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<p>Ana Barreto da Silva</p><p>Bruna Kelly Santos Fabres</p><p>Delude de Araújo Serafim</p><p>Henrique da Silva</p><p>Jane Bispo Engelhardt</p><p>Janice Mara Fernandes de Paiva</p><p>Joelson Alves Fernandes</p><p>Milkhailla Gomes Reis</p><p>Roberval Cordeiro</p><p>SINCRETISMO PROCESSUAL OU</p><p>PRAXISMO PROCESSUAL</p><p>Nanuque/2022</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC</p><p>Trabalho apresentado à Disciplina de Teoria</p><p>Geral do Processo do Curso de Direito do</p><p>Centro Universitário de Caratinga UNEC.</p><p>SINCRETISMO PROCESSUAL OU PRAXISMO PROCESSUAL</p><p>Este trabalho tem por objetivo nos levar a uma reflexão sobre uma parte</p><p>da história do Processo Civil e o modo como princípios processuais atuaram no</p><p>desenvolvimento da atividade jurisdicional. Este processo se desenvolve em três</p><p>fases metodológicas: Praxismo (ou fase sincretista); Processualismo (ou fase do</p><p>autonomismo); Instrumentalismo e o Formalismo-Valorativo (ou neoprocessualismo,</p><p>conhecido, igualmente, por formalismo-ético) e aqui trataremos o sincretismo ou</p><p>praxismo que se destaca como um marco inicial dentre as quatro grandes etapas</p><p>metodológicas do processo civil.</p><p>No praxismo não se tinha uma ideia de um processo como algo uno e</p><p>separado do direito material que lhe motivava. Era uma fase sincrética, sem o devido</p><p>nomeio a um “Direito processual”. Nesta fase estudava-se apenas os aspectos</p><p>práticos do processo, sem maiores preocupações científicas.</p><p>O dicionário traz o sincretismo como a "fusão de dois ou mais elementos</p><p>opostos em um único elemento". Em um "processo sincrético" encontramos o</p><p>sinônimo de celeridade, de clareza e automatização da execução nos procedimentos</p><p>de natureza mandamental e condenatória, ou seja, o sincretismo processual é a fusão</p><p>do mesmo processo da fase de conhecimento e fase de execução.</p><p>Praxismo é uma palavra derivada de praxis, que significa “aquilo que se pratica</p><p>habitualmente, rotina, uso, prática”, contrapondo-se à theoria, que significa “ação de</p><p>contemplar, de examinar”. A praxe se revela dinâmica, enquanto a teoria expressa o</p><p>contrário.</p><p>O processo civil conhecido nos dias de hoje é resultado da evolução de</p><p>um demorado e estático período em que o sistema processual era uma simples</p><p>fração do direito privado, desprovido de qualquer autonomia. Nessa fase não havia</p><p>uma verdadeira ciência do processo civil, pois os conhecimentos eram puramente</p><p>empíricos, sem qualquer consciência de princípios, conceitos próprios ou método.</p><p>O praxismo surge no início do século XVI e vai até o começo do século</p><p>XIX, sendo um dos mais longos períodos nessa evolução e se caracterizou pelo fato</p><p>de o processo não ser reconhecido como um fator autônomo e relevante para a</p><p>concretização dos direitos materiais. O Praxismo considera o direito processual como</p><p>mero capítulo do direito material.</p><p>Era predominante na fase sincrética a noção de que o processo era</p><p>simples meio de exercício de direitos (direito adjetivo), e de que a ação seria apenas</p><p>um dos aspectos do direito subjetivo material violado, o qual, uma vez lesado,</p><p>adquiriria forças para obter em Juízo a reparação da lesão sofrida.</p><p>Assim, o sincretismo/praxismo visa unificar os diferentes sistemas</p><p>processuais aos quais foi conferida autonomia, formando um sistema processual</p><p>único, no qual as funções (cognição sumária urgente, conhecimento e execução) se</p><p>entrelaçam harmonicamente.</p><p>O processo sincrético se apresenta como aquele que contém as tutelas</p><p>cognitiva e executiva, o que permite a declaração e a satisfação do direito material em</p><p>uma única relação jurídico-processual e já tem satisfeito diversas demandas e</p><p>consumidores do Judiciário, haja vista a redução da espera na execução do direito já</p><p>adquirido com a sentença e a visível garantia de celeridade processual e eficiência.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CÂMARA, Alexandre Freitas. O Novo Processo Civil Brasileiro. São Paulo: Atlas,</p><p>2015.</p><p>CINTRA, Antônio Carlos Araújo, GRINOVER, Ada Pelegrini; & DINAMARCO, Cândido</p><p>Rangel. Teoria geral do processo. 23º ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007</p><p>DIDIER JÚNIOR, Fredie Souza. Curso de direito processual civil: Teoria geral do</p><p>processo e processo de conhecimento. 12. ed. rev. ampl. e atual. Salvador:</p><p>JusPodivm, 2010. vol. 1, p. 27.</p>