia é responsável pela configuração atual dos continentes, em</p><p>que a América Latina ficou situada entre duas grandes massas oceânicas: Atlântico e Pacífico. Esse</p><p>posicionamento proporcionou climas variados, desde as geladas terras do sul da Argentina e Chile, os</p><p>áridos desertos como o Atacama no Chile, até as florestas tropicais da Amazônia.</p><p>Impacto na ocupação</p><p>A diversidade climática resultante da geomorfologia influencia diretamente a ocupação humana.</p><p>Enquanto regiões de clima temperado, como o sul do Brasil, Argentina e Uruguai tornaram-se áreas</p><p>de intensa atividade agrícola, as densas selvas tropicais da Bacia Amazônica apresentaram desafios</p><p>significativos para a colonização.</p><p>Terremotos e geomorfologia</p><p>A localização da América Latina ao longo do Cinturão de Fogo do Pacífico também explica sua</p><p>propensão a terremotos e à atividade vulcânica. Por exemplo, o Chile, situado sobre a convergência</p><p>das placas tectônicas de Nazca e sul-americana, é frequentemente assolado por tremores de terra.</p><p>Diversidade geográfica</p><p>Em relação à diversidade de relevo, temos desde as altas montanhas dos Andes, os planaltos e</p><p>chapadas do Brasil Central, até as vastas planícies do Orinoco, Amazonas e do Prata. Essa variedade</p><p>geomorfológica determinou, em grande medida, os padrões de assentamento, a economia e a cultura</p><p>das nações da América Latina.</p><p>Estudar a geomorfologia da Terra é mergulhar na compreensão da formação e evolução das Américas. A</p><p>jornada desde o supercontinente Pangeia até a complexa tessitura de terras e mares de hoje destaca a</p><p>extraordinária interação entre a morfologia terrestre, os climas e a vida humana. A América Latina, com sua</p><p>rica tapeçaria de paisagens e climas, é um testemunho vivo dessa história geológica e evolutiva.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Reconhecer o espaço é algo fundamental, assim como os efeitos que a própria natureza gera. Qual é o nome</p><p>da cordilheira formada a partir do movimento divergente das placas tectônicas?</p><p>A Cordilheira Mesoceânica.</p><p>B Cordilheira dos Andes.</p><p>C Montanhas Rochosas.</p><p>D Alpes.</p><p>E Cordilheira do Himalaia.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>Todas as cordilheiras anteriormente citadas são formadas a partir do movimento das placas tectônicas.</p><p>Entretanto, apenas a Cordilheira Mesoceânica é formada através do movimento divergente, as demais são</p><p>formadas pelo movimento convergente, caracterizando os dobramentos modernos.</p><p>Questão 2</p><p>A compreensão dos aspectos geomorfológicos da Terra é essencial para compreender as características</p><p>singulares das américas, especialmente da América Latina. Considerando a evolução geográfica do planeta,</p><p>desde a Pangeia até a atual configuração dos continentes e oceanos, avalie as seguintes afirmações:</p><p>I. A fragmentação da Pangeia resultou na localização atual das américas, contribuindo para a diversidade</p><p>climática</p><p>da região, que abrange desde zonas áridas até densas florestas tropicais.</p><p>II. A propensão da América Latina para terremotos é influenciada pela sua localização distante do Cinturão de</p><p>Fogo do Pacífico.</p><p>III. A diversidade geomorfológica, como montanhas, planaltos e planícies, impactou diretamente os padrões de</p><p>assentamento, economia e cultura das nações latino-americanas.</p><p>IV. Regiões de clima temperado na América Latina, como o sul do Brasil, Argentina e Uruguai, são</p><p>majoritariamente áridas e apresentam desafios para a agricultura.</p><p>Estão corretas:</p><p>A I e III apenas.</p><p>B I, II e IV apenas.</p><p>C II e IV apenas.</p><p>D I, III e IV apenas.</p><p>E I, II, III e IV.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>A fragmentação da Pangeia resultou na atual configuração dos continentes, e essa reconfiguração</p><p>influenciou a diversidade climática nas américas, desde zonas áridas, como o deserto de Atacama, até</p><p>florestas tropicais densas, como a Amazônia.</p><p>A América Latina está situada ao longo do Cinturão de Fogo do Pacífico, o que justifica sua propensão a</p><p>terremotos e atividades vulcânicas, especialmente em regiões como o Chile.</p><p>A diversidade geomorfológica na América Latina, incluindo montanhas como os Andes, planaltos no Brasil</p><p>Central e vastas planícies, influenciou os padrões de assentamento, economia e cultura das respectivas</p><p>regiões.</p><p>Regiões de clima temperado na América Latina, como o sul do Brasil, Argentina e Uruguai, são áreas de</p><p>intensa atividade agrícola e não são majoritariamente áridas.</p><p>Exemplo de desigualdade social na América Latina.</p><p>2. América Latina: aspectos fisiográficos e formação socioespacial</p><p>Aspectos fisiográficos na América</p><p>Neste vídeo, vamos focar um pouco mais especificamente na América Latina e em sua estrutura fisiográfica. A</p><p>professora Patrícia Quadros apresenta questões que trataremos daqui por diante.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>A América Latina (AL) é uma região da América que abarca todos os países que se localizam do México em</p><p>direção ao Sul, ou seja, englobam todos os países do continente, exceto Canadá e Estados Unidos. Essa</p><p>divisão teve como finalidade agrupar regionalmente os territórios que se valem de idiomas provenientes do</p><p>latim, que, no caso, são o português, espanhol e francês. Assim, tem-se a América Latina como uma</p><p>regionalização da América que abarca aspectos culturais, econômicos e políticos.