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rev ufu 2 fase 2024

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Roberto Souza

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<p>Revisão 2º fase – Junho 2018 - Filosofia</p><p>Questão 01</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>“Já não se trata apenas de encontrar na filosofia o antigo, mas de destacar o verdadeiramente novo: aquilo que faz, precisamente, com que a filosofia deixe de ser mito para ser filosofia. Cumpre, por conseguinte, definir a mutação mental de que a primeira filosofia grega dá testemunho, precisar sua natureza, sua amplitude, seus limites, suas condições históricas”.</p><p>(Vernant, in Introdução à História da Filosofia/M. Chaui, 2 edição revista, 2002, p. 36).</p><p>A partir do texto acima, discorra sobre as diferenças que marcam a transição do mito à filosofia.</p><p>Resposta:</p><p>A filosofia não é um “milagre grego”, muito menos uma pura continuação da religião grega: a mitologia. A transformação mental que leva os conteúdos antigos a serem retomados de uma outra maneira, inédita e nova, que nos permite falar em nascimento da filosofia, é a explicação da ordem do mundo, do universo, pela determinação de um princípio originário e racional.</p><p>A ordem – cosmos – deixa de ser o efeito de relações sexuais entre entidades e forças vitais e divinas, deixa de ser uma genealogia e uma cosmogonia para tornar-se o desdobramento racional e inteligível de um princípio originário.</p><p>O mito é essencialmente uma narrativa mágica ou maravilhosa, que não se define apenas pelo tema ou objeto da narrativa, mas pelo modo (mágico) de narrar. A filosofia ao nascer como cosmologia, procura ser a palavra racional, a explicação racional, a fundamentação pelo discurso e pelo pensamento da origem e ordem do mundo, isto é, do todo da realidade.</p><p>Questão 02</p><p>Aristóteles escreveu: “Substância – aquilo a que chamamos substância de modo mais próprio, primeiro e principal – é aquilo que nem é dito de algum sujeito nem existe em algum sujeito, como, por exemplo, um certo homem ou um certo cavalo.</p><p>A partir da leitura do trecho</p><p>a) Estabeleça a distinção entre a substância principal e a substância segunda.</p><p>b) Na proposição “Todo mamífero é animal” é correto afirmar que seus termos, quanto às categorias, são classificados o 1º (mamífero) como substância primeira e o segundo (animal) como substância segunda? Justifique.</p><p>Resposta:</p><p>a) A substância principal é a também chamada substância primeira, sendo aquela referente ao sujeito singular, ao existente por si mesmo, como indivíduo, e que não é predicado de nenhum outro. Já as substâncias segundas são as espécies e ou gêneros a que se referem as substâncias primeiras. São os universais que não existem por si mesmos, não são individuais, mas são conhecidos.</p><p>b) Não. Ambos os termos podem ser classificados como substâncias segundas, pois são universais, não existem por si mesmos, são espécie (mamífero) e gênero (animal). Predicam ou qualificam uma substância primeira.</p><p>Questão 03</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>“(...) Além disso, esses filósofos, vendo que toda a natureza sensível estava em movimento, e que não se pode julgar da verdade o que muda, pensaram que não se poderia enunciar nenhuma verdade, pelo menos a respeito do que muda por toda parte e em todos os sentidos.(...) Mas passemos sobre essas considerações. Digamos somente que não há identidade entre mudança qualitativa e mudança quantitativa. Que, segundo a quantidade, os seres não persistem, seja; mas é a partir da forma que conhecemos as coisas.”</p><p>(Aristóteles, A Metafísica, Livro IV, 5, 1010a)</p><p>Segundo o texto de Aristóteles ele afirma que é possível conhecer e explicar o que muda: a natureza sensível. Explique a partir dos conceitos de Matéria e Forma, Ato e Potência como o filósofo resolve a questão da natureza e seu movimento.