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<p>NOME: LÍVIA MONIQUE OLIVEIRA</p><p>RA: 7011</p><p>ATIVIDADE PARACOMPOSIÇÃO DA NOTA: FATO TÍPICO E TIPO PENAL</p><p>1. (Defensor – DPE-SP – 2010 – FCC) A absorção do crimemeio pelo crime-</p><p>fim configura aplicação do princípio da</p><p>(A) consunção.</p><p>Princípio da Consunção ocorre quando um crime é absorvido por outro mais</p><p>grave, o crime absorvido (crime-meio) deixa de existir e é "consumido" pelo</p><p>crime mais grave (crime-fim).</p><p>(B) especialidade.</p><p>Quando há uma lei especial que regulamenta um determinado tipo de conduta,</p><p>essa lei especial deve ser aplicada em detrimento da lei geral. Como por</p><p>exemplo:</p><p>Lei geral: Furto (artigo 155 do Código Penal)</p><p>Lei especial: Furto qualificado (artigo 155, § 4º, do Código Penal)</p><p>(C) subsidiariedade.</p><p>No direito penal, o princípio da subsidiariedade significa que o Estado só deve</p><p>criminalizar condutas quando outras medidas (como medidas administrativas,</p><p>cíveis ou educativas) forem insuficientes para proteger a sociedade.</p><p>(D) sucessividade.</p><p>O princípio da sucessividade estabelece que, quando um mesmo fato constitui</p><p>dois ou mais crimes, aplica-se a pena do crime mais grave, absorvendo as</p><p>penas dos demais.</p><p>(E) alternatividade.</p><p>O princípio da alternatividade estabelece que, quando um mesmo fato constitui</p><p>dois ou mais crimes, aplica-se a pena do crime que for mais vantajoso para o</p><p>réu.</p><p>2. (Defensor – DPE-MT – 2009 – FCC) O crime de furto, com arrombamento</p><p>em casa habitada, absorve os delitos de dano e invasão de domicílio. Nesse</p><p>caso, o conflito aparente de normas foi solucionado pelo princípio da</p><p>(A) consunção.</p><p>Princípio da Consunção ocorre quando um crime é absorvido por outro mais</p><p>grave, o crime absorvido (crime-meio) deixa de existir e é "consumido" pelo</p><p>crime mais grave (crime-fim).</p><p>(B) especialidade.</p><p>Quando há uma lei especial que regulamenta um determinado tipo de conduta,</p><p>essa lei especial deve ser aplicada em detrimento da lei geral. Como por</p><p>exemplo: Lei geral: Furto (artigo 155 do Código Penal) e</p><p>Lei especial: Furto qualificado (artigo 155, § 4º, do Código Penal)</p><p>(C) subsidiariedade.</p><p>No direito penal, o princípio da subsidiariedade significa que o Estado só deve</p><p>criminalizar condutas quando outras medidas (como medidas administrativas,</p><p>cíveis ou educativas) forem insuficientes para proteger a sociedade.</p><p>(D) alternatividade.</p><p>O princípio da alternatividade estabelece que, quando um mesmo fato constitui</p><p>dois ou mais crimes, aplica-se a pena do crime que for mais vantajoso para o</p><p>réu.</p><p>(E) legalidade.</p><p>O princípio da legalidade estabelece que o Estado só pode praticar atos</p><p>previstos em lei, garantindo a segurança jurídica dos cidadãos e evitando</p><p>arbitrariedades.</p><p>3. (OAB/Exame Unificado – 2016.3) Carlos presta serviço informal como salva-vidas</p><p>de um clube, não sendo regularmente contratado, apesar de receber uma gorjeta para</p><p>observar os sócios do clube na piscina, durante toda a semana. Em seu horário de</p><p>“serviço”, com várias crianças brincando na piscina, fica observando a beleza física da</p><p>mãe de uma das crianças e, ao mesmo tempo, falando no celular com um amigo,</p><p>acabando por ficar de costas para a piscina. Nesse momento, uma criança vem a</p><p>falecer por afogamento, fato que não foi notado por Carlos. Sobre a conduta de Carlos,</p><p>diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta.</p><p>(A) Não praticou crime, tendo em vista que, apesar de garantidor, não podia agir,</p><p>já que concretamente não viu a criança se afogando.</p><p>Está incorreta porque Carlos, apesar de não ser contratado regularmente,</p><p>assumiu a função de salva-vidas e, portanto, tinha o dever de garantir a</p><p>segurança das pessoas na piscina.</p><p>(B) Deve responder pelo crime de homicídio culposo, diante de sua omissão</p><p>culposa, violando o dever de garantidor.</p><p>Está correta porque Carlos deixou de cumprir seu dever de garantidor ao</p><p>observar a beleza física da mãe de uma criança e falar ao celular, ficando de</p><p>costas para a piscina. Sua omissão culposa (sem intenção de matar) levou à</p><p>morte da criança por afogamento.</p><p>(C) Deve responder pelo crime de homicídio doloso, em razão de sua omissão</p><p>dolosa, violando o dever de garantidor.</p><p>Está incorreta porque não há indícios de que Carlos tenha agido com dolo</p><p>(intenção de matar).</p><p>(D) Responde apenas pela omissão de socorro, mas não pelo resultado morte,</p><p>já que não havia contrato regular que o obrigasse a agir como garantidor.