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<p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>0</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Fundada em 2008 em Campos dos Goytacazes/RJ, a FOX Treinamentos dedicava-se exclusivamente</p><p>ao setor de manutenção. Alcançando uma base técnica e uma aguda visão de mercado, a identificação</p><p>e aproveitamento de novas demandas foram passos naturais que estenderam suas atividades em</p><p>Consultoria de Segurança do Trabalho e Treinamentos Industriais em QSMS praticados no nosso</p><p>CT, In Company e a Bordo de Plataformas.</p><p>Pelo seu dinamismo e versatilidade de suas ações, a FOX Treinamentos e Serviços On &Offshore</p><p>atualmente entrega serviços e pessoas ao talento criativo de sua organização e continua na busca</p><p>constante da excelência na prestação de seus serviços.</p><p>Dedica-se ao público alvo não exclusivamente, as empresas que necessitam formar ou atualizar seu</p><p>quadro operacional visando maior segurança e rendimento, além de profissionais individuais atuantes no</p><p>mercado de trabalho On e Offshore.</p><p>Visite nosso site e conheça mais sobre a FOX, além de outros treinamentos de capacitação profissional</p><p>nas áreas de QSMS e Petróleo e Gás.</p><p>www.foxtreinamentos.com</p><p>CBSP</p><p>CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMA</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>1</p><p>CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMA</p><p>CBSP</p><p>MANUAL DO PARTICIPANTE</p><p>Edição: 01</p><p>FOX Treinamentos e Serviços On & Offshore</p><p>Rua Teixeira de Gouveia, nº 1980 - Cajueiros – Macaé – RJ - CNPJ: 09.505.602/0001-75</p><p>Telefones: (22) 2770-6725 // 3051-2114 // ID 125*77220</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>2</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>Este Manual do Participante é aplicado ao treinamento de CBSP – CURSO BÁSICO DE</p><p>SEGURANÇA DE PLATAFORMA.O curso atende as exigências da NORMAM-24/DPC. Este</p><p>manual do participante é aplicado aos profissionais da área offshore e destina-se a capacitar</p><p>os mesmos a responder de forma objetiva à uma situação de emergência, tomando medidas</p><p>de segurança e proteção a bordo das unidades que irão trabalhar, avaliando o cenário,</p><p>desenvolvendo e aplicando procedimentos e técnicas básicas de resposta a emergência, de</p><p>acordo com as recomendações contidas nos itens 5.3, 5.4 e 5.5 e com as Tabelas 5.5.1 a</p><p>5.5.6 da Resolução A.1079 (28) de 04/12/2013, da Organização Marítima Internacional.</p><p>Acreditamos que o seu aproveitamento neste curso seja eficaz para o enfrentamento dos</p><p>problemas do dia-a-dia e possa contribuir efetivamente para o seu crescimento individual e</p><p>profissional.</p><p>Seja bem vindo!</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>3</p><p>1.DISCIPLINAS E CARGAS HORÁRIAS DO CURSO</p><p>1.0 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO................................................ 10 HORAS</p><p>1.1 PRIMEIROS SOCORROS ELEMENTARES............................................. 06 HORAS</p><p>1.2 SEGURANÇA PESSOAL E RESPONSÁBILIDADE SOCIAL.................. 08 HORAS</p><p>1.3 TÉCNICA DE SOBREVIVÊNCIA PESSOAL E PROCEDIMENTOS DE</p><p>EMERGÊNCIA............................................................................................</p><p>09 HORAS</p><p>1.4 CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO...................................................... 03 HORAS</p><p>1.5 AVALIAÇÃO............................................................................................... 02 HORAS</p><p>1.6 TEMPO RESERVA..................................................................................... 02 HORAS</p><p>1.7 CARGA HORÁRIA TOTAL........................................................................ 40 HORAS</p><p>2. QUANTO À AFERIÇÃO DO APROVEITAMENTO E À HABILITAÇÃO DO ALUNO.</p><p>2.1- A aprendizagem do aluno será aferida por meio de uma avaliação teórica versando sobre</p><p>os conteúdos de todas as disciplinas.</p><p>2.2- Na avaliação teórica será utilizada uma escala de zero(0,0) a dez (10), com aproximação</p><p>a décimos.</p><p>2.3- O instrutor deverá fazer avaliações da aprendizagem dos alunos no desempenho das</p><p>atividades práticas realizadas no decorrer dos treinamentos.</p><p>2.4- Na avaliação das atividades práticas será atribuído conceito satisfatório ou insatisfatório</p><p>3. QUANTO À APROVAÇÃO NO CURSO</p><p>3.1- Será considerado aprovado o aluno que:</p><p>3.1.1- obtiver nota igual ou superior a seis (6,0) em uma escala de zero(0,0) a dez (10) na</p><p>avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades práticas.</p><p>3.1.2- tiver a frequência igual ou maior que a mínima exigida para o curso.</p><p>3.2- Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será considerado</p><p>reprovado.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>4</p><p>INDICE</p><p>SUMARIO</p><p>CAPÍTULO 1 – PREVENÇÃO DE INCÊNDIO ........................................................................................... 9</p><p>1.1 - TEORIA DA COMBUSTÃO ............................................................................................................ 9</p><p>1.2 - FENÔMENOS DA COMBUSTÃO ................................................................................................ 13</p><p>1.3 - PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS A BORDO ..................................................... 15</p><p>1.4 - PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIO – CAUSAS EMÉTODOS DE PROPAGAÇÃO ........................ 16</p><p>1.5 - MÉTODOS PREVENTIVOS CONTRA INCÊDIOS ...................................................................... 18</p><p>1.6 - VIGILÂNCIA E SISTEMA DE PATRULHA .................................................................................. 19</p><p>1.7 - SISTEMA DE DETECÇÃO DE FOGO, FUMAÇA E ALARME AUTOMÁTICO A BORDO. ...... 20</p><p>1.8 - AÇÕES AO SER DETECTADO FUMAÇA OU FOGO A BORDO ............................................. 20</p><p>1.9 - PREVENÇÃO NO TRABALHO A QUENTE ................................................................................ 21</p><p>CAPÍTULO 2 – COMBATE A INCÊNDIO ................................................................................................ 24</p><p>2.1 - CLASSIFICAÇÕES DOS INCÊNDIOS ........................................................................................ 24</p><p>2.2 - MÉTODOS DE COMBATE A INCÊNDIO .................................................................................... 25</p><p>2.3 - AGENTES EXTINTORES ............................................................................................................. 26</p><p>2.4 - EXTINTORES PORTÁTEIS ......................................................................................................... 27</p><p>CAPÍTULO 3 – ORGANIZAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO ............................................................. 31</p><p>3.1 - COMBATE A INCÊNDIO A BORDO E FUNÇÕES DA TABELA MESTRA .............................. 31</p><p>3.2 - SISTEMAS FIXOS DE COMBATE A INCÊNDIO ........................................................................ 33</p><p>3.3 - AÇÕES DA BRIGADA DE INCÊNDIO ........................................................................................ 42</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ............................................................................................. 43</p><p>CAPITULO 4 – INTRODUÇÃO A PRIMEIROS SOCORROS ................................................................. 46</p><p>4.1 - REGRAS BÁSICAS PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA .................................................... 46</p><p>4.2 - COMO ACIONAR O ALARME OU COMUNICAR UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ......... 46</p><p>4.3 - TÉCNICAS DE RESGATE E TRANSPORTE .............................................................................. 47</p><p>4.4 - ASSISTENCIA MÉDICA NA UNIDADE OFFSHORE E NAS PROXIMIDADES ........................ 51</p><p>4.5 - A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE E DA SAÚDE PESSOAL A BORDO ...................................... 52</p><p>Figura 65: Filtro de Água ........................................................................................................................</p><p>físico</p><p>coloca em perigo a sua vida, com o propósito de manter suas funções vitais e evitar</p><p>agravamento de suas condições, até que receba assistência qualificada (médico, paramédico</p><p>ou enfermeiro).</p><p>APTIDÕES DO SOCORRISTA</p><p>O socorrista deve ter habilidade e capacidade para identificar e avaliar com precisão o que</p><p>deve ser feito, com bom senso e eficiência.</p><p>OBSERVAÇÕES IMPORTANTES</p><p> Manter a calma;</p><p> Avaliar a cena quando à presença de situações de risco, a fim de preservar sua</p><p>segurança e da equipe, incluindo os transeuntes;</p><p> Solicitar apoio;</p><p> Atentar para a segurança e biossegurança, item considerado de suma importância na</p><p>manipulação do paciente;</p><p> Verificar o número de vítimas.</p><p>4.2 - COMO ACIONAR O ALARME OU COMUNICAR UMA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA</p><p>Uma emergência pequena pode transformar-se em uma situação sem controle. Detectada a</p><p>emergência, a atitude inicial adequada pode fazer a diferença entre a vida e a morte.</p><p>COMO FAZER? UTILIZAR:</p><p> Telefone;</p><p> Botoeira de emergência (em casos de incêndios);</p><p> Interfone;</p><p> Gritos.</p><p>SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS QUE PODEM OCORRER EM UMA PLATAFORMA,</p><p>COMO:</p><p> Incêndio;</p><p> Explosão;</p><p> Mau tempo;</p><p> Vazamento de gases;</p><p> Colisão;</p><p> Queda de aeronave;</p><p> Homem ao mar;</p><p> Alarmes.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>47</p><p>ALARMES DE EMERGÊNCIA</p><p>Os alarmes de emergência são acionados a bordo para indiciar algum tipo de emergência.</p><p>Estes alarmes podem ser acionados pelo alarme geral e são escutados no interior de toda</p><p>unidade.</p><p>Em caso de abandono, as instruções são passadas verbalmente pelo comandante, através do</p><p>sistema de autofalante, seguindo de toque contínuo da sirene.</p><p>PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA</p><p>Estando em seu camarote, pegue o Equipamento de Proteção Individual (EPI) e seu colete</p><p>salva-vidas e se dirija para o seu ponto de reunião. Fora do camarote, pare o serviço</p><p>imediatamente, deixe seu local e trabalho seguro (desligue os equipamentos) e siga para seu</p><p>Ponto de Reunião. Dependendo da unidade, os coletes salva-vidas podem estar nos</p><p>camarotes ou no convés, próximos às baleeiras.</p><p>4.3 - TÉCNICAS DE RESGATE E TRANSPORTE</p><p>TRANSPORTE DA VÍTIMA</p><p>A remoção da vítima do local do acidente é uma tarefa que requer da pessoa prestadora de</p><p>primeiros socorros o MÁXIMO DE CUIDADO E CORRETO DESEMPENHO.</p><p>PROCEDIMENTO ANTES DA REMOÇÃO</p><p>O que fazer?</p><p> CAB;</p><p> Controlar a hemorragia;</p><p> Imobilizar membros com suspeita de fratura.</p><p>Para o transporte da vítima podemos utilizar os meios habitualmente empregados – maca ou</p><p>padiola, helicóptero ou RECURSOS IMPROVISADOS:</p><p> Ajuda dos tripulantes;</p><p> Maca (Offshore, Prancha longa e rígida, STR);</p><p> Helicóptero;</p><p> Embarcação;</p><p> Ambulância.</p><p>ROLAMENTO</p><p>São utilizados dois tipos rolamento: 90⁰ e 180⁰.</p><p>a) ROLAMENTO 90⁰</p><p>Indicados para vítimas que estão em decúbito dorsal (barriga para cima):</p><p> Um dos socorristas estabiliza a cabeça do paciente por trás (líder);</p><p> Rola-se a vítima em bloco ao comando do líder, até a posição de decúbito lateral;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>48</p><p> Após o comando do socorrista líder, a vítima é devolvida em bloco ao decúbito dorsal</p><p>sobre a prancha;</p><p> Fixar o tronco e extremidades com os cintos;</p><p> Aplicar e fixar a cabeça da vítima ao imobilizador lateral.</p><p>Figura 52: Rolamento 90°</p><p>b) ROLAMENTO 180⁰</p><p>Indicado para vítimas encontradas em decúbito ventral (barriga para baixo).</p><p>PROCEDIMENTO DE CONDUÇÃO</p><p>Após realizar o rolamento de 90⁰ ou 180⁰ graus para colocação da vítima na maca, deve-se:</p><p> Cada um dos carregadores fica junto a um dos quatro pegadores da maca;</p><p> Cada carregador se agacha e segura o pegador com firmeza, quando for dada a ordem</p><p>todos se erguem ao mesmo tempo, mantendo a maca nivelada;</p><p> A uma segunda ordem, os carregadores saem com pé que está mais perto da maca</p><p>dando passos curtos;</p><p> Para pousar a vítima, os carregadores param, obedecendo a um comando, a outro</p><p>comando, eles se agacham e abaixam a maca até que ela pouse suavemente no chão.</p><p>Figura 53: Rolamento 180°</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>49</p><p>TRANSPORTE DE VÍTIMAS SEM EQUIPAMENTOS</p><p>Figura 54: Transporte De Vitima Figura 55: Transporte De Vitima</p><p>VITIMA INCONSCIENTE</p><p> Como levantar a vítima do chão sem auxílio de outra pessoa:</p><p>Figura 56: Transporte de Vitima Inconsciente</p><p> Como levantar a vítima do chão com a ajuda de uma ou mais pessoas:</p><p>Figura 57: Transporte de Vitima Com Mais Pessoas</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>50</p><p>VÍTIMA CONSCIENTE OU INCONSCIENTE</p><p> Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:</p><p>Figura 58: Transporte de Vitima com Cobertor</p><p> Como remover vítimas acidentadas com suspeita de fraturas de coluna e pelve: Utilize</p><p>uma superfície dura – porta ou tábua (maca improvisada).</p><p>Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas transferir o acidentado do localencontrado até a</p><p>maca.</p><p>Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo</p><p>tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.</p><p>Figura 59: Maca Improvisada</p><p> Como remover acidentado grave não suspeito de fratura de coluna vertebral ou pelve,</p><p>em decúbito dorsal;</p><p>Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.</p><p>OBSERVAÇÃO:</p><p> Previna-se contra o aparecimento de danos irreparáveis ao acidentado, movendo-os o</p><p>menos possível;</p><p> Solicite, sempre que possível, a assistência de um médico na remoção de acidentado</p><p>grave.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>51</p><p>BUSCA E RESGATE ATRAVÉS DO BOTE DE RESGATE</p><p>Qualquer que seja o Bote de resgate é necessárioque a tripulação, esteja atenta e preparada</p><p>para realizar o resgate. Seguem abaixo ações importantes:</p><p> Realizar uma comunicação eficaz com a embarcação, através do rádio;</p><p> Desembarcar separadamente cada tripulante, sempre mantendo a calma e a ordem;</p><p> Utilizar os EPIs necessários no momento da transferência, principalmente o colete</p><p>salva-vidas.</p><p>OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:</p><p>Manter sempre a coluna ereta antes de elevar um peso;</p><p> Dobrar os joelhos;</p><p> Posicionar-se com um dos joelhos ao chão (posição de 3 pontos), para elevar a vítima</p><p>do solo;</p><p> Ficar bem próximo à vítima;</p><p> Se estiver em dois, sempre se movimentar em conjunto com o outro.</p><p>4.4 - ASSISTENCIA MÉDICA NA UNIDADE OFFSHORE E NAS PROXIMIDADES</p><p>Cada unidade tem os profissionais da área de saúde responsáveis pelo atendimento aos</p><p>tripulantes: técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e equipes de socorristas.</p><p>Assistência Médica:</p><p> Marinha: Serviço de busca e Salvamento Marítimo e Evacuação Aero-Médica;</p><p> Unidade próxima do local do acidente: unidades capazes de oferecer apoio rápido em</p><p>situações de emergência (Embarcações de apoio);</p><p> Base da empresa (Plano de Saúde).</p><p>Figura 60: Assistência Medica</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>52</p><p>4.5 - A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE E DA SAÚDE PESSOAL A BORDO</p><p>ROTINA DE HIGIENE</p><p>É um conjunto de hábitos de limpeza e asseio com que cuidemos do nosso corpo. Estes</p><p>hábitos devem estar presentes no nosso dia-a-dia, pois acabam por influenciar no</p><p>relacionamento intersocial e devem virar normas de vida em caráter individual, como:</p><p> Manter roupas limpas;</p><p> Escovar os dentes e usar fio dental;</p><p> Esfregar-se bem durante o banho;</p><p> Lavar os cabelos;</p><p> Lavar as mãos antes das refeições e antes e após usar o banheiro;</p><p> Unhas aparadas.</p><p> Usar anti-séptico;</p><p> Levar e secar áreas de contato, como virilha, axila, entre os dedos e orelhas.</p><p>Figura 61: Higiene Bucal</p><p>SAÚDE FÍSICA E MENTAL</p><p>Durante a folga, faz-se necessária a manutenção do sono para</p><p>descanso do corpo, durante a</p><p>jornada de trabalho, praticar esportes ou exercícios físicos, leitura, jogos para entretenimento</p><p>e o convívio social para equilibrar a saúde física e mental.</p><p>Figura 62:Saúde Física e Mental</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>53</p><p>ROTINA DE LIMPEZA DO AMBIENTE E CONTROLE DE INFECÇÃO</p><p>Infecção é a entrada de micro-organismo no organismo humano e sua multiplicação causando</p><p>uma resposta imunológica.</p><p>É possível evitar e controlar as infecções com hábitos, coleta seletiva, lavando alimentos</p><p>antes do consumo, mantendo ambientes limpos e arejados, lavando as mãos quando</p><p>necessário, não jogando objetos no vaso sanitário evitando entupimentos na filtragem da</p><p>água.</p><p>Figura 63: Placa de Alerta</p><p>Figura 64: Coleta Seletiva</p><p>Figura 65: Filtro de Água</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>54</p><p>CAPÍTULO 5 – CORPO HUMANO</p><p>5.1- ESTRUTURA ÓSSEA E MUSCULAR</p><p>A estrutura óssea e muscular são formadas pelo sistema músculo esquelético. Esse sistema é</p><p>formado por ossos, músculos e articulações. O esqueleto desempenha várias funções</p><p>importantes: sustentação, movimentação, proteção e modelagem.</p><p>Figura 66: Estrutura Muscula</p><p>OSSOS</p><p>Os ossos são formas de tecido, endurecidas pela decomposição de cálcios. Cerca de 206</p><p>ossos com tamanhos variáveis compõe o esqueleto humano.</p><p>Podemos citar como exemplos, crânio, coluna vertebral, esterno, clavícula, osso ilíaco (osso</p><p>da bacia), membros superiores (úmero, radio, ulna) e membros inferiores (fêmur, tíbia, fíbula).</p><p>Figura 67: Esqueleto</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>55</p><p>MÚSCULO</p><p>Os músculos são tecidos ativos do movimento. Eles possuem a capacidade de contrair-se e</p><p>de relaxar-se, em consequência, transmitem movimentos aos ossos sobre os quais se</p><p>inserem. Os músculos têm uma variedade grande de tamanho e formato, de acordo com a</p><p>sua disposição, local de origem e de inserção. Existem cerca de 600 músculos no corpo</p><p>humano.</p><p>Figura 68: Musculo</p><p>ARTICULAÇÕES</p><p>A função das articulações é reduzir o atrito e amortecer os choques, promovendo o</p><p>movimento. Para reduzir ainda mais o atrito, toda a articulação é cercada por uma resistente</p><p>bolsa de um tecido especial que produz um líquido sinovial que age como óleo, lubrificando as</p><p>juntas.</p><p>Figura 69: Articulações</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>56</p><p>5.2 - PRINCIPAIS ÓRGÃOS E FUNÇÕES</p><p>Os agrupamentos de células podem formar tecidos diferentes, e estes, por sua vez, formam</p><p>órgãos diferentes que interagem para desempenhar uma determinada função no organismo.</p><p> Encéfalo: é o principal órgão do nosso corpo, composto pelo cérebro, bulbo e tronco</p><p>encefálico. É responsável por todas as funções biológicas do nosso corpo;</p><p> Coração: órgão oco e muscular que tem a função de uma bomba contrátil propulsora</p><p>possibilitando que o sangue circule por todo o corpo;</p><p> Pulmões: órgão do sistema respiratório e tem funções variáveis, porém, a mais</p><p>importante delas é realizar a hematose (troca gasosa);</p><p> Rins: responsável pela filtração do sangue. Local onde são retiradas as substâncias</p><p>que são consideradas tóxicas ao organismo humano.</p><p>5.3 - SISTEMAS</p><p>SISTEMA CIRCULATÓRIO</p><p>É um sistema que tem a função de fazer com que o sangue circule por todo o corpo. É</p><p>composto pelo coração, pelos vasos sanguíneos e pelo sangue, que é o fluido movimentado</p><p>sobre pressão.</p><p>O sangue transporta o oxigênio e os nutrientes para fornecer subsídios para o corpo e</p><p>também recolhe as excretas do metabolismo.</p><p>Figura 70: Coração</p><p>Figura 71: Hemoglobinas</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>57</p><p>Figura 72: Artérias E Veias</p><p>SISTEMA RESPIRATÓRIO</p><p>O sistema respiratório é composto pelo nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia,</p><p>brônquios, bronquíolos e alvéolos. Nos pulmões, os glóbulos vermelhos descarregam seu</p><p>dióxido de carbono no ar e dele tomam sua nova carga de oxigênio. O processo se chama</p><p>hematose.</p><p>Figura 73:Sistema Respiratório</p><p>Figura 74: Sistema Respiratório</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>58</p><p>O diafragma é o músculo responsável pelos movimentos respiratórios: inspiração e expiração.</p><p>Figura 75: Diafragma</p><p>Figura 76: Pulmão</p><p>A respiração é a função mediante a qual as células vivas no corpo tomam oxigênio (O2) e</p><p>eliminam o dióxido de carbono (CO2).</p><p>É um intercâmbio gasoso (O2 e CO2) entre o ar da atmosfera e o organismo.</p><p>Figura 78: Transporte De Oxigênio</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>59</p><p>SISTEMA DIGESTÓRIO</p><p>O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão</p><p>associados órgãos e glândulas que participam de digestão, com a finalidade de transformar o</p><p>alimento ingerido em partículas bem pequenas para que elas sejam absorvidas.</p><p>O sistema apresenta como componentes principais: boca, faringe, esôfago, estômago,</p><p>intestino delgado, intestino grosso e ânus.</p><p>Figura 79: Sistema Digestório</p><p>SISTEMA URINÁRIO</p><p>O sistema urinário participa da manutenção do organismo através da eliminação de restos do</p><p>metabolismo, de água e outras substâncias pela urina. O sistema urinário é formado por 2</p><p>rins, 2 ureteres, 1 bexiga, 1 uretra. A urina é composta de aproximadamente 95% de água. As</p><p>principais excretas da urina humana são a uréia, o cloreto de sódio e o ácido úrico.</p><p>Figura 80: Sistema Urinário</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>60</p><p>CAPÍTULO 6 – PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS</p><p>6.1 -SUPORTE BÁSICO DE VIDA</p><p>São procedimentos feitos para se manter as condições mínimas de uma vítima, para que se</p><p>tenha uma chance de sobrevivência após um evento traumático, que traga riscos diretos para</p><p>sua vida.</p><p>MEDIDAS QUE ANTECEDEM A ABORDAGEM DA VÍTIMA</p><p> Acionar apoio especializado;</p><p> Avaliar o local para identificar possíveis riscos;</p><p> Isolar ou sinalizar a área para facilitar a atuação dos socorristas;</p><p> Providenciar proteção individual à equipe, a fim de evitar contaminação.</p><p>AVALIAÇÃO DA VÍTIMA</p><p> Vítima não responsiva;</p><p> Sem respiração ou respiração anormal.</p><p>Suporte básico de vida (CAB)</p><p>C = COMPRESSÃO</p><p>A = ABRIR VIAS AÉREAS</p><p>B = BOA VENTILAÇÃO</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>61</p><p>OBS: O exame primário (CAB) não deve ser interrompido exceto em caso de obstrução de</p><p>vias aéreas ou utilização DESA/DEA.</p><p>REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR</p><p> PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA</p><p>É a cessação repentina dos batimentos cardíacos ou quando o músculo cardíaco, em</p><p>condições de extrema debilidade, distende com dificuldade para demanda da quantidade de</p><p>sangue na circulação.</p><p> SINAIS E SINTOMAS</p><p> A pessoa fica muito pálida, com lábios descoradas, devido a seu sangue não estar</p><p>circulando e sua respiração estar fraca ou mesmo imperceptível;</p><p> A respiração pode não ser constatada quando os batimentos cardíacos e a pulsação</p><p>em artérias, como a carótida, femoral ou radial, são imperceptíveis;</p><p> A pupila fica dilatada e ela não consegue piscar os olhos.</p><p> PRIMEIROS SOCORROS</p><p> Comprovar ausência de respostas;</p><p> Colocar essa vítima em decúbito dorsal em uma superfície plana e rígida;</p><p> Atentar para um possível trauma na cervical;</p><p> Iniciar a RCP.</p><p>OBSERVAÇÃO: Fica determinado que as manobras de RCP (Ressuscitação</p><p>Cardiopulmonar) devam ser realizadas com compressões.</p><p> Compressão esternal – 5cm;</p><p> Comprimir 100/min;</p><p> Socorristas leigos sem treinamento em RCP deverão aplicar RCP somente com as</p><p>compressões torácicas;</p><p> Socorristas treinados em RCP iniciarão o quanto antes as compressões torácicas e</p><p>mantendo uma relação de 30 compreensões para 02 ventilações.</p><p>PARAR RCP:</p><p> Ordem médica ou interferência do socorro avançado;</p><p> Se houver algum sinal de vida;</p><p> Extremo desgaste físico.</p><p>INTERROMPER:</p><p> Quando precisar desobstruir as vias aéreas;</p><p> Para usar o DEsA (Desfibrilador Externo semiautomático) ou DEA(Desfibrilador Externo</p><p>Automático).</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>62</p><p>Figura81: Massagem Cardíaca</p><p>Figura82: Massagem Cardíaca</p><p>Figura83: Posicionamento Para Massagem</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>63</p><p>Figura84: Umbu</p><p>Figura85: Pocket Mask</p><p>6.2 - ESTADO DE CHOQUE</p><p>É o quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular de prover circulação</p><p>suficiente para os órgãos. A chegada de sangue rico em O2 aos órgãos é denominada</p><p>PERFUSÃO.</p><p> CAUSAS:</p><p> Hemorragias e/ou fraturas graves;</p><p> Queimaduras graves;</p><p> Esmagamentos ou amputações;</p><p> Exposições prolongadas a frio ou calor extremos;</p><p> Acidente por choque elétrico;</p><p> Ferimentos extensos ou graves;</p><p> PCR (Parada Cardiorrespiratória).</p><p> Infecções graves;</p><p> Intoxicações alimentares ou envenenamento.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>64</p><p> SINAIS E SINTOMAS DO ESTADO DE CHOQUE:</p><p> Palidez;</p><p> Sudorese;</p><p> Taquicardia;</p><p> Taquipneia;</p><p> Cianose;</p><p> Pulso rápido e fino (fraco);</p><p> Pressão arterial baixa;</p><p> Sede;</p><p> Tontura;</p><p> Perda da consciência.</p><p>CONDUTA DO SOCORRISTA:</p><p>Em uma situação de emergência devemos tomar as seguintes atitudes:</p><p>1. Posicionar a paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores elevados (na</p><p>ausência de fraturas), para aumentar o retorno venoso e a volemia efetiva;</p><p>2. Verificar se vias aéreas superiores estão pérvias e administrar oxigênio, se necessário;</p><p>3. Na presença de hemorragias, utilizar técnicas para controle do sangramento;</p><p>4. Não administrar líquidos, alimentos ou medicamentos;</p><p>5. Reduzir perda de calor corporal com cobertores;</p><p>6. Reavaliação constante.</p><p>6.3 - HEMORRAGIAS</p><p>CONCEITO</p><p>A hemorragia é uma perda de sangue devido à ruptura de vasos sanguíneos. A hemorragia</p><p>pode ser interna ou externa, implicando atitudes diferentes por parte do socorrista.</p><p> SINAIS E SINTOMAS DE UMA HEMORRAGIA INTERNA:</p><p> Pulso fraco;</p><p> Pele fria e pegajosa;</p><p> Suor frio e abundante;</p><p> Palidez intensa;</p><p> Sede;</p><p> Tontura;</p><p> Perda da consciência;</p><p> Taquicardia;</p><p> Cianose.</p><p> PRIMEIROS SOCORROS DE UMA HEMORRAGIA INTERNA:</p><p> Manter a vítima calma;</p><p> Manter a vítima deitada;</p><p> Remover a vítima para o hospital.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>65</p><p>Se não houver suspeita de lesão de medula ou membros inferiores, elevar as pernas da</p><p>vítima num ângulo de 45⁰.</p><p>Figura86: Hemorragia Interna</p><p> PRIMEIROS SOCORROS DE UMA HEMORRAGIA EXTERNA:</p><p> Manter a vítima deitada;</p><p> Compressão direta;</p><p> Aplicar ataduras e gaze com leve pressão;</p><p> Não remover ataduras encharcadas de sangue (aplicar uma nova por cima);</p><p> Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração.</p><p>Figura87: Hemorragia Externa</p><p>Observação: Na hemorragia não se deve dar água ao indivíduo.</p><p>TORNIQUETE</p><p>São utilizados somente para controlar hemorragias nos casos em que a vítima teve a perna</p><p>ou o braço amputado e onde procedimentos normais de estancamento não obtiveram êxito.</p><p>Figura88: Torniquete</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>66</p><p>APLICAÇÃO DE TORNIQUETE</p><p>Siga estes passos:</p><p>1. Envolva o local da aplicação com uma bandagem de proteção;</p><p>2. O torniquete deve ser feito com uma bandagem de pelo menos 3cm de largura. Se não</p><p>a tiver, use uma gravata, um cinto largo, um lenço dobrado ou mesmo tiras de pano rasgadas</p><p>de uma camisa. Nunca use barbantes, cordas, arames ou quaisquer materiais que possam</p><p>agredir os vasos sanguíneos, os músculos ou os nervos;</p><p>3. Mantenha o membro ferido em elevação se possível e, em seguida, o envolva com</p><p>bandagem ou pano limpo que vai servir de torniquete sobre a bandagem de proteção. Dê um</p><p>nó unindo as duas pontas, coloque um material rígido sob esse nó;</p><p>4. Gire o material rígido com rapidez, de forma a ir apertando progressivamente o pano e</p><p>em consequência, o próprio membro;</p><p>5. Quando a hemorragia cessar, pare de girar o torniquete e deixe-o fixo. Para fixá-lo,</p><p>basta pegar as duas pontas da bandagem ou pano limpo que ficam sobrando acima do nó,</p><p>passar cada uma delas por um dos lados do graveto e amarrá-las do outro lado do membro,</p><p>impedindo assim que o material rígido gire em sentido contrário e afrouxe o aperto;</p><p>6. Nunca aperte o torniquete além do necessário para estancar o sangramento;</p><p>7. Deve-se afrouxar a cada cinco minutos.</p><p>AMPUTAÇÃO TRAUMÁTICA</p><p>São lesões em que há separação de um membro ou de uma estrutura protuberante do corpo,</p><p>podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamento ou por forças de tração.</p><p>Figura 89: Amputação do Dedo</p><p> CUIDADOS:</p><p> Limpeza, sem imersão em líquido;</p><p> Envolvê-lo com gaze estéril ou compressa limpa;</p><p> Proteger o membro amputado com dois sacos plásticos fechados;</p><p> Colocar o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada;</p><p> Jamais colocar o segmento amputado em contato direto com o gelo.</p><p>HEMOSTASIA</p><p>Resposta fisiológica normal, que previne a perda significativa de sangue após um dano</p><p>vascular, com intuito de controlar a hemorragia, estancar um sangramento.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>67</p><p>6.4 - QUEIMADURAS</p><p>Queimaduras são ferimentos produzidos por inúmeras causas:</p><p>Queimaduras térmicas: Fogo, vapor, líquidos superaquecidos (óleos, água fervente, fluidos,</p><p>etc.), gelo.</p><p>O QUE FAZER:</p><p> Resfriar com água fria corrente;</p><p> Proteger a área com gaze, pano limpo e seco ou manta aluminizada;</p><p> Elevar o membro afetado para evitar inchaço.</p><p>O QUE NÃO FAZER:</p><p> Não retirar roupas grudadas;</p><p> Não aplicar gelo no local da queimadura devido à vasoconstrição e diminuição da</p><p>irrigação sanguínea;</p><p> Não aplicar produtos como: pasta de dente, óleo, margarina, café, açúcar, água</p><p>sanitária, vinagre, etc., ou pomada sem orientação médica.</p><p>Figura 90: Queimadura</p><p>Queimaduras por gazes (inalação): A inalação de gases superaquecidos pode causar</p><p>obstrução de vias aéreas por edema da hipofaringe.</p><p>SINAIS E SINTOMAS:</p><p> Queimaduras da face ou da boca;</p><p> Chamuscamento de pelos faciais;</p><p> Escarro enegrecido;</p><p> Rouquidão ou estridor;</p><p> Tosse ou dispneia;</p><p> História de inconsciência;</p><p> Exposição a fogo em ambiente fechado.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>68</p><p>O QUE FAZER:</p><p> Proteja-se da exposição;</p><p> Avaliar e manter suporte básico de vida (CAB);</p><p> Transportar rapidamente a vítima para cuidados avançados.</p><p>Figura91: Raio X do Torax</p><p>Queimaduras elétricas: Choque elétrico é o conjunto de perturbações de natureza e efeito</p><p>diversos, que se manifestam no organismo humano quando este é percorrido por corrente</p><p>elétrica. Na pele, podem aparecer duas pequenas áreas de queimaduras (geralmente de 3⁰</p><p>grau) – a de entrada e de saída da corrente elétrica.</p><p>O QUE FAZER:</p><p> Desligue a chave geral;</p><p>Afaste a vítima para longe da fonte de eletricidade ou a fonte da vítima, com material</p><p>adequado (bastão isolante).</p><p>Figura 92: Bastão</p><p>Figura 93: Procedimento Para Desligar Chuva Geral</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>69</p><p> Se houver parada cardiorrespiratória, aplique a ressuscitação (CAB);</p><p> Cubra as queimaduras com gaze, pano bem limpo ou manta aluminizada;</p><p> Se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas elevadas;</p><p> Em caso de suspeita de fratura, imobilize;</p><p> Se necessário, cubra a pessoa com um cobertor térmico e mantenha-a calma;</p><p> Procure ajuda médica imediata;</p><p>OBS: Nunca confiar em luvas de borracha, pedaços de madeira, pano, botas de borracha,</p><p>cordas ou golpear bruscamente a vítima.</p><p>As consequências são sempre as mesmas: maior ou menor destruição dos tecidos.</p><p>A gravidade de uma queimadura</p><p>depende da localização, extensão e profundidade.</p><p>2⁰ grau > 25% de Superfície do Corpo Queimada (SCQ) em adultos.</p><p>3⁰ grau > 10% de SCQ qualquer faixa etária.</p><p>Observação: Roupas em chamas procurar abafar as chamas na vítima com qualquer pano</p><p>que encontrar como cobertor, chalé, toalha, lençol, etc.</p><p>A vítima em chamas, não deve correr e sim rolar no chão de um lado para o outro Corte ou</p><p>rasgue com cuidado a roupa queimada (se a roupa estiver colada não retire), tratar da</p><p>queimadura de acordo com as condições da vítima.</p><p>GRAU DE QUEIMADURAS</p><p>1⁰ grau: envolve a epiderme. Pele vermelha, inchaço, dor discreta.</p><p>Figura94: Queimadura De Primeiro Grau</p><p>2⁰ grau: envolve a epiderme e derme. Bolhas sobre a pele vermelha, dor mais intensa.</p><p>Figura95: Queimadura De Segundo Grau</p><p>3⁰ grau: envolve derme e tecido subcutâneo ou hipoderme. Apresenta pele escura ou</p><p>carbonizada, com pouca ou nenhuma dor na área afetada.</p><p>Figura96: Queimadura De Terceiro Grau</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>70</p><p>.</p><p>PORCENTAGEM DA QUEIMADURA</p><p>Para queimaduras maiores e mais espalhadas, usa-se a REGRA DOS 9% (vide figura</p><p>abaixo):</p><p>Um adulto de frente:</p><p>9% = cabeça e pescoço;</p><p>9% =tórax;</p><p>9% = abdômen;</p><p>9% = perna direita;</p><p>9% = perna esquerda;</p><p>9% = os dois braços;</p><p>1% = órgãos genitais;</p><p>55% = subtotal.</p><p>Agora, de costas:</p><p>9% = costas;</p><p>9% = abdômen;</p><p>9% = perna direita;</p><p>9% = perna esquerda;</p><p>9% = os dois braços;</p><p>45% = subtotal;</p><p>55% (frente) + 45% (costas) = 100% da área do corpo.</p><p>PRIMEIROS SOCORROS PARA ALGUNS CASOS ESPECIAIS</p><p> Queimadura por produtos químicos deve-se seguir a orientação da FISPQ (Ficha de</p><p>Informações de Segurança de Produto Químico);</p><p> Queimaduras nos olhos: não perder tempo, deitar a vítima, levantando-lhe suavemente</p><p>as pálpebras, banhar os olhos abundantemente com água pura, por uns trinta minutos no</p><p>mínimo.</p><p>6.5 - TIPOS DE TRAUMATISMO</p><p>TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (T.C.E.)</p><p>As lesões cranianas são potencialmente perigosas, acompanhadas ou não de inconsciência</p><p>imediata. Para a recuperação e retorno satisfatório das funções normais, o tratamento</p><p>apropriado é a etapa inicial básica, sobretudo se o paciente estiver inconsciente.</p><p>Sinais possíveis de fratura craniana, observados durante 48 horas da ocorrência do acidente:</p><p> Perda da consciência, sonolência ou desorientação;</p><p> Uma depressão no couro cabeludo;</p><p> Drenagem de sangue ou líquido claro pelo nariz, ouvido ou mesmo boca;</p><p> Paralisia de um lado do corpo;</p><p> Perda da visão, convulsões, vômitos;</p><p> Perda da memória recente;</p><p> Dor de cabeça severa e/ou persistente;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>71</p><p> Variações da frequência respiratória e do pulso.</p><p>PRIMEIROS SOCORROS:</p><p> Mantenha a pessoa deitada. Use uma das seguintes posições;</p><p> Se a pessoa tiver suspeita de lesão na coluna, mantenha a cabeça no mesmo nível do</p><p>corpo;</p><p> Se a pessoa não tiver suspeita de lesão na coluna, eleve sua cabeça no mesmo nível</p><p>do corpo;</p><p> Se a pessoa não tiver suspeita de lesão na coluna, eleve sua cabeça e seus ombros</p><p>um pouco, colocando por baixo um travesseiro. Colocá-lana posição lateral de segurança.</p><p> Se houver corte no couro cabeludo, controle o sangramento até chegar assistência</p><p>qualificada;</p><p> Faça compressão sobre o ferimento com gaze ou pedaço de pano;</p><p> Mantenha a pessoa aquecida, se houver suspeita de lesão nas costas ou pescoço,</p><p>imobilize-os e transporte a vítima até o pronto socorro mais próximo.</p><p>TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (T.R.M.)</p><p>São ferimentos penetrantes como tiros, facas, que produzem lesão na medula espinhal que</p><p>ocorre por penetração ou mesmo por compressão e às vezes combinada com hemorragia da</p><p>medula.</p><p>Deslocamento e fraturas de vértebras podem produzir contusões, lacerações e a</p><p>consequência geralmente é a invalidez permanente.</p><p>A coluna vertebral tem 33 ossos, chamados vértebras, que se estendem da base do crânio</p><p>até o topo cóccix. Existem 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 vértebras sacrais</p><p>e 4 vertebrais coccígeas.</p><p>As lesões podem ser incompletas e completas. As completas resultam em perda total da</p><p>função, paciente não responde a movimentação ou sensação abaixo do nível da lesão. Nas</p><p>incompletas há preservação de algumas funções.</p><p>SUSPEITA DE TRM (TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR)</p><p>a) Se a vítima estiver consciente, pergunte se o pescoço e as costas doem; se um braço</p><p>ou uma perna estão paralisados, fracos e se sente formigamento ou entorpecimento</p><p>em um braço ou em uma perna. Nesse momento observe se há edema, hematoma ou</p><p>mesmo deformidade na região das vértebras;</p><p>b) Se a vítima estiver inconsciente e você não souber o que houve, considere-a como</p><p>tendo lesões no pescoço ou nas costas (TRM).</p><p>Observação: É importante ter em mente que a vítima, principalmente com sinais de lesão</p><p>medular deve ser transportada com todo cuidado, para não provocar um segundo trauma ou</p><p>agravar a lesão prévia, uma vez que esta lesão poderia ser irreversível.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>72</p><p>PRIMEIROS SOCORROS</p><p> O socorrista deve sempre que possível identificar-se;</p><p> Quando houver suspeita de TRM, a vítima deve ser corretamente imobilizada e</p><p>transportada até o pronto-socorro mais próximo.</p><p>CONTUSÃO</p><p>É uma lesão traumática aguda, sem corte, decorrente de trauma direto aos tecidos moles e</p><p>que provoca dor e edema.</p><p>Figura97: Hematoma</p><p>RASGAMENTO MUSCULAR</p><p>O rasgamento muscular é a ruptura propriamente dita das fibras musculares, com lesão</p><p>transversal ao corpo muscular.</p><p>ENTORSES</p><p>É a perda transitória de contato entre duas extremidades ósseas, podendo causar distensão</p><p>dos ligamentos. A entorse pode ser causada por movimentos exagerados e em falso.</p><p>Podemos citar como exemplos, chutar uma bola de mau jeito, pisar em falso, etc. a entorse é</p><p>mais comum nas articulações do tornozelo, joelho, punho e quadril.</p><p> Sinais e sintomas:</p><p> Dor ao movimentar a articulação;</p><p> Inchaço local.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>73</p><p>Primeiros socorros:</p><p> Aplicar gelo no local;</p><p> Evitar movimentos da articulação;</p><p> Imobilizar a articulação;</p><p> Encaminhar para a assistência qualificada.</p><p>Figura98: Entorse</p><p>LUXAÇÕES</p><p>É a perda de contato entre duas extremidades ósseas, podendo ser causada por acidentes ou</p><p>movimentos articulares muito violentos; as mais comuns ocorrem nas articulações do ombro,</p><p>cotovelo, dedos das mãos, mandíbula e quadris.</p><p>Figura 99: Raio X Ombro Luxado</p><p>Sinais e sintomas</p><p> Dor intensa no local irradiando por todo membro afetado;</p><p> Edema local;</p><p> Deformidade da articulação;</p><p> Impotência funcional da articulação.