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<p>A Atuação Da Fisioterapia Em Idosos Com Osteoartrite</p><p>Anely Emanuely Perciano Firmino1</p><p>Gabriela Gomes2</p><p>RESUMO</p><p>O artigo aborda a atuação da fisioterapia em idosos com osteoartrite, uma doença</p><p>crônico-degenerativa das articulações. Com o envelhecimento da população, o</p><p>número de pessoas afetadas pela osteoartrite tem aumentado, principalmente</p><p>mulheres acima de 60 anos. Essa condição causa dor, redução na amplitude de</p><p>movimento, rigidez articular e pode levar à incapacidade para caminhar e à redução</p><p>da capacidade funcional, além de impactar negativamente a qualidade de vida e levar</p><p>a distúrbios psicológicos. O tratamento atual para a osteoartrite visa aliviar os</p><p>sintomas da doença. Nesse contexto, a fisioterapia desempenha um papel importante</p><p>na reabilitação e prevenção dessa enfermidade, oferecendo recursos e técnicas que</p><p>ajudam a melhorar a dor, a mobilidade e a qualidade de vida dos idosos com</p><p>osteoartrite. O artigo reuniu por meio de uma revisão bibliográfica de artigos científicos</p><p>publicados nas bases de dados PUBMED, SciELO e LILACS, entre 2015 e 2023, em</p><p>português e inglês, estudos que têm explorado os efeitos da fisioterapia no tratamento</p><p>da osteoartrite, utilizando recursos como exercícios terapêuticos, cinesioterapia,</p><p>fisioterapia aquática, eletroterapia e terapias alternativas. Essas abordagens têm</p><p>demonstrado resultados promissores na redução da dor, modulação do processo</p><p>inflamatório e melhora da função corporal. Embora ainda haja necessidade de mais</p><p>pesquisas estatisticamente significativas, há um consenso entre os autores de que a</p><p>aderência ao protocolo de tratamento fisioterapêutico é um fator determinante para o</p><p>sucesso do tratamento.</p><p>Palavras-chave: Osteoartrite. Fisioterapia. Idoso. Recursos Fisioterapêuticos. Artrite.</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>De acordo com o IBGE (2021), o índice de envelhecimento populacional tem</p><p>aumentado muito nas últimas décadas. No ano de 2021, a quantidade de pessoas</p><p>com mais de 60 anos ultrapassou 31,2 milhões, representando 14,7% da população</p><p>do país. Com o envelhecimento surgem diversas alterações ligadas a senescência e</p><p>a senilidade, sendo algumas destas, configuradas em distúrbios osteomusculares que</p><p>acometem principalmente os indivíduos idosos.</p><p>1 Acadêmico(a) do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera.</p><p>2 Orientador(a). Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera.</p><p>Uma das afecções mais predominantes nesse grupo etário é a osteoartrite. A</p><p>osteoartrite se trata de uma doença articular crônico-degenerativa, caracterizada pela</p><p>degeneração das cartilagens e alterações em estruturas ósseas vizinhas, sendo a</p><p>forma mais comum de artrite. Esse distúrbio provoca sintomas como dor, diminuição</p><p>na amplitude de movimento, rigidez articular, entre outros, que podem resultar na</p><p>incapacidade para a marcha e redução da capacidade funcional, desencadeando uma</p><p>série de outros distúrbios relacionados, inclusive de âmbito psicológico como a</p><p>depressão.</p><p>Na osteoartrite, a cartilagem articular e o osso subcartilagíneo sofrem</p><p>degeneração causando deformidade na articulação e formação de osteófitos,</p><p>provocando assim a dor, rigidez articular na movimentação, sinovite (inflamação da</p><p>membrana sinovial), crepitação e até mesmo tumefação.</p><p>Os sintomas da osteoartrite são predominantes em pessoas do sexo feminino</p><p>acima dos 60 anos, mas podem surgir a partir dos 45 anos ou do período no qual as</p><p>mulheres iniciam a menopausa. Sendo assim, essa doença acomete cerca de 10%</p><p>dos indivíduos na terceira idade e é a doença reumatológica mais comum.</p><p>O tratamento para a osteoartrite atualmente, consiste em combater a</p><p>sintomatologia. Além do tratamento medicamentoso, e algumas vezes cirúrgico, a</p><p>fisioterapia ocupa um importante espaço tanto no âmbito de reabilitação quanto na</p><p>prevenção dessa enfermidade e das incapacidades provocadas por ela, contribuindo</p><p>assim com a manutenção ou o retorno dos idosos às suas atividades da vida diária.