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<p>Psicologia hospitalar no Brasil e antecedentes históricos Profa. Lincoln Nunes Poubel Descrição Você vai entender a psicologia hospitalar no Brasil. Serão destacados os antecedentes históricos, trajetória e o papel na saúde integral, bem como os desafios e as formas de aprimoramento da prática dessa área no contexto brasileiro. Propósito Reconhecer a importância da psicologia hospitalar no Brasil é essencial para que profissionais da psicologia desempenhem a promoção integral da saúde de seus pacientes. Por isso, é fundamental saber tratar do bem-estar emocional e psicológico, bem como da qualidade de vida enquanto pacientes enfrentam doenças e procedimentos médicos no hospital. Objetivos Módulo 1 0 surgimento do hospital e a concepção do adoecimento</p><p>Reconhecer a evolução histórica da psicologia hospitalar no Brasil e seus antecedentes. Módulo 2 As diferentes compreensões do conceito de saúde Comparar conceitos e perspectivas sobre saúde, considerando sua complexidade por meio de diferentes fatores envolvidos. Módulo 3 Políticas públicas de saúde no Brasil e a criação do SUS Reconhecer políticas públicas e programas de saúde do Brasil, essenciais para o funcionamento do SUS. Módulo 4 Humanizando a abordagem ao paciente no hospital Identificar estratégias e práticas para humanizar a abordagem a pacientes no ambiente Introdução</p><p>A psicologia hospitalar no Brasil compreende uma atuação voltada para as complexas dinâmicas relativas à saúde integral de pacientes no ambiente hospitalar. A evolução dessa área reflete não apenas a necessidade crescente de abordar as dimensões psicológicas do adoecimento, mas também uma transformação nos paradigmas de cuidado em saúde, que reconhecem a integralidade do ser humano. Para compreendermos o desenvolvimento da psicologia hospitalar no Brasil, devemos explorarmos sua história, que remonta às primeiras iniciativas de humanização do cuidado médico no país. Com a chegada da medicina moderna no século XIX, surgiram os primeiros hospitais. Consequentemente, houve a necessidade de abordar não apenas os aspectos físicos das doenças, mas também as dimensões emocionais e sociais dos pacientes. Neste conteúdo, identificaremos os principais marcos históricos e avanços da psicologia hospitalar no Brasil, destacando sua relevância na saúde pública e suas contribuições para promover uma assistência mais humanizada e integrada. Ao reconhecermos sua trajetória, estaremos mais capacitados a valorizar e fortalecer essa importante área de atuação no campo da saúde. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material</p><p>1- - 0 surgimento do hospital e a concepção do adoecimento Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a evolução histórica da psicologia hospitalar no Brasil e seus antecedentes. 0 hospital e suas classificações Neste vídeo, serão apresentados conceitos, funções e diferentes classificações de hospital, destacando implicações do uso de cada um dos diferentes critérios de classificação existentes. Para assistir a um vídeo sobre o assunto, acesse a versão online deste conteúdo. A instituição hospitalar cumpre várias funções. o hospital tem um papel educativo, formando profissionais de saúde e de educação sanitária para a comunidade. Ele também é um centro de pesquisa científica e um local de reabilitação para pacientes. Por fim, sua função primordial é curativa, tratando várias doenças e buscando a cura terapêutica. É essencial entender a classificação hospitalar e seus serviços, uma vez que há várias formas de classificá-los. Confira! A classificação Gestão</p><p>Quando classificamos hospitais pela gestão, podemos destacar três tipos: Hospitais geridos pela administração pública que são governados por entidades estatais. Hospitais administrados por entidades privadas que são geridos por organizações particulares. Hospitais públicos administrados por entidades privadas, o que afeta os serviços prestados. Especialidades Quando oferecidas, determinam os serviços ofertados no hospital e permitem direcionar os pacientes para o atendimento mais adequado às suas necessidades. Quanto a esse aspecto, os hospitais são classificados em dois tipos: Hospitais gerais Cobrem diversas especialidades médicas básicas. Hospitais especializados Concentram-se em áreas específicas, como neurocirurgia e cardiologia, entre outras. Números de leitos A quantidade de leitos disponíveis para os pacientes também classifica hospitais. Conforme definido pelo Ministério da Saúde, essa classificação se dá seguinte forma: Hospitais de pequeno porte possuem até 50 leitos. Hospitais de médio porte dispõem de 51 a 150 leitos. Hospitais de grande porte têm de 151 a 500 leitos. Hospitais de porte especial contêm mais de 500 Internação Visa atender às necessidades específicas dos pacientes e possue três classificações. Vamos conhecê-las! Internação integral</p><p>Mantem o paciente internado até a alta Internação parcial Oferece procedimentos sem necessidade de internação prolongada. Internação de longa permanência É voltada para pacientes com condições crônicas ou tratamentos prolongados, como hospitais psiquiátricos. Estrutura física Também é possível categorizar as instituições hospitalares pela estrutura física, sendo que essas adaptam-se às necessidades específicas de cada instituição, garantindo eficiência na prestação de serviços. Podemos citar: Hospital monobloco: todos os serviços são concentrados na mesma edificação, facilitando a acessibilidade e organização. Hospital multibloco: os serviços são distribuídos em edificações interligadas ou não, formando um complexo hospitalar para diversas especialidades. Hospital pavilhão: os serviços são divididos em prédios isolados, podendo ser horizontais ou verticais. Corpo clínico Hospitais com corpo clínico aberto permitem que médicos externos realizem internações e prestem assistência aos pacientes usando as instalações hospitalares. Um hospital com corpo clínico fechado possui equipe permanente, com atendimento exclusivo conduzido por eles. Nesse caso, outros profissionais podem ter acesso ao paciente, mas a responsabilidade primária é do corpo clínico do hospital.</p><p>Médica externa e enfermeiro trabalhando juntos no atendimento ao paciente. As classificações refletem políticas e práticas adotadas pelas instituições de saúde em relação à gestão e organização de seu corpo clínico, visando à qualidade e segurança no atendimento aos pacientes. 0 surgimento do hospital e a história da saúde pública no Brasil Neste vídeo, abordaremos a evolução histórica da saúde e das instituições hospitalares no Brasil, destacando as implicações dos diferentes marcos históricos. Para assistir a um vídeo sobre o assunto, acesse a versão online deste conteúdo. Os hospitais têm uma história antiga, datando de épocas mas seu desenvolvimento começou no século IV. Com o crescimento do cristianismo, líderes religiosos passaram a organizá-los, muitas vezes interpretando doenças a partir da perspectiva religiosa. A história da saúde no Brasil remonta ao período do descobrimento, há cerca de 500 anos. Com a chegada dos colonizadores, os problemas de saúde se agravaram, exigindo soluções para os brasileiros. Durante os 389 anos da Colônia e do Império, pouco foi feito em termos de saúde pública. acesso a tratamentos médicos variava conforme classes sociais: pessoas pobres e escravizadas viviam em condições precárias,</p><p>enquanto a nobreza tinha acesso a médicos e remédios, aumentando suas chances de sobrevivência. Fundada em 1541, a Santa Casa de Misericórdia de Olinda foi o primeiro hospital do Brasil, saqueado e incendiado por holandeses em 1630. Entretanto, foi a Santa Casa de Misericórdia de Santos, inaugurada em 1543 em São Paulo, que marcou o início dos hospitais no país. A partir do período histórico do Renascimento, hospitais brasileiros passaram a ser administrados por autoridades municipais, ampliando alcance e serviços prestados. Fachada do Hospital Santa Casa de Misericórdia, em Santos. avanço na saúde pública reflete mudanças não apenas na medicina, mas também em percepções sociais e religiosas sobre saúde e cuidado com os doentes. Para a maioria da população, as opções de tratamento eram limitadas às Santas Casas de Misericórdia, estabelecidas por religiosos e com dificuldades financeiras, oferecendo tratamentos básicos como alimentação e caridade. Dessa forma, muitos buscavam curandeiros e praticantes de medicina tradicional, conhecedores de terapias e ervas medicinais locais. Pessoas medindo ingredientes como ervas medicinais para prática de medicina tradicional.