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<p>Departamento de Economia</p><p>Universidade de Brasília</p><p>Introdução à Economia</p><p>Aula 18 – Teoria Macroeconômica da Economia</p><p>Aberta</p><p>José Guilherme de Lara Resende</p><p>jglresende@unb.br</p><p>9 de agosto de 2024</p><p>1</p><p>Teoria Macroeconômica</p><p>da Economia Aberta</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>2</p><p>Objetivos da Aula</p><p>▶ Compreender o conceito de economia aberta e suas</p><p>implicações macroeconômicas.</p><p>▶ Analisar a relação entre a taxa de câmbio e a taxa de juros em</p><p>uma economia aberta.</p><p>▶ Estudar o Investimento Líquido do Exterior no País (ILEP) e sua</p><p>importância.</p><p>▶ Entender o equilíbrio nos mercados de fundos de empréstimos e</p><p>de câmbio e a relação entre esses mercados.</p><p>▶ Examinar os efeitos de políticas econômicas e eventos externos</p><p>em uma economia aberta.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>3</p><p>Introdução</p><p>Vamos levar em conta agora uma economia doméstica que compra e</p><p>vende bens, serviços e ativos financeiros nos mercados</p><p>internacionais.</p><p>No modelo que vamos estudar a taxa de câmbio é flexível e</p><p>determinada no mercado cambial.</p><p>A taxa de juros é determinada no mercado de fundos de</p><p>empréstimos.</p><p>Em economias abertas há um nível adicional de complexidade, pois</p><p>agora há interações entre as variáveis ligadas ao setor interno da</p><p>economia e ao setor externo.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>4</p><p>Relembrando Algumas Definições Importantes</p><p>▶ A taxa de câmbio é definida em Reais por dólar (R$/US$).</p><p>▶ O Investimento Líquido do Exterior no País (ILEP) é definido</p><p>como a entrada líquida de recursos financeiros e capital</p><p>estrangeiro.</p><p>▶ O ILEP inclui tanto investimentos estrangeiros diretos e</p><p>investimentos em carteira.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>5</p><p>Pressupostos Clássicos</p><p>Os pressupostos desse modelo seguem a “Teoria Clássica”, válidas</p><p>especialmente para o longo prazo.</p><p>Os mercados relevantes são o mercado cambial e o mercado de</p><p>fundos para empréstimo.</p><p>As hipóteses clássicas são:</p><p>▶ Só variáveis reais são relevantes (juros real, câmbio,</p><p>produtividade, maquinários, equipamento).</p><p>▶ Os preços são dados (não afetarão os resultados do modelo).</p><p>▶ O PIB (real) é também dado.</p><p>▶ As situações de equilíbrio representam equilíbrios de longo</p><p>prazo.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>6</p><p>Relembrando</p><p>Vimos que as exportações líquidas (EL), igual a exportações (X)</p><p>menos importações (M), (ou seja, EL = X − M) corresponde à</p><p>primeira parte do Balanço de Pagamentos, chamada Transações</p><p>Correntes.</p><p>Quando EL < 0, ou seja, M − X > 0 (as importações líquidas, IL, são</p><p>positivas, onde IL = −EL) existe déficit na conta de Transações</p><p>Correntes.</p><p>Neste caso, haverá uma contrapartida de entrada de divisas pela</p><p>Conta Financeira (pode ser via variação das Reservas</p><p>Internacionais).</p><p>Essa entrada líquida de divisas é o Investimento Líquido do Exterior</p><p>no País (ILEP).</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>7</p><p>Relembrando</p><p>Em uma economia aberta, quando ILEP > 0, a demanda por fundos</p><p>de empréstimos vem do investimento interno (I) enquanto a oferta de</p><p>fundos de empréstimos vem da poupança nacional (S) e do</p><p>investimento líquido do exterior no país (ILEP), ou seja, vale a</p><p>seguinte identidade:</p><p>S + ILEP = I</p><p>Lembre-se que S = SP + SG, em que S denota a poupança interna,</p><p>SP a poupança privada interna, e SG a poupança do governo. Temos</p><p>então que:</p><p>S + ILEP = SP + SG + SX = I,</p><p>onde ILEP denota o valor o investimento líquido do exterior no país,</p><p>que quando positivo, pode ser visto como SX, poupança externa</p><p>gerando fundos de empréstimo para o país.