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<p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>1</p><p>Olá alunos!</p><p>Sejam bem vindos ao curso!</p><p>Antes de iniciarmos a aula, gostaria que vocês prestassem bastante</p><p>atenção nas dicas abaixo. Tenho certeza que serão muito úteis!</p><p>Dicas para melhor aproveitar seus estudos:</p><p>De acordo com MINICUCCI, na leitura de um texto e na sua</p><p>utilização como obra de estudo, convém seguir uma fórmula</p><p>denominada VILER, que é a seguinte:</p><p>V – Visão geral do texto</p><p>I – Interrogação</p><p>L – Leitura</p><p>E – Expressão</p><p>R – Revisão</p><p>V – Visão geral</p><p>Um primeiro passo para ler bem um texto (lição) é dar uma vista</p><p>d´olhos geral no texto, nos objetivos de aprendizagem propostos e</p><p>voltar a atenção no que se vai ler, antes de uma leitura mais demorada.</p><p>Uma leitura rápida compreende a leitura dos títulos do capítulo, os</p><p>subtítulos, verificação das gravuras, os gráficos e as ilustrações.</p><p>Se houver resumo, convém lê-lo antes de ler o texto. Convém,</p><p>passar os olhos sobre a bibliografia recomendada. Enfim, uma leitura</p><p>rápida do texto para ter uma visão geral do assunto.</p><p>I – Interrogação</p><p>Nós lembramos as coisas quando elas têm um significado específico</p><p>aos nossos interesses. A melhor maneira de tirar proveito acerca do que</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>2</p><p>se está lendo é fazer perguntas, questionar e levantar interrogações</p><p>sobre o texto.</p><p>As perguntas ajudam a concentrar a atenção na matéria do texto.</p><p>Ao buscar respostas às perguntas se consegue que a mente não fique</p><p>divagando, já que o assunto nos envolveu. Assim:</p><p>O que significa o título do capítulo?</p><p>Que questões sugerem os subtítulos?</p><p>O que me interessa particularmente nesse texto?</p><p>L – Ler</p><p>O terceiro passo de Viler é ler. Se o estudante venceu os dois</p><p>primeiros passos poderá ler com mais eficiência.</p><p>Então:</p><p>a) Irá ler para responder as perguntas que levantou.</p><p>b) Irá analisar todas as ilustrações e saber por que razões elas</p><p>foram colocadas no texto.</p><p>c) Irá observar as palavras grifadas e que razão houve para isso.</p><p>d) Irá assinalar (sublinhando) os pontos mais importantes ou</p><p>que devam ser relidos.</p><p>E - Expressar</p><p>O quarto passo é expressão, comunicação, isto é, dizer, recitar,</p><p>repetir o que foi lido.</p><p>Isto quer dizer: retornar ao que já foi lido, seja resumindo</p><p>oralmente, seja tomando notas de alguma forma.</p><p>As experiências demonstram que, após duas semanas, os alunos</p><p>esquecem cerca de 80% do que estudaram. Por outro lado, se repetirem</p><p>ou expressarem de alguma forma o que leram, só esquecerão cerca de</p><p>20%, no mesmo período de tempo.</p><p>R – Revisão</p><p>A maioria dos alunos não revisa (não vê de novo) o aprendido.</p><p>Revisar significa passar uma vista d´olhos naquilo que foi lido. Rever as</p><p>anotações, os fatos, os resumos .</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>3</p><p>A revisão deverá obedecer aos seguintes passos:</p><p>a) Deve ser feita imediatamente depois da leitura.</p><p>b) Deve ser feita periodicamente.</p><p>c) Deve-se planejar uma revisão final.</p><p>Vale ressaltar que se trata de material de uso pessoal, não podendo ser</p><p>repassado a terceiros, em caráter gratuito ou oneroso, seja impresso,</p><p>por e-mail ou qualquer outro meio de transmissão sob risco de violação</p><p>do estabelecido na Lei n. º 9.610/1998 e no Código Penal. Desde já</p><p>agradecemos a compreensão e estamos abertos para qualquer dúvida</p><p>ou pendência, tanto sobre o material quanto para qualquer outro</p><p>assunto relacionado ao concurso em questão.</p><p>Aula 01 – Introdução, testes, procedimentos, amostragem,</p><p>parecer</p><p>Sumário:</p><p>1. Como devo estudar.................................................................... 4</p><p>2. Noções gerais sobre auditoria: Conceituação e objetivos ................ 5</p><p>3. Testes de Observância e Testes Substantivos .............................. 10</p><p>3.1. Testes de Observância........................................................... 10</p><p>3.2. Testes Substantivos .............................................................. 14</p><p>4. Procedimentos de Auditoria....................................................... 17</p><p>5. Parecer do Auditor................................................................... 21</p><p>6. Amostragem........................................................................... 31</p><p>7. Carta de responsabilidade da administração ................................ 37</p><p>Ao final de cada leitura, elabore um resumo. O exercício</p><p>de redigir o resumo atua como um reforço do material do</p><p>texto. Você terá que consultar muitas vezes o texto, à medida</p><p>que organiza seu resumo. Dessa forma, você poderá realizar</p><p>uma revisão, aprofundando-se mais no texto e esclarecendo</p><p>pontos duvidosos. Pelo resumo você recompõe o texto, de</p><p>maneira sucinta (tirando o essencial) e esquemática</p><p>(elaborando esquemas em tópicos principais do texto).</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>4</p><p>8. Questões de Concursos Anteriores: ............................................ 38</p><p>9. Gabarito: ............................................................................... 44</p><p>10. Bibliografia: .......................................................................... 49</p><p>1. Como devo estudar</p><p>Ao nos depararmos com um edital tão “confuso” e super diferente dos</p><p>editais de auditoria que temos visto nos concursos anteriores, após o</p><p>“grande desespero” inicial, nos sobrevêm a pergunta que não quer</p><p>calar:</p><p>“Como devo estudar tudo isso?”</p><p>Bem, para responder esta pergunta, eu diria que primeiro precisamos</p><p>“reorganizar” o edital de forma que o conteúdo seja apresentado de</p><p>forma didática e inteligível a todos.</p><p>Desta forma, as aulas serão ministradas de acordo com minha</p><p>experiência e tenho certeza que este procedimento gerará bons frutos!</p><p>Não se preocupe, cobriremos todo o edital!</p><p>Em segundo lugar, é imprescindível que todos leiam as legislações e</p><p>normas que eu for recomendando ao longo das aulas... Isto porque, a</p><p>tendência da maioria das bancas (inclusive a UNB) em provas de</p><p>auditoria é cobrar a literalidade das normas.</p><p>Então minha recomendação é que você estude as aulas, leia as normas</p><p>recomendadas e pratique o que aprendeu através dos exercícios</p><p>propostos. Seu rendimento será muito melhor!</p><p>Por último, para facilitar seus estudos, você precisa entender a</p><p>“estrutura” da legislação existente sobre o assunto, uma vez que é</p><p>extremamente extensa.</p><p>Acompanhe comigo:</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>5</p><p>A atividade de auditoria independente de demonstrações contábeis é</p><p>prerrogativa de Contador (Bacharel em Ciências Contábeis); motivo pelo</p><p>qual quem regulamenta a profissão é o CFC (Conselho Federal de</p><p>Contabilidade).</p><p>Deste Órgão, são emanados diversos diplomas legais abordando</p><p>aspectos diversos, tais como: princípios contábeis, perícia e auditoria.</p><p>Em relação a este último, a regulamenta��ão é feita por meio das NBC</p><p>T11 (Normas Brasileiras de Contabilidade), aprovadas por meio de</p><p>resolução.</p><p>As duas principais normas foram aprovadas por meio das resoluções nº</p><p>820 e 821 de 1997, que são de leitura obrigatória. Elas abordam o</p><p>trabalho do auditor e o perfil desse profissional, respectivamente.</p><p>A partir daí, há diversas outras regulamentando aspectos específicos,</p><p>tais como: papéis de trabalho, amostragem, fraude e erro, etc.</p><p>Nosso trabalho consistirá em facilitar a leitura dessas resoluções,</p><p>abordando os aspectos mais importantes de cada uma delas que</p><p>normalmente são cobrados em prova.</p><p>Lembre-se que vários conceitos diferentes costumam aparecer juntos</p><p>nas questões da Unb/CESPE, por isso, temos que ter tudo muito claro</p><p>em nosso “cabeção” para não nos</p><p>o grupo de contas de investimentos, então, nesse caso, o</p><p>ativo diferido estava superavaliado e o investimento, subavaliado.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>42</p><p>11. (Unb/CESPE – TRE/Pará – Analista Judiciário – 2005) Julgue</p><p>os itens a seguir, relativos às normas de auditoria independente das</p><p>demonstrações contábeis.</p><p>I Quando o auditor se depara com uma situação acerca da qual não há</p><p>disposição específica, prevalecem as práticas consagradas pela</p><p>contabilidade, e o seu parecer representa garantia de atestado de</p><p>eficácia da administração na gestão dos negócios.</p><p>II Considere que, por ocasião da auditoria da conta credora de</p><p>fornecedores a pagar, testada para subavaliação, o auditor descubra</p><p>que uma fatura de compra de matéria-prima não foi registrada na</p><p>contabilidade. Nessa situação, como conseqüência, a conta de</p><p>fornecedores a pagar matéria-prima comprada a prazo, conta devedora,</p><p>também estará subavaliada.</p><p>III Os testes substantivos se dividem em testes de transações e saldos,</p><p>e de procedimentos de revisão analítica; a circularização e o teste de</p><p>Cutoff fazem parte dos tipos de testes substantivos.</p><p>IV Inspeção, observação, investigação e confirmação, cálculo e revisão</p><p>analítica são procedimentos técnicos básicos de auditoria relacionados</p><p>ao planejamento de auditoria.</p><p>V Nos papéis de trabalho, o auditor deve registrar informações como o</p><p>planejamento de auditoria, a natureza, a oportunidade e a extensão dos</p><p>procedimentos aplicados; porém, não é necessário incluir nesses papéis</p><p>suas opiniões ou conclusões, pois essas farão parte do parecer do</p><p>auditor.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>A I e IV.</p><p>B I e V.</p><p>C II e III.</p><p>D II e IV.</p><p>E III e V.</p><p>12. (Unb/CESPE – TRE/Pará – Analista Judiciário – 2005) Ainda</p><p>acerca das normas de auditoria independente das demonstrações</p><p>contábeis, assinale a opção correta.</p><p>A) De acordo com a norma brasileira de contabilidade, amostragem de</p><p>auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte</p><p>da totalidade dos itens que compõem, por exemplo, o saldo de uma</p><p>conta, para que o auditor possa formar uma conclusão. Para tanto, o</p><p>auditor seleciona a amostra considerando apenas a população objeto da</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>43</p><p>amostra, a estratificação da amostra, o tamanho, o risco, o erro</p><p>tolerável e o erro esperado.</p><p>B) Constitui procedimento de revisão analítica determinar se as</p><p>obrigações da sociedade para com terceiros são reais e se sua liquidação</p><p>está sendo efetuada de acordo com a política financeira da empresa.