Prévia do material em texto
<p>Disciplina: Introdução ao Antigo Testamento</p><p>Aula 7: Nevî’îm II – Os profetas e a profecia</p><p>Apresentação</p><p>O profetismo é muito importante para compreendermos o Antigo Testamento.</p><p>Ainda que houvesse manifestações proféticas no contexto do Antigo Oriente Próximo,</p><p>os profetas de Israel fundaram um movimento político-religioso de denúncia da</p><p>injustiça, dos desvios da religião, e dos desmandos da monarquia e dos povos</p><p>estrangeiros que se relacionavam com os hebreus.</p><p>Nesta aula, estudaremos os profetas do norte, das crises assíria e babilônica, do</p><p>exílio e, por fim, aqueles pós-exílicos.</p><p>Objetivos</p><p>Identificar os profetas e o período de sua mensagem;</p><p>Explicar a mensagem dos profetas do norte, e as crises assíria e babilônica, a</p><p>partir de sua atuação nessas regiões geográficas;</p><p>Analisar a mensagem dos profetas do exílio.</p><p>Profetas e profecias: formas e</p><p>características</p><p>Há várias personalidades do período remoto da história de Israel que a Bíblia</p><p>chama de profetas. Entre elas estão:</p><p>Samuel (1 Samuel 1-25).</p><p>Natã (2 Samuel 7; 12; 1 Reis 1).</p><p>Gade, “o vidente de Davi” (1 Samuel 22, 5; 2 Samuel 24. 11-12).</p><p>Aiás, de Siló (1 Reis 12).</p><p>Mica, filho de Jimlá, (1 Reis 22).</p><p>Elias, especialmente, que atuou entre 875-850 a.C. (1 Reis 17-2 Reis 2).</p><p>Eliseu, sucessor de Elias, que atuou por volta de 850-790 a.C. (2 Reis 2-13).</p><p>Após esse período mais primitivo do profetismo israelita, o movimento</p><p>profético passou por transições importantes. Alguns profetas dos tempos</p><p>posteriores tiveram seus nomes citados em livros dedicados a eles, que</p><p>uniram, de algum modo, sua mensagem.</p><p>Vamos conhecer a época determinada em que cada profeta atuou:</p><p>Século VIII (entre 780 a 700 a.C.)</p><p>Nos tempos de Jeroboão II (rei de Israel), atuaram Amós e, depois,</p><p>Oseias – ambos no reino do norte. Em Judá, atuou Isaías.</p><p>Século VII (entre 650 e 585 a.C.)</p><p>No tempo de Josias e de seus filhos, Jerusalém estava em direção à</p><p>catástrofe. Sofonias, Naum e Habacuque, mas, sobretudo, Jeremias,</p><p>guiaram o povo durante esses trágicos anos.</p><p>Século VI (entre 597 e 537 a.C.)</p><p>Neste período do exílio na Babilônia, a fé dos exilados foi sustentada por</p><p>um autor desconhecido do Deutero-Isaías.</p><p>Meados do século V</p><p>Neste período, atuaram os profetas pós-exílicos Ageu e Zacarias, os</p><p>quais acompanharam os primeiros esforços da reconstrução do templo.</p><p>Um terceiro (Trito-Isaías) profetizou sobre a vida da comunidade recém-</p><p>instalada de Jerusalém. Em seguida, atuaram Malaquias, Obadias, Joel e</p><p>Deutero-Zacarias.</p><p>Finalmente, a profecia bíblica desapareceu nos moldes desse movimento de</p><p>quase cinco séculos.</p><p>Os nomes mais comuns dados para mediadores proféticos no Antigo</p><p>Testamento são:</p><p>1</p><p>Vidente (em hebraico, ro’eh)</p><p>Característico de tradições anteriores ao exílio, este vocábulo é usado 11</p><p>vezes.</p><p>2</p><p>Visionário (em hebraico, hozeh)</p><p>Este vocábulo aparece em 16 ocasiões: 10 vezes em Crônicas.</p><p>3</p><p>Homem de Deus (îsh elohîm)</p><p>Expressão muito frequente na Bíblia Hebraica: surge 76 vezes – 55 delas</p><p>apenas no livro de 1 e 2 Reis. Aplica-se, geralmente, a personagens</p><p>conhecidos, tais como: Eliseu (29 vezes); Elias (7 vezes); Moisés (6 vezes);</p><p>Samuel (4 vezes); Davi (3 vezes); Semeías (2 vezes); Ben-Joanã (1 vez).</p><p>4</p><p>Profeta (em hebraico, nabî’)</p><p>Termo muito frequente na literatura bíblica. Este título clássico aparece 315</p><p>vezes.