</p><p>Após a Independência, Dom Pedro tentou aprimorar a saúde pública, transformando escolas em faculdades e criando órgãos de fiscalização e delimitação das funções médicas. No entanto, as condições de saúde ainda se deterioraram durante o Império, reforçando a imagem de um Brasil doente e perigoso. Com a chegada da República, esperavam-se melhorias na saúde - especialmente após o fim da escravidão, que aumentou a dependência da imigração para o país. No entanto, a reputação de um Brasil insalubre afastava potenciais trabalhadores. Entre 1900 e 1920, ocorreram reformas urbanas e sanitárias, especialmente em grandes cidades e áreas portuárias, visando a melhores condições de vida. Brasil ainda enfrentava graves problemas de saúde pública, como epidemias recorrentes. Na época, os sanitaristas lideravam campanhas de saúde e destacavam a importância da vacinação contra a varíola, mas muitas pessoas pobres ainda viviam em condições precárias e doenças continuavam a causar mortes, como durante a gripe espanhola, que matou mais de 300 mil brasileiros. Pessoas com roupas de proteção contra a epidemia de gripe espanhola. Nos anos 1930, durante a Era Vargas, o sistema de saúde foi centralizado pelo Estado para lidar com epidemias e endemias. No entanto, as verbas eram frequentemente desviadas para a industrialização, deixando a população sem assistência. Por outro lado, a Constituição de 1934 concedeu novos direitos aos trabalhadores, incluindo assistência médica e licença gestante. A Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), em 1943, estabeleceu benefícios à saúde, salário mínimo e garantias trabalhistas. Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto o mundo enfrentava o nazismo, o Brasil buscava expandir o acesso à saúde.</p><p>o Ministério da Saúde foi criado em 1953, priorizando áreas rurais. Nas cidades, o acesso à saúde era limitado, principalmente para trabalhadores formais. governo de Juscelino Kubitschek, centrado na nova capital federal e na industrialização, negligenciou a saúde pública. E durante a Ditadura Militar, os investimentos priorizaram segurança e desenvolvimento, reduzindo verbas para saúde e aumentando doenças como dengue, meningite e malária. Em 1966, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) unificou os órgãos previdenciários existentes desde 1930, visando melhorar o atendimento médico. A atenção primária foi delegada aos municípios, enquanto casos complexos ficaram a cargo dos governos estaduais e federal. Nos anos 1970, o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAS) direcionou parte de seus recursos da loteria esportiva para a saúde. Mesmo durante o "milagre econômico brasileiro", os investimentos em saúde representavam apenas 1% do orçamento geral da Exemplo de leito antigo de hospital. A crescente deterioração dos serviços públicos de saúde impulsionou o aumento dos planos de saúde privados, transformando a saúde em mercadoria. A Conferência Nacional de Saúde, em 1986, ampliou os conceitos de saúde pública no Brasil e propôs mudanças baseadas no direito universal à saúde e em melhores condições de vida. A influência de organismos internacionais destacou a importância do saneamento, da medicina preventiva, da descentralização dos serviços e da participação nas decisões de saúde. relatório produzido na Conferência Nacional de Saúde foi crucial para o capítulo de saúde da Constituição de 1988 e para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>Apesar da participação significativa do setor privado, o SUS estabeleceu o princípio de um sistema de saúde gratuito e de qualidade para todos os brasileiros. Durante esse período, surgiram programas importantes, como o Programa de Saúde da Família (PSF), e as Redes de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), promovendo a qualificação e humanização do atendimento. Comentário Os avanços na saúde pública brasileira são notáveis, elevando o país a um novo patamar. No entanto, os desafios ainda são significativos. o financiamento insuficiente do SUS ainda compromete a qualidade do atendimento, e a corrupção e o tamanho do país continuam a impactar negativamente na saúde. Assim como há mais de 500 anos, continuamos buscando uma saúde de qualidade para todos os brasileiros. Espera-se que o Brasil, em algum momento, cumpra o art. 196 da Constituição, que estabelece a saúde como um direito de todos e um dever do Estado. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 A psicologia hospitalar no Brasil é imprescindível na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, reconhecendo a importância de cuidados integrais que abordem não apenas necessidades físicas, mas também emocionais e psicológicas. Sua evolução, marcada por antecedentes históricos que remontam aos primórdios da medicina, reflete um compromisso contínuo com a promoção da saúde integral no ambiente hospitalar brasileiro. Nesse contexto, como a Psicologia Hospitalar contribui para a humanização do atendimento hospitalar? A Fornecendo tratamento cirúrgico para os pacientes. Promovendo a humanização do atendimento hospitalar.</p><p>Realizando pesquisas científicas sobre doenças C Excluindo os aspectos emocionais e psicológicos D do cuidado de saúde. E Limitando o acesso aos serviços de saúde mental. Parabéns! A alternativa B está correta. A psicologia hospitalar desempenha um papel fundamental nos contextos médicos, buscando não apenas tratar questões físicas, mas também oferecer suporte emocional e psicológico aos pacientes. Seu objetivo é promover a humanização do atendimento hospitalar, reconhecendo a importância de considerar não só os aspectos físicos, mas também os emocionais e psicológicos do paciente. Nesse sentido, a pesquisa científica pode contribuir para aprimorar as práticas dessa área, mas não é mencionada especificamente como um dos principais objetivos no texto fornecido. Além disso, a psicologia hospitalar não restringe, mas sim expande o acesso aos serviços de saúde mental, visando oferecer um suporte mais abrangente e inclusivo aos pacientes. Questão 2 Considerando o panorama histórico da saúde no Brasil, desde os tempos coloniais até os dias atuais, é possível observar transformações e desafios enfrentados ao longo do tempo. Desde a fundação dos primeiros hospitais até a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), o país passou por diversas fases e iniciativas para garantir o acesso universal à saúde. Assinale a alternativa correta considerando a história da saúde no Brasil. Durante a Ditadura Militar, os investimentos em saúde aumentaram significativamente, resultando A em melhorias substanciais nos serviços de saúde pública.</p><p>A Conferência Nacional de Saúde, realizada em B 1986, não teve impacto significativo na formulação de políticas de saúde no Brasil. A Constituição de 1988 estabeleceu o direito à C saúde como um dever exclusivo dos municípios brasileiros. Os avanços na saúde pública brasileira são atribuídos exclusivamente ao setor privado, que se D consolidou como principal provedor de serviços de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado com base nas recomendações da Conferência E Nacional de Saúde, visando garantir o acesso universal e gratuito à saúde para todos os brasileiros. Parabéns! A alternativa E está correta. contexto histórico da saúde no Brasil revela uma trajetória marcada por desafios e transformações significativas. Desde a Ditadura Militar até a promulgação da Constituição de 1988 e a criação do SUS, diversas foram as etapas que moldaram o sistema de saúde brasileiro. Durante o regime militar, os investimentos em saúde foram direcionados para outras áreas prioritárias, resultando em uma redução dos recursos destinados à saúde pública. No entanto, foi com a realização da Conferência Nacional de Saúde que se deu um marco importante na história da saúde brasileira. Esse evento foi fundamental na formulação das políticas de saúde do país, contribuindo significativamente para a criação do SUS e para a consolidação do direito à saúde como um dever do Estado. A Constituição de 1988 estabeleceu esse direito como uma obrigação do Estado brasileiro, em um sistema descentralizado que envolve os três níveis de governo. Os avanços na saúde pública são atribuídos principalmente ao SUS e às políticas implementadas pelo Estado, em contraposição ao setor privado, marcado por desigualdades no acesso aos serviços de saúde. Assim, o SUS foi concebido com base nas recomendações da Conferência Nacional de Saúde, com o propósito de garantir o acesso universal</p><p>e gratuito à saúde para todos os brasileiros, independentemente de sua condição socioeconômica. Essa trajetória reflete não apenas os desafios enfrentados, mas também o compromisso em promover a saúde como um direito fundamental de toda a população. 