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<p>A metafísica da modernidade</p><p>Modernidade</p><p> A modernidade se desenvolveu na Idade Média e se inicia no</p><p>Renascentismo; atingiu o seu auge no séc. XVIII.</p><p> Visão antropocêntrica –homem no centro do mundo; razão</p><p>do homem.</p><p> Paradigma da Racionalidade –Uma razão que, liberta de</p><p>crenças e superstições, funda-se na própria subjetividade e</p><p>não mais na autoridade (politica, religiosa).</p><p> Confiança no poder da razão.</p><p> Revolução cientifica quebrou o modelo de inteligibilidade do</p><p>aristotelismo e criou receio a novos enganos.</p><p> Método para evitar o erro</p><p> Na Idade Média a capacidade humana de conhecer é</p><p>inquestionável;</p><p> Na Idade Moderna –duvida se o homem é capaz de conhecer</p><p>a verdade.</p><p> Na modernidade o problema não é saber se as coisas são,</p><p>mas se nós podemos eventualmente conhecê-las.</p><p> Volta-se para o sujeito que conhece e não para o</p><p>conhecimento em si.</p><p> As soluções apresentadas a este problema deram origem a</p><p>duas correntes filosóficas:</p><p>Racionalismo: Enfatizam o papel da razão no processo do</p><p>conhecimento. (Descartes, Espinoza e Leibniz)</p><p>Empirismo: Enfatiza o papel da experiência sensível no</p><p>processo do conhecimento (Bacon, Locke e Hume)</p><p>O Racionalismo cartesiano –Dúvida Metódica</p><p> René Descartes (1596-1650) –pai da filosofia moderna.</p><p> Toma a consciência como ponto de partida -enfatiza a</p><p>capacidade humana de construir o próprio conhecimento.</p><p> Questiona a existência de todas as coisas.</p><p> Propósito de Descartes foi encontrar um método tão seguro</p><p>que o conduzisse à verdade indubitável.</p><p> Conhecimento baseado na razão, ordem e medidas.</p><p> A dúvida do método.</p><p> Quatro regras:</p><p>Evidência: estudar algo que tenha evidencia de sua</p><p>existência.</p><p>Análise: Estudar os pedaços.</p><p>Ordem: Estudar do simples ao complexo.</p><p>Enumeração: Sequência lógica de estudo.</p><p> Dúvida Metódica</p><p>Duvidar de tudo: sentidos, senso comum,</p><p>argumentos das autoridades, informações da</p><p>consciência.</p><p> Cogito, ergo sum (Penso, logo existo)</p><p> Eu pensante (res cogitans); corpo (res extensa);</p><p> A dúvida só cessa diante do ser pensante.</p><p> Três ideias:</p><p>Inatas (nasce com você);</p><p>Adventícias (vem de fora, captadas pelo sentido);</p><p>Factícias (inventadas pelo sujeito).</p><p> Cogito -Razão é inata, não deriva do particular;</p><p>não vem de fora, captada pelos sentidos.</p><p> A ideia de Deus é inata.</p><p> Deus –um ser perfeito e infinito.</p><p> O homem é finito e imperfeito –como pode</p><p>pensar em Deus¿ A causa desta ideia é</p><p>justamente deus.</p><p> Prova ontológica –formula para provar a</p><p>existência de deus:</p><p> O Mundo</p><p> As coisas feitas por Deus são inatas.</p><p> A existência de Deus é garantia de que os</p><p>objetos pensados por ideias claras e distintas são</p><p>reais.</p><p> Portanto, o mundo existe –o meu próprio corpo</p><p>existe.</p><p> Os objetos do mundo externo chegam à</p><p>consciência como ideias adventícias.</p><p> Ideia de extensão –propriedades secundárias</p><p>(cor, sabor, peso, som)</p><p> Consequências do cogito</p><p> Valorização da razão –caráter absoluto e</p><p>universal da razão.</p><p> Razão como forma para alcançar todas as</p><p>verdades possíveis.</p><p> Criação de um método –para que a razão</p><p>corresponda aos objetos *objeto=aquilo que não</p><p>é o sujeito*</p><p> Dualismo psicofísico: CORPO X MENTE</p><p> Ser humano é um ser duplo:</p><p>Substância pensante (mente) –objeto das</p><p>ciências humanas.