</p><p> Primeiros socorros:</p><p> Aplicar gelo no local, não diretamente sobre a pele;</p><p> Não tentar colocar o osso no lugar;</p><p> Imobilizar a região afetada;</p><p> Providenciar assistência qualificada.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>74</p><p>FRATURAS</p><p>Uma fratura é qualquer interrupção da continuidade de um osso.</p><p>Figura 100: Fratura</p><p>CLASSIFICAÇÃO DA FRATURA</p><p> Fechada: É facilmente identificada quando há uma massa localizada, dor, havendo</p><p>deformidade no local;</p><p> Aberta: Quando o osso atravessa a pele. Estas são as mais graves devido a sua maior</p><p>perda sanguínea.</p><p>Figura101: Fratura Fechada</p><p>Figura102: Fratura Aberta</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>75</p><p>FRATURAS DE COSTELAS</p><p> Causa dor intensa;</p><p> Podem ocasionar pneumotórax ou hemotórax;</p><p> Podem ser isoladas ou múltiplas;</p><p> As primeiras de 1 a 3 ossos dos membros superiores (clavícula, escápula);</p><p> As intermediárias de 4 a 9: risco de lesão intratorácica;</p><p> E as últimas de 10 a 12: suspeita de trauma e hepatoesplênico.</p><p>SINAIS E SINTOMAS:</p><p> Edema no local;</p><p> Dor aguda e localizada;</p><p> Dificuldade de movimentar a parte afetada;</p><p> Ponta de osso exposto, no caso de fratura aberta;</p><p> Mancha de coloração avermelhada ou azulada no local da lesão.</p><p>PRIMEIROS SOCORROS:</p><p> Inspecione todo o corpo da vítima em busca de fraturas em outros locais;</p><p> Não tente colocar o osso no lugar;</p><p> Deixe o membro fraturado o mais natural possível, procurando aliviar a dor;</p><p> Imobilizar a parte fraturada incluindo as articulações que ficam acima e abaixo da</p><p>fratura;</p><p> Procure assistência qualificada.</p><p>Observação 1: No caso de fratura aberta, deve-se conter a hemorragia, proteger o ferimento</p><p>com gaze ou pano limpo, fazer imobilização e observar constantemente, pois poderá surgir</p><p>nova hemorragia.</p><p>Observação 2: Chamamos de fraturas graves aquelas que ocorrem na coluna, no crânio, na</p><p>bacia, nas costelas e no fêmur. Para esse tipo de fratura é necessário cuidado especial, ou</p><p>seja, são situações em que se deve imobilizar a vítima e remover ao hospital rapidamente.</p><p>CUIDADOS QUE O SOCORRISTA DEVE TER:</p><p> Em feridas onde existe a transfixação e permanência do objeto causador, o socorrista</p><p>deve protegê-lo, com uma gaze ou mesmo um copo descartável e controlar sinais vitais,</p><p>acalmar a vítima e transportá-la para o hospital;</p><p> Nas eviscerações, o socorrista deve proteger as vísceras com pano limpo embebido</p><p>em soro fisiológico.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>76</p><p>6.6 - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS</p><p>BANDAGEM</p><p>Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente</p><p>uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um</p><p>lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha. Na aplicação de uma</p><p>bandagem tome os seguintes cuidados:</p><p>1. A região deve estar limpa;</p><p>2. Os músculos relaxados;</p><p>3. Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, ex: nos membros superiores no</p><p>sentido da mão para o braço;</p><p>4. Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida;</p><p>5. Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na</p><p>pele local.</p><p>CURATIVO</p><p>É um procedimento que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma</p><p>ferida, quando necessário, com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir</p><p>contaminação e infecção.</p><p>OBJETIVOS:</p><p>Tratar e prevenir infecções, eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a cicatrização e</p><p>prolongam a convalescência, aumentando os custos do tratamento, diminuir infecções</p><p>cruzadas, através de técnicas e procedimentos corretos.</p><p>Figura103: Kit Primeiro Socorros</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>77</p><p>COMO PROCEDER:</p><p> Lave as mãos antes de manipular a ferida e começar o curativo;</p><p> Limpe o local do ferimento com soro fisiológico ou água corrente;</p><p> Segue a área em volta do machucado. Cuidado para não esfregar;</p><p> Passe pomada no local. Muita atenção neste momento, pois é necessário saber qual o</p><p>medicamento específico a ser colocado a depender do tipo de ferimento. Na dúvida, consulte</p><p>um médico;</p><p> Fixe o esparadrapo no local de acordo com o tamanho da ferida. Em certos locais, o</p><p>esparadrapo não deve ser utilizado, como nas articulações, por exemplo. Nestes casos, utilize</p><p>ataduras ou gaze. Estas devem ser colocadas de maneira que não afrouxem ou comprimam</p><p>muito o machucado;</p><p> Troque seu curativo a cada 12 horas. Assim, ele ficará sempre limpo e permitirá que o</p><p>ferimento respire melhor.</p><p>1- Com um chumaço de gaze, é feita compressão sobre o ferimento;</p><p>Figura 104: Compressão Em Ferimento</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>78</p><p>2- A bandagem triangular é usada para fixar as gazes no local da ferida;</p><p>Figura105: Bandagem</p><p>3- Um nó duplo, feito sobre o ferimento, permite controlar a pressão para ajudar a</p><p>estancar a hemorragia.</p><p>Figura 106: Compressão Com Atadura</p><p>FERIMENTOS NA CABEÇA</p><p>Exceto os de menor gravidade, os ferimentos na cabeça requerem sempre pronta atenção de</p><p>um profissional de saúde.</p><p>Faça o seguinte:</p><p>1. Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas</p><p>roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima;</p><p>2. Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um</p><p>pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente e prenda com ataduras ou esparadrapo;</p><p>3. Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o</p><p>lado que está sangrando;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>79</p><p>4. Se escoar pelo ouvido um líquido límpido incolor deixe sair naturalmente, virando a</p><p>cabeça de lado.</p><p>IMOBILIZAÇÃO</p><p>A imobilização mantém os ossos quebrados no devido lugar, impossibilitando sua</p><p>movimentação até que eles se curem. Os equipamentos para imobilização têm a função de</p><p>proteção da coluna vertebral e extremidades da vítima no momento do seu transporte.</p><p> Colar cervical (imobilizadores de coluna cervical): existem vários tamanhos P, M,</p><p>G.</p><p>Figura 107: Colar Cervical</p><p> Talas: imobilizadores de membros “braços e pernas”.</p><p>Figura 108: Talas</p><p> Macas: existem vários modelos de macas. Deverá ser usada em conjunto com o</p><p>imobilizador lateral de cabeça, colar cervical e tirantes de fixação.</p><p>Figura 109: Maca Rígida</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>80</p><p>Figura 110: Maca Offshore</p><p>Figura 111: Maca</p><p>SINAIS VITAIS</p><p>Sinais vitais são indicativos do funcionamento normal do organismo e dizem respeito a: Pulso</p><p>e Respiração.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>81</p><p>a) PULSO</p><p>O que se chama comumente de “pulso” está associado às pulsações ou às batidas do</p><p>coração, impulsionando o sangue pelas artérias e que podem ser sentidas ao posicionarmos</p><p>as pontas dos dedos em locais estratégicos do corpo.</p><p>Figura 112: Procedimento Para Verificação De Pulso</p><p>As pulsações devem ser contadas durante 30 segundo e o resultado multiplicado por 2, para</p><p>se determinar o número de batidas por minuto. Ou, como mostra o texto da figura acima,</p><p>contam-se os batimentos durante 15 segundos e multiplica-se por 4. A interpretação deste</p><p>resultado, nos adultos, é mostrada no quadro a seguir:</p><p>Quadro 1: interpretação do número de pulsações</p><p>NÚMERO INTERPRETAÇÃO</p><p>60 A 80 Normal</p><p>>60 Lento (Bradicardia)</p><p>>=100 Rápido (Taquicardia)</p><p>100 – 150 Emergência (Acidentado)</p><p>>150 Procurar Médico Rápido</p><p>Como regra geral, sempre que os batimentos cardíacos forem menores que 50 ou maiores</p><p>que 120 por minuto, algo seriamente errado está acontecendo com o paciente.</p><p>É possível que haja a necessidade de se proceder à massagem cardiorrespiratória e à</p><p>respiração boca a boca.</p><p>b) Respiração</p><p>A respiração na prática é o conjunto de 2 movimentos normais dos pulmões e músculos do</p><p>peito:</p><p>1. Inspiração (entrada de ar pela boca/nariz);</p><p>2. Expiração (saída de ar pelas mesmas vias respiratórias).</p><p>Nota-se a respiração pelo arfar (movimento de sobre e desce do peito) ritmado do indivíduo.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>82</p><p>Quadro 2: Interpretação do número de arfadas</p><p>NÚMERO INTERPRETAÇÃO</p><p>16 – 22</p><p>Um indivíduo eupneico (respiração normal)</p><p>Figura 113: Inspiração E Respiração</p><p>6.7 - IÇAMENTO E ARRIAMENTO DE VÍTIMAS POR EMBARCAÇÕES E HELICÓPTEROS</p><p>Este procedimento deve ser feito por pessoas especializadas, com toda atenção para as</p><p>amarrações e o tipo de corda que será utilizada.</p><p>A estabilização, tanto para içamento ou arreamento, deve ser controlada por no mínimo 2</p><p>socorristas:</p><p> A aproximação da equipe de socorro deverá ser realizada pelas laterais da aeronave.</p><p>No caso da vítima estar no mar, o socorrista deve tomar certa distância para ir de encontro à</p><p>vítima e depois se aproximar</p><p>a nado;</p><p> Observe o contato prévio do cabo de içamento da aeronave ao solo ou água para a</p><p>descarga da eletricidade estática;</p><p> A vítima deve estar ciente, se possível, dos procedimentos que estão sendo feitos;</p><p> Certifique-se do afivelamento correto dos cintos da maca;</p><p> Ice a maca preferencialmente na horizontal;</p><p> No momento do arreamento da vítima, observe a liberação da área;</p><p> Antes da decolagem, verifique se a vítima está confortável e segura. Todos os</p><p>equipamentos devem estar fixados;</p><p> Na aeronave, a vítima deverá ser posicionada, preferencialmente com a cabeça voltada</p><p>para a cabine do piloto;</p><p> Mantenha o material de primeiros socorros por perto;</p><p> Em vítimas com fraturas de membros, não utilize dispositivo de imobilização com</p><p>pesos, que podem oscilar durante o transporte;</p><p> Proteja o ouvido da vítima e caso ela esteja lúcida, utilize fones para comunicação;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>83</p><p> A vítima deverá estar envolvida em um cobertor e preferencialmente as roupas</p><p>molhadas devem ser tiradas;</p><p> Em caso de atendimento prévio da equipe médica, não tente apressá-la para</p><p>evacuação. Esta equipe tem procedimentos a serem adotados antes da evacuação;</p><p> Encaminhe preferencialmente junto à vítima, a ficha de identificação, os procedimentos</p><p>realizados a bordo, as informações sobre os medicamentos administrados e possíveis</p><p>alergias, carteira do plano de saúde e histórico de doenças prévias.</p><p>Em caso de acidentes com vítimas que precisam de remoção, existem dois meios de</p><p>transporte a uma unidade offshore: por embarcação ou aeronave.</p><p>Figura114: Helicóptero De Resgate Figura115: Bote De Regate</p><p>O resgate de vítimas será definido pelo recurso que melhor e mais rápido possa atender.</p><p>OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:</p><p> Permita que a eletricidade estática descarregue na água;</p><p> Não sente na cinta;</p><p> Mantenha o balancim e o cabo do guincho na sua frente;</p><p> Não tente ajudar a tripulação durante o embarque no helicóptero, poderá resultar em</p><p>sua queda.</p><p>RESGATE POR EMBARÇÃO</p><p>As instalações offshore possuem equipes e embarcações de resgate rápido que estarão</p><p>prontas para serem acionadas podendo promover :</p><p> Resgate de um homem ao mar;</p><p> Resgate de pessoal que caiu de uma embarcação;</p><p> Reboque de balsa inflável;</p><p> Tarefas múltiplas de resgate;</p><p> Resgate de pessoal de um helicóptero que sofreu queda.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>84</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO</p><p>1. Quais são as quatro medidas que devem ser tomadas antes da abordagem da</p><p>vítima?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>2. Você é enviado a uma cena de uma cena de um “homem caído próximo há uma</p><p>escada”. Ao se aproximar percebe que a vítima está inconsciente. O que fazer?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>3. A Ressuscitação Cardiorrespiratória (RCP) é um conjunto de intervenções que</p><p>objetiva a circulação efetiva e as chances de sobrevida. Qual é a atual sequencia</p><p>que deve ser realizada?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>4. Em que momento deve-se interromper a RPC?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>5. Cite cinco sinais e sintomas de uma hemorragia interna?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>6. O que é Hemostasia? Cite dois procedimentos?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>7. Quais são os graus de queimadura e como elas se apresentam?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>85</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>8. Como podem ser classificadas as Fraturas?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>9. Ao depararmos com alguém que foi acometido por choque elétrico, o que fazer:</p><p>a) Desenrolar a língua da pessoa;</p><p>b) Colocar a pessoa na cama ou cadeira;</p><p>c) Afrouxar as roupas da pessoa;</p><p>d) Desligar a fonte alimentação e realizar suporte básico de vida.</p><p>10. Quando deve ser utilizado o torniquete:</p><p>a) Quando houver corte superficial;</p><p>b) Quando houver amputação e todos os procedimentos de hemostasia forem ineficazes;</p><p>c) Nenhuma das alternativas;</p><p>d) Quando houver fratura com sangramento.</p><p>SPR – SEGURANÇA PESSOA E RESPONSABILIDADE SOCIAL</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>A filosofia empresarial da FOX Consultoria e Treinamentos On e Offshore Ltda pode ser</p><p>sintetizada no reconhecimento do valor das pessoas e na capacidade em lhes acrescentar</p><p>novas competências, objetivando seu reconhecimento não só profissional, mas sobre tudo</p><p>como ser humano integral.</p><p>Deste modo estamos habilitados a oferecer e desenvolver soluções que atendam às</p><p>necessidades de consultoria e treinamento empresarial focando a preservação da vida, em</p><p>sua acepção mais ampla, contribuindo de forma significativa para o alcancedos objetivos de</p><p>excelência empresarial dos nossos clientes.</p><p>Esta disciplina atende as exigências da NORMAM-24/DPC, proporcionando conhecimento ao</p><p>aluno, visando capacitá-lo a identificar e seguir instruções em situações de emergência,</p><p>praticar as regras de prevenção de acidentes e manter um bom relacionamento a bordo das</p><p>unidades offshore.</p><p>Acreditamos que o seu aproveitamento neste curso seja eficaz para o enfrentamento dos</p><p>problemas do dia-a-dia e possa contribuir efetivamente para o seu crescimento individual e</p><p>profissional.</p><p>Seja bem vindo!</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>86</p><p>CAPITULO 7 – RESPONSABILIDADE SOCIAL E RELAÇÕES HUMANAS A BORDO</p><p>7.1 - ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO</p><p>O DESAFIO DE COMUNICAR</p><p>O QUE SE QUER FALAR</p><p>Nos primórdios da comunicação o homem se expressava por gestos, imagens, e sons. Só</p><p>muito mais tarde é que o homem aprendeu a usar sinais gráficos para se referir aos objetivos</p><p>que conhecia pelos sentidos e que comunicava através dos gestos.</p><p>A linguagem é uma construção da razão, uma invenção para poder aproximar-se da</p><p>realidade. A palavra é apenas uma representação simbólica do objeto.</p><p>ELEMENTOS BÁSICOS DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO</p><p>Para se comunicar o homem usa sinais devidamente organizados, emitindo-os a outra</p><p>pessoa. A mensagem é emitida a partir de diversos códigos de comunicação (palavras,</p><p>gestos, desenhos, sinais, etc.) Qualquer mensagem precisa de um meio transmissor, o qual</p><p>chama-se de canal de comunicação e refere-se a um contexto, a uma situação.</p><p>OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO SÃO:</p><p> Emissor;</p><p> Receptor;</p><p> Canal;</p><p> Mensagem;</p><p> Codificação e decodificação;</p><p> Signos ou sinais.</p><p>Emissor é quem produz codifica e transmitea mensagem. Pode ser uma pessoa ou grupo de</p><p>pessoas que desejam exprimir seus propósitos em forma de mensagem.</p><p>Receptor é quem recebe a mensagem, decodifica e coloca em ação, isto é, emite uma</p><p>resposta.</p><p>Canal é o meio pelo qual a mensagem é transmitida ao receptor, a via de transmissão, seja</p><p>através de gestos, códigos, expressões faciais, linguagem oral ou escrita.</p><p>Mensagem é o conteúdo da comunicação. É a informação transmitida devendo ser</p><p>estruturada de forma que o significado represente a expressão concreta de nossas ideias e</p><p>experiências e seja comum para o emissor e receptor. Para isto, é necessário que a</p><p>mensagem seja codificada, expressando de forma clara a mensagem enviada;</p><p>Codificaçãoé a transposição das ideias e pensamentos para a mensagem a ser comunicada,</p><p>pois a mensagem necessita ser composta de palavras e signos para ser enviada ao receptor.</p><p>É fundamental que emissor considere as características do receptor para codificar a</p><p>mensagem, de forma que seja compreendida por ele;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>87</p><p>Decodificação é o processo de tradução das palavras e signos que é feito pelo receptor para</p><p>compreender a mensagem;</p><p>Signos ou sinais estão presentes no nosso dia a dia e compõem a comunicação verbal.</p><p>Figura 116: Código Fonético Internacional</p><p>7.2 - BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO</p><p>Existem muitas barreiras que podem distorcer a comunicação daquilo que transmitimos ou</p><p>recebemos, ela pode ser mais efetiva se tomarmos consciência das falhas que podem</p><p>ocorrer, ou seja:</p><p> O uso indevido das palavras;</p><p> O medo;</p><p> A pressuposição da compreensão da mensagem;</p><p> A sobrecarga de informações;</p><p> A falta de capacidade, de concentração e atenção e o não saber ouvir.</p><p>CONTRIBUIÇÃO DA BOA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTEDE TRABALHO</p><p>A eficácia da comunicação no ambiente de trabalho depende do grau em que as pessoas se</p><p>empenham para manter um diálogo aberto, honesto e abrangente. A eficácia resultante da</p><p>boa comunicação tornar-se-á um importante fator para o fortalecimento dos procedimentos de</p><p>seguranças adotados em uma Unidade marítima. Uma informação somente pode ser passada</p><p>quando ocorrer recepção e emissão.</p><p>Observar, ouvir e ler são tão essenciais à Supervisão de Equipe de trabalhos quanto</p><p>demonstrar, falar e escrever.</p><p>Embora o intercâmbio de informações seja altamente influenciado por fatores não verbais</p><p>como ansiedades e apreensões, atitudes e emoções, personalidade e tom de voz. Grande</p><p>parte da informação assume inevitavelmente uma forma de tirania das palavras.</p><p>As pessoas reagem ao que ouvem e pensam (interpretam), ou seja, nem sempre elas</p><p>entendem exatamente o que emissor diz de fato.</p><p>Comunicações pobres devido a fatores como: barreiras de língua, terminologia estranha e os</p><p>ruídos de fundo, conduzem ao engano, erros e finalmente, acidentes.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>88</p><p>7.3 - IMPORTÂNCIA DO BOM RELACIONAMENTO NO AMBIENTE OFFSHORE</p><p>PECULIARIDADE DO TRABALHO A BORDO DE UMA PLATAFORMA OU NAVI SONDA</p><p>Plataformas de petróleo são instalações bastante complexas e algumas principalmente as</p><p>grandes plataformas, podem incluir a produção e armazenagem de óleo e gás à alta pressão,</p><p>a perfuração de poços e obras de construção e manutenção. Por operarem distantes da costa</p><p>e de socorros imediatos, necessitam de certo grau de autonomia.</p><p>Exigindo-se um conjunto de serviços tais como: alimentação e alojamento das tripulações,</p><p>fornecimento de energia elétrica, compressores e bombas, água, transporte para a costa</p><p>(barcos ou helicópteros), meios para cargas e descargas, telecomunicações, serviços</p><p>médicos e botes salva-vidas, além de outros meios de salvamento, o que requer um elevado</p><p>nível de coordenação.</p><p>O trabalho em unidades de processo como as plataformas de petróleo pode ser</p><p>compreendido por quatro aspectos que se inter-relacionam e o caracterizam como:</p><p> Contínuo – já que a produção flui durante as 24 horas do dia ao longo do ano, exigindo</p><p>o revezamento de vários grupos de trabalhadores para acompanhamento da mesma;</p><p> Complexo – porque as diversas partes do sistema tecnológico se encontram</p><p>interligadas numa estrutura de rede que impede que se possua um controle total do sistema,</p><p>sempre sujeito a certo grau de imprevisibilidade e de desencadeamento de efeitos do tipo</p><p>dominó em caso de incidentes e acidentes;</p><p> Coletivo – porque o funcionamento da unidade só é possível pelo trabalho de equipes</p><p>em que as atividades são altamente interdependentes;</p><p> Perigoso – porque está relacionado ao processamento de hidrocarbonetos que</p><p>evaporam, incendeiam ou explodem, ao uso de compostos químicos tóxicos para os homens</p><p>e para o ambiente e à operação de máquinas e equipamentos que podem desencadear</p><p>acidentes poderosos, com o potencial de causar múltiplos óbitos e lesões.</p><p>Figura 117: Plataforma</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>89</p><p>Assim sendo, para que se compreenda a natureza das condições de trabalho nas</p><p>plataformas, devemos levar em considerações aspectos mencionados e associados ao</p><p>confinamento imposto aos profissionais que nelas trabalham; e o longo período de ausência</p><p>do convívio de origem, tudo isso, é um desafio ao convívio e ao entendimento entre os</p><p>integrantes de sua tripulação.</p><p>7.4 - PRÁTICA DE LIDERANÇA</p><p>Os movimentos de mudança que atingem a humanidade e em particular, as organizações</p><p>empresariais, reforçam a necessidade de cada ser humano assuma o papel de agente</p><p>transformador do ambiente em que vive. A capacidade de transformação pode ser</p><p>multiplicada por meio da liderança, relação de influência e poder entre indivíduos como forma</p><p>de integrar procedimentos individuais, obtendo-se, consequentemente, a sinergia (efeito ativo</p><p>e retroativo do trabalho ou esforço coordenado de várias subsistemas na realização de uma</p><p>tarefa complexa ou função) no comportamento coletivo.</p><p>A palavra “Líder”, em sua origem significa “aquele que guia o grupo”.</p><p>Definição moderna:Líder é a pessoa que se destaca, influência e consegue dos outros a</p><p>adesão espontânea às suas atitudes e ideias.</p><p>Liderar não é somente ter controle ou autoridade, mas é um papel assumido por pessoas,</p><p>tendo consciência disto ou não.</p><p>A IMPORTÂNCIA DO LÍDER NA MOTIVAÇÃO DE SUA EQUIPE DE TRABALHO</p><p>As equipes de trabalho aumentam a unidade e o sentimento de luta por um objetivo comum.</p><p>O trabalho em equipe lhes dá um senso maior de identidade e um orgulho coletivo e</p><p>contagiante em relação a seu desempenho. As pessoas se sentem gratificadas e</p><p>recompensadas quando são membros de uma equipe. O papel do líder é ajudá-las a</p><p>alcançarem o melhor que elas podem.</p><p>MOTIVANDO AS PESSOAS A DAREM O MELHOR DE SI</p><p>As pessoas motivadas não apenas fazem as coisas corretamente; elas fazem as coisas</p><p>certas e espontaneamente. Os empregados tendem a refletir as características, valores,</p><p>padrões e hábitos de trabalho de seu líder. Ou seja, eles não fazem o que você diz, mas</p><p>o</p><p>que você faz. Só se pode cobrar compromisso da equipe quando se está comprometido</p><p>também. Exemplo é fundamental.</p><p>7.5 - COESÃO DO GRUPO PARA ATINGIR AS METAS</p><p>Os líderes agregam valor obtendo mais do que o necessário a partir do que têm para</p><p>trabalhar: os recursos humanos e físicos existentes. Os líderes projetam a energia, a</p><p>motivação, o espírito e o estímulo para a tarefa.</p><p>Os lideres estão envolvidos e investem nos demais um desejo de melhorar sempre,</p><p>continuamente. Os lideres auxiliam na evolução e na mudança, orientando, facilitando e</p><p>ajudando os outros a esquematizar e a explorar os caminhos. Eles sabem que quando o</p><p>medo do desconhecido é a doença, o conhecimento e a comunicação são os remédios.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>90</p><p>Os líderes usam de persuasão e perseverança, identificando os obstáculos, trazendo para si</p><p>as pessoas que serviam de obstáculos, abrindo caminho, defendendo seu pessoal.</p><p>Barganham, negociam, trocam e mostram os benefícios óbvios, usam influência de terceiros</p><p>encontrando apoio naqueles que têm força. São pessoas de “AÇÃO”.</p><p>TIPOS DE LIDERANÇAS</p><p>Liderança Autocrática: é um estilo de liderança em que o líder é focado apenas nas tarefas,</p><p>e suas decisões costumam ser tomadas isoladamente, sem a participação dos colaboradores.</p><p>É também chamada de Liderança Diretiva ou Liderança Autoritária.</p><p>Liderança Democrática: é um estilo de liderança voltada para a participação das pessoas nos</p><p>processos decisórios. Também chamada de Liderança Participativa ou Liderança Consultiva.</p><p>Liderança Liberal: é um estilo de liderança que deixa as pessoas à vontade para realizar as</p><p>tarefas e projetos por acreditar que a equipe já é madura o suficiente e não precisa de</p><p>supervisão constante. Pode acarretar em uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa</p><p>passar falhas e erros sem perceber e, consequentemente, sem corrigi-los.</p><p>Liderança Paternalista: esta linha de liderança é muito perigosa, porque a relação entre o</p><p>líder e os liderados é algo similar à relação de pai para filho. As relações interpessoais são</p><p>muito fortes, e isso pode até ser muito confortável para os liderados, mas pode trazer sérios</p><p>riscos à estabilidade e ao desempenho da empresa num sentido mais corporativo, visto que</p><p>em uma relação profissional o equilíbrio deve sempre prevalecer.</p><p>Passamos agora a considerar três tipos distintos de líderes:</p><p>Líder Técnico: é o tipo de líder em que as pessoas depositam grande confiança e segurança</p><p>devido a ele ser muito bom no que faz e ter um alto nível de conhecimento técnico e científico</p><p>nos assuntos do dia a dia do trabalho. É o tipo de pessoa que sabe os caminhos para</p><p>executar os processos e atingir metas e objetivos que foram planejados. Na hora dos</p><p>momentos mais complicados, chame-o que ele resolve.</p><p>Líder Carismático: é o tipo de pessoa que consolida uma liderança no grupo por estar</p><p>sempre colocando um semblante de alegria e bom humor nos demais membros da equipe, na</p><p>hora certa, no lugar certo, nas pessoas certas, e por deixar o ambiente mais leve. Todos (ou</p><p>quase todos) na empresa têm apreço por ele. Não precisa ter um cargo da alta hierarquia.</p><p>Pode ser um porteiro, um motorista, um digitador, um cozinheiro ou qualquer outro cargo sem</p><p>necessariamente ser da alta corte da empresa. Este tipo de líder possui grande influência,</p><p>mesmo que a empresa como um todo não perceba, mas ele traz um ambiente agradável que</p><p>faz as pessoas trabalharem com mais entusiasmo e mais descontraídas, gerando assim</p><p>resultados mais elevados.</p><p>Líder Motivador: é o tipo de líder que consegue estimular os colegas a seguir em frente na</p><p>busca pelos resultados almejados pela empresa. Pode ser qualquer pessoa da organização.</p><p>Quando as coisas estão desandando, ele consegue atrair a atenção dos colegas e levar uma</p><p>mensagem positiva e de confiança que o trabalho vai dar certo, mesmo em momentos</p><p>tempestuosos. Nunca deixa "a peteca cair" e isso é um fator muito importante em tempos de</p><p>crise. Além disto, muitas vezes, consegue "achar uma brecha, uma saída" para os problemas,</p><p>pois costuma ser muito perspicaz.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>91</p><p>7.6 - RESPONSABILIDADES SOCIAIS E TRABALHISTAS</p><p>No Brasil as relações trabalhistas são regulamentadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego</p><p>que estabelece regras gerais que devem ser observadas em um contrato de trabalho tais</p><p>como:</p><p>POR PARTE DO EMPREGADOR</p><p> Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre e medicina do</p><p>trabalho;</p><p> Elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos</p><p>empregados, com os seguintes objetivos:</p><p>1. Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;</p><p>2. Divulgar as obrigações e proibições que os empregados devem conhecer e cumprir;</p><p>3. Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo</p><p>descumprimento das ordens de serviço expedidas;</p><p>4. Determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do</p><p>trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;</p><p>5. Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras</p><p>de trabalho;</p><p>6. Informar aos trabalhadores os riscos profissionais que podem originar-se nos locais de</p><p>trabalho;</p><p>7. Orientar os meios para prevenir e limitar tais riscos e utilizar medidas adotadas pela</p><p>empresa;</p><p>8. Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos</p><p>preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.</p><p>POR PARTE DO EMPREGADO</p><p> Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do</p><p>trabalho, inclusive as ordens de serviços expedidas pelo empregador;</p><p> Usar o EPI fornecido pelo empregador;</p><p> Submeter-se aos exames médicos previstos na Normas Regulamentadoras (NRs);</p><p> Colaborar com a empresa na aplicação das NRs.</p><p>7.7 - REFLEXOS NEGATIVOS DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E OUTRAS DROGAS</p><p>ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS</p><p>O álcool e outras drogas são terminantemente proibidos em todos os locais de trabalho. É</p><p>importante lembrar que para quem busca qualidade de vida estassubstâncias são</p><p>desaconselháveis.</p><p>O uso de drogas e/ou álcool afeta a maneira como você executa suas tarefas. A emergência</p><p>ocorre geralmente sem aviso prévio e de forma inesperada, uma pessoa funcionalmente</p><p>comprometida seria mais um obstáculo do que uma ajuda. Os perigos do abuso de álcool e</p><p>drogas é que elas afetam a todos, você, cônjuges, amigos, colegas de trabalho, empresa,</p><p>nação, etc.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>92</p><p>Reconhecer, entender e reagir positivamente ao problema é importante para evitar</p><p>determinadas tragédias para amigos, família e carreira.</p><p>EFEITOS DAS DROGAS</p><p>No Brasil as drogas são divididas em lícitas (legais) e ilícitas (ilegais). O uso indevido dessas</p><p>substâncias no local de trabalho ou sinais do uso indevido das mesmas também é proibido</p><p>pelos vários fatores que elas ocasionam:</p><p> Fazem mal a saúde: maconha provoca câncer, cocaína aumenta as chances de</p><p>isquemia e ataque cardíaco, diminuem a autoestima e causam depressão;</p><p>Figura 118: Simbologia De Proibição De Drogas</p><p> Causam dependência: mostram até 10% dos usuários de maconha ficam</p><p>dependentes;</p><p> Incitam a violência: Não apenas quando está sobre o efeito, mas também quando</p><p>deseja consumir a droga;</p><p> A mais leve, leva até a mais pesada: todos os usuários de drogas pesadas já usaram</p><p>maconha;</p><p> Causam prejuízos a sociedade: usuários de drogas consomem mais recursos do</p><p>sistema público de saúde;</p><p> Corrompem os valores de quem as usa: o uso de drogas pode levar pessoas</p><p>produtivas a terem comportamentos indolentes e inconsequentes.</p><p>EFEITOS DO ÁLCOOL:</p><p> Diminui reflexos;</p><p> Debilita o sistema nervoso;</p><p> Provoca tontura;</p><p> Provoca vômitos.</p><p> Fatores que contribuem para o alcoolismo:</p><p>1. O ambiente de trabalho;</p><p>2. Hábitos pessoais;</p><p>3. Problemas pessoais.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>93</p><p> Sinais de advertência do alcoolismo:</p><p>1. Violência;</p><p>2. Perda de memória;</p><p>3. Depressão;</p><p>4. Desorientação;</p><p>5. Inchaço;</p><p> Os perigos do abuso de álcool:</p><p>1. Inconsciência;</p><p>2. Aumento de peso;</p><p>3. Desnutrição;</p><p>4. Doenças hepáticas e renais;</p><p>5. Úlceras;</p><p>6. Alteração do juízo e da razão;</p><p>7. Acidentes;</p><p>8. Danos cerebrais.</p><p>Quando um indivíduo está bêbado ou comprometido, há uma chance maior de cair ao mar,</p><p>cair de uma escada, escorregar em um deck molhado, etc.</p><p>Algumas prescrições e medicamentos sem receita médica (automedicação) têm efeitos</p><p>colaterais que podem prejudicar o julgamento e a capacidade de reação do tripulante.</p><p>TABAGISMO</p><p>O cigarro pode causar cerca de 50 doenças diferentes, especialmente problemas ligados ao</p><p>coração e à circulação, cânceres de vários tipos e doenças respiratórias. "A fumaça do cigarro</p><p>é absorvida por combustão, o que aumenta ainda mais os males da sua composição,parece</p><p>papo de exfumante, mas é a pura verdade: em cada tragada são inaladas 4 700 substâncias</p><p>tóxicas. Entre elas, três são consideradas as piores.</p><p>A primeira é a nicotina, que provoca dependência e chega ao cérebro mais rápido que a</p><p>temida cocaína, estando associada aos problemas cardíacos e vasculares (de circulação</p><p>sanguínea). A segunda é o monóxido de carbono (CO), aquele mesmo que sai do cano de</p><p>escapamento dos carros. Ele combina com a hemoglobina do sangue (responsável pelo</p><p>transporte de oxigênio) e acaba reduzindo a oxigenação sanguínea no corpo. É por causa da</p><p>ação do CO que alguns fumantes ficam com dores de cabeça após passar várias horas longe</p><p>do cigarro. Nesse período de abstinência, o nível de oxigênio circulando pelo corpo volta ao</p><p>normal e o organismo da pessoa, que não está mais acostumado a esse "excesso", reclama</p><p>por meio das dores de cabeça. A terceira substância tida como grande vilã é o alcatrão, que</p><p>reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.</p><p>Todo câncer relacionado ao fumo - como na boca, laringe ou estômago - tem alguma ligação</p><p>com o alcatrão. A união desse poderoso trio de substâncias na composição do cigarro só</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>94</p><p>poderia tornar o produto extremamente nocivo à saúde. Para se ter uma ideia, 90% dos casos</p><p>de câncer de pulmão - a principal causa de morte por câncer entre os homens brasileiros -</p><p>estão ligados ao fumo.</p><p>Figura 119: Malefícios Do Tabaco</p><p>7.8 - COMO O ESTRESSE E AS DIVERGÊNCIAS INTERPESSOAIS CRIAM CONDIÇÕES</p><p>ADVERSAS AO BEM-ESTAR E À SEGURANÇA</p><p>Usando uma linguagem bastante popular: “O que seria do verde se todos gostassem do</p><p>amarelo?”. As pessoas têm buscado soluções competentes para as diferentes opiniões e</p><p>ideias.</p><p>Os principais fatores que contribuem para relacionamentos amigáveis no local de trabalho</p><p>são:</p><p> Saber ouvir;</p><p> Saber compreender e aceitar os outros pontos de vista;</p><p> Respeitar as competências;</p><p> Aceitar a diferença;</p><p> Saber definir papéis e funções;</p><p> Saber ver e fazer ver o lado bom das situações;</p><p> Saber motivar as pessoas e a sua equipe;</p><p> Saber agradecer e felicitar as pessoas;</p><p> Procurar não manipular as pessoas ou as situações;</p><p> Não colocar seus colaboradores uns contra os outros;</p><p> Saber defender seus colaboradores junto aos seus superiores e demais colegas;</p><p> Saber partilhar as dificuldades dos outros;</p><p> Saber dizer a verdade, sem brutalidade;</p><p> Saber colocar-se com firmeza;</p><p> Não se deixar envolver pelas pessoas maldosas ou preguiçosas.</p><p>As peculiaridades do trabalho offshore influenciam negativamente na manutenção de um</p><p>ambiente seguro e saudável, visando amenizar essas dificuldades é primordial que seja</p><p>cultivado por todos a bordo o respeito necessário para garantir um convívio harmonioso.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>95</p><p>Para consecução desse objetivo é importante que observemos as seguintes regras de</p><p>convívio coletivo:</p><p>DISCRIMINAÇÃO RACIAL, DE COR, ETNIA OU DE PROCEDÊNCIA NACIONAL</p><p>O preconceito e/ou discriminação de raça, de cor, etnia, ou procedência nacional é crime. Não</p><p>importa a cor da pele ou o porte físico, somos todos pertencentes à raça humana.</p><p>Figura 120: União Racial</p><p>VISTA-SE ADEQUADAMENTE</p><p>É importante estar atento ao que vestir. Não se esqueça: em muitos casos traje apropriado</p><p>contribui para a redução de acidentes e suas consequências.</p><p>Figura121: Equipamento De Proteção Individual</p><p>HIGIENE PESSOAL</p><p>A higiene pessoal também é outro fator que causa sérios problemas no nosso dia a dia, em</p><p>especial a bordo.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>96</p><p>A falta de higiene pessoal é sem dúvida a principal responsável pela maioria das doenças</p><p>sérias e graves por conta disso devemos sempre estar alertas.</p><p>É preciso sempre usar sabão ou sabonetes para lavarmos as mãos, principalmente antes das</p><p>refeições e depois de usar os sanitários.</p><p>Figura 122: higiene pessoal</p><p>ÉTICA PROFISSIONAL</p><p>Ação “reguladora” da ética no desempenho das profissões faz com que o profissional respeite</p><p>seu semelhante quando no exercício da sua profissão.</p><p> RELIGIÃO/BLASFÊMIAS</p><p>A crença e religiões devem ser respeitadas, mesmo que suas convicções não estejam de</p><p>acordo com as doutrinas praticadas por outros colegas de trabalho.</p><p>Figura123: Religião</p><p>DISCRIMINAÇÃO SEXUAL</p><p>Todas as pessoas têm o direito de buscar a sua felicidade e o livre arbítrio de seus parceiros</p><p>sexuais. Rotular uma pessoa como capaz ou incapaz simplesmente pela orientação sexual,</p><p>também é discriminação.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>97</p><p>Figura124: Descriminação Sexual</p><p>BRINCADEIRAS INADEQUADAS</p><p>Cada um de nós tem o seu jeito de ser e de reagir de forma diferente a certos tipos de</p><p>brincadeiras. Pregar peças e deve ser sempre evitado, pois pode causar acidentes ou</p><p>desentendimentos dependendo da reação de cada pessoa.</p><p>Figura125: Brincadeira Inadequada</p><p> BARULHO EXCESSIVO NAS ÁREAS DOS CAMAROTES</p><p>Controle de níveis de ruído e barulho. Lembre-se de que, em áreas de camarotes, deve-se</p><p>respeitar o sono dos colegas e evitar fazer ruídos. O excesso de ruídos em alguns casos</p><p>chega a desestruturar o equilíbrio emocional de um colega, causando estresse.</p><p> PRIVACIDADE</p><p>Respeitar a privacidade e os direitos individuais de seu colega de trabalho é fundamental para</p><p>o bom relacionamento humano. Às vezes necessitamos ficar sozinhos e contemplativos com</p><p>nossos pensamentos. É importante que se saiba respeitar o colega nesses momentos.</p><p>Figura126: Câmeras De Segurança</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>98</p><p>7.9 - AS DIFERENÇAS NATURAIS ENTRE OS INDIVÍDUOS E A NECESSIDADE DE SER</p><p>TOLERANTE NO RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE TRABALHO</p><p>Diferenças entre as pessoas, sempre existirão. No entanto, estas não podem ser tão fortes a</p><p>ponto de desestabilizar a estrutura do grupo. Se por um lado a mistura de ideias,</p><p>pensamentos e culturas podem alimentas atritos e intrigas, por outro deve servir de</p><p>combustível a debates e discussões que ampliem o conhecimento comum a todos e sobre</p><p>todos.</p><p>O ser humano de uma forma geral tem grandes dificuldades de aceitar e de conviver com as</p><p>diversidades, o melhor exemplo disso são as guerras que existem e os conflitos dentro das</p><p>organizações e família.</p><p>Mas como já falamos, nossa espécie se desenvolve por tratar de forma competente as</p><p>diferentes opiniões e ideias. Identificar a natureza das diferenças e usar algumas regras para</p><p>contorná-la, permitirá canalizar esforços para um objetivo comum. Todos somos resultados de</p><p>nossas experiências pessoais, processadas pela nossa capacidade intelectual e física.</p><p>Segundo psicólogos, são fatores indispensáveis para o bom relacionamento entre</p><p>profissionais no ambiente trabalho:</p><p>Auto conhecimento: é a capacidade</p><p>de reconhecer e compreender estados de</p><p>espírito,emoções e sentimentos em si mesmo, bem como efeito desses aspectos sobre as</p><p>outras pessoas.</p><p>Autocontrole: é a capacidade de controlar ou redirecionar impulsos e estados de espíritos</p><p>perturbadores. Propensão a pensar antes de agir.