</p><p>Está incorreta porque, mesmo que não houvesse um contrato regular, Carlos</p><p>assumiu o dever de salva-vidas ao observar as pessoas na piscina e recebeu</p><p>gorjetas por isso. A omissão de socorro é um crime distinto do homicídio</p><p>culposo, e Carlos não responde por ele, pois não deixou de prestar socorro</p><p>após o afogamento.</p><p>4. (OAB/Exame Unificado – 2013.3) Odete é diretora de um orfanato municipal,</p><p>responsável por oitenta meninas em idade de dois a onze anos. Certo dia Odete</p><p>vê Elisabeth, uma das recreadoras contratada pela Prefeitura para trabalhar na</p><p>instituição, praticar ato libidinoso com Poliana, criança de 9 anos, que ali estava</p><p>abrigada. Mesmo enojada pela situação que presenciava, Odete achou melhor</p><p>não intervir, porque não desejava criar qualquer problema para si. Nesse caso,</p><p>tendo como base apenas as informações descritas, assinale a opção correta.</p><p>(A) Odete não pode ser responsabilizada penalmente, embora possa sê-lo no</p><p>âmbito cível e administrativo.</p><p>Naqueles, o próprio tipo penal incriminador descreve uma conduta omissiva</p><p>(exs.: arts. 135, 244 e 269 do CP). Os crimes omissivos próprios são crimes de</p><p>mera conduta, ou seja, o tipo penal nem sequer faz referência à ocorrência de</p><p>um resultado naturalístico. Basta que o sujeito se tenha omitido indevidamente,</p><p>independentemente da ocorrência de qualquer modificação no mundo exterior.</p><p>(B) Odete pode ser responsabilizada pelo crime descrito no Art. 244-A, do</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente, verbis: “Submeter criança ou</p><p>adolescente, como tais definidos no caput do art. 2º desta Lei, à prostituição ou</p><p>à exploração sexual”.</p><p>Não, Odete pode ser responsabilizada pelo crime, comissivo por omissão (ou</p><p>omissivo impróprio ou impuro) de estupro de vulnerável previsto no artigo 217-</p><p>A do Código Penal.</p><p>(C) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de estupro de vulnerável,</p><p>previsto no Art. 217-A do CP, verbis: “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato</p><p>libidinoso com menor de 14 (catorze) anos”.</p><p>No caso descrito na questão, Odete, diretora do orfanato municipal e</p><p>responsável por Poliana, de 9 anos de idade, tinha efetiva ciência dos abusos</p><p>perpetrados por Elisabeth, porém, porque não desejava criar problema para si,</p><p>nada fez. Assim, Odete, sabendo dos abusos cometidos por Elisabeth contra</p><p>Poliana deixa de agir para impedi-los. Logo, o crime cometido por Odete é</p><p>omissivo impróprio (ou impuro ou comissivo por omissão), pois tinha o dever</p><p>legal de proteção, cuidado e vigilância em relação à Poliana.</p><p>(D) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de omissão de socorro,</p><p>previsto no Art. 135, do CP, verbis: Deixar de prestar assistência, quando</p><p>possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à</p><p>pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não</p><p>pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.</p><p>Não, Odete pode ser responsabilizada pelo crime, comissivo por omissão (ou</p><p>omissivo impróprio ou impuro) de estupro de vulnerável previsto no artigo 217-</p><p>A do Código Penal.</p><p>5. (OAB/Exame Unificado – 2008.1) Assinale a opção correta quanto às</p><p>formas de exteriorização da conduta típica.</p><p>(A) O crime de sequestro exige uma conduta omissiva.</p><p>O crime de sequestro exige uma conduta comissiva, pois o agente pratica a</p><p>ação de privar alguém de sua liberdade.</p><p>(B) O crime de omissão de socorro é classificado como omissivo impróprio.</p><p>O crime de omissão de socorro não é classificado como omissivo impróprio,</p><p>mas sim como omissivo próprio. Isso porque o sujeito tem o dever legal de agir</p><p>para impedir o resultado criminoso, mas deixa de fazê-lo, configurando uma</p><p>conduta omissiva típica.</p><p>(C) A apropriação de coisa achada é delito de conduta omissiva e comissiva ao</p><p>mesmo tempo.</p><p>A apropriação</p><p>de coisa achada é um delito de conduta omissiva (deixar de</p><p>restituir a coisa ao seu dono) e comissiva (apoderar-se da coisa).</p><p>(D) A apropriação indébita previdenciária é crime de conduta comissiva, apenas.</p><p>A apropriação indébita previdenciária é um crime de conduta mista, pois</p><p>envolve tanto uma conduta comissiva (apoderar-se do dinheiro) quanto uma</p><p>conduta omissiva (deixar de repassar o dinheiro à previdência).</p><p>6. (FGV – 2013) Com relação ao estudo da teoria do crime, assinale a afirmativa</p><p>incorreta.</p><p>(A) A conduta pode se manifestar por meio de um comportamento positivo (ação) ou</p><p>de um comportamento negativo (omissão), quando não atua o agente de acordo com</p><p>o comportamento esperado pela norma.