</p><p>A região da América Latina apresenta incrível biodiversidade e é riquíssima de jazidas minerais.</p><p>Devido à sua dimensão latitudinal, o território é</p><p>geograficamente diverso, e sua população tem forte</p><p>influência indígena, africana e europeia, que influenciam</p><p>diretamente a cultura local. Entretanto, a desigualdade</p><p>social ainda é bastante significativa na região.</p><p>A seguir, vamos conhecer mais um pouquinho da região!</p><p>A América Latina se estende desde a Península de Yucatã,</p><p>atravessa o Istmo do Panamá e todo o interior da América</p><p>do Sul, até a chamada Terra do Fogo. Além dessa porção</p><p>continental, a região possui diversas nações insulares, com destaque para as ilhas caribenhas que formam as</p><p>chamadas Pequenas e Grandes Antilhas. Sua posição mais latitudinal faz com que a região seja banhada pelos</p><p>oceanos Pacífico e Atlântico e ainda pelo mar do Caribe. Entenda melhor na imagem!</p><p>Tratando-se das características geomorfológicas, a América Latina apresenta relevo montanhoso, com</p><p>estruturação geológica de dobramentos modernos na porção mais Oeste, devido ao encontro da Placa de</p><p>Nazca com a sul-americana e a Placa do Pacífico com a do Caribe, que tornam as áreas bastante suscetíveis</p><p>às erupções vulcânicas e terremotos. Seguindo em direção a Leste, pode se dizer que o relevo da América</p><p>Latina vai apresentando altitudes menos elevadas, com características apresentando maior desgaste,</p><p>tornando-o em sua maior parte, plano.</p><p>Tratando-se da América do Sul, destaca-se a Cordilheira dos Andes, como a maior formação do relevo</p><p>montanhoso. Entretanto, ainda são encontradas as estruturas cratônicas, como os escudos e plataformas</p><p>marginais, bem como as bacias sedimentares, confira a imagem a seguir!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ver mais detalhes da imagem</p><p>abaixo.</p><p>Serra Madre Centro-Americana</p><p>Representação cartográfica realizada por Humboldt, classificando a vegetação</p><p>correlacionando a partir da correlação entre a altitude e a latitude na Cordilheira</p><p>dos Andes, 1807.</p><p>Já na parte correspondente à América Central, ela se caracteriza por duas partes distintas: a insular e a</p><p>continental, e ambas são constituídas majoritariamente de cadeias montanhosas formadas na era cenozoica,</p><p>devido aos soerguimentos ocorridos na placa do Caribe sobre a placa do Pacífico. Destaca-se que sua região</p><p>continental forma um istmo, que se caracteriza como “estreita faixa de terra situada entre dois mares,</p><p>correspondendo, de modo geral, a uma zona onde se verificou um afundamento do terreno, ou, ao contrário,</p><p>uma invasão do mar” (GUERRA, 2008, p. 362).</p><p>Esse istmo liga as Américas do Norte e do Sul</p><p>e, a partir da sua porção norte, o relevo</p><p>montanhoso supracitado prolonga-se desde a</p><p>Serra Madre do Sul, sucedendo em diversos</p><p>planaltos e serras de origem vulcânica, que</p><p>formam a denominada Serra Madre Centro-</p><p>Americana, estendendo-se desde a cidade de</p><p>Oaxaca, no Sul do México, até o Panamá.</p><p>A região, assim como a América do Sul,</p><p>apresenta planícies sedimentares, mais</p><p>próximas às áreas litorâneas. Já a porção</p><p>insular cria um arco, que prolonga o relevo da</p><p>região continental.</p><p>Com relação à clima, vegetação e hidrografia, você já reparou como esses aspectos são diversos? Pois é! Isso</p><p>está diretamente relacionado à posição mais latitudinal da AL, que a dispõe majoritariamente na zona</p><p>intertropical, e apenas um pequeno trecho, mais ao norte, na zona temperada. Tal posição geográfica</p><p>favorece toda essa riqueza geográfica e de biodiversidade.</p><p>Caatinga, Pedra Lavada - Paraiba.</p><p>Devido a essa característica, seu clima é, de momo predominante, classificado tipicamente como tropical e</p><p>equatorial. Contudo, a região ainda apresenta algumas variações, como o tropical de altitude, devido ao seu</p><p>relevo; tropical semiárido, em áreas mais afastadas dos oceanos; e o subtropical, nas áreas abaixo dos</p><p>trópicos.</p><p>Já o cenário hidrológico da América Latina é caracterizado</p><p>pela presença de grandes corpos hídricos, tendo rios</p><p>Amazonas, Negro, Solimões, Paraná, Orinoco, Paraguai,</p><p>Prata e Uruguai como os principais dessa região. Há ainda</p><p>grandes reservas de água na forma de aquíferos</p><p>subterrâneos e nas geleiras das áreas montanhosas. Apesar</p><p>dessa riqueza hídrica, são áreas de escassez hídrica na AL</p><p>a Caatinga brasileira e o deserto do Atacama, no Chile.</p><p>Curiosidade</p><p>As maiores reservas de água doce do mundo são encontradas em aquíferos subterrâneos, e o Brasil é o</p><p>detentor dos dois maiores deles. Você sabe quais são? Provavelmente, deve ter respondido que é o</p><p>Aquífero Guarani, que abrange áreas de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A verdade é que não é</p><p>mais. Durante muitos anos o Aquífero Guarani foi considerado o maior do mundo, com aproximadamente</p><p>2/3 de sua área em território brasileiro, abrangendo os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato</p><p>Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entretanto, desde 2010, o Aquífero Alter do</p><p>Chão é considerado o maior do mundo. Ele possui volume de água disponível de aproximadamente 86</p><p>mil km³, que é quase o dobro do encontrado no Aquífero Guarani, com 45 mil km³. É importante destacar</p><p>que o Alter do Chão é considerado o maior aquífero do mundo em volume, pois, em termos de extensão,</p><p>ele apresenta uma área menor que o aquífero Guarani.