</p><p>Profetas do norte</p><p>Amós</p><p>O livro de Amós está enraizado na obra deste profeta, comumente datada de</p><p>meados do século VIII a.C. (talvez cerca de 752 a.C.), no meio do próspero</p><p>reino do norte, de Jeroboão II, combinado com o reino do sul, igualmente</p><p>afortunado, de Uzias (Amós 1.1).1</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>Na perspectiva profética, ficou claro que essa imensa prosperidade era</p><p>desfrutada em ambos os reinos e se baseava na ação dos ricos contra os</p><p>pobres. O profeta afirmava a ilegitimidade de tal prática social e antecipava o</p><p>julgamento vindouro de Yahweh, que ocorreu na forma da devastação assíria.</p><p> Manuscrito iluminado da Bíblia de Souvigny</p><p>(século XII d.C.). Abertura do livro do profeta</p><p>Amós. (Fonte: https://goo.gl/gr2DF1</p><p><https://www.gettyimages.com/detail/news-</p><p>photo/the-letter-v-depicting-the-prophet-</p><p>amos-miniature-from-the-news-</p><p>photo/164080990?</p><p>esource=SEO_GIS_CDN_Redirect#/the-letter-</p><p>v-depicting-the-prophet-amos-miniature-</p><p>from-the-bible-of-picture-id164080990> )</p><p>Amós denunciava aqueles que usufruíam de uma vida de luxo despreocupado,</p><p>daqueles que eram ricos, mas permaneciam, ao mesmo tempo, inconscientes</p><p>da violência e da opressão em que se baseavam.</p><p>Como havia perdido a direção certa para a sociedade (Amós 3.9-10), a elite</p><p>acumulava violência e opressão (Amós 3.10-11). O núcleo da mensagem de</p><p>Amós atestava, então, que, devido a essas faltas, Deus destruiria a sociedade.</p><p>A finalidade desse desastre e sua inevitável concretização eram temas</p><p>persistentes levantados pelo profeta.</p><p>https://www.gettyimages.com/detail/news-photo/the-letter-v-depicting-the-prophet-amos-miniature-from-the-news-photo/164080990?esource=SEO_GIS_CDN_Redirect#/the-letter-v-depicting-the-prophet-amos-miniature-from-the-bible-of-picture-id164080990</p><p>Assim, Amós – aparentemente de Judá – atuou no reino do norte (Amós 7.12)</p><p>e articulou uma poderosa crítica social, enraizada em um vigoroso sentido</p><p>javista. O julgamento que, certamente, viria era expresso como o Dia do</p><p>Senhor .</p><p>Oseias</p><p>O livro de Oseias foi o primeiro na ordem canônica dos Profetas Menores (ou</p><p>Doze Profetas). Ele anunciou a acusação e a sentença devido ao crime de</p><p>Israel: a quebra da aliança .</p><p>Esse livro está enraizado na vida e nas palavras do profeta do norte, que</p><p>viveu no século VIII a.C. Embora sua data não seja exata, a obra está</p><p>claramente relacionada à ascensão do poder assírio e à ameaça permanente</p><p>deste contra o reino do norte.</p><p>Wilson (2006, p. 82) situou Oseias entre os</p><p>profetas desse reino que trataram das tradições</p><p>da aliança e que apelaram à volta para Moisés:</p><p>um prenúncio da tradição deuteronomista.</p><p>O tema do pacto quebrado fez com que o profeta falasse, particularmente,</p><p>oráculos, que eram processos proféticos .</p><p>É convencional dividir o livro de Oseias em duas partes desiguais: a primeira</p><p>seção abrange os capítulos 1 a 3, e a segunda , os capítulos 4 a 14.</p><p>Profetas da crise babilônica</p><p>Jeremias I</p><p>O livro de Jeremias é uma meditação multifacetada da fé em Deus em meio à</p><p>crise por causa da destruição de Jerusalém, em 587 a.C., e às crises de</p><p>deportação e perda subsequentes.</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5 6</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>É cheio de sentimentos profundos, principalmente de luto, mas também</p><p>manifesta a esperança para o futuro. Além disso, é extremamente complicado</p><p>e repleto de multicamadas, reunidas por meio de um processo redacional</p><p>complexo.</p><p> Profeta Jeremias. Pintura de Michelangelo –</p><p>Teto da Capela Sistina (Fonte:</p><p>https://goo.gl/cJiXuY <> )</p><p>As bases históricas do livro estão fundamentadas na proclamação de Jeremias</p><p>em Jerusalém, no final do século VII a.C. (talvez até 626 a.C. ou até 609</p><p>a.C.). Não há dúvida de que contém, especialmente nos capítulos 1-20, as</p><p>declarações poéticas do profeta histórico.