</p><p>A conduta pode se manifestar por meio de ação (comportamento positivo) ou omissão</p><p>(comportamento negativo), quando o agente não atua conforme o esperado pela</p><p>norma.</p><p>(B) Os crimes omissivos se dividem em próprio e impróprio, não se admitindo a</p><p>tentativa em qualquer deles.</p><p>Os crimes omissivos se dividem em próprios e impróprios. Nos crimes omissivos</p><p>próprios, o agente tem o dever legal de agir para impedir o resultado criminoso. Nos</p><p>crimes omissivos impróprios, a omissão é equiparada a uma ação, pois o agente tinha</p><p>o dever jurídico de agir e deixou de fazê-lo. A tentativa não é admitida em nenhum dos</p><p>dois tipos de crimes omissivos.</p><p>(C) Os delitos omissivos impróprios são crimes próprios, já que se exige do autor uma</p><p>qualidade especial.</p><p>Os crimes omissivos impróprios são crimes impróprios, ou seja, não exigem uma</p><p>qualidade especial do autor.</p><p>(D) Admite-se a coautoria nos crimes omissivos impróprios.</p><p>A coautoria é admitida nos crimes omissivos impróprios, pois várias pessoas</p><p>podem ter o dever legal de agir e deixar de fazê-lo.</p><p>7. (FGV – 2010) Carlos Cristiano trabalha como salva-vidas no clube municipal</p><p>de Tartarugalzinho. O clube abre diariamente às 8hs, e a piscina do clube</p><p>funciona de terça a domingo, de 9 às 17 horas, com um intervalo de uma hora</p><p>para o almoço do salva-vidas, sempre entre 12 e 13 horas. Carlos Cristiano é o</p><p>único salva-vidas do clube e sabe a responsabilidade de seu trabalho, pois</p><p>várias crianças utilizam a piscina diariamente e muitas dependem da sua</p><p>atenção para não morrerem afogadas. Normalmente, Carlos Cristiano trabalha</p><p>com atenção e dedicação, mas naquele dia 2 de janeiro estava particularmente</p><p>cansado, pois dormira muito tarde após as comemorações do reveillon. Assim,</p><p>ao invés de voltar do almoço na hora, decidiu tirar um cochilo. Acordou às 15</p><p>horas, com os gritos dos sócios do clube que tentavam reanimar uma criança</p><p>que entrara na piscina e fora parar na parte funda. Infelizmente, não foi possível</p><p>reanimar a criança. Embora houvesse outras pessoas na piscina, ninguém</p><p>percebera que a criança estava se afogando. Assinale a alternativa que indique</p><p>o crime praticado por Carlos Cristiano.</p><p>(A) Homicídio culposo.</p><p>O homicídio culposo ocorre quando o agente pratica uma conduta negligente,</p><p>imprudente ou imperita, sem a intenção de matar. No caso de Carlos Cristiano,</p><p>ele não agiu com negligência ou imprudência, pois sabia da responsabilidade</p><p>de seu trabalho e normalmente trabalhava com atenção e dedicação.</p><p>(B) Nenhum crime.</p><p>Esta alternativa está incorreta porque Carlos Cristiano deixou de cumprir seu</p><p>dever legal de agir para impedir o resultado criminoso, o que caracteriza o</p><p>crime de omissão de socorro.</p><p>(C) Omissão de socorro.</p><p>A omissão de socorro ocorre quando alguém deixa de prestar assistência a</p><p>uma pessoa em perigo, podendo fazê-lo sem risco pessoal. No caso de Carlos</p><p>Cristiano, ele não prestou assistência à criança que estava se afogando, mas</p><p>isso ocorreu porque ele estava dormindo e não percebeu o perigo. .</p><p>(D) Homicídio doloso, na modalidade de ação comissiva por omissão.</p><p>Esta alternativa está incorreta porque o homicídio doloso na modalidade de</p><p>ação comissiva por omissão ocorre quando o agente pratica uma ação que,</p><p>embora não seja diretamente letal, cria uma situação de perigo para a vítima,</p><p>assumindo o risco de seu resultado morte. No caso de Carlos Cristiano, ele não</p><p>praticou nenhuma ação que criasse uma situação de perigo para a vítima.</p><p>(E) Homicídio doloso, na modalidade de ação omissiva.</p><p>Carlos Cristiano tinha o dever legal de agir para impedir o resultado criminoso</p><p>(morte da criança), pois era o único salva-vidas do clube e sabia da</p><p>responsabilidade de seu trabalho. Ao deixar de voltar do almoço na hora e tirar</p><p>um cochilo, ele assumiu o risco de alguém se afogar na piscina, o que acabou</p><p>acontecendo. Portanto, sua omissão foi dolosa (intencional), pois ele previu e</p><p>assumiu o risco do resultado criminoso.</p><p>8. (Advogado – Manaus-AM – 2008 – AOCP) A omissão é penalmente</p><p>relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever</p><p>de agir incumbe a quem</p><p>I. tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.</p><p>Correto, como no caso dos pais em relação aos filhos menores. Pode encontrar</p><p>essas informações no Código Penal Brasileiro, Artigo 13.</p><p>II. de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado.</p><p>Correto, como no caso dos médico que se compromete a cuidar de um</p><p>paciente. Pode encontrar essas informações no Código Penal Brasileiro, Artigo</p><p>13.</p><p>III. com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.</p><p>Correto, como no caso dos motorista que dirige embriagado e causa um</p><p>acidente. Pode encontrar essas informações no Código Penal Brasileiro, Artigo</p><p>13.</p><p>(A) apenas a assertiva I está correta.</p><p>(B) apenas a assertiva II está correta.</p><p>(C) apenas as assertivas I e II estão corretas.</p><p>(D) apenas as assertivas II e III estão corretas.</p><p>(E) todas as assertivas estão corretas.</p><p>10. (OAB/Exame Unificado - 2019.2) Após discussão em uma casa noturna, Jonas,</p><p>com a intenção de causar lesão, aplicou um golpe de arte marcial em Leonardo,</p><p>causando fratura em seu braço. Leonardo, então, foi encaminhado ao hospital, onde</p><p>constatou-se a desnecessidade de intervenção cirúrgica e optou-se por um tratamento</p><p>mais conservador com analgésicos para dor, o que permitiria que ele retornasse às</p><p>suas atividades normais em 15 dias. A equipe médica, sem observar os devidos</p><p>cuidados exigidos, ministrou o remédio a Leonardo sem observar que era composto</p><p>por substância à qual o paciente informara ser alérgico em sua ficha de internação. Em</p><p>razão da medicação aplicada, Leonardo sofreu choque anafilático, evoluindo a óbito,</p><p>conforme demonstrado em seu laudo de exame cadavérico. Recebidos os autos do</p><p>inquérito, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Jonas, imputando-lhe o</p><p>crime de homicídio doloso. Diante dos fatos acima narrados e considerando o estudo</p><p>da teoria da equivalência, o(a) advogado(a) de Jonas deverá alegar que a morte de</p><p>Leonardo decorreu de causa superveniente</p><p>(A) absolutamente independente, devendo ocorrer desclassificação para que</p><p>Jonas responda pelo crime de lesão corporal seguida de morte.</p><p>A causa superveniente não é absolutamente independente, pois a lesão inicial</p><p>causada por Jonas criou as condições para que a alergia se manifestasse.</p><p>(B) relativamente independente, devendo ocorrer desclassificação para o crime</p><p>de lesão corporal seguida de morte, já que a morte teve relação com sua</p><p>conduta inicial.</p><p>Embora a morte tenha relação com a conduta inicial de Jonas, a causa</p><p>superveniente (alergia) foi relativamente independente e quebrou o nexo causal</p><p>entre a lesão e a morte.</p><p>(C) relativamente independente, que, por si só, causou o resultado, devendo</p><p>haver desclassificação para o crime de homicídio culposo.</p><p>A causa superveniente não causou o resultado sozinha, pois a lesão inicial</p><p>também contribuiu para a morte.</p><p>Portanto, a única alternativa correta é D), pois reconhece que a causa</p><p>superveniente (alergia) foi relativamente independente e quebrou o nexo causal</p><p>entre a lesão e a morte, desclassificando o crime para lesão corporal.</p><p>(D) relativamente independente, que, por si só, produziu o resultado, devendo</p><p>haver desclassificação para o crime de lesão corporal, não podendo ser</p><p>imputado o resultado morte.</p><p>Reconhece</p><p>que a causa superveniente (alergia) foi relativamente independente,</p><p>pois não foi causada diretamente pela conduta inicial de Jonas.</p><p>Afirma que a causa superveniente, por si só, produziu o resultado (morte), pois</p><p>a alergia foi a causa direta do choque anafilático e da morte de Leonardo.</p><p>Conclui que deve haver desclassificação para o crime de lesão corporal, pois a</p><p>morte não pode ser imputada ao resultado da lesão inicial causada por Jonas.</p><p>11. (OAB/Exame Unificado – 2013.3) Paula, com intenção de matar Maria,</p><p>desfere contra ela quinze facadas, todas na região do tórax. Cerca de duas</p><p>horas após a ação de Paula, Maria vem a falecer. Todavia, a causa mortis</p><p>determinada pelo auto de exame cadavérico foi envenenamento.</p><p>Posteriormente, soube-se que Maria nutria intenções suicidas e que, na manhã</p><p>dos fatos, havia ingerido veneno. Com base na situação descrita, assinale a</p><p>afirmativa correta.</p><p>(A) Paula responderá por homicídio doloso consumado.</p><p>Paula não responde por homicídio doloso consumado, mas sim por tentativa de</p><p>homicídio, pois a causa superveniente (envenenamento) quebrou o nexo causal</p><p>entre as facadas e a morte</p><p>(B) Paula responderá por tentativa de homicídio.</p><p>Paula não responde por homicídio doloso consumado, mas sim por tentativa de</p><p>homicídio, pois a causa superveniente (envenenamento) quebrou o nexo causal</p><p>entre as facadas e a morte</p><p>(C) O veneno, em relação às facadas, configura concausa relativamente</p><p>independente superveniente que por si só gerou o resultado.