77 122 26 137 2 - As diferentes compreensões do conceito de saúde Ao final deste módulo, você será capaz de comparar conceitos e perspectivas sobre saúde, considerando sua complexidade por meio de diferentes fatores envolvidos. Saúde X Doença: 0 normal e 0 patológico Neste vídeo, falaremos sobre os conceitos de epidemiologia e de doença, fazendo um contraponto da saúde com os aspectos históricos e com a história da época em que a população vivia. Para assistir a um vídeo sobre o assunto, acesse a versão online deste conteúdo. -0- o termo "epidemiologia" deriva do grego e significa "estudo sobre a população", é o estudo de tudo aquilo que afeta a população. Ao estudarmos o processo saúde-doença, estamos, na verdade, abordando o âmago da epidemiologia. Com isso, adentramos também na realidade</p><p>do SUS, que lida com essas questões de saúde e adoecimento das coletividades. Médica dando apoio ao paciente doente. Para estudar saúde-doença, é interessante nos questionarmos o que é saúde. Na maioria das vezes, só paramos para pensar ou a importância da saúde diante de um processo de adoecimento. É quando somos acometidos por alguma doença que realmente percebemos a importância da saúde. Saúde é a capacidade de adaptação e avaliação, tanto externa quanto interna, do próprio organismo. conceito de saúde vai além da questão fisiopatológica; ele envolve também as relações interpessoais, o ambiente em que estamos inseridos e a subjetividade das pessoas. mais interessante é a singularidade de cada indivíduo, parte dessa rede complexa que define se alguém está saudável, dentro da normalidade ou em algum processo de adoecimento. processo de adoecimento relaciona-se a diversas questões ao longo do tempo. É importante sempre fazer um contraponto da saúde com aspectos históricos e com a história da época vivida pela população. Primeiro, resgatemos o período da Antiguidade e como o adoecimento era visto nessa época. Naquela época, adoecer era tido como algo sobrenatural ou místico, relacionado a forças exteriores ou da natureza que interferiam nesse processo.</p><p>Médico atendendo uma criança em casa na presença da família. Na teoria humoral, baseada no conhecimento de Hipócrates, os organismos eram considerados formados por quatro humores ou líquidos: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. A saúde do indivíduo estava relacionada ao equilíbrio desses humores, e o adoecimento ocorria quando havia um desequilíbrio, causando doenças. Galeno, posteriormente, baseou-se na teoria humoral e introduziu o estudo dos temperamentos, relacionados aos humores. Esses temperamentos, como sanguíneo, fleumático, melancólico e colérico, são conhecidos no campo da psicologia e saúde mental. É interessante observar esses contrapontos ao longo da história para compreendermos melhor como as concepções sobre o adoecimento foram evoluindo ao longo do tempo. Na Idade Média, o processo de adoecimento era fortemente influenciado pelo cristianismo e pela prática religiosa. Adoecer era visto como um castigo, enquanto a saúde era considerada uma dádiva. Ainda na Idade Média, surgiu a ideia de contágio, com rumores de que o adoecimento estava relacionado à contaminação por alguma causa desconhecida. À medida que a época avançava para o Renascimento, essa teoria ganhou força. Surgiu a ideia de que o adoecimento ocorria devido à contaminação humana por causas externas e partículas invisíveis. A partir dessa contaminação, o ser humano poderia transmitir a doença para outros.</p><p>Exemplo de cuidados em relação a contaminação e contágio. As percepções históricas sobre o adoecimento mostram como as concepções evoluíram ao longo do tempo, influenciadas por diferentes contextos sociais, culturais e religiosos. Na modernidade, várias hipóteses surgiram para explicar o adoecimento. E nesse primeiro momento, podemos destacar três delas: Teoria miasmática Também conhecida como teoria dos miasmas, presumia que o adoecimento ocorria devido à inalação de gases resultantes da decomposição de dejetos que ficavam na terra e na atmosfera. Esses gases, chamados miasmas, emergiam e eram inalados pelas pessoas, resultando no processo de adoecimento.</p><p>Teoria social No final do século XVIII e início do século XIX, surgiu a teoria social, também chamada de teoria socioambiental. Essa teoria relacionava o adoecimento às questões ambientais e sociais nas quais a população estava inserida. Houve uma ênfase na relação entre o ser humano e o processo de trabalho, e consequentemente, o adoecimento decorrente dessa relação. Foi nessa época que surgiram as primeiras medidas sanitárias e leis trabalhistas. Teoria unicausal Também conhecida como era bacteriológica, essa teoria perdurou por um bom tempo. A teoria unicausal estava associada à ideia de que o adoecimento ocorria porque o indivíduo contraía um agente etiológico, como um vírus ou uma bactéria. Nesse contexto, questões ambientais e sociais passaram a ter menos relevância em relação ao adoecimento, sendo mais enfatizada a contração de agentes etiológicos. Durante essa era, nomes importantes como Robert Koch, que descobriu o bacilo causador da tuberculose, e Louis Pasteur, responsável por importantes avanços na microbiologia, contribuíram para o fortalecimento dessa teoria. Teoria multicausal Atualmente é uma teoria hegemônica, e também conhecida como teoria da multicausalidade, na qual o processo de adoecimento é entendido como resultado da interação entre três elementos: o ambiente, o agente e o hospedeiro. Essa teoria nos diz que o adoecimento ocorre devido às relações interdependentes entre esses três fatores. Essa</p><p>teoria reconhece a complexidade do processo de adoecimento. Ela considera não apenas os agentes causadores de doenças, mas também o ambiente no qual o hospedeiro está inserido e as características próprias do hospedeiro. As teorias apresentadas refletem a evolução do entendimento sobre o adoecimento ao longo da história, mostrando como diferentes perspectivas foram consideradas em diferentes épocas. É válido destacar que a teoria multicausal leva em conta não apenas os fatores biológicos, como a genética e as características do organismo hospedeiro, mas também os fatores ambientais, sociais, econômicos e políticos que influenciam a saúde das pessoas. Resumindo A teoria multicausal é também chamada de teoria da tríade ecológica por considerar a interação entre esses três elementos fundamentais: o agente, o hospedeiro e o ambiente. Essa perspectiva ampliada permite compreender melhor o processo de adoecimento e a saúde das populações, considerando múltiplos aspectos envolvidos. A Lei Orgânica da Saúde Neste vídeo, explicaremos a Lei n° 8.080 e destacaremos as esferas federal, estadual e municipal como responsáveis pelos cuidados com a saúde da população. Para assistir a um vídeo sobre assunto, acesse a versão online deste conteúdo. A Lei n° 8.080, mais conhecida como a Lei Orgânica da Saúde, promulgada em 19 de setembro de 1990, estabelece as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela define as responsabilidades das três esferas de governo (federal, estadual e municipal) na organização, no financiamento e na prestação de serviços de saúde, além de estabelecer as competências e as atribuições dos órgãos e das instituições que compõem o sistema de saúde brasileiro.</p><p>Edifício do Ministério da Saúde em Brasília. No art. 3°, a Lei Orgânica da Saúde aborda de forma didática os elementos que podem ser determinantes e condicionantes da realidade em relação à saúde e à doença. Eles podem estar ligados a alimentação, moradia, saneamento básico, condições de trabalho, transporte, lazer, acesso a bens e serviços, e a como os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país. Quando as pessoas estão bem, isso indica uma organização social adequada e um nível econômico melhor. Por exemplo, uma alimentação adequada influencia positivamente a saúde. Da mesma forma o acesso a um bom saneamento básico é fundamental e a falta dele é frequentemente associada a doenças, como a febre tifoide. meio ambiente também desempenha um papel significativo na saúde. Viver em locais com um ambiente equilibrado, como perto de um bosque, contribui para uma melhor qualidade de vida. Por outro lado, em áreas com pouca preocupação ambiental, a saúde pode ser afetada negativamente.