</p><p>O objetivo geral do artigo é descrever e discutir como se dá a atuação da</p><p>fisioterapia em idosos que sofrem de osteoartrite. Os objetivos específicos são: listar,</p><p>através de uma revisão literária, quais os principais e mais utilizados recursos</p><p>fisioterapêuticos para o tratamento dessa enfermidade, comparar a qualidade de vida</p><p>de idosos com osteoartrite que tem e os que não tem acesso à tratamentos</p><p>fisioterapêuticos e descrever quais desses recursos e técnicas são os que apresentam</p><p>resultados mais satisfatórios, a partir da análise de referenciais teóricos.</p><p>A atuação da fisioterapia em idosos com osteoartrite é um tema relevante</p><p>devido ao cenário epidemiológico atual, que aponta que a população brasileira está</p><p>vivendo mais, e com o envelhecimento populacional também surgem as afecções</p><p>relacionadas a senescência e a senilidade que podem impactar na qualidade de vida</p><p>dos idosos, como é o caso da osteoartrite.</p><p>Os idosos que sofrem dessa afecção, enfrentam problemas de mobilidade,</p><p>equilíbrio, e sofrem com muitas dores, e é nesse cenário que a pesquisa a respeito da</p><p>atuação da fisioterapia em indivíduos que têm esse problema se mostra muito</p><p>relevante</p><p>As contribuições para a sociedade e a comunidade acadêmica do artigo, se dá</p><p>por se tratar de um tema relevante, que diz respeito a uma grande parcela da</p><p>população brasileira que sofre com um problema de saúde, que muitas vezes é</p><p>negligenciado por se tratar de algo comum ao envelhecimento e que pode ser tratado</p><p>com o auxílio da fisioterapia.</p><p>2 DESENVOLVIMENTO</p><p>2.1 Metodologia</p><p>A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica de artigos científicos</p><p>publicados nas bases de dados PUBMED, SciELO e LILACS, entre 2015 e 2023, em</p><p>português e inglês. Os descritores e palavras-chave utilizadas na busca foram:</p><p>“osteoartrite”, “fisioterapia”, “idosos” e “recursos fisioterapêuticos”. Os artigos foram</p><p>selecionados de acordo com a relevância e adequação ao tema.</p><p>2.2 Resultados e Discussão</p><p>Segundo Prado et al. (2023), a osteoartrite se trata de uma doença progressiva</p><p>que acomete a articulação como um todo. Estima-se que a cada 3 pessoas com mais</p><p>de 65 anos, pelo menos uma sofre com a doença. No mundo, a estimativa é que 300</p><p>milhões de pessoas possuem osteoartrite, sendo essa doença, uma das principais</p><p>causas de incapacidades.</p><p>De acordo com Fangel. (2019, p.3) “A dor articular pode estar associada a</p><p>processos inflamatórios, traumáticos ou degenerativos das estruturas articulares. A</p><p>osteoartrite (OA) e a artrite reumatoide (AR) estão entre as doenças mais prevalentes.”</p><p>A osteoartrite (OA) é a mais importante das doenças reumáticas, afetando</p><p>todos os componentes das articulações, sobretudo a cartilagem articular. OA</p><p>é uma das dez doenças mais incapacitantes em países desenvolvidos, e</p><p>acredita-se que seja a doença articular crônica mais prevalente. Trata-se, de</p><p>longe, da forma mais comum de artrite e uma das principais causas de dor e</p><p>incapacitação em todo o mundo. (MIRANDA e col. 2015, p.2)</p><p>Fangel et.al. (2019, p.3) fala ainda que o número de prevalência da osteoartrite,</p><p>acomete uma estimativa de 27 milhões de pessoas adultas só nos Estados Unidos.</p><p>No Brasil, estima-se que a prevalência, já no ano de 2004, era de 4.4% da população,</p><p>o que certamente, com as mudanças no cenário epidemiológico e o envelhecimento</p><p>da população nos últimos anos, essa porcentagem esteja ainda maior. A osteoartrite</p><p>acomete principalmente os indivíduos do sexo feminino.</p><p>Radu e Bungal (2021) explicam que as causas das artrites são multifatoriais,</p><p>podendo ser devido à fatores genéticos, ambientais ou fatores estocásticos.