</p><p>Resposta:</p><p>Para Aristóteles a matéria é a causa material dos seres naturais e a forma, a causa formal desses seres. A matéria é a substância ou suporte capaz de receber determinações ou propriedades justamente porque em si mesma e por si mesma ela, a matéria, não possui nenhuma, sendo totalmente indeterminada. Já a forma é totalmente determinada, que possui eterna e imutavelmente as mesmas propriedades ou atributos. A forma é a substância como essência e é ela que determina a matéria, dando-lhe propriedades ou atributos. Os seres ou entes são compostos de matéria e forma, os indivíduos da natureza. Há movimento, mudança ou devir porque é da natureza da matéria alterar-se, mudando de forma. O princípio de mudança é a matéria. Por isso os seres compostos de matéria e forma estão submetidos ao devir. Ato e Potência explicam a mudança de todos os seres. Ato é a forma de um ser na atualidade, a essência da coisa tal como ela é aqui e agora. A Potência ou potencialidade é a capacidade da coisa para o que ela pode vir a ser no tempo. Os seres não mudam de forma, mas passam da forma em estado menos perfeito ou acabado para a forma em estado mais perfeito ou acabado.</p><p>O filósofo sobre a substância afirma que há uma substância primeira, que se refere ao particular e a substância segunda que se refere ao gênero e espécie.</p><p>Questão 04</p><p>Leia o texto abaixo:</p><p>“O homem, composto de um corpo e da forma desse corpo, está situado num universo composto de naturezas, isto é, de corpos materiais, cada um dos quais possui sua forma. (...) conhecer consistirá, pois, em desprender das coisas o universal que nelas está contido. Será esse o papel da operação mais característica do intelecto humano, que designamos pelo nome de abstração” (Gilson, Etienne. A Filosofia na Idade Média, Ed. Martins Fontes, 1995. p. 666,667)</p><p>Explique a partir da leitura do texto o processo de conhecimento segundo Tomás de Aquino.</p><p>Resposta:</p><p>Para Tomás de Aquino a origem do nosso conhecimento está nos sentidos; explicar o conhecimento humano é definir a colaboração que se estabelece entre as coisas materiais, os sentidos e o intelecto. O homem é composto de um corpo e da forma desse corpo, está situado num universo composto de naturezas, isto é, de corpos materiais, cada um dos quais possui sua forma. O elemento que particulariza e individualiza essas naturezas é a matéria de cada uma delas; o elemento universal que elas contêm é, ao contrário, sua forma; conhecer consistirá, pois, em desprender das coisas o universal que nelas está contido. Será esse o papel da operação mais característica do intelecto humano, que designamos pelo nome de abstração. Pelos sentidos conhecemos o particular, o individual; mas o conhecimento verdadeiro é alcançar o seu conceito, o universal, que abstraímos através do intelecto agente.</p><p>Questão 05</p><p>Pedro Abelardo (1079-1142) foi discípulo de Roscelino, um dos principais defensores do nominalismo nesse período, e de Guilherme de Champeaux, defensor do realismo, contra o qual polemizou posteriormente. Em relação ao problema dos universais, manteve uma posição conhecida como conceitualismo. Explique-a.</p><p>Resposta:</p><p>Para Abelardo, os universais são conceitos, "concepções do espirito", realidades mentais que dão significado aos termos gerais que designam propriedades de classes de objetos.</p><p>Daí, os conceitos ou universais só existem, como ideias, em nosso espírito, não possuindo nada que lhes corresponda na realidade. Em outras palavras, o conceitualismo é a doutrina segundo a qual as ideias gerais que servem para organizar nosso conhecimento são instrumentos intelectuais criados por nosso espírito, mas sem nenhuma existência fora dele.</p><p>Questão 06</p><p>Para D. Hume causalidade não se explica pela razão e sim pelo hábito. Explique a concepção do pensador e suas conseqüências para o campo da ciência.</p><p>Resposta:</p><p>De acordo com David Hume, o hábito é o princípio que determina algum homem a tirar concluir imediatamente a existência de um objeto do aparecimento do outro, ou seja, a inferir que um efeito é produzido por uma causa. Assim, é a repetição constante da conjunção de eventos sucessivos que faz aparecer a tendência de associar o evento anterior (considerado como causa) com o evento posterior (considerado como efeito).