</p><p>Motivação: é a paixão pelo seu trabalho por motivos que não sejam o dinheiro e o status.</p><p>Propensão a perseguir objetivos com energia e persistência.</p><p>Empatia: é a capacidade de compreender a constituição emocional dos outros. Habilidade</p><p>para tratar as pessoas de acordo com suas reações emocionais. Esta habilidade permite as</p><p>pessoas reconhecerem necessidades e desejos dos outros, permitindo-lhes relacionamentos</p><p>mais eficazes.</p><p>Sociabilidade: é a competência para administrar relacionamentos e criar redes. Capacidade</p><p>de encontrar pontos em comum e cultivar afinidades. Tem como características: eficácia para</p><p>liderar a mudança, persuasão, experiência em construir equipes e liderá-las.</p><p>CAPÍTULO 8 – SEGURANÇA NO TRABALHO A BORDO</p><p>8.1 - PROPÓSITO DA NORMA REGULAMENTADORA – NR-30</p><p>A NR-30 tem como propósito proteger e regulamentar as condições de segurança e saúde</p><p>dos trabalhadores aquaviários.</p><p>Aplica-se aos trabalhadores das embarcações comerciais de bandeira nacional e</p><p>estrangeiras, no limite do disposto na Convenção da OIT (Organização Internacional do</p><p>Trabalho).</p><p>Esta norma estabelece, entre outras obrigações:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>99</p><p>CABE AOS ARMADORES E SEUS PREPOSTOS:</p><p> Cumprir e fazer cumprir o disposto nesta NR, bem como a observância do contido no</p><p>item 1.7 da NR 01 – Disposições Gerais e das demais disposições legais de segurança e</p><p>saúde no trabalho.</p><p>Figura127: Trabalhadores Offshore</p><p> Disponibilizar aos trabalhadores as normas vigentes de segurança e saúde no trabalho,</p><p>publicações e material instrucional em matéria de segurança e saúde, bem estar e vida de</p><p>bordo.</p><p>CABE AOS TRABALHADORES:</p><p> Cumprir as disposições da presente NR, bem como a observância do contido no item</p><p>1.8 da NR – 01 – Dispositivos Gerais e das demais disposições legais de segurança e saúde</p><p>no trabalho;</p><p> Informar ao oficial de serviço ou a qualquer membro do GSSTB (Grupo de Segurança e</p><p>Saúde no Trabalho a Bordo de Embarcações), conforme estabelecido no item 30.4, as avarias</p><p>ou deficiências observadas que possam constituir risco para o trabalhador ou para a</p><p>embarcação;</p><p> Utilizar corretamente os dispositivos e equipamentos de segurança e estar familiarizado</p><p>com as instalações, sistemas de segurança e compartilhamentos de bordo.</p><p>O estabelecimento de um GSSTB é de responsabilidade do comandante da embarcação.</p><p>8.2 - SEGURANÇA A BORDO – RESPONSABILIDADE DE TODOS</p><p>A política de prevenção de acidentes de uma empresa não depende somente de um conjunto</p><p>de normas, padrões e atividades, mas, sobretudo das atitudes individuais e proativas de seus</p><p>empregados, independentemente do cargo ou função que exerçam.</p><p>O comportamento proativo dos empregados é de fundamental importância para que se</p><p>atinjam objetivos prevencionistas no local de trabalho e fora dele, de maneira socialmente</p><p>responsável, buscando sempre garantir um ambiente seguro e saudável.</p><p>Em resumo, é necessário que todos se conscientizem que literalmente estão “TODOS NO</p><p>MESMO BARCO”.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>100</p><p>8.3 - ACIDENTE DE TRABALHO, QUASE ACIDENTE E INCIDENTE</p><p>CONCEITO DE ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>Segundo o conceito legal, acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho,</p><p>a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional, perda ou redução da</p><p>capacidade para o trabalho, permanentemente ou temporária (Lei 8.213/91).</p><p>Figura128: Acidentes</p><p> Acidente é a ocorrência anormal que contem evento danoso. Perdas, ainda que</p><p>desprezíveis, sempre ocorrem; evento indesejável e imprevisto no decorrer do trabalho que</p><p>causou danos ao trabalhador ou ao patrimônio e ou ao meio ambiente.</p><p> Incidente é a ocorrência anormal que contém evento perigoso ou indesejado, porem</p><p>fatores aleatórios ou ação de sistemas de controle impedem que evolua para sequencia</p><p>danosa; evento indesejável e imprevisto no decorrer do trabalho que não causou danos ao</p><p>trabalhador, patrimônio ou ao meio ambiente</p><p>A diferença fundamental entre acidente e incidente é a ocorrência do evento danoso e</p><p>não a dimensão das perdas.</p><p>Alguns exemplos de incidentes ajudarão a esclarecer:</p><p> A válvula de controle de injeção de gás inerte num reator fecha indevidamente. O</p><p>sistema de corte de combustível atua prontamente evitando a explosão, mas acarreta perdas</p><p>de produção;</p><p> Um maquinista equipado com luvas e protetor facial faz amostragem de óleo pesado na</p><p>sonda. O produto respinga e é projetado sobre o protetor facial. O maquinista não sofre</p><p>danos, mas o equipamento fica sem condições de uso;</p><p> Quase-acidente é o evento real ou virtual que “por pouco” não se transforma em</p><p>acidente.</p><p>8.4 - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO E O PAPEL DA CIPA</p><p>PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO</p><p>Os acidentes geralmente resultam de interações inadequadas entre o homem, a tarefa e o</p><p>seu ambiente. Estamos sujeitos a acidentes no trabalho por diversos e diferentes fatores. As</p><p>dicas a seguir podem ajudá-lo a minimizar a probabilidade da ocorrência de acidentes:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>101</p><p> Planeje o trabalho;</p><p> Se o trabalho foi alterado PARE! Replaneje-o de acordo com a alteração;</p><p> Atenha-se aos procedimentos aprovados;</p><p> Mantenha-se vigilante quanto aos eventos inesperados;</p><p> Aumente a concentração durante prazos apertados;</p><p> Evite atalhos;</p><p> PARE e PENSE antes que dê errado;</p><p> Concentre-se na tarefa em execução;</p><p> Termine um trabalho antes de começar outro;</p><p> Verifique possíveis riscos;</p><p> Evite gírias, fale em linguagem clara;</p><p> Leia os procedimentos, instruções e siga-os;</p><p> Pergunte se tiver dúvida.</p><p>PAPEL DA CIPA</p><p>A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) – Tem como objetivo a prevenção</p><p>de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível</p><p>permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>Essa Comissão é composta de representantes do empregador e dos empregados. O seu</p><p>papel consiste entre outro:</p><p> Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o Mapa de Riscos;</p><p> Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas</p><p>de segurança e saúde no trabalho;</p><p> Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;</p><p> Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO – Programa de Controle</p><p>Médico e Saúde Ocupacional e PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e de</p><p>outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;</p><p> Participar, em conjunto com o SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de</p><p>Segurança e Medicina do Trabalho, onde houver, ou com empregador da análise das causas</p><p>das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas</p><p>identificados;</p><p> Promover, anualmente em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de Prevenção de</p><p>Acidentes do Trabalho – SIPAT.</p><p>8.5 - FATORES DE RISCO QUE INFLUENCIAM NAS ATITUDES E RESPOSTAS</p><p>Existem alguns fatores que influenciam na percepção do risco. O que percebemos ou</p><p>deixamos de perceber depende do estímulo que recebemos (por exemplo: tamanho, brilho,</p><p>intensidade, frequência, movimento, etc.) de nossas experiências passadas e de nossa saúde</p><p>física e mental.</p><p>Os problemas surgem quando as percepções não correspondem à realidade, o que induz a</p><p>tomada de decisões incorretas.</p><p>Entre estes fatores podemos citar:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>102</p><p> Ruído;</p><p> Stress/fadiga;</p><p>53</p><p>CAPÍTULO 5 – CORPO HUMANO .......................................................................................................... 54</p><p>5.1- ESTRUTURA ÓSSEA E MUSCULAR .......................................................................................... 54</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>5</p><p>5.2 - PRINCIPAIS ÓRGÃOS E FUNÇÕES .......................................................................................... 56</p><p>5.3 - SISTEMAS .................................................................................................................................... 56</p><p>CAPÍTULO 6 – PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS ....................................................... 60</p><p>6.1 -SUPORTE BÁSICO DE VIDA ....................................................................................................... 60</p><p>6.2 - ESTADO DE CHOQUE ................................................................................................................ 63</p><p>6.3 - HEMORRAGIAS ........................................................................................................................... 64</p><p>6.4 - QUEIMADURAS ........................................................................................................................... 67</p><p>6.5 - TIPOS DE TRAUMATISMO ......................................................................................................... 70</p><p>6.6 - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS .................................................................................................. 76</p><p>6.7 - IÇAMENTO E ARRIAMENTO DE VÍTIMAS POR EMBARCAÇÕES E HELICÓPTEROS ....... 82</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ............................................................................................. 84</p><p>CAPITULO 7 – RESPONSABILIDADE SOCIAL E RELAÇÕES HUMANAS A BORDO ..................... 86</p><p>7.1 - ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO ........................................................................... 86</p><p>7.2 - BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO ............................................................................................. 87</p><p>7.3 - IMPORTÂNCIA DO BOM RELACIONAMENTO NO AMBIENTE OFFSHORE ......................... 88</p><p>7.4 - PRÁTICA DE LIDERANÇA .......................................................................................................... 89</p><p>7.5 - COESÃO DO GRUPO PARA ATINGIR AS METAS ................................................................... 89</p><p>7.6 - RESPONSABILIDADES SOCIAIS E TRABALHISTAS ............................................................. 91</p><p>7.7 - REFLEXOS NEGATIVOS DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E OUTRAS DROGAS ....................... 91</p><p>7.8 - COMO O ESTRESSE E AS DIVERGÊNCIAS INTERPESSOAIS CRIAM CONDIÇÕES</p><p>ADVERSAS AO BEM-ESTAR E À SEGURANÇA .............................................................................. 94</p><p>7.9 - AS DIFERENÇAS NATURAIS ENTRE OS INDIVÍDUOS E A NECESSIDADE DE SER</p><p>TOLERANTE NO RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE TRABALHO................................ 98</p><p>CAPÍTULO 8 – SEGURANÇA NO TRABALHO A BORDO ................................................................... 98</p><p>8.1 - PROPÓSITO DA NORMA REGULAMENTADORA – NR-30 ..................................................... 98</p><p>8.2 - SEGURANÇA A BORDO – RESPONSABILIDADE DE TODOS ............................................... 99</p><p>8.3 - ACIDENTE DE TRABALHO, QUASE ACIDENTE E INCIDENTE ........................................... 100</p><p>8.4 - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO E O PAPEL DA CIPA ................... 100</p><p>8.5 - FATORES DE RISCO QUE INFLUENCIAM NAS ATITUDES E RESPOSTAS ...................... 101</p><p>8.6 - CONCEITO DE PERIGO E RISCO ............................................................................................ 102</p><p>8.7 - RISCO, FREQUÊNCIA E CONSEQUÊNCIAS .......................................................................... 105</p><p>8.8 - MEDIDAS DE PRECAUÇÕES PARA EVITAR ATOS INSEGUROS E CONDIÇÕES</p><p>INSEGURAS NAS OPERAÇÕES DE BORDO ................................................................................. 106</p><p>8.9 - EPI E NORMAS DE SEGURANÇA ........................................................................................... 110</p><p>8.10 - LOCALIZAÇÃO E A NECESSIDADE DA PROTEÇÃO DO TRABALHADOR ..................... 111</p><p>8.11 - EFEITOS E PRECAUÇÕES CONTRA A PRESENÇA DE GASES TÓXICOS ...................... 112</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>6</p><p>8.12 - TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO ................................................................................ 113</p><p>8.13 - A IMPORTÂNCIA PREVENTIVA DA DISCIPLINA OPERACIONAL ..................................... 116</p><p>CAPÍTULO 9 – PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO E FISCALIZAÇÃO ..................................................... 117</p><p>9.1 - EFEITO DA POLUIÇÃO NO AMBIENTE MARINHO ................................................................ 117</p><p>9.2 - PROPÓSITO DA LEI E NORMAS AMBIENTAIS ..................................................................... 117</p><p>9.3 - FONTES POLUIDORAS ............................................................................................................. 118</p><p>9.4 - PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO .................................................................... 118</p><p>9.5 - ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS E A COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE</p><p>MARÍTIMA ........................................................................................................................................... 119</p><p>9.6 - ORGANIZAÇÃO DISTRITAL DA MARINHA ............................................................................ 120</p><p>9.7 - PORT STANTE CONTROL (CONTROLE DE ESTADO SOBRE EMBARCAÇÕES DE</p><p>BANDEIRA ESTRANGEIRA) ............................................................................................................. 121</p><p>9.8 - PASSAGEIRO CLANDESTINO E TERRORISMO .................................................................... 122</p><p>9.9 - PIRATARIA NO MAR E ATOS ILÍCITOS COMO ASSALTO OU ROUBO .............................. 123</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ........................................................................................... 124</p><p>CAPÍTULO 10 – SITUAÇÕES E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ........................................... 126</p><p>10.1 - CONCEITO DE EMERGÊNCIA ................................................................................................ 126</p><p>10.2 - SINAIS DE ALARME ................................................................................................................ 127</p><p>10.3 - TABELA MESTRA, ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA E PLANOS DE CONTINGÊNCIA . 128</p><p>10.4 - EMPREGO DOS EQUIPAMENTOS DE SOBREVIVÊNCIA ................................................... 131</p><p>10.5 - SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES INTERIORES DE BORDO .............................................. 138</p><p>10.6 - ORDENS E INSTRUÇÕES DA CADEIA DE COMANDO ....................................................... 138</p><p>10.7 - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE OPERAÇÕES COMBINADAS ..................................... 139</p><p>CAPÍTULO 11 – ORIENTAÇÃO SOBRE SEGURANÇA A BORDO ................................................... 140</p><p>11.1 - PRINCIPAIS COMPARTIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE UMA PLATAFORMA ............. 140</p><p>11.2 - ESTRUTURA FUNCIONAL E HIERÁRQUICA E OS PROCESSOS PRODUTIVOS DA</p><p>PLATAFORMA .................................................................................................................................... 141</p><p>11.3 - ELEMENTOS DE ESTABILIDADE E ESTANQUEIDADE ...................................................... 142</p><p>11.4 - PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA EVACUAÇÃO / ABANDONO .................................... 144</p><p>11.5 - PROCEDIMENTO DE ABANDONO – PREPARAÇÃO PESSOAL: ...................................... 144</p><p>11.6 - PROCEDIMENTOS PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE COM SEGURANÇA EM</p><p>HELICÓPTEROS ................................................................................................................................ 148</p><p>CAPÍTULO 12 – TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA</p><p> Iluminação;</p><p> Treinamento deficiente;</p><p> Desinformação;</p><p> Desmotivação;</p><p> Uso de drogas;</p><p> Fixação ou preocupação;</p><p> Falta de atenção;</p><p> Doença em geral;</p><p> Falta de participação;</p><p> Cansaço;</p><p> Insônia.</p><p>A forma para controlar a influência destes fatores é identificá-los para tomar as medidas</p><p>necessárias para evitar dano.</p><p>8.6 - CONCEITO DE PERIGO E RISCO</p><p>Perigo: Fonte ou situação com potencial de provocar prejuízos em termos de lesão, doença,</p><p>dano a propriedade, ao meio ambiente ou uma combinação deles.</p><p>O perigo é inerente a uma atividade, sistema, processo, equipamentos e no ambiente offshore</p><p>podemos considerar como principais atividades perigosas, aquelas que envolvem trabalhos</p><p>em altura, movimentação de cargas, espaços confinados, operações de serviços a quente,</p><p>sistemas pressurizados, sistemas energizados, etc;</p><p>Risco: Probabilidade de ocorrência e dos danos consequentes dos eventos indesejáveis. O</p><p>risco é variável e pode ser avaliado de forma qualitativa ou quantitativa. É importante saber</p><p>que não existe risco zero e, portanto todo o trabalho deve ser analisado cuidadosamente e</p><p>aplicados os mecanismos de controle buscando a sua tolerabilidade. Um exemplo prático</p><p>sobre este assunto é uma atividade que envolve a movimentação de cargas com um</p><p>guindaste, que é considerada uma operação perigosa. Se o operador não for qualificado ou o</p><p>local não estiver devidamente isolado e sinalizado, este trabalho pode ser considerado de alto</p><p>risco.</p><p>Frequência / Probabilidade: No quadro abaixo são apresentados os critérios para pontuação</p><p>da FREQUÊNCIA / PROBABILIDADE de ocorrência do evento perigoso / exposição, real ou</p><p>potencial.</p><p>Deverá ser considerada na avaliação a frequência/probabilidade:</p><p> A frequência / probabilidade de ocorrência dos perigos;</p><p> O número de pessoas sob perigo;</p><p> A frequência e duração ao perigo;</p><p> A falha nos equipamentos de proteção;</p><p> A proteção proporcionada pelos EPI´s e a taxa de uso desses equipamentos;</p><p> A falha humana.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>103</p><p>NOTA: Para determinação da Frequência / Probabilidade de ocorrência do evento perigoso,</p><p>são considerados todos os controles definidos e implementados.</p><p>Quadro 01: Frequência / Probabilidade</p><p>FREQUÊNCIA / PROBABILIDADE</p><p>DESCRIÇÃO</p><p>1 Baixa</p><p>Evento perigoso / exposição que ocorre ou pode ocorrer eventualmente.</p><p>OBS: Geralmente estão relacionados aos perigos com baixa frequência /</p><p>probabilidade, mas também podem ser provenientes de outros que possuem</p><p>média ou alta frequência / probabilidade de ocorrência.</p><p>2 Média</p><p>Evento perigoso que ocorre ou pode ocorrer frequentemente.</p><p>OBS: Geralmente estão relacionados a perigos com media ou alta</p><p>frequência/probabilidade.</p><p>3 Alta</p><p>Evento perigoso que ocorre ou pode ocorrer em continuamente.</p><p>OBS: Geralmente estão relacionados aos perigos com alta frequência /</p><p>probabilidade.</p><p>DOENÇA PROFISSIONAL</p><p>A doença profissional, assim entendida é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício</p><p>do trabalho peculiar a determinada atividade, constante da respectiva relação elaborada pelo</p><p>Ministério do Trabalho e Emprego e da Previdência Social.</p><p>Para que se caracterize uma doença profissional é necessário estabelecer o nexo causal, ou</p><p>seja, devem ser analisadas as condições do trabalho, com relação à exposição dos</p><p>trabalhadores agentes de riscos químicos, físicos e biológicos, elaborarem laudos</p><p>ergonômicos das condições do trabalho etc. no trabalho offshore encontramos agentes de</p><p>riscos que podem causar doenças do trabalho se não forem identificados, reconhecidos,</p><p>avaliados e controlados e, portanto todos os trabalhadores devem conhecer os riscos</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>104</p><p>presentes nos ambientes de trabalho e adotarem as medidas de prevenção recomendadas</p><p>para evitar as doenças.</p><p>Ex: Ruídos, calor, vibração, radiações ionizantes e não ionizantes temperaturas extremas,</p><p>manuseio de produtos químicos, etc.</p><p>Ex: O trabalho contínuo de solda elétrica sem o cumprimento das normas de segurança pode</p><p>causar doenças pulmonares, provocada pela exposição aos fumos metálicos, inalados pelo</p><p>trabalhador, podendo caracterizar uma doença profissional se este trabalho for realizado em</p><p>um ambiente ruidoso, acima dos limites de tolerância estabelecido pela norma</p><p>regulamentadora NR-15 do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e assim o trabalhador</p><p>também poderá sofrer uma perda auditiva (ex: surdez) adquirida em trabalho realizado em</p><p>local extremamente ruidoso. Uma vez comprovado o nexo causal, poderá se configurar uma</p><p>doença do trabalho.</p><p>DOENÇA DO TRABALHO</p><p>A doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais</p><p>do ambiente em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde que</p><p>constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e da Previdência</p><p>Social.</p><p>Exemplo: surdez (tendo em conta o serviço executado em local extremamente ruidoso) e</p><p>estresse.</p><p>NOTA: A diferença entre a Doença Profissional e a Doença do Trabalho é o nexo causal da</p><p>doença.</p><p>CONTROLE DE RISCO</p><p>A função de controle de risco tem por objetivo manter os riscos abaixo dos valores tolerados.</p><p>Os riscos existentes no local de trabalho são identificados pelo Mapa de Risco e se</p><p>classificam em cinco grupos:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>105</p><p>Figura 129: Mapa de Risco do Helideck</p><p>8.7 - RISCO, FREQUÊNCIA E CONSEQUÊNCIAS</p><p>Quando acidentes acontecem, fatores humanos como falha na implantação correta de</p><p>procedimentos são frequentemente uma das causas. Estas falhas podem ser atribuídas a</p><p>uma falta de treinamento, a uma falha no entendimento do propósito de uma instrução ou uma</p><p>falha na aplicação prática de Sistemas de Permissão para Trabalho.</p><p>Principais riscos encontrados no trabalho a bordo de uma plataforma de petróleo:</p><p> Tropeções e quedas – devido a pisos escorregadios (óleo, graxa, detrito, água do mar,</p><p>tampas de inspeções de tanques abertas, etc.) ou obstruções (tubulações, cabos de solda,</p><p>cabos e espias, etc.);</p><p> Ferimentos na cabeça – devido à entrada em vãos baixos, cargas sobre a cabeça,</p><p>queda de equipamentos ou material, etc;</p><p> Roupas, dedos, etc. – prendendo nas máquinas em movimento, trabalho com</p><p>engrenagens, bancadas, etc;</p><p> Amputação de membros – em trabalhos com serras, esmeril, furadeira de bancada,</p><p>disco de corte, etc.;</p><p> Queimaduras – ocasionadas pela maquinaria quente, faísca de solda, trabalho em</p><p>cozinha, incêndios, etc.;</p><p> Ferimentos dos olhos – através de lascamento, solda, produtos químicos, etc.;</p><p> Deficiência de ventilação – em espaços confinados;</p><p> Risco químico – relacionados aos produtos químicos utilizados nas atividades de</p><p>trabalho.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>106</p><p>ATOS E CONDIÇÕES INSEGURAS</p><p>ATITUDES ABAIXO DO PADRÃO (ATOS INSEGUROS)</p><p>São os atos ou ações que o trabalhador executa, de forma voluntária ou não, e que podem</p><p>provocar ou contribuir para a ocorrência de um acidente.</p><p>Normalmente são decorrentes de:</p><p> Excesso de confiança;</p><p> Imperícia;</p><p> Ideias preconcebidas;</p><p> Exibicionismo;</p><p> Excesso de coragem.</p><p>CONDIÇÕES INSEGURAS</p><p>São consideradas condições de trabalho inseguras as deficiências, defeitos ou irregularidades</p><p>técnicas existentes no ambiente de trabalho, que constituam riscos para a integridade física</p><p>ou a saúde do trabalhador, ou para os bens materiais da empresa.</p><p>FATORES PESSOAIS DE INSEGURANÇA</p><p>Quando o trabalhador não está em suas condições fisiológicas ou psicológicas normais, os</p><p>riscos de acidentes de trabalho aumentam consideravelmente. É o que podemos chamar de</p><p>“Problemas Pessoais”, que podem atuar sobre o indivíduo como agentes provocadores de</p><p>acidentes, como por exemplo:</p><p> Problemas de saúde não tratados;</p><p> Conflitos familiares;</p><p> Falta de interesse pela atividade que desempenha;</p><p> Dificuldades financeiras;</p><p> Alcoolismo;</p><p> Uso de substâncias tóxicas;</p><p> Desajuste social;</p><p> Desequilíbrio psíquico.</p><p>8.8 - MEDIDAS DE PRECAUÇÕES PARA EVITAR ATOS INSEGUROS E CONDIÇÕES</p><p>INSEGURAS NAS OPERAÇÕES DE BORDO</p><p>MANOBRAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS</p><p>Para as manobras de cargas e descarga de materiais na Unidade devemos observar:</p><p> Vistoriar todo material de içamento, lingadas e container antes da movimentação;</p><p> Programar previamente a estivagem da carga no convés. Áreas do convés que não</p><p>possam ser utilizadas para estivagem devem ser claramente marcadas e indicadas;</p><p> Garantir especial atenção às cargas perigosas no tocante à embalagem, estiva e</p><p>segregação.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>107</p><p>Figura 130: Cesta De Transbordo</p><p>Tensionamento de Cabos e Espias: As fainas que envolvem cabos tensionados apresentam</p><p>riscos de acidentes, podendo causar grandes danos. Portanto são necessários que sejam</p><p>observados os seguintes itens:</p><p> Evitar a presença de pessoas não envolvidas diretamente na faina;</p><p> Deve ser precedida de uma avaliação quanto à integridade de cabos e equipamentos.</p><p>Figura 131: Tensionamento De Cabo</p><p>MANOBRA DE BOMBEAMENTO</p><p> Somente permitir a execução de manobras de bombeamento se os sistemas de</p><p>segurança envolvidos estiverem funcionando;</p><p> Observar as condições de vento e mar. A operação só poderá ocorrer quando tais</p><p>condições forem favoráveis.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>108</p><p>Figura 132: Navio FPSO</p><p>MÁQUINAS OPERANDO</p><p> Obedecer ao plano de manutenção;</p><p> Delimitar, quando aplicável, um raio de segurança;</p><p> Manter o local limpo e organizado.</p><p>Figura 133: Equipamento Offshore</p><p>DESCARGA DE MOTORES</p><p> Fazer a manutenção da proteção térmica de dutos de descarga visando evitar</p><p>queimaduras de contato com água aquecida;</p><p> Projetar a descarga de motores considerando a permanência de pessoas, sem expô-</p><p>las à agentes asfixiantes;</p><p> Verificar a ventilação de motores estacionários, instalados em lugares fechados ou</p><p>insuficiente ventilados.</p><p>ATIVIDADES DE MERGULHADORES NAS PROXIMIDADES</p><p> Proibir a realização de atividade que ofereça perigo para mergulhadores na água.</p><p>Realizar reunião de planejamento das operações antes do início da atividade de mergulho;</p><p> Garantir que nenhuma outra manobra seja realizada, se oferecer para perigo para os</p><p>mergulhadores em operação (Obrigatória à emissão de PT – Permissão de Trabalho).</p><p>Figura 134: Mergulhador</p><p>COMPARTIMENTOS CONFINADOS</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>109</p><p> Programar a gestão de segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por</p><p>medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento de</p><p>forma a garantir permanentemente ambientes com condições seguras de trabalho;</p><p> Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de</p><p>controle, de emergência e salvamento em espaços confinados.</p><p>Figura 135: Trabalhador Autorizado</p><p>SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO A BORDO</p><p>Rota de Fuga é o trajeto a ser seguido pelo tripulante da Unidade Marítima no caso de</p><p>necessidade urgente de evacuação do local, em função de uma emergência. A falta de</p><p>sinalização de trânsito a bordo poderá ocasionar situações de pânico em emergências, onde</p><p>o fator tranquilamente é preponderante para a prevenção de acidentes graves.</p><p>Figura 136: Rota De Fuga</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>110</p><p>8.9 - EPI E NORMAS DE SEGURANÇA</p><p>EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)</p><p>Baseado na Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho (NR – 6) o EPI é todo</p><p>dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a</p><p>saúde e a integridade física do trabalhador. A empresa é obrigada a fornecer aos</p><p>empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e</p><p>funcionamento.</p><p>CABE AO EMPREGADOR</p><p>Fornecer aos empregados, gratuitamente, Equipamentos de Proteção Individual aprovado</p><p>pelo Ministério do Trabalho – MTE, adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e</p><p>funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção</p><p>contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.</p><p>CABE AO EMPREGADO</p><p>1. Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;</p><p>2. Responsabilizar-se por sua guarda, conservação e higienização;</p><p>3. Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;</p><p>4. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada do uso do E.P.I.</p><p>Tabela 1: Uso correto do EPI</p><p>TIPO DE PROTEÇÃO</p><p>FINALIDADE EQUIPAMENTO INDICADO</p><p>PROTEÇÃO PARA A</p><p>FACE</p><p>Contra riscos de impacto de partículas,</p><p>respingos de produtos químicos, ação</p><p>de radiação calorífica ou luminosa</p><p>(infravermelho ultravioleta e calor).</p><p>Óculos de segurança (para maçariqueiros,</p><p>rebarbadores, esmerilhadores, soldadores,</p><p>torneiros);</p><p>Máscaras e escudos (para soldadores).</p><p>PROTEÇÃO PARA O</p><p>CRÂNIO</p><p>Contra riscos de queda de objetos,</p><p>batidas, batidas por choque elétrico,</p><p>cabelos arrancados, etc.</p><p>Capacete de segurança</p><p>PROTEÇÃO AUDITIVA</p><p>Contra níveis de ruído que ultrapassem</p><p>os limites de tolerância.</p><p>Protetores de inserção (moldáveis ou não);</p><p>Protetores externos (tipo concha).</p><p>PROTEÇÃO</p><p>RESPIRATÓRIA</p><p>Contra gases ou outras substâncias</p><p>nocivas ao organismo que tenham por</p><p>veículo de contaminação as vias</p><p>respiratórias.</p><p>Respiradores com filtros mecânicos,</p><p>químicos ou com a combinação dos dois</p><p>tipos, etc.</p><p>PROTEÇÃO DO</p><p>TRONCO</p><p>Contra os mais variados tipos de</p><p>agentes agressores.</p><p>Macacão;</p><p>Aventais de napa ou couro, de PVC, de lona</p><p>e de plástico, conforme o tipo de agente.</p><p>PROTEÇÃO DOS</p><p>MEMBROS</p><p>SUPERIORES</p><p>Contra materiais cortantes, abrasivos,</p><p>escoriantes, perfurantes, térmicos,</p><p>elétricos, químicos, biológicos e</p><p>radiantes que podem provocar lesões</p><p>nas mãos ou provocar doenças por</p><p>intermédio delas.</p><p>Macacão;</p><p>Luvas de malhas de aço, de borracha, de</p><p>neoprene e vinil, de couro, de raspa, de lona</p><p>e algodão, luvas Kevlar, etc.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>111</p><p>PROTEÇÃO DOS</p><p>MEMBROS</p><p>INFERIORES</p><p>Contra impactos, eletricidade, metais</p><p>em fusão, umidade, produtos químicos,</p><p>objetos cortantes ou pontiagudos,</p><p>agentes biológicos, etc.</p><p>Macacão;</p><p>Sapatos de segurança;</p><p>Perneiras;</p><p>Polainas;</p><p>Botas (com biqueiras de aço, isolantes, etc.,</p><p>fabricados em couro, lona, borracha, etc).</p><p>8.10 - LOCALIZAÇÃO E A NECESSIDADE DA PROTEÇÃO DO TRABALHADOR</p><p>MÁSCARA DE FUGA</p><p>Para os trabalhadores em geral escaparem de situações de emergência, um tipo diferente de</p><p>respirador é necessário: um que possa ser usado e esteja funcionando em questão de</p><p>segundos e um que requer pouco treinamento para usar.</p><p>Há dois tipos em geral: uma máscara com capuz com cartuchos purificadores de ar e um</p><p>capuz com um ajuste no pescoço e fonte autônoma de ar. Ambos devem ser usados apenas</p><p>para fins de fuga.</p><p>Este necessita de treinamento mínimo e leva apenas alguns segundos para ser</p><p>colocado.</p><p>Figura 137: ELSA</p><p>CHUVEIRO LAVA OLHOS E CHUVEIRO DE SEGURANÇA</p><p> Estes equipamentos devem existir em locais de manuseio de produtos químicos, em</p><p>situações de maior risco de projeção ou onde houver risco maior de queimaduras por</p><p>calor, como por exemplo:</p><p> laboratórios com manuseio de produtos químicos.</p><p> oficinas ou áreas de manuseio de produtos químicos.</p><p> É recomendável que o chuveiro fique a 2,13m do piso e o lava-olhos a 1,10m</p><p>facilitando seu uso por qualquer trabalhador.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>112</p><p> Os Lava-olhos são equipamentos projetados de forma semelhante aos chuveiros de</p><p>segurança, só que com o objetivo específico de livrar os olhos de contaminantes.</p><p>Figura 138: Chuveiro Lava Olhos</p><p>8.11 - EFEITOS E PRECAUÇÕES CONTRA A PRESENÇA</p><p>DE GASES TÓXICOS</p><p>Nos diversos trabalhos realizados em plataforma de petróleo, como por exemplo, produção,</p><p>há possibilidade da presença de gases tóxicos e/ou asfixiantes, associado ainda a outras</p><p>fainas rotineiras executadas em Unidades Marítimas, como drenagem, limpeza, lavagem e</p><p>purga de um tanque. Gases nocivos aparecem tornando a vida insustentável no ambiente.</p><p>EFEITOS DA DEFICIÊNCIA DO OXIGÊNIO</p><p>Como sabemos, o mínimo permissível para a respiração segura gira em torno de 19,5% de</p><p>O2, abaixo dessa concentração de O2, pode ocorrer os seguintes sintomas:</p><p> Descoordenação (15 a 19%);</p><p> Respiração difícil (12 a 14%);</p><p> Respiração bem fraca (10 a 12%);</p><p> Falhas, mentais, náuseas, vômitos e inconsciência (8 a 10%);</p><p> Morte após 8 minutos (6 a 8%);</p><p> Coma em 40 segundos (4 a 6%).</p><p>EFEITOS DO MONÓXIDO DE CARBONO:</p><p>Por não possuir odor e cor o monóxido de carbono pode permanecer por muito tempo em</p><p>ambientes confinados sem que se perceba sua presença e tomem providencias de ventilar ou</p><p>exaurir o local e consequentemente, em caso de entrada nestes locais, poderemos ter</p><p>consequências danosas à saúde. Em concentrações superiores ao seu limite de tolerância</p><p>(39 PPM), o exposto poderá sentir:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>113</p><p> Dor de cabeça (200 PPM);</p><p> Palpitação (1000 a 2000 PPM);</p><p> Inconsciência (2000 a 2500 PPM);</p><p> Morte (4000 PPM).</p><p>EFEITOS DO H2S</p><p>Este é um dos piores agentes ambientais agressivos ao ser humano, justamente pelo fato de</p><p>que em concentrações médias e acima, o nosso sistema olfativo não consegue detectar a sua</p><p>presença.</p><p>Em concentrações superiores a 8,0 PPM (partes do gás por milhões de partes de ar) que é o</p><p>seu limite de tolerância, o gás sulfídrico causa:</p><p> Inibição do sistema olfativo (a partir de 8,0 PPM);</p><p> Irritação (50 a 100 PPM);</p><p> Problemas respiratórios (100 – 200 PPM);</p><p> Inconsciência (500 a 700 PPM).</p><p>8.12 - TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO</p><p>Segundo a Norma Regulamentadora (NR-33), espaço confinado é “qualquer área ou</p><p>ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de</p><p>entrada e saída, cuja ventilação existente seja insuficiente para remover contaminantes ou</p><p>onde possa existir deficiência ou enriquecimento de oxigênio”.</p><p>Figura 139: Sinalização De Espaço Confinado</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>114</p><p>PRECAUÇÕES PARA A ENTRADA</p><p>Os espaços confinados são diferentes uns dos outros, mas seus perigos são muito parecidos.</p><p>Antes da entrada em um espaço confinado, é necessário que se avalie cada risco em</p><p>particular, para que sejam identificados os perigos existentes e os potenciais.</p><p>Figura 140: Multi Gás Figura 141: Trabalhador Espaço Confinado</p><p>Os principais riscos oferecidos por um espaço confinado são os atmosféricos e os físicos.</p><p>Assim, as seguintes precauções devem ser tomadas, antes de entrar em um espaço</p><p>confinado:</p><p> Verificar o teor de oxigênio presente na atmosfera local, considerando que, segundo as</p><p>Normas Regulamentadoras NR-6 e 15, concentrações inferiores a 18% em volume</p><p>caracterizam uma atmosfera “deficiente de oxigênio”;</p><p> Verificar a presença de vapores inflamáveis ou gases tóxicos, que podem ser causados</p><p>pela evaporação de líquidos inflamáveis ou pela reação química de substâncias tóxicas ou</p><p>inflamáveis;</p><p> Verificar com instrumentos medidores de níveis de fontes radioativas a presença de</p><p>radiações que podem ser provenientes da luz ultravioleta emitida pelo arco elétrico, quando</p><p>dos trabalhos de soldagem;</p><p> Medição das condições atmosféricas;</p><p> Verificar a temperatura do ambiente e utilizar roupas adequadas, caso esteja muito alta</p><p>ou muito baixa;</p><p> Verificar a necessidade de desligar circuitos ou equipamentos ali localizados;</p><p> Assegurar-se de que há superfície sólida e firme onde se possa pisar, lembrando que</p><p>grãos, talco, areia, lama e outros materiais podem ceder ao peso do corpo e provocar</p><p>afundamento e asfixia do trabalhador;</p><p> Verificar o novel de ruído, levando em consideração que as características do espaço</p><p>confinado podem provocar um efeito de ampliação acústica.</p><p>De acordo com a NR – 33, os serviços em locais identificados como espaço confinado só</p><p>podem ser executados após a liberação de uma Permissão de Trabalho e Entrada (PTE).</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>115</p><p>Tabela 2: PTE – Permissão de trabalho e entrada.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>116</p><p>USO ADEQUADO DE EPI</p><p>A segurança pessoal requer conscientização, conhecimento e habilidade no uso dos</p><p>dispositivos de proteção individual, que são empregados no ambiente de trabalho. Podemos</p><p>exemplificar com o caso do trabalhador que em suas atividades do dia a dia utiliza EPI</p><p>requerido para execução da sua tarefa diária, mas recebeu a incumbência de executar uma</p><p>nova tarefa que requer medidas extras de segurança em local com risco de queda. Para</p><p>controlar o risco existente em sua nova tarefa, é necessário que ele use cinto de segurança,</p><p>por exemplo.</p><p>8.13 - A IMPORTÂNCIA PREVENTIVA DA DISCIPLINA OPERACIONAL</p><p>PERMISSÃO PARA TRABALHO (PT)</p><p>Uma Unidade Offshore (MODU) é um complexo local de trabalho multidisciplinado, onde</p><p>condições de acidentes podem existir. Certas precauções deverão ser tomadas para</p><p>assegurar a segurança de todo o pessoal e da própria sonda e ou plataforma, sendo levado</p><p>em conta durante o planejamento ou a execução de quaisquer trabalhos a bordo.</p><p> SISTEMA DE PERMISSÃO PARA TRABALHO (PT):</p><p>O sistema de Permissão para Trabalho é o método pelo qual pessoas autorizadas revisam</p><p>tarefas que tem elementos de risco, para certificar que o trabalho será feito com a devida</p><p>segurança.</p><p>A adesão ao sistema de Permissão para Trabalho é um aspecto essencial para manter</p><p>operações seguras e cumprir com as legislações trabalhistas, como também para a</p><p>segurança de todo o pessoal que trabalha a bordo de uma Plataforma e ou Sonda.</p><p>O uso de Análise de Segurança do Trabalho (JSA) e as reuniões de segurança de pré-</p><p>trabalho realizadas antes de cada trabalho são ferramentas de segurança muito importantes</p><p>que são usadas com o Sistema de Permissão para Trabalho.</p><p> PROPÓSITO DO SISTEMA DE PERMISSÃO PARA TRABALHO (PT):</p><p>O propósito do sistema é garantir a segurança das pessoas que estejam realizando</p><p>determinado trabalho, que a segurança de outras pessoas não seja ameaçada e que a</p><p>segurança total e a integridade da instalação sejam preservadas.</p><p>Abaixo alguns exemplos de atividades que necessitam da emissão de uma ordem de serviço</p><p>ou PT para execução:</p><p> Serviços a quente (corte e solda);</p><p> Serviços a frio (montagem e desmontagem de andaimes);</p><p> Trabalho com equipamentos elétricos;</p><p> Operações em espaços confinados;</p><p> Manutenção e reparos em redes elétricas, válvulas, equipamentos e acessórios em</p><p>zonas perigosas;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>117</p><p> Trabalho em Altura;</p><p> Trabalho sobre o mar;</p><p> Atividades de mergulho.