</p><p>A vegetação na América Latina</p><p>Temos a distribuição da vegetação da América Latina bem diversificada, dada sua variedade climática e</p><p>disponibilidade hídrica, e tanto a flora quanto a fauna dessa região apresentam significativas variedades de</p><p>espécies. A área apresenta diversos biomas. Confira a descrição deles!</p><p>Florestas tropicais/Amazônia/Mata Atlântica</p><p>Possuem quatro características</p><p>basais: elevado índice pluviométrico</p><p>anual, temperaturas médias elevadas, solo pobre em nutrientes, e grande</p><p>biodiversidade. Apesar dos elevados índices pluviométricos, que podem</p><p>ultrapassar os 2000 mm/ano, há algumas estações secas marcantes em</p><p>algumas florestas tropicais. Justamente devido a esse alto índice</p><p>pluviométrico é que o solo possui poucos nutrientes, uma vez que as</p><p>pesadas chuvas os arrastam e a percolação da água lixivia os nutrientes.</p><p>Caatinga</p><p>Também conhecida como “mata ou floresta branca”, é considerada a</p><p>única floresta 100% brasileira, uma vez que está localizada no Nordeste</p><p>do país, dentro do contexto do clima semiárido. Tal clima detém uma</p><p>precipitação média de 800mm/ano, podendo chegar a 200mm em</p><p>períodos mais secos e a 1000mm nos mais chuvosos. O bioma se</p><p>caracteriza por períodos chuvosos e de estiagem, que possuem duração</p><p>de 3-5 meses e 7-9 meses, respectivamente. Durante a estiagem, a</p><p>temperatura do solo pode chegar a 60°C, e isso reflete nos seus corpos</p><p>hídricos, que são intermitentes, só aparecendo nos períodos mais</p><p>chuvosos. Devido à sua baixa disponibilidade hídrica, sua vegetação é</p><p>composta de cactáceas e de arbustos.</p><p>Cerrado</p><p>Localizam-se nas áreas de clima tropical subúmido, com duas estações:</p><p>uma quente e seca, e outra mais amena (período de chuvas). Sua</p><p>vegetação predominante é composta por gramíneas, salpicadas por</p><p>algumas árvores esparsas e arbustos isolados ou em pequenos grupos.</p><p>Em geral, as savanas/cerrados são zonas de transição entre bosques e</p><p>prados. Este bioma detém grande diversidade de mamíferos, pássaros,</p><p>répteis e insetos, e seus solos vão variar de acordo com a quantidade de</p><p>minerais presentes, oriundos do substrato rochoso.</p><p>Chaco/Pantanal</p><p>De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2022), é</p><p>considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta,</p><p>entretanto é considerado o de menor extensão territorial no Brasil. Em</p><p>seu espaço territorial, o bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado</p><p>por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. A área sofre influência</p><p>direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata</p><p>Atlântica. Além disso sofre influência do bioma Chaco (nome dado ao</p><p>Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia).</p><p>Deserto</p><p>Normalmente são ambientes quentes e secos, possuem precipitação</p><p>anual <25 cm, ou seja, sua taxa é menor que a de evaporação.</p><p>Pradaria/Pampa</p><p>Possui um relevo pouco acidentado e o clima na região é o subtropical</p><p>úmido, apresentando chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Enquanto</p><p>o verão é bem quente, o inverno é rigoroso. Tanto a fauna quanto a flora</p><p>são bem diversificadas, e esta apresenta composição predominante de</p><p>herbáceas, árvores de pequeno porte e arbustos.</p><p>Tundra</p><p>Subdivide-se em Tundra Ártica e Tundra Alpina, que se localizam em</p><p>áreas próximas ao Ártico em topos de montanhas. Na América Latina, são</p><p>encontradas o tipo Alpinas, devido à presença de cadeias montanhosas</p><p>na região. O clima dessas áreas é frio e as temperaturas no inverno</p><p>podem chegar a -50° ou mais baixas. A duração dos dias e noites não é</p><p>tão longa como nas regiões polares. Seu solo apresenta boa drenagem e</p><p>ausência de permarfrost, e a vegetação é composta por ervas, arbustos</p><p>e musgos, ou seja, não apresenta árvores, assim como a Tundra Ártica.</p><p>As vegetações nas Américas</p><p>Neste vídeo, entenderemos um pouco mais das vegetações nas Américas, quais são os tipos de vegetação</p><p>encontradas e a biodiversidade da região.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Formação socioespacial da América</p><p>A América, como já vimos, é um continente de grande extensão latitudinal, e, ao longo da história, foi ocupado</p><p>por distintos povos tradicionais, inclusive os pré-colombianos (maias, incas e astecas), que eram</p><p>considerados sociedades extremamente desenvolvidas, uma vez que já exercitavam atividades voltadas para</p><p>a subsistência.</p><p>Curiosidade</p><p>Os maias, incas e astecas são conhecidos como povos tradicionais pré-colombianos, pois eles já</p><p>habitavam a América antes mesmo do período das Grandes Navegações e da chegada de Cristóvão</p><p>Colombo, na região da América Central, por volta do ano de 1492. Inclusive, foi a partir deste momento,</p><p>que se iniciou o processo de colonização da América.</p><p>O processo de colonização da América se deu, principalmente, através dos países ibéricos (Portugal e</p><p>Espanha), mas também ocorreram colonizações de países como França, Reino Unido e Países Baixos.</p><p>Tradicionalmente, essas áreas eram utilizadas como colônia de exploração, para extração de recursos naturais</p><p>diversos, por meio de mão de obra escrava.