</p><p>lotado em uma parada. trabalho é outro fator importante. Condições laborais precárias podem impactar tanto a saúde física quanto a mental dos trabalhadores. Além disso, questões como renda, educação, atividade física e transporte influenciam diretamente a saúde das pessoas. Por exemplo, o tempo gasto em deslocamento pode ter um grande impacto na qualidade de vida. Por fim, o acesso a bens e serviços essenciais, como água e energia elétrica, também é crucial para a saúde. Esses elementos, juntamente com outros fatores, contribuem para determinar o estado de saúde de uma população, sendo considerados na formulação de políticas públicas de saúde. o parágrafo único do art. 3° da Lei Orgânica da Saúde também se refere às ações destinadas a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. Isso significa que, além de promover a saúde física, é essencial cuidar da saúde mental e social das pessoas e da comunidade em Essas ações visam não apenas prevenir doenças, mas também promover um estado geral de bem-estar em todos os aspectos da vida. 0 objetivo é proporcionar uma qualidade de vida adequada para todos, abordando não apenas questões físicas, mas também emocionais e sociais.</p><p>o conceito atual de saúde envolve três aspectos: social, mental e físico. Quando falamos de saúde, estamos considerando tanto o bem-estar físico quanto o mental e social. Ao contrário do paradigma antigo da unicausalidade, que considerava apenas um aspecto, hoje entendemos que a saúde é formada por múltiplos fatores. Quando o poder público implementa políticas para melhorar o bem-estar físico, mental e social das pessoas, ele está trabalhando para melhorar a saúde de toda a população. Consequentemente, isso tende a reduzir a incidência de doenças, contribuindo para uma comunidade mais saudável e resiliente. Saúde pública e saúde coletiva Neste vídeo, exploraremos as diferenças entre saúde pública e saúde coletiva, destacando os impactos dessas diferenças para o psicólogo hospitalar. Para assistir a um vídeo sobre o assunto, acesse a versão online deste conteúdo. Embora muitas pessoas usem os termos "saúde pública" e "saúde coletiva" como sinônimos, na realidade, eles se referem a conceitos distintos. Vamos conhecer cada um deles: Saúde pública Concentra-se nos problemas de saúde da população, preocupando-se com fatores que causam doenças, mortes e riscos para a sociedade. Nesse contexto, o conceito de saúde adotado é geralmente o de ausência de doenças. Saúde coletiva Tem como foco as necessidades de saúde da comunidade, visando não apenas prevenir doenças e prolongar a vida, mas também melhorar a</p><p>qualidade de vida e promover o exercício da liberdade humana na busca pela felicidade. Enquanto a saúde pública aborda principalmente as questões de saúde em termos de doenças e riscos, a saúde coletiva adota uma abordagem mais ampla, considerando o bem-estar geral e as condições que influenciam a qualidade de vida da população. A saúde pública se baseia na epidemiologia tradicional, utilizando análises numéricas para compreender a ocorrência de doenças e riscos em uma determinada região. Com base nesses dados, ela propõe ações para prevenir esses problemas. Por exemplo, programas como os de saúde materno-infantil e os de imunização são típicos da abordagem da saúde pública. Bebê sendo vacinado para prevenir doenças. Sob outra perspectiva, a saúde coletiva vai além dos números da epidemiologia, incorporando dados das ciências sociais para planejar estratégias de saúde e comunicação. Essa abordagem é responsável por ações de promoção da saúde e criação de políticas públicas saudáveis. Além disso, ela integra questões de saúde em todas as áreas, reconhecendo que ações de educação, meio ambiente e geração de renda também têm impacto na saúde da população. Resumindo A saúde pública desempenha atividades de vigilância epidemiológica e sanitária, com ênfase na detecção e no controle de doenças e riscos à saúde. Já a saúde coletiva assume um papel mais amplo e estratégico. A partir dela, são desenvolvidas tecnologias sociais que visam atender às necessidades de saúde integral da população, promovendo não apenas a prevenção e o controle de doenças, mas também o bem-estar físico, mental e social.</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 No âmbito da epidemiologia, compreendemos a realidade do SUS, responsável por lidar com questões de saúde pública e adoecimento das pessoas. Então, ao estudarmos saúde-doença, nos questionamos sobre o que é saúde, indo além do aspecto fisiopatológico ao incluir relações interpessoais, ambiente e subjetividade. Nesse contexto, singularidades individuais definem se alguém está saudável ou em processo de adoecimento. Qual das seguintes afirmações reflete a visão da teoria multicausal sobre o processo de adoecimento? Na teoria multicausal, o adoecimento resulta da A interação complexa entre ambiente, agente e hospedeiro. Segundo a teoria multicausal, o adoecimento é causado apenas pela genética do indivíduo, excluindo outros fatores como ambiente e exposição a agentes patogênicos. Segundo a teoria multicausal, o ambiente não tem influência significativa no processo de adoecimento, C sendo as características genéticas do hospedeiro o principal fator determinante. Na perspectiva multicausal, o adoecimento é visto como resultado exclusivo da exposição a agentes D infecciosos específicos, como vírus e bactérias, desconsiderando outros aspectos, como ambiente e características individuais</p><p>E De acordo com a teoria multicausal, o processo de adoecimento é determinado unicamente pela interação entre ambiente e hospedeiro, excluindo a influência de agentes patogênicos. Parabéns! A alternativa A está correta. Na teoria multicausal, o processo de adoecimento é entendido como resultado da interação complexa entre diversos fatores. Reconhecemos que o ambiente no qual o hospedeiro está inserido, a exposição a agentes patogênicos e as características individuais do próprio hospedeiro desempenham juntos papéis fundamentais nesse processo. Essa abordagem considera vários elementos como determinantes do adoecimento, ao invés de atribuí-lo a apenas um único aspecto. Assim, além de considerar a genética do indivíduo, a teoria multicausal destaca a importância do ambiente em que se vive e a exposição a agentes patogênicos. Essa perspectiva ampliada permite compreender melhor a complexidade do processo de adoecimento e a interação entre os diferentes fatores envolvidos. Portanto, ao analisarmos o adoecimento sob a ótica multicausal, reconhecemos a influência combinada de diversos elementos na saúde e no bem-estar das populações. Questão 2 "Saúde pública" e "saúde coletiva" são termos relacionados, mas que se referem a abordagens distintas no campo da saúde. Qual das seguintes afirmações melhor caracteriza a diferença entre saúde pública e saúde coletiva? A saúde pública se concentra exclusivamente na prevenção e no controle de doenças, enquanto a A saúde coletiva visa melhorar a qualidade de vida de toda a população. Ambas as abordagens utilizam apenas análises numéricas da epidemiologia tradicional para compreender a ocorrência de doenças. A saúde pública e a saúde coletiva adotam uma abordagem restrita aos aspectos físicos da saúde, C</p><p>excluindo considerações sobre bem-estar mental e social. Os termos "saúde pública" e a "saúde coletiva" são D intercambiáveis e se referem à mesma abordagem de promoção da saúde. A saúde coletiva enfatiza exclusivamente a detecção e o controle de doenças, enquanto a saúde E pública incorpora dados das ciências sociais para planejar estratégias de saúde. Parabéns! A alternativa A está correta. A distinção entre saúde pública e saúde coletiva é crucial para compreendermos as diferentes abordagens no campo da saúde. Enquanto a saúde pública é voltada à prevenção e ao controle de doenças, a saúde coletiva tem uma visão mais ampla, buscando não apenas lidar com os problemas de saúde, mas também promover o bem-estar geral da população. A saúde pública se baseia principalmente em análises numéricas da epidemiologia tradicional, utilizando dados quantitativos para entender a ocorrência de doenças e riscos para a sociedade. Por outro lado, a saúde coletiva vai além desses números, incorporando dados das ciências sociais para planejar estratégias de saúde e comunicação. Apesar de serem frequentemente apresentadas como sinônimos, é importante ressaltar que saúde pública e saúde coletiva representam abordagens distintas para promover a saúde da população.</p><p>SUS Cartão de 3 - Políticas públicas de saúde no Brasil e a criação do SUS Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer políticas públicas e programas de saúde do Brasil, essenciais para 0 funcionamento do SUS. 0 SUS e seus princípios Neste vídeo, aprenderemos os princípios do SUS (ideológicos ou doutrinários e organizacionais), diferenciando os níveis primário, secundário e terciário. Para assistir a um vídeo sobre o assunto, acesse a versão online deste conteúdo. o Sistema Único de Saúde (SUS) é um conjunto de ações e serviços de saúde oferecidos no Brasil e mantidos pelo próprio poder público. Esse sistema opera nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal), no setor público e conveniado, os quais interagem para um fim comum: a saúde da população. Ele é dividido em três níveis de atenção: primário, secundário e terciário. Confira!