</p><p>C) Mesmo que haja valores expressivos em relação à posição</p><p>patrimonial e financeira, não é necessário que o auditor acompanhe o</p><p>inventário físico, realizando testes de contagem física e demais</p><p>procedimentos complementares.</p><p>D) Se o auditor independente não puder utilizar os trabalhos de outros</p><p>auditores ou não puder aplicar procedimentos adicionais suficientes nas</p><p>demonstrações contábeis de empresas coligadas ou controladas,</p><p>auditadas por outros, o seu procedimento técnico deve ser o de emitir</p><p>parecer contendo ressalva ou abstenção de opinião.</p><p>E) Compete ao auditor definir se as informações importantes constantes</p><p>do parecer sobre as demonstrações contábeis originais constarão nas</p><p>demonstrações contábeis condensadas.</p><p>13. (CESPE/UNB - Perito Criminal da Polícia Federal – 2004)</p><p>Relativamente à auditoria independente, de acordo com as normas</p><p>brasileiras de contabilidade, julgue os itens que se seguem.</p><p>O saldo de uma conta do balanço patrimonial ou da demonstração do</p><p>resultado do Exercício pode estar superavaliado ou subavaliado. Por</p><p>isso, as contas da contabilidade devem ser testadas; para tanto, deve o</p><p>auditor dirigir os testes principais de superavaliação para contas</p><p>devedoras e os subavaliação, para as contas credoras.</p><p>14. (UNB – Auditor do Estado do Espírito Santo- 2004) Acerca dos</p><p>princípios fundamentais de contabilidade e das demonstrações</p><p>contábeis, julgue os itens a seguir.</p><p>1) Atualmente o parágrafo de ênfase do parecer do auditor deve fazer</p><p>referência à observância dos princípios fundamentais de contabilidade,</p><p>conforme as normas brasileiras de contabilidade.</p><p>2) O auditor deve considerar se os planos da administração para</p><p>medidas futuras precisam ser divulgados nas demonstrações contábeis.</p><p>Na hipótese de, em nota explicativa da administração, a divulgação ter</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>44</p><p>sido considerada necessária e não ter sido realizada de forma</p><p>apropriada, o auditor deve expressar sua opinião em parecer com</p><p>ressalva ou adverso, conforme apropriado, dada em razão da falta ou</p><p>insuficiência de informação.</p><p>3) O parecer do auditor independente tem por limite os próprios</p><p>objetivos da auditoria das demonstrações contábeis e não representa</p><p>garantia de viabilidade futura da entidade ou algum tipo de atestado de</p><p>eficácia da administração na gestão dos negócios.</p><p>4) A preparação das demonstrações contábeis pressupõe a continuidade</p><p>da entidade em regime operacional por um período previsível, não</p><p>superior a dois anos, a partir da database de encerramento do exercício.</p><p>15. (CESPE/UNB - Auditor Fiscal da Previdência Social – 2003)</p><p>Com fulcro na normas de auditoria vigentes no Brasil, julgue os itens a</p><p>seguir:</p><p>a) De acordo com a Resolução CFC nº 700, de 21/04/1991, o parecer do</p><p>auditor classifica-se, segundo a natureza da opinião que contem, em</p><p>três categorias: parecer sem ressalva, perecer com ressalva e parecer</p><p>com abstenção de opinião.</p><p>b) O parecer com ressalva deve ser emitido quando o auditor constatar</p><p>que as demonstrações financeiras não representam adequadamente a</p><p>posição patrimonial e financeira e (ou) demais aspectos relacionados ao</p><p>resultado da operações, às mutações patrimoniais ou às origens e</p><p>aplicações de recursos, a ponto de impedi-lo de expressar opinião sobre</p><p>as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto.</p><p>9. Gabarito:</p><p>07.</p><p>a) Certo. Estudamos sobre os papéis de trabalho na aula demonstrativa.</p><p>Vamos recordar?</p><p>O auditor deve documentar, através de papéis de trabalho, todos os</p><p>elementos significativos dos exames realizados e que evidenciam ter</p><p>sido a auditoria realizada de acordo com as normas aplicáveis.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>45</p><p>Os papéis de trabalho, ou Working papers (WP´s), constituem a</p><p>documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução</p><p>da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de</p><p>evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios</p><p>eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.</p><p>Devem seguir um padrão definido e claro, ser limpos, evidenciar a</p><p>obediência às normas de auditoria, corretos, sem erros matemáticos,</p><p>concisos, objetivos e elaborados de forma sistemática e racional.</p><p>De acordo com a NBC T 11.3, que estabelece procedimentos e critérios</p><p>relativos à documentação mínima obrigatória a ser gerada na realização</p><p>dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis, o auditor deve</p><p>documentar as questões que foram consideradas importantes para</p><p>proporcionar evidência, visando a fundamentar seu parecer da auditoria</p><p>e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de</p><p>Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.</p><p>Essa informação é importantíssima! Essa questão já foi tema da grande</p><p>maioria das provas de auditoria. É uma das preferidas dos</p><p>examinadores, portanto, fique de olho!</p><p>IMPORTANTE!</p><p>Toda documentação, papéis de trabalho e parecer, resultante da</p><p>auditoria independente de demonstrações contábeis de uma</p><p>entidade, deve ser conservada em boa guarda, nos termos</p><p>da</p><p>NBC-P-1, pelo período de 5 anos, a partir da data de</p><p>emissão do parecer dos auditores independentes.</p><p>Os papéis de trabalho correspondem aos documentos e</p><p>apontamentos com base nos quais o auditor emite sua opinião a</p><p>respeito das demonstrações.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>46</p><p>b) Certo.</p><p>08. Resp: D</p><p>A) Os testes substantivos são aplicados com a finalidade de atestar a</p><p>existência, ocorrência, abrangência, direitos e obrigações, mensuração,</p><p>apresentação e divulgação das informações econômico-financeiras. Não</p><p>garantem, contudo, a eliminação completa da margem de erro. Vale</p><p>ressaltar que o autor trabalha com base em amostragem.</p><p>b) O trabalho do auditor deve ser revisado por profissional com</p><p>experiência e qualificação necessária, tanto em nível interno (dentro da</p><p>empresa de auditoria, pelos colegas mais experientes), quanto em nível</p><p>externo (revisão pelos pares).</p><p>c) As NBCs são aplicadas a quaisquer tipos de empresas. Vale ressaltar</p><p>que quando o seguimento sujeito a normas específicas (bancos que</p><p>estão sujeitos a regulamentação do Banco Central, por exemplo) tiver</p><p>que aplicar práticas conflitantes com as NBCs, ficará o auditor obrigado</p><p>a considerar um parecer com ressalvas.</p><p>e) Não necessariamente as evidências estão insertas nos valores</p><p>contábeis mais elevados. Pequenos valores que se repetem várias vezes</p><p>podem representar indícios significativos (evidências). Ainda, nem todas</p><p>as evidências são numéricas; há evidências situacionais.</p><p>09. Errado. Caso as sociedades investidas tenham sido examinadas por</p><p>outros auditores, fica o auditor da sociedade controladora responsável</p><p>por mencionar este fato em seu parecer. Isso não significa ressalva ou</p><p>parecer adverso; é simplesmente um meio de afastar a responsabilidade</p><p>por itens que não foram checados por ele.</p><p>10.</p><p>1) Certo. Os testes por superavaliação demonstram a preocupação do</p><p>auditor com as contas que tendem a estar superavaliadas e que, em</p><p>5 anos</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>47</p><p>estando (em montante relevante), distorcem de maneira significativa as</p><p>informações contábeis. São dirigidas para as contas de ativos e de</p><p>despesas, em função do risco dos elementos do ativo estarem com saldo</p><p>contábil maior que o real (revelando descumprimento do princípio da</p><p>prudência, elencado na Res. CFC n. º 750/93) e do risco das despesas</p><p>estarem majoradas (o que implicaria em lucro menor e,</p><p>conseqüentemente, menor carga tributária...). Os testes por</p><p>subavaliação, seguindo a mesma linha de raciocínio, são dirigidos para</p><p>as contas credoras (passivo, PL e receitas). Isso ocorre em virtude da</p><p>tendência dessas contas comportarem saldos contábeis menores que os</p><p>reais, o que revelaria, no caso do passivo, uma situação melhor que a</p><p>existente (deixando os investidores satisfeitos – com uma situação</p><p>irreal), descumprindo o princípio da prudência. No que tange à receita,</p><p>uma receita não-contabilizada ensejaria uma menor carga tributária</p><p>(PIS, COFINS ISS ou ICMS, IR e CSLL).</p><p>2) Errado. Não cabe o reconhecimento como despesa pré-operacional,</p><p>a menos que o exercício informasse que as atividades ainda tivessem</p><p>sido iniciadas (o que não ocorreu). Quanto ao registro como despesa do</p><p>Exercício ou como imobilizado, deveria ser ponderado o acréscimo de</p><p>vida útil e o valor envolvido. Assim, gastos que aumentam a vida útil em</p><p>mais de 2 anos e que sejam superiores a R$ 326,68 (RIR</p><p>n. 3.000 de 1999) devem ser imobilizados, ajustando-se o novo prazo</p><p>de depreciação. Caso o aumento da vida útil não seja significativo, o</p><p>lançamento é efetuado como despesa do período.</p><p>3) Certo. De acordo com os princípios da competência e da</p><p>oportunidade estabelecidos na Res. CFC n. 750 de 1993, os fatos</p><p>contábeis devem ser registrados na ocorrência de seu fato gerador e no</p><p>momento em que ocorrem. Dessa forma, a compra deve ser registrada</p><p>não por ocasião do pagamento, mas em função do recebimento do bem</p><p>adquirido.</p><p>4) Errado. As contas estavam subavaliadas.</p><p>5) Certo.</p><p>11. Resp: C</p><p>I) O parecer do auditor não representa atestado de eficácia da</p><p>administração em nenhuma situação. A não ser que estejamos tratando</p><p>de outro tipo de auditoria (de gestão, ou operacional).</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>48</p><p>IV) Os procedimentos supra-mencionados estão relacionados à</p><p>execução dos trabalhos.</p><p>V) É necessário constar nos papéis de trabalho as opiniões e conclusões</p><p>do auditor.</p><p>12. Resp: D</p><p>a) Faltou incluir dentre os itens que o auditor considera na seleção da</p><p>amostra o objetivo da amostragem.</p><p>b) A revisão analítica compreende índices e comparações, ferramentas</p><p>que não foram mencionadas na opção supra. Até porque a conformação</p><p>de saldos junto a terceiros constitui outro procedimento.</p><p>c) É necessário o acompanhamento do inventário físico.</p><p>e) As informações relevantes que constaram nas demonstrações</p><p>originais deverão ser reproduzidas nas versões condensadas. Vale</p><p>ressaltar que o parecer sobre estas somente poderá ser emitido pelo</p><p>auditor que deu opinião sobre as demonstrações originais.</p><p>13. Certo</p><p>14.</p><p>01) Errado. O parágrafo de ênfase, nos termos do CFC, deve ser</p><p>utilizado nos casos de incerteza, risco de continuidade e partes</p><p>relacionadas. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas com</p><p>observância dos PFC.