</p><p>Para Hume, as relações causais constituem proposições sobre fatos e, portanto, não são necessariamente verdadeiras, já que a experiência somente fornece</p><p>conhecimentos particulares e contingentes. Além disso, nas inferências causais sobre as questões de fato não há contradição que desqualifique qualquer fato de seu contrário, o que indica claramente que tais inferências não podem ser fundadas em processo racional. Visto que a simples observação das qualidades sensíveis de um objeto não permite inferir as causas que o produziram ou os efeitos que dele derivam, conclui-se que o conhecimento da relação causa e efeito (causalidade), fundamento de todos os raciocínios, nasce inteiramente da experiência.</p><p>As conseqüências disto para a teoria do conhecimento são devastadoras, pois implica na impossibilidade de qualquer conhecimento seguro no campo científico (e até mesmo do conhecimento matemático ou metafísico). Desta forma, as causas primeiras dos acontecimentos permaneceriam inatingíveis, o que acaba por implicar num ceticismo que considera que inclusive a Ciência da Natureza estaria definitivamente limitada à mera probabilidade.</p><p>Questão 07</p><p>Texto 1</p><p>A verdade é esta: a cidade onde os que devem mandar são os menos apressados pela busca do poder é a mais bem governada e menos sujeita a revoltas, e aquela onde os chefes revelam disposições contrárias está ela mesma numa situação contrária. Certamente, no Estado bem governado só mandarão os que são verdadeiramente ricos, não de ouro, mas dessa riqueza de que o homem tem necessidade para ser feliz: uma vida virtuosa e sábia.</p><p>(Platão. A República, 2000. Adaptado.)</p><p>Texto 2</p><p>Um príncipe prudente não pode e nem deve manter a palavra dada quando isso lhe é nocivo e quando aquilo que a determinou não mais exista. Fossem os homens todos bons, esse preceito seria mau. Mas, uma vez que são pérfidos e que não a manteriam a teu respeito, também não te vejas obrigado a cumpri-la para com eles. Nunca, aos príncipes, faltaram motivos para dissimular quebra da fé jurada.</p><p>(Maquiavel. O Príncipe, 2000. Adaptado.)</p><p>Comente as diferenças entre os dois textos no que se refere à necessidade de virtudes pessoais para o governante de um Estado.</p><p>Gabarito: No texto 1 Platão desenvolve a tese de que cidade seria melhor administrada pelo “Filósofo Rei”, nesta teoria desenvolvida no livro “A República” o filósofo é o melhor administrador por ser aquele que possui conhecimento da “verdade” que se identifica com o Bom, o Bem e o Belo que residem no Mundo das Ideias. Ele (Filósofo Rei) seria o único capaz de guiar os habitantes da cidade na busca do melhor desenvolvimento de cada um segundo suas aptidões naturais, ou seja, o bem que reside dentro de cada indivíduo pode ser alcançado e permitir uma vida feliz a todos. A virtude do governante centra-se na busca da concretização do bem a todos os habitantes da cidade. Não sendo o filósofo guiado por interesses particulares, ele se torna o administrador ideal para a cidade. Já no texto 2, Nicolau Maquiavel, em seu livro “O Príncipe”, desenvolve uma tese que rompe com lógica estabelecida entre ética e poder. Seu pressuposto de que os homens são maus, faz com que o príncipe deve buscar manter o poder mediante estratégias que não possuem ligação com o comportamento virtuoso. Elementos como virtú (entendida como impetuosidade, coragem) e fortuna (entendida como ventura, oportunidade), somado a um conhecimento da moralidade dos homens, são recursos que permitem ao governante agir de modo calculado, não objetivando o desenvolvimento de uma bondade natural nos homens como acredita Platão, mas tendo como foco a condução dos homens rumo a uma melhor condição de vida que não siga necessariamente o caminho da virtude enquanto retidão moral.</p><p>Questão 08</p><p>“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder ?”</p><p>Responda à questão colocada por John Locke : por que os homens deixam este estado de natureza e fazem uma união em comunidades ?</p><p>Resposta:</p><p>Para John Locke o estado de natureza, relativamente pacífico, não está isento de inconvenientes, como a violação da propriedade, que ele define como vida, liberdade e bens. Como a propriedade é um direito natural que homem adquiriu por seu trabalho, na falta de lei estabelecida, de juiz imparcial e de força coercitiva para impor a execução das sentenças, coloca os indivíduos singulares em estado de guerra uns contra os outros. É a necessidade de superar esses inconvenientes que, segundo Locke, leva os homens a se unirem e estabelecerem livremente entre si o contrato social, que realiza a passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil. Esta é formada por um corpo político único, dotado de legislação, de judicatura e da força concentrada da comunidade. Seu objetivo precípuo é a preservação da propriedade privada.