</p><p>NOTA: Toda PT possui, explicitamente, seu período de execução ou validade, caso haja</p><p>necessidade de estender este período para complemento da relativa tarefa, deverá ser</p><p>emitida uma nova PT.</p><p>CAPÍTULO 9 – PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO E FISCALIZAÇÃO</p><p>9.1 - EFEITO DA POLUIÇÃO NO AMBIENTE MARINHO</p><p>A presença de poluentes no ambiente marinho causa impactos negativos na conservação da</p><p>vida marinha, podendo até exterminar certas espécies por completo, caso o tempo e a</p><p>diluição desses poluentes não forem suficientes para sua biodegradação. Em muitos casos, a</p><p>poluição marítima é causada por embarcações, sobretudo pelas que operam com exploração</p><p>de petróleo.</p><p>Um acidente envolvendo derramamento de óleo no mar tem consequências desastrosas para</p><p>o meio ambiente marinho. A fim de impor barreiras</p><p>para proteger os mares, a IMO –</p><p>Organização marítima Internacional, estabeleceu uma convenção, conhecida como MARPOL</p><p>73/78 que regula a descarga de óleo e produtos químicos no mar.</p><p>9.2 - PROPÓSITO DA LEI E NORMAS AMBIENTAIS</p><p>Lei nº 9.985 - Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza –</p><p>(SNUC), estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de</p><p>conservação.</p><p>Unidade de Conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas</p><p>jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder</p><p>Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de</p><p>administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;</p><p>No Brasil a lei 9.966/2000, mas conhecida como “LEI DO ÓLEO”, dispõe sobre a preservação,</p><p>o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias</p><p>nocivas ou perigosas em água sobre jurisdição nacional.</p><p>De forma mais restritiva o Decreto n⁰ 4.136/2002 dispõe sobre a especificação das sanções</p><p>aplicáveis às infrações, às regras de prevenção, (ao) controle e fiscalização da poluição</p><p>causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob</p><p>jurisdição nacional, prevista na Lei n⁰ 9.966. de 28 de abril de 2000.</p><p>O decreto tipifica quem responde pela infração ambiental, na medida de sua ação ou</p><p>omissão:</p><p> O proprietário do navio, pessoa física ou jurídica, ou quem legalmente o represente;</p><p> O armador ou operador do navio, caso este não esteja sendo armado ou operado pelo</p><p>proprietário;</p><p> O concessionário ou a empresa autorizado a exercer atividades pertinentes à industria</p><p>do petróleo;</p><p> O comandante ou tripulante do navio;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>118</p><p> A pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que legalmente represente o</p><p>porto organizado, a instalação portuária, a plataforma e suas instalações de apoio, o estaleiro,</p><p>a marina, o clube náutico ou instalação similar;</p><p> O proprietário da carga.</p><p>9.3 - FONTES POLUIDORAS</p><p>Nas atividades de exploração e produção de petróleo, algumas das principais fontes</p><p>poluidoras e seus agentes são:</p><p>FONTE</p><p>HITÓTESE AGENTE</p><p>Produção, transporte e armazenagem</p><p>de hidrocarbonetos.</p><p>Derramamento Óleo</p><p>Operações de perfuração Vazamento de fluído Fluído de perfuração</p><p>Transporte de carga Descarte Água de lastro</p><p>Instalações offshore Descarte Lixo e esgoto</p><p>9.4 - PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO</p><p>Para prevenir e controlar a poluição no ambiente marinho é necessário observar os</p><p>procedimentos específicos para tratamentos dos resíduos gerados a bordo das plataformas.</p><p>GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS</p><p>Todos os resíduos gerados são tratados e coletados. Por exemplo: os recicláveis como</p><p>papal/papelão, plástico, alumínio, metais, cartuchos de impressoras, lâmpadas fluorescente,</p><p>etc.</p><p>De uma forma geral, os seguintes procedimentos devem ser observados:</p><p>POLUENTE</p><p>FORMA DE CONTROLE</p><p>Lixo doméstico e industrial</p><p>Todo resíduo deve ser desembarcado ou, quando</p><p>aplicável, triturado para lançamento no mar. A</p><p>queima de lixo é terminantemente proibida.</p><p>Esgoto sanitário</p><p>Deve, sempre que possível, ser tratado previamente.</p><p>É proibido o lançamento em águas costeiras.</p><p>Derramamento acidental de hidrocarbonetos Acionar o Plano de Emergência Individual (PEI).</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>119</p><p>Em áreas demarcadas e apropriadas estão as coletas recicláveis que normalmente são os</p><p>coletores nas cores definidas pelas normas (Ex.: Plástico – Vermelho, Metais – amarelo,</p><p>Verde – vidros, Azul – papel).</p><p>Figura 142: Coleta Seletiva</p><p>Após recolhidos, estes materiais são desembarcados e acompanhados poruma ficha de</p><p>controle.</p><p>Figura 143: Meio Ambiente</p><p>9.5 - ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS E A COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE</p><p>MARÍTIMA</p><p>De acordo com a Norma da Autoridade Marítima – NORMAM-08 são consideradas águas</p><p>jurisdicionais brasileiras (AJB):</p><p>ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS (AJB), compreendem as águas interiores e os</p><p>espaços marítimos, nos quais o Brasil exerce jurisdição, em algum grau, sobre atividades,</p><p>pessoas, instalações, embarcações e recursos naturais vivos e não vivos, encontrados na</p><p>massa líquida, no leito ou no subsolo marinho, para os fins de controle e fiscalização, dentro</p><p>dos limites da legislação internacional e nacional. Esses espaços marítimos compreendem a</p><p>faixa de duzentas milhas marítimas contadas a partir das linhas de base, acrescida das águas</p><p>sobrejacentes à extensão da Plataforma Continental além das duzentas milhas marítimas,</p><p>onde ela ocorrer.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>120</p><p>COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE MARÍTIMA BRASILEIRA</p><p>A lei de segurança do tráfego Aquaviário estabelece que compete a Autoridade Marítima</p><p>assegurar:</p><p> A salvaguarda da vida humana e a segurança da navegação no mar aberto e hidrovias</p><p>interiores;</p><p> A prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações, plataformas ou suas</p><p>instalações de apoio.</p><p>Figura 144: Marinha Brasileira</p><p>9.6 - ORGANIZAÇÃO DISTRITAL DA MARINHA</p><p>Devido a nossa grande extensão territorial e marítima e para melhor cumprir a sua missão, a</p><p>Marinha está organizada administrativamente em Distritos Navais, a quem cabem as</p><p>seguintes atribuições principais:</p><p> Controlar o tráfego e permanência das embarcações nas águas sobre jurisdição</p><p>nacional, bem como a entrada e saída de portos, atracadouros, fundeadouros e marinas;</p><p> Realizar inspeções navais e vistorias;</p><p> Registro e certificação de helipontos das embarcações e plataformas, com vistas à</p><p>homologação por parte de órgãos competentes.</p><p>Atualmente o Brasil está dividido em 9 Distritos Navais, conforme apresentado no mapa</p><p>abaixo:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>121</p><p>Figura 145: Distritos Navais</p><p>9.7 - PORT STANTE CONTROL (CONTROLE DE ESTADO SOBRE EMBARCAÇÕES DE</p><p>BANDEIRA ESTRANGEIRA)</p><p>Port State Control (PSC) é a inspeção de navios estrangeiros em outros portos nacionais por</p><p>agentes PSC com a finalidade de verificar as competências dos comandantes e oficiais a</p><p>bordo, a condição do navio, se seus equipamentos cumprem os requisitos das convenções</p><p>Internacionais (por exemplo, SOLAS, MARPOL, STCW, etc.) e se o navio é tripulado e</p><p>operado em conformidade com o direito internacional aplicável.</p><p>As inspeções de “Port State Control” serão realizadas pelos “inspetores Navais” lotados nas</p><p>Capitanias, devidamente qualificados e credenciados pela DPC.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>122</p><p>Muitas das importantes convenções da IMO contêm disposições para os navios a serem</p><p>inspecionados quando visitam portos estrangeiros para assegurar que eles atendam aos</p><p>requisitos da IMO. A IMO tem incentivado as criações regionais de organizações de controle</p><p>do Estado e os acordos sobre o controle pelo Estado do porto – Memorandos de</p><p>Entendimentos, foram assinados cobrindo todos os oceanos do mundo.</p><p>Figura 146: Agente PSC</p><p>FLAG STATE CONTROL</p><p>São inspeções realizadas pela Autoridade Marítima em navios e plataformas de bandeiras</p><p>brasileiras e navios e plataformas estrangeiras para obtenção do Atestado de Inscrição</p><p>Temporária (AIT): para operar em águas jurisdicionais brasileiras.</p><p>Os regulamentos sobre os navios registrados sob sua bandeira, incluindo as inspeções, os</p><p>certificados relativos à emissão de segurança e poluição e documentos de prevenção. Um</p><p>navio opera de acordo com as leis de seu Estado de pavilhão. Como tudo neste mundo, o</p><p>navio é geralmente registrado em um porto importante do pais. Isso é conhecido como porto</p><p>de registro.</p><p>Geralmente, o aspecto da segurança, da Lei Marinha de qualquer pais em particular, está em</p><p>consonância com a Convenção SOLAS que tem seus navios</p><p>inspecionados periodicamente</p><p>em intervalos regulares e verifica se os navios estão em conformidade com a legislação</p><p>marítima desse país e com as normas de segurança do mesmo.</p><p>As inspeções de Port State como as de Flag State visam verificar a situação da embarcação</p><p>quanto a:</p><p> Segurança da navegação;</p><p> Salvaguarda da vida humana no mar;</p><p> Meio ambiente;</p><p> Certificações obrigatórias.</p><p>9.8 - PASSAGEIRO CLANDESTINO E TERRORISMO</p><p>Considera-se passageiro clandestino, a pessoa a bordo do navio ou plataforma sem o</p><p>conhecimento do comandante da embarcação. Normalmente o passageiro clandestino burlou</p><p>intencionalmente as normas de segurança para o embarque não autorizado a bordo.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>123</p><p>TERRORISMO</p><p>Os atos de terrorismo são aqueles que movidos por uma série de motivos tem como objetivo</p><p>atingir o sistema marítimo em seu elo mais fragilizado, a Marinha Mercante.</p><p>A missão dos terroristas pode variar da obtenção de recompensas criminosas até a ameaça</p><p>de estabilidade de governos.</p><p>9.9 - PIRATARIA NO MAR E ATOS ILÍCITOS COMO ASSALTO OU ROUBO</p><p>FIGURA 147: ISPS Code</p><p>O atentado no World Trade Center em 11 de Setembro de 2001nos Estados Unidos</p><p>despertou a urgente necessidade de se desenvolver novas medidas relativas à proteção de</p><p>navios e instalações portuárias contra atos de terrorismo.Em dezembro de 2002 a</p><p>Organização Marítima Internacional (IMO) adotou o Código Internacional pa Proteção de</p><p>Navios e Instalações Portuárias – ISPS CODE com o propósito de aumentar a segurança e</p><p>a proteção de navios e instalações portuárias.</p><p>PIRATARIA</p><p>A legislação que regula o Direito do Mar, definindo e codificando conceitos, herdados do</p><p>Direito Internacional costumeiro, referentes aos assuntos marítimos, é a CNUDM(Convenção</p><p>das Nações Unidas Sobre o Direito do Mar),que, em seu artigo 101, assim definiu Pirataria:</p><p>Constituem pirataria quaisquer dos seguintes atos:</p><p>a) Todo ato ilícito de violência ou de detenção ou todo ato de depredação cometidos, para fins</p><p>privados, pela tripulação ou pelos passageiros de um navio ou de uma aeronave privados, e</p><p>dirigidos contra:</p><p>i) um navio ou uma aeronave em alto mar ou pessoas ou bens a bordo dos mesmos;</p><p>ii) um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar não submetido à jurisdição de</p><p>algum Estado;</p><p>b) todo ato de participação voluntária na utilização de um navio ou de uma aeronave, quando</p><p>aquele que o pratica tenha conhecimento de fatos que dêem a esse navio ou a essa aeronave</p><p>o caráter de navio ou aeronave pirata; e</p><p>c)toda a ação que tenha por fim incitar ou ajudar intencionalmente a cometer um dos atos</p><p>enunciados nas alíneas a) ou b).</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>124</p><p>ASSALTO OU ROUBO ARMADO</p><p>O Roubo Armado Contra Navios aparece definido no Code of Practice for the Investigation of</p><p>the Crimes of Piracy and Armed Robbery Against Ships, adotado pela Assembléia da IMO</p><p>pela Resolução A. 1025(26), de 2 de dezembro de 2009, como:</p><p>Roubo armado contra navios significa qualquer dos seguintes atos:</p><p>1. qualquer ato ilegal de violência ou de detenção ou qualquer ato de depredação, ou</p><p>ameaça, que não seja um ato de pirataria, para fins privados, e dirigidos contra um navio</p><p>ou contra pessoas ou bens a bordo desses navios, dentro de águas interiores de um</p><p>Estado, águas arquipelágicas e no mar territorial.</p><p>2. qualquer ato de incitar ou facilitar intencionalmente a um ato descrito acima.</p><p>Analisando esta definição, identifica-se o locus do crime como águas interiores,</p><p>arquipelágicas ou no mar territorial; o objeto da ação é dirigido a um navio ou às pessoas</p><p>embarcadas nesse navio, para fins privados. Neste desiderato, verificam-se dois pontos que</p><p>diferenciam a pirataria do roubo armado contra navios.</p><p>O primeiro é a localização em relação ao espaço marítimo, ou seja, se o ato for além do mar</p><p>territorial será característico da pirataria; e o segundo, é que no roubo armado contra navios</p><p>não há menção quanto ao meio utilizado pelo agressor. Assim, o agressor não precisa ser</p><p>necessariamente um tripulante de outro navio, podendo ter acesso ao navio pelo cais, pela</p><p>espia ou amarra ou por vias aéreas.</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO</p><p>1) Cite três fatores que geram atitudes abaixo do padrão.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>2) O que significa comunicação não verbal?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>3) Nos coletores de resíduos das plataformas os materiais são divididos por cores.</p><p>Relacione o tipo de material e a cor:</p><p>(1) Verde ( ) Papel</p><p>(2) Azul ( ) Vidro</p><p>(3) Amarelo ( ) Metal</p><p>(4) Vermelho ( ) Plástico</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>125</p><p>4) Cite o procedimento que devemos adotar com os resíduos domésticos e</p><p>industriais gerados nas plataformas:</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>5) Qual a diferença das vistorias chamadas de Port State Control e Flag State</p><p>Control?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>6) O que significa NR e qual é a que trata sobre o Equipamento de Proteção</p><p>Individual – EPI?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>7) Cite duas Barreiras da comunicação.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>8) Qual o nome da norma regulamentadora que trata sobre CIPA?</p><p>a) NR 01;</p><p>b) NR 06;</p><p>c) NR 11;</p><p>d) NR 05.</p><p>9) Para que o trabalhador tenha um bom relacionamento na plataforma ou em</p><p>qualquer local ele deve ter:</p><p>a) Atitude proativa;</p><p>b) Falta de comunicação;</p><p>c) Temperamento explosivo;</p><p>d) Falta de companheirismo.</p><p>10) O que é acidente de trabalho?</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>126</p><p>TSP/P TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA PESSOAL E PROCEDIMENTOS DE</p><p>EMERGÊNCIA</p><p>APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA</p><p>A filosofia empresarial da FOX Consultoria e Treinamentos On & Offshore Ltda pode ser</p><p>sintetizada no reconhecimento do valor das pessoas e na capacidade em lhes acrescentar</p><p>novas competências, objetivando seu reconhecimento não só profissional, mas sobre tudo</p><p>como ser humano integral.</p><p>A disciplina atende as exigências</p><p>da NORMAM-24/DPC, visando proporcionar ao aluno</p><p>noções elementares sobre os procedimentos de emergência a bordo, utilização do material de</p><p>salvatagem em unidades offshore e sobrevivência em qualquer condição de mar.</p><p>Acreditamos que o seu aproveitamento neste curso seja eficaz para o enfrentamento dos</p><p>problemas do dia-a-dia e possa contribuir efetivamente para o seu crescimento individual e</p><p>profissional.</p><p>Seja bem vindo!</p><p>TSP – TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA PESSOAL E PROCEDIMENTOS DE</p><p>EMERGÊNCIA</p><p>CAPÍTULO 10 – SITUAÇÕES E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA</p><p>10.1 - CONCEITO DE EMERGÊNCIA</p><p>Emergência é a situação anormal que coloca em perigo a segurança da unidade, dos</p><p>residentes ou de ambos e pode gerar sérios danos ao meio ambiente.</p><p>Para fins didáticos usaremos o termo “RESIDENTES”, para identificar os profissionais</p><p>aquaviários que fazem parte da tripulação de segurança do navio ou da plataforma e os</p><p>profissionais não tripulantes (PNT) embarcados na Unidade Marítima por período superior a</p><p>72 horas.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>127</p><p>TIPOS DE EMERGÊNCIAS</p><p> Ferimento/lesões graves;</p><p> Homem ao mar;</p><p> Acidente com mergulhadores;</p><p> Colisão;</p><p> Abalroamento;</p><p> Queda/pouso de aeronave no mar;</p><p> Incêndio/explosão;</p><p> Mau tempo;</p><p> Vazamento de gás;</p><p> Água aberta;</p><p> Derramamento de óleo;</p><p> Naufrágio;</p><p> Blow-out.</p><p>10.2 - SINAIS DE ALARME</p><p>Os alarmes de emergência são sinais sonoros e visuais, distribuídos por pontos estratégicos</p><p>em toda a plataforma, com a finalidade de alertar a todos os residentes e visitantes sobre o</p><p>estado de anormalidade.</p><p>Figura 148: Sinal Luminoso Figura 149: Sinal Sonoro</p><p>Quadro 1: Tipo de Alarmes</p><p>ESTADOS</p><p>ALARMES SONOROS</p><p>EMERGÊNCIA ...................intermitente.....................</p><p>PREPARAR PARA ABANDONO __________contínuo____________</p><p>NOTAS:</p><p> Nos locais com ruído intenso, tais como oficinas, casas de bombas, casas de</p><p>geradores ou de compressores e praças de máquinas é obrigatória a instalação de alarmes</p><p>visuais, representados por lâmpadas estroboscópicas ou giroflex;</p><p> A ordem de ABANDONO é dada verbalmente pelo GEPLAT / COMANDANTE / OIM.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>128</p><p>10.3 - TABELA MESTRA, ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA E PLANOS DE</p><p>CONTINGÊNCIA</p><p>TABELA MESTRA OU TABELA DE FAINAS DE EMERGÊNCIA</p><p>Todo tripulante ao embarcar recebe um cartão de identificação, chamado de “cartão T”, onde</p><p>constam algumas informações, tais como: o n⁰ do camarote e leito que foi designado, suas</p><p>funções em caso de emergência, além do número de sua baleeira e da sua balsa salva-vidas,</p><p>caso ocorra uma evacuação ou abandono.</p><p>Essas informações são extraídas da TABELA MESTRA, também conhecida como “Tabela</p><p>Mestra para Postos de Emergência”. Documento padronizado que todas e quaisquer</p><p>embarcações precisam ter, onde encontramos ainda os tipos de sinais sonoros produzidos</p><p>poralarmes de emergência e toque de sino que indicam as fainas de emergência. O sino são</p><p>utilizados apenas nos navios-sondas e plataformas do tipo FPSO (Floating Production</p><p>Storage and Offloading).</p><p>A Tabela Mestra deverá especificar também como será dada a ordem de abandonar a</p><p>Unidade e indicar as tarefas designadas aos diversos membros da tripulação, tais como:</p><p> Fechamento das portas estanques, portas de incêndio, válvulas, embornais,</p><p>portinholas, gaiutas, vigias e outras aberturas semelhantes existentes;</p><p> Equipamento das embarcações de sobrevivência e outros equipamentos salva-vidas;</p><p> Preparação e lançamento das embarcações de sobrevivência;</p><p> Preparativos gerais de outros equipamentos de comunicação;</p><p> Reunião dos tripulantes e visitantes;</p><p> Utilização dos equipamentos de comunicação;</p><p> Tomada de ação das brigadas de incêndio;</p><p> Tarefas especiais relativas à utilização dos equipamentos e instalações de combate a</p><p>incêndio;</p><p> Estabelecer quais os profissionais designados para assegurar que os equipamentos</p><p>salva-vidas e de combate a incêndio sejam mantidos em boas condições e prontos para</p><p>utilização imediata;</p><p> Quais são os substitutos das pessoas chaves, no caso destas ficarem impossibilitadas</p><p>e/ou inválidas.</p><p>ROTA DE FUGA</p><p>É o trajeto a ser seguido pelo tripulante da Unidade Marítima no caso de necessidade urgente</p><p>de evacuação do local, em função de uma emergência.</p><p>É sinalizada de forma a indicar o caminho mais curto e seguro para se chegar às áreas</p><p>externas, aos Pontos de Reuniões e aos Postos de Abandono.</p><p>A falta de sinalização de trânsito a bordo poderá ocasionar situações de pânico em</p><p>emergências, onde o fator tranquilidade é preponderante para a prevenção de acidentes</p><p>graves.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>129</p><p>Figura 150: Rota De Fuga</p><p>As Rotas de Fugas devem ser mantidas limpas e de livre acesso para evitar que, no momento</p><p>da utilização, não sejam causadoras de algum tipo de acidente.</p><p>PONTO DE REUNIÃO (MUSTER POINT)</p><p>Os Pontos de Reuniões, também chamados de Ponto de Encontro, são locais</p><p>predeterminados onde se reúnem as pessoas não envolvidas nas fainas de emergências.</p><p>Figura 151: Ponto De Encontro</p><p>POSTO DE ABANDONO</p><p>São os locais previamente definidos para a concentração das pessoas que abandonarão a</p><p>unidade. Normalmente está localizado o mais próximo possível das embarcações de</p><p>sobrevivência (baleeiras e balsas).</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>130</p><p>PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA</p><p>O modo e a maneira de como agir em uma emergência é um fator crucial na vida das pessoas</p><p>que estão em uma determina situação de perigo. Quando se escuta o alarme de emergência,</p><p>deve-se proceder da seguinte maneira:</p><p>ESTANDO NO CAMAROTE:</p><p> Vista o Equipamento de Proteção Individual (EPI);</p><p> Pegue o colete salva-vidas;</p><p> Siga as rotas de fuga;</p><p> Vá para o seu Ponto de Reunião;</p><p> Conforme procedimento da unidade, faça o uso do cartão “T”</p><p> Responda a chamada de POB</p><p> Aguarde instruções.</p><p>ESTANDO NO TURNO DE TRABALHO:</p><p> Pare imediatamente o que estiver fazendo;</p><p> Desligue os equipamentos e desenergise se possível.</p><p> Vá ao camarote e pegue seu colete salva-vidas (se possível);</p><p> Siga as rotas de fuga;</p><p> Vá para seu ponto de reunião;</p><p> Conforme procedimento da unidade, faça o uso do cartão “T”</p><p> Responda a chamada de POB;</p><p> Aguarde instruções.</p><p>LEMBRE-SE, ANTES DE QUALQUER AÇÃO, OUÇA O QUE ESTA SENDO ANUNCIADO</p><p>NO SISTEMA DE COMUNICAÇÃO (INTERCOM), QUAL É A EMERGÊNCIA, ONDE É E</p><p>PARA ONDE DEVEMOS IR.</p><p>COORDENAÇÃO DE EMERGÊNCIA</p><p>Na ocorrência de uma emergência na unidade offshore, imediatamente se instala uma</p><p>COORDENAÇÃO DE EMERGÊNCIA. Fica a cargo do Gerente da Plataforma – CEPLAT e/ou</p><p>Gerente de Instalação Offshore – OIM a função de Coordenador Local da Emergência. As</p><p>Equipes de Emergências de bordo são formadas por tripulantes preparados para o combate à</p><p>emergência, normalmente são compostas de um líder, um substituto direto do líder e pelos</p><p>membros da equipe. As Equipes de Emergência de uma plataforma compõem-se de:</p><p>Incêndio</p><p> BRIGADA DE INCÊNDIO: Explosão</p><p>Vazamento de gás</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>131</p><p>Controle da planta de processo,</p><p> Equipe de PARADA DE EMERGÊNCIA: estabilidade e segurança do poço.</p><p> Equipe de ABANDONO;</p><p> Equipe de RESGATE;</p><p> Equipe de SOCORRISTA;</p><p> Equipe SOPEP. (Shipboard Oil Pollution Emergency Plan / Plano de Emergência contra</p><p>Poluição a Bordo).</p><p>NOTA: Podemos encontrar em plataformas outras designações de equipes de emergências,</p><p>tais como: Equipe de Controle de Avarias (CAVO). Equipe de Manobra e Combate a Incêndio</p><p>em Aeronaves (EMCIA) e outras.</p><p>SIMULADORES</p><p>É de vital importância realizar treinamentos sobre as diversas situações de</p><p>emergência que</p><p>podemos ter em uma Unidade Marítima.</p><p>Para obtermos sucesso e evitarmos o pânico que normalmente acontece nos momentos de</p><p>crise, devemos participar dos treinamentos e exercícios simulados ministrados</p><p>obrigatoriamente a todos os residentes para que sejam capacitados para enfrentar uma</p><p>situação real de emergência.</p><p>IMPORTÂNCIA DOS EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO</p><p>a) Procedimentos do pessoal;</p><p>b) Exigências de frequência / treinamento;</p><p>c) Responsabilidades dos membros da tripulação;</p><p>d) Realismo nos exercícios;</p><p>e) Disponibilidade dos manuais de treinamento.</p><p>10.4 - EMPREGO DOS EQUIPAMENTOS DE SOBREVIVÊNCIA</p><p>COLETES SALVA-VIDAS</p><p>Segundo as regras internacionais, das quais o Brasil é signatário, toda pessoa a bordo de</p><p>uma embarcação deve possuir um colete salva-vidas individual.</p><p>Classe I – Navegação Oceânica / Plataforma</p><p>Figura 152: Colete Classe 1 Inflável Figura 153: Colete Classe 1</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>132</p><p>Coletes infláveis automaticamente: Nos coletes infláveis, automaticamente o dispositivo</p><p>usado para o acionamento automático funciona devido à existência de um tablete (carbureto)</p><p>que dissolve em contato com a água, ativando o cilindro de CO2, enchendo o colete salva-</p><p>vidas.</p><p>NOTA: Este tipo de colete não poderá ser inflado dentro da aeronave, pelo fato de dificultar o</p><p>abandono pelas saídas de emergência.</p><p>Classe II – Navegação de Mar Aberto (costeira) – Entre portos nacionais (cabotagem).</p><p>Figura 154: Colete Classe 2</p><p>Classe III – Destinado ao uso nas embarcações empregadas na navegação interior, (rios,</p><p>lagos, lagoas, baias e angras)</p><p>Figura 155: Colete Classe 3</p><p>Classe IV – destinado ao uso por pessoas envolvidas em trabalhos realizados próximos à</p><p>borda da Unidade Marítima com o risco de cair no mar acidentalmente.</p><p>Figura 156: Colete Classe 4</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>133</p><p>Classe V – material fabricado para emprego em atividades esportivas e recreativas, tipo “Jet-</p><p>Ski”, “Banana-Boat”, esqui aquático, “windsurf”, “parasail”, pesca esportiva, canoagem,</p><p>embarcações miúdas classificadas como esporte e/ou recreio, embarcações de esporte e/ou</p><p>recreio de médio porte empregada na navegação interior e outras.</p><p>Figura 157: Colete Classe 5</p><p>COMO VESTIR O COLETE SALVA-VIDAS</p><p>O Código LSA (Life Saving Appliance) do SOLAS estabelece que, pelo menos, 75% das</p><p>pessoas sem qualquer familiarização com o colete salva vidas sejam capazes de vesti-lo</p><p>corretamente em menos de um minuto, sem ajuda, orientação ou demonstração prévia.</p><p>Os mais simples são vestidos pela cabeça e amarrados na altura da cintura. É importante que</p><p>o equipamento fique bem ajustado ao corpo, não deixando que fique frouxo, tendo em vista</p><p>que, quando a pessoa entrar na água, a tendência do colete é flutuar, ficando desconfortável</p><p>para o náufrago ou, até mesmo, podendo sair pela cabeça.</p><p>A colocação do colete no corpo deve ser feita segundo a sequência abaixo:</p><p> Vista o colete salva-vidas sobre as próprias roupas;</p><p> Ajuste o colete salva-vidas na altura dos ombros;</p><p> Assegure-se de que as tiras não fiquem torcidas;</p><p> Amarre o colete salva-vidas na altura da cintura;</p><p> Não dê um “nó cego” que dificulte a retirada do coleto dentro d’água;</p><p> Complete o ajustamento do colete salva-vidas atando as tiras superiores;</p><p> Finalmente, verifique se o colete está bem ajustado ao corpo.</p><p>Figura 158: Como Vestir O Colete</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>134</p><p>SALTANDO NA ÁGUA COM O COLETE SALVA-VIDAS</p><p>Saltar na água é sempre o último recurso. Vista o colete corretamente, ajuste-o e observe o</p><p>seguinte:</p><p>a) Remova todo objeto agudo (óculos, canetas, ferramentas, capacete, etc);</p><p>b) Aproxime-se o máximo do nível do mar (utilizando para isso as Escadas de Fuga</p><p>instaladas nas colunas da plataforma ou ainda as Escadas de Quebra Peito nos</p><p>Navios-Sondas e FPSO, preferencialmente na proa ou popa à barlavento);</p><p>c) Proteja o nariz e a boca com uma das mãos. Coloque o outro braço sobre o primeiro e</p><p>agarre firmemente a parte do ombro do colete, pressionando o colete contra o peito;</p><p>d) Verifique se está tudo livre embaixo, fique de pé e aprumado, olhando diretamente para</p><p>frente;</p><p>e) Dê um bom passo a frente olhando sempre para o horizonte e cruze as pernas na</p><p>descida (não pule, pois isso aumenta a chance de lesões, caso não entre na água de</p><p>pé e ereto).</p><p>COLETE DE IÇAMENTO (SLING RESCUE)</p><p>É o equipamento fixado ao guincho do helicóptero, para a retirada de vítimas conscientes no</p><p>mar.</p><p>Figura 159: Colete De Içamento</p><p>CESTA DE TRANSBORDO</p><p>Equipamento considerado como parte da equipagem de salvatagem dos navios-sonda e</p><p>plataformas; é empregada nas emergências para evacuação das pessoas não envolvidas</p><p>com a estrutura de resposta às emergências.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>135</p><p>Figura 160: Cesta De Trasbordo</p><p>EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI</p><p>De acordo com a Norma Regulamentadora – NR 06, que regulamenta o assunto considera-se</p><p>Equipamento de Proteção Individual – EPI – todo dispositivo de uso individual, de fabricação</p><p>nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.</p><p>Na atividade offshore o trabalhador para se proteger do risco de acidentes, deve utilizar os</p><p>seguintes Equipamentos de Proteção Individual.</p><p>CALÇADOS DE SEGURANÇA</p><p>Protegem contra cortes, perfurações, escoriações, queda de objetos pesados, calor,</p><p>penetração de objetos, umidade, produtos químicos e outros.</p><p>Figura 161: Bota De Segurança</p><p>CAPACETE</p><p>Capacete de segurança tipo frontal injetado em plástico polietileno para proteção da cabeça</p><p>contra impactos e penetrações.</p><p>Figura 162: Capacete De Segurança</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>136</p><p>ÓCULOS DE SEGURANÇA</p><p>Óculos de segurança constituído de arco de nylon flexível e resistente, regulagem no</p><p>comprimento para ajuste do tamanho, lente e a proteção lateral são confeccionados numa só</p><p>peça de policarbonato, lente incolor. Protege contra estilhaços, respingos de metais fundidos,</p><p>radiação e luminosidade.</p><p>Figura 163: Óculos De Segurança</p><p>LUVAS</p><p>Existem diversos modelos de luvas de segurança, usados para proteger o trabalhador,</p><p>encontramos, por exemplo:</p><p>Luva de malha pigmentada, vaqueta, lona, mista, PVC, Látex, Nitrifica, Alta Tensão, etc. Elas</p><p>servem para evitar problemas de pele, queimaduras, cortes e raspões.</p><p>Figura 164: Luva De Segurança</p><p>CINTO DE SEGURANÇA</p><p>Em situações em que o trabalho estiver sendo realizado sobre o mar, ou em uma posição em</p><p>que seja possível prever risco de queda ou que haja a possibilidade de a pessoa ser</p><p>arrastada para o mar pelas ondas, deve ser utilizado o cinto de segurança e o colete salva-</p><p>vidas.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>137</p><p>Figura 165: Cinto Tipo Paraquedista</p><p>PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA</p><p>Asseguram o funcionamento do aparelho respiratório contra gases, poeiras, vapores e fumos</p><p>metálicos.</p><p>Figura 166:Mascaras De Proteção Respiratórias</p><p>BALACLAVA</p><p>É um gorro confeccionado normalmente com malha de lã(misturada com tecidos elásticos)</p><p>que se veste de forma ajustada na cabeça até o pescoço. Sua função tradicional é a proteção</p><p>contra o frio.</p><p>Figura 167: Balaclava</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gorro</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A3</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%A1stico</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabe%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesco%C3%A7o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Frio</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>138</p><p>PROTEÇÃO AUDITIVA</p><p>Recomendados em ambientes onde o ruído está acima dos limites de tolerância, ou seja,</p><p>85</p><p>de para oito horas de exposição.</p><p>Figura 168: Plugs E Abafador</p><p>10.5 - SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES INTERIORES DE BORDO</p><p>Nas Unidades Offshore, contamos com os seguintes equipamentos para difusão de uma</p><p>situação de emergência:</p><p> Telefone de antepara (circuito interno);</p><p> Radio walk talk;</p><p> Botoeira de emergência (em caso de incêndio a bordo);</p><p> Intercom (“Boca de Ferro)”.</p><p>Aquele que PRIMEIRO tomar conhecimento de uma ocorrência perigosa a bordo, deverá</p><p>rapidamente utilizar um dos meios acima para comunicar a SALA DE CONTROLE. O pessoal</p><p>da sala de controle aciona os alarmes de emergência, após ser dado conhecimento ao</p><p>Coordenador Local Emergência.</p><p>10.6 - ORDENS E INSTRUÇÕES DA CADEIA DE COMANDO</p><p>Numa cadeia de comando ao invés da troca de mensagens o que está em “jogo” são ordens</p><p>de um lado e obediência do outro. Para que isso seja possível é necessário definir-se as</p><p>diferentes posições numa equipe de trabalho. Dois indivíduos, absolutamente iguais entre si,</p><p>não podem ter entre eles relação de mando e de obediência, pelo menos não uma relação</p><p>que esteja estável ao longo do tempo. Percebe-se assim que a hierarquia é uma condição</p><p>necessária para o cumprimento dos comandos.</p><p>A bordo das unidades marítimas também existe uma hierarquia e uma cadeia de comando</p><p>que deve ser respeitada por todos. Apesar de existir vários setores ou departamentos a</p><p>bordo, cada um com seus respectivos supervisores, o comandante ou gerente da plataforma</p><p>são as autoridades máximas à bordo.</p><p>Quando queremos solicitar alguma coisa, fazer alguma reclamação etc, devemos nos dirigir</p><p>ao nosso superior hierárquico. Este, caso não tenha autonomia para solucionar o problema,</p><p>se dirige ao seu superior hierárquico e assim sucessivamente, até chegar ao comandante ou</p><p>Gerente de Plataforma que dará a resposta final.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>139</p><p>Um local onde não são respeitadas as ordens e instruções superiores seria um caos, uma</p><p>bagunça total, onde cada um tomaria a decisão que quisesse, fazendo o serviço que</p><p>quisesse, podendo acarretar acidentes graves, brigas, conflitos e com certeza, grande</p><p>quantidade de retrabalho por falta de comunicação e planejamento.</p><p>10.7 - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE OPERAÇÕES COMBINADAS</p><p>As operações combinadas que envolvem ações coordenadas entre Unidades Marítimas, a</p><p>exemplo: Operação entre FPSO e Navio Aliviador, Flotel e Rebocadores de Stand-By. Como</p><p>também fainas especiais tais como: construção e reparos a bordo, operações de mergulho,</p><p>movimentação de carga etc., devem ser planejadas de forma que as suas ações não</p><p>interfiram nas atividades da Plataforma ou Navio-Sonda. Nenhuma operação pode começar</p><p>sem antes serem feitas as avaliações pertinentes de risco, caso venha ocorrer uma</p><p>emergência, a unidade sinistrada comunica imediatamente aquela que lhe estiver ligada em</p><p>operação, desencadeando ambas, procedimentos para diminuir ou eliminar seus efeitos.</p><p>EXEMPLO DE OPERAÇÕES COMBINADAS:</p><p> Offloading: FPSO (FLOATING PRODUCTION, STORAGE AND OFFLOADING são</p><p>unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarga) com navio aliviador, ou seja,</p><p>todo óleo produzido deverá ser descarregado através de mangotes (mangueira de alta</p><p>pressão);</p><p> Construção e reparo à bordo: avaliação prévia de riscos (ex: solda, cortes, etc.);</p><p> Embarque e desembarque flotel e adjacente: avaliação prévia de riscos (vento,</p><p>correnteza, etc.);</p><p> Operações de mergulho: avaliação prévia de riscos (correnteza, profundidade, bloqueio</p><p>de bombas, drenos, limites de operações de embarcações na área, etc.);</p><p> Jaqueta: operações de revestimento (“encamizamento” de pernas da plataforma,</p><p>cabeça de poço etc.). Uma estrutura tubular de suporte cujas pernas servem de gabarito para</p><p>a cravação das estacas e de contraventamento lateral das mesmas. As estacas que são</p><p>cravadas no fundo do mar, ancorando a jaqueta são projetadas para resistir aos esforços</p><p>provenientes das ondas, vento, etc. esta estrutura pode ser metálica, ou de concreto;</p><p> A profundidade no local de posicionamento da plataforma não supera de 100 a 120</p><p>metros. O Brasil possui diversas plataformas fixas, com jaqueta metálica, como Enchova e</p><p>Garoupa;</p><p> Combate a incêndio: avaliação prévia de riscos (classes de incêndio, agentes</p><p>extintores, assim como procedimentos);</p><p> Evacuação: recursos disponíveis e avaliação prévia para utilização de cada um deles;</p><p> Supplay-boat (Backloading): Embarcação de suprimentos, navio especialmente</p><p>projetado para fornecimento as plataformas de petróleo. A principal função de um navio de</p><p>suprimentos é o transporte destes e outras cargas de retorno para terra, tanques de carga de</p><p>lama de perfuração, cimento em pó, óleo diesel, água potável e produtos químicos utilizados</p><p>no processo de perfuração que ocupam a maior parte dos espaços de carga. Combustível,</p><p>água e produtos químicos devem ser desenvolvidos a terra para reciclagem ou eliminação;</p><p> Movimentação da plataforma: mobilização total ( envolve a todos).</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>140</p><p>Figura 169: Operações Combinadas Figura 170: Operações Combinadas</p><p>CAPÍTULO 11 – ORIENTAÇÃO SOBRE SEGURANÇA A BORDO</p><p>11.1 - PRINCIPAIS COMPARTIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE UMA PLATAFORMA</p><p> Convés (Decks) – divisões horizontais que formam os pisos das plataformas;</p><p> Sala de controle – é o compartimento onde é feito todo o controle e monitoramento da</p><p>Unidade Marítima;</p><p> Sala de geradores – é o compartimento onde ficam todos os Geradores de Energia da</p><p>Unidade Marítima;</p><p> Casario – estrutura da plataforma onde encontramos os camarotes, refeitório e toda a</p><p>parte administrativa;</p><p> Heliponto/Helideck – local de pouso e decolagem das aeronaves;</p><p> Sonda – estrutura no formato de torre utilizada para perfuração. Sua principal função é</p><p>sustentar a coluna de perfuração;</p><p> Queimadores (Flare) – usados para queimar o gás em excesso proveniente dos poços</p><p>de petróleo;</p><p> Área de produção – local onde ficam instalados os equipamentos utilizados na</p><p>exploração e bombeamento do petróleo;</p><p> Área de facilidade – local onde ficam instalados os equipamentos e materiais para</p><p>operação diária da plataforma;</p><p> Risers – tubos pelos quais são transportados o óleo e outros materiais extraídos do</p><p>fundo do mar.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>141</p><p>11.2 - ESTRUTURA FUNCIONAL E HIERÁRQUICA E OS PROCESSOS PRODUTIVOS DA</p><p>PLATAFORMA</p><p>Estrutura Funcional:</p><p> Gerenciamento;</p><p> Produção;</p><p> Estocagem;</p><p> Facilidades;</p><p> Exportação.</p><p>Estrutura Hierárquica</p><p>Tabela 02: Estrutura Hierárquica</p><p>FIXA SS FPSO ESTRANGEIRAS</p><p>GEPLAT GEPLAT GEPLAT MASTER / OIM</p><p>COPROD COEMB COPROD / COEMB CHIEF MATE / BARGE MASTER</p><p>COMAN COMAN COMAN OFICIAIS DE NÁUTICA / DPO</p><p>TOOL - PUSHER</p><p>TIPOS DE PLATAFORMAS:</p><p>Figura 171: Tipos De Platafomas</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>142</p><p>11.3 - ELEMENTOS DE ESTABILIDADE E ESTANQUEIDADE</p><p>O conhecimento da tripulação acerca dos conceitos a seguir é de essencial importância para</p><p>a preservação da estabilidade e navegação das embarcações, a segurança da tripulação e a</p><p>preservação dos equipamentos:</p><p> Estabilidade – é a tendência que tem uma embarcação de voltar à sua posição inicial</p><p>e de equilíbrio quando cessa a força que a fa mudar de posição;</p><p> Estanqueidade – é a capacidade do navio não permitir a entrada de água em seus</p><p>compartimentos. Todo o navio é dividido em compartimentos estanques, situados acima e</p><p>abaixo da linha de flutuação;</p><p> Linha d’água – faixa pintada no casco dos navios, de proa a popa</p><p> Linha de flutuação -- consiste na linha que separa a parte imersa do casco de um</p><p>navio (obras vivas) da sua parte emersa (obras mortas);</p><p> Obras vivas – parte do casco que fica abaixo</p><p>da linha d’água em plena carga;</p><p> Obras mortas – é a parte do casco que fica fora d’água em plena carga;</p><p> Calado – é a distância vertical entre a superfície da água (linha de flutuação) e a parte</p><p>mais baixa da embarcação (Quilha);</p><p> Trim – é a diferença entre os calados e a vante e a ré. Quando o calado a ré é maior</p><p>que o calado a vante, o navio ou plataforma está derrabado. A Unidade está apoiada,</p><p>derrabada, ou terá trim pela popa, quando estiver inclinado para ré.