</p><p>02) Certo. O auditor tem responsabilidades no que pertine à forma e ao</p><p>conteúdo das demonstrações, devendo acompanhar, inclusive, a</p><p>regularidade na divulgação dos demonstrativos, nos termos da Instrução</p><p>CVM n. º 308 de 1999.</p><p>03) Certo. Vale ressaltar que, embora não represente garantia de</p><p>viabilidade futura, espera-se que a auditada continue operando</p><p>normalmente pelo prazo de um ano, a contar da data das</p><p>demonstrações contábeis.</p><p>04) Errado. Espera-se, conforme mencionado, que a empresa continue</p><p>operando normalmente pelo prazo de 1 ano.</p><p>15.</p><p>a) Errado. Faltou o adverso.</p><p>b) Errado. O mais adequado, dado grau de inadequação das DC</p><p>apontado acima, é o parecer adverso.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>49</p><p>10. Bibliografia:</p><p>CARVALHO, José Carlos Oliveira de. Auditoria Geral e Pública: Teoria e</p><p>Questões Comentadas – Rio de Janeiro: Elsevier, 2006</p><p>FERREIRA, Ricardo J. Auditoria – Rio de Janeiro - Editora Ferreira – 3º</p><p>Edição.</p><p>CRUZ, Flávio da. Auditoria Governamental. São Paulo: Atlas, 2002 – 2ª</p><p>edição.</p><p>MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. São Paulo.</p><p>Editora Atlas, 1995 – 5ª Edição.</p><p>confundirmos!</p><p>2. Noções gerais sobre auditoria: Conceituação e objetivos</p><p>A auditoria surge em um momento em que se faz separação entre o</p><p>dono da empresa e a figura do administrador da empresa. Assim,</p><p>Quando o dono é o próprio administrador, ele sabe exatamente o que</p><p>ocorre na sua empresa. Quando surge a figura do administrador</p><p>profissional, o dono dessa empresa fica sem saber exatamente o que</p><p>está ocorrendo na mesma.</p><p>Neste contexto, surge a figura da AUDITORIA, ou seja:</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>6</p><p>Quem poderia garantir que as informações que estão nas</p><p>demonstrações contábeis são informações reais? Porque a empresa</p><p>pode fazer demonstrações artificiais. Concorda?</p><p>Imagine a situação: Você quer pegar um empréstimo no banco. Para</p><p>que dê “tudo certo” e seu gerente aprove o empréstimo, você pode</p><p>reclassificar um dívida sua de curto prazo para longo prazo, por</p><p>exemplo, porque fazendo isto, estará diminuindo o passivo circulante, e,</p><p>por conseqüência, melhorando seus índices de liquidez. Melhora, por</p><p>exemplo, a liquidez corrente.</p><p>Assim, vemos que as empresas podem realizar lançamentos</p><p>inexistentes, ativos fictícios nas demonstrações contábeis, pode ter um</p><p>passivo da empresa que não esteja provisionado... Então, quem garante</p><p>que as informações que estão nas demonstrações contábeis são</p><p>informações que condizem com a realidade? O auditor independente.</p><p>Mas, qual é o objetivo da auditoria Independente?</p><p>A emissão de um parecer acerca das demonstrações contábeis face aos</p><p>princípios fundamentais da contabilidade1, normas brasileiras de</p><p>contabilidade, demais legislações aplicáveis e práticas adotadas no</p><p>Brasil.</p><p>Ou seja, em linguagem simples: o auditor vai olhar as demonstrações</p><p>contábeis e analisá-las a fim de verificar se estão corretas.</p><p>Dica: Antigamente, falava-se em princípios de contabilidade geralmente</p><p>aceitos ... Essa expressão não existe mais! Hoje, se esse assunto cair na</p><p>prova, deverá falar sobre os princípios fundamentais da contabilidade,</p><p>normas brasileiras de contabilidade, demais legislações aplicáveis e</p><p>práticas adotadas no Brasil.</p><p>Vale à pena decorar a expressão: “práticas adotadas”, ou “práticas já</p><p>consagradas”, uma vez que trata-se de uma novidade, acredito que tem</p><p>grandes chances de cair na prova.</p><p>Vale ressaltar que o parecer do auditor independente tem por limite os</p><p>próprios objetivos da auditoria das demonstrações contábeis e não</p><p>representa, pois, garantia de viabilidade futura da entidade ou</p><p>1 Os Princípios Fundamentais de Contabilidade estão descritos na Resolução nº 750/93 do CFC.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>7</p><p>algum tipo de atestado de eficácia da administração na gestão dos</p><p>negócios, sendo de exclusiva responsabilidade de contador registrado no</p><p>Conselho Regional de Contabilidade.</p><p>Então, como se constata se as demonstrações contábeis estão corretas?</p><p>• Vendo se foram feitas de acordo com os Princípios Fundamentais</p><p>da Contabilidade e as Práticas Contábeis em vigor no Brasil.</p><p>• Sabendo se as demonstrações contábeis observaram as</p><p>Legislações aplicáveis a cada setor. (Ex.: Instituição financeira,</p><p>como uma seguradora).</p><p>Uma vez que as demonstrações são elaboradas consoantes as</p><p>disposições do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, do Ibracon</p><p>(Instituto dos Auditores Independentes – antigo Instituto Brasileiro de</p><p>Contabilistas), da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, do Banco</p><p>Central – Bacen, da Superintendência de Seguros Privados - Susep e da</p><p>Lei, em especial a de n. 6.404 de 1976 – Lei das S.A, diversos Diplomas</p><p>Legais devem ser consultados quando da verificação efetuada pelo</p><p>auditor independente, razão pela qual a profissão somente pode ser</p><p>exercida por contadores (bacharéis em ciências contábeis) devidamente</p><p>certificados e regularmente inscritos no CFC.</p><p>De acordo com o CFC, a auditoria das demonstrações contábeis constitui o</p><p>conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de</p><p>parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de</p><p>Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for</p><p>pertinente, a legislação específica. Na ausência de disposições</p><p>específicas, prevalecem as práticas já consagradas pela Profissão</p><p>Contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios.</p><p>Princípios fundamentais</p><p>contabilidade</p><p>Normas brasileiras de</p><p>contabilidade</p><p>Demais legislações e</p><p>práticas</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>8</p><p>Dentre os demonstrativos a serem analisados pelos auditores, é</p><p>possível destacar:</p><p>• Balanço Patrimonial - BP,</p><p>• Demonstração de Resultado do Exercício - DRE,</p><p>• Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos –</p><p>DOAR,</p><p>• e a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados –</p><p>DLPA</p><p>Esses demonstrativos são obrigatórios para praticamente todas as</p><p>sociedades anônimas de capital fechado (à exceção da DOAR, que é</p><p>dispensada para S.A. com Patrimônio Líquido (PL) abaixo do limite</p><p>estabelecido de R$ 1.000.000,00). As S.A. de capital aberto (que</p><p>negociam ações na “Bolsa”), além dessas demonstrações, devem</p><p>apresentar, também, a Demonstração de Mutações do Patrimônio</p><p>Líquido – DMPL.</p><p>Vale ressaltar que isso não ilide a responsabilidade de elaboração de</p><p>outros demonstrativos específicos, obrigatórios para entidades com</p><p>regulamentação específica, tais como instituições financeiras, entidades</p><p>de previdência privada e outras.</p><p>Dica: A expressão “demonstrações contábeis” é utilizada para referir-se</p><p>às informações contábeis que, no Brasil, abrangem o balanço</p><p>BP</p><p>DRE</p><p>DOAR</p><p>DLPA</p><p>CFC Ibracon CVM BACEN Susep Lei S.A</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>9</p><p>patrimonial e as demonstrações do resultado, das mutações do</p><p>patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos ou outras</p><p>aplicáveis a setores específicos de atividade ou requeridas por órgãos</p><p>reguladores, as quais, juntamente com as notas explicativas</p><p>correspondentes, formam um conjunto de dados e informações básicas</p><p>sobre os quais o auditor emite seu parecer. Entretanto, a Legislação</p><p>societária e, posteriormente, a Legislação fiscal e outras, consagraram o</p><p>uso da expressão “demonstrações financeiras” para o mesmo conjunto</p><p>de informações. Assim, a expressão “demonstrações financeiras” tem</p><p>exatamente o sentido da expressão “demonstrações contábeis”, e vice-</p><p>versa.</p><p>Após observar os princípios, normas, legislações, práticas... você acha</p><p>que a opinião pessoal do auditor, ou seja, o seu julgamento também é</p><p>importante?</p><p>Observe a questão abaixo. O que você responderia?</p><p>Questão 1: (CESPE/UNB - Auditor Fiscal da Previdência Social –</p><p>2003) Com fulcro nas normas de auditoria vigentes no Brasil, julgue o</p><p>item a seguir:</p><p>A seleção, a extensão e a aplicação dos procedimentos de auditoria</p><p>devem ocorrer em conformidade com as normas de auditoria, não</p><p>dependendo, portanto, do julgamento pessoal e profissional do auditor.</p><p>Está errado. Dependem de julgamento do auditor, sim, envolvendo</p><p>fatores objetivos (levantamento do Controle Interno, experiência de</p><p>auditorias anteriores, etc) e subjetivos (sensibilidade do auditor). As</p><p>normas do CFC não trazem, por exemplo, quantidade de procedimentos</p><p>(percentuais) que deverão ser aplicados. Depende do julgamento que</p><p>será realizado pelo auditor.</p><p>Para finalizarmos esta parte, vejamos uma pegadinha de prova, que já</p><p>caiu em vários concursos:</p><p>A finalidade da auditoria é a descoberta de fraudes? Verdadeiro ou</p><p>falso?</p><p>Falso. A finalidade da auditoria é dar uma opinião se essas</p><p>demonstrações foram</p><p>feitas com observância das praticas utilizadas hoje</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>10</p><p>no País, embora ele não possa ignorá-las caso as descubra, devendo</p><p>considerar a possibilidade de ocorrência ainda na fase de planejamento</p><p>dos trabalhos.</p><p>Para o auditor emitir um parecer dizendo que as demonstrações</p><p>contábeis estão corretas ou erradas, existe a necessidade do auditor</p><p>aplicar dois grandes conjuntos de testes:</p><p>3. Testes de Observância e Testes Substantivos</p><p>3.1. Testes de Observância</p><p>Como o próprio nome já diz, o teste de observância</p><p>consiste em observar. Observar o quê? Se o controle</p><p>interno (procedimentos estabelecidos para proteção</p><p>dos ativos e garantia da eficácia das operações) está</p><p>em funcionamento na prática.</p><p>Eu hoje sou Auditor-Geral do Ministério Público do Estado do Rio de</p><p>Janeiro. Lá nós temos uma serie de normas. Toda vez que a</p><p>administração pública vai comprar alguma coisa, ela tem que fazer uma</p><p>cotação de preço que irá servir de base para a confecção do projeto</p><p>base da licitação posteriormente. Isso é uma norma do controle interno.</p><p>Então, quando eu pego um processo administrativo de compra, eu</p><p>verifico se foram feitas as três cotações necessárias, por exemplo.</p><p>Quando eu pego um processo de pagamento de despesas eu verifico,</p><p>por exemplo, se naquele processo a despesa foi liquidada, se o</p><p>fornecedor entregou a mercadoria ou se o contratado prestou o serviço,</p><p>eu verifico se aquela nota de empenho tem atestação de dois</p><p>servidores, ou seja, verifico as normas de controle interno.