</p><p>Nível primário É responsável pela atenção básica. A partir dele o paciente estabelece o contato inicial com o SUS. É geralmente oferecido em postos de saúde com base na Estratégia da Saúde da Família (ESF), criada em 1994. A atenção básica oferece prevenção de doenças, tratamento de ferimentos, vacinas, redução de riscos e cuidados com doenças, além de atendimento médico, pediátrico, obstetrício, ginecológico, odontológico e enfermagem. Nível secundário Encarrega-se de uma atenção de média complexidade. Nele, o contato entre pacientes e profissionais da saúde é mais especializado. Os recursos também utilizam mais equipamentos tecnológicos para apoio diagnóstico e terapêutico. A atenção de média complexidade oferece procedimentos traumato-ortopédicos, ações especializadas em odontologia, radiodiagnóstico, ultrassonografias, fisioterapia, nutrição, entre outros.</p><p>Nível terciário Contempla a atenção de alta complexidade, envolvendo tecnologia de ponta e alto custo. São oferecidas cirurgias, como a neurocirurgia, quimioterapias, radioterapias, diálise e transplante, entre outros. Os princípios que orientam e organizam o SUS servem para compreendermos como o sistema de saúde no Brasil funciona e quais são seus objetivos. No contexto do SUS existem 12 princípios fundamentais, mas vamos nos concentrar em cinco deles: equidade, universalidade, integralidade, descentralização e controle social. Esses princípios representam os alicerces sobre os quais o SUS foi construído e guiam suas políticas e ações. Vamos conhecer um pouco mais sobre eles: sis Equidade Garante a todas as pessoas o tratamento necessário para terem os mesmos direitos à saúde, ainda que algumas precisem de mais apoio do que outras. Isso significa oferecer suporte adequado a fim de que todos tenham esses direitos. Universalidade Pressupõe que todos os brasileiros tenham direito à saúde e aos serviços necessários, independentemente da complexidade, do custo ou da natureza desses serviços. o financiamento para esses serviços vem dos impostos pagos pela sociedade. Integralidade Implica serviços de saúde interligados que trabalham em conjunto para atender às</p><p>necessidades dos pacientes. Isso inclui desde orientações simples até procedimentos complexos, garantindo que o paciente tenha acesso a todos os serviços necessários. Descentralização Significa serviços de saúde próximos das pessoas e acessíveis a todos. o SUS é um sistema dividido por esferas, municipais, estaduais e federais, portanto, uma esfera não intervém na outra; além disso, ele está presente em quase todos os lugares, para as pessoas poderem ter fácil acesso aos cuidados de saúde. Controle social Permite que a população participe da construção do SUS e das decisões sobre os serviços de saúde. Isso é feito por meio de conselhos de saúde locais, conferências de saúde e outras formas de participação pública. Com base em seus princípios, o SUS visa proporcionar cuidados de saúde universais, equitativos, integrados e descentralizados, permitindo que a população tenha acesso a serviços de qualidade e participe ativamente do sistema de saúde. Políticas de saúde no Brasil Este vídeo explica as diferentes políticas de saúde no Brasil, ressaltando a importância de cada uma delas para garantir o direito à saúde previsto na Constituição.</p><p>Para assistir a um vídeo sobre assunto, acesse a versão online deste conteúdo. -0- Políticas públicas são programas, ações e diretrizes desenvolvidas pelo governo para garantir direitos estabelecidos na Constituição. Elas abrangem várias áreas, desde saúde e educação até segurança e bem- estar social. Além disso, compõem ações que o Estado deve adotar para promover, proteger e recuperar a saúde da população. Fundamentais para orientar as atividades cotidianas do sistema de saúde, as políticas públicas proporcionam um quadro claro de como os serviços de saúde devem ser prestados e como os recursos devem ser alocados. Esses programas e ações são implementados para promover o bem- estar da sociedade e garantir a igualdade de acesso aos serviços e recursos disponíveis. Políticas públicas são essenciais para assegurar a proteção e 0 respeito dos direitos fundamentais do cidadão pelo Estado. Quando a Constituição estabelece que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, ela fornece a base legal para a estruturação do sistema de saúde. No entanto, apenas a declaração na Constituição não é suficiente. É necessário criar políticas públicas, normas e leis que orientem o funcionamento do sistema de saúde para garantir que esse direito seja efetivamente assegurado. Casal sendo recepcionado em um posto de atendimento de saúde do SUS. A Lei n° 8.080 de 1990 foi a política pública responsável por colocar o SUS em prática, transformando-o de um conjunto de ideias em uma</p><p>realidade operacional. Essa lei é fundamental para a efetiva implementação do sistema de saúde, garantindo que os princípios e as diretrizes do SUS sejam aplicados no dia a dia, proporcionando acesso universal, integral e equânime aos serviços de saúde para toda a população brasileira. A Constituição Federal, em seu art. 196, estabelece que políticas sociais e econômicas devem visar à redução do risco de doenças e outros agravos à saúde, bem como viabilizar a promoção, a proteção e a recuperação da saúde. Portanto, os documentos que definem essas políticas públicas são essenciais para operacionalizar esses princípios e garantir que a saúde seja um direito de todos e um dever do Estado. Vamos conhecê-las! Política Nacional de Humanização (PNH) Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). A PNH visa à humanização do atendimento no sistema de saúde, buscando melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços oferecidos. Ela enfatiza a importância do acolhimento humanizado, da escuta ativa dos pacientes e de uma abordagem integral e respeitosa no cuidado à saúde. Implementada a partir de 2003, a PNH efetiva os princípios do SUS, tirando-os do papel e aplicando-os na prática. Ela faz com que o SUS seja verdadeiramente universal, trabalhando pela equidade e oferecendo cuidados de qualidade para todos. Essa política organiza o trabalho humanizado, reconhecendo cada pessoa como cidadã e garantindo seus direitos. A PNH promove diversas ações, como rodas de conversa entre usuários, funcionários e gestores, visando entender suas necessidades e prioridades, além de valorizar o trabalhador da saúde, oferecendo programas de formação e pesquisa direcionada ao SUS. Exemplo A implementação de senhas nas filas de espera contribui para o conforto de todos, especialmente aqueles com necessidades especiais, defendendo os direitos dos usuários, garantindo que sejam atendidos de acordo com suas necessidades e priorizando aqueles que mais precisam. Participar dos conselhos de saúde, analisar as políticas do SUS e promover a comunicação entre as redes de saúde são estratégias essenciais para implementar essa política de humanização. Por meio de</p><p>campanhas, panfletos informativos e orientação às famílias, busca-se criar uma rede de saúde humanizada e centrada nas necessidades das pessoas. A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), por sua vez, visa fortalecer a atenção primária à saúde, o primeiro passo no sistema de saúde. Ela objetiva prevenir doenças, promover a saúde e acompanhar pacientes de forma contínua, visando garantir um atendimento mais acessível e eficaz para toda a população. Por ser a base do sistema, a PNAB é essencial para o funcionamento do SUS. Quando a atenção básica é bem executada, as pessoas adoecem menos e há menos necessidade de recorrer aos outros níveis de atendimento. Médico atendendo atenciosamente uma criança e sua mãe. A saúde da família é a estratégia fundamental para consolidar a atenção básica. Ela leva em conta cada pessoa singularmente, considerando sua renda e estrutura familiar, entre outros determinantes sociais da saúde. Essa abordagem integral é crucial para compreender o processo saúde- doença de cada indivíduo. A atenção básica conta com diversos programas, como o Consultório na Rua, o Programa Melhor em Casa e o Programa Brasil Sorridente, que buscam garantir o acesso das pessoas aos serviços de saúde, inclusive em locais de difícil acesso. A PNAB também define a rede de atenção à saúde, ou seja, como os diferentes serviços de saúde