</p><p>A dor é o principal sintoma em pacientes com OA, com impacto significativo</p><p>na capacidade funcional, causando deficiência grave nas atividades da vida</p><p>diária, e estando associada com perda considerável de produtividade e com</p><p>diminuição da qualidade de vida. Considerada uma doença relacionada</p><p>à</p><p>idade, OA tem maior probabilidade de afetar articulações que ficam</p><p>continuamente sob stress ao longo dos anos, incluindo joelhos, quadris,</p><p>pequenas articulações das mãos e região inferior da coluna. (MIRANDA e col.</p><p>2015, p.2)</p><p>Prado et al. (2023) defende que os fatores de risco para que um indivíduo</p><p>desenvolva osteoartrite são: idade avançada, sexo feminino, obesidade, fatores</p><p>genéticos, dieta, e também fatores relacionados diretamente à articulação acometida:</p><p>lesão, sobrecarga articular e uso repetitivo. Os autores também inferem que</p><p>clinicamente a articulação mais afetada pela doença é a articulação do joelho. Como</p><p>as causas são multifatoriais, é difícil chegar a uma conclusão sobre o que de fato</p><p>ocasiona tal problema.</p><p>De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a osteoartrite</p><p>representa de 30 a 40% das consultas em ambulatórios de reumatologia e o impacto</p><p>social é muito significativo, tendo em vista que a osteoartrite do joelho representa 7,5%</p><p>das causas de afastamento laboral, e isso se dá pela constante e progressiva dor que</p><p>ela causa, provocando incapacidade, que mesmo através do tratamento sintomático,</p><p>muitas vezes não desaparece por completo.</p><p>De acordo com Fangel (2019) “O tratamento para osteoartrite deve ter como</p><p>objetivo diminuir a dor, modular o processo inflamatório, diminuir deformidades e</p><p>melhorar a capacidade funcional e qualidade de vida” objetivos diretamente ligados à</p><p>fisioterapia direcionada aos idosos, que devido a essas doenças, têm sua qualidade</p><p>de vida prejudicada, além de se queixarem constantemente de dores.</p><p>Como recurso fisioterapêutico, o autor direcionou sua pesquisa ao laser</p><p>terapêutico de baixa intensidade, ou Low Level Laser Teraphy (LLLT), que mostrou</p><p>resultados promissores como a diminuição da dor, modulação do processo</p><p>inflamatório, melhora da função corporal, entre outros.</p><p>Segundo Knob et. al. (2016), estudos apontam uma relação entre intervenções</p><p>fisioterapêuticas que envolvam o treino de força, capacidade aeróbica, ganho de maça</p><p>magra, funcionalidade, com o aumento da qualidade de vida e o humor dos indivíduos</p><p>submetidos. A autora conclui que há uma variedade de métodos terapêuticos, que</p><p>podem possibilitar a melhora das alterações oriundas das artrites, e embora exista</p><p>uma carência de estudos estatisticamente significativos, “há um consenso geral entre</p><p>os autores de que a aderência ao protocolo interventivo por parte do indivíduo seja</p><p>um fator determinante para o sucesso do tratamento fisioterapêutico”. (KNOB et. al.</p><p>2016)</p><p>De acordo com Molin, et. al. (2015), o tratamento desta afecção abrange</p><p>diversas modalidades terapêuticas, entre elas estão as terapias manuais</p><p>(mobilização/tração articular, pompagem e massagem), recursos da eletroterapia</p><p>(diatermia, ultrassom, estimulação elétrica transcutânea, laser), termoterapia (calor,</p><p>gelo) e exercícios supervisionados. Através de um estudo de caso, o autor concluiu</p><p>em seu artigo, que “a fisioterapia foi capaz de incrementar a amplitude de movimento</p><p>das articulações acometidas pela patologia, o que juntamente com a diminuição das</p><p>queixas álgicas, resultou na melhora da qualidade de vida do paciente.” (MOLIN et.</p><p>al. 2015).</p><p>Outro recurso que tem ganhado visibilidade é a Ozonioterapia, como terapia</p><p>adjuvante no tratamento de doenças articulares como a Osteoartrite. De acordo com</p><p>Rezzo et. al. (2022) foi relatado que o uso da ozonioterapia reduz significativamente</p><p>os níveis de quadros álgicos tanto nas fazes agudas quanto nas fazes crônicas, como</p><p>artrite reumatoide, síndrome da articulação facetária lombar, bursite subacromial,</p><p>bursite do quadril, capsulite adesiva do ombro, hérnia de disco, distúrbio da articulação</p><p>temporomandibular e osteoartrite.