</p><p>É evidente que essas expressões foram moldadas, embora de maneira</p><p>bastante imaginativa, como podemos ver nos discursos de julgamento usados</p><p>para acusar Jerusalém de sua desobediência à Torah de Yahweh, o que</p><p>culminou na condenação da cidade a castigos.</p><p>Vejamos como o livro é dividido:</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>1</p><p>Primeiro material</p><p>Em particular, a vocação de Jeremias</p><p>(1.4-10) parece ser um material</p><p>deuteronomista. Se assim é, então, o objetivo é afirmar os temas de 1.10 – a</p><p>função do profeta é: “Arrancar e derrubar” (exílio); “Construir e plantar” (pós-</p><p>exílio).</p><p>2</p><p>Segundo material</p><p>Texto de Jeremias 7.1-8.3, comumente denominado Sermão do Templo. Esta</p><p>seção coloca o profeta em um lugar público, de onde convocou Judá para</p><p>mudar seus caminhos de acordo com os requisitos da Torah (versos 3-7).</p><p>3</p><p>Terceiro material</p><p>O destaque na primeira parte de Jeremias é a narrativa do capítulo 11. O</p><p>profeta é apresentado como um vigoroso defensor público da aliança da Torah</p><p>da tradição deuteronômica (v. 2).</p><p>A longa seção poética da primeira parte de Jeremias mostra duas modalidades</p><p>de textos. São elas:</p><p>Entre os capítulos 4 a 6</p><p>Há uma série de poemas que preveem o assalto de Jerusalém por um oculto</p><p>invasor e estrangeiro (sem nome no texto).</p><p>Capítulo 7</p><p>Um oráculo sobre o templo anuncia que o lugar de culto não preservará Judá</p><p>do juízo de Yahweh. Ao não nomear o invasor, a articulação poética da</p><p>ameaça sustenta um tom ainda mais assustador (Jeremias I 5.15-17; 6.22-</p><p>23).</p><p>Habacuque</p><p>Habacuque marcou o início do período babilônico na história de Jerusalém.</p><p>Este livro mobiliza uma rica variedade de tradições litúrgicas em uma</p><p>declaração de fé coerente, que apresenta um apelo à necessidade de resolver</p><p>o problema da ameaça babilônica, em última instância, mediante o entoar de</p><p>um hino de triunfo: a declaração de confiança em Yahweh diante do quadro</p><p>hostil. Esse hino encerra o livro.</p><p> Pesher (Comentário) de Habacuque (1QpHab). Manuscritos do Mar Morto (Fonte:</p><p>https://goo.gl/KV5QaE <https://goo.gl/KV5QaE> )</p><p>O início de Habacuque é marcado pelo intercâmbio dialógico entre o lamento e</p><p>a resposta divina – uma característica da interação litúrgica, um traço familiar</p><p>do livro dos Salmos.</p><p>Há duas queixas em Habacuque. São elas:</p><p>1ª queixa (Habacuque 1.2-4)</p><p>Esta queixa inicial levanta a questão aguda da teodiceia :</p><p>Por que os ímpios prosperam à custa dos justos?</p><p>Na resposta divina de 1.5-11, a crucialidade da Babilônia (os caldeus) sugere</p><p>que os assírios é que devem receber o juízo divino. O retorno de tais</p><p>versículos apresenta um exército estrangeiro invasor, cuja retórica não é</p><p>7</p><p>https://goo.gl/KV5QaE</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>diferente da poesia de guerra de Jeremias 4-6.</p><p>2ª queixa (Habacuque 1.2-4)</p><p>Esta segunda queixa descreve para Yahweh em detalhes a arrogância abusiva</p><p>da força dos invasores. Em Habacuque 2.1-4, a segunda resposta divina</p><p>afirma a importância decisiva do profeta, que levanta as questões e recebe</p><p>retorno do próprio Yahweh (2.1).</p><p>Essa resposta indica que os fiéis devem aguardar um futuro, pois nele, a</p><p>fidelidade será cumprida por Yahweh. No devido tempo, em um momento</p><p>certo, “os arrogantes não permanecerão” (2.5), isto é, o arrogante e o</p><p>perverso (assírio ou babilônico) serão derrotados.</p><p>Em seguida, são emitidas advertências contra os comportamentos</p><p>autossuficientes:</p><p>Às aquisições de bens (Habacuque 2.6-7).</p><p>Aos bens mal-adquiridos (Habacuque 2.9-10).</p><p>À exploração definida como “derramamento de sangue” (Habacuque 2.12).</p><p>À desestabilização dos vizinhos pela bebida forte (Habacuque 2.15).</p><p>Ao apelo aos ídolos mortos (Habacuque 2.19).