</p><p>Figura 172: Navio EmTrim</p><p>Quando o calado da vante é maior que o calado a ré, dizemos que o navio ou plataforma está</p><p>embicado ou abicado.</p><p>Figura 173: Navio Embicado</p><p>Se os calados são iguais, dizemos que o navio está compassado ou em águas parelhas.</p><p>Figura 174: Navio Compassado</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>143</p><p> Banda – é o nome dado a inclinação que a embarcação assume para um dos bordos.</p><p>Banda permanente: é a situação em que a embarcação permanece inclinada, devido a</p><p>qualquer situação que tenha afetado a sua condição de estabilidade, a exemplo: má</p><p>distribuição de pesos a bordo.</p><p>Figura 175: Navio De Banda</p><p> Sistema de lastro – é responsável por manter a estabilidade da embarcação, definir o</p><p>calado e manipular a distribuição de peso a bordo;</p><p> Portas estanques – portas de fechamento estanque, que estabelecem ou interceptam</p><p>as comunicações através das anteparas estanques.</p><p> Disco de PLIMSOLL – a marca Plimsoll é uma estrutura pintada nos cascos dos</p><p>navios mercantes, que indica o limite de carga a ser carregado em segurança.</p><p>Figura 176: Tipos De Água</p><p> TF Tropical Fresh –água trópicos doce;</p><p> F Fresca – água fresca em outros lugares;</p><p> Tropical T sal – água do mar tropical;</p><p> S/Verão – a água do mar no verão;</p><p> W de Inverno – a água do mar no inverno;</p><p> WNA inverno do Atlântico Norte – invernos no Atlântico Norte</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>144</p><p>11.4 - PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA EVACUAÇÃO / ABANDONO</p><p>EVACUAÇÃO</p><p>Ato de retirar da Unidade de forma ordenada todo pessoal não envolvido na faina de</p><p>emergência, após a verificação do Coordenador Local da Emergência de que há</p><p>probabilidade de se perder o controle da situação e para tal, usa-se preferencialmente, os</p><p>meios externos se as condições assim permitirem.</p><p>NOTA: cessando a emergência, todos os tripulantes poderão retornar para a plataforma.</p><p>ABANDONO</p><p>Abandono é o ato de retirar de forma ordenada todo pessoal envolvido nas fainas de</p><p>emergências, após o esgotamento dos recursos para o controle, utilizando-se para transporte</p><p>os recursos disponíveis conforme as circunstâncias recomendarem e permitirem.</p><p>É feito quando não há mais esperança de se controlar a emergência. Para retirada do pessoal</p><p>que se encontra ainda à bordo estarão disponíveis baleeiras, balsa salva-vidas e como última</p><p>opção o salta na água.</p><p>11.5 - PROCEDIMENTO DE ABANDONO – PREPARAÇÃO PESSOAL:</p><p> Reunir passageiros / residentes nos Pontos de Reuniões;</p><p> Manter a calma;</p><p> Mover-se rápido sem correr (observar as regras de tráfego de bordo);</p><p> Vestir-se de acordo com o clima;</p><p> Vestir o colete salva-vidas ajustando-o seguramente (quando já estiver no Ponto de</p><p>Reunião).</p><p>Causas das complicações no abandono da unidade:</p><p> Falha no lançamento da embarcação de sobrevivência;</p><p> Adernamento;</p><p> Fumaça e chamas;</p><p> Ausência de iluminação;</p><p> Descontrole emocional;</p><p> Ausência de pessoal encarregado de certos deveres;</p><p> Ausência de pessoal na lista de chamada;</p><p> Ferimentos a pessoal-chave;</p><p> Ferimentos ao restante do pessoal.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>145</p><p>MEIOS DE EVACUAÇÃO / ABANDONO</p><p>Esses meios de evacuação são definidos pela Coordenação Local de Emergência, conforme</p><p>a situação exigir.</p><p>NA EVACUAÇÃO</p><p>GANGWAY</p><p>São utilizadas como passarelas de uma Unidade para outra.</p><p>Figura 177: Plataforma Com Gangway</p><p>HELICÓPTEROS</p><p>Figura 178: Helicoptero</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>146</p><p>EMBARCAÇÕES DE APOIO /CESTA DE TRANSBORDO</p><p>Figura 179: Cesta De Transbordo</p><p>PROCEDIMENTOS A SEREM OBSERVADOS PARA ABANDONO ATRAVÉS DE</p><p>BALEEIRA.</p><p>Responsabilidade dos passageiro-residentes:</p><p> Embarcar orientados pelo Coordenador do Posto de Abandono;</p><p> Ocupar o seu assento na baleeira (preferencialmente devem ser ocupados os bancos</p><p>no sentido popa-proa-popa);</p><p> Colocar o cinto de segurança e permanecer sentado e em silencio.</p><p>BALEEIRAS DO TIPO TOTALMENTE FECHADA</p><p>Figura 180: Baleeira Totalmente Fechada</p><p>PROCEDIMENTOS NA BALSA SALVA-VIDAS.</p><p>AÇÕES PRIMÁRIAS:</p><p> Cortar o cabo de disparo e remar se afastando (observar corrente e vento);</p><p> Acionar o SART (“SearchAnd Recue Transponder”) ;</p><p> Lançar âncora flutuante;</p><p> Distribuir pílulas para enjoo, se necessário;</p><p> Fechar/abrir sanefas do toldo da balsa conforme a necessidade;</p><p> Manter em boas condições a si próprio (mantenha o seu macacão o mais seco</p><p>possível) e a balsa.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>147</p><p>BALSAS SALVA-VIDA</p><p>Figura 181: Balsa Salva Vidas</p><p>ESCADAS DE QUEBRA PEITO</p><p>Figura 182: Escada Quebra Peito</p><p>SALTO NA ÁGUA (ÚLTIMA OPÇÃO)</p><p>Figura 183: Salto Na Água</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>148</p><p>Para o salto na água poderão ser utilizados como opção para os passageiros / residentes</p><p>saltarem na água em segurança, o emprego de Escada de Fuga ou ainda escada de quebra</p><p>peito para que possam saltar mais próxima possível do nível do mar.</p><p>11.6 - PROCEDIMENTOS PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE COM SEGURANÇA EM</p><p>HELICÓPTEROS</p><p>Embarques e desembarques de helicópteros a bordo de plataformas; deverão ser feitos</p><p>seguindo orientações de um dos despachantes ou um dos membros da equipe de vôo, deverá</p><p>ser feito sempre pelas laterais da aeronave em um ângulo de 90⁰; em relação ao eixo</p><p>longitudinal do helicóptero, no campo de visual dos pilotos e sempre olhando atentamente</p><p>para eles ou para a segurança do heliponto (Sempre siga as faixas de segurança para o</p><p>deslocamento até a aeronave).</p><p>TENHA SEMPRE ATENÇÃO:</p><p> Use sempre o abafador de ruído e os óculos de proteção, obedeça às instruções</p><p>visuais do helideck no embarque e desembarque, use corretamente o colete salva-vidas;</p><p> Tenha sempre cuidado para não tropeçar na Rede de Proteção que se encontra sobre</p><p>o heliponto;</p><p> Pontos perigosos dentro e fora do helicóptero;</p><p> Coletes salva-vidas;</p><p> Equipamentos de emergência;</p><p> Aproxime-se ou afaste-se do heliponto somente quando autorizado pela equipe de</p><p>apoio;</p><p> Aproxime-se ou afaste-se sempre ligeiramente abaixado;</p><p> Não se aproxime do rotor de cauda;</p><p> Mova-se pelas laterais dentro da área de segurança;</p><p> Não se aproxime dos rotores / áreas de exaustão;</p><p> Não toque nas antenas e tubo pitot estático (tubo de pitot serve para detectar a</p><p>velocidade relativa do vento que vem de encontro ao avião) e dessa forma indica a</p><p>velocidade do aparelho no ar;</p><p> Não se locomova com objetos soltos (boné, cachecóis, etc.).</p><p>O perigo na aproximação da aeronave encontra-se no rotor principal nas partidas e paradas,</p><p>rotor de cauda em função da altura e invisibilidade com a rotação e descarga da turbina que</p><p>emite gases aquecidos.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>149</p><p>Figura 184: Pontos Perigosos E Seguros Para Aproximação De Pessoas</p><p>CAPÍTULO 12 – TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O tempo de sobrevivência na água vai depender da localização, estação do ano, da</p><p>temperatura da água e de outros fatores com que o individuo pode aumentar seu tempo de</p><p>sobrevivência e consequentemente, ser salvo. Lembre-se, ninguém é um sobrevivente até</p><p>que seja resgato e para ser resgatado seu tempo de sobrevivência</p><p>deve maior que o tempo</p><p>que as equipes de busca levarão para encontrá-lo.</p><p>12.1 – EQUIPAMENTOS PARA SALVATAGEM E SOBREVIVÊNCIA</p><p>Bóias salva-vidas</p><p>Especificações das bóias salva-vidas Todas as bóias salva-vidas deverão:</p><p> 1 ter um diâmetro externo não superior a 800 mm e um diâmetro interno não inferior a</p><p>400 mm; .</p><p> 2 ser confeccionadas de um material com flutuabilidade própria; para flutuar, não</p><p>deverão depender de junco, aparas de cortiça, cortiça granulada ou qualquer outro</p><p>material granulado solto, ou qualquer compartimento de ar que dependa de ser inflado</p><p>para obter flutuabilidade;</p><p> 3 ser capazes de suportar não menos do que 14,5 kg de ferro, em água doce, por um</p><p>período de 24 horas; .</p><p> 4 ter uma massa não inferior a 2,5 kg; .</p><p> 5 não continuar a queimar ou a fundir após ter ficado totalmente envolvida em chamas</p><p>por um período de 2 segundos;</p><p> 6 ser confeccionadas para resistir a uma queda n'água da altura em que estiverem</p><p>estivadas até a linha de flutuação com o navio na condição de viagem mais leve, ou de</p><p>uma altura de 30 m, a que for maior, sem prejudicar a capacidade de funcionamento</p><p>dos seus componentes;</p><p> 7 se forem destinadas a acionar os dispositivos de liberação rápida dos sinais</p><p>fumígenos auto-ativados e das lâmpadas de acendimento automático, ter uma massa</p><p>não inferior a 4 kg; e</p><p> 8 ser dotadas de uma linha salva-vidas com um diâmetro não inferior a 9,5 mm e com</p><p>um comprimento não inferior a 4 vezes o diâmetro externo do seu corpo. A linha salva-</p><p>vidas deverá ser fixada em quatro pontos eqüidistantes em tomo da circunferência da</p><p>bóia, de modo a formar quatro alças iguais.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>150</p><p>Figura 185: Boia Salva Vidas</p><p>Classe I – Navegação Oceânica / Plataforma.</p><p>Os coletes salva-vidas devem ser dotados dos seguintes acessórios obrigatórios:</p><p> Luz de sinalização de emergência;</p><p> Fitas retro refletivas;</p><p> Apito;</p><p> Cor contrastante com mar e</p><p> Ser auto adriçável.</p><p>Figura 186: Colete Classe 1</p><p>Roupas de imersão</p><p>Prescrições gerais para roupas de imersão.</p><p>Uma roupa de imersão deverá ser confeccionada com materiais à prova d'água que:</p><p> possa ser retirada do seu invólucro e vestida sem ajuda em até 2 minutos, levando em</p><p>conta o ato de vestir qualquer roupa relacionada com ela, vestir um colete salva-vidas</p><p>se a roupa de imersão for para ser usada juntamente com um colete salva-vidas.</p><p> não continuem a queimar ou fundir após haverem estado inteiramente envolvidos por</p><p>chamas durante 2 segundos;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>151</p><p> cubra todo o corpo, com exceção do rosto, exceto que a proteção para as mãos possa</p><p>ser proporcionada por luvas separadas, que deverão estar permanentemente presas à</p><p>roupa;”</p><p> minimizem ou reduzam a entrada de ar nas pernas daroupa, por meio de dispositivos</p><p>especiais; e5 não permitam a entrada de uma quantidade excessiva de água na</p><p>roupa, após o seu utilizador pular n'água de uma altura não inferior a 4,5 m.</p><p>Figura 187: Roupa De Imersão</p><p>ROUPA DE PROTEÇÃO TÉRMICA (TPA)</p><p>As roupas de proteção térmica servem para proteger o corpo do frio intenso, normalmente</p><p>suas cores variam entre laranja, amarelo ou vermelho, são formadas para cobrir grande parte</p><p>do corpo. São de material à prova d’água, reduzem a perda de calor do corpo, são de fácil</p><p>utilização. Essas roupas são projetadas para suportar temperaturas entre -30⁰C a +20⁰C.</p><p>Figura 188: Roupa De Proteção Térmica</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>152</p><p>12.2 - TIPOS DE EMBARCAÇÕES UTILIZADAS PARA ABANDONO E SOBREVIVENCIA</p><p>BALEEIRAS TIPOTOTALMENTE FECHADA</p><p>Embarcação construída e equipada conforme especificações do SOLAS para o abandono das</p><p>Unidades Offshore.</p><p>Figura 189: Baleeira Totalmente Fechada</p><p>CARACTERÍSTICAS DA BALEEIRAS DO TIPO TOTALMENTE FECHADA</p><p> Autoadriçável / Autoaprumante;</p><p> Retardante a chamas;</p><p> A baleeira deverá suportar um impacto lateral contra o costado, com uma velocidade</p><p>de pelo menos 3,5 m/s e uma queda na água de uma altura não superior a 3 metros;</p><p> Nenhuma baleeira poderá ser construída para acomodar mais que 150 pessoas;</p><p> A baleeira deverá permitir o embarque de toda a sua tripulação, em no máximo 3</p><p>minutos;</p><p> Deverá possuir uma escada de embarque;</p><p> A entrada deverá permitir que uma pessoa carregada em uma maca, seja levada para</p><p>bordo;</p><p> O motor deverá ser capaz de funcionar durante pelo menos 5 minutos fora d’água;</p><p> A baleeira deverá ter uma autonomia não inferior a 24 horas à velocidade de 6 nós;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>153</p><p> O número de pessoas que a baleeira está autorizada a transportar deverá estar inscrito</p><p>na sua cobertura;</p><p> Sistema de ar próprio, no mínimo de (10min);</p><p> Sistema de arrefecimento do casco (sprinklers);</p><p> Todos os assentos com cinto de segurança de cores alternadas e contrastantes;</p><p>LANÇAMENTO DE BALEEIRAS:</p><p> O lançamento pode ser realizado pelo Timoneiro e/ou pela Equipe do Posto de</p><p>Abandono;</p><p> Ao embarcar nas baleeiras todos deverão estar usando coletes salva-vidas;</p><p> O embarque só é feito quando a Baleeira estiver corretamente posicionada;</p><p> Todos deverão estar sentados e afivelados;</p><p> Todas as escotilhas fechadas, lançar operando o freio hidráulico;</p><p> Não ultrapassar a lotação da embarcação.</p><p>Tipos de lançamentos:</p><p> TURCO DE REBATER</p><p>Figura 190: Baleeira Totalmente Fechada No Turco De Rebater</p><p> TURCO FIXO</p><p>Figura 191: Baleeira Totalmente Fechada No Turco Fixo</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>154</p><p> FREE FALL</p><p>Figura 192: Baleeira Totalmente Fechada Lançamento Free Fall</p><p>PROCEDIMENTOS A SEREM OBSERVADOS PARA ABANDONO ATRAVÉS DE</p><p>BALEEIRA:</p><p>a) Responsabilidade do Timoneiro e sua equipe de apoio (proeiro/popeiro), após</p><p>realizar procedimentos pré embarque.</p><p> Coordenar a distribuição interna dos passageiros</p><p> Dar o pronto a coordenação geral, pedindo autorização para arriar;</p><p> Dar a partida no motor;</p><p> Liberar sistema de freio;</p><p> Na água, soltar sistemas de engates;</p><p> Se afastar no mínimo 1,5 milha próximo da unidade em posição segura;</p><p> Operar o rádio VHF no canal 16</p><p> Lançar âncora flutuante, se necessário;</p><p> Oferecer pílulas antienjoo;</p><p> Fazer primeiros socorros em feridos;</p><p> Preparar o refletor radar para ser posicionado em cima da baleeira;</p><p> Utilizar os pirotécnicos quando necessário.</p><p> Após 24h distribuir água e ração( exceto para feridos e doentes, nas primeiras 24h</p><p>dependendo da lesão ou ferimento distribui-se água)</p><p>b) responsabilidade dos passageiro-residentes:</p><p> Embarcar orientados pelo Coordenador do Posto de Abandono;</p><p> Ocupar o seu assento na baleeira (preferencialmente devem ser ocupados os bancos</p><p>no sentido popa-proa-popa);</p><p> Colocar o cinto de segurança e permanecer sentado e em silencio.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>155</p><p>BALSAS SALVA-VIDAS</p><p>CARACTERÍSTICAS DAS BALSAS SALVA-VIDAS INFLÁVEIS:</p><p> Ter resistência para repetidos saltos de uma altura de 4,5 metros;</p><p> Isolamento térmico (piso inflável);</p><p> Vigia de observação;</p><p> Duas entradas diametralmente dispostas;</p><p> O número de pessoas que a balsa está autorizada a transportar deverá estar inscrita</p><p>na sua cobertura.</p><p> Cobertura na cor contrastante com o mar;</p><p> Luzes de sinalização;</p><p> Linhas de vida ao entorno da mesma;</p><p> Coletores de água de chuva;</p><p> Flutuadores duplos.</p><p>BALSA SALVA-VIDAS SUA LOCALIZAÇÃO A BORDO:</p><p> Nos decks das unidades (preferencialmente próximo das Estações de Abandono);</p><p> Armazenadas em casulos de fibra de vidro;</p><p> Presas por cintas a berços fixos ou rampas individuais ou multiplas no deck;</p><p> Equipadas com válvulas hidrostáticas.</p><p>LANÇAMENTO DAS BALSAS:</p><p>As balsas podem ser lançadas por 02 (duas) maneiras bem</p><p>NO MAR ......................................................... 149</p><p>12.1 – EQUIPAMENTOS PARA SALVATAGEM E SOBREVIVÊNCIA ........................................... 149</p><p>12.2 - TIPOS DE EMBARCAÇÕES UTILIZADAS PARA ABANDONO E SOBREVIVENCIA ........ 152</p><p>12.3 – PONTOS DE REUNAIÃO E ABANDONO DE ACORDO COM A TABELA MESTRA ......... 159</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>7</p><p>12.4 - PROCEDIMENTOS DO NÁUFRAGO NA ÁGUA .................................................................... 160</p><p>12.5 - AUTOCONTROLE E OS CUIDADOS PARA A SOBREVIVÊNCIA ....................................... 162</p><p>12.6 - MEIOS DE ALERTA E SINALIZAÇÃO.................................................................................... 165</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ........................................................................................... 169</p><p>CAPÍTULO 13 – CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO ..................................................................... 176</p><p>13.1 A IMPORTÂNCIA DA COSCIENTIZAÇÃO DE TODOS A BORDO EM RELAÇÃO À</p><p>PROTEÇÃO ........................................................................................................................................ 176</p><p>13.2 - COMO INFORMAR UM INCIDENTE DE PROTEÇÃO,INCLUINDO PIRATARIA E ROUBO</p><p>ARMADO. ............................................................................................................................................ 177</p><p>13.3 - DEFINIÇÕES E TERMOS DE ELEMENTOS RELATIVOS À PROTEÇÃO MARÍTIMA ........ 178</p><p>13.4 - LEGISLAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL DE PROTEÇÃO MARÍTIMA. ................... 183</p><p>13.5 - NÍVEIS DE PROTEÇÃO MARÍTIMA E PROCEDIMENTOS A BORDO EM CADA UM</p><p>DELES: ................................................................................................................................................ 184</p><p>13.6 - PLANOS DE PROTEÇÃO E PLANOS DE CONTIGÊNCIA ................................................... 186</p><p>13.7 - RESPONSABILIDADES DO GOVERNO, DA COMPANHIA E DAS PESSOAS ENVOLVIDAS</p><p>NA PROTEÇÃO. ................................................................................................................................. 189</p><p>14.1 – ATUAIS AMEAÇAS E TÉCNICAS USADAS PARA CONTORNAR AS MEDIDAS DE</p><p>PROTEÇÃO: ....................................................................................................................................... 190</p><p>14.2 - RECONHECIMENTO DE POSSÍVEIS AMEAÇAS MATERIAIS À PROTEÇÃO DA</p><p>PLATAFORMA COMO ARMAS, BOMBAS, SUBSTÂNCIAS E DISPOSITIVOS PERIGOSOS .... 191</p><p>14.3 - RECONHECIMENTO DE PESSOAS QUE APRESENTAM POTENCIAIS AMEAÇAS À</p><p>PROTEÇÃO, INCLUINDO ELEMENTOS QUE SE RELACIONAM COM A PIRATARIA E ROUBO</p><p>ARMADO ............................................................................................................................................. 194</p><p>14.4 - PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER SEGUIDOS QUANDO RECONHECER UMA</p><p>AMEAÇA À PROTEÇÃO. ................................................................................................................... 195</p><p>14.5 - FORMA CORRETA DE LIDAR COM INFORMAÇÕES SENSÍVEIS E COM AS</p><p>COMUNICAÇÕES RELATIVAS À PROTEÇÃO ............................................................................... 196</p><p>14.6 - EXIGÊNCIAS RELATIVAS ÀS INSTRUÇÕES E AOS EXERCÍCIOS PERIÓDICOS DE</p><p>ADESTRAMENTO PREVISTO PELAS CONVENÇÕES, CÓDIGOS E CIRCULARES DA IMO. ... 196</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ........................................................................................... 198</p><p>GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................... 200</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 201</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>8</p><p>PCI - PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO</p><p>APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA</p><p>A filosofia empresarial da FOX Consultoria e Treinamentos On & Offshore Ltda pode ser</p><p>sintetizada no reconhecimento do valor das pessoas e na capacidade em lhes acrescentar</p><p>novas competências, objetivando seu reconhecimento não só profissional, mas sobre tudo</p><p>como ser humano integral.</p><p>Deste modo estamos habilitados a oferecer e desenvolver soluções que atendam às</p><p>necessidades de consultoria e treinamento empresarial focando a preservação da vida, em</p><p>sua acepção mais ampla, contribuindo de forma significativa para o alcance dos objetivos de</p><p>excelência empresarial dos nossos clientes.</p><p>O curso atende as exigências da NORMAM-24/DPC</p><p>Esta disciplina visa proporcionar ao aluno noções de prevenção e combate a incêndio,</p><p>seguindo procedimentos de segurança, afim de eliminar ou minimizar os riscos de incêndios a</p><p>bordo das unidades offshore.</p><p>O aluno ao final da disciplina será capaz de identificar as classes de incêndios, reconhecer e</p><p>aplicar os métodos de combate, como utilizar os meios e equipamentos disponíveis em suas</p><p>unidades.</p><p>Acreditamos que o seu aproveitamento neste curso seja eficaz para o enfrentamento dos</p><p>problemas do dia-a-dia e possa contribuir efetivamente para o seu crescimento individual e</p><p>profissional.</p><p>Seja bem vindo!</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>9</p><p>CAPÍTULO 1 – PREVENÇÃO DE INCÊNDIO</p><p>1.1 - TEORIA DA COMBUSTÃO</p><p>Combustão é uma reação química de oxidação na qual poderá se desprender ou não uma</p><p>energia na forma de luz e calor.</p><p>O fogo é uma reação química das mais elementares, chamada COMBUSTÃO ou queima</p><p>entre três elementos: COMBUSTÍVEL, COMBURENTE e TEMPERATURA DE IGNIÇÃO OU</p><p>ENERGIA DE ATIVAÇÃO. A existência do fogo está condicionada à presença desses três</p><p>elementos em condições favoráveis. Durante a reação, isto é, durante a queima, há</p><p>desprendimento de calor e luz, continuamente.</p><p>Para efeito didático foi criada uma abstração geométrica, denominada TRIÂNGULO DO</p><p>FOGO para facilitar a compreensão do processo de combustão.</p><p>Figura 1 : Triangulo do Fogo</p><p>QUADRILÁTERO DO FOGO</p><p>Quadrilátero é uma evolução do conceito do triângulo do fogo onde foi descoberto um novo</p><p>elemento (reação em cadeia).</p><p>Figura 2 : Quadrilátero do Fogo</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>10</p><p>ELEMENTOS DA COMBUSTÃO</p><p>Como vimos atualmente são considerados quatro elementos da combustão:</p><p>COMBUSTÍVEL, COMBURENTE, TEMPERATURA DE IGNIÇÃO E REAÇÃO EM CADEIA.</p><p>COMBUSTÍVEL</p><p>É tudo que queima. Na natureza teoricamente nenhum material é incombustível, mas para</p><p>efeito prático, dividimos os corpos em combustíveis e incombustíveis.</p><p>Onde temos como combustíveis aqueles que entram em combustão abaixo de 1000C° e</p><p>incombustíveis os que entram acima dessa temperatura.</p><p>Apresentam-se nos três estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso.</p><p>SÓLIDO, combustível que queima em superfície e profundidade, deixando resíduos, como</p><p>cinzas e fuligens.</p><p>Ex: madeira, papel, borracha, tecidos e etc.</p><p>LÍQUIDOS, combustíveis que queima em superfície com desprendimento de gases.</p><p>Ex: álcool, gasolina, querosene, solventes e etc.</p><p>GASOSO, combustível de queima rápida e em toda sua totalidade.</p><p>Ex: butano, propano, acetileno, gás natural e etc.</p><p>COMBURENTE</p><p>Comburente, ou agente oxidante, é o elemento que possibilita vida as chamas e intensifica a</p><p>combustão. O mais comum na natureza é o oxigênio, encontrado na atmosfera em uma</p><p>proporção de 21%.</p><p>O AR ATMOSFÉRICO É COMPOSTO DE:</p><p> 78,06% de nitrogênio;</p><p> 21% de oxigênio;</p><p> 0,03%de gás carbônico;</p><p> 0,91% de gases raros e nobres.</p><p>Figura 3 : Composição Atmosférica</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>11</p><p>Em relação ao nível de concentração de oxigênio em um determinado ambiente a combustão</p><p>apresenta-se sob diferentes formas, conforme o quadro abaixo:</p><p>PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO CARACTERÍSTICA DA</p><p>distintas. Lançamento manual e</p><p>Lançamento por Turco.</p><p>LANÇAMENTO MANUAL</p><p>NO LANÇAMENTO MANUAL OBSERVE OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS:</p><p> Observe as condições do mar;</p><p> Amarre o cabo de disparo em um ponto fixo da plataforma;</p><p> Libere a balsa do berço, desfazendo o dispositivo do mecanismo de escape rápido</p><p>(válvula hidrostática);</p><p> Não jogue a balsa em locais onde há presença de fogo;</p><p> Jogue a balsa na água.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>156</p><p>Figura 193: Casulo Da Balsa Salva Vidas No Berço</p><p>NOTA: Nunca role o casulo, pois poderá prejudicar o arranjo original da balsa.</p><p>LANÇAMENTO POR TURCO</p><p>Figura 194: Balsa Salva Vidas Lançamento Por Turco</p><p>PROCEDIMENTOS NA BALSA SALVA-VIDAS:</p><p>AÇÕES PRIMÁRIAS:</p><p> Cortar o cabo de disparo e remar se afastando (observar corrente e vento);</p><p> Lançar âncora flutuante;</p><p> Distribuir pílulas para enjoo, se necessário</p><p> Fechar/abrir sanefas do toldo da balsa conforme a necessidade;</p><p> Manter em boas condições a si próprio (mantenha o seu macacão o mais seco</p><p>possível) e a balsa.</p><p>Figura 195: Entrada Na Balsa Salva Vidas</p><p>AÇÕES SECUNDÁRIAS:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>157</p><p> Recolher os náufragos que ainda estão na ��gua;</p><p> Realizar os primeiros socorros se necessário;</p><p> Designar vigias e explicar as suas funções;</p><p> Fazer a distribuição de pesos, para não desestabilizar a balsa;</p><p> Ativar o SART;</p><p> Retirar o excesso de água e secar a balsa com a esponja, existente na palamenta;</p><p> Se estiver num clima frio, manter as sanefas fechadas, inflar o piso duplo e ficar juntos</p><p>uns dos outros;</p><p> Se estiver num clima quente, deixe as sanefas abertas e o piso vazio;</p><p> Tentar ficar junto de outras embarcações de sobrevivência, no mínimo 10m de</p><p>distância. O bote de resgate fará o reboque juntando as balsas pelo cabo de disparo;</p><p> Se as condições do tempo permitirem, transfira os sobreviventes e equipamento para</p><p>garantir uma distribuição em partes iguais;</p><p> Tentar manter o moral delegando trabalhos aos colegas e leia o Manual de</p><p>Sobrevivência existente na palamenta da balsa.</p><p>FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA HIDROSTÁTICA:</p><p>Caso a Unidade Marítima vá ao fundo, as balsas salva-vidas que não foram lançadas pelos</p><p>métodos tradicionais de lançamento, serão liberadas mediante ao funcionamento da</p><p>VÁLVULA HIDROSTÁTICA, Entre 1.5 e 4m de profundidade a válvula é acionada e corta o</p><p>cabo que prende a válvula a cinta no berço ; liberando o casulo para chegar até a superfície.</p><p>A cerca de 25 metros de profundidade o cabo de ativação estica-se e aciona o cilindro de</p><p>CO2 inflando a balsa; o cabo de ativação se rompe no ponto mais fraco, assim impedindo que</p><p>a balsa seja arrastada para o fundo.</p><p>Figura 196: Válvula Hidrostática</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>158</p><p>DESVIRANDO UMA BALSA EMBORCADA</p><p>Se a sequência para inflar a balsa, ou as condições de mar fizerem com que ela emborque, é</p><p>essencial que a manobra para desemborcá-la seja executada rapidamente, permitindo assim</p><p>que, a balsa seja ocupada e impedindo que ela derive rapidamente com o vento e o mar.</p><p>Figura 196: Desemborcamento Da Balsa</p><p>NOTA: Tenha cuidado para não se prender em nenhum dos cabos da parte de baixo da</p><p>balsa. Outros sobreviventes devem manter vigia para a segurança do pessoal que efetuar a</p><p>manobra.</p><p>PALAMENTA (BALEEIRA X BALSA)</p><p>Palamenta é um conjunto de acessórios e utensílios existentes nas embarcações de</p><p>sobrevivência, que visam salvaguardar a vida do náufrago.</p><p>Quadro 04 – Palamenta da balsa / baleeira</p><p>DESCRIÇÃO QUANTIDADE</p><p>Âncora flutuante 02</p><p>Aro flutuante, preso a um cabo flutuante não inferior a 30 metros 01</p><p>Faca com fiel flutuante 02</p><p>Cuia flutuante 02</p><p>Esponja 02</p><p>Remo flutuante 02</p><p>Abridor de latas 03</p><p>Caixa de primeiros socorros 01</p><p>Apito 01</p><p>Foguete iluminativo com paraquedas 04</p><p>Facha manual 06</p><p>Fumígeno flutuante 02</p><p>Lanterna à prova d’água com pilhas e lâmpadas sobressalentes 01</p><p>Refletor radar 01</p><p>Espelho de sinalização diurna (espelhoheliográfico) 01</p><p>Cópia da tabela de sinais de salvamento 01</p><p>Conjunto de apetrechos de pesca 01</p><p>Ração sólida 120 envelopes</p><p>Ração líquida 30 litros</p><p>Vaso inoxidável graduado 01</p><p>Medicamento contra enjoo 6 doses/pessoa</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>159</p><p>Saco para enjoo 1 por pessoa</p><p>Instruções de sobrevivência 01</p><p>Instruções sobre as ações imediatas 01</p><p>Roupa de proteção térmica 02</p><p>Conjunto para reparos de emergência</p><p>01</p><p>Bomba de enchimento manual 01</p><p>12.3 – PONTOS DE REUNAIÃO E ABANDONO DE ACORDO COM A TABELA MESTRA</p><p>Alarme de Incêndio Alarme de Colisão Alarme de Abandono Grupos Incêndio/Colisão</p><p>Sinais curtos Um sinal longo Sete ou mais sinais curto e um</p><p>longo</p><p>Grupo 01 – baleeira (BE)</p><p>Apito/Sino/Campainha Apito/Sino/Campainha Apito/Sino/Campainha Grupo 02 – Baleeira (BB)</p><p>N⁰ FUNÇÃO FAINAS</p><p>BALEEIRA</p><p>INCÊNDIO COLISÃO ABANDONO</p><p>Armador</p><p>Às ordens do</p><p>Comandante</p><p>Às ordens do</p><p>Comandante</p><p>Às ordens do Comandante 01/02</p><p>Passageiros</p><p>Às ordens do</p><p>Comandante</p><p>Às ordens do</p><p>Comandante</p><p>Às ordens do Comandante 01/02</p><p>01 CMT Dirige a faina geral Dirige a faina geral Dirige a faina geral 01/02</p><p>02 IMT Dirige a faina geral Dirige a faina geral Comanda a Baleeira 01</p><p>03 1 ON Dirige a faina geral</p><p>Sondagem geral do</p><p>navio</p><p>Comanda a Baleeira/</p><p>EPIRB</p><p>02</p><p>04 2 ON</p><p>Compartimento</p><p>CO2</p><p>Auxilia o Comandante Conduz SART 01</p><p>05 CTR</p><p>Conecta</p><p>mangueira</p><p>Auxilia sondagem</p><p>convés</p><p>Arria a Baleeira 01</p><p>06 MNC</p><p>Esguicho e</p><p>mangueira</p><p>Auxilia o Imediato Verifica bujão e andorinho 01</p><p>07 MNC</p><p>Transporta</p><p>extintores</p><p>Distribui material no</p><p>paiol</p><p>Safa boça e desce na</p><p>baleeira</p><p>02</p><p>08 MOC</p><p>Eq. Respiração</p><p>autônoma</p><p>Auxilia controle de</p><p>avarias</p><p>Safa pino do turco e safa</p><p>balsa</p><p>02</p><p>09 OSM</p><p>Dirige faina praça</p><p>maq.</p><p>Dirige faina praça</p><p>maq.</p><p>Condução motor baleeira 01</p><p>10 1OM</p><p>Dirige serviço de</p><p>bombas</p><p>Dirige serviço de</p><p>bombas</p><p>Dirige a faina de safar a</p><p>balsa</p><p>02</p><p>11 2OM Auxilia o OSM Auxilia o OSM</p><p>Dirige a faina de safar a</p><p>balsa</p><p>01</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>160</p><p>PONTO DE REUNIÃO E ESTAÇÃO DE ABANDONO</p><p>Figura 197: Ponto De Reunião Figura 198: Estação De Abandono</p><p>12.4 - PROCEDIMENTOS DO NÁUFRAGO NA ÁGUA</p><p>O QUE FAZER?</p><p> Após o salto na água, nade apenas se for possível chegar a uma embarcação de</p><p>sobrevivência ou a algum objeto que esteja flutuando;</p><p> Enquanto estiver sozinho na água aguardando resgate permaneça na posição HELP;</p><p> Uma vez em grupo, adote a POSIÇÃO HUDDLE ou o Círculo de Sobrevivência e</p><p>procure trazer para o círculo todos os que estiverem na água;</p><p> Se existirem feridos, os mesmos deverão estar dispostos no centro do círculo;</p><p> Mantenha a busca por qualquer objeto que possa flutuar e possa ser usado pelo grupo;</p><p> Mantenha-se a uma distância segura da embarcação sinistrada (não se afastando</p><p>muito do local do sinistro).</p><p>POSIÇÃO HELP ( HEAT ESCAPE LESSENING POSTURE)</p><p>A água corrente retira calor do corpo muito mais rápido do que a água parada. A perda do</p><p>calor em contato com a água é 26 vezes mais rápido do que com o ar. O corpo humano perde</p><p>calor mais rápido na parte interna das coxas (área da virilha), laterais do tronco e abdômen e</p><p>na cabeça (em volta da nuca).</p><p>Figura 199: Posição Help</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>161</p><p>A posição HELP ajuda a manter o calor do corpo e conserva a energia. Mantenha as pernas</p><p>cruzadas, os braços rentes ao tórax, as mãos nos bolsos de aquecimento do traje de</p><p>sobrevivência, se houve, ou simplesmente cruze mãos e braços sobre a região abdominal.</p><p>Essa posição deverá ser assumida após o afastamento da área de perigo, assim</p><p>permanecendo até a chegada do resgate. Mantida essa posição o náufrago estará</p><p>retardando</p><p>os efeitos da hipotermia.</p><p>POSIÇÃO HUDDLE E CÍRCULO DE SOBREVIVÊNCIA</p><p>A posição Huddle nada mais é do que a aglomeração dos náufragos, visando à união do</p><p>grupo para que não haja deslocamentos ou desaparecimentos e minimizar a perda de calor</p><p>do corpo dos sobreviventes.</p><p>Círculo de Sobrevivência é formada pela união dos náufragos de braços trançados num</p><p>reforço de permaneceram juntos estando todos no círculo na posição Help compactada,</p><p>visando o seguinte:</p><p>a) Retardar a perda de calor (aquecimento coletivo);</p><p>b) Formar um alvo maior, facilitando assim o trabalho das equipes de busca e salvamento,</p><p>principalmente as equipes de resgate aéreo;</p><p>c) Aumentar a autoestima do grupo, mantendo o espírito de equipe e espírito de corpo tão</p><p>necessários na busca da sobrevivência.</p><p>Compactados para retardar a perda de calor e formar um alvo bastante visível, pois o</p><p>contraste de cor com a água o torna de fácil visualização para o resgate aéreo, além de elevar</p><p>a autoestima de seus integrantes e proporcionar uma sensação de segurança.</p><p>Figura 200: Circulo De Sobrevivência E Posição Huddle</p><p>NADO DE SOBREVIVÊNCIA</p><p>Mesmo usando coletes salva-vidas, é possível se utilizar dos métodos tradicionais de</p><p>natação. Entretanto, devido às restrições funcionais do colete, as condições de vento e</p><p>corrente, habilidade natatória ou condições físicas do náufrago, poderá ser difícil o</p><p>afastamento da área de perigo. Para superar essas condições aplica-se o NADO DE</p><p>SOBREVIVÊNCIA, realizando a partir da posição HELP, cuja técnica ainda resguarda a</p><p>temperatura do corpo além de permitir fácil deslocamento a qualquer pessoa, o principio e o</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>162</p><p>mesmo adotado no nado em comboio ou coletivo, mante-se o rosto fora da água voltado para</p><p>cima, com as pernas cruzadas usa-se o braços para a remada, caso queira virar para a direita</p><p>coloque a mão direita no peito e reme com a esquerda, caso queira ir para esquerda coloque</p><p>a mão esquerda no peito e reme com a direita.</p><p>NADO DE COMBOIO</p><p>O uso do colete garante a flutuação do náufrago, porém não basta flutuar, ainda pode ser</p><p>necessário o afastamento ou aproximação de um lugar seguro ou de apoio.</p><p>Todavia há pessoas que por estarem feridas ou não possuírem coordenação motora, não</p><p>conseguem executar os movimentos do Nado de Sobrevivência, impossibilitando seu</p><p>deslocamento na água.</p><p>Para ajudar pessoas nessas condições utilizados o NADO DE COMBOIO OU COLETIVO.</p><p>Duas ou mais pessoas unidas umas a outra pelos pés e posicionadas nas respectivas axilas</p><p>nadam com braçadas coordenadas promovendo o deslocamento da pessoa com dificuldade e</p><p>de todo o grupo.</p><p>Figura 201: Nado Em Comboio</p><p>Esse tipo de Nado não é eficaz em condições de mar revolto, correntezas e ventos fortes,</p><p>porém em condições de tempo bom, permite que o grupo se movimente unido, protegendo-</p><p>se, ajudando-se e de forma mais rápida.</p><p>12.5 - AUTOCONTROLE E OS CUIDADOS PARA A SOBREVIVÊNCIA</p><p>O controle emocional na hora do acidente e durante os procedimentos de abandono é</p><p>fundamental para o sucesso do mesmo. O mais importante é rever os procedimentos e não</p><p>deixar que, em uma situação crítica de abandono, o medo junte-se aos obstáculos e</p><p>dificuldades a vencer. A melhor forma para se evitar o pânico é estar preparado para a</p><p>emergência e isso só se consegue com o treinamento constante.</p><p>FATORES QUE AFETAM O TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA</p><p> Peso do corpo – pessoas pesadas e obesas sobreviverão mais tempo que as magras;</p><p> Roupas – prolongarão o tempo de sobrevivência;</p><p> Posição do corpo – ao adotar a posição HELP ou de agrupamento, você estará se</p><p>protegendo da hipotermia – maior causa de óbito entre os náufragos;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>163</p><p> Existência de auxílios – o colete salva-vidas conserva energia e as balsas infláveis</p><p>mantêm os sobreviventes fora da água, aliviando o processo de Hipotermia.</p><p>EXPOSIÇÃO EXCESSIVA AO SOL</p><p>A insolação é uma situação resultante da exposição prolongada ao calor e um local fechado e</p><p>sobreaquecido.</p><p>SINAIS E SINTOMAS:</p><p>Deve-se pensar na possibilidade de insolação sempre que haja um ou mais dos seguintes</p><p>sintomas:</p><p> Dores de cabeça;</p><p> Esgotamento;</p><p> Queimadura solar;</p><p> Tonturas;</p><p> Vômitos;</p><p> Excitação;</p><p> Inconsciência.</p><p>TRATAMENTO:</p><p> Deitar a vítima em local arejado e à sombra;</p><p> Elevar-lhe a cabeça;</p><p> Desapertar-lhe a roupa;</p><p> Colocar-lhe compressas frias na cabeça;</p><p> Dar de beber água fresca, se a vítima estiver consciente;</p><p> Se estive inconsciente, colocá-la em PLS (Posição Lateral de Segurança).</p><p>DESIDRATAÇÃO E SEDE</p><p>Indivíduos desidratados apresentam um volume de sangue menor que o normal, o que força o</p><p>coração a aumentar o ritmo de seus batimentos, quadro chamado pelos médicos de</p><p>taquicardia. Com menos água, a pele se torna áspera e as mucosas perdem o turgor, ficando</p><p>com aspecto enrugado e pouco viçoso. Os olhos podem ficar fundos. Quando a falta de água</p><p>prejudica o funcionamento dos músculos, podem ocorrer fraqueza e sensação de corpo</p><p>pesado. Se a falta de água chegar ao cérebro, uma pessoa pode até entrar em coma ou</p><p>morrer.</p><p>Casos graves de desidratação prejudicam o funcionamento dos rins, cuja função é excretar a</p><p>urina. Quando isso ocorre, o volume urinário pode ficar perigosamente baixo ou simplesmente</p><p>chegar a zero. Não se aconselha a ingestão de água salgada, pois essa água não é potável,</p><p>devido a sua alta concentração de sais, que podem desidratar uma pessoa. Com isso</p><p>diminuindo as chances de sobrevivência de 7 – 8 vezes.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>164</p><p>COMO OBTER ÁGUA?</p><p>Numa situação de náufrago a obtenção de água doce é difícil, mas não impossível. Podemos</p><p>obter água através de:</p><p> Do orvalho: condensação direta da umidade atmosférica. Fenômenos frequentes nas</p><p>noites frias, quando a temperatura fica abaixo do ponto de orvalho é possível notarem a</p><p>formação de gotículas no toldo da balsa;</p><p> Chuva: é importante manter um vigia no grupo para perceber as condições climáticas</p><p>quando as nuvens se aproximarem e começarem a chover. É importante lavar o objeto de</p><p>coleta (toldo do bote ou um funil improvisado) antes da coleta propriamente dita;</p><p> Destilador solar.</p><p>ALIMENTAÇÃO</p><p>Pode-se obter comida através do kit de rações ou da caça e da pesca utilizando-se de algum</p><p>instrumento improvisado para a prática das mesmas.