</p><p>Foram citados importantes recursos fisioterapêuticos e como eles podem</p><p>auxiliar na melhora da dor, melhora da mobilidade e qualidade de vida de indivíduos</p><p>com artrite. Os autores referidos relataram que ainda existe uma carência de</p><p>pesquisas que mostrem dados estatísticos sobre esses benefícios, mas é</p><p>basicamente unânime que a fisioterapia tem sido uma grande aliada na melhora da</p><p>qualidade de vida de idosos que sofrem desses problemas de saúde. Os artigos</p><p>analisados foram divididos de acordo com os recursos e técnicas da fisioterapia que</p><p>foram estudados quanto a sua eficácia no tratamento de osteoartrite.</p><p>2.2.1 Exercícios terapêuticos e cinesioterapia</p><p>De acordo com o sistema de classificação de Kellgren and Lawrence para a</p><p>osteoartrite, a doença apresenta quatro graus que são observados em um exame de</p><p>raio X. São eles: Grau 0 (nenhum): que é a completa ausência de evidências ou</p><p>alterações no raio x. Grau 1 (duvidoso): que apresenta um estreitamento duvidoso do</p><p>espaço articular. Grau 2 (mínimo): que apresenta osteófitos definidos e possível</p><p>estreitamento do espaço articular. Grau 3 (moderado): que apresenta osteófitos</p><p>múltiplos moderados, estreitamento definitivo do espaço articular e alguma esclerose</p><p>e possível deformidade das extremidades ósseas. Grau 4 (grave): grandes osteófitos,</p><p>estreitamento acentuado do espaço articular, esclerose grave e deformidade definida</p><p>das extremidades ósseas.</p><p>Os artigos analisados, estudaram os recursos fisioterapêuticos aplicados a</p><p>osteoartrite em seus diferentes graus de classificação e relataram de forma unânime</p><p>que a osteoartrite não tem cura ainda, mas que seus impactos na qualidade de vida</p><p>dos indivíduos são muito negativos, uma vez que causa incapacidade funcional,</p><p>afastamento de atividades laborais, e podem levar até mesmo a quadros depressivos.</p><p>De acordo com Biscaro et al. (2022) os experts falam que todos os pacientes deveriam</p><p>receber orientação para terem estilos de vida mais ativos, se exercitarem</p><p>regularmente e gerenciarem seu próprio peso, como forma de reduzir os impactos da</p><p>enfermidade.</p><p>No Departamento de Ortopedia e Traumatologia - Hospital das Clínicas -</p><p>Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DOT-HC-FMUSP), foi</p><p>desenvolvido um programa de autocuidado para pacientes com osteoartrite no joelho,</p><p>chamado de PARQVE (Project Arthritis Recovering Quality of Life by Education). O</p><p>programa consiste basicamente em intervenções de cunho educativo promovidas por</p><p>uma equipe multiprofissional, sobre a importância da mudança no estilo de vida das</p><p>pessoas que sofrem da doença. As intervenções incluíram palestras e exercícios</p><p>físicos e mentais, com o objetivo de entender a doença e o porquê a mudança de</p><p>estilo de vida é importante. Os profissionais envolvidos foram ortopedistas,</p><p>nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos, terapeutas</p><p>ocupacionais e assistentes sociais. A intervenção foi realizada em dois fins de</p><p>semana, e os participantes receberam materiais escritos e audiovisuais com material</p><p>educativo para que pudessem mudar seus estilos de vida em casa ou em centros</p><p>comunitários.</p><p>Biscaro et al. (2022) realizou um estudo comparando os resultados dos</p><p>pacientes que participaram do programa de auto cuidado PARQVE e dos pacientes</p><p>que receberam tratamento convencional. Os grupos foram selecionados de forma</p><p>randômica, e foram pacientes com mais de 40 anos que sofriam da doença, sendo</p><p>excluídos aqueles que faltassem as intervenções ou que fossem passar, ou já</p><p>tivessem passado por cirurgias no joelho ou demais cirurgias que os impedissem de</p><p>participar. Os pacientes que receberam tratamento convencional, fizeram uso da</p><p>medicação prescrita, como paracetamol, codeína e dipirona. Os resultados foram</p><p>comparados ao final de 6, 12 e 24 meses de tratamento.