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<p>Conteudista: Prof.ª Mª. Fernanda Mendes</p><p>Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco</p><p>Objetivos da Unidade:</p><p>Compreender os níveis de atenção em saúde com foco na atenção primária à saúde;</p><p>Identificar os conceitos de promoção da saúde e prevenção de doenças e tomar conhecimento do funcionamento dos programas de</p><p>saúde da família e os conceitos que os embasam;</p><p>Reconhecer a atuação da enfermagem na saúde da família.</p><p>˨ Material Teórico</p><p>˨ Material Complementar</p><p>˨ Referências</p><p>Atenção Primária à Saúde e Enfermagem na Saúde da Família</p><p>Introdução</p><p>Nesta Unidade estudaremos os níveis de atenção em saúde, identificando os conceitos de promoção de saúde e prevenção de doenças.</p><p>Abordaremos a saúde da família e os seus programas, tornando-se necessário articular os conhecimentos já adquiridos.</p><p>Bom estudo!</p><p>Níveis de Atenção em Saúde</p><p>Você sabe como funciona a subdivisão da atenção à saúde? Primeiro você precisa saber que a atenção à saúde é realizada por níveis, sendo eles</p><p>atenção primária, atenção secundária e atenção terciária. Todos são fundamentais na articulação dos serviços ofertados pelo Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS).</p><p>A divisão dos níveis de atenção em saúde foi determinada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo central de superar</p><p>meramente funções burocráticas de cada nível e, de fato, movimentar toda rede de saúde, a fim de identificar em qual período da saúde ou doença</p><p>o paciente está vivendo bem, assim como as suas necessidades e demandas de acordo com as suas especificidades e complexidades.</p><p>Dada a importância da articulação entre os níveis de atenção à saúde, a seguir identificaremos como cada um dos três funciona dentro do sistema</p><p>público de saúde e nesta Unidade enfatizaremos o nível primário de atenção.</p><p>1 / 3</p><p>˨ Material Teórico</p><p>Figura 1 – SUS</p><p>Fonte: Wikimedia Commons</p><p>Atenção Primária à Saúde</p><p>De acordo com o Ministério da Saúde, a atenção primária à saúde (APS) é considera:da como:</p><p>Pode-se entender que, de fato, a APS é a “Porta Principal de Entrada” dos usuários do sistema no SUS e que além disso ela se torna o cerne dentro</p><p>da rede de atenção do SUS, devendo ser orientada para além dos princípios doutrinários do SUS, ou seja, segundo o Ministério da Saúde, torna-se</p><p>necessário considerar a:</p><p>- BRASIL, 2011, n. p.</p><p>Continuidade do cuidado;</p><p>Integralidade da atenção;</p><p>“[...] primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo,</p><p>que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução</p><p>de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na</p><p>situação de saúde das coletividades.”</p><p>A APS é capaz de direcionar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, “filtrando” situações simples ou complexas de saúde, através de uma</p><p>autonomia possibilitada pela descentralização, com o intuito de acontecer nos locais mais próximos das vidas das pessoas.</p><p>Existem algumas estratégias governamentais na atenção primária à saúde, de modo que a seguir identificaremos as duas principais de acordo</p><p>com o foco neste aprendizado:</p><p>Quadro 1 – Estratégias Governamentais na Atenção Primária à Saúde</p><p>Estratégia Breve apresentação</p><p>Estratégia de Saúde da Família (ESF)</p><p>Tem como principal função a oferta de serviços</p><p>multidisciplinares às comunidades por meio das</p><p>Unidades de Saúde da Família (USF).</p><p>Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde</p><p>(Casaaps)</p><p>Fica disponibilizada para direcionar as tomadas</p><p>de decisões dos gestores municipais, bem como</p><p>viabilizar para a população o conhecimento do que</p><p>está disponível na APS.</p><p>Principais Características da Atenção Primária à Saúde</p><p>Quadro 2 – Características da Atenção Primária à Saúde</p><p>APS é composta por: Foco</p><p>Responsabilização;</p><p>Humanização.