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>8</p><p>Mercado de Fundos de Empréstimos</p><p>Quando o ILEP > 0, o país passa por um investimento interno</p><p>líquido: os recursos de capital provenientes do exterior aumentam a</p><p>oferta por fundos de empréstimos gerados internamente.</p><p>Quando o ILEP < 0, o país passa por um investimento externo</p><p>líquido: a compra líquida de capital no exterior aumenta a demanda</p><p>por fundos de empréstimos gerados internamente (reduz a oferta</p><p>nacional por fundos de empréstimo).</p><p>A demanda por fundos de empréstimo continua definida pelo</p><p>investimento.</p><p>Em uma economia aberta, a taxa de juros garante que a oferta de</p><p>fundos de empréstimo seja igual a demanda.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>9</p><p>Mercado de Fundos de Empréstimos</p><p>Q∗</p><p>r∗</p><p>Demanda</p><p>(I)</p><p>Oferta</p><p>(S+ILEP)</p><p>Equilíbrio</p><p>Quantidade de Fundos para Empréstimos</p><p>Ta</p><p>xa</p><p>de</p><p>Ju</p><p>ro</p><p>s</p><p>R</p><p>ea</p><p>l</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>10</p><p>O Mercado de Câmbio</p><p>A taxa de câmbio real é determinada pela oferta e demanda de</p><p>câmbio.</p><p>Vamos definir de modo simplificado a demanda por dólares como o</p><p>déficit em transações correntes (|X − M|).</p><p>A oferta de moeda estrangeira (dólares, para simplificar) é dada pelo</p><p>ILEP, que define o saldo da Conta Financeira do BP.</p><p>Déficits em transações correntes são então financiados pela entrada</p><p>líquida de recursos na conta financeira (ou resgate de reservas</p><p>internacionais - redução nas reservas aplicadas junto ao FMI).</p><p>Em equilíbrio teremos então a oferta de divisas igual à demanda por</p><p>divisas:</p><p>ILEP = M − X</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>11</p><p>O Mercado de Câmbio</p><p>Qual a relação entre o ILEP e a taxa de câmbio?</p><p>▶ Uma desvalorização da taxa de câmbio do país receptor de</p><p>investimento externo (e.g. moeda mais barata em relação ao</p><p>dólar), é favorável para o investidor estrangeiro.</p><p>▶ Uma valorização desencoraja a entrada de capital estrangeiro.</p><p>Neste caso, teremos então uma curva ILEP para cada taxa de</p><p>câmbio, o que complica a análise.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>12</p><p>O Mercado de Câmbio</p><p>Hipótese Simplificadora</p><p>Como os investidores estrangeiros, em geral, estão mais atentos às</p><p>perspectivas de longo prazo, variações conjunturais na taxa de</p><p>câmbio não são tão importantes.</p><p>Os investidores estrangeiros se concentram mais em diferenciais de</p><p>taxas de juros reais ou na perspectiva de valorização no mercado de</p><p>ações.</p><p>Então, como hipótese simplificadora, vamos supor que a taxa de</p><p>câmbio não afeta o investimento externo.</p><p>Portanto a oferta de moeda estrangeira (determinada pelo ILEP) é</p><p>inelástica à taxa de câmbio.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>13</p><p>O Mercado de Câmbio</p><p>A oferta de dólares a serem trocados por moeda estrangeira é</p><p>determinada pelo ILEP, que assumimos não depender da taxa de</p><p>câmbio real, o que faz com que a curva de oferta seja vertical.</p><p>A demanda por dólares vem das importações líquidas.</p><p>Como uma taxa de câmbio real mais baixa estimula as importações</p><p>líquidas (e, assim, aumenta a quantidade de dólares demandada</p><p>para pagar por essas importações líquidas), a curva de demanda</p><p>tem inclinação negativa.</p><p>À taxa de câmbio real de equilíbrio, a quantidade de dólares que as</p><p>pessoas ofertam para comprar ativos estrangeiros é igual à</p><p>quantidade de dólares que as pessoas demandam para comprar</p><p>importações líquidas</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>14</p><p>O Mercado de Câmbio</p><p>Q∗</p><p>e∗</p><p>Demanda</p><p>(M − X)</p><p>Oferta</p><p>(ILEP)</p><p>Equilíbrio</p><p>Quantidade Transacionada de Dólares</p><p>Ta</p><p>xa</p><p>de</p><p>C</p><p>âm</p><p>bi</p><p>o</p><p>R</p><p>ea</p><p>l</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>15</p><p>ILEP e os Dois Mercados</p><p>O investimento líquido do exterior no país (ILEP) é a variável que liga</p><p>o mercado de fundos de empréstimos e o mercado de câmbio,</p><p>atuando como uma parte da oferta do primeiro e a fonte da oferta do</p><p>segundo.