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>11</p><p>O Controle Interno existe para proteção da empresa, para proteção do</p><p>setor público, para evitar que haja fraudes.</p><p>Por exemplo: Há um princípio de controle interno (a ser testado pelo</p><p>auditor) chamado segregação de funções, alertando para a</p><p>necessidade da existência de pessoas diferentes para realização de</p><p>atividades diversas. Ou seja, quem compra não recebe, quem cuida do</p><p>físico não cuida da contabilidade e quem vende não dá desconto. Isso</p><p>contribui para evitar desvios/fraudes.</p><p>Não podemos ter a mesma pessoa, por exemplo, fazendo a</p><p>contabilidade e ao mesmo tempo sendo tesoureiro. Devem ser pessoas</p><p>diferentes. Deve haver essa segregação de funções, porque se eu sou o</p><p>tesoureiro e sou o contador e faço as duas coisas, eu posso gerar um</p><p>desfalque conhecido como desfalque permanente na empresa.</p><p>Você sabe o que é um desfalque permanente? É aquele que eu me</p><p>aproprio do bem e dou baixa na contabilidade. Por exemplo, eu posso</p><p>ser o tesoureiro e roubo, depois, vou na contabilidade e faço um único</p><p>lançamento: de débito a despesas diversas e crédito a caixa.</p><p>Sabe quando o auditor vai conseguir descobrir esta</p><p>fraude? Nunca! Isto porque o auditor confronta real</p><p>com contábil. Por exemplo, o auditor vai olhar o</p><p>balanço patrimonial, na conta caixa estará constando</p><p>R$ 100,00, então ele conta o dinheiro e também tem</p><p>R$ 100,00, assim, está batendo a contabilidade com</p><p>real. O auditor não vai pegar a fraude que foi</p><p>cometida e porque foi ajustada na contabilidade.</p><p>Esse é o perigo! Você me diria: “o auditor pega sim,</p><p>porque ele vai ver que em despesas diversas não tem o comprovante</p><p>dessas despesas”. Faz sentido, mas ele pegaria se o valor fosse alto, se</p><p>fosse significativo, uma vez que o auditor não trabalha com 100% dos</p><p>Porque existe</p><p>controle interno?</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>12</p><p>fatos, ou seja, trabalha com amostragem, conforme estudaremos mais</p><p>adiante.</p><p>Esses testes revelarão a fragilidade do controle interno da empresa (em</p><p>diferentes setores).</p><p>Veja a definição de controle interno cobrada pelo CESPE:</p><p>Questão 2: (CESPE/UNB - Auditor Fiscal da Previdência Social –</p><p>2003) Julgue:</p><p>Em uma organização, o controle interno representa o conjunto de</p><p>procedimentos, métodos ou rotinas com o objetivo de proteger os</p><p>ativos, produzir dados contábeis e ajudar a administração na condução</p><p>ordenada dos negócios da empresa.</p><p>Resposta: Certo.</p><p>Como exemplos de normas de controle interno podemos citar: Cotar</p><p>com 3 fornecedores antes de efetivar qualquer compra (para garantir</p><p>que será comprado com o menor preço);Permitir acesso ao</p><p>almoxarifado somente a quem lá trabalha; somente realizar pagamentos</p><p>autorizados por, no mínimo, duas pessoas, etc.</p><p>Porque o auditor tem que observar se o controle interno existe?</p><p>Para instigar seu raciocínio, vou responder com outras perguntas: O</p><p>auditor testa tudo? Imagina auditar as Casas Bahia ou as Casas</p><p>Sendas... daria para testar tudo? Não dá. Ele trabalha com amostragem.</p><p>Então, o auditor irá se preocupar em testar as áreas mais sensíveis, em</p><p>testar as áreas onde o controle interno for ruim. Porque quando a área</p><p>trabalha bem, as pessoas são competentes, e eu verifico que existe uma</p><p>O Controle interno é que garante a proteção, a salvaguarda dos</p><p>ativos e garante, também, a eficácia operacional da empresa.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>13</p><p>normatização para o setor e que essa normatização é realmente</p><p>seguida, é efetiva e eficaz, a probabilidade de eu encontrar algum</p><p>problema naquela área é pequena.</p><p>Vejamos:</p><p>GRÁFICO DE CONTROLE INTERNO (Variando de 1 a 8)</p><p>1 8</p><p>Neste modelo, o volume de testes substantivos a serem aplicados em</p><p>decorrência dos testes de observância decorrerão do grau dado em</p><p>comparação com o grau 10 (referência).</p><p>Este gráfico significa que:</p><p>• Se o controle interno é ruim -> Grau 1</p><p>• Se o controle interno é bom -> Grau 8</p><p>Ex: controle interno grau 8 -> 20% de testes substantivos</p><p>controle interno grau 6 -> 40% de testes substantivos</p><p>ruim bom</p><p>8 –10 =2 20% de</p><p>testes substantivos</p><p>Obs: A avaliação do grau de eficiência do controle interno é</p><p>subjetivo, dependendo do feeling do auditor. Há, contudo, no</p><p>mercado, uma espécie de senso comum.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>14</p><p>PRINCIPAL RACIOCÍNIO DA AUDITORIA Se o Controle Interno</p><p>for bom, a probabilidade de se haver erros ou fraudes é menor. Sendo</p><p>assim, o auditor aplicará menos testes substantivos. E vice-versa.</p><p>Assim, estabelece-se uma relação entre os testes de observância e os</p><p>substantivos.</p><p>Qual deve ser aplicado primeiro? De observância. Porque, a partir daqui</p><p>você vai determinar a quantidade de testes substantivos a serem</p><p>aplicados.</p><p>Então, recapitulando... Se cair na sua prova: Qual a finalidade dos</p><p>testes de observância? O que você responde?</p><p>Verificar se o controle interno existe na prática, se está em</p><p>funcionamento.</p><p>3.2. Testes Substantivos</p><p>Os testes substantivos são os exames de fato que o auditor faz. Quando</p><p>o auditor começa a “colocar a mão na massa”, ou seja, solicitar ao</p><p>cliente para analisar os contratos, os comprovantes de despesas e</p><p>receitas, os cálculos dos impostos, notas fiscais, folha de pagamento,</p><p>etc... são os testes substantivos que estão sendo aplicados.</p><p>Os testes substantivos buscam evidências quanto à exatidão dos dados</p><p>obtidos pelo sistema contábil da entidade e se divide em:</p><p>Transações e saldos Revisão analítica</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>15</p><p>a) Testes de transações e saldos</p><p>Transações Verificar se as TRANSAÇÕES de fato aconteceram,</p><p>pois a empresa pode executar uma transação artificial. Ex: Controladora</p><p>vendendo para a Controlada, pode ser uma operação fictícia, precisa ser</p><p>verificada.</p><p>Saldos Verificar se os saldos apresentados na contabilidade estão</p><p>corretos. Ex: Certificar que o saldo bancário apresentado na</p><p>contabilidade é realmente o saldo constante no extrato bancário.</p><p>b) Procedimento de Revisão Analítica Análise gerencial, onde</p><p>geralmente quem a executa é um auditor com mais experiência</p><p>pelo fato de a revisão analítica consistir na tentativa de explicar</p><p>atipicidade, olhando para as demonstrações contábeis, a fim de</p><p>analisar o que está certo ou errado.</p><p>Na prática, consiste em analisar os dados e identificar desvios, com</p><p>vistas a direcionar a aplicação de procedimentos. Por exemplo: se as</p><p>“despesas diversas” representarem 30% do faturamento, esta conta</p><p>pode ser separada para análise. Se a margem operacional estiver muito</p><p>aquém do padrão, este fato poderá ser destacado pelo auditor.</p><p>Aprofundando: um dos indícios de “caixa 2” é o “estouro de caixa”</p><p>(quando a conta caixa está com saldo credor, situação contabilmente</p><p>impossível). O dinheiro entra na empresa, mas não é registrado. Em</p><p>determinado momento, a despesa é lançada (após a constatação da</p><p>existência física), mas não há saldo na conta caixa para quitar a</p><p>despesa. Após o registro, o saldo fica credor... Outro indício é a</p><p>reclassificação de contas a receber de longo prazo para contas a receber</p><p>de curto prazo, a fim de evidenciar uma liquidez melhor que a real</p><p>(situação necessária para obtenção de financiamentos, participação em</p><p>licitações, etc).</p><p>REVISÃO ANALÍTICA São índices, comparações, interpretações,</p><p>estabelecidos para evidenciar a situação da entidade. Deve-se comprar um</p><p>ano com outros anos. Também é conhecida como Análise de balanço.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>16</p><p>Em boa parte dos casos, o auditor possui experiência e, ao ver a</p><p>situação da empresa, saberá se existe algo de errado ou não.</p><p>Veja como esse assunto pode ser abordado em sua prova:</p><p>Questão 3: (CESPE/UNB - Fiscal de Tributos Municipais de</p><p>Maceió – 2003) Quanto à auditoria, julgue os itens a seguir.</p><p>Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que</p><p>os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração</p><p>estão em efeito funcionamento e cumprimento.</p><p>Resposta: Errado. Os testes de observância objetivam verificar a</p><p>adequação, efetividade e continuidade dos controles internos.</p><p>Finalidade dos testes substantivos:</p><p>a) EXISTÊNCIA É verificar se um componente patrimonial existe</p><p>efetivamente numa determinada data, por meio de contagem ou</p><p>análise de documentos. Ex.: O auditor confere tudo o que</p><p>considerar relevante.</p><p>b) OCORRÊNCIA é verificar se as transações de fato ocorreram.</p><p>c) ABRANGÊNCIA é saber se todas as transações foram</p><p>registradas de fato.</p><p>d) DIREITOS E OBRIGAÇÕES é saber se realmente esses</p><p>direitos e obrigações ocorreram, ou seja, se eles de fato existem</p><p>(contas a receber e contas a pagar).</p><p>e) MENSURAÇÃO, APRESENTAÇÃO E DIVUILGAÇÃO DA</p><p>INFORMAÇÃO CONTÁBIL é saber se as informações contábeis</p><p>foram mensuradas, apresentadas e divulgadas adequadamente.</p><p>(ex: informar nas notas explicativas o critério de avaliação de</p><p>estoque, se foi feita reavaliação, % de ações preferenciais e</p><p>nominais, etc).</p><p>Outra preocupação do auditor quando está avaliando as contas do ativo,</p><p>é verificar se os ativos estão superavaliados:</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>17</p><p>Ex: se a empresa diz que tem $10.000 no estoque, o auditor irá verificar</p><p>se tem, pelo menos, $10.000.</p><p>No passivo é o contrário. É saber se o passivo está subavaliado:</p><p>Ex: se a empresa diz que deve $10.000, o auditor deve verificar se só</p><p>deve $10.000.</p><p>Assim, vemos que para atingir as finalidades dos testes substantivos, o</p><p>auditor deve aplicar os testes de Transações e Saldo e os Procedimentos</p><p>de Revisão Analítica.</p><p>Lembre-se que o primeiro teste a ser feito quando do início</p><p>de uma auditoria, é o Teste de Observância, pois a</p><p>primeira preocupação é definir qual o foco dos</p><p>levantamentos.</p><p>A partir do momento que o auditor aplica os testes, ele finalmente terá</p><p>condição de emitir seu parecer de auditoria.</p><p>4. Procedimentos de Auditoria</p><p>De acordo com Ricardo Ferreira, os procedimentos de auditoria são o</p><p>conjunto de procedimentos técnicos com base nos quais o auditor obtém</p><p>evidências ou provas que sejam suficientes e adequadas para</p><p>Ativos</p><p>Passivos</p><p>Superavaliados</p><p>Subavaliados</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>18</p><p>fundamentar o seu parecer sobre as demonstrações contábeis</p><p>auditadas.