</p><p>Embora Paula tenha agido com intenção de matar Maria, a causa da morte foi o</p><p>envenenamento, que foi uma causa superveniente relativamente independente.</p><p>Relativamente independente: O envenenamento não foi causado diretamente</p><p>pelas facadas.</p><p>Superveniente: O envenenamento ocorreu após as facadas.</p><p>Gerou o resultado: O envenenamento foi a causa direta da morte.</p><p>(D) O veneno, em relação às facadas, configura concausa absolutamente</p><p>independente concomitante.</p><p>Está incorreta porque o envenenamento não foi uma causa absolutamente</p><p>independente. Ele ocorreu após as facadas e foi influenciado por elas. As</p><p>facadas criaram uma situação de vulnerabilidade que tornou Maria mais</p><p>suscetível aos efeitos do veneno.</p><p>12. (OAB/Exame Unificado – 2013.1) João, com intenção de matar, efetua</p><p>vários disparos de arma de fogo contra Antônio, seu desafeto. Ferido, Antônio é</p><p>internado em um hospital, no qual vem a falecer, não em razão dos ferimentos,</p><p>mas queimado em um incêndio que destrói a enfermaria em que se encontrava.</p><p>Assinale a alternativa que indica o crime pelo qual João será responsabilizado.</p><p>(A) Homicídio consumado.</p><p>Está incorreta porque Antônio não morreu em razão dos ferimentos causados</p><p>por João.</p><p>(B) Homicídio tentado.</p><p>João agiu com intenção de matar Antônio, mas a morte de Antônio ocorreu</p><p>devido a uma causa superveniente (incêndio) que não foi causada por João.</p><p>Portanto, João responde por tentativa de homicídio, pois não conseguiu</p><p>consumar o crime por circunstâncias alheias à sua vontade.</p><p>(C) Lesão corporal.</p><p>Está incorreta porque João agiu com intenção de matar, não apenas de causar</p><p>lesões corporais.</p><p>(D) Lesão corporal seguida de morte.</p><p>Está incorreta porque a morte de Antônio não foi causada pelas lesões</p><p>corporais, mas pelo incêndio.</p><p>13. (OAB/Exame Unificado – 2009.1) Ana e Bruna desentenderam-se em uma</p><p>festividade na cidade onde moram e Ana, sem intenção de matar, mas apenas</p><p>de lesionar, atingiu levemente, com uma faca, o braço esquerdo de Bruna, a</p><p>qual, ao ser conduzida ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima de acidente</p><p>de automóvel, vindo a falecer exclusivamente em razão de traumatismo</p><p>craniano. Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz do CP, que</p><p>Ana</p><p>(A) não deve responder por delito algum, uma vez que não deu causa à morte</p><p>de Bruna.</p><p>Está incorreta porque Ana causou as lesões corporais que levaram Bruna ao</p><p>hospital, onde ela sofreu o acidente que causou sua morte.</p><p>(B) deve responder apenas pelo delito de lesão corporal.</p><p>Ana agiu com intenção de causar lesões corporais, não de matar. A morte de</p><p>Bruna ocorreu devido a uma causa superveniente (acidente de automóvel) que</p><p>não foi causada por Ana. Portanto, Ana responde apenas pelo crime de lesão</p><p>corporal, pois não teve intenção de matar e a morte de Bruna não foi causada</p><p>por suas ações.</p><p>(C) deve responder pelo delito de homicídio consumado.</p><p>Está incorreta porque Ana não teve intenção de matar Bruna e sua morte foi</p><p>causada por uma causa superveniente.</p><p>(D) deve responder pelo delito de homicídio na modalidade tentada.</p><p>Está incorreta porque Ana não agiu com intenção de matar Bruna, portanto não</p><p>há tentativa de homicídio.</p><p>14. (Procurador – TCE-SP – 2011 – FCC) Os crimes que resultam do não fazer</p><p>o que a lei manda, sem dependência de qualquer resultado naturalístico, são</p><p>chamados de</p><p>(A) comissivos por omissão.</p><p>os crimes comissivos por omissão dependem de um resultado naturalístico</p><p>para serem configurados. Ou seja, a omissão de uma conduta exigida pela lei</p><p>leva a um resultado que é previsto como crime.</p><p>(B) formais.</p><p>os crimes formais são aqueles que se consumam com a simples realização da</p><p>conduta prevista em lei, independentemente de qualquer resultado.</p><p>(C) omissivos próprios.</p><p>Os crimes de mera conduta, como os omissivos próprios, são caracterizados</p><p>pela ausência de um resultado naturalístico e pela simples conduta prevista em</p><p>lei.</p><p>(D) comissivos.</p><p>os crimes comissivos são aqueles que resultam de uma ação positiva que viola</p><p>a lei.</p><p>(E) omissivos impróprios.</p><p>os crimes omissivos impróprios são aqueles que resultam da omissão de uma</p><p>conduta exigida pela lei, mas que levam a um resultado naturalístico que é</p><p>previsto como crime.</p><p>15. (Procurador – TCE-AP – 2010 – FCC) São crimes que se consumam no</p><p>momento em que o resultado é produzido:</p><p>(A) materiais e omissivos próprios.