</p><p>O estudo de Biscaro et al. (2022) concluiu que ao final do tratamento, os</p><p>pacientes com artrose severa de joelho obtiveram uma melhora leve a moderada na</p><p>qualidade de vida através do programa de autocuidado, comparado aqueles pacientes</p><p>que só receberam o tratamento medicamentoso. Os resultados se mostraram mais</p><p>efetivos nos pacientes</p><p>que apresentavam graus menos graves de osteoartrite.</p><p>Rocha et al. (2020) realizou uma análise sistemática de diversos artigos que</p><p>relacionavam exercícios físicos com o tratamento da osteoartrite de joelho, foi</p><p>concluído em seu estudo que “um programa de reabilitação que inclua o</p><p>fortalecimento de um determinado grupamento muscular tem efeitos positivos sobre a</p><p>dor provocada pela osteoartrite do joelho”. (ROCHA, et al. 2020) Os músculos</p><p>quadrícepsfemoral, ísquio crural, psoas maior, glúteo máximo e médio,</p><p>gastrocnêmios, tensor da fáscia lata, adutor longo, adutor curto, grácil, adutor magno,</p><p>e sartório foram os mais citados nos artigos analisados como os músculos mais</p><p>importantes a serem trabalhados com fins de fortalecimento e analgesia no caso da</p><p>osteoartrite de joelho, entretanto o foco do estudo foi o músculo quadríceps femoral,</p><p>por ser o mais indicado para fortalecimento, uma vez que “possui efeito condroprotetor</p><p>estático e dinâmico da articulação do joelho, e sua fraqueza pode gerar sobrecarga</p><p>articular causando dor e instabilidade”. (ROCHA, et al. 2020)</p><p>Segundo Rocha (2020) apud. O’Reilly et al. (1998) “existe uma relação inversa</p><p>entre a força muscular do quadríceps, em pacientes com OA, e o relato de dor, ou</p><p>seja, quanto maior a força muscular menor a dor”, por isso exercícios de fortalecimento</p><p>se mostram muito significativos no tratamento da osteoartrite. Entretanto, o músculo</p><p>quando está na sua potência máxima, pode aumentar a força de cisalhamento, ou a</p><p>força de compressão, dentro da articulação o que pode provocar o aumento da dor no</p><p>joelho acometido pela doença, o autor fala que, quando a articulação está em flexão</p><p>o músculo se apresenta mais relaxado e essas forças de cisalhamento e compressão</p><p>diminuem sobre a articulação provocando maior conforto ao paciente e reduzindo a</p><p>ativação muscular. De acordo com o autor citado acima, ainda existem controvérsias</p><p>na literatura a cerca dessa relação entre a musculatura e a articulação afetada pela</p><p>osteoartrite, ainda não existe um consenso que defina se a fraqueza muscular</p><p>contribui para a doença ou a doença causa a fraqueza muscular.</p><p>Rocha et al. (2020) também relatou em seu estudo que exercícios de</p><p>alongamento se mostraram bastante eficazes no tratamento da osteoartrite, pois</p><p>devido a imobilidade provocada pela doença, a musculatura em volta da região</p><p>acometida pode se tornar encurtada reduzindo assim a amplitude de movimento. O</p><p>autor fala que músculos mais alongados possuem maior torque e cita que:</p><p>Com isso a terapia de alongamento como um tratamento adjuvante se tornaria</p><p>uma técnica favorável de se incluir em um programa de exercícios para o</p><p>tratamento de OA. Tanto a facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP)</p><p>como o alongamento estático mostram ótimos resultados, porém o estiramento</p><p>do FNP foi mais efetivo que o exercício de alongamento estático. (ROCHA et</p><p>al. 2020 p.5)</p><p>Rocha et al. (2020) também cita que exercícios de equilíbrio e propriocepção</p><p>também se mostraram benéficos em um estudo que submeteu mulheres com</p><p>osteoartrite de joelho a realizar tais exercícios associados aos de fortalecimento,</p><p>entretanto tais informações não corroboram com os resultados encontrados pelo</p><p>estudo de Fitzgerald et al (2011) também analisado por Rocha, que estudou as</p><p>técnicas separadamente e concluiu em que carecem evidências significativas quando</p><p>a melhora da dor e força muscular em pacientes submetidos a esses exercícios.</p><p>Andrade et al. (2020) realizou um estudo do tipo longitudinal e intervencionista</p><p>que fez parte de um projeto denominado “Efeitos do tratamento fisioterapêutico em</p><p>pacientes portadores de doenças reumáticas” na Universidade de Passo Fundo, onde</p><p>foram recrutados 25 indivíduos diagnosticados com osteoartrite que tinham a dor</p><p>como queixa principal. Foi utilizada a escala EVA (escala visual analógica de dor).