</p><p>O mercado de fundos de empréstimos e o mercado de câmbio</p><p>determinam, conjuntamente, importantes variáveis</p><p>macroeconômicas de uma economia aberta.</p><p>Eles determinam dois preços relativos: a taxa de juros real e a taxa</p><p>de câmbio real.</p><p>Esses dois preços relativos ajustam-se simultaneamente para</p><p>equilibrar a oferta e a demanda nesses dois mercados.</p><p>Assim, eles determinam a poupança nacional, o investimento interno,</p><p>o ILEP e as exportações líquidas.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>16</p><p>Equilíbrio em uma Economia Aberta</p><p>Vamos considerar como se relacionam os mercados de fundos de</p><p>empréstimo e de câmbio.</p><p>De um lado (mercado de fundos de empréstimo) temos no equilíbrio</p><p>a igualdade ILEP + S = I.</p><p>De outro (mercado de câmbio), temos no equilíbrio ILEP</p><p>= M − X.</p><p>Pode-se representar a relação entre os dois mercados usando a</p><p>relação entre ILEP e taxa de juros como elemento de ligação.</p><p>Lembre-se que o ILEP é uma parte da poupança total (interna mais</p><p>externa) que representa a oferta de fundos emprestáveis.</p><p>O ILEP representa também a oferta de dólares.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>17</p><p>Equilíbrio em uma Economia Aberta</p><p>No painel (a) da figura abaixo temos o mercado de fundos</p><p>emprestáveis, em que a oferta e a demanda de fundos de</p><p>empréstimo determinam a taxa de juros da economia.</p><p>No painel (b), temos a relação do ILEP com a taxa real de juros, que</p><p>ilustra o montante de IEL associado a cada nível de taxa de juros.</p><p>Esta é a função que liga o mercado de fundos com o mercado de</p><p>câmbio.</p><p>No painel (c) temos o mercado de câmbio, com a oferta e a demanda</p><p>de dólares e a taxa de câmbio de equilíbrio.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>18</p><p>Gráfico: Equilíbrio em uma Economia Aberta</p><p>(a)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Juros</p><p>Qtde de Fundos</p><p>Emprestáveis</p><p>r1</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@@�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>��q</p><p>Of</p><p>DD</p><p>e1</p><p>(b)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Juros</p><p>Qtde de ILEP</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>��</p><p>ILEP</p><p>q</p><p>(c)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Câmbio</p><p>Qtde Transacionada</p><p>de Dólares</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>ZZ</p><p>q</p><p>Of($) (=ILEP)</p><p>DD($) (=M−X )</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>19</p><p>Estática Comparativa</p><p>Vamos analisar as seguintes situações novas que alteram o</p><p>equilíbrio nos dois mercados considerados:</p><p>▶ Mudança na propensão de investidores estrangeiros a aplicarem</p><p>recursos no país considerado.</p><p>▶ Introdução de políticas que provocam déficits orçamentários</p><p>(gasto maior do que a receita tributária).</p><p>▶ Alterações na política comercial (introdução de tarifas ou cotas</p><p>de importação).</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>20</p><p>Estática Comparativa: Primeiro Caso</p><p>Vamos supor que aumente a disposição dos investidores</p><p>estrangeiros em aplicarem seus capitais no país (devido a boas</p><p>perspectivas de crescimento, ou a uma maior taxa de juros no</p><p>mercado americano, ou a uma nova lei que confere maior segurança</p><p>jurídica, etc).</p><p>Essa mudança de comportamento representa um deslocamento para</p><p>a direita da curva de oferta de fundos (= S + ILEP) no painel (a).</p><p>Com uma maior oferta de fundos, a taxa de juros real de equilíbrio se</p><p>reduzirá.