</p><p>Cada um dos oráculos de Habacuque é uma acusação profética contra os que</p><p>atuam junto à comunidade da Torah.</p><p>O livro termina no capítulo 3 com um hino prolongado que mostra tormento</p><p>diante dos problemas. Contudo, é concluído com total confiança no triunfo</p><p>final de Yahweh. No versículo 16, o autor reconhece as dificuldades atuais,</p><p>mas, depois, declara sua prontidão para “esperar em silêncio”.</p><p>Obadias</p><p>O breve livro profético de Obadias apresenta a antipatia pos-exílica de Judá</p><p>contra seu vizinho Edom.</p><p>No século V a.C., quando Judá era uma fraca colônia política da Pérsia, os</p><p>edomitas ao leste e ao sul colidiram com o território judeu de maneira hostil e</p><p>agressiva. Tal ação evocou o ressentimento e a hostilidade que ficam</p><p>evidentes no livro de Obadias.</p><p>O profeta articula o julgamento de Yahweh</p><p>contra uma nação e, então, de forma</p><p>proporcional, antecipa o bem em favor de Israel,</p><p>quando o inimigo é derrotado por Yahweh.</p><p>Nos versículos 1-14, o oráculo contra Edom identifica o orgulho e a arrogância</p><p>dos inimigos que se manifestaram em políticas agressivas e em saques (v. 5-</p><p>6). Em resposta, o oráculo profético antecipa o Dia do Senhor: um dia de</p><p>julgamento contra Edom, que será tratado com dureza (v. 8).</p><p>O oráculo reitera o Dia do Senhor no versículo 15, quando a preocupação com</p><p>Edom é ampliada até se tornar um pronunciamento genérico contra todas as</p><p>nações inimigas de Yahweh e de seu povo.</p><p>Em seguida, o poema vacila entre uma referência contínua a Edom e uma</p><p>genérica a todas as nações. Edom, portanto, é uma entidade que representa o</p><p>poder impío do mundo que ameaça o povo de Deus – um exemplo do que</p><p>está por vir para o mundo pagão.</p><p> Página da Bíblia King James (1911). Final do</p><p>livro de Amós e início do livro de Obadias (Fonte:</p><p>https://goo.gl/9t6Sdr</p><p><https://goo.gl/9t6Sdr> )</p><p>https://goo.gl/9t6Sdr</p><p>Profetas do exílio</p><p>Jeremias II</p><p>O livro de Jeremias é um texto profético que evolui, após 20.1-6, à temática</p><p>da invasão babilônica. Relata, de maneira concreta, o propósito severo de</p><p>Yahweh no mundo real das nações, estabelecendo uma conexão entre esse</p><p>objetivo e o poder mundano por meio de uma expressão poética.</p><p>Entre os capítulos 11 e 20, há uma série de textos (11.18-12.6; 15.10-21;</p><p>17.14-18; 18.18-23; 20.7-13,14-18) em que o poeta trata as orações a</p><p>Yahweh como uma troca íntima e combativa.</p><p>Tais poemas são modelados por lamentos convencionais, conhecidos no livro</p><p>dos Salmos, mas parecem especialmente comoventes na circunstância do</p><p>profeta. Além disso, podem ser entendidos como articulações pessoais de fé,</p><p>resultados da descoberta do profeta de que sua tarefa era maior do que aquilo</p><p>que ele era capaz de suportar.</p><p>Apesar de serem tão pessoais e estarem em 1ª pessoa, essas lamentações</p><p>são utilizadas para expressar o sofrimento descomunal de Judá diante da</p><p>ameaça histórica. De qualquer forma, tais poemas são pronunciações</p><p>profundas e cheias de tristeza.</p><p></p><p>Comentário</p><p>Essa coleção de poesias estabeleceu a identidade de Jeremias como</p><p>aquele que lamenta – uma identificação que levou tardiamente à tradição</p><p>de que ele é o autor do livro das Lamentações. Os poemas nos capítulos</p><p>11-20 são popularmente chamados de Lamentações de Jeremias.</p><p>Isaías e Deutero-Isaías</p><p>No consenso crítico, há muito, julgou-se que a literatura relativa a Isaías do</p><p>século VIII a.C. (chamado de Primeiro Isaías) é limitada a Isaías 1-39,</p><p>porque, depois do capítulo 39, existe uma imensa ruptura literária, histórica e</p><p>teológica.