estão organizados e como as pessoas devem ser encaminhadas dentro desse sistema. A compreensão dessa</p><p>rede é essencial para as pessoas saberem onde buscar atendimento e como o sistema está estruturado em sua região. Já a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), muitas vezes desconhecida, reconhece e valoriza práticas de saúde além da medicina convencional, integrando-as a fim de oferecer opções complementares aos tratamentos convencionais e promover abordagens holísticas e individualizadas no cuidado à saúde, além de promover um atendimento mais humanizado. A PNPIC une práticas incorporadas ao SUS após estudos confirmarem sua efetividade, como a medicina tradicional chinesa, a fitoterapia, a medicina antroposófica, a acupuntura e a homeopatia, entre outras. É importante destacar que a medicina antroposófica integra diferentes conhecimentos, como acupuntura, homeopatia, fitoterapia, fisioterapia e nutrição, em uma abordagem interdisciplinar. Especialista realizando sessão de acupuntura em mulher. É fundamental compreender que práticas integrativas não são alternativas à medicina convencional, mas sim complementares a ela. Isso significa que podem ser utilizadas em conjunto, proporcionando uma abordagem mais ampla e integrada ao cuidado da saúde. Dessa forma, por meio das políticas do SUS, é possível receber prescrições de homeopatia, encaminhamentos para acupuntura ou até mesmo combinar essas práticas com medicamentos convencionais, conforme a necessidade de cada paciente. Por fim, é importante entendermos que, embora tenhamos o direito à saúde, também temos o dever de buscar o melhor local para receber atendimento, levando em consideração a organização da rede de atenção à saúde e os serviços disponíveis para a comunidade.</p><p>Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 No contexto do SUS, cinco princípios são essenciais: equidade, universalidade, integralidade, descentralização e controle social. Esses princípios representam a base sobre a qual o SUS foi construído e guiam suas políticas e ações. Com base nessa informação, qual das seguintes situações cotidianas exemplifica corretamente o princípio da universalidade no SUS? Maria, uma enfermeira, sempre realiza reuniões mensais com a comunidade para discutir e ouvir A sugestões sobre os serviços de saúde prestados no hospital. João, um paciente com uma doença rara, recebe atendimento completo e coordenado entre diferentes especialistas para garantir que todas as suas necessidades de saúde sejam atendidas. Ana, que mora em uma área rural, tem acesso aos C mesmos serviços de saúde que os moradores das áreas urbanas, sem qualquer discriminação. Carlos, um médico, é responsável por garantir que todos os pacientes recebam tratamento adequado, D mesmo que alguns precisem de mais atenção e recursos do que Paulo, um gestor hospitalar, coordena todas as atividades e decisões de saúde a partir de uma E autoridade central para garantir uniformidade e controle nos serviços prestados.</p><p>Parabéns! A alternativa C está correta. No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), alguns princípios fundamentais são as bases que norteiam suas políticas e ações. A situação de Ana, que mora em uma área rural e tem acesso aos mesmos serviços de saúde que os moradores das áreas urbanas, sem qualquer discriminação, exemplifica o princípio da universalidade. Esse princípio assegura que todos os brasileiros tenham direito à saúde e aos serviços necessários, independentemente de sua localização, condição social, ou qualquer outra forma de discriminação. As outras situações descritas relacionam-se a outros princípios do SUS: a reunião comunitária exemplifica o controle social, o atendimento coordenado exemplifica a integralidade, a atenção diferenciada exemplifica a equidade, e a coordenação central exemplifica um conceito que não é parte dos princípios fundamentais do SUS conforme descrito no texto. Questão 2 As políticas públicas são fundamentais no funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), definindo diretrizes e ações para promover, proteger e recuperar a saúde da população. Entre os programas específicos implementados para alcançar esses objetivos, destaca-se a implementação de políticas como o Programa Nacional de Humanização (PNH), o Programa Nacional de Atenção Básica (PNAB), o Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS). Considerando esses programas e o contexto das políticas públicas do SUS, qual das seguintes situações cotidianas exemplifica corretamente um aspecto do PNH? Os profissionais de saúde realizam reuniões A semanais para discutir estratégias de prevenção de doenças na comunidade local.</p><p>Uma equipe multidisciplinar oferece cuidados abrangentes e personalizados a um paciente, considerando não apenas suas necessidades físicas, mas também emocionais e psicológicas. Um médico utiliza terapias alternativas, como C acupuntura, para tratar pacientes com dores crônicas. Um centro de saúde oferece atendimento domiciliar D a pacientes idosos que têm dificuldade em se locomoverem até a unidade de saúde. Os agentes de saúde visitam regularmente famílias da comunidade para orientar sobre medidas E preventivas de saúde e acompanhar o desenvolvimento das crianças. Parabéns! A alternativa está correta. o Programa Nacional de Humanização (PNH) destaca-se como uma política alinhada às diretrizes do SUS, buscando promover a humanização no atendimento à saúde e enfatizando o acolhimento humanizado e o cuidado integral. A situação em que uma equipe multidisciplinar oferece cuidados abrangentes e personalizados a um paciente, considerando não apenas suas necessidades físicas, mas também emocionais e psicológicas, exemplifica corretamente um aspecto do Esse programa visa garantir que os pacientes sejam tratados de forma holística, levando em consideração suas condições médicas, bem como seu bem-estar emocional e psicológico. As outras situações descritas relacionam-se a outros programas do SUS ou a práticas específicas, mas não refletem diretamente os princípios de humanização e cuidado integral preconizados pelo PNH.</p><p>4 - Humanizando a abordagem ao paciente no hospital Ao final deste módulo, você será capaz de identificar estratégias e práticas para humanizar a abordagem a pacientes no ambiente hospitalar. Humanização da saúde Neste vídeo, abordaremos a Política Nacional de Humanização, destacando a importância do lugar ativo de pacientes e profissionais nesse processo. Para assistir a um vídeo sobre o assunto, acesse a versão online deste conteúdo. -0- Estabelecida em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) visa fortalecer a relação entre os profissionais de saúde e os cidadãos, garantindo que a atenção prestada não se limite apenas à abordagem da doença, mas também considere o aspecto emocional e a opinião do paciente.</p><p>Psicóloga oferecendo cuidado de qualidade e humanizado para uma paciente. A PNH busca também analisar o processo de trabalho dos profissionais de saúde, reconhecendo o impacto da sobrecarga de trabalho em sua capacidade de oferecer cuidados humanizados. Muitas vezes, a sobrecarga pode levar os profissionais a endurecerem seus olhares em relação ao sofrimento dos pacientes, tornando-os menos sensíveis às necessidades apresentadas. É importante reconhecer que a sobrecarga de trabalho afeta significativamente a disponibilidade de tempo dos profissionais para ouvir e interagir com os pacientes em sua rotina diária. A PNH busca não apenas promover uma abordagem mais empática e centrada no paciente, mas também criar condições de trabalho que permitam aos profissionais dedicarem o tempo necessário para oferecerem cuidado de qualidade e humanizado. Para o Ministério da Saúde, a organização da saúde é uma estratégia de intervenção para melhorar a qualidade da atenção à saúde. Nesse processo, os sujeitos envolvidos se tornam protagonistas, incluindo tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde. Os pacientes são elementos fundamentais nesse processo e devem ser tratados como tal. Seus valores pessoais devem ser considerados, e eles devem participar ativamente do processo de tomada de decisões relacionadas ao seu próprio tratamento. Isso é essencial para garantir uma abordagem humanizada, que considere não apenas o aspecto clínico, mas também as necessidades e os desejos individuais dos pacientes. Os profissionais de saúde também são sujeitos envolvidos na produção de saúde. Eles devem ter um ambiente de trabalho adequado, no qual se sintam inseridos e valorizados. Além disso, é importante terem espaço</p><p>para expressar suas opiniões e valores, contribuindo para um cuidado mais eficaz e compassivo. Profissionais da