</p><p>No decorrer dos anos, tais colônias adquiriram sua independência, com relação aos seus colonizares, e a</p><p>grande parte desses países tornou-se independente ainda na primeira metade do século XX. Ainda assim, não</p><p>foi um processo fácil, pois muitas das vezes houve lutas e rebeliões contra o fim do comando europeu e</p><p>contra a escravidão, conforme mostra Carvalho (2006), leia!</p><p>Com a conquista da independência, começaram a surgir conflitos de interesse entre as elites criollas</p><p>distribuídas por diferentes locais, o que levou à fragmentação das colônias em diversos territórios e deu</p><p>origem à maioria dos países que hoje compõem a América de colonização europeia.</p><p>(CARVALHO, 2006, p. 114)</p><p>Desse modo, tem-se no início do século XXI, a solidificação dos regimes democráticos no contexto da América</p><p>Latina. E, concomitantemente, foi possível observar que os índices de pobreza apresentaram certa queda, à</p><p>medida em que o crescimento econômico ganhava ritmo, juntamente com os programas governamentais de</p><p>transferência de renda. Contudo, é inegável que se tratando de América Latina os níveis de desigualdade</p><p>social são extremamente significativos e ainda precisam muito ser melhorados.</p><p>Tais níveis possuem relação com o processo de industrialização tardio da região, ocorrido numa economia</p><p>subdesenvolvida que apresentou destaque para a atividade primária, ou seja, voltada para o extrativismo</p><p>seguido da indústria, comércio e transportes. Entretanto, destaca-se Brasil, Argentina e México como</p><p>responsáveis por quase toda a diversidade e produção industrial da América Latina (LUCCI, 2012).</p><p>Comentário</p><p>Tratando-se do cenário brasileiro de economia, ainda que recentemente tenha havido baixa de</p><p>investimentos e decréscimo econômico, de modo geral, os investimentos na mecanização da produção</p><p>agrícola e suas distintas formas de manejo, bem como a atividade pecuária, tenderam a impulsionar não</p><p>só a economia interna, mas também o desenvolvimento econômico latino-americano. Há de ressaltar</p><p>ainda a questão do extrativismo mineral e vegetal, dada a grande diversidade encontrada no país.</p><p>Já falamos sobre a questão da desigualdade social na América Latina. Mas você já parou para pensar em</p><p>como ela reverbera? Uma das maiores problemáticas resultantes desta desigualdade é a segregação de</p><p>pessoas em espaços caracterizados por sua baixa renda e precariedade. Essa condição foi agravada</p><p>principalmente devido ao processo de industrialização tardio, que fez com que a urbanização dos grandes</p><p>centros urbanos se desse de maneira acelerada e desordenada, resultando em problemas urbanos de</p><p>segregação e de favelização. Confira!</p><p>Os centros urbanos, muitas vezes, são abarcados por diversas ocupações irregulares que geram uma série de</p><p>adversidades urbanísticas, já que ocorrem próximas umas às outras, e isso em áreas estreitas, o que dificulta</p><p>a mobilidade e o acesso, incluindo o de veículos automotivos.</p><p>Exemplo de falta de saneamento básico em</p><p>comunidades/favelas.</p><p>Curiosidade</p><p>As áreas de comunidade/favelas são formalmente denominadas de assentamentos irregulares urbanos.</p><p>Hermann (2015) define as favelas como “assentamentos informais, comunidades de baixa renda,</p><p>aglomerados informais, mocambos, invasões, loteamentos clandestinos e irregulares, nas grandes</p><p>cidades. Ou seja, são regiões com baixa qualidade de vida, poder aquisitivo e infraestrutura precária”</p><p>(HERMANN et al. 2015, p. 2).</p><p>Infelizmente,</p><p>grande parte dos locais de segregação, se localizam em áreas de relevo acidentado, que estão</p><p>mais sujeitos a deslizamentos de terras, principalmente se ocupados de maneira irregular, visto que há</p><p>interferência antrópica nas suas características naturais, ampliando a suscetibilidade a desastres naturais.</p><p>Essas interferências antrópicas não só favorecem aos desastres naturais, mas também geram riscos à saúde,</p><p>visto que serviços básicos, como os voltados a saneamento básico, não chegam até o local, contribuindo para</p><p>o surgimento e a proliferação de pragas e de vetores transmissores de doença.</p><p>Até mesmo a proximidade das casas, que impede a</p><p>iluminação solar, favorece a ocorrência de mofo nas</p><p>residências, que podem resultar em problemas</p><p>respiratórios. Há também a problemática voltada para</p><p>expansão dessas localidades de maneira verticalizada, já</p><p>que sua expansão horizontal fica limitada pelas áreas não</p><p>segregadas do entorno. Tal expansão também coloca tais</p><p>áreas sob risco, já que na maioria das vezes não são</p><p>realizadas com acompanhamento técnico pertinente.</p><p>Durante muito tempo a favela da Rocinha foi reconhecida</p><p>como a maior da América Latina, entretanto, com base na</p><p>prévia do último censo do IBGE (2022), ela passou a ser a</p><p>segunda maior, com cerca de com 67.199 moradores enquanto a favela Sol Nascente, em Brasília, passa a</p><p>liderar o ranking com 87.184 moradores. Veja e compare!</p><p>Apesar de diversas problemáticas tratadas no contexto socioeconômico, o crime organizado se destaca,</p><p>principalmente devido à sua relação direta com o narcotráfico, tráfico de armas e lavagem de dinheiro. A</p><p>exportação da cocaína segue como um dos mais relevantes problemas na América Latina, pois a folha de</p><p>coca, matéria-prima utilizada para produção da droga, é encontrada em países como Peru, Bolívia e Colômbia</p><p>e, devido à proximidade, se estende pelo território da América do Sul, se expandido para o mercado exterior.