</p><p>Em suma, esses capítulos – enraizados no profeta – estão preocupados com</p><p>as crises da Jerusalém pré-exílica no período de 742-701 a.C. Ainda assim, o</p><p>material de Isaías 1-39 é bem mais complexo do que essa conexão histórica,</p><p>pois tais capítulos contêm muitos outros assuntos que não estão relacionados</p><p>ao século VIII a.C.</p><p>O primeiro livro de Isaías contém seis unidades textuais bastante distintas,</p><p>das quais apenas três estão diretamente conectadas ao “Primeiro Isaías”:</p><p>capítulos 1-12; 28-31; e 36-39.</p><p>Os materiais mais importantes do profeta do século VIII a.C. são encontrados</p><p>nos capítulos 1-12, que antecipam duramente o julgamento de Yahweh sobre</p><p>Jerusalém devido à desobediência da Torah (Isaías 1.2-6; 2.6-22; 3.1-4.1;</p><p>5.1-7, 8-30).</p><p> Parte do rolo de Isaías pertencente aos</p><p>Manuscritos do Mar Morto (1QIsab). Isaías 57.17 a</p><p>59.9 (Fonte: https://goo.gl/o7fcxB</p><p><https://goo.gl/o7fcxB> )</p><p>https://goo.gl/o7fcxB</p><p>O “Segundo Isaías” – também denominado “Deutero-Isaías” – é a porção</p><p>central do livro de Isaías, situada nos capítulos 40 a 55. Ele está preocupado</p><p>com a queda de Babilônia (Isaías 46-47) e a ascensão de Ciro, o persa (Isaías</p><p>44.28; 45.1), e difere na visão teológica da primeira parte de Isaías.</p><p> Profeta Isaías. Pintura de Rafael (Fonte:</p><p>https://goo.gl/fKUGdF</p><p><https://goo.gl/fKUGdF> )</p><p>A poesia de Isaías 40 a 55 foi concebida para dar uma articulação lírica,</p><p>passível de se crer, à determinação de Yahweh de promover a restauração de</p><p>Israel e o bem-estar de Jerusalém.</p><p>O esforço cumulativo dessa poesia estabelece Yahweh como poderoso e</p><p>compassivo em relação a Israel, expondo os outros deuses como impotentes e</p><p>irrelevantes.</p><p>8</p><p>https://goo.gl/fKUGdF</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>A boa notícia é a reafirmação do governo de Yahweh, que tira Israel do</p><p>desamparo e do desespero. Nessa poesia, Israel é nomeado e considerado</p><p>servo de Yahweh: aquele que está em aliança com Deus.</p><p>Quatro poemas denominados Canções do servo usam esse termo para</p><p>designar o povo (Isaías 42.1-9; 49.1-6; 50.4-9; 52.13-53.12), mas não</p><p>devem ser separados do resto da poesia, e sim tratados como parte de seu</p><p>contexto. Aqui, o servo não é outro senão Israel.</p><p>Profetas pós-exílicos</p><p>Ageu</p><p> Profeta Ageu. Xilogravura pertencente às</p><p>Crônicas de Nuremberg (1492) (Fonte:</p><p>https://goo.gl/nFJG9P</p><p><https://goo.gl/nFJG9P> )</p><p>Com o livro de Ageu , a cronologia dos Doze Profetas entra no Período Persa.</p><p>A Pérsia (Irã moderno) derrubou o poder babilônico em 540 a.C. e</p><p>começou a expansão imperial para o oeste.</p><p>Na época do profeta Ageu, Judá era um pequeno estado-cliente dos persas.</p><p>Ageu e Zacarias podem ser datados no início do Período Persa (520-516 a.C.),</p><p>e Malaquias, logo depois.</p><p>O livro de Ageu tem quatro unidades: cada uma pode ser datada no tempo de</p><p>Dario . O material, criado entre 520 e 516 a.C., revela o primeiro esforço</p><p>sustentado de restauração de Jerusalém após o desastre de 587 a.C.</p><p>9</p><p>10</p><p>11</p><p>https://goo.gl/nFJG9P</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>Ageu está situado em uma matriz sacerdotal, de modo que todas as ações</p><p>indicadas nos oráculos são dessa natureza. Vejamos o que afirmam seus três</p><p>oráculos:</p><p>1º oráculo</p><p>Bastante extenso, diz respeito à reconstrução do templo</p><p>(Ageu 1.1-15).</p><p>2º oráculo</p><p>Ainda refere-se à reconstrução do templo e, novamente, menciona os dois</p><p>líderes e a comunidade remanescente (Ageu 2.1-9).</p><p>3º oráculo</p><p>Reflete mais sobre o significado do templo (Ageu 2.10-19).</p><p>Juntos, eles demonstram que o templo é uma condição sine qua</p><p>non para o bem-estar, a prosperidade e a bênção dos moradores</p><p>de Jerusalém.</p><p>Zacarias</p><p>O livro de Zacarias é comumente dividido em duas partes bastante distintas.