</p><p>- OLIVEIRA et al., 2016</p><p>“As Redes de Atenção à Saúde (RAS) organizam-se por meio de pontos de atenção à saúde, ou seja, locais onde são ofertados</p><p>serviços de saúde que determinam a estruturação dos pontos de atenção secundária e terciária. Nas RAS o centro de</p><p>comunicação é a Atenção Primária à Saúde (APS), sendo esta ordenadora do cuidado. A estrutura operacional das RAS</p><p>expressa alguns componentes principais: centro de comunicação (atenção primária à saúde); pontos de atenção (secundária</p><p>e terciária); sistemas de apoio (diagnóstico e terapêutico, de assistência farmacêutica, de teleassistência e de informação em</p><p>saúde); sistemas logísticos (registro eletrônico em saúde, prontuário clínico, sistemas de acesso regulado à atenção e</p><p>sistemas de transporte em saúde); e sistema de governança (da rede de atenção à saúde).”</p><p>APS é composta por: Foco</p><p>Unidades básicas de saúde;</p><p>Agentes Comunitários de Saúde (ACS);</p><p>Medicina de Família e Comunidade (MFC);</p><p>Enfermeiros, técnicos e auxiliares de</p><p>Enfermagem;</p><p>Equipes administrativas;</p><p>Equipes de limpeza.</p><p>Promoção de saúde;</p><p>Prevenção de doenças.</p><p>Atendimento de casos de baixa complexidade;</p><p>Anamnese integral e abrangente.</p><p>A criação de vínculo com os usuários é</p><p>fundamental na conduta da equipe</p><p>multidisciplinar frente as diferentes situações.</p><p>Além do apresentado até aqui, a atenção primária participa da organização de campanhas de vacinação e reduz o índice de doenças preveníeis,</p><p>tais como hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia e obesidade, por exemplo.</p><p>É notória a importância e o impacto que a APS tem dentro do SUS, mas infelizmente o investimento é pequeno dada a sua capacidade de</p><p>promover saúde e prevenir doenças, atividades estas que minimizam os impactos nos níveis secundário e terciário de atenção à saúde.</p><p>Ainda nesta Unidade aprenderemos sobre a promoção da saúde e prevenção de doenças.</p><p>Figura 2 – Atenção primária à saúde</p><p>Fonte: mg.gov</p><p>Atenção Secundária à Saúde</p><p>No nível secundário de atenção à saúde, provavelmente a doença já foi identificada ou o paciente precisa de atendimento de urgência e</p><p>emergência.</p><p>Os hospitais, as Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e outros serviços especializados fazem atendimentos que são considerados de atenção</p><p>secundária à saúde. Nesses serviços geralmente são realizados tratamentos de doenças agudas e situações que já ficaram crônicas, bem como</p><p>procedimentos de intervenção.</p><p>Principais Características da Atenção Secundária à Saúde</p><p>Os equipamentos tecnológicos e a estrutura no nível secundário são mais sofisticados se comparados aos do nível primário. Essa estrutura se</p><p>deve ao fato da necessidade da realização de exames mais específicos e de um atendimento mais especializado.</p><p>A equipe multidisciplinar atuante no nível secundário conta com profissionais de áreas especializadas, tais como Neurologia, Cardiologia,</p><p>Psiquiatria e Endocrinologia, por exemplo.</p><p>Dentro do sistema público de saúde o fluxo de atenção geralmente acontece no nível primário, depois secundário para o terciário, de modo que</p><p>os pacientes recebidos no nível secundário geralmente são encaminhados pelo nível primário ou podem chegar até esse nível em decorrência de</p><p>situações em que o paciente necessite de urgência e emergência.</p><p>A organização desse nível é feita com base em macro e microrregiões de cada Estado, devendo apresentar tanto ambulatórios quanto hospitais.</p><p>Cabe também ao nível secundário prestar assistência aos pacientes internados e ofertar tratamento adequado para as enfermidades de média</p><p>complexidade.