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<p>FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA</p><p>E DO ESPORTE</p><p>Prof. Ms. Ana Luiza Rezende Nabhan</p><p>analuizarezende@prof.unipar.br</p><p>4</p><p>ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA(TENS)</p><p>A Estimulação Elétrica Transcutânea (TENS) , do inglês (Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation) é uma técnica não invasiva que utiliza correntes elétricas de baixa frequência para aliviar a DOR. É frequentemente utilizada para gerenciar a dor crônica, aguda ou pós-operatória.</p><p>Utiliza correntes elétricas de baixa frequência para aliviar a dor.</p><p>Nessa técnica, eletrodos são colocados na pele próximo à área dolorida ou ao longo das trajetórias nervosas relevantes. A corrente elétrica é então aplicada através desses eletrodos, estimulando os nervos periféricos e interferindo na transmissão da dor para o cérebro.</p><p>DOR</p><p>É uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano tissular real ou potencial, ou descrita em termos deste dano.</p><p>NOCICEPÇÃO – estímulos gerados por receptores sensoriais = NOCICEPTORES são ativados com estímulos de dor -SNC</p><p>3 ETAPAS:</p><p>Transdução: os nociceptores convertem os estímulos nocivos em sinais elétricos (potenciais de ação) - e através dos canais iônicos geram sinais elétricos que são transmitidos ao longo das fibras nervosas.</p><p>Transmissão: os sinais elétricos (gerados pelos nociceptores) são transmitidos ao longo das fibras nervosas aferentes (fibras de dor rápida (A-delta) e fibras de dor lenta (C). )até a medula espinhal e, em seguida, para o cérebro. – gerando a sensação de dor aguda e localizada. As fibras de dor lenta transmitem informações sobre estímulos nocivos persistentes e são responsáveis pela sensação de dor crônica e difusa.</p><p>Modulação: interação de várias estruturas cerebrais e a liberação de substâncias químicas, como endorfinas e serotonina, que podem modular a atividade das fibras de dor.</p><p>Fig.01</p><p>TIPOS DE DOR</p><p>Dor Aguda: tem início súbito e é de curta duração. Pode ser causada por lesões, cirurgias ou doenças.</p><p>Dor Crônica: Persiste por um longo período de tempo, geralmente mais de três meses. Pode ser contínua ou intermitente e pode ser causada por condições médicas subjacentes, lesões antigas ou problemas de saúde mental.</p><p>Dor Neuropática: Resulta de danos ou disfunção do sistema nervoso central ou periférico. Pode incluir sensações de formigamento, queimação ou choque elétrico.</p><p>Dor Nociceptiva: É a dor causada por estimulação de receptores de dor (nociceptores) nos tecidos corporais devido a danos ou inflamação.</p><p>TIPOS DE DOR</p><p>Dor Visceral: Origina-se nos órgãos internos do corpo, como o estômago, intestinos ou órgãos reprodutivos. Pode ser descrita como dor profunda e difusa.</p><p>Dor Musculoesquelética: Envolvem os músculos, ossos, articulações, tendões e ligamentos. Exemplos incluem dor nas costas, artrite e lesões esportivas.</p><p>Dor Referida: A dor percebida em uma parte do corpo, mas originada em outra. Um exemplo comum é a dor no braço esquerdo durante um ataque cardíaco.</p><p>Dor Psicogênica: Resulta de fatores psicológicos, como estresse, ansiedade ou depressão, e pode não ter uma causa física óbvia.</p><p>TEORIA DAS COMPORTAS</p><p>Proposta por Ronald Melzack e Patrick Wall em 1965, é um dos modelos mais influentes para entender a percepção da dor.</p><p>Essa teoria sugere que a dor é modulada por um sistema de "comportas" no sistema nervoso central (medula), que controla o fluxo de sinais de dor dos nervos periféricos para o cérebro.</p><p>TEORIA DAS LIBERAÇÃO DE ENDORFINAS</p><p>É uma explicação proposta para os mecanismos biológicos subjacentes à analgesia onde as endorfinas (neurotransmissores que atuam como analgésicos naturais) ajudam a aliviar a dor.