</p><p>HIPOTERMIA</p><p>Ocorre quando a temperatura corporal cai abaixo de 35 graus centígrados, geralmente após</p><p>exposição ao frio, não necessariamente a temperaturas extremamente baixas. A queda na</p><p>temperatura corporal leva as respostas compensatórias como vasoconstrição cutânea</p><p>(palidez), calafrios e em temperaturas abaixo de 32 graus, rigidez muscular. Nessa</p><p>temperatura, ocorre diminuição da frequência cardíaca, da pressão arterial e a respiração</p><p>torna-se lenta e superficial. Em temperaturas ainda mais baixas, ocorre perda de consciência.</p><p>SINTOMAS:</p><p> Tremor;</p><p> Palavras indistintas;</p><p> Insensibilidade;</p><p> Cianose;</p><p> Amnésia;</p><p> Alucinação.</p><p>TRATAMENTO:</p><p>O tratamento da hipotermia envolve aumentar a temperatura corporal da vítima. Porém, os</p><p>primeiros socorros a alguém com hipotermia devem ser feitos com cuidado:</p><p> Não massageie ou esfregue a vítima;</p><p> Não dê álcool;</p><p> Não trata qualquer ulceração causada pelo frio;</p><p> Não deixe que o corpo fique na vertical;</p><p> Mantenha o corpo aquecido;</p><p> Monitore os sinais vitais.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>165</p><p>FERIMENTOS / ÚLCERAS</p><p>No caso de naufrágio em navio, plataforma, etc., geralmente ocorre o derramamento de</p><p>petróleo ou algum derivado na água.</p><p>Se o náufrago sofrer algum ferimento ou úlcera no momento de deixar a embarcação e estiver</p><p>com algum tipo de ferimento exposto, o mesmo será contaminado podendo ter:</p><p> Intoxicação;</p><p> Vômito;</p><p> Irritação nos olhos e na</p><p>pele;</p><p> Ingestão de combustíveis;</p><p> Poros entupidos.</p><p>ATAQUES DE TUBARÕES</p><p>Uma coisa que preocupa muitos sobreviventes, além de todos os outros fatores, são os</p><p>ataques de tubarões. Algumas atitudes são recomendas para evitar um ataque de tubarão:</p><p>Como por exemplo:</p><p> Manter-se com poucos movimentos;</p><p> Não fazer movimentos repentinos;</p><p> Não fazer barulho;</p><p> Usar repelente (se possível).</p><p>Figura 202: Tubarão</p><p>12.6 - MEIOS DE ALERTA E SINALIZAÇÃO</p><p>É necessário que os náufragos tenham algum meio de sinalizar para as equipes de resgate.</p><p>Existem diversos equipamento para indicar a localização dos náufragos para as equipes de</p><p>resgate, dentre os quais os dispositivos de sinalização de emergência visuais, tais como o</p><p>foguete iluminativo com paraquedas, o facho manual, o fumígeno, o espelho heliográfico, a</p><p>lanterna e o apito, este último, obviamente, com alcance mais restrito.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>166</p><p>ESPELHO HELIOGRÁFICO</p><p>O espelho heliográfico é um equipamento de sinalização para uso diurno. A experiência tem</p><p>demonstrado que o espelho pode ser um meio eficiente de sinalização em dias ensolarados,</p><p>propiciando que os observadores de uma aeronave de busca avistem as embarcações de</p><p>sobrevivência a uma certa distância.</p><p>Assim, ao ouvir um ruído de motor de aeronave, é interessante que os náufragos sinalizem</p><p>com o espelho na sua direção, mesmo que não estejam avistando a aeronave.</p><p>Figura 203: Espelho Heliográfico</p><p>RADIO VHF PORTÁTIL</p><p>Os rádios portáteis, são utilizados normalmente para comunicação em instalações ou navios.</p><p>Nas emergências, os rádios deverão ser levados para as baleeiras ou balsas a fim de manter</p><p>contato. Em caso de emergência, o canal 16 pode ser usado para transmitir uma chamada de</p><p>emergência utilizando a expressão “MAYDAY” repetida três (3) vezes.</p><p>Figura 204: Radio VHF Portátil</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>167</p><p>SART</p><p>O Transponder de Busca e Salvamento, cuja sigla, SART é oriunda das iniciais de “Search</p><p>And Recue Transponder” – é um equipamento capaz de oferecer um eco-radar de fácil</p><p>detecção para emissões de radar na banda X. É a faixa de frequência de operação da maior</p><p>parte dos radares de navegação. Normalmente, um radar da banda X detecta a emissão de</p><p>um equipamento SART a cerca de oito milhas náuticas.</p><p>Figura 205: Trasponder De Busca SART</p><p>EPIRB</p><p>A Radiobaliza indicadora de Posição de Emergência conhecida pela sigla EPIRB, proveniente</p><p>do seu nome em inglês – “Emergency Position Indicatig Radio Beacon”.</p><p>Equipamento obrigatório a bordo de qualquer navio e instalações offshore móveis transmitem</p><p>sinais para satélites do sistema COSPAS/SARSAT, que fazem parte do sistema marítimo</p><p>GMDSS. A EPIRB, quando acionada, transmite um sinal que será reconhecido pelo satélite</p><p>como uma chamada de emergência. Dado o sinal, é iniciada a operação pelas Equipes de</p><p>Busca e Salvamento.</p><p>Figura 206: Radio Baliza EPIRB</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>168</p><p>Figura 207: Funcionamento Do EPIRB</p><p>REFLETOR DE RADAR</p><p>Aumenta a reflexão das ondas emitidas pelos radares das embarcações e aeronaves,</p><p>melhorando a qualidade de captação.</p><p>Figura 208: Refletor Radar L</p><p>NOTA: Não deve ser usado junto com o SART.</p><p>PIROTÉCNICOS</p><p>São dispositivos de sinalização noturna e diurna utilizados para localização de náufragos. Os</p><p>tipos são:</p><p> Fumígeno fumaça laranja; mínimo 3 minutos de emissão de fumaça</p><p> Facho manual; mínimo de 1 minuto de queima, pode ser visto a uma distância de 5</p><p>milhas.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>169</p><p> Foguete tipo paraquedas, pode ser visto a uma distância de 40 milhas e queima por 1</p><p>minuto.</p><p>Figura 209: Fumígenos, Facho Manual E Foguete Tipo Paraquedas</p><p>Os pirotécnicos devem ser manuseador com muito cuidado, pois são perigosos. Leia sempre</p><p>as instruções cuidadosamente.</p><p>APITO</p><p>Tem seu uso bastante restrito. Sua utilização geralmente está ligada ao momento que se</p><p>segue o acidente, na reunião de embarcações de sobrevivência, na indicação de direção a</p><p>ser tomada pelos náufragos, principalmente no período da noite onde a visibilidade é quase</p><p>zero. Também poderá ser usado para sinalização a curta distância para um navio ou para</p><p>pessoas localizadas em terra. Em condições favoráveis do tempo, o apito poderá ser ouvido a</p><p>distâncias de 700 a 1000 metros.</p><p>Figura 210: Apito</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO</p><p>1- Qual a diferença entre EPIRB e SART?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>2- Em quanto tempo os Coletes Salva-vidas devem ser colocados?</p><p>a) 30 segundos;</p><p>b) 2 minutos;</p><p>c) 1 minuto;</p><p>d) 10 segundos.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>170</p><p>3- Cite 4 (quatro) perigos a que os náufragos estão sujeitos.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>Liste os cuidados que devemos adotar no tratamento da Hipotermia.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>4- O que é desidratação?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>Caso a pessoa beba água do mar, sua sobrevivência é reduzida em:</p><p>a) 20-26 vezes;</p><p>b) 7-8 vezes;</p><p>c) 16-20 vezes;</p><p>d) 4-12 vezes.</p><p>5- Mencione três dificuldades que podem ocorrer durante o abandono?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>6- Quais são os meios existentes nas plataformas utilizados em situações que</p><p>requerem o abandono da Unidade?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>7- Cite 4 (quatro) tipo de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) usados pelo</p><p>trabalhador offshore.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>8- Cite 4 (quatro) tipos de emergências:</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>____________________________________________________________</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>171</p><p>CDP/P—CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO</p><p>APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA</p><p>A filosofia empresarial da FOX Consultoria e Treinamentos On & Offshore Ltda pode ser</p><p>sintetizada no reconhecimento do valor das pessoas e na capacidade em lhes acrescentar</p><p>novas competências, objetivando seu reconhecimento não só profissional, mas sobre tudo</p><p>como ser humano integral.</p><p>A disciplina atende as exigências da NORMAM-24/DPC, proporcionando ao aluno</p><p>conhecimentos mínimos de familiarização sobre proteção da unidade offshore e navios, que</p><p>deverão ser aplicados a bordo em situações de emergência incluindo, pirataria, roubo armado</p><p>e terrorismo.</p><p>Acreditamos que o seu aproveitamento neste curso seja eficaz para o enfrentamento dos</p><p>problemas do dia-a-dia e possa contribuir efetivamente para o seu crescimento individual e</p><p>profissional.</p><p>Seja bem vindo!</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>172</p><p>HISTÓRIA DA PIRATARIA</p><p>O primeiro a usar o termo pirata para descrever aqueles que pilhavam os navios e cidades</p><p>costeiras foi Homero, na Grécia antiga, na sua Odisseia. Os piratas são aqueles que pilham</p><p>no mar por conta própria, embora hoje em dia este termo já seja aplicado a qualquer pessoa</p><p>que viola alguma coisa (como por exemplo os piratas do ar ou os piratas informáticos).</p><p>Eles navegavam nas rotas comerciais com o objetivo de apoderarem-se das riquezas, que</p><p>pertencessem a mercadores, navios do estado ou povoações e mesmo cidades costeiras,</p><p>capturando tudo o que tivesse valor (desde metais e pedras preciosa a bens) e fazendo</p><p>reféns, para extorquir resgates. Normalmente esses reféns eram as pessoas mais importantes</p><p>e ricas para que, assim, o valor do pedido de resgate pudesse ser mais elevado.</p><p>Primeiramente a pirataria marítima foi praticada por gregos que roubavam</p><p>mercadores fenícios e assírios desde pelo menos 735 a.C. A pirataria continuou a causar</p><p>problemas, atingindo proporções alarmantes no século I d.C., quando uma frota de mil navios</p><p>pirata atacou e destruiu uma frota romana e pilhou aldeias no sul da Turquia.</p><p>São considerados uns dos precursores dos conhecimentos de navegação marítima.</p><p>Na Idade Média, a pirataria passou a ser praticada pelos normandos, (que atuavam</p><p>principalmente nas ilhas britânicas, França e império germânico, embora chegassem mesmo</p><p>ao Mediterrâneo e ao Mar morto), pelos Mulçumanos (Mediterrâneo) e piratas locais. Mais</p><p>tarde essa história pirata difundiu-se pelas colônias europeias e no Japão, nomeadamente</p><p>nas Caraíbas, onde os piratas existiam em grande quantidade, procurando uma boa presa</p><p>que levasse riquezas das colônias americanas para a Europa, atingindo a sua época áurea no</p><p>século XVIII.</p><p>Figura 211: Animação De Pirata</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Piratey,_vector_version.svg</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>173</p><p>Do fim do século XVI até o século XVII, o Mar do Caribe era um terreno de caça para piratas</p><p>que atacavam primeiramente os navios espanhóis, mas posteriormente aqueles de todas as</p><p>nações com colônias e postos avançados de comércio na área. Os grandes tesouros de ouro</p><p>e prata que a Espanha começou a enviar do Novo Mundo para a Europa logo chamaram</p><p>atenção destes piratas. Muitos deles eram oficialmente sancionados por nações em guerra</p><p>com a Espanha, mas diante de uma lenta comunicação e da falta de um patrulhamento</p><p>internacional eficaz, a linha entre a pirataria oficial e a criminosa era indefinida.</p><p>As tripulações de piratas eram formadas por todos os tipos de pessoas, mas a maioria deles</p><p>era de homens do mar que desejavam obter riquezas e liberdades reais. Muitos</p><p>eram escravos fugitivos ou servos sem rumo. As tripulações eram normalmente</p><p>muito democráticas. O capitão era eleito por ela e podia ser removido a qualquer momento.</p><p>Eles preferiam navios pequenos e rápidos, que pudessem lutar ou fugir de acordo com a</p><p>ocasião. Preferiam o método de ataque que consistia em embarcar e realizar o ataque corpo</p><p>a corpo. Saqueavam navios de mercadores levemente armados, mas ocasionalmente</p><p>atacavam uma cidade ou um navio de guerra, caso o risco valesse a pena. Normalmente, não</p><p>tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar,</p><p>doentes ou enforcados, depois de uma carreira curta, mas transgressora.</p><p>No auge, os piratas controlavam cidades insulares que eram paraísos para recrutar</p><p>tripulações, vender mercadorias capturadas, consertar navios e gastar o que saqueavam.</p><p>Várias nações faziam vista grossa à pirataria, desde que seus próprios navios não fossem</p><p>atacados. Quando a colonização do Caribe tornou-se mais efetiva e a região se</p><p>tornou economicamente mais importante, os piratas gradualmente desapareceram, após</p><p>terem sido caçados por navios de guerra e suas bases terem sido tomadas.</p><p>Desde aí a pirataria vem perdendo importância, embora em 1920 ainda tivesse a sua</p><p>importância nos mares da China.</p><p>Atualmente, a pirataria revela-se mais incidente no Sudeste Asiático e ainda no Caribe, sendo</p><p>os locais de ataque espaços entre as ilhas, onde os piratas atacam de surpresa</p><p>com lanchas muito rápidas.</p><p>A pirataria na costa da Somália tem sido uma ameaça à marinha mercante internacional</p><p>desde o início da guerra civil daquele país, na década de 1990. Desde 1998 há relatos deste</p><p>tipo de atividade, reportado por diversas organizações internacionais, incluindo a Organização</p><p>Marítima Internacional e o Programa alimentar Mundial expressaram sua preocupação com o</p><p>aumento nos atos de pirataria, a atividade contribuiu para um aumento nos custos do</p><p>transporte marítimo, e impediram a entrega de remessas assistenciais de alimentos. Noventa</p><p>por cento das remessas do Programa Alimentar Mundial são enviados pelo mar, e os navios</p><p>passaram a precisar de escolta militar.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>174</p><p>Os atos de pirataria foram interrompidos temporariamente com a ascensão ao poder da União</p><p>das Cortes Islâmicas, em 2006, quando a Lei Islâmica foi implantada no pais. As atividades de</p><p>pirataria foram, no entanto, retomadas depois da invasão da Somália por tropas da Etiópia.</p><p>Alguns piratas são antigos pescadores, que argumentam que os navios estrangeiros estão</p><p>ameaçando seu sustento pescando nas águas somalis. Após ver o lucro potencial que a</p><p>atividade oferecia, já que os resgates costumam ser pagos, os chefes militarescomeçaram a</p><p>facilitar e até mesmo patrocinar estas atividades, dividindo os lucros com os próprios</p><p>piratas. Na maioria dos sequestros realizados as vítimas não são machucadas, para que o</p><p>pagamento dos resgates sejam realizados. Pelo contrário, os sequestradores tratam bem</p><p>seus reféns, na esperança de receberem os resgates, a ponto de contratar empresas na costa</p><p>da Somália que lhes cozinhem pratos que agradem gostos mais "ocidentalizados", e manter</p><p>um fornecimento constante de cigarro e bebidas alcoólicas das lojas no litoral.</p><p>O Governo Federal de transição fez alguns esforços para combater a pirataria permitindo</p><p>ocasionalmente que navios estrangeiros entrem em território somali. No entanto, na maioria</p><p>das vezes os navios estrangeiros que perseguiam piratas eram obrigados a interromper a</p><p>perseguição sempre que os piratas entravam em águas territoriais somalis. O governo</p><p>da Puntlândia fez algum progresso no combate à pirataria, evidente por algumas intervenções</p><p>recentes</p><p>Em junho de 2008, logo após o envio de uma carta do Governo Federal de Transição para o</p><p>presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas pedindo por ajuda da comunidade</p><p>internacional em seus esforços para lidar com os atos de pirataria e assaltos armados</p><p>cometidos contra navios na costa da Somália, uma declaração foi aprovada por unanimidade</p><p>autorizando as nações que fizerem acordos com o Governo Federal de Transição</p><p>a entrar em</p><p>águas territoriais somalis para lidar com os piratas. A medida, promulgada pela França,</p><p>pelos Estados Unidos e pelo Panamá, tem duração de seis meses. A França, inicialmente,</p><p>desejava que a resolução abrangesse outras regiões que sofram com problemas de pirataria,</p><p>como a África Ocidental, porém enfrentou a oposição do Vietnã, da Líbia e, mais importante,</p><p>da China, que tem poder de veto e desejava que esta autorização de violação de soberania</p><p>fosse limitada à Somália.</p><p>Na Definição do Crime e sua Imprecisão a pirataria é o mais antigo e talvez o único crime</p><p>sobre o qual haja uma jurisdição universal reconhecida nos termos do direito internacional</p><p>consuetudinário (customary international law). A Convenção das Nações Unidas sobre o</p><p>Direito do Mar (1982), conhecida como Convenção da Jamaica, em seu artigo 101 define</p><p>pirataria como sendo:</p><p>Atos ilegais de violência e detenção ou atos de depredação cometidos para fins privados pela</p><p>tripulação ou passageiros de um navio privado ou aeronave dirigidos contra:</p><p>- No alto mar contra outro navio, aeronave, contra pessoas ou propriedade a bordo deste</p><p>navio ou aeronave.</p><p>- Contra navio, aeronave, pessoas ou propriedade em lugar em que não haja a jurisdição de</p><p>um estado.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>175</p><p>Qualquer ato de participação voluntária na operação de navio ou aeronave de que se saiba</p><p>praticar atos de pirataria.</p><p>Qualquer ato que incite ou facilite os atos definidos anteriormente (Grifo nosso)</p><p>De acordo com esta definição, para tipificar os atos de pirataria há necessidade que os crimes</p><p>tenham três critérios: objeto, localização geográfica e finalidade.</p><p>O objeto do ato deve ser um navio, aeronave ou passageiros/tripulantes destes veículos.</p><p>O critério geográfico, por sua vez, estipula que o crime tem que ser perpetrado em alto mar ou</p><p>em lugar onde não haja a jurisdição de um estado.</p><p>Por este critério, deixariam de ser considerados todos os atos cometidos nas águas</p><p>interiores, mar territorial e zona econômica exclusiva (ZEE). Os dois primeiros critérios —</p><p>objeto e localização — são objetivos.</p><p>Entretanto, a finalidade é subjetiva por natureza, podendo comportar diferentes</p><p>interpretações. Por exemplo, não há consenso entre os juristas se o animus furandi, a</p><p>intenção de roubar, é elemento necessário ou se atos de insurgentes procurando derrubar</p><p>seu governo devem ficar fora da definição.</p><p>A jurisprudência das cortes nos Estados Unidos da América e Reino Unido têm adotado que</p><p>qualquer ato não autorizado de violência cometido no alto mar é pirataria.</p><p>A fim de evitar as imprecisões conceituais, a IMO utiliza, para fins práticos, uma definição que</p><p>inclui, além dos atos compreendidos pelo artigo 10125, os atos de roubo armado, ainda que</p><p>praticados em águas que não o alto mar, incluindo aí as águas interiores, mar territorial e</p><p>ZEE.</p><p>O Roubo Armado Contra Navios aparece definido no Code of Practice for the Investigation of</p><p>the Crimes of Piracy and Armed Robbery Against Ships, adotado pela Assembléia da IMO</p><p>pela Resolução A. 1025(26), de 2 de dezembro de 2009, como:</p><p>Roubo armado contra navios significa qualquer dos seguintes atos:</p><p>1.Qualquer ato ilegal de violência ou de detenção ou qualquer ato de depredação, ou ameaça,</p><p>que não seja um ato de pirataria, para fins privados, e dirigidos contra um navio ou contra</p><p>pessoas ou bens a bordo desses navios, dentro de águas interiores de um Estado, águas</p><p>arquipelágicas e no mar territorial;</p><p>2.Verificam-se dois pontos que diferenciam pirataria do roubo armado contra navios. O</p><p>primeiro é a localização em relação ao espaço marítimo, ou seja, se o ato for além do mar</p><p>territorial será característico da pirataria; e o segundo, é que no roubo armado contra navios</p><p>não há menção quanto ao meio utilizado pelo agressor. Assim, o agressor não precisa ser</p><p>necessariamente um tripulante de outro navio, podendo ter acesso ao navio pelo cais, pela</p><p>espia ou amarra ou por vias aéreas.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>176</p><p>CAPÍTULO 13 – CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO</p><p>13.1 A IMPORTÂNCIA DA COSCIENTIZAÇÃO DE TODOS A BORDO EM RELAÇÃO À</p><p>PROTEÇÃO</p><p>Através da história vimos que o assuntopirataria e roubo no mar não vem de hoje e assim</p><p>cabe a nós tomarmos as medidas de proteção de nossas unidades e navios através de</p><p>procedimentos descritos por autoridades marítimas, visando deste modo a nossa segurança</p><p>como também a segurança do patrimônio do nosso local de trabalho.</p><p>Caso tenhamos uma ocorrência indesejada a bordo com relação a este assunto, o problema</p><p>será de todos não cabendo o ônus da proteção a uma pessoa apenas, afinal de contas</p><p>“estamos todos no mesmo barco”.</p><p>Cabe a nós uma percepção grandiosa diante dessa situação, assim sendo devemos todos a</p><p>bordo nos capacitar e realizarmos treinamentos de proteção a bordo, garantindo mais</p><p>segurança nos navio e unidades offshore pelo mundo, contribuindo com a redução das</p><p>ocorrências de pirataria, roubo armado, terrorismo, sequestros e crimes ambientais</p><p>Figura 212: Piratas</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>177</p><p>13.2 - COMO INFORMAR UM INCIDENTE DE PROTEÇÃO,INCLUINDO PIRATARIA E</p><p>ROUBO ARMADO.</p><p>O cenário mundial não é nada animador. As estatísticas apresentaram um crescimento do</p><p>número de casos de pirataria, roubo armado, contrabandos em geral e bandidagem, no mar e</p><p>nos portos.O ataque ao World Trade Center em 11 de Setembro de 2001 pode ser</p><p>considerado como o acontecimento no qual a comunidade internacional se deu conta,</p><p>principalmente os Estados Unidos da América, da necessidade de serem tomadas ações</p><p>eficazes e conjuntas para deter não só o terrorismo, mas qualquer ameaça, no nosso caso em</p><p>particular, aos navios e aos portos</p><p>Dessa forma surgiu a necessidade da criação do Código Internacional de Proteção de</p><p>Naviose Instalações Portuárias (Código ISPS), com o objetivo de padronizar e tornar</p><p>rotineiras as ações de proteção a serem tomadas na interação envolvendo navio/porto</p><p>e navio/navio.Vários ataques realizados contra navios mercantes reforçaram ainda mais</p><p>a necessidade deserem estabelecidas medidas de proteção como o código ISPS.</p><p>E assim, é através do plano de proteção de cada unidade, que deverá constar os</p><p>procedimentos de informação imediata a Autoridade Marítima do Brasil (Marinha do Brasil) e</p><p>a companhia, por meio de acionamento do SSAS (Sistema de Alerta de Proteção do</p><p>Navio).</p><p>Figura 213: Navio Sobre Proteção Da Marinha</p><p>O equipamento SSAS, independente da marca, modelo ou fabricante, deverá permitir que os</p><p>sinais de alerta enviados de um navio, de qualquer lugar onde ele estiver, sejam capazes de</p><p>serem recebidos diretamente no SALVAMAR BRASIL (Comando de Operações Navais),</p><p>localizado na cidade do Rio de Janeiro. As empresas e/ou navios deverão adquirir somente</p><p>equipamentos cujas características técnicas tenham sido aprovadas pela Organização</p><p>Marítima Internacional (IMO) e que atendam aos requisitos técnicos estabelecidos por</p><p>aquela Organização Marítima</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>178</p><p>Os sinais de alerta de proteção eventualmente recebidos serão transmitidos pelo SALVAMAR</p><p>BRASIL para o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e para o</p><p>Departamento de Polícia Federal, para as providências cabíveis.</p><p>Figura 214: Plataforma Sobre Proteção Da Marinha</p><p>13.3 - DEFINIÇÕES E TERMOS DE ELEMENTOS RELATIVOS À PROTEÇÃO MARÍTIMA</p><p>PIRATARIA:</p><p>a) Todo ato ilícito de violência ou de detenção ou todo ato de depredação cometidos, para fins</p><p>privados, pela tripulação ou pelos passageiros de um navio ou de uma aeronave privados, e</p><p>dirigidos contra:</p><p>i) um navio ou uma aeronave em alto mar ou pessoas ou bens a bordo dos mesmos;</p><p>ii) um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar não submetido à jurisdição de</p><p>algum Estado;</p><p>b) todo ato de participação voluntária na utilização de um navio ou de uma aeronave, quando</p><p>aquele que o pratica tenha conhecimento de fatos que dêem a esse navio ou a essa aeronave</p><p>o caráter de navio ou aeronave pirata; e</p><p>c) toda a ação que tenha por fim incitar ou ajudar intencionalmente a cometer um dos atos</p><p>enunciados nas alíneas a) ou b).</p><p>ROUBO ARMADO contra navios significa qualquer dos seguintes atos:</p><p>1. Qualquer ato ilegal de violência ou de detenção ou qualquer ato de depredação, ou</p><p>ameaça, que não seja um ato de pirataria, para fins privados, e dirigidos contra um navio ou</p><p>contra pessoas ou bens a bordo desses navios, dentro de águas interiores de um Estado,</p><p>águas arquipelágicas e no mar territorial;</p><p>2. Qualquer ato de incitar ou facilitar intencionalmente a um ato descrito acima</p><p>AÇÕES ANTITERRORISMO E CONTRA TERRORISMO:</p><p>É um conjunto de práticas, táticas e estratégicas, que governos, militares e outros grupos</p><p>adotam para se defender do terrorismo.São ações planejadas para o combate das atividades</p><p>terroristas. Não é específico a um campo ou organização, contudo envolve entidades e</p><p>sistemas de informações de todos os níveis da sociedade. Modernamente, a prevenção e o</p><p>combate à lavagem de dinheiro têm sido integradas à essas estratégias.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>179</p><p>ALARME DE PROTEÇÃO DO NAVIO – SSAS (Ship Security Alert System):</p><p>Alarme silencioso no navio mercante,que alerta a Autoridade Marítima por sinal via satélite,</p><p>quando ocorrer qualquer ameaça ou incidente de proteção contra o referido navio.</p><p>AIS (AUTOMATIC IDENTIFICATION SYSTEM):</p><p>– Sistema de Identificação Automática.</p><p>ÁREA DO PORTO ORGANIZADO:</p><p>É um espaço compreendido por instalações portuárias como ancoradouros, docas, cais,</p><p>pontes e píeres de atracação e acostagem, terrenos, armazéns, edificações e vias de</p><p>circulação interna, bem como pela infraestrutura de proteção e acesso aquaviário a um</p><p>determinado porto: guias-corrente, quebra mares, eclusas, canais, bacias de evolução e área</p><p>de fundeio que devam ser mantidas pela Administração do Porto(lei 12.815/2013).</p><p>AUTORIDADE MARÍTIMA:</p><p>Representante do Governo contratante nos assuntos relacionados ao Tráfego Marítimo do</p><p>país.</p><p>AUTORIDADE PORTUÁRIA:</p><p>Autoridade responsável pela administração do porto organizado, competindo-lhe fiscalizar as</p><p>operações portuárias e zelar para que os serviços se realizem com regularidades, eficiência,</p><p>segurança e respeito ao meio ambiente (lei 12.815/2013).</p><p>CERTIFICADO ISSC – (INTERNATIONAL SHIP SECURITY CERTIFICATE).</p><p>Certificado internacional de proteção do navio, documento emitido por uma sociedade</p><p>classificadora em nome de um governo contratante, certificando que um determinado navio</p><p>cumpre com todos os requisitos mandatórios estabelecidos no código ISPS.</p><p>CÓDIGO ISPS:</p><p>Código internacional de proteção de navios e instalações portuárias (International Ship and</p><p>Port Facility Code) é um conjunto amplo de medidas para aumentar a segurança de navios e</p><p>instalações portuárias, desenvolvido em resposta às ameaças percebidas aos navios e</p><p>instalações portuárias, como armazenagem e logística, após os ataques de 11 de Setembro</p><p>nos Estados Unidos.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>180</p><p>CÓDIGO ISM:</p><p>Código de gerenciamento de segurança (Safety Management Code)</p><p>COMANDO DA MARINHA:</p><p>Órgão subordinado ao Ministério da Defesa, responsável pela soberania nacional dentre</p><p>outras atribuições, pelo ordenamento e regulamentação das atividades da marinha mercante,</p><p>através da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário – LESTA, a fim de assegurar a</p><p>salvaguarda da vida humana e segurança da navegação, no mar aberto e hidrovias interiores,</p><p>e a prevenção da poluição ambiental por parte das embarcações, plataformas ou suas</p><p>instalações de apoio.</p><p>CON – COMANDO DE OPERAÇÕES NAVAIS:</p><p>Órgão de direção operacional dos meios combatentes da Autoridade Marítima no Brasil</p><p>CONVENÇÃO SOLAS:</p><p>Convenção Internacional sobre a Salvaguarda da Vida Humana no Mar(Safety of Life at Sea)</p><p>CONPORTOS:</p><p>Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis</p><p>(Ministério da Justiça, Defesa, Relações exteriores, Fazenda e dos Transportes).</p><p>CESPORTOS:</p><p>Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis</p><p>(Policia Federal, Capitania dos Portos, Receita Federal, Autoridade Portuária e Governo do</p><p>Estado).</p><p>CSO – (COMPANY SECURITY OFFICER):</p><p>Coordenador de proteção da companhia responsável pelo ISPS na companhias de</p><p>navegação.</p><p>SSO – (SHIP SECURITY OFFICER):</p><p>Pessoa responsável pela proteção do navio/ unidade offshore, incluindo a implementação e</p><p>manutenção do plano de proteção do navio/ unidade offshore e pela ligação com o funcionário</p><p>de proteção da companhia e os funcionários de proteção das instalações portuárias.</p><p>DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO:</p><p>Documento emitido pela CONPORTOS para um porto brasileiro, certificando que aquele porto</p><p>cumpre com todos os requisitos mandatórios estabelecidos no código ISPS.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>181</p><p>DECLARAÇÃO DE PROTEÇÃO:</p><p>Acordo celebrado entre dois navios ou entre um navio e um porto, quando houver qualquer</p><p>desnível de proteção entre eles, estabelecendo medidas que serão tomadas de comum</p><p>acordo para fortalecer essa interface contra ilícitos previstos pelo código ISPS.</p><p>DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA:</p><p>Documentos assinado pelos comandantes de navios estrangeiros, antes de sair de um porto</p><p>brasileiro, declarando estarem cientes da legislação de segurança pública portuária do país e</p><p>assumindo compromisso de registrarem, perante as autoridades legais, quaisquer ilícitos que</p><p>tenha ocorrido seus navios, tripulantes e cargas.</p><p>GRUMEC -- GRUPAMENTO DE MERGULHADORES DE COMBATE:</p><p>Organização Militar sediada no Estado do Rio de Janeiro, subordinados ao Comando da</p><p>Força de Submarinos, que poderá ser empregado numa intervenção armada em um navio,</p><p>porto ou plataforma.</p><p>INCIDENTE DE PROTEÇÃO:</p><p>Significa qualquer ato suspeito ou circunstância que ameace ou resulte propositalmente em</p><p>prejuízo para a instalação portuária, navio ou a interface navio – porto (SOLAS, cap XI – 2).</p><p>LRIT: Sistema de identificação de navios á longa distancia.</p><p>NEPOM – NÚCLEO ESPECIAL DE POLICIA MARÍTIMA:</p><p>Núcleos da Policia Federal existentes nos principais portos brasileiros para atuarem contra</p><p>ilícitos nos navios, portos e vias navegáveis até o limite do mar territorial.</p><p>NÍVEL DE PROTEÇÃO:</p><p>Significa a qualificação do grau de risco de que um incidente de proteção será tentado ou irá</p><p>ocorrer. São três os níveis a serem estabelecidos:NÍVEL UMNORMAL-NÍVEL</p><p>DOISELEVADO - NÍVEL TRÊSEXCEPCIONAL</p><p>PNSP – PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA PORTUÁRIA:</p><p>Plano elaborado pela CONPORTOS para aperfeiçoar o sistema de segurança pública nos</p><p>portos, terminais e vias navegáveis, visando reprimir e prevenir o crime</p><p>PLANODE SEGURANÇA DAS INSTALACÕES PORTUARIAS:</p><p>É o plano elaborado para garantir a aplicação de medidas criadas para proteger instalações</p><p>portuárias e navios, pessoas, cargas, unidades de transporte de cargas e provisões do navio</p><p>dentro da instalação portuária dos riscos de incidente de proteção, conforme definido no</p><p>Código ISPS.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>182</p><p>REGISTRO CONTINUO DE DADOS:</p><p>Este registro aplica-se às embarcações SOLAS de bandeira brasileira, que efetuem viagens</p><p>internacionais e deverá ser mantido a bordo e estar disponível para ser inspecionado a</p><p>qualquer momento.</p><p>SOCIEDADES CLASSIFICADORAS:</p><p>São empresas, entidades ou organismos reconhecidos para atuarem em nome da Autoridade</p><p>Marítima Brasileira na regularização, controle e certificação de embarcações nos aspectos</p><p>relativos à segurança da navegação, salvaguarda da vida humana e da prevenção da</p><p>poluição ambiental. As normas e procedimentos previstos</p><p>na presente norma complementam</p><p>os dispositivos legais em vigor, não desobrigando os utilizadores de conhecer esses</p><p>dispositivos, em especial a Lei no 9537 de 11/12/97 que dispõe sobre a segurança do tráfego</p><p>aquaviário (LESTA) e o Decreto no 2.596 de 18/05/98 (RLESTA). Além dos Representantes</p><p>da Autoridade Marítima devidamente designados, somente as Sociedades Classificadoras</p><p>formalmente reconhecidas por meio de Acordo de Reconhecimento poderão realizar, em</p><p>nome da Autoridade Marítima Brasileira, as auditorias, inspeções, vistorias e emissões de</p><p>certificados e demais documentos previstos nas Convenções e Códigos Internacionais das</p><p>quais o país é signatário e/ou na legislação nacional aplicável.</p><p>PLANO DE PROTEÇÃO DO NAVIO:</p><p>É o plano elaborado com vistas a garantir a aplicação de medidas a bordo do navio, criadas</p><p>para proteger pessoas a bordo, cargas, unidades de transporte de cargas, provisões do navio</p><p>ou o próprio navio dos riscos de incidente de proteção, conforme definido no Código ISPS</p><p>MCC – CENTRO DE CONTROLE DE MISSÕES:</p><p>Órgão responsável por centralizar as informações recebidas e retransmiti-las para órgãos</p><p>competentes.</p><p>INCIDENTE DE PROTEÇÃO:</p><p>significa qualquer ato suspeito ou situação que ameace a segurança de um navio, inclusive de</p><p>uma unidade móvel de perfuração “offshore”, de uma embarcação de alta velocidade, de uma</p><p>instalação portuária, de qualquer interface navio/porto, ou de qualquer atividade de navio para</p><p>navio, conforme definido na Convenção SOLAS (Salvaguarda da Vida Humana no Mar);</p><p>Figura 215: Invasão De Piratas Em Navio</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>183</p><p>13.4 - LEGISLAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL DE PROTEÇÃO MARÍTIMA.</p><p>DECRETO N° 6.869, DE 04 DE JUNHO DE 2009.</p><p>Dispõe sobre a coordenação e articulação dos órgãos federais, bem como sobre os níveis de</p><p>proteção dos navios e das instalações portuárias, da adoção de medidas de proteção aos</p><p>navios e instalações portuárias, e institui a Rede de Alarme e Controle dos Níveis de Proteção</p><p>de Navios e Instalações Portuárias, e dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI,</p><p>alínea “a”, da Constituição,</p><p>DECRETA:</p><p>Art. 1o Este Decreto estabelece a coordenação dos órgãos federais e a articulação com os</p><p>demais órgãos intervenientes e define os níveis de proteção dos navios e das instalações</p><p>portuárias, na adoção de medidas de prevenção e de resposta contra possíveis incidentes de</p><p>proteção, conforme previsto nos itens 8.9 e 15.11 da Parte B do Código Internacional para</p><p>a Proteção de Navios e Instalações Portuárias (Código ISPS), e institui a Rede de Alarme</p><p>e Controle dos Níveis de Proteção de Navios e Instalações Portuárias.</p><p>A definição de “Pirataria” que ganhou notoriedade pública à luz da legislação internacional</p><p>foi definida na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, realizada em Dezembro</p><p>de 1982, na Jamaica através do art 101. Não obstante, a primeira definição para o termo no</p><p>ordenamento internacional, ocorreu na Convenção do Mar Alto, realizada em Genebra, em</p><p>1958. A conceituação era semelhante em ambos os Estatutos e era precária porque não</p><p>abrangia os atos praticados no mar territorial, o que permitia que os piratas que atuassem</p><p>nessa área ficassem numa situação de impunidade perante as leis internacionais.</p><p>Nessa Convenção também foram definidos outros conceitos importantes para o Direito</p><p>Internacional, como por exemplo, mar territorial. Esse, segundo define o ilustre professor Dr.</p><p>Jônatas Machado, corresponde à faixa de “12 milhas marítimas a partir do ponto mais baixo</p><p>da baixa-mar, devidamente reconhecido pelo Estado costeiro”, sobre o qual se estende a sua</p><p>soberania. Segundo a Convenção, os navios estrangeiros estão sujeitos à jurisdição do</p><p>Estado em cujas águas se encontrem, excetuados os navios militares e os de Estado, que</p><p>gozam de imunidade de jurisdição.</p><p>Em Abril de 1984, devido à importância do assunto, o Comitê de Segurança Marítima, que é</p><p>um comitê integrante da Organização Marítima Internacional, passou a considerar os ataques</p><p>dos piratas como um elemento separado e permanente do seu programa de trabalho. Cabe</p><p>aqui ressaltar que a Organização Marítima Internacional (IMO), é uma agência das Nações</p><p>Unidas que ajuda a desenvolver uma legislação que regulamenta a segurança marítima e os</p><p>assuntos ambientais.</p><p>Não obstante a crescente preocupação dos organismos internacionais marítimos com o</p><p>assunto, somente em Novembro de 2001, com uma Assembléia da IMO, surgiu a Resolução</p><p>A.922(22) que supriu o vazio legislativo no tocante a atos de pirataria praticados em águas</p><p>territoriais. Tal resolução passou a classificar como “Assaltos à Mão Armada Contra Navios”,</p><p>os atos ilícitos cometidos no mar territorial, nas águas arquipelágicas, nos portos e também</p><p>em águas interiores.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>184</p><p>13.5 - NÍVEIS DE PROTEÇÃO MARÍTIMA E PROCEDIMENTOS A BORDO EM CADA UM</p><p>DELES:</p><p>NÍVEL UM DE PROTEÇÃO -- significa o nível para o qual medidas mínimas adequadas de</p><p>proteção deverão ser mantidas durante todo o tempo;</p><p>Para o nível 1 de proteção o oficial de proteção do navio deve:</p><p>- Orientar os tripulantes de serviço em qualquer condição de proteção</p><p>- Realizar treinamento de proteção com os tripulantes, indicando a atribuição de cada um.</p><p>- Equipar o oficial de serviço e o oficial de serviço na praça de máquinas com dispositivos</p><p>portáteis de comunicação</p><p>- Proteger todos os pontos de acesso identificados.</p><p>- Controlar estritamente o acesso para dentro e fora do navio e verificar a identificação de</p><p>todas as pessoas.</p><p>- Observar a bagagem e todos os pertences de mão antes do embarque.</p><p>- Limitar e/ou restringir o acesso às áreas críticas do navio permitidas somente ao pessoal</p><p>autorizado.</p><p>- Levantar e/ou proteger todas as escadas, rampas e escada de portaló quando fora no uso;</p><p>- Iluminar o convés principal, todos os pontos de acesso e os bordos dentro e fora durante</p><p>períodos da escuridão.</p><p>- Verificar a carga e as provisões do navio de acordo com o manifesto</p><p>- Verificar a integridade da carga e das provisões do navio para assegurar-se de que não</p><p>foram violadas</p><p>- Restringir o acesso à área da carga no mar.</p><p>- Manter as áreas não tripuladas, tais como o paiol de mantimentos, trancadas.</p><p>- Proteger todos os acessos às áreas controladas.</p><p>- Conduzir verificações locais para assegurar a proteção nos pontos de acesso</p><p>NÍVEL DOIS DE PROTEÇÃO --significa o nível para o qual medidas adicionais adequadas de</p><p>proteção deverão ser mantidas por período de tempo como resultado de um risco mais</p><p>elevado de um incidente de proteção.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>185</p><p>Para o Nível 2 de Proteção, o Oficial de Proteção do Navio deve:</p><p>- Colocar pessoal adicional para proteger os pontos de acesso;</p><p>- Colocar pessoal para proteger as áreas restritas;</p><p>- Aumentar a frequência e o detalhe de patrulhas da proteção;</p><p>- Coordenar patrulhamento de barco ao redor do navio com a instalação portuária;</p><p>- Limitar o número de pontos de acesso; identifique e proteja os pontos de acesso trancados;</p><p>- Recomendar passageiros e tripulantes a não deixar pacotes / bagagens desacompanhadas;</p><p>- Fornecer instruções de proteção a toda tripulação e passageiros em todas as</p><p>ameaçasespecíficas eda necessidade de vigilância;</p><p>- Manter comunicações exclusivas com as autoridades de proteção;</p><p>- Fornecer iluminação adicional ao costado em acordo com a instalação portuária;</p><p>- Restringir o acesso ao passadiço, a praça de máquinas e a outras áreas restritas permitindo</p><p>o acesso somente de tripulantes específicos;</p><p>- Escoltar e controlar estritamente todos os visitantes;</p><p>- Informar as autoridades costeiras se um visitante não aceitar as medidas de proteção;</p><p>- Aumentar a vigilância e observadores no passadiço;</p><p>- Aumentar a verificação e checagem</p><p>da carga e do paiol de mantimentos</p><p>NIVEL TRÊS DE PROTEÇÃO -- significa o nível para o qual medidas adicionais específicas</p><p>de proteção deverão ser mantidas por período limitado de tempo quando um incidente de</p><p>proteção for provável ou iminente, embora possa não ser possível identificar o alvo específico.