</p><p>Entretanto, confira a fala de Silva (2013, p. 111).</p><p>Favela da Rocinha</p><p>Cerca de 67.199 habitantes (censo IBGE</p><p>2022).</p><p>Favela Sol Nascente</p><p>Cerca de 87.184 habitantes (censo</p><p>IBGE 2022).</p><p>A maior parte do transporte e da distribuição dessas drogas fica a cabo dos cartéis mexicanos,</p><p>atualmente responsáveis por comercializar a droga nos Estados Unidos e no Canadá, grandes mercados</p><p>consumidores</p><p>(SILVA, 2013, p. 111)</p><p>Desse modo, as relações criadas pelo crime organizado na região perpetram redes de comércio ilegais,</p><p>estabelecendo uma organização territorial própria destes espaços.</p><p>Vamos voar</p><p>E se, neste vídeo, você voar por um momento para entender um pouco mais do processo de formação, vendo</p><p>de perto a urbanização e a sua dinâmica em uma região da América Latina? Vamos lá, vamos voar!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Formação natural da América Latina</p><p>Quando nos deparamos com temas vastos que podem facilmente se tornar monótonos, uma técnica eficaz é</p><p>interromper a leitura com exercícios práticos. Isso nos permite escrever, fazer comparações e, a partir dessas</p><p>atividades, construir nossos próprios pontos de fixação de conhecimento.</p><p>Agora que explicamos isso, é o momento de escrever. Concentre-se e encare o gabarito como uma nova</p><p>forma de explicação, mas é importante sinalizar que vamos além, para estimulá-lo a explorar mais a fundo.</p><p>Esse é o espírito que deve guiar seus estudos, não apenas em sua região, mas também nos locais visitados</p><p>por você.</p><p>Vamos praticar?</p><p>Questão 1</p><p>A Cordilheira dos Andes, uma imponente cadeia montanhosa que se estende desde o sul do Chile até a</p><p>Venezuela, sempre intrigou cientistas e geólogos quanto à sua origem. Recentemente, pesquisas divulgadas</p><p>pela revista Science alteraram as teorias mais antigas, apresentando evidências de que a formação da</p><p>cordilheira se deu de forma mais abrupta entre dez e seis milhões de anos atrás.</p><p>Considerando os novos estudos, explique a nova teoria sobre a formação abrupta da Cordilheira dos Andes,</p><p>destacando o processo pelo qual a montanha se ergue e a relevância desse novo entendimento para a</p><p>geologia.</p><p>Chave de resposta</p><p>A nova teoria sobre a formação da Cordilheira dos Andes sugere que, em vez da tradicional noção de</p><p>erosão lenta, a raiz de uma montanha se desprende e cai no candente manto do interior do planeta. Livre</p><p>desse peso, a montanha se ergue, e no caso dos Andes, houve um levantamento de aproximadamente</p><p>quatro mil metros em um período menor que quatro milhões de anos. Esse novo entendimento modifica a</p><p>teoria antiga que postulava a formação dos Andes há 40 milhões de anos. Essa revisão é crucial para a</p><p>geologia, pois oferece insights sobre os processos dinâmicos da crosta terrestre e fornece uma</p><p>compreensão mais precisa da evolução tectônica da região.</p><p>Cordilheira dos Andes.</p><p>Questão 2</p><p>A América Latina, composta por um mosaico de nações com culturas, histórias e realidades socioeconômicas</p><p>variadas, apresenta certos padrões e características que são frequentemente identificados quando se analisa</p><p>o continente como um todo. A desigualdade social é um dos aspectos mais debatidos e estudados, dada sua</p><p>relevância e impacto em diversos países da região.</p><p>Discorra sobre as origens e as principais manifestações da desigualdade social na América Latina,</p><p>considerando fatores históricos, econômicos e políticos que contribuem para essa realidade.</p><p>Chave de resposta</p><p>A desigualdade social na América Latina tem raízes históricas profundas que remontam à época colonial,</p><p>com a exploração e subjugação dos povos indígenas e a implementação de sistemas econômicos</p><p>baseados na monocultura e na mineração. O legado colonial deixou uma estrutura socioeconômica</p><p>polarizada, com elites dominantes e grande parte da população vivendo em condições precárias. Ao longo</p><p>dos anos, políticas econômicas voltadas para a exportação e falta de reformas agrárias e sociais</p><p>aprofundaram as desigualdades. O cenário político, muitas vezes marcado por regimes autoritários e</p><p>instabilidade, também contribuiu para a concentração de riqueza e poder. As manifestações dessa</p><p>desigualdade são vistas na disparidade de renda, na falta de acesso a serviços básicos para uma grande</p><p>parcela da população e na presença de favelas e áreas marginalizadas nas principais cidades da região. É</p><p>essencial reconhecer essa complexa teia de fatores para se traçar políticas eficazes de redução da</p><p>desigualdade na América Latina.</p><p>Favela da Rocinha, Rio de Janeiro, em contraste com prédios.</p><p>Questão 3</p><p>As florestas das Américas são tão diversas quanto o continente em que se encontram, variando desde a</p><p>biodiversidade exuberante da Floresta Amazônica até as vastidões coníferas das florestas canadenses. Se,</p><p>por um lado, temos a maior floresta tropical do mundo, repleta de uma biodiversidade que se estende do</p><p>Brasil a vários outros países sul-americanos, por outro lado nos deparamos com as florestas boreais do</p><p>Canadá, dominadas por pinheiros, abetos e tamarack. Estas, embora menos biodiversas, cobrem uma área</p><p>imensa e são vitais para o equilíbrio climático do planeta. Ambas são formadas por uma complexidade</p><p>geoespacial que reflete os desafios ambientais, sociais e econômicos enfrentados por suas respectivas</p><p>regiões. Considerando a paisagem natural geoespacial das florestas das américas e as florestas canadenses,</p><p>elabore um texto discutindo as seguintes questões:</p><p>Quais são as principais características geoespaciais que distinguem a Floresta Amazônica das florestas</p><p>boreais do Canadá?