</p><p>TENS - ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA</p><p>Corrente de BAIXA FREQUÊNCIA, alternada (ou pulsada), quadrada, bifásica e assimétrica, frequências que variam: 1 a 250Hz, duração da fase entre 20 e 300 mSeg - Utilizada no tratamento da DOR</p><p>-- A Hiperestimulação das fibra Abeta mielinizadas de condução rápida pela TENS inibe o sinal de dor conduzida pela fibras C amielínicas.</p><p>-- O TENS é capaz de produzir ENDORFINAS através de uma reação pseudo-dolorosa.</p><p>Fig.03</p><p>Fig.02</p><p>TIPOS DE ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA</p><p>CONVENCIONAL : aplicação de correntes elétricas de baixa voltagem através de eletrodos colocados na pele perto da área dolorida. Estas correntes podem ajudar a reduzir a dor ao bloquear os sinais de dor que viajam pelos nervos.</p><p>ACUPUNTURA: frequências mais baixas, geralmente na faixa de 2 a 4 Hz. Ele é frequentemente usado para simular os efeitos da acupuntura e pode ser útil no tratamento da dor crônica.</p><p>BURST: uma série de pulsos rápidos de alta intensidade, seguidos por um período de pausa. Isso pode proporcionar alívio da dor mais eficazmente do que a TENS convencional em algumas pessoas.</p><p>BREVE-INTENSA: utiliza pulsos mais amplos e de maior duração. Ele pode ser usado para estimular uma área maior do corpo e pode ser útil no tratamento de certos tipos de dor crônica.</p><p>TENS CONVENCIONAL</p><p>Fig.04</p><p>TENS ACUPUNTURA</p><p>Fig.05</p><p>TENS BURTS</p><p>Fig.06</p><p>TENS BREVE-INTENSA</p><p>Fig.07</p><p>DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS</p><p>Posicionamento próximo à área dolorida</p><p>Espaçamento adequado: pelo menos 1 a 2 polegadas entre os eletrodos (3-6cm).</p><p>Posicionamento bilateral: em ambos os lados para abranger a área afetada.</p><p>Posicionamento de acordo com os nervos (ao longo dos nervos)</p><p>Evitar articulações e áreas sensíveis (feridas abertas)</p><p>Alternância de posição: Se estiver usando mais de dois eletrodos, é recomendável alternar sua posição entre as sessões para evitar irritação da pele em um único local.</p><p>A disposição dos eletrodos pode variar dependendo da área do corpo sendo tratada e da natureza específica da condição</p><p>DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS</p><p>TETRAPOLAR</p><p>BIPOLAR</p><p>Fig.09</p><p>Fig.08</p><p>Longitudinal</p><p>Cruzado</p><p>Fig.10</p><p>Longitudinal</p><p>INDICAÇÕES</p><p>FREQUÊNCIA: refere-se ao número de pulsos elétricos por segundo e é medida em Hertz (Hz) - de 2 Hz a 150 Hz.</p><p>LARGURA DE PULSO: refere-se à duração de cada pulso elétrico e é medida em microssegundos (µs) – de 50 µs a 400 µs</p><p>DOR AGUDA : frequência alta (80-150 Hz) , largura de bulso baixa (50-80 µs) – TENS CONVENCIONAL;</p><p>DOR CRÔNICA: frequência baixa (2-10 Hz), largura de pulso alta (200-400 µs) – TENS ACUPUNTURA E/OU BURST</p><p>CONTRA-INDICAÇÕES</p><p>Marcapassos ou outros dispositivos médicos eletrônicos implantados</p><p>Gravidez (avaliar tempo gestacional)</p><p>Distúrbios de sensibilidade cutânea</p><p>Lesões cutâneas ou feridas abertas</p><p>Trombose venosa profunda (TVP) ou tromboflebite (MMII ou MMSS)</p><p>Áreas do corpo onde a estimulação elétrica pode representar um risco: região carótida, olhos, boca, região cardíaca, região torácica (sobre o coração) ou sobre a área do abdômen durante a gravidez.