</p><p>Questão 09</p><p>O problema fundamental para o qual o contrato social, segundo Rousseau, oferece uma solução é “Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece, contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes.”</p><p>ROUSSEAU, JEAN-JACQUES. DO CONTRATO SOCIAL. SÃO PAULO: NOVA CULTURAL, 1987. P. 32. (COLEÇÃO OS PENSADORES)</p><p>A partir do texto acima, responda as questões que se seguem:</p><p>A) Quais são os principais objetivos do contrato social?</p><p>B) Proteger cada associado com a força comum significa que o Estado pode mobilizar forças como, por exemplo, a polícia ou o exército para defender os cidadãos. Por que, conforme Rousseau, isso é legítimo?</p><p>Resposta:</p><p>A) O contrato social proposto por Rousseau visa corrigir o contrato anterior que é ilegítimo, por este ter sido fundamentado na propriedade privada, geradora da desigualdade e miséria entre os homens.</p><p>O novo contrato busca resgatar a liberdade natural perdida através da conquista da liberdade civil. Essa consiste em que os cidadãos elaboram as leis que obedecem eles mesmos, sendo soberanos e súditos ao mesmo tempo.</p><p>Para Rousseau a vontade de cada um não se representa, estabelecendo, assim, a democracia direta, a obediência a uma vontade geral.</p><p>B) Para Rousseau é legítimo que o Estado mobilize forças para defender os cidadãos porque o soberano desse Estado é o próprio povo incorporado, o todo coletivo.</p><p>Sendo a soberania popular inalienável, os governos são tão-somente funcionários do povo. Assim, a mobilização da polícia e do exército é fruto, em última instãncia, de uma decisão da vontade popular soberana.</p><p>Fica claro que para Rousseau o sentido de força comum é essa do Estado em que tudo se faz no interesse não da vontade de alguns, mas da vontade geral.</p><p>Questão 10</p><p>Contextualize a dialética no pensamento de Hegel e Marx.</p><p>Resposta: A dialética idealista de Hegel entende a consciência (espírito) como um dado primário. O espírito é o verdadeiro protagonista da história e o fim que o move é a conquista da liberdade. A história é o processo de desenvolvimento da liberdade. O que está em jogo nela é o progresso do homem na consciência de sua liberdade.</p><p>Enquanto que para o materialismo histórico dialético de Marx, o primeiro pressuposto de toda história humana é naturalmente a existência de indivíduos humanos vivos e o primeiro ato histórico destes indivíduos, pelo qual se distinguem dos animais, não é o fato de pensar, mas o de produzir seus meios de vida. Produzindo seus meios de vida, os homens produzem, indiretamente, sua própria vida material.</p><p>O que os indivíduos são depende das condições materiais de sua produção, portanto, não é a consciência que determina o ser do homem, mas as são relações materiais de produção que determinam o seu ser social.</p><p>Questão 11</p><p>Aristóteles expôs um pensamento sobre a moralidade na sua “Ética a Nicômaco”. Exponha sua filosofia ética, destacando o que é a virtude e sua necessidade.</p><p>Resposta:</p><p>Aristóteles se refere à felicidade (eudamonia), pois, para ele, este é o supremo bem, conteúdo</p><p>da ação ética e objetivo final de nossas ações, constituindo um fim em si mesmo e não apenas um meio para outros fins.</p><p>Para Aristóteles a ciência que tem como objeto de estudo a felicidade (supremo bem), é a mais importante, mais prestigiosa e é aquela que pode ser chamada de a “arte mestra”, uma vez que trata do bem mais precioso. Aristóteles concebe o homem como um “animal político” e a Política é esta ciência, cujo objetivo é buscar o bem comum. Assim, embora a ética considere o bem do indivíduo enquanto tal, seu escopo é alcançá-lo vivendo na polis (cidade) e a política será definida por Aristóteles como ciência prática arquitetônica, isto é, aquela que oferece os princípios e fins da vida moral, pois somente na Cidade os homens podem alcançar o bem propriamente humano.