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<p>07/09/2024, 01:16 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. MÓDULO 7 (1) Psicologia Social Comunitária: Histórico Leitura obrigatória: a. FREITAS, Maria de Fátima Quintal de. Inserção na comunidade e análise de necessidades: reflexões sobre a prática do psicólogo. Psicol. Reflex. Crit. vol. 11 n.1 Porto Alegre 1998. b. GUARESCHI, P. A. Relações comunitárias Relações de dominação. In Campos, R. H. F. Psicologia social comunitária. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 81-99. Leitura para aprofundamento: a. ANDERY, A. A. Psicologia na Comunidade. In: Lane, S. T. M. e Codo, W. (orgs.) Psicología Social: O Homem em Movimento. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 203-220. b. LANE, S. T. M. Histórico e Fundamentos da Psicologia Comunitária no Brasil. In CAMPOS, R. H. F. Psicologia Social Comunitária. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 17-34 De acordo com Sawaia (1999), a idéia de comunidade entra para o campo da ciência como apropriação de um conceito tão antigo quanto a humanidade. Já sob a ótica da crítica e do compromisso social, a Psicologia Comunitária é a ciência que tem por objeto a exclusão, numa perspectiva que nega a neutralidade científica e que pretende não apenas interpretar o mundo teoricamente mas transformá-lo. Surgida em meio à crise da Psicologia Social em meados dos anos 1970, a Psicologia Social Comunitária se apresentou como uma abordagem diferenciada para a inserção profissional e política do psicólogo. Andery (1986), em trabalho que pretendia uma avaliação da instalação desta disciplina no Brasil, indicava a vocação da Psicologia Social Comunitária para estabelecer um compromisso com os grupos dominados e excluídos da sociedade, desafiando modelos de ação profissional do psicólogo que cumpria o papel de atender à elite e estar a serviço do controle social. Esta nova inserção profissional, nova prática do psicólogo, colocava por chão a possibilidade de uma ação fundada na neutralidade. Atividades recomendadas: 1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5</p><p>07/09/2024, 01:16 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. 2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação: Indique qual das alternativas é FALSA: (a) Na década de 60, o psicólogo que trabalhava na comunidade o fazia de maneira voluntária e firmemente convicto de seu papel político e social junto àqueles setores da população. (b) O psicólogo na comunidade trabalha fundamentalmente com a linguagem e representações, com relações grupais e com as emoções e afetos próprios da subjetividade, para exercer sua ação sobre a consciência, a atividade e a identidade dos indivíduos. (c) Nos anos 80 a Psicologia Comunitária passa a explicitar uma prática da Psicologia Social, anunciando seu compromisso político, mas sem permitir que as críticas feitas às teorias psicologizantes e a-históricas fossem evidenciadas. (d) A denominação de Psicologia da Comunidade surge nos anos 90, referindo-se à atuação do psicólogo na área da saúde, bem-estar, crianças/ adolescentes e outras instituições públicas em geral. (e) Todas as afirmações são verdadeiras Resposta correta: (c) (2) Psicologia Social Comunitária: Fundamentos Leitura obrigatória: a. FREITAS, Maria de Fátima Quintal de. Inserção na comunidade e análise de necessidades: reflexões sobre a prática do psicólogo. Psicol. Reflex. Crit. vol. 11 n.1., 1998. b. GUARESCHI, P. A. Relações comunitárias Relações de dominação. In Campos, R. H. F. Psicologia social comunitária. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 81-99. Leitura para aprofundamento: 2/5</p><p>07/09/2024, 01:16 UNIP Universidade Paulista DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. a. ANDERY, A. A. Psicologia na Comunidade. In: Lane, S. T. M. e Codo, W. (Orgs.) Psicología Social: O Homem em Movimento. São Paulo: Brasiliense, 1986, p. 203-220. b. LANE, S. T. M. Histórico e Fundamentos da Psicologia Comunitária no Brasil. In CAMPOS, R. H. F. Psicologia Social Comunitária. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 17-34 O uso da palavra comunidade nas práticas profissional e científica refere com muita aquilo que está fora do consultório (na área de saúde, p.ex.), e um certo "compromisso com o povo", o que pode se dar em termos bastante ingênuos e não necessariamente críticos. Nesta direção, a comunidade é apresentada como lugar em que se conservam a pureza étnica e cultural, onde está a origem da sociedade. Associada à vida comum e solidária, a comunidade está em oposição à vida típica do mundo globalizado, individualista e competitiva, um entendimento que guarda um saudosismo da volta às origens. Por outro lado, deve-se considerar que na história deste entendimento, a idéia de comunidade também foi combatida quando, desde o Iluminismo, a comunidade (e a tradição) foram tomadas como inimigas das mudanças sociais e do progresso. Tais utopias comunitárias seriam reativas ao individualismo e à modernidade. Um uso perverso deste termo pode ser localizado também quando se fala da conjunção pobreza e criminalidade, numa alusão mais elegante aos moradores das grandes favelas urbanas. Atividades recomendadas: 1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses. 2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação: A psicologia social comunitária vem crescendo muito no Brasil e em outros países da América Latina cujas histórias e condições sócio-econômicas têm gerado populações carentes e excluídas. A psicologia social comunitária possui hoje muitas influências marxistas por ter feito parte dos movimentos de resistência às ditaduras militares instaladas nestes países ao longo das décadas de 60 e 70. Considerando-se sua raiz marxista, assinale abaixo a alternativa que não representa uma característica da psicologia social comunitária. (a) Trabalho em prol da saúde mental coletiva. (b) Administração científica dos recursos da comunidade. (c) Conscientização e politização de comunidades. (d) Educação popular de grupos socialmente excluídos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/5</p><p>07/09/2024, 01:16 UNIP Universidade Paulista DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. (e) Produção de capacidade de organização e autogestão em grupo Resposta correta: (b) (3) Psicologia Social Comunitária: Pesquisa e intervenção Leitura obrigatória: TEIXEIRA, L.C.; NOVAES, E. B. Acompanhamento Psicossocial de adolescentes: uma metodologia inovadora no enfrentamento da exploração sexual. In LIBÓRIO, R.M.C. e SOUSA, S.M.G. (Orgs.) A exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. Leituras para aprofundamento: a. GONÇALVES FILHO, J. M. Problemas de Método em Psicologia Social: algumas notas sobre a humilhação política e o pesquisador participante. In: Bock, Ana M. M. (Org.). Psicologia e compromisso Social. São Paulo: Cortez, 2003. b. NEVES, S. M.; BERNARDES, N.M.G. Psicologia Social e Comunidade. In STREY, M.N (Org.) Psicologia social contemporânea. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 241-255. As intervenções possíveis junto às comunidades devem ser compreendidas num âmbito que é o psicossocial, como descrito acima, o que faz menção a estas duas esferas, a individual e a social como possuindo uma relação dialética e não instituídas como polaridades. Estas intervenções se dão no âmbito das relações e, dentro de uma perspectiva crítica, devem produzir transformações sobre aquelas relações que, além de comportar assimetrias e diferenças, são também relações de dominação - econômica, política ou cultural, visando que as próprias comunidades possam se constituir como autônomas e responsáveis pela sua gestão (autogestão). As ações sobre os grupos humanos, no âmbito das comunidades, exigem a disponibilidade para dar conta das características históricas, políticas e sociais, culturais, de um determinado grupo. O trabalho com estes grupos acontece no intercruzamento de diferentes campos: o do contexto político e social, e o do imaginário do grupo onde se realiza a intervenção. Isto tudo em meio a um contexto do qual participa ativamente o profissional/mediador envolvido nesta intervenção. Não se trata de ação neutra ou distante dos sujeitos, mas profundamente marcada por relações que se dão também entre os responsáveis pela intervenção um conjunto que pode conter alunos, professores e profissionais de diferentes especialidades - e aqueles que são alvo daquela ação: a comunidade. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/5</p><p>07/09/2024, 01:16 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. Atividades recomendadas: 1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, considerando os argumentos utilizados pelos autores em defesa de suas teses. 2) Acompanhe o seguinte exercício de fixação: Escolha a alternativa correta. São características da Psicologia Comunitária, conforme o modelo proposto pela PSO latino-americana: (a) incentivo ao comodismo e à passividade dos grupos assistidos (b) concentração das ações na resolução de problemas a curto prazo (c) centralização das responsabilidades sobre as ações e decisões durante a intervenção (d) interpretação da situação por parte do profissional visando o diagnóstico da melhor direção a ser seguida pela comunidade (e) incentivo às relações baseadas na cooperação e comunicação dentro dos grupos Resposta correta: (e) 5/5</p>