</p><p>Para o Nível 3 de Proteção o Oficial de Proteção do Navio deve:</p><p>- Limitar o acesso a uma única localização;</p><p>- Restringir o acesso dos visitantes; continuamente escoltar todos os visitantes;</p><p>- Colocar pessoal adicional para assegurar que o perímetro do navio está constantemente sob</p><p>vigilância;</p><p>- Intensificar patrulhas, especialmente no convés;</p><p>- Colocar um oficial de serviço em todas as escadas, rampas e escadas de portaló em uso;</p><p>- Considerar suspensa a entrega de todas as provisões;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>186</p><p>- Proibir todos os veículos, barcos de trabalho e barcaças de se aproximar quando no porto ou</p><p>fundeado</p><p>;- Colocar luz adicional no convés principal, nas áreas do acesso e nos lados de dentro e fora</p><p>durante a noite;</p><p>- Posicionar as mangueiras de incêndio nas áreas do acesso e assegure-se de que elas</p><p>possam ser utilizadas rapidamente;</p><p>- Verificar se todas as cabines dos tripulantes e locais de armazenamento estão trancadas;</p><p>- Inspecionar o casco quando no porto ou fundeado;</p><p>- Travar todas as portas pelo lado de dentro para controlar o acesso; e</p><p>- Instruir todo o pessoal sobre as ameaças potenciais, procedimentos e da necessidade</p><p>de permanecer em vigilância.</p><p>13.6 - PLANOS DE PROTEÇÃO E PLANOS DE CONTIGÊNCIA</p><p>No mar, os navios são os mais vulneráveis ao ataque quando navegando perto da terra</p><p>e ao passar através dos canais estreitos onde a sua manobrabilidade é limitada. Os piratas</p><p>procuram roubar todos os artigos valiosos em um navio ou mesmo o próprio navio.</p><p>Deve-se evitar o transporte de grandes somas de dinheiro a bordo ou artigos de valor. Se</p><p>os piratas tiverem conhecimento sobre tais valores, poderão ser motivados a realizar um ataq</p><p>ue.</p><p>Os piratas são conhecidos por monitorar as comunicações, de forma que discutir informações</p><p>sobre a carga ou artigos de valor a bordo do navio deve sempre ser evitado. Os Tripulantes</p><p>que vão para terra devem também ser recomendados a não discutir detalhes sobre a carga,</p><p>horários de manobras, equipamentos de proteção existentes ou o itinerário do navio.</p><p>PLANOS DE CONTINGÊNCIA:</p><p>Um plano de contingência é um plano concebido para uma determinada situação quando as</p><p>coisas poderiam dar errado. Os planos de contingência são geralmente produzidos pelas</p><p>empresas para estarem preparadas para qualquer emergência que possa acontecer e visam</p><p>complementar um plano de proteção do navio. Os planos de contingência incluem estratégias</p><p>e ações definidas para lidar com variações específicas de pressupostos, resultando em um</p><p>problema particular, de emergência ou estado de coisas.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>187</p><p>Eles também incluem um processo de acompanhamento e um roteiro para iniciar as</p><p>ações planejadas. Eles são necessários para ajudar as companhias, navios ou indivíduos par</p><p>a se recuperarem de incidentes graves no menor tempo e com as menores consequências</p><p>possíveis.</p><p>Figura 216: Piratas Armados</p><p>Os navios menores e os navios com poucos tripulantes são os mais vulneráveis aos ataques,</p><p>então nesses navios, a atenção deve ser redobrada. A detecção antecipada fornece a</p><p>oportunidade de soar os alarmes, executar procedimentos</p><p>de proteção, contatar autoridades legais para pedir auxílio, iluminar o barco suspeito e/ou</p><p>fazer manobras evasivas para afastar-se dele.</p><p>Manter uma constante vigilância e aplicar as medidas e procedimentos de proteção são os</p><p>melhores meios de se evitar um ataque. Os piratas podem simular uma situação de socorro</p><p>como um truque para tomar conta de um navio. Como consequência, qualquer barco ou</p><p>navio, como barcos de pesca, por exemplo, deverão ser considerados como ameaças</p><p>potenciais.</p><p>Em áreas de risco, se o Comandante considerar trazer pessoas a bordo, somente uma</p><p>pessoa de cada vez deverá ser embarcada.</p><p>A proteção deve estar em um nível elevado de alerta com os vigias mantidos em todos os</p><p>bordos do navio.</p><p>Em caso de Terrorismo e Sequestro.</p><p>O terrorismo torna-se uma ameaça potencial aos navios e ao transporte marítimo porque um</p><p>navio pode ser usado:</p><p>- para infiltrar terroristas e/ou armas em determinados países, visando a realização de um</p><p>ataque;</p><p>- como uma arma potencialmente destruidora;</p><p>- para atacar outro navio diretamente;</p><p>- para fazer reféns em um determinado navio;</p><p>- para fazer refém em um determinado porto.</p><p>Sequestro é a apreensão forçosa de um navio por terroristas ou por piratas. Em regra geral,</p><p>durante um sequestro, quanto mais tempo passar sem ocorrer um incidente melhor. Alguns</p><p>procedimentos deverão ser observados em situações de terrorismo ou sequestro:</p><p>-O Comandante e o SSO deverão permanecer calmos e orientar os passageiros, visitantes e</p><p>demais tripulantes a fazer o mesmo;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>188</p><p>- Nunca resistir aos terroristas ou sequestradores a menos se houver uma situação</p><p>clara de ameaça de vida;</p><p>-Não tentar negociar com os atacantes a menos que dirigidos por ajuda externa;-</p><p>-Oferecer cooperação razoável;</p><p>-Tentar estabelecer uma aproximação básica;</p><p>-Tentar identificar o número de terroristas ou de criminosos;</p><p>-Tentar aumentar o número de pontos de acesso ao navio;</p><p>-Tentar determinar os objetivos dos sequestradores e o período de tempo que eles</p><p>pretendem permanecer a bordo;</p><p>-Usar comunicações seguras, se disponível, para todas as discussões com</p><p>os sequestradores;</p><p>-Se as autoridades tentarem recuperar o controle do navio através da força, o pessoal deve</p><p>seguir todos as ordens das forças militares; e</p><p>-Durante e após um sequestro, somente os membros da tripulação estão autorizados a falar</p><p>com os meios de comunicação, a menos que instruídos de outra forma.</p><p>Ameaça de bomba ou alarmes falsos</p><p>.As seguintes recomendações devem ser observadas no caso de uma potencial ameaça de bomba ao</p><p>navio:</p><p>- Qualquer tripulante ao receber uma ameaça da bomba deve imediatamente comunicar ao</p><p>Comandante, o SSO ou o Oficial de Serviço;</p><p>- Os oficiais do navio deverão informar a Companhia, ao CSO e as autoridades apropriadas; e</p><p>- Se a ameaça for real, o informante pode ter o conhecimento específico sobre a localização</p><p>da bomba. Se for um trote, o informante estará provavelmente procurando interromper as ope</p><p>raçõesnormais do navio.</p><p>Ameaça de bomba por telefone.</p><p>Os seguintes procedimentos devem ser observados no caso de receber uma ameaça de</p><p>bomba por telefone:</p><p>- Permanecer calmo;</p><p>- Se possível, fazer com que mais de uma pessoa escute a chamada;</p><p>- Manter o autor da ameaça na linha o maior tempo possível;</p><p>- Pedir que o autor da ameaça repita a mensagem e procurar gravar todas as palavras que</p><p>foramditas por ele;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>189</p><p>- Aguardar até escutar vozes ou particularidades;</p><p>- Estar alerta para as palavras ou frases que possam ser repetidas</p><p>- Tentar distinguir os ruídos no fundo que poderão ajudar na identificação ou localização do</p><p>autor da ameaça;</p><p>- Gravar a conversação se possível;</p><p>- Notificar imediatamente ao SSO;</p><p>- Se disponível, obter informação sobre a localização da bomba e do possível horário da</p><p>detonação;</p><p>- Não desligar o telefone se a chamada tiver sido realizada a partir de telefone interno do</p><p>navio</p><p>13.7 - RESPONSABILIDADES DO GOVERNO, DA COMPANHIA E DAS PESSOAS</p><p>ENVOLVIDAS NA PROTEÇÃO.</p><p>É de responsabilidade dos governos contratantes estipular os níveis de proteção indicada:</p><p>NÍVEL I – NORMAL</p><p>NÍVEL II – ELEVADO</p><p>NÍVEL III – EXCEPCIONAL</p><p>E criar,</p><p>avaliar planos de proteção para as instalações portuárias, navios e unidades offshore,</p><p>executa medidas para controle e cumprimento do código ISPS, resoluções e normas</p><p>estabelecidas, avalia os planos aprovados e informa as organizações marítimas e</p><p>internacionais.</p><p>ORGANIZAÇÕES DE PROTEÇÃO RECONHECIDAS (RSO).</p><p>Os governos também poderão autorizar companhias conhecidas como organização de</p><p>proteção reconhecidas para realizar em favor da administração certas atividades relacionadas</p><p>a proteção, tais como:</p><p> Verificação e certificação do cumprimento pelos navios dos requisitos do código</p><p>ISPS.</p><p> Confecção aprovação de planos de proteção avaliados.</p><p>COMPANHIA</p><p>A companhia deverá assegurar que seus navios e unidades offshore possuam um plano de</p><p>proteção que deverá incluir uma declaração explicita dando ênfase a autoridade do</p><p>comandante, GEPLAT e OIM. A companhia deverá assegurar que o coordenador de</p><p>proteção da companhia (CSO), o comandante e o oficial de proteção do navio (SSO) tem um</p><p>apoio para cumprir as suas obrigações.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>190</p><p>UNIDADES MARÍTIMAS</p><p>As Unidades Marítimas deverão cumprir os requisitos aos níveis de proteção</p><p>estabelecidos, para prevenir incidentes de proteção, exemplo:</p><p> Garantir o cumprimento de todas as medidas relacionadas à proteção das Unidades</p><p>Marítimas;</p><p> Controlar o acesso ao interior da embarcação;</p><p> Controla o embarque e desembarque de pessoas e objetos;</p><p> Monitorar a área de acesso restrito;</p><p> Assegurar a entrada exclusiva de pessoas autorizadas que tenham acesso a</p><p>respectiva áreas;</p><p> Monitorar o convés e ao entorna do navio;</p><p> Roubo armado e entrada não autorizada;</p><p> Pirataria, bombas, e documentação falsificada;</p><p> Terrorismo e acidente ambiental.</p><p>CAPÍTULO 14 - AMEAÇAS À PROTEÇÃO</p><p>14.1 – ATUAIS AMEAÇAS E TÉCNICAS USADAS PARA CONTORNAR AS MEDIDAS DE</p><p>PROTEÇÃO:</p><p>As atuais ameaças à proteção de navios são:</p><p> Pirataria e assaltos</p><p> Terrorismo</p><p> Sabotagem</p><p> Contrabando de drogas e armas</p><p> Clandestinos</p><p>Técnicas utilizadas para burlar as medidas de proteção</p><p>Para burlar ou contornar as medidas de proteção de um navio poderão ser utilizadas diversas</p><p>técnicas como algumas a seguir descritas:</p><p>Documentos falsos.</p><p>As fotografias das identidades devem ser comparadas</p><p>como portador, pode haver corte e cola e as maquinas copiadorasmodernas reproduzem com</p><p>perfeição qualquer tipo de documento, inclusive papel moeda), conhecimentos de embarque,</p><p>ordens de serviço, passagens, autorizações, etc., todo cuidado é pouco, no caso de suspeita</p><p>de adulteração, chamar as autoridades policiais locais.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>191</p><p>Tentativa ilegal de embarque de pessoas</p><p>Em contêineres, na carga, em embarcação de apoio para transporte de pessoal, provisões, óleo,</p><p>remoção de lixo, de pesca, esportiva, pedalinhos, caíques, objetos flutuantes ou mesmo</p><p>nadando, para se aproximar e subir pela amarra, espias de amarração do navio, borda livre</p><p>utilizando ganchos, escadas, bambus, cordas ou apêndices existentes. Através do guindaste</p><p>que está operando com o navio, e outras formas engenhosas que poderão ser improvisadas</p><p>em função do momento e o local que se está operando.</p><p>Disfarces</p><p>Usando capuzes, uniformes, roupas, perucas, bigodes, ou equipamentos eletrônicos</p><p>para bloquear ou burlar sistemas de monitoramento de áreas restritas do navio (câmeras,</p><p>escutas, transmissores)</p><p>Inserção de bombas, produtos tóxicos, armamento e/ou drogas</p><p>Na carga, na água, no material de rancho, em encomendas destinadas ao navio ou tripulantes.</p><p>Embarcações diversas, objetos flutuantes à deriva ou mesmo nadadores podem se aproximar</p><p>portando artefatos explosivos deforma suicida ou furtiva. Qualquer carga ou encomenda para</p><p>o navio deve ser minuciosamente verificada confrontando o que foi pedido ou esperado com o</p><p>que se está recebendo. Verificar a autenticidade da documentação pertinente e a sua</p><p>procedência.</p><p>14.2 - RECONHECIMENTO DE POSSÍVEIS AMEAÇAS MATERIAIS À PROTEÇÃO DA</p><p>PLATAFORMA COMO ARMAS, BOMBAS, SUBSTÂNCIAS E DISPOSITIVOS PERIGOSOS</p><p>Armas de Fogo</p><p>Uma arma de fogo é um artefato que lança um ou muitos projéteis , geralmente sólidos, em</p><p>alta velocidade através da queima de um propelente confinado. Este processo de queima</p><p>subsônica é tecnicamente conhecido como deflagração, em oposição a combustão supersônica</p><p>conhecida como detonação.</p><p>Figura 217. 1 Revolve calibre 38 Figura 217. 2 Pistola Glock 9mm</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Artefato_(arqueologia)</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>192</p><p>Figura 218 .1 Fuzil AR-15 Figura 218 .1 Fuzil AK - 47</p><p>Bombas ou Artefatos Explosivos Improvisados (IED) e/ou ameaças,</p><p>Tem sido os mais comuns e mortíferos métodos de ataque terrorista na atualidade. Terroristas</p><p>comumente se utilizam de artefatos montados de itens comuns difíceis de serem rastreados e</p><p>de custo relativamente baixo. Podem ser montados facilmente momentos antes de sua</p><p>detonação e utilizam componentes facilmente obtidos no comércio.</p><p>Uma bomba ou ameaça de bomba a bordo terá um efeito imediato como a imobilização do</p><p>navio e do porto, se atracado, até a completa certeza de sua desativação ou remoção. Uma</p><p>ameaça poderá ser feita através de telefone, e-mail, gravação, MSN ou internet e muitas</p><p>vezes o objetivo principal é criar uma situação de pânico a bordo.</p><p>Figura 219: Artefato Explosivo</p><p>Bomba comandada por celular</p><p>Um artefato explosivo improvisado (IED) é um dispositivo capaz de produzir danos materiais,</p><p>ferimentos e morte quando detonados ou iniciados e são dos seguintes tipos:</p><p>Figura 220: Bomba Acionada Por Celular</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>193</p><p>Explosivos</p><p>– Causam danos por fragmentação, calor e onda de sopro, normalmente causando em</p><p>decorrência um incêndio secundário.</p><p>Incendiários</p><p>– Geram fogo, produzindo calor sem nenhuma explosão significativa.</p><p>Artefatos dispersores</p><p>– São improvisados para dispersarem agentes químicos, biológicos, radiológicos ou</p><p>nucleares para causar morte ou contaminações letais, sendo conhecidos também como</p><p>“bombas sujas”.</p><p>Os IEDs poderão ser preparados e acondicionados de várias formas tais como: Mochilas,</p><p>maletas, caixas, sapatos, roupas, lanternas, embalagens de cervejas, extintores de incêndio,</p><p>veículos, correio, equipamentos eletrônicos, latas de lixos, galões, caixas de ferramentas,</p><p>gêneros, canos, brinquedos, no próprio corpo ou qualquer lugar.</p><p>Sapatos, dispositivos diversos, automóveis Artefatos Explosivos Improvisados</p><p>(IED) Fonte: site Inert Products, LLC</p><p>Poderão ser despachados ao navio através de entregas em mãos, correio, veículos diversos</p><p>(carros, caminhões, barcos, aeroplanos), lançadores á distancia, dispositivos flutuantes,</p><p>minas, escondido em víveres, cargas ou homens bomba. Sua preparação poderá ser</p><p>realizada a a partir de explosivos militares furtados ou obtidos no mercado negro, altos</p><p>explosivos removidos de material bélico, minas, granadas, explosivos comerciais roubados ou</p><p>misturas explosivas improvisadas tais como: explosivos plásticos (C-4 ou Semtex), TNT,</p><p>solução de nitrato de amônia e óleo combustível (ANFOS), pólvora negra, pólvora sem</p><p>fumaça, cloreto de sódio/potássio (mistura incendiária).</p><p>Figura 221: Artefato Explosivo Improvisado</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>194</p><p>14.3 - RECONHECIMENTO DE PESSOAS QUE APRESENTAM POTENCIAIS AMEAÇAS À</p><p>PROTEÇÃO, INCLUINDO ELEMENTOS QUE SE RELACIONAM COM A PIRATARIA E</p><p>ROUBO ARMADO</p><p>A proteção do navio requer que todos sem exceção estejamos atentos ao cenário que nos</p><p>envolve. A proteção contra</p><p>atos de terrorismo requer muito mais conhecimento do que o</p><p>possível de ser passado em nosso curso. Por outro lado não temos a intenção de formar</p><p>especialistas em segurança e sim conscientizar os futuros tripulantes para o exercício de suas</p><p>funções de proteção a bordo dos navios. Assim, nesta seção descreveremos alguns perfis</p><p>característicos de determinados tipos de malfeitores, que podem possibilitar o reconhecimento</p><p>de um criminoso em potencial. Elementos do crime comum ou do crime organizado:</p><p> Ladrões, a sua motivação é o lucro financeiro. Nesse sentido, tenderão a evitar</p><p>confrontos e a priorizar sua segurança pessoal.</p><p> Assassinos e sabotadores sem motivação ideológica, são movidos normalmente pelo</p><p>desejo de vingança.</p><p> Os mentalmente perturbados, podendo ser neuróticos, psicóticos ou psicopatas.</p><p> Os neuróticos sofrem de depressão e conflitos, ficam ainda ligados na realidade e não</p><p>chegam aser insanos. Com este tipo de malfeitor é possível conduzir uma negociação.</p><p> Os psicóticos podem sofrer delírios. Por momentos podem vivenciar a realidade e</p><p>sentir culpa,nesse momento podem agir com alguma racionalidade.</p><p>Os psicopatas, sem sentimentos de culpa, com certezas absolutas e convicção que podem</p><p>vencer o sistema, dificilmente cederão. Ativistas radicais, o que os distingue dos demais é</p><p>agirem em nome de um ideal. Tem, tipicamente, as seguintes motivações: Os apenas</p><p>ideologicamente motivados visam com a ação, um resultado diferente da ação em si. Pode</p><p>ser apenas propaganda de sua causa, ou a libertação de prisioneiros ou a desmoralização</p><p>decertas autoridades. Estes, normalmente, procurarão sobreviver. Os radicais propriamente</p><p>ditos querem “dar o troco”, agem em nome de uma causa. Estes nem sempre procurarão</p><p>sobreviver, e podem se tornar terroristas suicidas.</p><p>Quando dispuser de detector de metais e até de raios X, é claro, sua revista será muito</p><p>facilitada. Atenção às características e padrões de comportamento de pessoas que podem</p><p>representar ameaças à proteção:</p><p> Vestimenta inadequada para as condições climáticas.</p><p> Bagagens, pacotes, malas de tamanho e peso desproporcionais.</p><p> Comportamento incomum - cabeça baixa, desvio do olhar, suor excessivo, olhos</p><p>avermelhados, nervosismo.</p><p> Volumes na cintura, sob a camisa.</p><p> Pessoas em veículo ou a bordo de pequenas embarcações, fotografando ou desenhando sem</p><p>nenhuma autorização.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>195</p><p> Pescadores se aproximando em pequenas embarcações solicitando auxílio.</p><p> Indivíduos suspeitos com comércio ambulante nas proximidades do porto.</p><p> Aeronaves operando de forma suspeita nas proximidades do navio ou do porto.</p><p> Vendedores suspeitos.</p><p> Trabalhadores desconhecidos tentando acessar o navio sem prévia autorização, ou</p><p>tentandoinstalar equipamentos sem nenhuma programação estabelecida.</p><p> Acidentes ou incidentes em embarcações de recreio (ou veículos), criados para atrair a</p><p>atenção da vigilância do porto.</p><p> Pessoa querendo vir a bordo sem autorização.</p><p> Sentimentos antinacionalistas sendo expressos verbalmente ou por panfletagem,</p><p>por funcionários ou pessoas estranhas ao porto e ao navio.</p><p>Figura 222: Pirata Armado</p><p>14.4 - PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER SEGUIDOS QUANDO RECONHECER UMA</p><p>AMEAÇA À PROTEÇÃO.</p><p>Independente de função ou cargo é responsabilidade de todos a bordo das unidades offshore,</p><p>informar imediatamente ao Comandante, Geplat ou OIM da unidade marítima uma ameaça à</p><p>proteção como a aproximação de uma embarcação não identificada ou qualquer outro fato</p><p>relevante para a segurança do navio ou plataforma. E cabe ao Comandante, Geplat ou OIM</p><p>tomar as medidas cabíveis dentro do plano de contingência, junto com a equipe autorizada</p><p>por ele, quando classificado o risco de aproximação de uma embarcação e não havendo</p><p>contato via radio e nem definição visual, entrar em contato com as autoridades competentes (</p><p>meio mais eficaz) informando os dados obtidos no Brasil, ao SALVA-MAR BRASIL. Cabe ao</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>196</p><p>comandante ou pessoa a sua escolha, quando não houver tempo hábil para retornar a</p><p>ligação, à autoridade competente através de telefone, utilizando o sistema SSAS.</p><p>14.5 - FORMA CORRETA DE LIDAR COM INFORMAÇÕES SENSÍVEIS E COM AS</p><p>COMUNICAÇÕES RELATIVAS À PROTEÇÃO</p><p>Nos dias de hoje os nossos meios de informações estão cada vez mais eficientes e através</p><p>disso é de conhecimento de todos, a facilidade de quebra de informações sigilosas por</p><p>hackers e espiões para obtenção de informações de empresas, procedimentos ou pessoas e</p><p>causando danos devastadores as vítimas. Todo e qualquer ataque a unidade deverá ser</p><p>precedido do máximo de informações possíveis.</p><p>Para que informações privilegiadas caiam em mãos erradas, é de suma importância que os</p><p>tripulantes mantenham sigilo total sobre as informações de proteção e não comentar, enviar</p><p>mensagens escritas ou ditas que possam ser utilizadas contra a proteção da unidade</p><p>marítima.</p><p>Os equipamentos que fazem parte do sistema de proteção são todos que existem a bordo e</p><p>possibilitam a comunicação entre os compartimentos e camarotes da unidade, entre eles ou</p><p>deles para o meio externo da unidade.</p><p>Temos como exemplo:</p><p> Sistema Global de Socorro e Segurança (GMDSS) engloba todos os recursos de</p><p>transmissão rádio disponíveis na unidade.</p><p> Telefones celulares do navio, telefones via satélite, auto excitados, intercom e</p><p>telefones de ramais internos.</p><p>Os botões de acionamento do SSAS ficam no passadiço e outro em local de conhecimento</p><p>somente de pessoas devidamente autorizadas pelo comandante.</p><p>14.6 - EXIGÊNCIAS RELATIVAS ÀS INSTRUÇÕES E AOS EXERCÍCIOS PERIÓDICOS DE</p><p>ADESTRAMENTO PREVISTO PELAS CONVENÇÕES, CÓDIGOS E CIRCULARES DA</p><p>IMO.</p><p>O código ISPS estabelece que o CSO, SSO e PFSO tenham uma formação de proteção</p><p>ministrada sobre o currículo aprovado pelo governo contratante. Os treinamentos e exercícios</p><p>deverão ser conduzidos com a presença de um inspetor de segurança/SSO pelo menos uma</p><p>vez a cada três meses ou quando houver uma substituição de tripulantes envolvendo parte</p><p>significante ( 25%) dos embarcados no intuito de assegurar a realização do plano de proteção</p><p>de Unidade Marítima.</p><p>Esta orientação é oferecida para ajudar na elaboração de um programa eficaz de</p><p>adestramento e exercício para o treinamento e a avaliação da reação básica a emergência ao</p><p>largo. Os adestramentos e os exercícios são os principais que dispõem a unidade offshore</p><p>móvel (UOM) para testar e manter as medidas de reação às emergências. Constituem</p><p>também parte integrante do sistema de proporcionar as pessoas um adestramento básico e</p><p>de avaliar as suas qualificações e conhecimentos nestas áreas. Seguindo as orientações da</p><p>resolução A 1079 da IMO em seu apêndice no item 3.1.3.</p><p>O treinamento deverá incluir:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>197</p><p>Inspeção, controle e monitoramento das tarefas exigidas pelos pertinentes regulamentos,</p><p>política da companhia e legislação marítima;</p><p>- Detecção e identificação de armas e outros dispositivos e substâncias perigosas;</p><p>- Operação, calibração, manutenção e teste dos sistemas e equipamentos de proteção;</p><p>- Métodos de vistoria física de pessoas, bagagens, carga, e provisões;</p><p>- Conhecimento dos procedimentos de emergência e do Plano de Contingência;</p><p>- Reconhecimento das características e comportamentos suspeitos de pessoas com a</p><p>intenção de ameaçar a proteção do navio;</p><p>- Técnicas para manter o comportamento calmo no caso de uma ameaça de proteção;</p><p>- Técnicas utilizadas para assegurar as medidas de proteção;</p><p>- Conhecimento de ameaças e padrões atuais de proteção; e</p><p>- Comunicações relacionadas a proteção.</p><p>A tripulação deverá também estar envolvida em um exercício com a presença do CSO pelo</p><p>menos uma vez por ano. Registros de todos os treinamentos deverão ser feitos</p><p>COMBUSTÃO</p><p>16 a 21</p><p>Predomínio de chamas ambiente rico em oxigênio. (Combustão</p><p>Completa)apresenta água na forma de vapor e presença de CO2</p><p>6 a 15</p><p>Fumaça ou brasas (Combustão Incompleta)com presença de</p><p>CO monóxido de carbono</p><p>Abaixo de 6</p><p>Não haverá combustão (exceção para os materiais com o</p><p>comburente incorporados em sua própria estrutura).</p><p>CALOR (ENERGIA DE ATIVAÇÃO ou TEMPERATURA DE IGNIÇÃO)</p><p>É a forma de energia que se transfere de um corpo para o outro, quando há entre eles</p><p>diferença de temperatura. O calor faz com que os combustíveis desprendam gases ou</p><p>vapores suficientes para fazê-los entrar em combustão.</p><p>REAÇÃO EM CADEIA</p><p>A combustão é um fenômeno que se processa em cadeia, que uma vez iniciada é mantida</p><p>pelo calor produzido durante a reação. Neste fenômeno são produzidos, radicais livres</p><p>instáveis e esses por sua vez transmitem energia química gerada pela reação, que se</p><p>transformará em energia calorífica.</p><p>A REAÇÃO EM CADEIA PROPICIA A AUTO-SUSTENTAÇÃO DA QUEIMA</p><p>PONTOS NOTÁVEIS DA COMBUSTÃO</p><p>De acordo com a temperatura aplicada a cada material, divide-se em três etapas:</p><p>Ponto de fulgor - Temperatura “T1” na qual o combustível começa a desprender vapores que</p><p>em contato com uma fonte de ignição produzem um lampejo (flash), que por não estar na</p><p>proporção ideal, esta concentração de vapores é insuficiente para manter a queima;</p><p>Ponto de combustão -Temperatura “T2”na qual o combustível desprende vapores na relação</p><p>ideal, que na presença de uma fonte de ignição com concentração de O2 maior que 16% em</p><p>volume; provoca a combustão plena;</p><p>Ponto de auto-ignição- Temperatura “T3” na qual o combustível sem a presença de uma</p><p>fonte de ignição, mas com a presença de O2 em concentração maior que 16% em volume;</p><p>provoca a combustão completa.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>12</p><p>Figura 4: Pontos Notáveis</p><p>LIMITE DE INFLAMABILIDADE (LII E LSI) OU LIMITE DE EXPLOSIVIDADE (LIE E LSE)</p><p>Para que os gases ou vapores que formam a mistura inflamável com o ar entram em</p><p>combustão é necessária uma concentração mínima de gases ou vapores.</p><p>Figura 5: Tabela de Explosão</p><p>NOTAS:</p><p>A faixa compreendida entre os dois limites é chamada de faixa de inflamabilidade ou</p><p>explosividade.</p><p>A queima só ocorre quando a mistura de ar gases ou vapores inflamáveis estiverem em</p><p>proporções ideais.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>13</p><p>Figura 6: Tabela de Combustiveis</p><p>1.2 - FENÔMENOS DA COMBUSTÃO</p><p>Toda combustão provoca a modificação dos aspectos físicos e químicos dos corpos, e tem</p><p>como resultado uma mistura de gases altamente aquecidos, que varia de acordo com a sua</p><p>composição química: vapor d’água, CO, CO2, etc. Esses aspectos foram denominados de</p><p>fenômenos da combustão e destacamos alguns dos principais:</p><p>PRESSÃO</p><p>Ocorre quando a combustão tem lugar em compartimentos confinados, originando a produção</p><p>de gases em alta temperatura que, como consequência, redundará no aumento de pressão. O</p><p>escapamento desses gases poderá causar queimaduras graves ou até mesmo explosão com</p><p>o rompimento das paredes ou anteparas dos compartimentos.</p><p>EXPLOSÃO</p><p>Há combustíveis que, por sua altíssima velocidade de queima e enorme produção de gases,</p><p>quando inflamados dentro de um compartimento confinado, devido à velocidade com que os</p><p>gases se expandem, geram o fenômeno da explosão. Exemplo: pólvora, nitroglicerina, etc.</p><p>CARACTERÍSTICAS DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS</p><p>SUBSTÂNCIAS</p><p>PONTO DE FULGOR</p><p>°C</p><p>PONTO DE IGNIÇÃO</p><p>°C</p><p>LIMITE DE INFLAMABILIDADE</p><p>(%VOLUME NO AR)</p><p>INFERIOR SUPERIOR</p><p>Acetona -17 465 2,6 12,8</p><p>Acetileno Gás 305 2,5 80</p><p>Amônia Gás 651 16 25</p><p>Benzeno 11 560 1,3 7,1</p><p>Butano Gás 405 1,9 8,5</p><p>Etano Gás 515 3,0 12,5</p><p>Gasolina -43 280 1,4 7,6</p><p>H2S Gás 260 4,3 4,6</p><p>Metano Gás 528 5,0 15</p><p>Nafta -17 288 1,1 5,9</p><p>Propano Gás 466 2,2 9,5</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>14</p><p>ROOLOVER</p><p>Este fenômeno ocorre normalmente na fase inicial de um incêndio que se desenvolve em um</p><p>compartilhamento confinado. Os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-</p><p>se ao ar e se inflamam na parte superior do compartilhamento devido à alta temperatura</p><p>naquela área.</p><p>FLASH OVER</p><p>Assim como o “Roolover”, este fenômeno ocorre durante a fase inicial do desenvolvimento em</p><p>um incêndio, geralmente, quando a temperatura da camada superior de fumaça atinge a</p><p>temperatura de cerca de 600°C (1.100°F).</p><p>A característica principal desde fenômeno é o repentino espalhamento das chamas a todo o</p><p>material combustível existente no compartilhamento, sendo praticamente impossível à</p><p>sobrevivência do pessoal que não abandonar o local.</p><p>Figura 7:Roolover</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIO PELA INTENCIDADE E PROPORÇÃO.</p><p>A proporção de evento engloba as suas dimensões, a sua intensidade e os meios</p><p>empregados para a sua extinção.</p><p>PRINCÍPIO DE INCÊNDIO OU INCIPIENTE.</p><p>Evento de mínimas proporções para o qual é suficiente a utilização de um extintor portátil</p><p>PEQUENO INCÊNDIO.</p><p>Evento cujas proporções exigem emprego de material especializado, sendo extinto com</p><p>facilidade e sem apresentar perigo iminente de propagação.</p><p>MÉDIO INCÊNDIO.</p><p>Evento em que a área atingida e a sua intensidade exigem a utilização de meios e materiais</p><p>equivalentes a um socorro básico de incêndio (uma ou mais brigadas de incêndio),</p><p>apresentando perigo iminente de propagação.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>15</p><p>GRANDE INCÊNDIO.</p><p>Evento cujas proporções apresentam uma propagação crescente, necessitando para sua</p><p>extinção, do emprego efetivo de mais de uma brigada.</p><p>1.3 - PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS A BORDO</p><p>Incêndios e explosões podem ser os grandes riscos potenciais em navios e plataformas, já</p><p>que podem destruir instalações, equipamentos e em casos extremos causar a perda de</p><p>navios e plataformas.</p><p>O Combate a Incêndio na área offshore é difícil e pode ser um desafio de alto risco para as</p><p>Brigadas de Incêndio, considerando que seus componentes não são bombeiros em tempo</p><p>integral. Com bons sistemas de prevenção de incêndios, treinamentos e exercícios, esses</p><p>riscos e dificuldades podem ser enormemente reduzidos e quase eliminados.</p><p>PARA PREVENIR INCÊNDIOS DEVE-SE:</p><p> Ter habilidade de reconhecer riscos de incêndio e agir para eliminá-los;</p><p> Fumar apenas em áreas seguras;</p><p> Fazer manutenção correta das instalações;</p><p> Deixar rotas de fugas livres;</p><p> Manter portas corta-fogo fechadas;</p><p> Fechar bem e separar os líquidos inflamáveis;</p><p> Certificar-se de que os extintores nas respectivas áreas são do tipo indicado;</p><p> Fazer treinamento de reação em emergência e saber usar o equipamento é essencial</p><p>para a segurança do pessoal.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>16</p><p>FONTES DE IGNIÇÃO</p><p>As fontes de calor podem ser:</p><p> Elétrica: equipamentos elétricos (curtos e arcos voltaicos), cabos com emendas mal</p><p>feitas sobrecarga, etc.;</p><p> Mecânica: esmeril, atritos, aquecimento de motores, etc.;</p><p> Química: reações químicas exotérmicas.</p><p>1.4 - PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIO – CAUSAS EMÉTODOS DE PROPAGAÇÃO</p><p>A principal causa da propagação de incêndio é a falta de prevenção. Por isso alguns</p><p>cuidados simples são fundamentais, como não acumular lixos ou trapos sujos ou embebidos</p><p>em óleo ou graxa, observar a manutenção preventiva e manter os equipamentos isolados</p><p>termicamente.</p><p>O calor propaga-se através de três maneiras distintas:</p><p>- Condução;</p><p>- Irradiação;</p><p>- Convecção.</p><p>CONDUÇÃO</p><p>É a transferência de calor feita no próprio material ou matéria, molécula a molécula</p><p>aquecendo-a por um todo.</p><p>Figura 8: Condução de Calor</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>17</p><p>no Livro de</p><p>Proteção do Navio. Um Programa de Treinamento, elaborado pelo SSO em conjunto com o</p><p>CSO, contendo todas as tarefas indicadas acima e os períodos em que os exercícios deverão</p><p>ser realizados deverá ser desenvolvida anexado no Plano de Proteção do Navio.</p><p>CENÁRIO DOS EXERCÍCIOS</p><p>Os exercícios realizados devem ser variados e desafiadores. Os detalhes relativos ao cenário</p><p>devem ser adequados para permitir que o exercício seja realista, mas não devem ser tão</p><p>impositivo que impeça variações e a introdução de ocorrências inesperadas nos exercícios.</p><p>PLANEJAMENTO DOS EXERCÍCIOS.</p><p>Os exercícios devem ser realizados no momento que não prejudique as operações.</p><p>Deve haver elementos surpresa durante a realização do exercício, entretanto balanceada com</p><p>segurança e com as demais necessidades operacionais.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>198</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO</p><p>1. COMO INFORMAR UM INCIDENTE DE PROTEÇÃO ?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>2. CITAR OS NÍVEIS DE PROTEÇÃO MARITIMA DE UM GOVERNO CONTRATANTE.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>3. DESCREVA O QUE É PLANO DE CONTINGÊNCIA.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>4. QUEM É O REPRESENTANTE DO COMANDO DA MARINHA DO BRASIL NA</p><p>INTERFACE COM A MARINHA MERCANTE ?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>5. O QUE É GOVERNO CONTRATANTE ?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>199</p><p>6. DEFINA PIRATARIA.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>7. DEFINA ROUBO ARMADO.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>8. CITE TRÊS TIPOS DE AMEAÇAS A PROTEÇÃO.</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>9. QUE ORGÃO É RESPONSÁVEL POR CENTRALIZAR AS INFORMAÇÕES RECEBIDAS</p><p>E TRANSMITI-LAS PARA ORGÃOS COMPETENTES ?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>10. QUEM É A AUTORIDADE MARÍTIMA NO BRASIL ?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>200</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>AIT Atestado de inscrição temporária;</p><p>AJB Águas jurisdicionais brasileiras;</p><p>ALPH Agente de lançamento e pouso de helicóptero;</p><p>AP Água pressurizada;</p><p>CAB Equipe de controle de avarias;</p><p>CAVO Compressão; Abrir vias aéreas; Boa ventilação;</p><p>CIPA Comissão interna de prevenção de acidentes;</p><p>COSPAS/SARSAT Sistema de satélites russos e americanos;</p><p>DEA Desfibrilador externo automático;</p><p>DESA Desfribilador externo semi-automático</p><p>DPC Diretoria de portos e costas;</p><p>EMCIA Emergency Position Indicating Radio Beacon;</p><p>EPI Equipamento de proteção individual;</p><p>EPIRB Equipe de manobra de combate a incêndio em aeronave;</p><p>EPR Equipamentos de proteção respiratória;</p><p>FISPQ Ficha de informações de segurança de produto químico;</p><p>FPSO Floating Production Storage and Off-loading;</p><p>FSO Floating Storage and Offloading;</p><p>GEPLAT Gerente da plataforma;</p><p>GMDSS Global maritime distress & safety system;</p><p>GSSTB Grupo de segurança e saúde no trabalho a bordo de navios mercantes;</p><p>HELP Heat escape lessening posture;</p><p>IMO International maritime organization / Organiação Marítima Internacional;</p><p>INMARSAT</p><p>Sistema de satélite geoestacionário que recebe informação de um</p><p>EPIRB;</p><p>IPVS Imediatamente perigosa à vida e saúde;</p><p>ISPS CODE Código internacional para proteção de navios e instalações portuárias;</p><p>JSA Job safety analysis / análise de segurança do trabalho;</p><p>LIE Limite inferior de explosividade;</p><p>LII Limite inferior de inflamabilidade;</p><p>LSA Life saving appliance;</p><p>LSE Limite superior de explosividade;</p><p>LSI Limite superior de inflamabilidade;</p><p>MARPOL</p><p>Maritime pollution convention (convenção internacional para prevenção</p><p>da poluição por navios;</p><p>MODU Mobile offshore drilling unit;</p><p>MTE Ministério do trabalho e emprego;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>201</p><p>NFPA National fire protection association;</p><p>NR Norma regulamentadora;</p><p>OIM Gerente de instalção offshore;</p><p>OIT Organização internacional do trabalho;</p><p>PCMSO Programa de controle médico e saúde ocupacional;</p><p>PCR Parada cardiorrespiratória;</p><p>PEI Plano de emergência individual;</p><p>PLS Posição lateral de segurança;</p><p>PNT Profissional não tripulante;</p><p>PPM Partes por milhões;</p><p>PPRA Programa de prevenção de riscos ambientais;</p><p>PSC</p><p>Port state control (controle do Estado sobre embarcações de bandeira</p><p>estrangeira;</p><p>PSE Primeiros socorros elementar;</p><p>PT Permissão para trabalho;</p><p>PTE Permissão de trabalho e entrada;</p><p>ECP Ressuscitação cardiopulmonar;</p><p>SART Search an rescue transponder;</p><p>SCQ Superfície do corpo queimada;</p><p>SESMT</p><p>Serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do</p><p>trabalho;</p><p>SIPAT Semana interna de prevenção de acidentes do trabalho;</p><p>SNC Sistema nervoso central;</p><p>SOLAS International convention for the safety of life at sea;</p><p>SOPEP</p><p>Shipboard oil pollution emergency plan / plano de emergência contra</p><p>poluição a bordo;</p><p>SPR Segurança social e responsabilidade social;</p><p>STCW</p><p>Internacional convention on standards os training, Certification and</p><p>watchkeeping for seafarers;</p><p>TCE Traumatismo cranioencefálico;</p><p>TEMPSC Totally enclosed motor propelled survival craft;</p><p>TF Tropical fresh;</p><p>TPA Roupa de proteção térmica;</p><p>TRM Traumatismo raquimedular;</p><p>VHF Very high frequency;</p><p>WNA Winter north</p><p>atlantic / Inverno do atlânticonorte;</p><p>ZEE Zona econômica exclusiva.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>a) Brasil. Marinha do Brasil. Manual de Sobrevivência – Imprensa Naval. Rio de Janeiro. 1990.</p><p>b) REZENDE, Celso Antônio Junqueira. Manual de Sobrevivência no mar. Rio de Janeiro. 1992.</p><p>c) Wright, C. H. Survival at Sea: The Lifeboat and Liferaft. Liverpool: The James Laver Printing</p><p>Co. Ltd., 1986.</p><p>d) Lee, E. C. B. and Lee, K. Safety and Survival at Sea. London: W. W. Norton, 1980.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>202</p><p>e) International Maritime Organization. Código Internacional para Proteção de Navios e</p><p>Instalações Portuárias – ISPS Code, London, 2003.</p><p>f) Recomendações para o Treinamento e Certificação de Pessoal em Unidades Offshore</p><p>Móveis (MOU). Resolução A. 1079(28). Adotada em 04 de dezembro de 2013.</p><p>g) BRASIL. Marinha do Brasil. Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão - CAAML-206</p><p>Manual de Primeiros Socorros. Niterói, RJ: 2006.</p><p>h) Instituto Nacional de Emergências Médicas – Organização Mundial de Saúde – Guia Médico</p><p>Internacional para Barcos. Tradução da Organização Mundial da Saúde. Genéve: 1988.</p><p>i) BERGERON, J. David e Gloria Bizjak. Primeiros Socorros. Editora Atheneu, São Paulo, SP: 2004.</p><p>j) CAMPBELL, John Emory. Basic Trauma Life Support – BTLS. CAME, Alabama, EUA: 1999.