</p><p>Como a configuração geográfica e a biodiversidade dessas florestas impactam os respectivos desafios</p><p>ambientais, sociais e econômicos de suas regiões?</p><p>Chave de resposta</p><p>A Floresta Amazônica, localizada na América do Sul, é a maior floresta tropical do mundo, abrangendo nove</p><p>países e ocupando uma vastidão que supera a área de muitos países inteiros. É caracterizada por seu clima</p><p>quente e úmido, com uma vasta rede fluvial e uma biodiversidade inigualável, abrigando milhões de</p><p>espécies de fauna e flora. As florestas boreais do Canadá, também conhecidas como taiga, estendem-se</p><p>por todo o norte do país, caracterizando-se por longos invernos frios e verões curtos. A vegetação é</p><p>dominada por coníferas adaptadas ao frio, como pinheiros, abetos e tamarack. A biodiversidade é menor</p><p>quando comparada à Amazônia, mas a taiga desempenha um papel crucial como sumidouro de carbono,</p><p>auxiliando no equilíbrio climático global.</p><p>Vista aérea da Floresta Amazônica, no Peru.</p><p>A configuração geográfica da Amazônia, com sua extensa rede fluvial e biodiversidade, traz desafios como</p><p>a preservação ambiental frente ao avanço do desmatamento e da mineração, bem como questões sociais</p><p>relativas aos direitos indígenas e à urbanização desenfreada. Economicamente, existe uma pressão</p><p>constante para explorar seus vastos recursos, muitas vezes em detrimento da sustentabilidade. As</p><p>florestas boreais do Canadá, embora menos biodiversas, enfrentam desafios semelhantes com relação à</p><p>exploração de madeira e à mineração, bem como aos impactos das mudanças climáticas. Socialmente,</p><p>questões como direitos indígenas e desenvolvimento sustentável também estão no centro das discussões</p><p>no Canadá. Economicamente, há uma dependência dos recursos naturais, mas com uma crescente</p><p>conscientização sobre a gestão sustentável desses ecossistemas.</p><p>Questão 4</p><p>A América Latina, rica em sua geografia e diversidade cultural, conta com países que, ao longo dos séculos,</p><p>moldaram suas identidades socioespaciais com base em suas características geológicas. O México, Argentina</p><p>e Chile, em particular, oferecem uma aula magistral sobre como a terra, os minerais e a vegetação</p><p>desempenham papéis cruciais no desenvolvimento econômico e social de uma nação.</p><p>No México, os vastos desertos e montanhas escondem riquezas minerais que serviram tanto como bênção</p><p>quanto como maldição, atraindo colonizadores e, posteriormente, corporações. Na Argentina, os pampas</p><p>férteis e a Patagônia rica em minerais moldaram uma nação agrária e mineradora. O Chile, por sua vez, abriga</p><p>o Deserto de Atacama ao norte, com suas vastas reservas de cobre, e uma região central propícia à</p><p>agricultura. Essas características geológicas não apenas deram forma à paisagem física, mas também</p><p>desempenharam um papel significativo nas relações econômicas, sociais e políticas desses países.</p><p>Com base no que foi exposto, analise a influência das características geológicas (terra, minerais e vegetação)</p><p>no desenvolvimento econômico e na formação socioespacial do México, Argentina e Chile, destacando os</p><p>principais recursos naturais e seus impactos nas economias e sociedades desses países.</p><p>Chave de resposta</p><p>México: A vastidão geográfica mexicana, que engloba desertos como o de Sonora, montanhas e costas, é</p><p>rica em minerais como prata, ouro e zinco. Historicamente, a exploração desses recursos atraiu os</p><p>conquistadores espanhóis e, no mundo moderno, impulsionou a indústria mineradora. A presença de</p><p>florestas tropicais no sul forneceu recursos madeireiros e fomentou a agricultura, com destaque para o</p><p>cultivo do cacau, café e milho. O petróleo, principalmente na região do Golfo, teve um impacto</p><p>socioeconômico significativo, tornando o México um dos principais produtores da matéria-prima. A</p><p>exploração desses recursos, contudo, tem vindo acompanhada de debates acerca dos impactos</p><p>ambientais e dos direitos indígenas.</p><p>Argentina: Esta nação sul-americana tem uma diversidade geológica que abrange os pampas úmidos,</p><p>ideais para agricultura e pecuária, e a região da Patagônia, com recursos minerais como ouro, prata e</p><p>cobre. A Argentina tornou-se um dos maiores exportadores de carne bovina e soja, impulsionada pela</p><p>fertilidade de seus solos. A exploração mineral, especialmente na Patagônia, trouxe investimento externo,</p><p>mas também desafios relacionados à sustentabilidade e direitos indígenas. As florestas subtropicais ao</p><p>norte fornecem madeira e outras commodities agrícolas.</p><p>Chile: A geologia chilena é marcada pelo Deserto de Atacama ao norte, que contém vastas reservas de</p><p>cobre, mineral-chave para a economia chilena. A Cordilheira dos Andes, que se estende ao longo do país,</p><p>possui outros minerais valiosos, como ouro e lítio. O vale central, com seu clima mediterrâneo, é ideal para</p><p>a viticultura, tornando o Chile um exportador de vinho de renome mundial. A exploração de minerais,</p><p>especialmente o cobre, solidificou a posição do Chile no mercado global, mas também levou a tensões</p><p>sociais, principalmente no que diz respeito aos impactos ambientais e direitos das comunidades locais.