saúde satisfeitos conversando sobre os pacientes. A organização da saúde visa promover uma abordagem holística, que reconhece e valoriza tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde como agentes ativos no processo de cuidado e promoção da saúde. Assim, a humanização parte do pressuposto do cuidado e da discussão entre todos os envolvidos: pacientes, profissionais de saúde e instituições de saúde, incluindo o próprio sistema de saúde por meio do controle social. É importante ressaltar que os profissionais de saúde não se limitam aos médicos, enfermeiros, psicólogos e dentistas, mas englobam todo o administrativo, como faxineiras e recepcionistas, que também contribuem para a produção de saúde. projeto de corresponsabilidade, lançado pelo Ministério da Saúde em 2004, corresponde a essa ideia. Ele visa afirmar não apenas os direitos dos pacientes, mas também suas responsabilidades. Os pacientes devem participar de forma informada e esclarecida do tratamento, sendo responsáveis pelas decisões que tomam e pelas informações que compartilham com os profissionais de saúde. Os profissionais de saúde também são responsáveis dentro do seu processo de trabalho, e as instituições devem promover essa responsabilidade. Isso porque se percebeu ser impossível um profissional oferecer um bom acolhimento se ele próprio não se sente acolhido. É difícil para um profissional se sentir inserido se não é respeitado, valorizado e se não se sente responsável pela instituição onde trabalha.</p><p>Médica acolhendo família na sala de espera do hospoital. Ética, empatia e capacidade de comunicação são habilidades que podem ser desenvolvidas, praticadas e aprimoradas. Na assistência à saúde, humanizar é exatamente isso. É aprimorar nossa atitude em relação ao outro. É uma intenção, um aprimoramento moral e ético que nos permite enxergar o outro em sua totalidade. Atenção! Humanizar é, simplesmente, ser um ser humano atendendo outro ser humano. Não um destino a ser alcançado, mas sim caminho a ser percorrido. Hospital e atendimento humanizado Neste vídeo, falaremos do atendimento humanizado em hospitais, ilustrando o seu destaque por meio de exemplos e considerando as diferentes particularidades que envolvem o atendimento humanizado. Para assistir a um vídeo sobre assunto, acesse a versão online deste conteúdo. Existem basicamente dois formatos de atendimento: o modelo padrão e o atendimento humanizado. Em tempos pós-covid e de sucateamento das instituições sociais, sobretudo daquelas dedicadas aos cuidados de saúde, é crucial dar maior atenção às pessoas sensibilizadas, inseguras e preocupadas com o atendimento que vão receber. o atendimento humanizado é aquele que olha além do interesse imediato, que considera quem está por trás das necessidades e dos desejos.</p><p>0 atendimento humanizado é estratégico e se destaca como um ponto de diferenciação, agregando valor à experiência do usuário dos serviços de saúde. E o que é exatamente o atendimento humanizado? Como oferecer, praticar e vivenciar essa filosofia de atendimento? Atendimento humanizado é, essencialmente, o atendimento individualizado que considera as necessidades e o histórico de cada pessoa. Por exemplo, quando um paciente chega a uma clínica odontológica, pode ter passado por tratamentos anteriores, como um canal ou um tratamento ortodôntico. Nesse caso, o atendimento precisa ser adaptado e personalizado conforme as necessidades específicas desse paciente. Paciente sendo acolhido em tratamento odontológico individualizado. No atendimento humanizado, trabalha-se com empatia, buscando entender e se colocar no lugar do outro. o objetivo é promover o crescimento e o bem-estar da pessoa que está sendo atendida, oferecendo total atenção e o melhor serviço possível diante de suas necessidades. o atendimento humanizado é feito de pessoa para pessoa, priorizando o cuidado e a individualidade. o primeiro passo para o atendimento humanizado vem dos profissionais e de seus processos. Profissionais da saúde precisam ser treinados e entender o propósito por trás do atendimento humanizado. Exemplo Uma pessoa contratada para recepção de uma clínica precisa ser preparada adequadamente para sua função, caso contrário ela não conseguirá oferecer um atendimento humanizado e individualizado, sensível às necessidades de cada paciente.</p><p>Além de profissionais bem treinados, é essencial adotar processos que organizem e facilitem o atendimento, mas que não engessem ou limitem a interação. Eles devem ser pensados para proporcionar as melhores condições para o atendimento humanizado ocorrer naturalmente. o atendimento humanizado precisa ser focado em qualidade, não em quantidade. Muitos hospitais estão optando por sistemas de senhas para garantir que cada atendimento seja feito de maneira única. o tempo médio de atendimento, conhecido como TMA, já não é tão rigorosamente medido como antes. Em vez disso, começamos a nos concentrar em outras métricas, como a pesquisa de satisfação (NPS). Os pacientes que passam por atendimentos humanizados têm uma grande probabilidade de retornar e recomendar o estabelecimento. Eles se sentem gratos, e esse sentimento desencadeia um gatilho mental de reciprocidade. Exemplo de atendimento humanizado. Ao focar a qualidade do atendimento, é possível expandir a base de clientes e consolidar a reputação do serviço. Personalizar ao máximo é essencial, pois pessoas diferentes possuem necessidades e desejos específicos, o que atende ao princípio da equidade. Ao atender uma pessoa, é importante perguntar mais e escutar mais, pois ela tem receios e expectativas que precisam ser compreendidos. Segundo a regra 70-20-10, você deve ouvir 70% do tempo, perguntar 20% e reservar apenas 10% para fazer prescrições. Isso garante que suas condutas estejam alinhadas com as necessidades reais do cliente.</p><p>atendimento humanizado se manifesta de duas formas: Mudo Envolve a infraestrutura oferecida ao usuário do serviço, como música ambiente e iluminação adequada, os quais transmitem conforto e acolhimento. Tradicional É proporcionado pelas interações pessoais, nas quais sensibilidade empática e comunicação gentil dos prestadores de serviços são fundamentais. Vejamos a seguir algumas táticas específicas que todas as instituições de saúde podem adotar: Compartilhar momentos e criar conexões genuínas Quanto mais demonstramos que somos pessoas reais, com interesses comuns e histórias para contar, mais os pacientes se aproximam, se interessam e se engajam no processo. É crucial que a comunicação reflita essa conversa genuína e essa linguagem autêntica. Ou seja, não são profissionais que atendem pacientes, são pessoas se relacionando. Tratar funcionários da mesma forma que tratamos pacientes Atendentes e prestadores de serviços precisam estar bem para desempenhar suas funções adequadamente. Algumas organizações já adotam o uso do Net Promoter Score (NPS) interno, no qual colaboradores registram como estão se sentindo no dia. o clima organizacional precisa ser humanizado, em que as pessoas se respeitam, se ouvem e se relacionam. Quando os gestores de saúde cuidam das pessoas internamente, promovem a participação e o envolvimento, o atendimento humanizado se torna natural. A energia e o ambiente do local, mesmo que não sejam visíveis, sempre impactam a percepção dos que recebem os serviços.</p><p>Personalizar relacionamento A oferta de um relacionamento personalizado consiste em individualizar cada interação e prestar atenção aos detalhes, uma prática humanizada que fortalece os laços com os pacientes. Essa abordagem não apenas demonstra cuidado, mas também ressalta a importância de cada indivíduo de forma genuína e significativa. Oferecer serviços em casa home care é uma maneira poderosa de personalizar o atendimento ao paciente. Quando você vai até o domicílio de alguém, você entra em sua intimidade e automaticamente essa pessoa se torna mais do que um paciente - ela se torna alguém por quem você se importa genuinamente. Visitar seu paciente demonstra cuidado e consideração por suas necessidades e circunstâncias individuais. À medida que avançamos no tempo, podemos perceber que o contato físico e o cuidado pessoal podem se tornar ainda mais valorizados atualmente. Com o avanço da digitalização e da informatização, as relações humanas muitas vezes se tornaram mecânicas, objetais, superficiais e distantes. No entanto, o atendimento humanizado busca exatamente o oposto: ele quebra essa superficialidade e busca uma conexão real, calorosa e emocional com o cliente. Ele vai além da norma, buscando estabelecer relações genuínas e significativas. A filosofia de "quem não serve não serve" é fundamental aqui, pois, para sermos bem-sucedidos, precisamos antes servir aos outros. Além disso, é importante trabalhar com a positivação, ou seja, criar indicadores que incentivem a interação e o relacionamento com os pacientes.