</p><p>Os procedimentos de auditoria são adotados: antes do encerramento do</p><p>exercício; na data de seu término; após o encerramento do exercício e</p><p>antes da elaboração das demonstrações; depois da elaboração das</p><p>demonstrações.2</p><p>Os procedimentos básicos na aplicação dos testes de observância e</p><p>substantivos são :</p><p>1) INSPEÇÃO = EXAME Este exame poderá ser feito em</p><p>documentos ou em ativos. É o procedimento mais utilizado em</p><p>auditorias. Este procedimento tanto lida com valores altos como com</p><p>valores baixos, pois ambos, sob o ponto de vista da qualidade de</p><p>informação, são importantes.</p><p>A conta no banco é uma das coisas mais importantes a serem testadas</p><p>na auditoria, pelo fato das informações serem muito inter-relacionadas.</p><p>Exemplos de procedimentos de auditoria de exame</p><p>físico:</p><p>a) contagem de estoque;</p><p>b) contagem de ativo imobilizado;</p><p>c) contagem de duplicatas a receber e a pagar;</p><p>d) contagem de caixa;</p><p>2) OBSERVAÇÃO São os testes de observância, ou seja, é observar</p><p>se o controle interno está em funcionamento.</p><p>3) CÁLCULO É a conferência da exatidão numérica. Ex.:</p><p>Cálculo no estoque, nas contas a receber, na depreciação,</p><p>etc.</p><p>4) REVISÃO ANALÍTICA verificação do comportamento de valores</p><p>significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou</p><p>2 FERREIRA, Ricardo J. Auditoria – Rio de Janeiro - Editora Ferreira – 3º Edição.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>19</p><p>outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências</p><p>atípicas.</p><p>Nesse sentido, quando o valor envolvido for expressivo em relação à</p><p>posição patrimonial e financeira e ao resultado das operações, o auditor</p><p>deve:</p><p>a) confirmar os valores das contas a receber e a pagar, através de</p><p>comunicação direta com os terceiros envolvidos; e</p><p>b) acompanhar o inventário físico realizado pela entidade, executando</p><p>os testes de contagem física e procedimentos complementares</p><p>aplicáveis.</p><p>5) INVESTIGAÇÃO E CONFIRMAÇÃO Embora sejam conceitos</p><p>diferentes, a resolução do Conselho Federal colocou os dois juntos. A</p><p>investigação consiste em aplicar procedimentos adicionais para tentar</p><p>validar uma informação. Já a confirmação consiste em obter</p><p>informações junto a terceiros.</p><p>Para a confirmação, utiliza-se da técnica de circularização, que consiste</p><p>em solicitar que a empresa peça a seus agentes consignatários (clientes</p><p>ou fornecedores) que informem diretamente ao auditor sobre os saldos</p><p>e operações.</p><p>CIRCULARIZAÇÃO:</p><p>Consiste em obter informações junto a terceiros, como</p><p>mecanismo de validação. Assim, o auditor seleciona as</p><p>pessoas que serão circularizadas (que receberão as</p><p>correspondências para confirmação dos saldos em</p><p>aberto em uma determinada data) e solicita a</p><p>É importante destacar que se o auditor, durante a revisão analítica,</p><p>não obtiver informações objetivas suficientes para dirimir as</p><p>questões suscitadas, deve efetuar verificações adicionais,</p><p>aplicando novos procedimentos de auditoria, até alcançar conclusões</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>20</p><p>entidade auditada que as remeta. A partir daí, aguarda as respostas e</p><p>as analisa, confrontando-as com as evidências obtidas dentro da própria</p><p>empresa. A figura a seguir evidencia a técnica citada.</p><p>Sendo assim, pode-se afirmar que CIRCULARIZAÇÃO não é</p><p>procedimento de auditoria e sim, uma técnica dentro de</p><p>investigação e confirmação.</p><p>Tipos de Circularização:</p><p>a) CIRCULAÇÃO BRANCA é a carta onde o saldo (valor em</p><p>aberto) não é informado. (Ex.: “ Caro cliente, confirme junto ao</p><p>nosso auditor o valor devido até o dia ...)</p><p>b) CIRCULAÇÃO PRETA é a carta onde o saldo é informado. (</p><p>Ex.: Caro cliente, gostaríamos de conferir um débito existente no</p><p>valor de R$1.000,00....)</p><p>c) CIRCULAÇÃO POSITIVA é aquela onde todos respondem, ou</p><p>seja, o auditor quer uma resposta de todas as pessoas que foram</p><p>circularizadas. Contém frases do tipo: “Queira confirmar o saldo</p><p>da conta....”;</p><p>d) CIRCULAÇÃO NEGATIVA Neste caso, os circularizados</p><p>somente irão responder caso haja alguma divergência, ou seja,</p><p>na circulação negativa, o auditor não espera uma resposta de</p><p>Auditor Auditada</p><p>Terceiro</p><p>Branca Preta Positiva Negativa</p><p>Não informa</p><p>o saldo</p><p>Informa</p><p>o saldo</p><p>Aguarda</p><p>resposta</p><p>Aguarda resposta</p><p>apenas em divergências</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>21</p><p>todos. Caso o cliente não responda, o auditor subentende que</p><p>tudo está correto. Contém frases do tipo: “Responda se o saldo da</p><p>conta ______, for diferente de ______.”</p><p>Dica: A conta caixa, apesar de normalmente ter um valor pequeno, é</p><p>extremamente importante, principalmente para aferir a qualidade dos</p><p>lançamentos, pois tudo passa pelas contas Caixa e Banco.</p><p>Dica 2: Há situações em que o mais adequado é a circulação negativa,</p><p>como no exemplo de uma empresa com muitos clientes.</p><p>5. Parecer do Auditor</p><p>Após a aplicação dos procedimentos, o auditor terá</p><p>condições de exprimir sua opinião acerca da qualidade e</p><p>adequação das demonstrações em um relatório de</p><p>auditoria denominado parecer de auditoria. É um</p><p>relatório sintético, normalmente de três parágrafos.</p><p>Em condições normais, o parecer é dirigido aos</p><p>acionistas, cotistas ou sócios, ao conselho de administração ou à</p><p>diretoria da entidade, ou outro órgão equivalente, segundo a natureza</p><p>deste. Em circunstâncias próprias, o parecer é dirigido ao contratante</p><p>dos serviços. Deve, ainda, identificar as demonstrações contábeis</p><p>sobre as quais o auditor está expressando sua opinião,</p><p>indicando, outrossim, o nome da entidade, as datas e os períodos</p><p>a que correspondem, bem como ser datado e assinado pelo</p><p>contador responsável pelos trabalhos, e conter seu número de</p><p>registro no Conselho Regional de Contabilidade. Caso o trabalho</p><p>tenha sido realizado por empresa de auditoria, o nome e o número de</p><p>registro cadastral no Conselho Regional de Contabilidade também</p><p>devem constar do parecer. Vale ressaltar que a data do parecer deve</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>22</p><p>corresponder ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria na</p><p>entidade.</p><p>O parecer deve ter 3 parágrafos:</p><p>1. Introdutório;</p><p>2. De Escopo/modus operandi;</p><p>3. De opinião.</p><p>1º Parágrafo: Introdução</p><p>Deve constar que o parecer está de acordo com as práticas contábeis</p><p>em vigor no Brasil, identificando, ainda, as demonstrações, os</p><p>exercícios, etc.</p><p>2º Parágrago: Modus Operandi (escopo)</p><p>Neste parágrafo deve constar que o trabalho do auditor foi orientado por</p><p>técnicas de amostragem estatística, compreendendo a aplicação de</p><p>testes de observância e testes substantivos com o objetivo de identificar</p><p>as áreas mais expressivas.</p><p>As ressalvas, quando necessárias, são feitas da seguinte forma: faz-se</p><p>uso das expressões “exceto por”, “exceto quando”, “com exceção</p><p>de” para demonstrar as improbidades.</p><p>Exemplo:</p><p>Exceto quanto à contribuição previdenciária que não foi recolhida...</p><p>Exceto quanto ao cálculo de provisões....</p><p>Cada ressalva deve constar em um parágrafo separado. Ou seja,</p><p>se tiverem ressalvas, coloca-se um parágrafo para cada ressalva.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>23</p><p>3º Parágrafo: Opinião / Conclusão</p><p>OPINIÃO (é nela que iremos identificar o tipo de parecer)</p><p>Exs.:</p><p>• Entende-se que as demonstrações contábeis estão corretas em</p><p>todos os aspectos relevantes (parecer sem ressalva)</p><p>• Entende-se que as demonstrações contábeis estão corretas,</p><p>exceto quanto ao apresentado no inciso anterior (parecer com ressalva).</p><p>4º Parágrafo: Ênfase (se aplicável)</p><p>Por fim, o parecer pode conter um parágrafo de ênfase. Será emitido</p><p>quando:</p><p>- Tiver uma INCERTEZA: O auditor não conseguiu ter certeza sobre</p><p>alguma que não seja culpa da empresa. Ocorre em função da</p><p>dificuldade do auditor de formar um juízo de valor.</p><p>- RISCO DE CONTINUIDADE: possibilidade da empresa</p><p>“quebrar”. Por exemplo: Imagine a seguinte situação: Uma</p><p>empresa familiar dirigida há várias décadas pelo próprio dono. Ele</p><p>falece. Assim, existe grande possibilidade desta empresa sofrer</p><p>risco de continuidade, e isto deve ser informado no parágrafo de</p><p>ênfase.</p><p>Em função das impropriedades detectadas e sua materialidade, esse</p><p>documento admite quatro modalidades face à Legislação vigente:</p><p>sem ressalvas, com ressalvas, adverso e com abstenção de</p><p>opinião.</p><p>A ênfase não decorre de</p><p>impropriedades. É apenas</p><p>para chamar atenção.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>24</p><p>PPPaaarrreeeccceeerrr ssseeemmm rrreeessssssaaalllvvvaaa</p><p>A modalidade sem ressalvas é utilizada quando o auditor não</p><p>detecta impropriedades significativas que mereçam ser destacadas no</p><p>relatório, lembrando que o conceito de relevância ou materialidade é</p><p>julgamento pessoal do auditor. Assim, não é comum o CFC definir a</p><p>partir de qual patamar (em termos percentuais) determinado fato deve</p><p>ser destacado. O que se considera é o impacto nas demonstrações e a</p><p>possibilidade de distorcer a análise do usuário da informação contábil.</p><p>É preciso destacar, ainda, que a relevância é normalmente</p><p>calculada tomando como base um percentual do lucro após os impostos</p><p>(o mais comum, e, portanto, recomendável), do faturamento, do</p><p>Patrimônio Líquido – PL ou do ativo, lembrando que o percentual é</p><p>definido pelo auditor.</p><p>O parecer sem ressalvas cabe, ainda, quando as</p><p>inconsistências apontadas são corretamente ajustadas pela</p><p>entidade auditada. Ou seja, levantadas as divergências (diferença no</p><p>valor contábil e real do saldo da conta “clientes”, por exemplo), são elas</p><p>apontadas e são efetuadas sugestões pelo auditor de ajustes que devem</p><p>ser feitos para que as demonstrações contábeis reflitam adequadamente</p><p>a real situação econômico-financeira da empresa. Caberá a empresa,</p><p>então, acatar as sugestões do auditor ou não.</p><p>Em acatando, as demonstrações estarão corretas e o</p><p>parecer não apontará ressalvas.</p><p>É preciso destacar que a auditoria contábil não é um jogo de “gato</p><p>e rato”: conforme mencionado, a finalidade da auditoria independente</p><p>de demonstrações é atestar que as informações constantes nas</p><p>demonstrações estão corretas. Se antes não estavam e, após as</p><p>recomendações e ajustes, tornaram-se corretas, não há que se falar.