</p><p>Em suma, as características geológicas do México, Argentina e Chile tiveram influências profundas em</p><p>suas trajetórias econômicas e na formação de suas identidades socioespaciais. A terra, os minerais e a</p><p>vegetação destes países não só determinaram suas principais atividades econômicas, mas também</p><p>moldaram a interação entre a sociedade, a economia e o meio ambiente.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>A América Latina é uma região do continente americano que abrange diversas paisagens, desde montanhas</p><p>elevadas a vastas planícies, resultantes dos processos geológicos e tectônicos que moldaram os continentes.</p><p>Além disso, os processos de urbanização na região apresentam características próprias, influenciadas pela</p><p>distribuição geográfica e histórica. Considerando o objetivo de identificar os aspectos fisiográficos da América</p><p>Latina e sua relação com o urbanismo, analise as seguintes afirmações:</p><p>I. A Cordilheira dos Andes, que se estende desde a Venezuela até a Argentina, é um resultado direto da</p><p>interação entre as placas tectônicas de Nazca e sul-americana.</p><p>II. Cidades como Quito, La Paz e Bogotá, localizadas em elevadas altitudes, refletem a influência do relevo</p><p>andino no padrão de assentamento urbano da América Latina.</p><p>III. A Bacia do Rio Amazonas, uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, está localizada na zona</p><p>intertropical, o que contribui para o seu clima úmido e quente.</p><p>IV. A concentração urbana na costa leste da América do Sul, onde estão cidades como Rio de Janeiro, Buenos</p><p>Aires e São Paulo, foi influenciada pela colonização e posterior desenvolvimento econômico.</p><p>V. A zona intertropical, na qual grande parte da América Latina está inserida, é caracterizada por não receber</p><p>diretamente os raios solares durante todo o ano, influenciando seu clima e biodiversidade.</p><p>Com base nas afirmações, quais são corretas no contexto do objetivo proposto?</p><p>A Apenas I e II.</p><p>B I, II e III.</p><p>C I, III e V.</p><p>D II, III e IV.</p><p>E I, II, III e IV.</p><p>A alternativa E está correta.</p><p>A afirmativa I está correta: a Cordilheira dos Andes é, de fato, resultado da interação entre as placas</p><p>tectônicas de Nazca e sul-Americana. A afirmativa II está correta: as cidades mencionadas estão situadas</p><p>em altas altitudes devido à Cordilheira dos Andes, demonstrando a influência do relevo na configuração</p><p>urbana de algumas cidades latino-americanas. A afirmativa III está correta: a Bacia do Rio Amazonas, de</p><p>fato, está localizada na zona intertropical, influenciando seu clima. A afirmativa IV está correta: a</p><p>urbanização na costa leste da América do Sul foi fortemente influenciada pelos processos históricos,</p><p>incluindo a colonização e o desenvolvimento econômico. A afirmativa V está incorreta: a zona intertropical</p><p>recebe diretamente os raios solares durante o ano, o que influencia seu clima e biodiversidade, fatores que</p><p>podem também influenciar padrões de assentamento e urbanização.</p><p>Questão 2</p><p>A desigualdade social é um problema fortemente encontrado na América Latina, que reverbera nas atividades</p><p>econômicas ilegais realizadas pelo crime organizado. Com base no que foi exposto ao longo do módulo,</p><p>assinale a alternativa que corresponde ao país da América Latina responsável por grande parte do transporte/</p><p>distribuição da cocaína:</p><p>A Brasil.</p><p>B Colômbia.</p><p>C México.</p><p>D Venezuela.</p><p>E Peru.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>As ações do crime organizado, que envolvem principalmente o tráfico de drogas, apresentam diversas</p><p>nuances, que vão dos países produtores,</p><p>aos países consumidores e transportadores. A exemplo disso, há</p><p>o Peru, Colômbia e Bolívia como os principais produtores. Já com relação ao transporte/distribuição, o</p><p>México emerge como responsável pela função através de seus cartéis.</p><p>3. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Ao longo de sua evolução, nosso planeta Terra passou por transformações significativas que moldaram tanto</p><p>sua estrutura interna quanto externa. Essa contínua atividade de mutação geológica é claramente perceptível</p><p>nas alterações que ocorreram e ainda estão moldando as formações da crosta terrestre e dos continentes.</p><p>Desde as manifestações vulcânicas até a criação dos oceanos e da atmosfera, das atividades sísmicas às</p><p>características distintas dos solos e dos climas, todos esses elementos atuam em conjunto para dar forma ao</p><p>nosso mundo. A evolução não se limita apenas ao ambiente físico, pois também influencia a diversificada</p><p>fauna e flora dos continentes, entre outras características marcantes.</p><p>Direcionamos nosso foco ao continente americano, explorando não apenas suas particularidades geográficas,</p><p>mas também suas complexidades sociais e econômicas. Aprofundamos nosso entendimento especialmente</p><p>na região da América Latina, mergulhando em suas peculiaridades e dinâmicas específicas, que abarcam uma</p><p>significativa diversidade cultural e paisagística, decorrentes do seu processo de ocupação e da sua extensão</p><p>latitudinal, que faz com que haja uma intensa variedade climática, que resulta em características distintas em</p><p>toda sua extensão.