</p><p>O que caracteriza a ação virtuosa é a justa medida que a razão impõe a sentimentos, ações ou atitudes, que sem o devido controle, tendem para o excesso ou para a falta. Portanto, a virtude ética é: uma disposição interior constante que pertence ao gênero das ações voluntárias feitas por escolhas deliberadas sobre os meios possíveis para alcançar um fim que está ao alcance ou no poder do agente e que é um bem para ele.</p><p>Questão 12</p><p>Kant escreveu: “(...) devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal”.</p><p>Explique no que se constitui o imperativo categórico de Kant.</p><p>Resposta:</p><p>O imperativo categórico de Kant é o dever, uma forma que deve valer para toda ação moral do ser humano. Não se trata de uma lista do que podemos ou não fazer. Trata-se de uma ordem incondicional, de uma lei moral interior, por meio da qual o ser humano age apenas de acordo com a máxima que ele deseja que se transforme em lei universal.</p><p>Para entendermos o imperativo categórico, precisamos considerar que, segundo Kant, nós não somos apenas seres morais, mas também seres naturais, com apetites, desejos e paixões. A Natureza nos leva a agir por interesse, determinados por motivações físicas, psíquicas e vitais, a exemplo do que ocorre com os animais. E é o dever que revela nossa verdadeira natureza e faz com que não corramos o risco de confundir nossa liberdade com a satisfação irracional dos nossos apetites e impulsos. Daí a incondicionalidade do imperativo categórico, do dever que nasce da razão e da vontade do agente moral e determina todas as suas ações morais.</p><p>Questão 13</p><p>“Pela palavra dionisíaco é expresso um impulso para a unidade,(...) o transbordamento apaixonado, doloroso, em estado mais obscuros, mais fortes e mais flutuantes; uma afirmação extasiada da vida como totalidade igualmente feliz; a grande participação panteísta na alegria e na dor, que aprova e santifica até os aspectos mais terríveis e mais enigmáticos da vida; a eterna vontade de gerar, de produzir e de reproduzir;(...) Pela palavra apolíneo é expresso um impulso para um ser completo(...) caracterizada, para tudo o que torna único, que coloca em relevo, reforça, distingue, elucida, caracteriza; a liberdade na lei. (Nietzsche,Fragmentos posthumes, parágrafo, 14, tomo xiv).</p><p>A partir do texto acima fale sobre a relação que Nietzsche estabelece entre a concepção da moral socrático/platônica/ cristã e a celebração dionisíca da vida.</p><p>Resposta:</p><p>O que Nietzsche procura é a transvaloração dos valores. Isso signfica procurar a gênese e as circunstâncias que deram origem aos valores que definem nosso modo de vida. Para o filósofo há um momento de ruptura, a partir de sócrates e do platonismo, quando o modo de vida grego pré-socrático expresso pela tragédia grega se perdeu. Segundo Nietzsche o socratismo-platonismo retirou o caráter dionisíaco de celebração da vida, da força que se expressa por essa vontade de potência/poder para afirmar a dimensão teórica da vida. O cristianismo estabeleceu um “platonismo” para as massas, valorizando a alma, o intelecto e negando a força da vida em sua criação e destruição, no devir heraclitiano que segundo o filósofo faz da contradição a força da vida. O apolíneo é o equilíbrio, a harmonia que repete o mesmo e repele o diferente, o contraditório. Nietzsche recusa a concepção teórica da vida, que condena o que é do corpo, negando a terra e se dirigindo ao além. Se ele anuncia a morte de Deus, esta é uma realidade do mundo moderno. A crença em deus não mais particulariza e torna diferente dos outros homens que não crêem. Levamos um cadáver “insepulto” em nossa fé que nada significa mais. O que o filósofo pretende é estabelecer uma nova moral, a partir de um homem que seja capaz de transgredir seus limites indo além do bem e do mal. Unificando o dionisíaco e o apolíneo, a vida em sua força sendo o impulso do pensamento. O além do homem ou o super-homem é aquele que não foge à luta que vida dispõe, mas considera seus limites como estímulo vital a afirmação dionisíaca de sua vontade de potência.</p>

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