</p><p>A primeira parte (entre os capítulos 1 e 8) está voltada para o contexto e as</p><p>preocupações do livro de Ageu: o retorno dos exilados a Jerusalém e a</p><p>reconstrução do templo da cidade.</p><p>Zacarias 1.1-6</p><p>Reflete as cadências do Deuteronômio e parece claramente relacionado a</p><p>Jeremias 18.1-11, com ênfase no arrependimento.</p><p>Zacarias 7.1-8.23</p><p>Contempla uma série de afirmações oraculares que oferecem temas</p><p>tradicionais e apropriados para um contexto pós-exílico.</p><p>Zacarias 7.8-14</p><p>Apresenta uma sequência profética que convoca à obediência e ecoa o</p><p>Deuteronômio (versos 9-10). O relatório sobre a desobediência a esses</p><p>imperativos (versos 11-12a) e o consequente julgamento divino que justifica a</p><p>dispersão de Israel no exílio (versos 12b-14) encerram a sequência.</p><p></p><p>Saiba mais</p><p>O texto desses capítulos está vinculado ao reinado de Dario (520-516</p><p>a.C.). Para saber mais sobre o assunto, leia Zacarias 1.1; 7.1.</p><p>A segunda parte do livro de Zacarias – chamada, às vezes, de “Segundo</p><p>Zacarias” – diz respeito aos materiais dos capítulos 9 a 14, que, geralmente,</p><p>são divididos em duas subunidades. Vejamos:</p><p>1ª subunidade (Zacarias 9 a 11)</p><p>Estes capítulos começam com temas proféticos bastante comuns, incluindo</p><p>oráculos contra as nações (Zacarias 9.1-8), justapostos para prometer a</p><p>restauração de Judá (Zacarias 9.9-10.12).</p><p>2ª subunidade (Zacarias 12 a 14)</p><p>Estes capítulos formam uma unidade com seu próprio título (“Um Oráculo”). O</p><p>texto é dominado pela repetição da fórmula “naquele dia” (12.3, 4, 6, 8, 9,</p><p>11; 13.1, 2; 14.6, 8, 13), assegurando o foco sobre um futuro a ser</p><p>promulgado e imposto unicamente por Yahweh.</p><p>Trito-Isaías</p><p>A terceira seção do livro de Isaías compreende os capítulos 56-66, que, por</p><p>razões óbvias, é chamada pelos estudiosos de “Terceiro Isaías” ou “Trito-</p><p>Isaías”. Esse material reflete uma comunidade ocupada com assuntos muito</p><p>diferentes daqueles presentes nos capítulos 40-55.</p><p>O contexto aparente de tal literatura é a vida após o retorno e a restauração</p><p>previstos no Deutero-Isaías:</p><p>Um contexto em que a comunidade teve de</p><p>resolver questões internas da vida social e</p><p>religiosa.</p><p></p><p>Comentário</p><p>É comum localizar essa obra em algum lugar entre a construção do</p><p>Segundo Templo (520-516 a.C.), na qual observamos Ageu e Zacarias, e</p><p>a restauração de Esdras e Neemias após 450 a.C. A maioria dos</p><p>especialistas prefere uma data depois de 520 a.C.</p><p> Profeta Isaías. Pintura de Giovanni di Piamonte</p><p>(1456 e 1466). (Fonte: https://goo.gl/p75v4M</p><p><https://goo.gl/p75v4M> )</p><p>O Trito-Isaías demonstra uma preocupação com a vida comunitária. No</p><p>capítulo 56, por exemplo, há uma disputa sobre a inclusão e a exclusão na</p><p>comunidade. Já no capítulo 58, existe um debate sobre o que constitui a</p><p>prática adequada do jejum religioso.</p><p>A comunidade refletida no Trito-Isaías teve de lidar com as frustrações e os</p><p>desapontamentos que tão fortemente contrastavam com as anteriores</p><p>expectativas líricas presentes no Deutero-Isaías.</p><p>Ainda assim, os capítulos 60-62 de Isaías expressam um poder lírico – recurso</p><p>utilizado para destacar o bem-estar futuro de Israel.</p><p>A promessa lírica de Isaías 65.17-25 exprime a expectativa mais radical da</p><p>“nova era”, quando o governo de Yahweh será totalmente estabelecido. Esta é</p><p>a base de Apocalipse 21.</p><p>O ponto culminante do livro, com a “nova Jerusalém”, encerra-o (Isaías</p><p>65.17-25).</p><p>https://goo.gl/p75v4M</p><p></p><p>Saiba mais</p><p>Para saber mais sobre o assunto, leia Isaías 66.10-13.</p><p>Joel</p><p>Segundo livro dos Doze Profetas, Joel é profundamente enigmático. Não se</p><p>sabe nada desse profeta ou do contexto histórico do livro.