</p><p>Foram realizadas 12 sessões de fisioterapia, individuais, duas vezes por semana, com</p><p>duração de 60 minutos, na Clínica de Fisioterapia da Universidade de Passo Fundo.</p><p>Os exercícios utilizados foram: mobilizações articulares, alongamento muscular,</p><p>exercício respiratório com bastão associado a elevação dos membros superiores,</p><p>fortalecimento dos músculos abdutores e adutores de ombro, fortalecimento da</p><p>cintura escapular por meio do método FNP com faixa elástica, fortalecimento dos</p><p>músculos flexores e extensores de quadril com caneleira, fortalecimento dos músculos</p><p>abdutores de quadril com faixa elástica, fortalecimento dos músculos adutores de</p><p>quadril com bola entre os joelhos, fortalecimento dos músculos plantiflexores com</p><p>faixa elástica, exercício de mini agachamento intercalado ao exercício de plantiflexão</p><p>dos tornozelos, exercício proprioceptivo de descarga de peso nos membros</p><p>inferiores, exercício de ponte na bola suíça, fortalecimento dos músculos flexores</p><p>e extensores da coluna vertebral, exercício de equilíbrio em plataformas</p><p>desestabilizadoras, exercício de dissociação de cinturas em uma bola suíça, exercício</p><p>aeróbico de bicicleta, relaxamento: foram realizadas técnicas de massoterapia e</p><p>desativação de pontos gatilhos e crioterapia.</p><p>Ao final das sessões, os resultados mostraram-se satisfatórios, uma vez</p><p>que os indivíduos submetidos aos exercícios relataram diminuição significativa na dor,</p><p>seguindo a escala EVA.</p><p>2.2.2 Fisioterapia aquática</p><p>Em sua meta análise, Ma et al. (2022) concluiu que fisioterapia aquatica é uma</p><p>opção de tratamento eficiente para pessoas que sofrem de osteoartrite de joelho e</p><p>apresentam sintomas severos. A Autora salientou que a fisioterapia aquatica deveria</p><p>ser considerada uma importante opção de tratamento inicial para essas pessoas, em</p><p>fase de reabilitação.</p><p>Taglietti et al. (2018) realizou um estudo com 60 pacientes, com idade de 68,3</p><p>anos com sintomas clínicos e classificação radiográfica (Kellgren–Lawrence 1–4) de</p><p>osteoartrite de joelho. Foi realizado um protocolo de tratamento de oito semanas de</p><p>exercícios aquáticos com 16 sessões individuais, duas vezes por semana, e um</p><p>programa educacional que promoviam sessões em grupo, uma vez por semana. Os</p><p>resultados mostraram que a fisioterapia aquática melhorou a dor e a função após oito</p><p>semanas e foi relatada uma melhora na função após 3 meses de follow-up.</p><p>Dong et al. (2018) comparou em seu artigo a eficácia da fisioterapia aquática</p><p>comparada a fisioterapia terrestre no tratamento da osteoartrite, o estudo analisou 8</p><p>ensaios controlados randomizados com um total de 579 pacientes que foram</p><p>submetidos a exercícios aquáticos, exercícios no solo e nenhum tipo de exercício.</p><p>Após comparados os resultados, a meta-análise concluiu que:</p><p>Não houve diferença significativa entre exercícios aquáticos e exercícios no</p><p>solo para alívio da dor, função física e melhora na qualidade de vida, tanto para</p><p>intervenções de curto quanto de longo prazo, em pacientes com OA de joelho.</p><p>No entanto, o nível de adesão e satisfação para exercícios aquáticos foi maior</p><p>do que para exercícios no solo. Em comparação com nenhuma intervenção, os</p><p>exercícios aquáticos mostraram um efeito leve nas melhoras das atividades da</p><p>vida diária. (DONG et al. 2018 p.1)</p><p>Rewald et al. (2020) em seu estudo “Ciclismo aquático melhora a dor no joelho</p><p>e o funcionamento físico em pacientes com osteoartrite do joelho: um estudo</p><p>controlado randomizado” submeteu 111 pacientes, com idades entre 50 a 70 anos,</p><p>com osteoartrose de joelho leve a moderada, unilateral, a exercícios de ciclismo</p><p>aquático e os resultados sugeriram que um programa de treinamento de ciclismo</p><p>aquático de 12 semanas melhorou a dor autorrelatada no joelho e o funcionamento</p><p>físico em pacientes com osteoartrose de joelho leve a moderada em comparação com</p><p>o tratamento convencional.