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>21</p><p>Estática Comparativa: Primeiro Caso</p><p>(a)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Juros</p><p>Qtde de Fundos</p><p>Emprestáveis</p><p>r1</p><p>r2</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@@�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>��</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>@@R</p><p>@@Rq q</p><p>O1</p><p>O2</p><p>DD</p><p>e1e1</p><p>e2</p><p>(b)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Juros</p><p>Qtde de ILEP</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>��</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>@@R</p><p>ILEP1</p><p>ILEP2</p><p>q q</p><p>(c)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Câmbio</p><p>Qtde Transacionada</p><p>de Dólares</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>ZZ</p><p>-</p><p>-</p><p>q q</p><p>O1 O2</p><p>DD($) (=M−X )</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>22</p><p>Estática Comparativa: Primeiro Caso</p><p>No painel (b) ocorre que a curva ILEP se desloca para a direita</p><p>também, pois a disposição a investir no país é maior para cada nível</p><p>de taxa de juros.</p><p>No painel (c) verifica-se um deslocamento da oferta de divisas (dada</p><p>pelo ILEP) para a direita.</p><p>Com mais divisas (e a mesma demanda), a taxa de câmbio real deve</p><p>reduzir (moeda nacional valoriza).</p><p>Isso aumenta a demanda de divisas para importação e reduz a</p><p>quantidade de dólares provenientes da exportação (aumenta</p><p>importações líquidas (M − X).</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>23</p><p>Estática Comparativa: Primeiro Caso</p><p>E quanto à “fuga de capitais”? Nesse caso a análise é inversa.</p><p>A poupança total (interna mais externa) se retrai, deslocando a oferta</p><p>de fundos para a esquerda no painel (a).</p><p>A taxa de juros real de equilíbrio se eleva.</p><p>Ao mesmo tempo, no painel (b), a curva ILEP se desloca para a</p><p>esquerda.</p><p>À nova taxa de juros, verificaríamos a redução líquida no montante</p><p>de ILEP.</p><p>No painel (c), a oferta de divisas se retrairia deslocando-se para a</p><p>esquerda, e a taxa de câmbio real de equilíbrio aumenta,</p><p>representando uma desvalorização da moeda local.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>24</p><p>Estática Comparativa: Segundo Caso</p><p>E se o governo expandir o gasto de forma que aumente o déficit</p><p>orçamentário?</p><p>A poupança governamental (SG) se tornaria negativa (T − G < 0),</p><p>reduzindo a poupança interna e a oferta de fundos emprestáveis se</p><p>desloca para a esquerda.</p><p>A taxa de juros aumenta para reequilibrar a demanda e a oferta de</p><p>fundos emprestáveis.</p><p>Uma taxa de juros maior aumentará o montante de ILEP na</p><p>economia doméstica (porém note que neste caso, ao contrário do</p><p>primeiro caso, não ocorre um deslocamento da curva ILEP).</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>25</p><p>Estática Comparativa: Segundo Caso</p><p>(a)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Juros</p><p>Qtde de Fundos</p><p>Emprestáveis</p><p>r1</p><p>r2</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@@�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>��</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>@@I</p><p>@@I</p><p>qq O1</p><p>O2</p><p>DD</p><p>e1e1</p><p>e2</p><p>(b)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Juros</p><p>Qtde de ILEP</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>��</p><p>ILEP</p><p>q q</p><p>(c)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Câmbio</p><p>Qtde Transacionada</p><p>de Dólares</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>ZZ</p><p>-</p><p>-</p><p>q q</p><p>O1 O2</p><p>DD</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>26</p><p>Estática Comparativa: Segundo Caso</p><p>Com isso, a oferta de divisas aumentará frente a uma mesma</p><p>demanda.</p><p>Com uma oferta maior, o preço da divisa comparativamente a moeda</p><p>local cai (a moeda local se valoriza).