</p><p>Embora cite textos mais antigos e seja convencionalmente considerado tão</p><p>tardio quanto o Período Persa, qualquer julgamento histórico-crítico a respeito</p><p>do material não passa de especulação.</p><p> Profeta Joel. Placa síria ou palestina (século VII</p><p>d.C.) - Museu do Louvre. (Fonte:</p><p>https://goo.gl/RxBnYz</p><p><https://goo.gl/RxBnYz> )</p><p>O livro divide-se em duas partes:</p><p>https://goo.gl/RxBnYz</p><p>Capítulos 1-2 (poéticos)</p><p>A primeira parte trata de uma profunda crise histórica ou natural,</p><p>representada por uma praga de gafanhotos, que põe em perigo a comunidade</p><p>agrícola. Essa praga – que pode ter sido real – é o terreno a partir do qual o</p><p>poeta constrói uma hipérbole: há uma grande ameaça militar sobre a</p><p>comunidade.</p><p>O poema de Joel justapõe uma reflexão sobre uma suposta crise (Joel 1.2-</p><p>2.27) à antecipação visionária que ultrapassa o contexto histórico. Ele trata da</p><p>bondade de Yahweh em relação a Israel (Joel 2.28-3.21).</p><p>Capítulos 2 e 3 (apocalípticos)</p><p>A segunda parte do livro retrata Yahweh como um guerreiro essencial para o</p><p>resgate de Israel das nações.</p><p>Malaquias</p><p>O livro de Malaquias conclui a coleção dos Doze Profetas, mas fornece</p><p>poucas pistas sobre seu autor, público ou contexto.</p><p>Ele é comumente relacionado a Ageu e Zacarias, e com eles, forma uma</p><p>tríade de livros proféticos do Período Persa. Essa conexão é reforçada pela</p><p>frase inicial de Malaquias 1.1 – sua profecia é um “oráculo” –, o que sugere</p><p>um paralelo com Zacarias 9.1 e 12.1.</p><p>A estrutura principal do livro de Malaquias apresenta uma série de análises.</p><p>Cada uma faz uma pergunta, cita os que não conseguem respondê-la e move-</p><p>se para um oráculo de resposta divina.</p><p>Os assuntos dessas disputas variam um pouco, mas, em sua maioria, dizem</p><p>respeito à falta de zelo com as exigências</p><p>cultuais. A atenção dirige-se à</p><p>responsabilidade que os levitas devem ter em relação à Torah (Malaquias 2.5-</p><p>7) e à correspondente fé de Judá (Malaquias 2.14).</p><p>O capítulo 3 trata da esperança escatológica em relação à chegada da</p><p>Yahweh no “Dia” (do julgamento) – tema continuado no capítulo 4. A</p><p>conclusão do livro em 4.1-3, coerente com 3.16-18, faz uma distinção</p><p>importante entre os “malfeitores”, que serão destruídos, e os “justos”.</p><p>Jonas</p><p>18</p><p>13</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/aula7.html</p><p>O livro de Jonas é único entre os Doze Profestas, pois é escrito em forma de</p><p>narrartiva. O personagem principal (Jonas) parece ser o mesmo citado em 2</p><p>Reis 14.25.</p><p>Ainda assim, o livro pode ser considerado profético, tanto porque esse</p><p>personagem enviado por Yahweh é um profeta, quanto porque o próprio</p><p>material parece ter uma mensagem profética, dada não pelo personagem</p><p>Jonas, mas pelo narrador.</p><p>A questão inicial da interpretação do livro diz respeito ao gênero da narrativa.</p><p> Jonas e a Baleia. Pintura de Pieter Lastman (1621). (Fonte: https://goo.gl/w9Q1Ri</p><p><https://goo.gl/w9Q1Ri> )</p><p>A erudição crítica já renunciou a qualquer ideia de que a história de Jonas seja</p><p>histórica. Ela é definida como uma criação artística e imaginativa, projetada</p><p>para transmitir uma mensagem entregue de forma artística, evitando, assim,</p><p>que seja excessivamente didática.</p><p>A narrativa de Jonas é oferecida como uma</p><p>parábola, uma fábula ou uma novela didática,</p><p>embora nenhum desses rótulos seja muita</p><p>preciso.</p><p>https://goo.gl/w9Q1Ri</p><p>No livro, Jonas está no mesmo plano dos pagãos: ele recebe a misericórdia</p><p>divina do mesmo jeito que os ninivitas. Mas sua recusa em se arrepender e</p><p>mudar de ideia sobre a destruição de Nínive motiva a pergunta de Yahweh à</p><p>Jonas.</p><p></p><p>[...] Será razoável esse teu ressentimento?