</p><p>Os crimes materiais são aqueles que exigem um resultado naturalístico para</p><p>sua consumação, enquanto os omissivos próprios não dependem de resultado.</p><p>(B) culposos e formais.</p><p>Os crimes culposos são aqueles que resultam de negligência ou imprudência,</p><p>enquanto os formais se consumam com a simples realização da conduta.</p><p>(C) de mera conduta e omissivos impróprios.</p><p>Os crimes de mera conduta são aqueles que se consumam com a simples</p><p>realização da conduta, enquanto os omissivos impróprios dependem de um</p><p>resultado naturalístico.</p><p>(D) permanentes e formais.</p><p>Os crimes permanentes são aqueles que se prolongam no tempo, enquanto os</p><p>formais se consumam com a simples realização da conduta.</p><p>(E) omissivos impróprios e materiais.</p><p>Os crimes omissivos impróprios e materiais são aqueles que se consumam no</p><p>momento em que o resultado é produzido. Isso ocorre porque, nesses crimes, a</p><p>omissão de uma conduta exigida pela lei leva a um resultado naturalístico que</p><p>é previsto como crime.</p><p>16. (Procurador – TCE-SP – 2011 – FCC) David, em dia de sol, levou sua filha, Vivi, de</p><p>03 anos, para a piscina do clube. Enquanto a filha brincava na piscina infantil, David</p><p>precisou ir ao banheiro, solicitando, então, que sua amiga Carla, que estava no local,</p><p>ficasse atenta para que nada de mal ocorresse com Vivi. Carla se comprometeu a</p><p>cuidar da filha de David. Naquele momento, Vitor assumiu o posto de salva-vidas da</p><p>piscina. Carla, que sempre fora apaixonada por Vitor, começou a conversar com ele e</p><p>ambos ficam de costas para a piscina, não atentando para as crianças que lá estavam.</p><p>Vivi começa a brincar com o filtro da piscina e acaba sofrendo uma sucção que a deixa</p><p>embaixo da água por tempo suficiente para causar seu afogamento. David vê quando</p><p>o ato acontece através de pequena janela no banheiro do local, mas o fecho da porta</p><p>fica emperrado e ele não consegue sair. Vitor e Carla não veem o ato de afogamento</p><p>da criança porque estavam de costas para a piscina conversando. Diante do resultado</p><p>morte, David, Carla e Vitor ficam preocupados com sua responsabilização penal e</p><p>procuram um advogado, esclarecendo que nenhum deles adotou comportamento</p><p>positivo para gerar o resultado. Considerando as informações narradas,</p><p>o advogado</p><p>deverá esclarecer que:</p><p>(A) Carla e Vitor, apenas, poderão responder por homicídio culposo, já que</p><p>podiam atuar e possuíam obrigação de agir na situação.</p><p>Está incorreta porque Carla e Vitor também tinham o dever de agir.</p><p>(B) David, apenas, poderá responder por homicídio culposo, já que era o único</p><p>com dever legal de agir por ser pai da criança.</p><p>Está incorreta porque David não era o único com dever legal de agir.</p><p>(C) David, Carla, Vitor poderão responder por homicídio culposo, já que os três</p><p>tinham o dever de agir.</p><p>Todos os três tinham o dever de agir para evitar o resultado morte. O fato de</p><p>nenhum deles ter adotado comportamento positivo para gerar o resultado</p><p>(omissão) não os exime da responsabilidade penal, pois todos tinham o dever</p><p>legal de agir para evitar o afogamento de Vivi. Portanto, todos podem ser</p><p>responsabilizados por homicídio culposo, que é o crime de matar alguém por</p><p>negligência ou imprudência.</p><p>(D) Vitor, apenas, poderá responder pelo crime de omissão de socorro.</p><p>Está incorreta porque Vitor não omitiu socorro, pois não viu o afogamento da</p><p>criança.</p><p>17. (Delegado – PC-SC – 2008 – ACADEPOL) “Alpha”, com intenção de matar,</p><p>põe veneno na comida de “Beta”, seu desafeto. Este, quando já está tomando a</p><p>refeição envenenada, vem a falecer exclusivamente em conseqüência de um</p><p>desabamento do teto. No exemplo dado, é correto afirmar que “Alpha”</p><p>responderá tão somente por tentativa de homicídio, porquanto:</p><p>(A) o desabamento é causa concomitante relativamente independente da</p><p>conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.</p><p>Ocorre quando dois fatores concorrem para causar o resultado, mas nenhum</p><p>deles é suficiente para produzi-lo isoladamente. No caso, o envenenamento e o</p><p>desabamento não são causas concomitantes, pois o desabamento é suficiente</p><p>para causar a morte isoladamente.</p><p>(B) o desabamento é causa superveniente relativamente independente da</p><p>conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.</p><p>O desabamento do teto é uma causa superveniente relativamente independente</p><p>da conduta de Alpha porque é um evento posterior e imprevisível que ocorreu</p><p>após a conduta de Alpha (envenenamento). Não é uma consequência normal</p><p>ou provável do envenenamento.