</p><p>k) SANTOS, Raimundo Rodrigues et al, Manual de Socorro de Emergência. Editora Atheneu, 2000.</p><p>l) BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. NORMA</p><p>REGULAMENTADORA (NR-30).</p><p>m) CARDELLA, Benedito. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes. Uma abordagem holística.</p><p>Ed. Atlas, 1999.</p><p>n) NOGUEIRA, Nildo Ribeiro. Desenvolvendo as competências profissionais. 1ª ed. São Paulo: Érica,</p><p>2001.</p><p>o) OLIVEIRA, Sebastião Mauro. Apostila de Segurança do Trabalho. CIAGA. RJ. 2006.</p><p>p) BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Manual do Curso Especial Básico de</p><p>Combate a Incêndio. Rio de Janeiro, 2002.</p><p>q) Centro de Adestramento "Almirante Marques de Leão". Manual de Combate a Incêndio. Rio de</p><p>Janeiro, 1998.</p><p>r) Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Norma</p><p>Regulamentadora NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e</p><p>Reparação Naval. Portaria SIT No 200, de 20/01/2011.</p><p>s) DUARTE, Moacyr. Riscos Industriais, Etapas para a Investigação e a Prevenção de Acidentes. Rio de</p><p>Janeiro, Funenseg, 2002.</p><p>t) FALCÃO, Roberto José Kassab. Tecnologia de Proteção Contra Incêndio. Edição 1995. 3</p><p>u) JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas</p><p>e de Petróleo. 3ª edição. Rio de Janeiro, Qualitymark. Edição 2002.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>203</p><p>IRRADIAÇÃO</p><p>É a forma de transmissão de calor por meio de ondas caloríficas que atravessam o ar,</p><p>irradiadas do corpo em chamas.</p><p>O calor se processa sem a necessidade de continuidade molecular, entra a fonte calorífica e o</p><p>corpo que a recebe.</p><p>Figura 9: Irradiação de Calor</p><p>CONVECÇÃO</p><p>Consiste no deslocamento de energia térmica de uma região para outra, através do transporte</p><p>de matéria.</p><p>Figura 10: Convecção de Calor</p><p>PROPAGAÇÃO DOS INCÊNDIOS EM NAVIOS E PLATAFORMA</p><p>A propagação de incêndios a bordo de navios e plataforma acontece da seguinte forma:</p><p>Figura 11: Efeito Chaminé</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>18</p><p>1.5 - MÉTODOS PREVENTIVOS CONTRA INCÊDIOS</p><p>TÉCNICAS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS</p><p>Para que haja combustão, é essencial a presença dos três elementos do triângulo do fogo: o</p><p>combustível, o comburente e energia de ativação ou temperatura de ignição. Não</p><p>existindo um desses elementos, não se processará o fogo.</p><p>Em ambientes industriais, tais como a bordo de uma Plataforma, FPSO, FSO e ou um navio-</p><p>sonda temos materiais combustíveis (roupa, madeira, papel, gasolina, graxa, óleo, etc.),</p><p>comburente (oxigênio presente no ar atmosférico), fontes de calor (soldagem e corte a</p><p>quente, cigarros, fósforos, lâmpadas elétricas, tubulações de vapor, solda elétrica, etc.). A</p><p>prevenção consistirá em evitar que esses três elementos se combinem em condições</p><p>propícias que possibilitem a ignição. Para tanto, é importante conhecer as principais causas</p><p>de incêndios e as características dos processos e matérias utilizados nas instalações que se</p><p>quer proteger. Segundo estatísticas da “Naticional Fire Protection Associaton” (NFPA),</p><p>entidade americana que desenvolve estudos nessa área, as fontes de incêndios mais comuns</p><p>são:</p><p> Atrito = 14%;</p><p> Centelhas = 12%;</p><p> Ignição espontânea = 8%;</p><p> Cigarros e phosphorus = 8%;</p><p> Superfícies aquecidas = 7%</p><p> Chamas abertas = 5%;</p><p> Solda e corte = 4%</p><p>O conhecimento das causas de incêndio consagrou certas práticas como recomendáveis para</p><p>maior segurança do trabalhador e das instalações. Por exemplo:</p><p>ARMAZENAGEM DE MATERIAL</p><p>É fato comum nas plataformas manusear e trabalhar com materiais inflamáveis.</p><p>Exemplos: pintura corte em oxi-acetileno, solventes, produtos químicos, etc. Algumas</p><p>providências simples e práticas podem evitar a ocorrência do fogo:</p><p> Manter sempre, se possível, a substância inflamável longe de fonte de calor e de</p><p>comburente, como no caso de operações de solda e oxi-corte. As operações de solda estarão</p><p>muito mais seguras se as ampolas de acetileno estiverem separadas ou isoladas das ampolas</p><p>de oxigênio;</p><p> A armazenagem em locais separados contribui muito para aumentar a segurança;</p><p> Manter sempre, no local de trabalho, a mínima quantidade de inflamável para uso,</p><p>como no caso, por exemplo, de operações de pintura, nas quais o solvente armazenado deve</p><p>ser apenas o suficiente para um dia de trabalho;</p><p> Possuir um depósito com boas condições de ventilação para o armazenamento de</p><p>inflamável e o mais longe possível da área de trabalho, de operações;</p><p> Proibir o fumo nas áreas onde existem combustíveis ou inflamáveis estocados. Não se</p><p>deve esquecer que todo fumante é um incendiário em potencial. (Ele conduz um dos</p><p>elementos essenciais do fogo: o calor.) Uma ponta de cigarro acesa poderá causar incêndio</p><p>de graves proporções.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>19</p><p>MANUTENÇÃO ADEQUADA</p><p>Além da preocupação com combustíveis é preciso saber como se pode evitar a presença do</p><p>terceiro elemento essencial do fogo: a energia de ativação. Como evitar a sua ação?</p><p>INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM CONDIÇÕES PRECÁRIAS</p><p>Fios expostos ou desencapados podem ocasionar curtos circuitos, que serão origem de focos</p><p>de incêndio; se encontrarem condições favoráveis à formação de chamas.</p><p>INSTALAÇÕES ELÉTRICAS MAL PROJETADAS</p><p>Poderão provocar aquecimentos nos fios e podem ser origem de incêndios. A carga excessiva</p><p>em circuitos elétricos pode e deve ser evitada.</p><p>PISOS ANTIFAÍSCA</p><p>Em locais onde há estoque de líquidos ou gases inflamáveis, os pisos devem ser antifaísca,</p><p>porque, um simples parafuso no sapato poderá ocasionar um incêndio.</p><p>INSTALAÇÃO MECÂNICA</p><p>Falta de manutenção e lubrificação em equipamentos mecânicos pode ocasionar</p><p>aquecimento por atrito em partes móveis, criando a perigosa fonte de calor.</p><p>ORDEM LIMPEZA</p><p>Os corredores com papéis e estopas sujos de óleo e graxa pelo chão, são lugares onde o</p><p>fogo pode começar e se propagar rapidamente, sendo mais difícil a sua extinção. Isto é</p><p>extremamente importante no caso de escadas, porque as consequências podem ser mais</p><p>graves.</p><p>1.6 - VIGILÂNCIA E SISTEMA DE PATRULHA</p><p>Nos navios e plataformas marítimas as pessoas estão expostas e perigos e riscos e, por isso,</p><p>há necessidade de vigilância constante no dia a dia, visando prevenir a ocorrência indesejada</p><p>de acidente envolvendo incêndio a bordo.</p><p>As inspeções diárias feitas por um ou mais brigadista, servem para buscar possíveis</p><p>impropriedades que devem ser corrigidas imediatamente, consistindo num sistema de</p><p>patrulha.</p><p>AS MEDIDAS ABAIXO TAMBÉM DEVEM SER ADOTADAS COMO FORMAS DE</p><p>PRECAUÇÃO:</p><p> Treinamentos periódicos, para capacitação profissional;</p><p> Treinamentos básicos de segurança offshore e exercícios internos através de</p><p>simulações de emergência;</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>20</p><p> Instalação de sistemas de detecção de incêndio e alarmes em toda a Unidade;</p><p> Inspeções realizadas no local de trabalho, visando corrigir possíveis falhas nos</p><p>equipamentos que possam contribuir para ocorrência de incêndio (vazamento,</p><p>armazenamento inadequado de produtos, não atendimento aos padrões de segurança, etc.).</p><p>O objetivo dessas medidas é fazer com que todos os residentes tenham a responsabilidade</p><p>de reduzir os riscos, evitando possíveis focos de incêndio.</p><p>1.7 - SISTEMA DE DETECÇÃO DE FOGO, FUMAÇA E ALARME AUTOMÁTICO A BORDO.</p><p>SISTEMAS DE DETECÇÃO DE ALARME</p><p>São sistemas criados para a detecção automática da presença de focos de incêndio.</p><p>Detectores de Incêndio podem ser de quatro tipos, conforme o fenômeno que detectam:</p><p>Térmico – que é sensível a aumentos de temperatura;</p><p>De fumaça – que é sensível a produtos de combustíveis suspensos na atmosfera;</p><p>De gás – que é sensível a produtos gasosos da combustão;</p><p>De chama – que responde a radiações emitidas por chamas.</p><p>Acionador manual - que se constitui na parte do equipamento destinada ao acionamento do</p><p>sistema de detecção;</p><p>Central de controle – através da qual o sistema é alimentado eletricamente e é responsável</p><p>por receber os sinais dos detectores e transmitir para o sistema de alarme;</p><p>Alarme Sonoro e/ou Visual – cuja função é fazer soar o alarme de incêndio, por comando</p><p>manual do operador;</p><p>Fonte de Energia – cuja finalidade é garantir o funcionamento do sistema em quaisquer</p><p>circunstâncias.</p><p>1.8 - AÇÕES AO SER DETECTADO FUMAÇA OU FOGO A BORDO</p><p>AO SER DEPARAR COM UM INCÊNDIO DEVE-SE TOMAR AS SEGUINTES AÇÕES:</p><p> Localizar o foco de incêndio e determinar sua extensão;</p><p> Identificar a classe de incêndio;</p><p> Informar a sala de controle (Intercom) (Que tipo? E Onde?);</p><p> Providenciar o desligamento dos circuitos elétricos do local incendiado;</p><p> Disponibilizar equipamento para o combate;</p><p> Evitar a propagação para os compartilhamentos periféricos;</p><p> Interromper a ventilação para a área de incêndio;</p><p> Promover a retirada da fumaça do local de incêndio;</p><p> Caso não seja possível tomar as ações anteriores, abandonar o local.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>21</p><p>1.9 - PREVENÇÃO NO TRABALHO A QUENTE</p><p>De acordo com a NR 34, considera-se trabalho a quente as atividades de soldagem,</p><p>goivagem,esmerilhamento, corte ou outras que possam gerar fontes de ignição tais como</p><p>aquecimento, centelhas ou chama.</p><p>INSPEÇÃO PRELIMINAR</p><p>Nos locais onde realizam trabalhosa quente deve ser efetuada inspeção preliminar de modo</p><p>assegurar que:</p><p>a) O local de trabalho e áreas adjacentes estejam limpas, secas e isentas de agentes</p><p>combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes.</p><p>b) O trabalho a quente seja executado por trabalhador qualificado.</p><p>PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E ACIDENTES</p><p>SINALIZAÇÃO / ISOLAMENTO</p><p>Tem por finalidade garantir a distância e o isolamento adequado na execução de serviços(Ex:</p><p>movimentação de cargas, abertura de piso, trabalhos a quente etc.), impedindo a</p><p>permanência de pessoas não autorizadas no local.</p><p>Figura 12:Sinalização</p><p>SISTEMA DE EXAUSTÃO</p><p>Os fumos e gases envolvidos na soldagem podem contaminar rápida e perigosamente um</p><p>local confinado. Assim, faz-se necessária a captação e/ou diluição destes poluentes através</p><p>de um exaustor com uma mangueira flexível e um bocal que possa ser posicionado próximo</p><p>ao ponto de soldagem.</p><p>Figura 13: Sistema de Exaustão</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>22</p><p>EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL</p><p>O (EPI) é um equipamento de proteção individual que tem por finalidade proteger o usuário na</p><p>prevenção de acidentes.</p><p>Figura 14:EPI Figura 15: EPI</p><p>MÁSCARA DE FUGA</p><p>Para os trabalhadores em geral escaparem de situações de emergência, um tipo diferente de</p><p>respirador é necessário: um que possa ser usado e esteja funcionando em questão de</p><p>segundos e um que requer pouco treinamento para usar.</p><p>Há dois tipos em geral: uma máscara com capuz com cartuchos purificadores de ar e um</p><p>capuz com um ajuste no pescoço e fonte autônoma de ar. Ambos devem ser usados apenas</p><p>para fins de fuga.</p><p>Figura 16: Mascara De Fuga</p><p>MANTA</p><p>As mantas de proteção são produzidas com tecidos resistentes ao calor e ao fogo.</p><p>Proporcionam proteção contra fagulhas e respingos provenientes da soldagem e</p><p>esmerilhamento. A manta mais utilizada é do tecido de aramida.</p><p>Figura 17: Manta</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>23</p><p>BIOMBO</p><p>Tem por finalidade bloquear as fagulhas e chamas, provenientes de trabalhos a quente</p><p>(exemplo - corte, solda e esmerilhamento), impedindo que as mesmas atinjam materiais</p><p>combustíveis, evitando, assim, o início de um incêndio.</p><p>Figura 18: Biombo</p><p>CONTROLE DE FUMOS E CONTAMINATES</p><p>Devemos limpar adequadamente a superfície e remover os produtos de limpeza utilizado,</p><p>providenciar renovação do ar afim de eliminar gases, vapores e fumos gerados durante o</p><p>trabalho, através de sistema de ventilação e exaustão.</p><p>Caso seja necessário de acordo com a inspeção prévia, utilizar equipamento de proteção</p><p>respiratória conforme o previsto no programa de proteção respiratória.</p><p>Figura 19: controle de contaminantes</p><p>VIGIA DE FOGO (OBSERVADOR)</p><p>Quando definido na APR, o observador deve permanecer no local, em contato permanente</p><p>com as frentes de trabalho, até a conclusão do serviço.</p><p>O observador deve receber treinamento ministrado por trabalhador capacitado em prevenção</p><p>e combate a incêndio, com conteúdo programático e carga horária mínima conforme o item 1</p><p>do Anexo I da NR 34.5.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>24</p><p>Figura 20: Vigia do Fogo</p><p>LEMBRE-SE: TODA ÁREA A SER REALIZADO UM TRABALHO A QUENTE DEVE ESTAR</p><p>ISOLADA E SINALIZADA, APÓS A EMISSÃO DA PERMISSÃO DE TRABALHO A</p><p>QUENTE.</p><p>CAPÍTULO 2 – COMBATE A INCÊNDIO</p><p>2.1 - CLASSIFICAÇÕES DOS INCÊNDIOS</p><p>Para facilitar a seleção dos melhores métodos para o combate de cada tipo de incêndio, são</p><p>usualmente divididos em quatro classes principais, a saber.</p><p>Figura 21: Classe A</p><p>São os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que formam brasas e deixam</p><p>resíduos após sua queima.</p><p>Figura 22: Classe B</p><p>São os que se verificam em combustíveis líquidos, graxas e gases inflamáveis.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>25</p><p>Figura 23: Classe C</p><p>São os que se verificam em equipamento e instalações elétricas depois de energizados.</p><p>Figura 24: Classe D</p><p>São os que se verificam em metais pirofóricos como sódio, titânio, potássio e magnésio.</p><p>As duas primeiras classes, “A” e “B”, caracterizam-se pelo modo como queimam.</p><p>O incêndio tipo classe “A” apresenta como resíduos cinza e brasas, queimando em superfície</p><p>e profundidade; já os de classe “B” queimam na superfície, não deixando resíduos.</p><p>Para a terceira classe “C”, o fator relevante é o risco de morte do operador no momento de</p><p>executar os trabalhos de extinção, já que muitos dos principais agentes extintores de incêndio</p><p>são bons condutores de eletricidade.</p><p>A classe “D”, em razão das características dos metais em combustão, requer o uso de</p><p>agentes extintores especiais, a base de cloreto de sódio, bem como métodos especiais de</p><p>aplicação desses agentes.</p><p>2.2 - MÉTODOS DE COMBATE A INCÊNDIO</p><p>O fogo, em seu início, é muito fácil de controlar e de extinguir. Quando mais rápido o ataque</p><p>às chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las e eliminá-las.</p><p>As ações para extinguir o fogo são voltadas para desfazer ou romper o tetraedro do fogo.</p><p>Assim, temos basicamente quatro métodos de extinção de incêndios:</p><p>RESFRIAMENTO</p><p>É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo ser agente universal a água. Consiste</p><p>na redução da temperatura dos corpos incendiados, abaixo da temperatura de ignição ou da</p><p>região onde seus gases estão concentrados extinguindo o fogo.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>26</p><p>ABAFAMENTO</p><p>Esse método consiste em reduzir a quantidade de oxigênio para abaixo do limite de 6% na</p><p>atmosfera que envolve o fogo.</p><p>ISOLAMENTO</p><p>É o método mais simples quanto a sua realização, pois na maioria das vezes, é executado</p><p>com o emprego apenas da força física, não exigindo aparelhagem especial.</p><p>Sua eficiência está mais para o controle de um incêndio do que sua extinção propriamente</p><p>dita. Às vezes, com o simples fechamento de uma válvula ou a limpeza de uma área,</p><p>conseguimos debelar um incêndio.</p><p>QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA</p><p>Ocorre a partir da introdução de determinadas substâncias na reação química da combustão</p><p>com o propósito de inibi-la. Neste caso, não há resfriamento, apenas é criada uma condição</p><p>favorável por um agente que atua a nível molecular, de forma que o combustível e o</p><p>comburente percam ou tenham reduzida a capacidade de manter a cadeia da reação.</p><p>2.3 - AGENTES EXTINTORES</p><p>Agente extintor é tudo aquilo que é ou pode ser usado no combate ao fogo. Os principais</p><p>agentes extintores são:</p><p>ÁGUA</p><p>É o agente extintor mais antigo e devido à sua abundância é o agente mais utilizado, por</p><p>excelência. Utilizado em incêndios da classe “A”,e empregado sob a forma líquida, nas</p><p>formas básicas de jato sólido e jato neblina. Em seu estado gasoso (vapor) é utilizado para</p><p>combater incêndios em espaços confinados. Extingue principalmente, por resfriamento e</p><p>secundariamente por abafamento.</p><p>CONTRA INDICAÇÃO:</p><p>Por ser boa condutora de eletricidade não deve ser usada na classe C;</p><p>Por reagir violentamente com os metais combustíveis não deve ser usada na classe D.</p><p>PROPRIEDADES FÍSICO/QUÍMICAS DA ÁGUA</p><p>Na passagem do estado líquido para o gasoso líquido para o gasoso, ocorre um aumento</p><p>volumétrico na proporção de 1m² de H2O para 1700m³ de vapor.</p><p>Figura 25: Propriedades da Água</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>27</p><p>A água possui uma excelente estabilidade química, entretanto pode ser decomposta pela</p><p>ação da corrente elétrica e por temperaturas acima de 1200°C produzindo o perigoso gás</p><p>hidrogênio (combustível) e o comburente oxigênio.</p><p>ESPUMA</p><p>A espuma é um agente indicado para extinção de incêndio classe “B”, em especial os de</p><p>grande vulto. Em função do método de produção</p><p>há dois tipos básicos de espuma: a química</p><p>e a mecânica.</p><p>A primeira é a mais comumente encontrada em extintores portáteis, embora possa também</p><p>ser gerada em instalações fixas. Resulta da reação entra soluções químicas para produção de</p><p>um agente espumante. É o único agente extintor que flutua sobre os combustíveis</p><p>inflamáveis. Em ambiente aberto, permanece isolando o combustível por períodos</p><p>prolongados. Pelas características anteriores. É o único agente extintor capaz de extinguir</p><p>incêndios de classe “B” em grandes áreas abertas.</p><p>AGENTES EM PÓ</p><p>São compostos químicos que variam em sua composição de acordo com o seu emprego. Os</p><p>agentes a base de bicarbonato de sódio ou bicarbonato de potássio, conhecidos como “pó</p><p>químico”, foram desenvolvidos para extinguir incêndios em líquidos e equipamentos elétricos.</p><p>Há também o pó químico ABC à base de monofosfato de amônia siliconizado, e ainda temos</p><p>os agentes denominados de “pó seco especial”, que foram desenvolvidos especialmente para</p><p>incêndios em metais brancos (classe “D”), a base de cloreto de sódioe extinguem,</p><p>principalmente por abafamento.</p><p>GÁS CARBÔNICO (CO2)</p><p>É um gás inerte mais pesado que o ar, incolor, sem cheiro e não condutor de eletricidade. É</p><p>indicado para os incêndios das classes “B” e “C”, extinguindo-os primariamente por</p><p>abafamento e secundariamente por resfriamento.</p><p>HALON</p><p>Agente extintor de compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro,</p><p>bromo e iodo). O uso do gás HALON está proibido, pois, afeta gravemente a camada de</p><p>ozônio de nosso planeta, devido CFC (CLOROFLUORCARBONETO), que faz parte da sua</p><p>composição química.</p><p>2.4 - EXTINTORES PORTÁTEIS</p><p>São equipamentos destinados ao combate a princípios deincêndio. Os extintores portáteis são</p><p>marcados com símbolos e letras, conforme a classe de incêndio contra a qual devem ser</p><p>utilizados.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>28</p><p>TIPOS DE EXTINTORES PORTÁTEIS</p><p>Os principais extintores em uso são:</p><p> Água pressurizada;</p><p> CO2;</p><p> Agentes em pó químico seco;</p><p> Espuma</p><p>EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA:</p><p>São extintores que utilizam a água como agente extintor. São de dois tipos, a saber: com</p><p>pressão no próprio cilindro e com ampola de propelente, ambos utilizam como propelente o ar</p><p>comprimido ou nitrogênio.</p><p>Figura 26: Extintor de Água</p><p>EXTINTOR DE ESPUMA</p><p>Não se esqueça de observar a direção do vento. Direcione o jato da espuma para</p><p>umaantepara, não diretamente para o fogo. Não havendo antepara, próximo ao faço,</p><p>direcione o jato para o alto e deixe cair sobre o foco.</p><p>Figura 27: Extintor De Espuma Mecânica</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>29</p><p>EXTINTOR DE CO2</p><p>São extintores que utilizam o CO2 como agente extintor. São recomendados para incêndio</p><p>das classes “B “e “C”, não podendo ser usados em incêndios da classe “D”.</p><p>Figura 28: Extintor De CO2</p><p>EXTINTORES DE PÓ QUÍMICO SECO</p><p>Os extintores de pó químico a base de bicarbonato de sódio ou bicarbonato de potássio são</p><p>recomendados para incêndios das classes “B” e “C”, não podendo ser usado nos da</p><p>classe “D”.</p><p>Os extintores de pó químico podem ser:</p><p>COM AMPOLA DE CO2 OU COM PRESSÃO NO PRÓPRIO CILINDRO – EMPREGA O</p><p>NITROGÊNIO COMO PROPELENTE.</p><p>Figura 29: Extintor de Pó Químico Figura 30: Extintor de Pó Químico</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>30</p><p>EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO A BASE DE MONOFOSFATO DE AMÔNIA SILICONIZADO –</p><p>PÓ ABC</p><p>São extintores de grande valia no combate aos princípios de incêndios, pois o mesmo atua</p><p>nas três principais classes de incêndio, que são: A B C</p><p>Figura 31: Extintor de Pó Químico ABC</p><p>EXTINTORES A PÓ SECO ESPECIAL</p><p>São Utilizados em incêndios de classe “D”, são a base de cloreto de sódio seguindo</p><p>técnicas especiais e recomendações dos fabricantes. O agente e o método de aplicação</p><p>dependem do tipo e qualidade do metal.</p><p>Figura 32: Extintor de Pó Químico Especial</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>31</p><p>UTILIZAÇÃO DOS EXTINTORES</p><p>ÁGUA, CO2 E PQS</p><p>Observe a direção do vento e ataque o fogo, dirigindo o jato para a base do mesmo. Com</p><p>exceção do aparelho extintor de água para fogo de classe B.</p><p>Figura 33: Utilização do Extintor</p><p>CAPÍTULO 3 – ORGANIZAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO</p><p>3.1 - COMBATE A INCÊNDIO A BORDO E FUNÇÕES DA TABELA MESTRA</p><p>Toda Unidade Marítima possui uma sala de Controle que monitora 24 horas as áreas da</p><p>embarcação através de sensores, botoeiras de alarmes e sistema de vídeos.</p><p>Dessa forma, no caso de uma emergência ou qualquer anormalidade, o sistema de detecção</p><p>localiza, aciona o alarme sonoro e o operador da sala de controle informa a localização do</p><p>sinistro para ação imediata por parte do Coordenador Local da Emergência.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>32</p><p>ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA DE RESPOSTA</p><p>Nas unidades Offshore a ação de Combate a Incêndios é Coordenada pelo gerente de</p><p>Plataforma (GEPLAT) ou pelo Com andante /OIM, no caso de navio-sonda.</p><p>Cabe ao GEPLAT ou Comandante as seguintes atribuições:</p><p> Centralizar as informações, decidir e orientar as ações a serem tomadas para o controle da</p><p>emergência;</p><p> Comunicar as ações de controle de emergência para a estrutura de resposta terra;</p><p> Certificar-se sobre as providências adotadas para parada operacional de emergência de</p><p>forma segura;</p><p> Decidir sobre a evacuação ou abandono da Unidade Marítima;</p><p> Solicitar os recursos necessários ao Coordenador Geral do Plano de Contingência, que é</p><p>responsável maior pela coordenação de emergência;</p><p> Coordenar a elaboração dos relatórios que buscam investigar as causas básicas que deram</p><p>origem à emergência, para que tomem medidas corretivas e preventivas;</p><p> Aplicar o Plano de Contingência da Unidade para Controle do Incêndio;</p><p> Solicitar apoio externo, conforme Plano de Contingência Central, sempre que as proporções</p><p>do incêndio indicarem a necessidade de sua adoção.</p><p>A resposta de emergência envolvendo incêndio a bordo de uma plataforma ou navio, será</p><p>acionada pelo Coordenador Local,utilizando-se inicialmente dos tripulantes que compõem a</p><p>Brigada de Incêndio</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>33</p><p>TABELA MESTRA</p><p>Figura 34: Tabela Mestra</p><p>3.2 - SISTEMAS FIXOS DE COMBATE A INCÊNDIO</p><p>Os SISTEMAS FIXOS DE COMBATE A INCÊNDIO são aqueles cujo propósito é a supressão</p><p>de um incêndio local, num dado sistema ou equipamento, através de uma instalação fixa,</p><p>geralmente de atuação automática. A maioria dos sistemas fixos a um sistema de detecção</p><p>automática de fogo, como detectores de fumaça ou calor, por exemplo:</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>34</p><p>Tabela 4: Sistema Fixo de Combate a Incêndio</p><p>SISTEMAS DE SUPRESSÃO POR GÁS (CO2)</p><p> Os sistemas de CO2 suprimem o fogo por inundação total ou aplicações locais;</p><p> Os sistemas de CO2 são recomendados para a proteção de áreas não ocupadas, em</p><p>função do risco potencial de asfixia;</p><p> O sistema é composto por baterias de cilindros com suas respectivas válvulas,</p><p>mangueiras flexíveis, válvulas solenoides para liberação do agente do cilindro através da</p><p>tubulação, painéis e dispositivos de campo;</p><p> O Sistema de Supressão é interligado a painéis de controle que monitorizam a</p><p>detecção e comandam eventuais descargas.</p><p>Figura 35: Bateria de CO2</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>35</p><p>SISTEMA DE SUPRESSÃO POR GÁS FM 200</p><p> O FM-200 é armazenado na fase líquida, minimizando o espaço de armazenagem e</p><p>usando como propelente o nitrogênio (N2);</p><p> É um agente não condutor de eletricidade, não deixa resíduos nos equipamentos</p><p>mais</p><p>sensíveis;</p><p> A descarga do agente supressor ocorre em no máximo 10 segundos após o comando</p><p>de disparo, minimizando os riscos de maiores danos;</p><p> Age por abafamento e resfriamento físico-químico, isto é, as moléculas do agente</p><p>entram em contato com a frente da chama e absorvem o calor, por intermédio de reações</p><p>químicas e físicas, quebrando a estrutura molecular do fogo.</p><p>Figura 36: Sistema de Supressão</p><p>EQUIPAMENTOS QUE EMPREGAM ÁGUA NO COMBATE A INCÊNDIO</p><p>Grande parte dos equipamentos de combate a incêndio é projetada para utilização de água e</p><p>espuma. Entretanto, alguns, devido às características de emprego, utilizam exclusivamente a</p><p>água como agente extintor para fins específicos. Dentre, eles temos:</p><p>BOMBAS E REDES DE INCÊNDIO</p><p>A rede de Incêndio consiste em um sistema de canalizações que alimentam tomadas de</p><p>incêndio e sistema de borrifo, através de bombas que constantemente as mantêm</p><p>pressurizadas.</p><p>A pressão da Rede de Incêndio é da ordem de 150 libras/pol², sendo que é necessária, uma</p><p>pressão mínima de 70 libras/pol² no terminal das mangueiras para operação de quase todos</p><p>os equipamentos produtores de espuma.</p><p>Figura 37: Bomba de Incêndio</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>36</p><p>SISTEMAS FIXOS A ÁGUA - (REDE DE SPRINKLER)</p><p>Esses dispositivos são dotados de um elemento termo-sensível, que se rompe por ação do</p><p>calor proveniente do foco de incêndio, permitindo a descarga da água sobre o ambiente.</p><p>Esse sistema possui grande confiabilidade e pode ser aplicado em ambientes onde não</p><p>existam equipamentos que se danifiquem pela ação da água. Possui as seguintes</p><p>características:</p><p>1. Rapidez na atuação;</p><p>2. Possibilidade de extinção do incêndio em seu início;</p><p>3. Confinamento do incêndio no ambiente onde se originou, facilitando a extinção do fogo.</p><p>Figura 38: Rede de Sprinkler</p><p>SISTEMA FIXOS A ÁGUA – (REDE DE DILÚVIO)</p><p>Sistema dotado de tubulação seca e ramais com projetores abertos. O sistema funciona da</p><p>seguinte forma: a partir do acionamento de um ou mais elementos de detecção é emitido um</p><p>sinal de abertura para a válvula de dilúvio, permitindo a passagem do agente extintor pela</p><p>rede, sendo este, descarregado simultaneamente por todos os projetores.</p><p>São utilizados para proteger equipamentos e áreas classificadas, tais como:</p><p> Cabeças de poços;</p><p> Equipamentos de separação óleo/gás;</p><p> Compressores de gás;</p><p> Tanques pressurizados;</p><p> Bombas de transferência de óleo;</p><p> Manifolds de oléo e gás;</p><p> CellarDeck.</p><p>Figura 39: Sistema de Diluvio</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>37</p><p>TOMADAS DE INCÊNDIO</p><p>As tomadas de incêndio são dispositivos colocados na rede para captação da água, para o</p><p>combate de incêndio e a bordo são instaladas nas canalizações ou nas extremidades das</p><p>derivações verticais.</p><p>Figura 40: Tomada de Incêndio</p><p>NOTA: Nas plataformas e navios as tomadas de incêndio são posicionadas de modo que</p><p>qualquer ponto possa ser alcançado com no máximo duas seções de mangueiras.</p><p>MANGUEIRAS E REDUÇÕES</p><p>“Atualmente encontramos a bordo dos navios e plataformas, mangueiras de incêndios nos</p><p>diâmetros de 1 ½ e 2 ½”.</p><p>Cada seção mede cerca de 15,25m (50 pés) de comprimento e suas extremidades são</p><p>adaptadas com conexões tipo engate-rápido.</p><p>Figura 41: Mangueira e Reduções</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>38</p><p>ADUCHAMENTO DE MANGUEIRAS</p><p>Visando o seu pronto emprego, as mangueiras são acondicionadas devidamente e enroladas</p><p>em “caixas de Incêndio”, localizadas próximas das tomadas de incêndios. O procedimento</p><p>de enrolarmos as mangueiras para facilitar o seu uso, chama-se ADUCHAR. As mangueiras</p><p>podem ser aduchadas das seguintes formas:</p><p>Figura 42: Aduchamento</p><p>I – Aduchada pelo centro – Center Rolled (Método Marinha)</p><p>Figura 43: Aduchamento pelo Centro</p><p>II -Aduchada pela extremidade – Dutch Rolled (Método Alemão)</p><p>Figura 44: Aduchamento pela Extremidade</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>39</p><p>III- Aduchada em camadas – Flaked (Método ziguezague)</p><p>Figura 45: Aduchada em Camadas</p><p>Nota: Existem outros métodos de aduchamento, que por não serem usados em navios e</p><p>plataformas deixaremos de mencioná-los.</p><p>CUIDADOS BÁSICOS COM AS MANGUEIRAS:</p><p> Nunca pressioná-las com equipamentos pesados;</p><p> Limpa-las após uso;</p><p> Guardá-las em local seco e limpo;</p><p> Não arrastá-las pelo chão;</p><p> Secá-las antes de guardar;</p><p> As conexões não devem ser atiradas ou jogadas no chão.</p><p>DIVISOR OU DERIVANTE</p><p>Aparelho metálico dotado de uma boca de admissão de 2 ½ e três ou duas bocas de</p><p>descarga de 1 ½,providas de registro e todas com juntas storz.</p><p>Figura 45: Derivantes</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>40</p><p>ESGUICHOS</p><p>Esguicho é o termo aplicado ao componente montado na saída da mangueira. Os esguichos</p><p>apresentam diversos detalhes que, dependendo do fabricante, se diferenciam uns dos outros.</p><p>As principais diferenças dizem respeito à existência de punho ou não. Todos têm o mesmo</p><p>princípio: o difusor dispõe de um movimento de aproximação e afastamento do corpo do</p><p>esguicho pela rotação de uma luva roscada na extremidade de saída.</p><p>ESGUICHOS VARIÁVEIS</p><p>Figura 46:Esguichos</p><p> REGULAGEM DO ESGUICHO</p><p>O movimento do difusor permite uma variação da forma dada ao jato de água, em</p><p>dois modos:</p><p>JATO PLENO</p><p>NEBLINA</p><p>Figura 47: Regulagem De Esguicho</p><p> REAÇÃO DO JATO</p><p>Quando a água é projetada através de um esguicho, uma reação igual e oposta à força do</p><p>jato acontecem, causando o recuo do esguicho no sentido oposto ao do jato.</p><p>A pessoa encarregada de segurar o esguicho deve aplicar esforço suficiente para compensar</p><p>essa força.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>41</p><p> GOLPE DE ARÍETE</p><p>Quando o fluxo de água é estancado subitamente pelo fechamento rápido do esguicho, ondas</p><p>de choque são transmitidas ao longo da extensão da mangueira ou tubo. Isso pode resultar</p><p>no enfraquecimento ou ruptura das mangueiras. A abertura rápida do hidrante para</p><p>pressurização, também,provoca chicoteamento.</p><p>OUTROS TIPOS DE ESGUICHOS:</p><p> ESGUICHO PROPORCIONADOR DE ESPUMA</p><p>Consiste num tubo metálico tendo externamente, uma cobertura sanfonada de lona e na parte</p><p>inferior um pequeno tubo de borracha, (tubo aspirante). Internamente, possui aletas tendo na</p><p>extremidade de entrada junta storz. Produz espuma com a passagem de água no seu interior,</p><p>com a pressão mínima de 5Kg/cm2. Esta passagem provoca fisicamente, o arrasto do agente</p><p>espumígemo contido em galões através do tubo de borracha. A mistura água e saponina, ao</p><p>sofrer ação mecânica do choque com as aletas, provocam uma turbulência que se transforma</p><p>em espuma mecânica.</p><p>Figura 48: Esguichos Proporcionador de Espuma</p><p> ESGUICHO MONITOR OU CANHÃO</p><p>Tem proporções bem maiores, dotado de pés e garras para fixação, possui um sistema para</p><p>movimentos rotativos e direcionamento do jato. Utilizado no Helideck para lançamento do jato</p><p>compacto a grandes distâncias.</p><p>Figura 49: Canhão de Espuma</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>42</p><p>EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (EPR)</p><p>Tem como finalidade impedir que o usuário respire em uma atmosfera imediatamente</p><p>perigosa à vida e saúde (IPVS), devido à deficiência de oxigênio ou presença de gases</p><p>tóxicos.</p><p>Figura 50: Proteção Respiratória</p><p>NOTA: O EPR só pode usado após o treinamento específico para utilização.</p><p>SINAIS DE CONTROLE</p><p>De acordo com a situação</p><p>em que se possa encontrar, o uso dos sinais de controle é</p><p>imprescindível para a realização segura de manobra à distância.</p><p>3.3 - AÇÕES DA BRIGADA DE INCÊNDIO</p><p>A Brigada de Incêndio é uma equipe treinada para agir em incêndio em qualquer parte da</p><p>Unidade Marítima.</p><p>Após o alarme de emergência, a Brigada se reúne na Estação de Incêndio e sob a</p><p>coordenação do Técnico de Segurança e/ou do Líder, que se equipam e se informam sobre o</p><p>tipo de emergência. Fazem a aproximação até o local do sinistro, utilizando e/ou acionando os</p><p>recursos necessários para combatê-lo deforma eficiente e utilizando as técnicas conforme</p><p>treinamento desenvolvido nos simuladores de controle de emergência, de acordo com o Plano</p><p>de Contingência da Unidade Marítima.</p><p>Figura 51: Equipe de MCIA</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>43</p><p>AÇÃO DA BRIGADA DE INCÊNDIO EM CRASH NO HELIDECK</p><p>Conforme previsto na NORMAM-01, a ocorrência de emergência envolvendo aeronave no</p><p>Helideck (CRASH) cabe inicialmente à equipe de Manobra e Combate a Incêndio em</p><p>Aeronave (EMCIA), dar o primeiro combate sobre a coordenação do ALPH (Agente de</p><p>Lançamento e Pouso de Helicóptero).nesses casos, a Brigada de Incêndio será acionada</p><p>para complementar os recursos necessários ao controle da emergência.</p><p>Acionada a Brigada de Incêndio, deverá observar os seguintes procedimentos:</p><p> Ao soar o alarme - a brigada deverá dirigir-se ao Ponto de Incêndio e aguardar</p><p>orientação;</p><p> Após receber as orientações necessárias – deverá dirigir-se ao local da emergência.</p><p> Logo que chegar ao local – o Coordenador da Brigada deverá buscar orientação com o</p><p>ALPH (Agente de Lançamento e Pouso de Helicóptero), quanto aos riscos existentes;</p><p> Ao constatar a existência de vítimas – resgatar possíveis vítimas e prestar primeiros</p><p>socorros;</p><p> Após o resgate das vítimas – combater o Incêndio e resfriar os equipamentos.</p><p>ANEXO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO</p><p>1. O que é fogo?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>2. Quais são as classes de Incêndio?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>3. Marque Verdadeiro ou Falso.</p><p>V F</p><p>Um só homem é suficiente para operar a mangueira.</p><p>O Esguicho é um equipamento para controlar a água.</p><p>Para manter uma mangueira, não arraste, não deixe cair e não puxe em cantos vivos.</p><p>A configuração e material de uma determinada estrutura podem influenciar na propagação do</p><p>fogo.</p><p>Para incêndios em material elétrico deve-se utilizar sempre um extintor de água.</p><p>As unidades Marítimas possuem uma Sala de Controle que monitora 24 horas as áreas da</p><p>embarcação, através de sensores, botoeiras de alarmes e sistema de vídeos.</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>44</p><p>4. Quais tipos de Extintores poderão ser usados em um painel elétrico?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>_________________________________________________________________________</p><p>5. Quais os meios de propagação dos incêndios?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>6. Quais são as responsabilidades de uma brigada de incêndio?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>7. Cite os pontos notáveis da combustão?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>8. Explique a função dos Sprinklers:</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>9. Por que o agente extintor HALON foi proibido?</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>___________________________________________________________________________</p><p>10. No esquema a seguir são apresentadas duas situações:</p><p>( A ) (B)</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>45</p><p>(A) Transmissão de calor por____________________.</p><p>(B) A_______________________ transportando o ar aquecido, gases e fumaça através do</p><p>navio.</p><p>Assinale as palavras corretas que fazem parte das respectivas lacunas:</p><p>a) Irradiação e Condução;</p><p>b) Condução e Contato Direto;</p><p>c) Convecção e Contato Direto;</p><p>d) Irradiação e Convecção.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>“Mais importante que saber apagar o fogo, é ter conhecimento de como ele pode ser</p><p>prevenido, prevenir ainda é a melhor solução!”</p><p>Os grandes incêndios quase sempre iniciam em pequenas proporções. “Um bom sistema de</p><p>detecção, avaliação dos riscos e pessoas qualificadas, pode fazer o local de trabalho mais</p><p>seguro.”</p><p>Luciano Barros.</p><p>PSE – PRIMEIROS SOCORROS ELEMENTAR</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>A filosofia empresarial da FOX Consultoria e Treinamentos On& Offshore Ltda pode ser</p><p>sintetizada no reconhecimento do valor das pessoas e na capacidade em lhes acrescentar</p><p>novas competências, objetivando seu reconhecimento não só profissional, mas sobre tudo</p><p>como ser humano integral.</p><p>Deste modo estamos habilitados a oferecer e desenvolver soluções que atendam às</p><p>necessidades de consultoria e treinamento empresarial focando a preservação da vida, em</p><p>sua acepção mais ampla, contribuindo de forma significativa para o alcance dos objetivos de</p><p>excelência empresarial dos nossos clientes.</p><p>O curso atende as exigências da NORMAM-24/DPC. Este manual do participante é aplicado</p><p>ao treinamento de primeiros socorros para capacitar os profissionais a identificar e avaliar um</p><p>cenário de emergência médica; desenvolvendo e aplicando procedimentos e técnicas básicas</p><p>de socorrista para garantir um melhor atendimento a um acidentado, analisando os</p><p>problemas, determinando a gravidade de suas lesões, e encaminhando-o, o mais breve</p><p>possível, aos profissionais de saúde.</p><p>Acreditamos que o seu aproveitamento neste curso seja eficaz para o enfrentamento dos</p><p>problemas do dia-a-dia e possa contribuir efetivamente para o seu crescimento individual e</p><p>profissional.</p><p>Seja bem vindo!</p><p>CBSP – Curso Básico de Segurança de Plataforma</p><p>46</p><p>CAPITULO 4 – INTRODUÇÃO A PRIMEIROS SOCORROS</p><p>4.1 - REGRAS BÁSICAS PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA</p><p>Os primeiros socorros são as atenções imediatas prestadas a uma pessoa cujo estado</p>

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