</p><p>Substância extensa (corpo) –objeto da ciência.</p><p>Empirismo Britânico</p><p> Enfatiza o papel dos sentidos no processo do conhecimento</p><p> Contrário ao racionalismo -experiência prática</p><p>Francis Bacon (1561-1626)</p><p>SABER É PODER</p><p> Quando adquire conhecimento, adquire poder.</p><p> Saber tinha função instrumental, para controlar a natureza.</p><p> Método Indutivo –indução como método (do particular para</p><p>o geral)</p><p> É necessário experimentar para conhecer.</p><p> Superação das antigas bases de conhecimento assentadas no</p><p>aristotelismo.</p><p> Aristotéles acreditava na disposição inata do homem para o</p><p>conhecimento.</p><p> Bacon acredita que precisa preparar a mente do homem,</p><p>eliminando ídolos que possam comprometer seu</p><p>entendimento.</p><p> Ídolos = falsas noções que bloqueiam a mente,</p><p>impossibilitando o acesso à verdade e atrasando a ciência.</p><p>Verdades dadas, não questionadas</p><p> Depois de eliminar os ídolos o Método Indutivo pode ser</p><p>aplicado com vigor;</p><p> Interrogações à natureza –através de experimentos, faze-la</p><p>responder.</p><p> Hipóteses confirmadas pelos fatos.</p><p> Critica racionalistas e empiristas.</p><p> Parte dos sentidos e da experiência, mas vai além deles.</p><p> Formigas, aranhas e abelhas.</p><p>Formigas = empíricos –acumulam e usam as provisões.</p><p>Aranhas = racionalistas –extraem de si mesmo.</p><p>Abelha representa a posição intermediária –recolhe a matéria</p><p>prima e com seus próprios recurso a transforma e digere.</p><p> Valorização da experiência para o desenvolvimento da</p><p>ciência.</p><p>Jonh Locke (1632-1794)</p><p> A TÁBULA RASA</p><p> A mente humana é vazia, alcança o conhecimento através dos</p><p>sentidos</p><p> Não existem ideias inatas, as pessoas tiram suas ideias de</p><p>experiências de vida –se existissem as crianças já as teriam.</p><p> Enfatiza o papel do objeto.</p><p> A ideia de Deus não se encontra em toda parte –há povos</p><p>sem a representação de Deus como ser perfeito.</p><p> A origem das ideias</p><p> Nossas ideias têm origem em nossas experiências</p><p> Distingue duas fontes possíveis para nossas</p><p>ideias:</p><p> Sensação –percepções externas por meio dos</p><p>sentidos.</p><p> Pela sensação percebemos que a coisa tem</p><p>qualidades, que podem ser:</p><p>Primárias são objetivas –solidez, extensão,</p><p>configuração, movimento.</p><p>Secundárias são subjetivas –cor, som, odor,</p><p>sabor.</p><p> Reflexão se processa internamente, é a</p><p>percepção que a alma tem daquilo que nela</p><p>ocorre.</p><p> A reflexão é a experiência interna do resultado</p><p>da experiência externa produzida pela sensação.</p><p> Intelecto depende da experiência.</p><p>DAVID HUME (1711-1776)</p><p> O hábito e a crença</p><p> Método de investigação –consiste na observação</p><p>e na generalização.</p><p> O conhecimento começa com as percepções</p><p>individuais, que podem ser impressões ou ideias.</p><p> A diferença entre elas depende da força e da</p><p>vivacidade pelas quais as percepções atingem a</p><p>mente</p><p> Impressões são as percepções originárias que se</p><p>apresentam à consciência com maior vivacidade,</p><p>tais como as sensações (ouvir, ver, sentir, dor ou</p><p>prazer, etc)</p><p> Ideias são percepções derivadas, cópias pálidas</p><p>das impressões, e portanto, mais fracas.</p><p> O sentir (impressão) se distingue do pensar</p><p>(ideia) pelo grau de intensidade.</p><p> Impressão é sempre anterior a ideia.</p><p> Hume rejeita ideias inatas</p>