</p><p>É uma causa eficiente e suficiente para produzir o resultado morte,</p><p>independentemente do envenenamento.</p><p>Portanto, o desabamento do teto exclui o nexo causal entre a conduta de Alpha</p><p>(envenenamento) e o resultado morte. Assim, Alpha responderá somente por</p><p>tentativa de homicídio, pois sua conduta não foi a causa efetiva da morte de</p><p>Beta.</p><p>(C) o desabamento do teto é causa superveniente absolutamente independente</p><p>da conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado</p><p>“morte”.</p><p>Ocorre quando o evento superveniente é totalmente imprevisível e não tem</p><p>qualquer relação com a conduta do agente. No caso, o desabamento não é</p><p>absolutamente independente, pois é possível prever que um teto pode desabar,</p><p>ainda que não seja provável.</p><p>(D) o desabamento é causa concomitante absolutamente independente da</p><p>conduta de “Alpha”, que exclui o nexo causal entre esta e o resultado “morte”.</p><p>Não existe esse tipo de causa. As causas concomitantes sempre têm alguma</p><p>relação com a conduta do agente.</p><p>ERRO DE TIPO, DE PROIBIÇÃO E DEMAIS ERROS</p><p>1. (OAB/Exame Unificado – 2016.1) Durante uma discussão, Theodoro, inimigo</p><p>declarado de Valentim, seu cunhado, golpeou a barriga de seu rival com uma</p><p>faca, com intenção de matá-lo. Ocorre que, após o primeiro golpe, pensando em</p><p>seus sobrinhos, Theodoro percebeu a incorreção de seus atos e optou por não</p><p>mais continuar golpeando Valentim, apesar de saber que aquela única facada</p><p>não seria suficiente para matá-lo. Neste caso, Theodoro</p><p>(A) não responderá por crime algum, diante de seu arrependimento.</p><p>O arrependimento não exclui a tentativa de homicídio, que é um crime</p><p>consumado.</p><p>(B) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de sua desistência</p><p>voluntária.</p><p>A lesão corporal é um crime menos grave que o homicídio, e não é possível</p><p>desclassificar a tentativa de homicídio para lesão corporal.</p><p>(C) responderá pelo crime de lesão corporal, em virtude de seu arrependimento</p><p>eficaz.</p><p>O arrependimento eficaz exclui a tentativa, mas não é o caso, pois Theodoro</p><p>desistiu após praticar um ato executório idôneo.</p><p>(D) responderá por tentativa de homicídio.</p><p>O fato de Theodoro ter desistido de continuar golpeando Valentim não afasta a</p><p>tentativa, pois ele já havia praticado um ato executório idôneo. Trata-se do</p><p>chamado arrependimento posterior, que não exclui a tentativa.</p><p>2. (OAB/Exame Unificado – 2015.1) Paloma, sob o efeito do estado puerperal,</p><p>logo após o parto, durante a madrugada, vai até o berçário onde acredita</p><p>encontrar-se seu filho recém- -nascido e o sufoca até a morte, retornando ao</p><p>local de origem sem ser notada. No dia seguinte, foi descoberta a morte da</p><p>criança e, pelo circuito interno do hospital, é verificado que Paloma foi a autora</p><p>do crime. Todavia, constatou-se que a criança morta não era o seu filho, que se</p><p>encontrava no berçário ao lado, tendo ela se equivocado quanto à vítima</p><p>desejada. Diante desse quadro, Paloma deverá responder pelo crime de:</p><p>(A) homicídio culposo.</p><p>Ocorre quando o agente não tem a intenção de matar, mas pratica um ato que</p><p>resulta na morte da vítima por imprudência, negligência ou imperícia. No caso,</p><p>Paloma tinha a intenção de matar, embora tenha se equivocado quanto à vítima.</p><p>(B) homicídio doloso simples.</p><p>Ocorre quando o agente tem a intenção de matar e pratica um ato que resulta</p><p>na morte da vítima. No caso, Paloma tinha a intenção de matar, mas se</p><p>equivocou quanto à vítima.</p><p>(C) infanticídio.</p><p>Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o</p><p>parto ou logo após. O infanticídio é um crime privilegiado, com pena mais</p><p>branda que o homicídio, devido ao estado emocional da mãe após o parto. No</p><p>caso, Paloma matou uma criança sob a influência do estado puerperal, logo</p><p>após o parto, embora tenha se equivocado quanto à vítima desejada.</p><p>(D) homicídio doloso qualificado.</p><p>Ocorre quando o homicídio é cometido com alguma qualificadora, como motivo</p><p>torpe, meio cruel ou recurso que dificulte a defesa da vítima. No caso, não há</p><p>nenhuma qualificadora presente.