</p><p>É importante que os profissionais envolvidos no sistema de saúde compreendam o que cabe a cada nível de atenção à saúde; neste caso, se</p><p>acontecer um déficit de atendimento na atenção primária e o paciente seja, precoce ou erroneamente, encaminhado para um médico especialista</p><p>(atenção secundária), isso poderá resultar na solicitação de exames desnecessários e serviços, gerando impacto financeiro público</p><p>desnecessário e até mesmo possíveis falhas no diagnóstico, podendo refletir em dificuldades no tratamento da doença.</p><p>Figura 3 – Atenção secundária à saúde</p><p>Fonte: df.gov</p><p>Atenção Terciária à Saúde</p><p>A atenção terciária</p> <p>à saúde é o último nível de atenção à saúde que possui, entre todos, o maior grau de especificidade e complexidade.</p><p>É composto por hospitais de grande porte, responsáveis pela realização de procedimentos mais invasivos, tais como diálises, cirurgias ou até</p><p>mesmo transplantes.</p><p>Nesta etapa, o paciente provavelmente já passou pelos níveis anteriores – primário e secundário –, de modo que devido a condições patológicas</p><p>mais graves ou necessidades mais complexas, torna-se necessário o encaminhamento para este setor.</p><p>A quimioterapia é um dos tratamentos feitos no nível terciário.</p><p>Figura 4 – Paciente fazendo quimioterapia</p><p>Fonte: Getty Images</p><p>A ressonância magnética é um método de diagnóstico cujo exame é feito no nível terciário.</p><p>Figura 5 – Ressonância magnética</p><p>Fonte: Getty Images</p><p>Pode-se considerar que o conhecimento acerca da articulação entre os níveis de atenção à saúde e como cada qual funciona para impulsionar a</p><p>“engrenagem” de todo o sistema de saúde, sendo necessário aos profissionais de enfermagem, visto que a sua atuação é fundamental em todos</p><p>os serviços até aqui referenciados.</p><p>Reconhecer a integração e forma de atuação destas áreas possibilitará que os profissionais orientem os seus pacientes a fim de ofertarem um</p><p>atendimento individualizado, integral e, acima de tudo, ético e humano.</p><p>Assim com o correto manejo dos três níveis, haverá possível diminuição da sobrecarga nos hospitais (níveis secundário e terciário), refletindo</p><p>na otimização do tratamento do usuário do sistema, o qual terá o seu problema resolvido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) – melhor que</p><p>isso, terá a oportunidade de promover a sua saúde.</p><p>As principais ferramentas de trabalho utilizadas nas UBS são a orientação e educação em saúde, visando principalmente promover a saúde e</p><p>prevenir doenças.</p><p>A seguir identificaremos estes dois conceitos.</p><p>Promoção de Saúde e Prevenção de Doenças</p><p>Segundo o Ministério da Saúde (MS), no Brasil, há décadas, a atenção à saúde tem passado por transformações no tocante às políticas de</p><p>promoção de saúde. Existe, de acordo com o MS, grande esforço para se construir um modelo de atenção à saúde que priorize ações de melhoria</p><p>da qualidade de vida dos sujeitos e coletivos.</p><p>Em 2005 foi definida, pelo Ministério da Saúde, a Agenda de Compromisso pela Saúde, agregando três pactos:</p><p>A publicação da política nacional de promoção da saúde ratifica o compromisso da atual gestão do Ministério da Saúde na ampliação e</p><p>qualificação das ações de promoção da saúde nos serviços e na gestão do sistema único de saúde.</p><p>Nesse caminho, vale destacar a Portaria 687, de 30 de março de 2006, que aprova a política de promoção da saúde e que em seu documento</p><p>aponta quais são os objetivos, as diretrizes, estratégias de implementação, responsabilidades das esferas de gestão, entre outras providências.</p><p>Objetivos do documento que aprova a política de promoção da saúde:</p><p>Em defesa do SUS;</p><p>Em defesa da vida;</p><p>De gestão.</p><p>- BRASIL, 2005</p><p>Objetivo geral:</p><p>Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidades e riscos à saúde relacionados aos</p><p>seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação,</p><p>ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.