</p><p>Ratificando, não é anti-ético dar a oportunidade da auditada efetuar as</p><p>correções no BP e DRE, por exemplo.</p><p>Assim, o parecer sem ressalva:</p><p>Merecerão destaques no parecer quaisquer fatos que, pela sua</p><p>omissão ou inclusão, poderão vir a causar prejuízos se</p><p>inclusos ou omitidos.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>25</p><p>1. Indica que as demonstrações contábeis foram elaboradas consoante</p><p>as disposições das NBC e Princípios Fundamentais da Contabilidade</p><p>em todos os aspectos relevantes;</p><p>2. Indica que há apropriada divulgação de todos os</p><p>assuntos relevantes às Demonstrações Contábeis.;</p><p>3. Implica afirmação de que, em tendo havido</p><p>alterações na observância das NBC e PFC, elas</p><p>tiveram seus efeitos avaliados e aceitos e estão</p><p>devidamente revelados nas Demonstrações</p><p>Contábeis. Nesses casos, NÃO É REQUERIDO</p><p>NENHUMA REFERÊNCIA NO PARECER.</p><p>Circunstâncias que impedem a emissão do parecer sem ressalva São</p><p>as que tenham efeitos relevantes para as demonstrações contábeis, tais</p><p>como:</p><p>a) discordância com a administração – conteúdo e forma das</p><p>Demonstrações Contábeis (discorda das práticas contábeis</p><p>utilizadas e da forma de aplicação das práticas contábeis)</p><p>conduzir à opinião com ressalva ou à opinião adversa; ou</p><p>b) limitação na extensão do seu trabalho deve conduzir à</p><p>opinião com ressalva ou à abstenção de opinião.</p><p>PPPaaarrreeeccceeerrr cccooommm rrreeessssssaaalllvvvaaa:</p><p>A modalidade “com ressalva(s)” é cabível quando são detectadas</p><p>ofensas aos princípios fundamentais de contabilidade – PFC, às práticas</p><p>contábeis em vigor no Brasil ou à Legislação vigente. Nesse caso, desde</p><p>que não ajustadas, o auditor fará menção a elas em seu parecer.</p><p>Dessa forma, cada inconsistência será relatada em um parágrafo do</p><p>parecer, individualmente.</p><p>No que pertine à divulgação, é preciso destacar que há</p><p>circunstâncias especiais em que a ampla divulgação de determinadas</p><p>informações sigilosas pode ser danosa ou prejudicial à empresa ou a</p><p>seus acionistas. Nesses casos, tal divulgação não é requerida. Todavia,</p><p>isso não significa que fatos relevantes deixem de ser divulgados sob</p><p>esse pretexto. Assim, cuidadosa analise deverá ser feita pela</p><p>administração, juntamente com o auditor, para determinar a melhor</p><p>solução para o caso, objetivando que as demonstrações e notas</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>26</p><p>explicativas não omitam fatos relevantes, ao mesmo tempo, não</p><p>prejudiquem a empresa e seus acionistas com tal divulgação.</p><p>Assim, o parecer com ressalva:</p><p>1. É efeito de qualquer discordância ou restrição na extensão de um</p><p>trabalho. Não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou</p><p>abstenção de opinião;</p><p>2. Utiliza expressões “exceto por”, “exceto quanto” ou “com</p><p>exceção de” referindo-se aos efeitos do assunto objeto da ressalva;</p><p>Quando o auditor emitir parecer com ressalva, adverso ou com</p><p>abstenção de opinião, deve ser incluída descrição clara de todas as</p><p>razões que fundamentaram o seu parecer. Ou seja, devem ser</p><p>apresentadas em parágrafo específico do parecer, precedendo ao da</p><p>opinião. Se for o caso, fazer referência a uma divulgação mais ampla em</p><p>Nota Explicativa.</p><p>PPPaaarrreeeccceeerrr aaadddvvveeerrrsssooo</p><p>Quando o auditor entende que as demonstrações contábeis estão</p><p>erradas.</p><p>O parecer adverso é justificável quando as</p><p>impropriedades são de tal gravidade que</p><p>comprometam as demonstrações contábeis em seu</p><p>conjunto, de forma que as informações lá constantes não</p><p>reflitam a real situação da empresa. Nessa situação, o</p><p>auditor destacará em seu parecer que as demonstrações não foram</p><p>elaboradas com a fiel observância das normas contábeis em vigor.</p><p>Deve-se lembrar que a divulgação em nota explicativa</p><p>de uma prática contábil indevida ou de um erro na sua</p><p>aplicação não elimina a necessidade de ressalva no</p><p>parecer.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>27</p><p>A diferença entre essa modalidade e a com ressalvas é a</p><p>magnitude, cabendo mais uma vez ao auditor (julgamento pessoal)</p><p>optar por um ou por outro de acordo com sua convicção.</p><p>Neste caso:</p><p>1. O auditor deve descrever em um ou mais parágrafos intermediários</p><p>IMEDIATAMENTE ANTERIORES AO PARÁGRAFO DE OPINIÃO os</p><p>motivos ou a natureza de sua opinião adversa.</p><p>2. As demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas,</p><p>em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com</p><p>ressalva.</p><p>Sobre os pareceres adverso e com ressalva, responda à questão abaixo:</p><p>Questão 4: (CESPE/UNB - Perito Criminal da Polícia Federal –</p><p>2004) Relativamente à auditoria independente, de acordo com as</p><p>normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens que se seguem.</p><p>Quando as demonstrações financeiras não tiveram sido elaboradas de</p><p>acordo com os princípios fundamentais de Contabilidade, o auditor deve</p><p>emitir parecer adverso e, caso o efeito seja e de valor muito relevante,</p><p>ele deve apresentar um parecer com ressalvas.</p><p>Resposta: Errado. Se houve ofensa aos Princípios Fundamentais da</p><p>Contabilidade e não comprometerem as Demonstrações Contábeis,</p><p>deverá ser emitido parecer com ressalvas. Se os erros encontrados</p><p>forem de magnitude tal que comprometam as Demonstrações</p><p>Contábeis, um parecer adverso deverá ser considerado.</p><p>Qual é a magnitude de um erro para o parecer ser com</p><p>ressalvas ou adverso?</p><p>Nenhuma norma diz exatamente quanto deve ser, isso é</p><p>julgamento pessoal do auditor.</p><p>Se o erro for relevante, ou material, o auditor é obrigado a</p><p>ressalvar, desde que esse erro não seja corrigido.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>28</p><p>PPPaaarrreeeccceeerrr cccooommm aaabbbsssttteeennnçççãããooo dddeee ooopppiiinnniiiãããooo</p><p>aaa))) pppooorrr llliiimmmiiitttaaaçççãããooo nnnaaa eeexxxttteeennnsssãããooo:</p><p>O relatório “com abstenção de opinião” é o mais curioso. Nele,</p><p>o auditor não emite uma opinião acerca da regularidade das</p><p>demonstrações. É contratado para isso, mas não o faz em virtude de</p><p>limitação no escopo de seus trabalhos ou em função de incertezas</p><p>múltiplas.</p><p>O primeiro caso ocorre quando o auditor tenta trabalhar mas sofre</p><p>uma espécie de boicote por parte da própria auditada: pede cópia de</p><p>contratos ou documentos fiscais mas não os recebe; tenta acompanhar</p><p>a contagem dos estoques mas não é autorizado; solicita o envio de</p><p>cartas de circularização, mas isso não ocorre... ou seja, está tentando</p><p>trabalhar mas não consegue. Em situações como essa, o auditor não</p><p>deve informar que o saldo está correto (e nem que não está, pois ele</p><p>não conferiu). Assim, abster-se-á de opinar.</p><p>O segundo caso ocorre quando a validação das informações</p><p>revela-se inexeqüível ou extremamente arriscada. Imaginemos uma</p><p>empresa que trabalhe com mercadorias em consignação (montante</p><p>expressivo) em outro Estado. Após circularizar, não houve resposta, o</p><p>que levou o auditor a viajar até o local onde supostamente deveriam</p><p>estar as mercadorias, onde nada encontrou. Ou, então, após constatar o</p><p>valor de uma provisão para perdas judiciais de valor elevado não</p><p>conseguiu certificar-se da razoabilidade dos fatores considerados em sua</p><p>confecção. Em situações como essas, o auditor não tem como opinar.</p><p>Vale mencionar que quando o auditor puder satisfazer-se quanto</p><p>a tais itens pela aplicação de procedimentos alternativos, passa</p><p>a não existir uma limitação significativa na extensão de seu trabalho e</p><p>não é necessário menção, em seu parecer, sobre a omissão de tais</p><p>procedimentos e ao uso dos procedimentos alternativos.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>29</p><p>É preciso destacar, ainda, que uma limitação na extensão do trabalho do</p><p>auditor pode ser imposta pelas circunstâncias, como, por exemplo,</p><p>quando a época da indicação do auditor é tal que o impossibilite de</p><p>observar a contagem física dos estoques. Ela pode também ocorrer</p><p>quando, na opinião do auditor, os registros contábeis do cliente são</p><p>inadequados, ou ao concluir que não pode</p><p>executar procedimento de</p><p>auditoria que julgue necessário. Nessas circunstâncias, o auditor deve</p><p>tentar executar procedimentos, afim de obter evidências de auditoria</p><p>suficientes para emitir seu parecer. Se os procedimentos alternativos</p><p>não lhe permitem evidência suficiente, caberá a ele manifestar tal</p><p>limitação em seu parecer.</p><p>Este tipo de parecer é muito raro porque ele compromete toda as</p><p>demonstrações.</p><p>bbb))) pppooorrr iiinnnccceeerrrttteeezzzaaasss:::</p><p>1. O auditor deve expressar em parágrafo de opinião, que, devido à</p><p>relevância das incertezas descritas em parágrafos intermediários</p><p>específicos, não está em condições de emitir opinião sobre as</p><p>Demonstrações Contábeis.</p><p>2. Não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer,</p><p>qualquer desvios relevantes que normalmente seriam incluídos como</p><p>ressalvas.</p><p>O auditor deve adicionar um parágrafo de ênfase em seu parecer,</p><p>após o parágrafo de opinião, fazendo referência à Nota Explicativa de</p><p>forma mais extensa quando:</p><p>a) Ocorrer incerteza em relação a fato relevante;</p><p>b) Poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira</p><p>da entidade;</p><p>c) Poderá afetar o resultado das suas operações.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>30</p><p>OOObbbssseeerrrvvvaaaçççõõõeeesss iiimmmpppooorrrtttaaannnttteeesss:::</p><p>III))) PPPaaarrreeeccceeerrr qqquuuaaannndddooo dddeeemmmooonnnssstttrrraaaçççõõõeeesss cccooonnntttááábbbeeeiiisss dddeee cccooonnntttrrrooolllaaadddaaasss eee///ooouuu</p><p>cccooollliiigggaaadddaaasss sssãããooo aaauuudddiiitttaaadddaaasss pppooorrr ooouuutttrrrooosss aaauuudddiiitttooorrreeesss:::</p><p>1. O auditor da controladora e/ou investidora deve destacar esse fato</p><p>no seu parecer;</p><p>2. Nessas circunstâncias, o auditor da controladora e/ou investidora</p><p>deve expressar sua opinião sobre as demonstrações contábeis como</p><p>um todo, baseando-se exclusivamente no parecer de outro auditor</p><p>com respeito às demonstrações contábeis de controladas e/ou</p><p>coligadas. Esse fato deve ser destacado no parecer, indicando</p><p>os valores envolvidos.</p><p>IIIIII))) PPPaaarrreeeccceeerrr sssooobbbrrreee dddeeemmmooonnnssstttrrraaaçççõõõeeesss cccooonnntttááábbbeeeiiisss cccooonnndddeeennnsssaaadddaaasss:::</p><p>1. O auditor poderá expressar opinião sobre demonstrações contábeis</p><p>apresentadas de forma condensada, desde que tenha emitido opinião</p><p>sobre as demonstrações contábeis originais.