</p><p>Song et al. (2022) corrobora com os estudos citados acima, quando infere que:</p><p>“Para pacientes com osteoartrite,</p><p>as intervenções baseadas em exercícios aquáticos</p><p>são eficazes para reduzir a dor e a disfunção articular e melhorar a qualidade de vida”.</p><p>Duang et al. (2022), por sua vez, conclui em seu estudo sobre terapia aquática em</p><p>pacientes com osteoartrite em membros inferiores, que o treinamento aquático “traz</p><p>benefícios de curto prazo na dor, função física, rigidez e capacidade esportiva em</p><p>pacientes com OA de membros inferiores, mas esses efeitos podem não durar muito”.</p><p>2.2.3 Eletroterapia</p><p>Além dos exercícios cinesioterapêuticos, aquáticos, mudanças no estilo de</p><p>vida, hábitos alimentares e manutenção do peso, outro recurso fisioterapêutico foi</p><p>citado por artigos encontrados nas plataformas pesquisadas: a eletroterapia.</p><p>Entretanto, somente um deles foi selecionado, pois todos os demais eram anteriores</p><p>ao ano 2015.</p><p>Bispo et al. (2020) realizou um estudo com o objetivo de investigar os efeitos</p><p>da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) na força muscular, alívio da dor e</p><p>melhora da função em pacientes com osteoartrite de joelho. O estudo concluiu que a</p><p>EENM, associado ao exercício físico, foi eficaz em aumento da força muscular,</p><p>especialmente do músculo quadríceps, mas não foram encontradas diferenças</p><p>significativas nos resultados de funcionalidade e dor dos pacientes com graus mais</p><p>avançados de osteoartrite, que fizeram uso do recurso como única forma de</p><p>tratamento.</p><p>O TENS (Estimulação Elétrica Transcutânea) é amplamente utilizado no</p><p>tratamento da dor provocada pela osteoartrite, entretanto carecem estudos recentes</p><p>em português sobre o tema. Os artigos selecionados foram todos em inglês.</p><p>Johnson et al. (2020) selecionou 381 ensaios clínicos randomizados,</p><p>totalizando 24532 participantes que foram divididos e submetidos a sessões de TENS</p><p>e a tratamentos de efeito placebo. Os resultados mostraram que:</p><p>A intensidade da dor foi menor durante ou imediatamente após TENS em</p><p>comparação com placebo. As características metodológicas e da dor (por</p><p>exemplo, aguda versus crônica) não modificaram o efeito. A intensidade da dor</p><p>foi menor durante ou imediatamente após TENS em comparação com</p><p>tratamentos farmacológicos e não farmacológicos usados como parte do</p><p>tratamento padrão. (JOHNSON et al. 2020 p.1)</p><p>Burgess et al. (2020) em sua revisão sistemática, relata que a adesão às</p><p>intervenções de eletro estimulação neuromuscular, como forma de tratamento na</p><p>osteoartrite de quadril e joelho em ensaios clínicos “não difere dos grupos de controle</p><p>que recebem educação ou exercícios voluntários”, o que conclui que não deveriam</p><p>existir barreiras em seu uso na prática clínica.</p><p>2.2.4 Terapias alternativas</p><p>Além das formas mais convencionais de tratamentos fisioterapêuticos para a</p><p>osteoartrite, foram encontrados artigos que estudaram outras formas de terapia, como</p><p>a ozonioterapia. Rezzo et al. (2022) em seu estudo direcionado a idosos com</p><p>osteoartrite do joelho, conclui que:</p><p>A OT exerce efeitos positivos na redução da dor, funcionalidade, capacidade</p><p>física e qualidade de vida de pacientes com osteoartrite de joelho e essa</p><p>modalidade pode ser particularmente importante para pacientes que sofrem</p><p>com efeitos adversos à terapia medicamentosa e/ou que não são candidatos à</p><p>cirurgia. Assim pode-se sugerir a OT como importante intervenção adjunta à</p><p>protocolos de reabilitação para o tratamento da OAJ. (REZZO et. al. 2022 p.7)</p><p>Tsokanos et al. (2021) em seu estudo fala que as técnicas de terapia manual</p><p>podem contribuir de forma positiva no tratamento de pacientes com osteoartrite de</p><p>joelho, reduzindo a dor e aumentando a funcionalidade. Entretanto, o autor fala que</p><p>“mais pesquisas são necessárias para fortalecer esses achados, comparando a</p><p>eficácia da terapia manual com as de outras técnicas e métodos terapêuticos, tanto a</p><p>curto quanto a longo prazo”.