</p><p>Objetivos específicos:</p><p>Incorporar e implementar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica;</p><p>Ampliar a autonomia e corresponsabilidade de sujeitos e coletividades, inclusive o Poder</p><p>Público, no cuidado integral à saúde e minimizar e/ou extinguir as desigualdades de toda e</p><p>qualquer ordem (étnica, social, regional, de gênero, de orientação/opção sexual, dentre</p><p>outras);</p><p>Promover o entendimento da concepção ampliada de saúde, entre os trabalhadores em</p><p>saúde, tanto das atividades-meio, como os da atividade-fim;</p><p>“[...] Pacto pela Vida que constitui um conjunto de compromissos sanitários que deverão se tornar prioridades inequívocas</p><p>dos três entes federativos, com definição das responsabilidades de cada um. Entre as macroprioridades do Pacto em Defesa</p><p>da Vida, possui especial relevância o aprimoramento do acesso e da qualidade dos serviços prestados no SUS, com a ênfase</p><p>no fortalecimento e na qualificação estratégica da saúde da família; a promoção, informação e educação em saúde com</p><p>ênfase na promoção de atividade física, na promoção de hábitos saudáveis de alimentação e vida, controle do tabagismo;</p><p>controle do uso abusivo de bebida alcoólica; e cuidados especiais voltados ao processo de envelhecimento.”</p><p>Após identificar os objetivos da política de promoção da saúde, pode-se dizer que a promoção de saúde está intimamente ligada à qualidade de</p><p>vida e redução de situações e danos que interferirão na saúde do indivíduo, da coletividade e que a mesma visa possibilitar a ampliação do acesso</p><p>de todos a condições adequadas de vida.</p><p>O documento integrado na Portaria 687/2006 prevê ainda medidas de promoção e prevenção, de modo que algumas destas são:</p><p>Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema, garantindo qualidade, eficácia,</p><p>eficiência e segurança das ações de promoção da saúde;</p><p>Estimular alternativas inovadoras e socialmente inclusivas/contributivas no âmbito das</p><p>ações de promoção da saúde;</p><p>Valorizar e otimizar o uso dos espaços públicos de convivência e de produção de saúde para</p><p>o desenvolvimento das ações de promoção da saúde;</p><p>Favorecer a preservação do meio ambiente e a promoção de ambientes mais seguros e</p><p>saudáveis;</p><p>Contribuir para a elaboração e implementação de políticas públicas integradas que visem à</p><p>melhoria da qualidade de vida no planejamento de espaços urbanos e rurais;</p><p>Ampliar os processos de integração baseados na cooperação, solidariedade e gestão</p><p>democrática;</p><p>Prevenir fatores determinantes e/ou condicionantes de doenças e agravos à saúde;</p><p>Estimular a adoção de modos de viver não violentos e o desenvolvimento de uma cultura de</p><p>paz no País;</p><p>Valorizar e ampliar a cooperação do setor da saúde com outras áreas de governos, setores e</p><p>atores sociais para a gestão de políticas públicas e a criação e/ou o fortalecimento de</p><p>iniciativas que signifiquem a redução das situações de desigualdade (BRASIL, 2006).</p><p>Alimentação saudável;</p><p>Prática corporal/atividade física;</p><p>Prevenção e controle do tabagismo;</p><p>Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e de outras drogas;</p><p>Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito;</p><p>Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz;</p><p>Promoção do desenvolvimento sustentável.</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>Frente o exposto, no que diz respeito à promoção de saúde e prevenção de doenças, podemos inferir que a promoção da saúde consiste em ações,</p><p>estratégias e programas de saúde pública que objetivam proteger as pessoas de fatores e cenários que propiciarão a sua exposição a doenças,</p><p>sejam de qualquer natureza.