</p><p>Jonas 4.4</p><p>Yahweh espera que Jonas confesse o erro em sua predileção por limitar a</p><p>misericórdia e a salvação divina às pessoas como ele (judeus). Entretanto,</p><p>Jonas não compreende o propósito da ação de Yahweh.</p><p>Atividade</p><p>Leia um trecho do livro História do futuro: dos profetas à</p><p>prospectiva <galeria/aula7/anexo/a07_doc1.pdf> .</p><p>Em seguida, responda:</p><p>Por que um profeta não pode ser considerado adivinho?</p><p>file:///C:/Users/luis.salgueiro/Desktop/2018.2/introducao_ao_antigo_testamento__GON949/galeria/aula7/anexo/a07_doc1.pdf</p><p>Notas</p><p>Uzias</p><p>Em 2 Reis 14.23-29 e 15.1-7, Uzias é citado por seu outro nome (Azarias).</p><p>Dia do Senhor</p><p>Dia em que o domínio de Yahweh seria completa e duramente decretado (Amós 5.18-</p><p>20).</p><p>Quebra da aliança</p><p>Tema desenvolvido nos demais livros da coleção dos Doze Profetas.</p><p>Processos proféticos</p><p>Acusações contra Israel que anunciavam o juízo divino contra o povo (WESTERMANN,</p><p>1967, p. 57).</p><p>Primeira seção</p><p>A primeira parte trata do divórcio e do novo casamento, isto é, da infidelidade e da</p><p>fidelidade, da crise provocada pela aliança quebrada e da renovação da aliança.</p><p>O capítulo 1 é um relatório sobre a experiência pessoal do profeta, e o capítulo 3, um</p><p>testemunho em primeira pessoa.</p><p>O texto assegura, claramente, a articulação teológica e ousada de Oseias,</p><p>profundamente baseada em uma experiência pessoal de relacionamento quebrado e</p><p>restaurado que o profeta relatou para revelar o caráter e a intencionalidade divina.</p><p>Segunda seção</p><p>A segunda seção maior é preenchida com processos proféticos.</p><p>Teodiceia</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>Conjunto de argumentos que, em face da presença do mal no mundo, procuram</p><p>defender e justificar a crença na onipotência e suprema bondade do Deus criador,</p><p>contra aqueles que, em vista de tal dificuldade, duvidam de sua existência ou</p><p>perfeição.</p><p>Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa.</p><p>Poesia de Isaías</p><p>Em Isaías 40.9 e 52.7, a poesia usa o termo basar (= boas novas), que a</p><p>Septuaginta traduziu por um vocábulo grego, relacionado à palavra-chave do Novo</p><p>Testamento: Evangelho.</p><p>Ageu</p><p>O mesmo que meu festival. Este nome representa uma celebração cultual.</p><p>Pérsia</p><p>Poder recém-emergente ao leste dos antigos poderes semíticos da Assíria e da</p><p>Babilônia.</p><p>Dario</p><p>Terceiro líder persa, sucessor de Ciro e Cambises.</p><p>Malaquias</p><p>No Período Persa, Malaquias é convencionalmente datado um pouco mais tarde do</p><p>que Ageu e Zacarias, mais perto do movimento de reforma de Esdras, quando o zelo</p><p>inicial de restauração e reconstrução refletido nos livros citados (Ageu e Zacarias)</p><p>cresceu.</p><p>Escatológica</p><p>Relativa à escatologia: doutrina que trata do destino final do homem e do mundo, e</p><p>que pode se apresentar em discurso profético ou em contexto apocalíptico.</p><p>Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa.</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>11</p><p>12</p><p>13</p><p>Referências</p><p>ALTER, R.; KERMODE, F. Guia literário da Bíblia. São Paulo: UNESP, 1997.</p><p>HILL, A. E.; WALTON, J. H. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo: Vida</p><p>Acadêmica, 2006.</p><p>SCHMIDT, W. H. Introdução ao Antigo Testamento. 5. ed. São Leopoldo: Sinodal,</p><p>2013.</p><p>SICRE DÍAZ, J. L. Profetismo em Israel. 1. ed. Petrópolis: Vozes, 1996.</p><p>Próximos Passos</p><p>Literatura pós-exílica;</p><p>Reorganização pós-exílica: Esdras e Neemias;</p><p>Salmos e culto no segundo templo;</p><p>Sabedoria de Israel: Provérbios, Jó e Eclesiastes;</p><p>Quatro livros dos megillot: Rute, Lamentações, Cântico dos Cânticos e Ester.</p><p>Explore mais</p><p>Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.</p><p>Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos</p><p>disponíveis no ambiente de aprendizagem.</p>