</p><p>Apesar de ser uma região riquíssima em termos de recursos naturais e com potencial para desenvolvimento</p><p>econômico, se caracteriza como economicamente subdesenvolvida, devido ao seu processo de</p><p>industrialização tardio que reverberou em um atraso econômico e social. Tal atraso impactou expressivamente</p><p>as condições de equivalência social, mantendo-a bem desigual, o que acarretou diversas problemáticas de</p><p>grande importância, como, por exemplo, a pobreza e a expansão do crime organizado.</p><p>Podcast</p><p>As dinâmicas espaciais precisam de um exercício fundamental de fixação. Vamos com o professor</p><p>Rodrigo Rainha retomar algumas das principais linhas, fortalecendo debates e principalmente</p><p>preparando os alunos para sua utilização na vida prática. Vamos lá!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ouvir o áudio.</p><p>Explore +</p><p>No vídeo Aquífero Alter do Chão é a maior reserva de água descoberta até o momento, da TV Globo, são</p><p>apresentados dados sobre a descoberta do Aquífero Alter do Chão, suas características e comparativos com</p><p>o Aquífero Guarani.</p><p>Veja na reportagem Sol Nascente, no DF, se torna a maior favela do Brasil, segundo prévia do Censo 2022</p><p>(17/03/2023) como Brasília é um modelo para valorizar o elemento natural do planalto, mas o homem, de</p><p>maneira recorrente, reocupa, rediscute e destrói.</p><p>Sabemos que os furacões são muito frequentes na região do mar do Caribe, mas pouco comuns no Atlântico</p><p>Sul. Para saber mais sobre por que isso ocorre, assista ao vídeo Como os furacões se formam e por que são</p><p>tão frequentes nos EUA, México e Caribe.</p><p>Para saber mais sobre o Círculo de Fogo, assista a Círculo de Fogo do Pacífico, do canal History Channel.</p><p>Referências</p><p>BRASIL. Pantanal. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, 3 jan. 2022.</p><p>CARVALHO, M. B. Geografias do mundo. São Paulo: FTD, 2006.</p><p>ECONOMIC COMMISSION FOR LATIN AMERICA AND THE CARIBBEAN. ECLAC. Statistical Yearbook for Latin</p><p>America and the Caribbean 2020. Cepal; ONU, 2021.</p><p>HERMANN, T. D. et al. (2015). USO E OCUPAÇÃO DO SOLO: ASSENTAMENTOS URBANOS IRREGULARES.</p><p>Salão Do Conhecimento, v. 1, n 1.</p><p>GUERRA, A. J. T. Novo dicionário geológico-geomorfológico. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.</p><p>LUCCI, E. A. Geografia: homem e espaço. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.</p><p>NÚCLEO DE ENGENHARIA SÍSMICA E DINÂMICA DE ESTRUTURAS. NESDE. Onde e por que acontecem os</p><p>sismos? Lisboa: Departamento de Estruturas, 2005. Consultado na internet em: 9 ago. 2023.</p><p>PRESS, F. et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.</p><p>SILVA, A. C. Geografia: contextos e redes. São Paulo: Moderna, 2013.</p><p>SILVA, E. A. C. Geografia em rede. São Paulo: FTD, 2013.</p><p>TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.</p><p>Formação natural e socioespacial da América Latina</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Objetivos</p><p>Introdução</p><p>1. Formação da Terra e sua estrutura interna</p><p>Formação da Terra</p><p>Sistema clima</p><p>Sistema tectônica de placas</p><p>Sistema geodínamo</p><p>Núcleo</p><p>Manto</p><p>Crosta</p><p>Litosfera</p><p>Astenosfera</p><p>Mesosfera</p><p>Núcleo externo</p><p>Núcleo interno</p><p>A Terra e suas camadas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>A formação geológica e territorial da América Latina</p><p>Cordilheira dos Andes</p><p>Bacias hidrográficas</p><p>Atividade vulcânica</p><p>Falha de San Andreas</p><p>Formação do Istmo do Panamá</p><p>Aspectos gerais da geomorfologia da América Latina</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Teoria da deriva continental</p><p>Terra — 225 milhões de anos</p><p>Terra — 150 milhões de anos</p><p>Terra — 100 milhões de anos</p><p>Terra — hoje</p><p>2 bilhões de anos atrás</p><p>1 bilhão de anos atrás</p><p>550 milhões de anos atrás</p><p>230 milhões de anos atrás</p><p>105 milhões de anos atrás</p><p>Conteúdo interativo</p><p>A Terra em movimentos e as Américas nesse contexto</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Tectônica global</p><p>Convergentes</p><p>Divergentes</p><p>Conservativos</p><p>Oceânica com oceânica</p><p>Oceânica com continental</p><p>Continental com continental</p><p>Curiosidade</p><p>Estruturas geológicas da Terra</p><p>Crátons</p><p>Dobramentos modernos</p><p>Cordilheira do Himalaia, na Ásia</p><p>Cordilheira dos Andes, na América do Sul</p><p>Alpes, na Europa</p><p>Montanhas Rochosas, na América do Norte</p><p>Bacias sedimentares</p><p>Bacia Amazônica</p><p>Bacia do Paraná</p><p>Bacia do Orinoco</p><p>Terra em movimento</p><p>Conteúdo interativo</p><p>A gênese geomorfológica e a formação das Américas</p><p>Origem geomorfológica e climática</p><p>Impacto na ocupação</p><p>Terremotos e geomorfologia</p><p>Diversidade geográfica</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>2. América Latina: aspectos fisiográficos e formação socioespacial</p><p>Aspectos fisiográficos na América</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Curiosidade</p><p>A vegetação na América Latina</p><p>Florestas tropicais/Amazônia/Mata Atlântica</p><p>Caatinga</p><p>Cerrado</p><p>Chaco/Pantanal</p><p>Deserto</p><p>Pradaria/Pampa</p><p>Tundra</p><p>As vegetações nas Américas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Formação socioespacial da América</p><p>Curiosidade</p><p>Comentário</p><p>Curiosidade</p><p>Vamos voar</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Formação natural da América Latina</p><p>Vamos praticar?</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>3. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Podcast</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Explore +</p><p>Referências</p>