</p><p>Leitura</p><p>Portaria Nº 687, de 30 de Março de 2006</p><p>Para aumentar o seu conhecimento, leia o documento a seguir:</p><p>http://189.28.128.100/dab/docs/legislacao/Portaria687_30_03_06.pdf</p><p>Figura 6 – Elementos fundamentais para promoção de saúde</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>Leitura</p><p>Atenção Primária a Saúde</p><p>Para aumentar o seu conhecimento, leia o documento a seguir:</p><p>https://www.paho.org/pt/topicos/atencao-primaria-saude</p><p>ACESSE</p><p>Estratégia Saúde da Família</p><p>Segundo o Ministério da Saúde, a Estratégia Saúde da Família (ESF),</p><p>Podemos destacar ainda que a estratégia saúde da família faz parte da política nacional de atenção primária e da estratégia de promoção de saúde</p><p>e prevenção de doenças. Tem por objetivo reduzir a distância entre a população e o serviço público de saúde.</p><p>Equipes de Saúde da Família</p><p>Para o desenvolvimento das importantes funções que a ESF tem é fundamental que a equipe de trabalho seja uma equipe multiprofissional</p><p>alicerçada em princípios éticos e de humanização, a saber:</p><p>- BRASIL, 2011, n. p.</p><p>A equipe deverá ter minimamente a seguinte composição:</p><p>Médico generalista, ou especialista em saúde da família, ou ainda médico de</p> <p>família e</p><p>comunidade;</p><p>Enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família;</p><p>Auxiliar ou técnico de enfermagem;</p><p>Agentes comunitários de saúde.</p><p>Podem ser acrescentados à composição:</p><p>Profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da</p><p>família;</p><p>Auxiliar e/ou técnico em saúde bucal.</p><p>“[...] visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do sistema único de saúde, e é tida pelo</p><p>Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção</p><p>básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e</p><p>fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além</p><p>de propiciar uma importante relação custo-efetividade.”</p><p>https://www.paho.org/pt/topicos/atencao-primaria-saude</p><p>Figura 7 – Equipe multidisciplinar de saúde</p><p>Fonte: Getty Images</p><p>Dimensionamento das equipes de Saúde da Família:</p><p>Saiba que é prevista a implantação da estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nas unidades básicas de saúde.</p><p>De acordo com a Política Nacional de Atenção Primária (Pnab), são itens necessários à implantação desta estratégia os seguintes:</p><p>Itens necessários para a implantação da estratégia de ACS:</p><p>Cada equipe de Saúde da Família (ESF) será responsável por, no máximo, 4 mil pessoas;</p><p>Média recomendada: 3 mil pessoas, respeitando-se os critérios de equidade para essa definição;</p><p>Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo</p><p>que quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe (Ministério da Saúde, 2011).</p><p>I – A existência de uma unidade básica de saúde, inscrita no sistema de cadastro nacional vigente, que passa a ser a UBS de</p><p>referência para a equipe de agentes comunitários de saúde;</p><p>II – A existência de um enfermeiro para até, no máximo, doze ACS e, no mínimo, quatro, constituindo, assim, uma equipe de</p><p>agentes comunitários de saúde;</p><p>III – O cumprimento da carga horária integral de 40 horas semanais por toda a equipe de agentes comunitários, composta por</p><p>ACS e enfermeiro supervisor.</p><p>Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e Fluviais</p><p>Segundo o Ministério da Saúde, pode-se considerar que:</p><p>O Ministério da Saúde indica ainda que: “Considerando as especificidades locais, os municípios podem optar entre dois arranjos organizacionais</p><p>para equipes de saúde da família, além dos existentes para o restante do País”. Estes dois arranjos estão apresentados a seguir:</p><p>Arranjos organizacionais para equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e Fluviais:</p><p>O enfermeiro da estratégia de agentes comunitários de saúde, além das atribuições de atenção</p><p>à saúde e de gestão comuns a qualquer enfermeiro da atenção básica então descritas na</p><p>Portaria 2.488, tem a atribuição de planejar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos</p><p>ACS, comuns aos enfermeiros da estratégia saúde da família, devendo ainda facilitar a relação</p><p>entre os profissionais da unidade básica de saúde e os ACS, contribuindo para a organização da</p><p>atenção à saúde, qualificação do acesso, acolhimento, vínculo, da longitudinalidade do cuidado</p><p>e orientação da atuação da equipe da UBS em função das prioridades definidas equanimemente</p><p>conforme critérios de necessidade de saúde, vulnerabilidade, risco, entre outros (BRASIL,</p><p>2011).