</p><p>Acupuntura também foi uma técnica alternativa encontrada nessa revisão</p><p>bibliográfica, entretanto, alguns achados como no estudo de Manheimer et al. (2018)</p><p>que incluiu 6 ensaios randomizados com 413 participantes, inferem que:</p><p>A acupuntura provavelmente tem pouco ou nenhum efeito na redução da dor</p><p>ou melhora da função em relação à acupuntura simulada em pessoas com</p><p>osteoartrite do quadril. Devido ao pequeno tamanho da amostra nos estudos,</p><p>existe tanto a possibilidade de benefícios moderados quanto a possibilidade de</p><p>nenhum efeito da acupuntura. (MANHEIMER et al. 2018 p.2)</p><p>Ainda são escassos os estudos sobre terapias alternativas e complementares</p><p>para o tratamento da osteoartrite, embora sejam bastante utilizados na prática clínica.</p><p>Os artigos encontrados, em sua maioria referem benefícios moderados dessas</p><p>práticas quando utilizadas de forma isolada, mas quando associados a outras formas</p><p>de tratamento, demonstram resultados satisfatórios.</p><p>3 CONCLUSÃO</p><p>Em conclusão, o artigo aborda a importância da fisioterapia no tratamento da</p><p>osteoartrite em idosos. A osteoartrite é uma doença articular crônico-degenerativa que</p><p>afeta principalmente os indivíduos idosos, causando sintomas como dor, rigidez e</p><p>diminuição da capacidade funcional. Com o envelhecimento populacional, essa</p><p>condição se torna cada vez mais comum e impacta negativamente na qualidade de</p><p>vida dos idosos.</p><p>A revisão bibliográfica realizada no artigo revelou que a fisioterapia</p><p>desempenha um papel fundamental no combate aos sintomas da osteoartrite.</p><p>Diversos recursos fisioterapêuticos foram abordados, incluindo o laser terapêutico de</p><p>baixa intensidade, exercícios terapêuticos e cinesioterapia, terapias manuais,</p><p>eletroterapia, termoterapia e a ozonioterapia.</p><p>Esses recursos foram relatados como eficazes na redução da dor, melhora da</p><p>mobilidade e na qualidade de vida dos pacientes. Apesar da falta de estudos</p><p>estatisticamente significativos, há um consenso entre os autores de que a aderência</p><p>ao tratamento fisioterapêutico é um fator determinante para o sucesso do tratamento.</p><p>Considerando a importância da fisioterapia no tratamento da osteoartrite em</p><p>idosos, é essencial que sejam realizadas mais pesquisas nessa área. A osteoartrite</p><p>representa uma parcela significativa das consultas em ambulatórios de reumatologia</p><p>e causa um impacto social significativo, incluindo afastamento laboral. Portanto,</p><p>investir em estratégias de tratamento e prevenção, como a fisioterapia, pode contribuir</p><p>para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos afetados por essa</p><p>condição.</p><p>Em suma, a fisioterapia desempenha um papel relevante no tratamento da</p><p>osteoartrite em idosos, proporcionando alívio da dor, melhora da mobilidade e da</p><p>qualidade de vida. Com o envelhecimento populacional, é fundamental investir em</p><p>pesquisas e intervenções fisioterapêuticas para lidar com os desafios impostos por</p><p>essa doença degenerativa, visando proporcionar um envelhecimento saudável e</p><p>funcional para a população idosa.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>PRADO, Luciane Dellazari da Silva do et al. Relação da dor, limitação</p><p>funcional, dependência e depressão com a osteoartrite em idosos. Fisioterapia em</p><p>Movimento, v. 36, p. e36202, 2023.</p><p>Fangel, Renan et al. Low level laser therapy for reducing pain in rheumatoid arthritis</p><p>and osteoarthritis: a systematic review. Fisioterapia em Movimento [online]. 2019, v.</p><p>32. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-5918.032.AO29. Epub 23 Sept 2019.</p><p>ISSN 1980-5918. Acesso em: 01 nov. 2022.</p><p>Radu, A.-F.; Bungau, S.G. Management of Rheumatoid Arthritis: An</p><p>Overview. Cells 2021, 10, 2857.</p><p>KNOB, Bruna et al. 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