</p><p>Médico construindo conexão com família na sala de antedimento. Perguntar sobre o paciente e sua família demonstra cuidado e interesse legítimo, construindo uma conexão mais profunda. É essencial perceber que essa abordagem não é invasiva, mas sim uma forma de cultivar relacionamentos sólidos e humanizados. A proximidade e atenção ao relacionamento, aliadas ao conhecimento científico, ao uso de tecnologias e aos procedimentos técnicos, têm sido fundamentais para os cuidados efetivos em saúde. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 No ambiente hospitalar, a aplicação dos princípios de humanização é fundamental para proporcionar um cuidado integral aos pacientes. Considerando sua importância, abordemos algumas situações cotidianas: Situação 1: durante uma consulta médica, o paciente é recebido com sorriso e cordialidade pela equipe de saúde, que demonstra interesse em ouvir suas preocupações e necessidades. Situação 2: um paciente idoso é acompanhado por um profissional de saúde durante sua caminhada pelo corredor do hospital, garantindo sua segurança e conforto durante o deslocamento. Situação 3: uma mãe que acabou de dar à luz é encaminhada para uma sala confortável e acolhedora, onde recebe orientações sobre os cuidados com o recém-nascido, sendo incentivada a amamentar. Qual princípio melhor se aplica a essas situações?</p><p>A equidade, garantindo que todos os pacientes A recebam o mesmo tratamento, independentemente de sua condição socioeconômica ou de saúde. A integralidade, assegurando que os serviços de B saúde atendam às necessidades dos pacientes de forma abrangente e integrada. A universalidade, proporcionando acesso igualitário C aos serviços de saúde para toda a população, sem discriminação. controle social, permitindo que os pacientes D participem ativamente das decisões relacionadas ao seu tratamento e ao funcionamento do hospital. A descentralização, promovendo a proximidade dos E serviços de saúde com a comunidade e garantindo uma gestão mais participativa e eficiente. Parabéns! A alternativa B está correta. A integralidade assegura que os serviços de saúde atendam às necessidades dos pacientes de forma abrangente e integrada. Analisemos as demais opções. Embora a equidade seja um princípio importante, o foco dessa situação não está na igualdade de tratamento entre os pacientes, mas sim na abordagem integral de suas necessidades. Ainda que a universalidade apregoe que o acesso igualitário aos serviços de saúde seja fundamental, a situação apresentada não destaca explicitamente essa questão. controle social não está diretamente relacionado com as situações apresentadas. Embora seja importante para promover a proximidade dos serviços de saúde com a comunidade, a descentralização não é o princípio mais relevante para as situações descritas, que enfatizam a qualidade e a abrangência do cuidado oferecido aos pacientes.</p><p>Questão 2 Considere diferentes situações no contexto da saúde. Situação 1: durante uma consulta médica, o paciente é recebido com pressa e impaciência pelo profissional de saúde, que parece mais preocupado em terminar logo o atendimento do que em compreender as preocupações e necessidades individuais apresentadas pelo paciente. Situação 2: um paciente idoso recebe um tratamento técnico e eficiente durante uma internação hospitalar, mas não há interação ou comunicação empática por parte da equipe de saúde, deixando- o se sentir desvalorizado e isolado. Situação 3: uma mãe que acabou de dar à luz é acolhida por uma equipe de saúde calorosa e atenciosa, que não apenas oferece cuidados médicos adequados, mas também se preocupa em compreender suas necessidades emocionais, oferecendo apoio e encorajamento durante todo o processo. Diante dessas situações, como podemos definir o atendimento humanizado no contexto da saúde? o atendimento humanizado no contexto da saúde é caracterizado por priorizar a rapidez e eficiência no A atendimento, sem considerar as necessidades individuais dos pacientes. o atendimento humanizado no contexto da saúde é B definido pela falta de empatia e sensibilidade por parte dos profissionais de o atendimento humanizado no contexto da saúde se concentra exclusivamente na parte técnica do C tratamento, negligenciando aspectos emocionais e psicológicos dos pacientes. o atendimento humanizado no contexto da saúde é uma abordagem que valoriza a individualidade e as D necessidades específicas de cada paciente,</p><p>promovendo empatia, comunicação eficaz e atenção aos detalhes. o atendimento humanizado no contexto da saúde é caracterizado pela ausência de interação entre E profissionais de saúde e pacientes, resultando em uma experiência de cuidado impessoal. Parabéns! A alternativa D está correta. o atendimento humanizado no contexto da saúde é uma abordagem essencial que coloca o paciente no centro do cuidado, reconhecendo sua singularidade e suas necessidades específicas. Isso implica não apenas oferecer tratamentos eficazes, mas também em cultivar uma relação empática e sensível entre profissionais da saúde e pacientes. Essa abordagem vai além do aspecto puramente técnico do tratamento, considerando também as dimensões emocionais e psicológicas envolvidas no processo de saúde e doença. Ao priorizar a individualidade de cada paciente, o atendimento humanizado valoriza a experiência única que cada pessoa traz consigo. Isso envolve não apenas compreender suas condições clínicas, mas também entender suas preocupações, expectativas e contextos pessoais. Considerações finais Ao explorarmos a trajetória da psicologia hospitalar no Brasil e seus antecedentes históricos, torna-se evidente o papel fundamental dessa disciplina na promoção da saúde integral dos pacientes. Desde os primórdios da medicina moderna até os dias atuais, a psicologia hospitalar acompanha de perto a evolução dos cuidados em saúde, adaptando-se às necessidades emergentes e contribuindo para uma abordagem mais humanizada e centrada no paciente. Sendo assim, a psicologia hospitalar no Brasil não se limita apenas a oferecer suporte emocional aos pacientes, mas também engloba uma gama de práticas e intervenções voltadas para o cuidado integral da pessoa. Por meio da colaboração interdisciplinar e do compromisso com a promoção da saúde mental, essa disciplina continua a ser fundamental na transformação dos serviços de saúde, capacitando</p><p>profissionais a lidar com desafios complexos e variados encontrados no contexto hospitalar. A psicologia hospitalar brasileira é um reflexo do constante movimento em direção a uma abordagem mais humanizada e integrada da saúde Seus antecedentes históricos e sua evolução contemporânea demonstram o compromisso da profissão em atender às necessidades físicas, emocionais e sociais dos pacientes, consolidando-se como um pilar essencial no cuidado em saúde e na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Explore + Busque pelo artigo Desafios à coordenação dos cuidados em saúde: estratégias de integração entre níveis assistenciais em grandes centros urbanos, de Almeida e colaboradores, publicado nos Cadernos de Saúde Pública, V. 26, n. 2, em 2010. Nesse trabalho você encontrará análises sobre o desenvolvimento de instrumentos de coordenação desde a Estratégia Saúde da Família aos demais níveis do sistema de saúde com foco em medidas pró-coordenação vinculadas à integração entre níveis assistenciais. Leia o texto de Azevedo e Crepaldi: A psicologia no hospital geral: aspectos históricos, conceituais e práticos, publicado no periódico Estudos de Psicologia V. 33, n. 4, em 2016. Nele você acompanhará os aspectos históricos, conceituais e práticos da psicologia no hospital geral nos Estados Unidos da América e no Brasil. Procure pelo texto Os impasses do SUS, de Coelho, publicado em Ciência & Saúde Coletiva, V. 12, n. 2, em 2007. Você irá conferir um debate sobre as dificuldades que o SUS tem encontrado para avançar. São discutidas questões como financiamento insuficiente; formato de organização de serviços e produção de cuidados ainda inadequados e, para completar, descrédito quanto à nossa capacidade para mudar essa situação. Veja o artigo de Fleury, A reforma sanitária e o SUS: questões de sustentabilidade, publicado também no periódico Ciência & Saúde Coletiva, V. 12, n. 2, em 2007. Nesse trabalho você encontrará sete estratégias consideradas pelo autor relevantes para assegurar o prosseguimento da reforma sanitária brasileira e facilitar a consolidação</p>

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