</p><p>2. Toda informação importante, relacionada com ressalva, parecer</p><p>adverso, parecer com abstenção de opinião e/ou ênfase, constante</p><p>do parecer do auditor sobre as demonstrações contábeis originais,</p><p>deve estar incluída no parecer sobre as demonstrações contábeis</p><p>condensadas.</p><p>IIIIIIIII))) DDDeeemmmooonnnssstttrrraaaçççõõõeeesss cccooonnntttááábbbeeeiiisss nnnãããooo ––– aaauuudddiiitttaaadddaaasss:</p><p>Devem ser claramente identificadas como “não-auditadas”, em cada</p><p>folha do conjunto.</p><p>IMPORTANTE!</p><p>Na hipótese do emprego de parágrafo de ênfase, o parecer</p><p>permanece na condição de parecer sem ressalva.</p><p>Se a matéria envolvendo incerteza relevante não está</p><p>adequadamente divulgada nas demonstrações contábeis, de</p><p>acordo com as NBC. e PFC., o seu parecer deve conter ressalva</p><p>ou opinião adversa, pela omissão ou inadequação da divulgação.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>31</p><p>Em havendo emissão de relatório, este deve conter a indicação de que o</p><p>auditor não está expressando opinião sobre as referidas</p><p>demonstrações contábeis.</p><p>6. Amostragem</p><p>A auditoria pode utilizar técnicas de amostragem estatística e não-</p><p>estatística.</p><p>Amostragem estatística: é probabilística, isto é, todos os itens têm</p><p>a mesma chance de serem selecionados.</p><p>Amostragem não-estatística: é tendenciosa, não-aleatória,</p><p>direcionada.</p><p>De acordo com o CFC, amostragem estatística é aquela em que a</p><p>amostra é selecionada cientificamente com a finalidade de que os</p><p>resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a</p><p>teoria da probabilidade ou as regras estatísticas.</p><p>O emprego de amostragem estatística é recomendável quando os itens</p><p>da população apresentam características homogêneas.</p><p>Amostragem não-estatística (por julgamento) é aquela em que a</p><p>amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e</p><p>conhecimento da entidade.</p><p>Da mesma forma, a aplicação de procedimentos de auditoria a todos os</p><p>itens dentro de uma população que tenham uma característica particular</p><p>(por exemplo, todos os itens acima de um certo valor) não se qualifica</p><p>Dica: É importante reconhecer que certos procedimentos de</p><p>auditoria aplicados na base de testes não estão dentro da</p><p>definição de amostragem. Os testes aplicados na totalidade da</p><p>população não se qualificam como amostragem de auditoria.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>32</p><p>como amostragem de auditoria com respeito à parcela da população</p><p>examinada, nem com respeito à população como um todo. Isto porque</p><p>os itens não foram selecionados, dando chance igual de seleção a todos</p><p>os itens da população. Esses itens podem indicar uma tendência ou uma</p><p>característica da parcela restante da população, mas não constituem,</p><p>necessariamente, uma base adequada para a conclusão sobre a parcela</p><p>restante da população.</p><p>Analise a questão abaixo:</p><p>Questão 5: (CESPE/UNB - Fiscal de Tributos Municipais de</p><p>Maceió – 2003) Quanto à auditoria, julgue os itens a seguir.</p><p>Na determinação da amostra, o auditor deve considerar apenas os</p><p>seguintes fatores: população objeto da amostra, erro tolerável e erro</p><p>esperado.</p><p>Resposta: Errado. A opção está incompleta. Devem ser considerados,</p><p>ainda, o tamanho da amostra, o risco de amostragem e a estratificação.</p><p>Vejamos:</p><p>Na determinação da amostra, uma das maiores preocupações do auditor</p><p>é que ela seja representativa, ou seja, tenha as mesmas</p><p>características da população. Isso é essencial para que as conclusões</p><p>alcançadas para a amostra possam ser extrapoladas para toda a</p><p>população.</p><p>Para que a amostra seja representativa, alguns fatores deverão ser</p><p>levados em consideração, dentre os quais é possível destacar sete:</p><p>Os objetivos gerais e específicos: o CFC destaca que no</p><p>planejamento da amostra de auditoria, o auditor deve considerar</p><p>os procedimentos de auditoria que têm maior probabilidade de</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>33</p><p>atingir esses objetivos. Por exemplo, no caso de executar testes</p><p>de observância sobre os procedimentos de compra em uma</p><p>entidade, o auditor está interessado em aspectos como, por</p><p>exemplo, se houve aprovação apropriada e verificação aritmética</p><p>de uma fatura. Por outro lado, ao executar procedimentos de</p><p>comprovação sobre faturas processadas durante o período, o</p><p>auditor está interessado em aspectos relacionados com os valores</p><p>monetários dessas faturas e se esses valores foram,</p><p>apropriadamente, refletidos nas Demonstrações Contábeis.</p><p>População: é a totalidade das observações, dos eventos, dos</p><p>fatos. Na análise da conta clientes, seria todo o universo de contas</p><p>a receber.</p><p>O tamanho da amostra, geralmente relacionado diretamente ao</p><p>tamanho da população. Quanto maior a população, maior será o</p><p>tamanho da amostra. É diretamente relacionado, mas não é</p><p>proporcional.</p><p>A estratificação da amostra: em determinadas situações,</p><p>agrupar as observações grupos homogêneos (amostragem</p><p>estratificada) ou heterogêneos (por conglomerado) facilita a</p><p>análise. Como exemplo, podemos citar a divisão da conta clientes</p><p>para fins de circularização em classes, tais como clientes das</p><p>regiões sul, sudeste e centro-oeste</p><p>ou por perfil (grandes, médios</p><p>e pequenos). Este processo reduz a possibilidade de variação dos</p><p>itens de cada estrato. Portanto, a estratificação permite que o</p><p>auditor dirija esforços de auditoria para os itens que contenham</p><p>maior potencial de erro, por exemplo, os itens de maior valor que</p><p>compõem o saldo de contas a receber, para detectar distorções</p><p>relevantes por avaliação a maior. Além disso, a estratificação pode</p><p>resultar em amostra com tamanho menor.</p><p>Conforme mencionado, se o objetivo da auditoria for testar a validade</p><p>de contas a receber, e dependendo da distribuição dos valores a receber</p><p>por saldo de devedores, a população pode ser estratificada, por</p><p>exemplo, em quatro subconjuntos como segue:</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>34</p><p>a) saldos superiores a R$ 2.000,00;</p><p>b) saldos entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00;</p><p>c) saldos entre R$ 100,00 e R$ 1.000,00; e</p><p>d) saldos inferiores a R$ 100,00.</p><p>Assim, por exemplo, dependendo da distribuição dos valores a receber,</p><p>mediante a validação da totalidade dos saldos do subconjunto (a) 50%</p><p>de (b); 20% de (c); e 5% de (d), pode-se, hipoteticamente, encontrar</p><p>que 80% dos valores de contas a receber são susceptíveis de validação,</p><p>examinando 20% da população.</p><p>O risco de amostragem: a possibilidade da amostra não ser</p><p>representativa, levando o auditor a conclusões errôneas, que</p><p>poderão vir a comprometer sua opinião.</p><p>Normalmente esse risco é agrupado em duas tipologias,</p><p>vinculadas aos testes de observância e substantivos,</p><p>respectivamente:</p><p>o risco de super ou subavaliação da confiabilidade; e</p><p>o de aceitação e rejeição incorretas.</p><p>O primeiro conjunto decorre da má avaliação do sistema de controle</p><p>interno - CI. Ao acreditar que o CI é melhor do que realmente é</p><p>(exemplificando, foi maquiado para a visita do auditor) – superavaliação</p><p>da confiabilidade ou superaderência, o auditor efetuará menos testes</p><p>substantivos, aumentando o risco de não detectar algo e</p><p>conseqüentemente o risco do parecer ser inconsistente.</p><p>Supondo que o CI é pior do que realmente é – risco de subavaliação da</p><p>confiabilidade, efetuará mais testes do que o necessário, porque não</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>35</p><p>confiou no que viu, erroneamente. Em função disso, fará um volume de</p><p>testes maior que o necessário, incorrendo em maior consumo de</p><p>recursos materiais e humanos, e, portanto, mais custos.</p><p>A aceitação incorreta decorre da aplicação de procedimentos que levam</p><p>o auditor a acreditar que uma informação é correta quando, de fato, não</p><p>é. Como exemplo, podemos citar respostas às cartas de circularização</p><p>fraudadas ou notas fiscais cauçadas, não tendo sido identificadas pelo</p><p>auditor. Ao acreditar nelas, o auditor poderá comprometer seu parecer.</p><p>O contraponto (rejeição incorreta) ocorre quando o auditor recusa o</p><p>resultado de uma amostra por entender não-razoável, quando de fato o</p><p>resultado estava correto.</p><p>Como exemplo, podemos imaginar que o auditor tenha, em uma escala</p><p>de 1 a 9 na avaliação do controle interno, dado grau 3. Dessa forma,</p><p>maximizou os testes substantivos esperando detectar diversas</p><p>inconsistências. Contudo, o número de erros encontrado foi irrelevante.</p><p>Ao rejeitar o resultado, tornou a efetuar os testes em nova amostra,</p><p>tornando a encontrar o mesmo resultado anterior. Ou seja, recusou</p><p>indevidamente as conclusões tendo incorrido em novos testes</p><p>desnecessariamente.</p><p>Erro tolerável: É o máximo que o auditor aceita em função da</p><p>qualidade do controle interno. O CFC destaca que erro tolerável é</p><p>o erro máximo na população que o auditor está disposto a aceitar</p><p>e, ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o</p><p>objetivo da auditoria. O erro tolerável é considerado durante o</p><p>estágio de planejamento e, para os testes substantivos, está</p><p>relacionado com o julgamento do auditor sobre relevância. Quanto</p><p>menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho da amostra.</p><p>Nos testes de observância, o erro tolerável é a taxa máxima de</p><p>desvio de um procedimento de controle estabelecido que o auditor</p><p>está disposto a aceitar, baseado na avaliação preliminar de risco</p><p>de controle. Nos testes substantivos, o erro tolerável é o erro</p><p>monetário máximo no saldo de uma conta ou uma classe de</p><p>transações que o auditor está disposto a aceitar, de forma que,</p><p>Vale ressaltar que, ao compararmos as tipologias apresentadas, as de</p><p>maior gravidade, em termos de comprometimento dos trabalhos são</p><p>a superavaliação da confiabilidade e a aceitação incorreta, enquanto</p><p>que as demais representarão minimização da margem de lucro, em</p><p>função de maiores gastos.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>36</p><p>quando os resultados de todos os procedimentos de auditoria</p><p>forem considerados, o auditor possa concluir, com segurança</p><p>razoável, que as Demonstrações Contábeis não contêm distorções</p><p>relevantes.</p><p>Erro esperado: é o erro da amostra, em função da sua própria</p><p>natureza. O conselho alerta que, se o auditor espera que a</p><p>população contenha erro, é necessário examinar uma amostra</p><p>maior do que quando não se espera erro, para concluir que o erro</p><p>real da população não excede o erro tolerável planejado.