</p><p>- BRASIL, 2011, n. p.</p><p>I – Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR): desempenham a maior parte de suas funções em UBS</p><p>construídas/localizadas nas comunidades pertencentes a regiões à beira de rios e lagos cujo acesso se dá por meio fluvial;</p><p>II – Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF): desempenham as suas funções em Unidades Básicas de Saúde Fluviais</p><p>(UBSF).</p><p>A implantação das equipes de saúde da família ribeirinhas e fluviais segue os mesmos</p><p>critérios das equipes e dos núcleos de apoio à saúde da família. (BRASIL, 2011).</p><p>“As equipes de saúde da família Ribeirinhas e as unidades básicas de saúde fluviais estão direcionadas para o atendimento da</p><p>população ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal Sul-Mato-Grossense, respectivamente.”</p><p>Figura 8 – Equipes de saúde da família ribeirinhas e fluviais</p><p>Fonte: conasems.org</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>Finalmente, podemos considerar que o vínculo com a população é, em grande parte, construído através das equipes de saúde da família.</p><p>O nascimento deste vínculo possibilita reconhecer o compromisso e a corresponsabilidade dos profissionais com os usuários e com a</p><p>comunidade.</p><p>Chegamos ao final desta Unidade. A leitura do conteúdo aqui apresentado e a exploração dos materiais complementares são fundamentais para a</p><p>compreensão da temática estudada.</p><p>Leitura</p><p>Portaria 2.488, de 21 de Outubro de 2011</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Vídeos</p><p>Saúde e Tecnologia: Linhas de Cuidado Levam Conhecimento Interativo para o Sistema</p><p>Único de Saúde (SUS)</p><p>30 Anos de SUS – Que SUS para 2030?</p><p>2 / 3</p><p>˨ Material Complementar</p><p>Saúde e tecnologia: Linhas de Cuidado levam conhecimento interativo para o SUS</p><p>30 anos de SUS – Que SUS para 2030?</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=p_eXckMH1as</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=hVCFdu9pkAo</p><p>Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas</p><p>Leitura</p><p>Educação Permanente em Saúde (EPS) no Processo de Trabalho de Equipes de Saúde da</p><p>Família (ESF)</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>O Trabalho do Enfermeiro no Programa de Saúde da Família (PSF): Autonomia e</p><p>Reconstrução da Identidade Profissional</p><p>Clique no botão para conferir o conteúdo.</p><p>ACESSE</p><p>[Doc] Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas</p><p>https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/5876</p><p>http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/1245</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=eqPb2-gjilA</p><p>BASSINELLO, G. Saúde coletiva. 1. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. (e-book)</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a política nacional de atenção básica, estabelecendo a revisão de</p><p>diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de</p><p>Saúde (Pacs). Brasília, DF, 2011. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saúde>. Acesso em: 29/04/2022.</p><p>________. Ministério da Saúde. Estratégia Saúde da Família (ESF). Brasília, DF, [20--]. Disponível em: <https://aps.saude.gov.br/ape/esf>.</p><p>Acesso em: 02/04/2022.</p><p>OLIVEIRA, N. R. C. et al. Redes de atenção à saúde: a atenção à saúde organizada em redes. 2016. Disponível em: <https://encr.pw/aBc12>. Acesso</p><p>em: 02/05/2022.</p><p>SOLHA, R. K. T. Sistema único de saúde: componentes, diretrizes e políticas públicas. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014. (e-book)</p><p>3 / 3</p><p>˨ Referências</p>