</p><p>A demanda para importações líquidas (M − X) aumentará, resultando</p><p>em uma quantidade transacionada de dólares maior.</p><p>Temos nesta situação um aumento no déficit orçamentário</p><p>aumentando o déficit em transações correntes do BP.</p><p>Esta ideia é conhecida como “déficit gêmeos”, em que um defícit</p><p>orçamentário gera um defícit nas transações correntes do BP.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>27</p><p>Estática Comparativa: Terceiro Caso</p><p>A imposição de obstáculos à importação implica uma redução nas</p><p>importações líquidas (M − X) para cada nível de taxa de câmbio.</p><p>Isso implica em um deslocamento da demanda por divisas</p><p>representada pelas importações líquidas (M-X) para a esquerda.</p><p>Como a oferta de dólares não se alterou (e é totalmente inelástica à</p><p>taxa de câmbio), verificamos inicialmente uma pressão por</p><p>valorização na taxa de câmbio.</p><p>As importações irão aumentar e as exportações irão diminuir nesse</p><p>novo nível de câmbio, deslocando a curva de volta ao ponto inicial,</p><p>com taxa de câmbio real e1.</p><p>A conclusão é que políticas comerciais não alteram, no longo prazo,</p><p>as transações correntes (importações e exportações).</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>28</p><p>Estática Comparativa: Terceiro Caso</p><p>(a)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Juros</p><p>Qtde de Fundos</p><p>Emprestáveis</p><p>r1</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@</p><p>@@�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>��q</p><p>Of</p><p>DD</p><p>e1</p><p>e2</p><p>(b)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Juros</p><p>Qtde de ILEP</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>�</p><p>��</p><p>ILEP</p><p>q</p><p>(c)</p><p>6</p><p>-</p><p>Taxa Real</p><p>de Câmbio</p><p>Qtde Transacionada</p><p>de Dólares</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>ZZ</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>Z</p><p>ZZ</p><p>��</p><p>��</p><p>���</p><p>���</p><p>q</p><p>q</p><p>Of($) (=ILEP)</p><p>D1</p><p>D2</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>29</p><p>Questões de Fixação</p><p>▶ Explique o conceito de Investimento Líquido do Exterior no País</p><p>(ILEP).</p><p>▶ Quais são as implicações de um déficit em transações</p><p>correntes?</p><p>▶ Como os mercados de fundos de empréstimos e de câmbio</p><p>estão interligados?</p><p>▶ O que são déficits gêmeos e quais são suas causas e efeitos?</p><p>▶ Suponha que o FED, o banco central americano, diminua a taxa</p><p>de juros americana. Como isso influencia os mercados de</p><p>fundos de empréstimo e de câmbio?</p><p>▶ Suponha que o Brasil imponha tarifas elevadas sobre</p><p>importações de bens de consumo. Quais seriam os efeitos sobre</p><p>o mercado de fundos de empréstimos e o mercado cambial?</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>30</p><p>Leitura Recomendada</p><p>Mankiw, Introdução à Economia:</p><p>▶ Capítulo 32: Teoria macroeconômica da economia aberta.</p><p>Leitura avançada:</p><p>▶ Paul Krugman (1991) Increasing returns and economic</p><p>geography. Journal of Political Economy, vol. 99, no 3.</p><p>Vídeos Recomendados:</p><p>▶ Chapter 32. A Macroeconomic Theory of the Open Economy.</p><p>Economics Course.</p><p>▶ Economia bem, bolsa e dólar mal: qual a relação? ! Economia</p><p>está em tudo! 286.</p><p>José Guilherme de Lara Resende | Aula 18</p><p>https://pr.princeton.edu/pictures/g-k/krugman/krugman-increasing_returns_1991.pdf</p><p>https://pr.princeton.edu/pictures/g-k/krugman/krugman-increasing_returns_1991.pdf</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=1rc-8n8uI3c</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=1rc-8n8uI3c</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=d5HtALN0EdE&list=PLJ85jmdKU96JLFaacuCpTJwrKSpAVS63W&index=6</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=d5HtALN0EdE&list=PLJ85jmdKU96JLFaacuCpTJwrKSpAVS63W&index=6</p>

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