</p><p>Tamanhos menores de amostra justificam-se quando se espera</p><p>que a população esteja isenta de erros. Ao determinar o erro</p><p>esperado em uma população, o auditor deve considerar aspectos</p><p>como, por exemplo, os níveis de erros identificados em auditorias</p><p>anteriores, mudança nos procedimentos da entidade e evidência</p><p>obtida na aplicação de outros procedimentos de auditoria.</p><p>Com a finalidade de evidenciar os seus trabalhos, a seleção de</p><p>amostra deve ser documentada pelo auditor e considerar:</p><p>a) o grau de confiança depositada sobre o sistema de</p><p>controles internos das contas, classes de transações ou itens</p><p>específicos;</p><p>b) a base de seleção;</p><p>c) a fonte de seleção; e</p><p>d) o número de itens selecionados.</p><p>Quanto aos critérios de seleção da amostra, os mais comuns são:</p><p>Aleatória: quando os itens são escolhidos ao acaso, ou seja, têm</p><p>a mesma probabilidade de serem selecionados. Ex: Pesquisa</p><p>Ibope.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>37</p><p>Casual: quando as observações são escolhidas de forma</p><p>direcionada, não aleatória, mormente em função da experiência e</p><p>da sensibilidade do auditor.</p><p>Sistemática: quando as observações são selecionadas</p><p>obedecendo a intervalos constantes. Exemplificando, podemos</p><p>citar uma amostra de duplicatas fiscais submetidas à análise com</p><p>o final 2: 2, 12, 22, 32, 42, etc. Ou, ainda, os documentos</p><p>emitidos na última semana de cada mês...</p><p>Veja como esse assunto pode ser cobrado em sua prova:</p><p>Questão 6: (Unb/CESPE – MPE/TO – Analista Ministerial – 2006)</p><p>No que se refere a auditoria, julgue os itens subseqüentes.</p><p>A amostragem sistemática consiste em proceder a seleção de itens de</p><p>maneira que sempre haja um intervalo prefixado, uniforme, entre cada</p><p>item selecionado, a partir de um ou mais pontos de partida aleatório,</p><p>em uma lista de itens da população.</p><p>Resposta: Certo</p><p>7. Carta de responsabilidade da administração</p><p>Muitas das informações obtidas pelo auditor durante</p><p>a aplicação dos procedimentos são verbais. Dessa</p><p>forma, por ocasião do encerramento dos trabalhos</p><p>(com a conseqüente emissão do parecer), a</p><p>administração da auditada precisa ratificar ao auditor</p><p>todas as informações repassadas durante os</p><p>trabalhos, destacando, inclusive, a responsabilidade</p><p>pelas transações efetuadas. A esse documento dá-se</p><p>o nome de carta de responsabilidade, que deverá conter, dentre outros</p><p>itens:</p><p>- A menção de que a responsabilidade pelo controle interno é da</p><p>administração;</p><p>- A menção</p><p>de que não há gravames sobre os ativos além dos</p><p>informados ao auditor (exemplo: O auditor confirma que o imóvel</p><p>realmente existe e é propriedade da empresa, mas ele pode estar</p><p>comprometido, dado em garantia em alguma transação, por exemplo);</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>38</p><p>- A possibilidade de ganho ou perda judiciais, bem como demais</p><p>contingências e estimativas;</p><p>- Informações repassadas verbalmente durante a aplicação dos</p><p>procedimentos;</p><p>- Outras informações que o auditor julgar conveniente constarem.</p><p>Formalidades importantes da carta de responsabilidade:</p><p>1) A carta de responsabilidade terá a mesma data do parecer do</p><p>auditor.</p><p>2) A carta de responsabilidade tem que ser endereçada ao próprio</p><p>auditor.</p><p>3) Deve constar que as demonstrações contábeis foram elaboradas</p><p>conforme a NBC.</p><p>4) Que todas as contingências existentes foram reveladas ao auditor.</p><p>5) Que foram tomadas providências quanto às impropriedades</p><p>detectadas pelo auditor.</p><p>8. Questões de Concursos Anteriores:</p><p>Primeiramente vamos refazer as questões estudadas em aula:</p><p>Questão 1: (CESPE/UNB - Auditor Fiscal da Previdência Social –</p><p>2003) Com fulcro nas normas de auditoria vigentes no Brasil, julgue o</p><p>item a seguir:</p><p>A seleção, a extensão e a aplicação dos procedimentos de auditoria</p><p>devem ocorrer em conformidade com as normas de auditoria, não</p><p>dependendo, portanto, do julgamento pessoal e profissional do auditor.</p><p>Questão 2: (CESPE/UNB - Auditor Fiscal da Previdência Social –</p><p>2003) Julgue:</p><p>Em uma organização, o controle interno representa o conjunto de</p><p>procedimentos, métodos ou rotinas com o objetivo de proteger os</p><p>ativos, produzir dados contábeis e ajudar a administração na condução</p><p>ordenada dos negócios da empresa.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>39</p><p>Questão 3: (CESPE/UNB - Fiscal de Tributos Municipais de</p><p>Maceió – 2003) Quanto à auditoria, julgue os itens a seguir.</p><p>Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que</p><p>os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração</p><p>estão em efeito funcionamento e cumprimento.</p><p>Questão 4: (CESPE/UNB - Perito Criminal da Polícia Federal –</p><p>2004) Relativamente à auditoria independente, de acordo com as</p><p>normas brasileiras de contabilidade, julgue os itens que se seguem.</p><p>Quando as demonstrações financeiras não tiveram sido elaboradas de</p><p>acordo com os princípios fundamentais de Contabilidade, o auditor deve</p><p>emitir parecer adverso e, caso o efeito seja e de valor muito relevante,</p><p>ele deve apresentar um parecer com ressalvas.</p><p>Questão 5: (CESPE/UNB - Fiscal de Tributos Municipais de</p><p>Maceió – 2003) Quanto à auditoria, julgue os itens a seguir.</p><p>Na determinação da amostra, o auditor deve considerar apenas os</p><p>seguintes fatores: população objeto da amostra, erro tolerável e erro</p><p>esperado.</p><p>Questão 6: (Unb/CESPE – MPE/TO – Analista Ministerial – 2006)</p><p>No que se refere a auditoria, julgue os itens subseqüentes.</p><p>A amostragem sistemática consiste em proceder a seleção de itens de</p><p>maneira que sempre haja um intervalo prefixado, uniforme, entre cada</p><p>item selecionado, a partir de um ou mais pontos de partida aleatório,</p><p>em uma lista de itens da população.</p><p>E agora? Prontos para novas questões? Vamos lá!</p><p>07. (Unb/CESPE – MPE/TO – Analista Ministerial – 2006)</p><p>Auditoria pode ser definida como o conjunto de procedimentos que</p><p>compreende o exame de documentos e registros, inspeções e obtenção</p><p>de informações e confirmações internas e externas, relacionadas com o</p><p>controle patrimonial e com o objetivo de mensurar a exatidão desses</p><p>registros e das demonstrações deles decorrentes. No que se refere a</p><p>auditoria, julgue os itens subseqüentes.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>40</p><p>a) A partir da data de emissão do seu parecer, o auditor deve manter a</p><p>custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos.</p><p>b) No caso de ter havido alterações em procedimentos contábeis e de os</p><p>efeitos dessas alterações estarem adequadamente determinados e</p><p>revelados nas demonstrações contábeis, o parecer do auditor deve ser</p><p>sem ressalvas.</p><p>08. (Unb/CESPE – TRE/AP – Analista Judiciário – 2007) Os</p><p>procedimentos de auditoria interna têm como referência as Normas</p><p>Brasileiras de Contabilidade (NBCs), expedidas pelo Conselho Federal de</p><p>Contabilidade. Com base nessas normas, assinale a opção correta.</p><p>A) Os testes substantivos permitem ao auditor comprovar as hipóteses</p><p>que eliminam a margem de erro de suas conclusões.</p><p>B) Em razão da natureza da atividade de auditor e da independência que</p><p>deve ter esse profissional, o trabalho por ele desempenhado não está</p><p>sujeito a revisão, tendo a responsabilidade de suas tarefas caráter</p><p>estritamente pessoal.</p><p>C) As NBCs não se aplicam às entidades auditadas pertencentes a ramos</p><p>de atividade sujeitos a normas reguladoras específicas.</p><p>D) Devem-se adotar procedimentos que permitam identificar as</p><p>contingências ativas e passivas relevantes e verificar a tomada de</p><p>conhecimento dessas contingências pelos administradores da entidade.</p><p>E) Na busca por evidências, os auditores devem-se fixar nas</p><p>informações relevantes, ou seja, nas referentes aos valores contábeis</p><p>mais elevados.</p><p>09. (Unb/CESPE – PMV – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal –</p><p>2006) Julgue o item subseqüente, a respeito do tipo de parecer do</p><p>auditor.</p><p>Considere que um auditor tenha sido contratado para examinar as</p><p>demonstrações financeiras da sociedade controladora de um grupo. As</p><p>demonstrações das controladas já haviam sido examinadas por outros</p><p>auditores.</p><p>Nesse caso, o auditor contratado deverá emitir parecer com negativa de</p><p>opinião ou, pelo menos, com ressalva, dada a limitação no escopo do</p><p>exame.</p><p>AUDITORIA GERAL E PÚBLICA</p><p>ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - TCU</p><p>PROFESSOR JOSÉ CARLOS</p><p>www.pontodosconcursos.com.br</p><p>41</p><p>10. (UNB – Auditor do Estado do Espírito Santo- 2004) O saldo de</p><p>uma conta do balanço patrimonial ou da demonstração do resultado do</p><p>exercício pode estar errado para mais (superavaliado) ou para menos</p><p>(subavaliado). Devido a esses riscos, o auditor deve testar todas as</p><p>contas da contabilidade para verificar eventual superavaliação ou</p><p>subavaliação. Para tanto, deve realizar os testes de auditoria. Julgue os</p><p>seguintes itens, com relação a esses testes.</p><p>1) Devido aos riscos mencionados, o auditor deve direcionar seus testes</p><p>para superavaliação e para subavaliação. A experiência tem</p><p>demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de</p><p>superavaliação para as contas devedoras.</p><p>2) Considerando-se que, na auditoria da conta de máquinas e</p><p>equipamentos, o auditor verificou que foram capitalizadas peças de</p><p>reposição em máquinas de uso operacional, então, nesse caso, a conta</p><p>de máquinas e equipamentos estava superavaliada e o grupo de</p><p>despesas subavaliado porque, de acordo com os princípios contábeis,</p><p>deveriam ser registradas como despesas pré-operacionais.</p><p>3) Se, na auditoria de conta de fornecedores, o auditor observou que</p><p>uma nota fiscal de competência de 2002, referente à compra de um</p><p>veículo, foi registrada somente por ocasião de seu efetivo pagamento</p><p>em 2003, então, a conta de fornecedores e a conta de veículos do ativo</p><p>imobiLizado estavam subavaliadas no balanço de 2002.</p><p>4) Considere que, por ocasião da auditoria da conta de matéria-prima, o</p><p>auditor observou que uma compra realizada em janeiro de 2002</p><p>somente foi contabilizada em 2003. Nesse caso, a conta de matéria-</p><p>prima e a conta de fornecedores estavam superavaliadas em dezembro</p><p>de 2002.</p><p>5) Se, durante a auditoria da conta de despesas pré-operacionais, o</p><p>auditor constatou que participações no capital social de outras</p><p>sociedades foram debitadas indevidamente nessa conta, quando o</p><p>correto seria</p>