</p><p>DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS CONFORME PATOLOGIA</p><p>Fig.13</p><p>Fig.12</p><p>Fig.11</p><p>DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS CONFORME PATOLOGIA</p><p>Fig.16</p><p>Fig.15</p><p>Fig.14</p><p>DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS CONFORME PATOLOGIA</p><p>Fig.18</p><p>Fig.17</p><p>DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS CONFORME PATOLOGIA</p><p>Fig.28</p><p>Fig.25</p><p>Fig.27</p><p>Fig.26</p><p>DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS CONFORME PATOLOGIA</p><p>Fig.21</p><p>Fig.20</p><p>Fig.22</p><p>Fig.23</p><p>Esporão de Calcâneo / Fasceíte Plantar</p><p>Tendinite e/ou Bursite Ombro</p><p>Síndrome Túnel do Carpo</p><p>Epicondilite</p><p>Fig.24</p><p>Ao aplicar a eletroanalgesia TENS, é essencial considerar não apenas a configuração adequada do equipamento, mas também a correta seleção dos pontos de aplicação e a compreensão dos parâmetros necessários para proporcionar alívio eficaz da dor aos pacientes</p><p>Na eletroanalgesia TENS, além de dominar as configurações técnicas do equipamento, é crucial compreender a fisiologia subjacente à estimulação elétrica para proporcionar um tratamento eficaz e personalizado aos pacientes em busca de alívio da dor</p><p>Na aplicação da eletroanalgesia TENS, é fundamental entender as necessidades individuais de cada paciente, adaptando os parâmetros de estimulação para obter o máximo de alívio da dor de forma segura e eficaz</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>25</p><p>HEBERT, S.; XAVIER, R.; PARDINI JR, A.G.; BARROS FILHO, T.E.P. Ortopedia e traumatologia: princípio e prática. São Paulo: Grupo</p><p>A, 2017.</p><p>LIEBANO, RICHARD ELOIN, Eletroterapia Aplicada à Reabilitação: Dos Fundamentos às Evidências. Tieme Revinter, 2021</p><p>MAGEE, David Junior; ZACHAZEWSKI, James.; QUILLEN, William S. Prática da Reabilitação Músculo-esquelética: princípios e fundamentos científicos. Barueri: Manole, 2013.</p><p>PRENTICE, William E. Técnicas em reabilitação musculoesquelética. Porto Alegre: Artmed, 2003.</p><p>Figuras:</p><p>Fig. 01 – https://anestesiologia.paginas.ufsc.br/files/2015/06/Fisiopatologia-da-dor-aguda-II.pdf</p><p>Fig. 02 - https://www.dorcronica.blog.br/o-nobel-da-medicina-e-o-alivio-da-dor-cronica/</p><p>Fig. 03 – chrome-extension://fheoggkfdfchfphceeifdbepaooicaho/html/site_status_block_page.html</p><p>Fig. 04 - https://saudepontocom.com.br/produto/7/neurodyn-ii---ibramed/</p><p>Fig. 05 - https://clinicafortius.com.br/eletroacupuntura/</p><p>Fig. 06 - https://pt.slideshare.net/juliomagalhaesdefreitas/03-conversores-cc-ca-inversores</p><p>Fig. 07 - https://pt.slideshare.net/fuadhazime/estimulao-eltrica-nervosa-transcutnea-tens</p><p>Fig. 08 - https://fisioterapiauni.blogspot.com/2015/09/combate-lombalgia-utilizando.html</p><p>Fig. 09 - https://uhwg.com.au/collections/uhwg-ss-pro-plus-accessories</p><p>Fig. 10 - https://www.bol.com/nl/nl/p/impulse-tens-d5-pijnbehandeling-tens-apparaat/9200000053309478/</p><p>Fig. 11 a 19 - https://pt.slideshare.net/americanfisio/manual-tensfes-clnico-htm</p><p>Fig. 20 - https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=OggQFELhP40</p><p>Fig. 21 - https://axion.shop/es/pages/aplicacion-tens-tunel-carpiano</p><p>Fig. 22 - https://br.freepik.com/fotos-premium/tratamento-de-tendinite-do-ombro_7003388.htm</p><p>Fig.23 - https://www.maisquecuidar.com/epicondilite-lateral-cotovelo-de-tenista</p><p>Fig.24 - https://www.facebook.com/profile.php?id=100083581449763&paipv=0&eav=AfYW4ivOlM7JXNrB7j80_zZtRR9DuR5_hs_UyNzXbbmYjPbpHRAO5R-9UpEGf6qbD98</p><p>Fig. 25 a 28 - https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-politrauma</p><p>image2.jpg</p><p>image1.jpg</p><p>image3.emf</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.emf</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.emf</p><p>image16.emf</p><p>image17.emf</p><p>image18.emf</p><p>image19.emf</p><p>image20.emf</p><p>image21.emf</p><p>image22.emf</p><p>image23.emf</p><p>image24.emf</p><p>image25.jpeg</p><p>image26.jpeg</p><p>image27.jpeg</p><p>image28.jpeg</p><p>image29.jpeg</p><p>image30.jpeg</p><p>image31.png</p><p>image32.png</p><p>image33.emf</p><p>image34.emf</p><p>image35.emf</p><p>image36.jpeg</p><p>image37.jpeg</p><p>image38.jpeg</p><p>image39.jpeg</p><p>image40.jpeg</p><p>image41.jpeg</p><p>image42.emf</p><p>image43.png</p><p>image44.png</p>