</p><p>5. (OAB/Exame Unificado – 2017.1) Tony, a pedido de um colega, está</p><p>transportando uma caixa com cápsulas que acredita ser de remédios, sem ter</p><p>conhecimento que estas, na verdade, continham Cloridrato de Cocaína em seu</p><p>interior. Por outro lado, José transporta em seu veículo 50g de Cannabis Sativa</p><p>L. (maconha), pois acreditava que poderia ter pequena quantidade do material</p><p>em sua posse para fins medicinais. Ambos foram abordados por policiais e,</p><p>diante da apreensão das drogas, denunciados pela prática do crime de tráfico</p><p>de entorpecentes. Considerando apenas as informações narradas, o advogado</p><p>de Tony e José deverá alegar em favor dos clientes, respectivamente, a</p><p>ocorrência de:</p><p>(A) erro de tipo, nos dois casos.</p><p>(B) erro de proibição, nos dois casos.</p><p>(C) erro de tipo e erro de proibição.</p><p>Erro de tipo ocorre quando o agente desconhece algum elemento do tipo penal,</p><p>como a ilicitude da conduta. No caso de Tony, ele acreditava que estava</p><p>transportando cápsulas de remédios, sem saber que eram de cocaína. Portanto,</p><p>Tony cometeu erro de tipo sobre a materialidade do fato.</p><p>Erro de proibição ocorre quando o agente desconhece a ilicitude da conduta,</p><p>mesmo que conheça todos os elementos do tipo penal. No caso de José, ele</p><p>acreditava que poderia ter pequena quantidade de maconha para fins</p><p>medicinais, sem saber que isso é proibido pela lei. Portanto, José cometeu erro</p><p>de proibição sobre a ilicitude do fato.</p><p>(D) erro de proibição e erro de tipo.</p><p>6. (OAB/Exame Unificado – 2016.2) Wellington pretendia matar Ronaldo, camisa 10 e</p><p>melhor jogador de futebol do time Bola Cheia, seu adversário no campeonato do bairro.</p><p>No dia de um jogo do Bola Cheia, Wellington vê, de costas, um jogador com a camisa</p><p>10 do time rival. Acreditando ser Ronaldo, efetua diversos</p><p>disparos de arma de fogo,</p><p>mas, na verdade, aquele que vestia a camisa 10 era Rodrigo, adolescente que</p><p>substituiria Ronaldo naquele jogo. Em virtude dos disparos, Rodrigo faleceu.</p><p>Considerando a situação narrada, assinale a opção que indica o crime cometido por</p><p>Wellington.</p><p>(A) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve</p><p>erro na execução.</p><p>Não foi erro na execução pelo fato de não ter errado o disparo. Acertou, ainda que</p><p>pessoa diversa.</p><p>(B) Homicídio consumado, considerando-se as características de Rodrigo.</p><p>No contexto jurídico, considerar as características de um indivíduo pode envolver levar</p><p>em consideração fatores como:</p><p>Idade, Estado mental, Capacidade de discernimento, Histórico pessoal,Circunstâncias</p><p>atenuantes</p><p>Esses fatores podem influenciar a natureza das acusações criminais, a sentença e o</p><p>tratamento geral do indivíduo pelo sistema de justiça.</p><p>(C) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve</p><p>erro sobre a pessoa.</p><p>Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas</p><p>permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.</p><p>Erro sobre a pessoa</p><p>§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena.</p><p>Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da</p><p>pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.</p><p>“Percebe-se que o erro quanto à pessoa implica na existência de duas vítimas: uma</p><p>real (pessoa realmente atingida) e uma virtual (pessoa que se pretendia atingir). O</p><p>agente, na execução, confunde as duas.</p><p>(D) Tentativa de homicídio contra Ronaldo e homicídio culposo contra Rodrigo.</p><p>O crime de homicídio absorve o crime de tentativa.</p><p>7. (OAB/Exame Unificado – 2016.1) Pedro e Paulo bebiam em um bar da</p><p>cidade quando teve início uma discussão sobre futebol. Pedro, objetivando</p><p>atingir Paulo, desfere contra ele um disparo que atingiu o alvo desejado e</p><p>também terceira pessoa que se encontrava no local, certo que ambas as</p><p>vítimas faleceram, inclusive aquela cuja morte não era querida pelo agente.</p><p>Para resolver a questão no campo jurídico, deve ser aplicada a seguinte</p><p>modalidade de erro:</p><p>(A) erro sobre a pessoa.</p><p>Ocorre quando o agente, por engano de representação, agride pessoa diversa</p><p>da pretendida.</p><p>(B) aberratio ictus.</p><p>É aquele no qual o agente, por erro de pontaria, atinge pessoa diversa da</p><p>pretendida.</p><p>(C) aberratio criminis.</p><p>É aquele em que o agente, pretendendo atingir determinado bem jurídico, por</p><p>erro na pontaria, acaba violando bem jurídico diverso.</p><p>(D) erro determinado por terceiro.</p><p>Dar-se-á quando o engano não é espontâneo, mas provocado por terceira</p><p>pessoa</p><p>8. (OAB/Exame Unificado – 2014.2) Eslow, holandês e usuário de maconha,</p><p>que nunca antes havia feito uma viagem internacional, veio ao Brasil para a</p><p>Copa do Mundo. Assistindo ao jogo Holanda x Brasil decidiu, diante da tensão,</p><p>fumar um cigarro de maconha nas arquibancadas do estádio. Imediatamente,</p><p>os policiais militares de plantão o prenderam e o conduziram à Delegacia de</p><p>Polícia. Diante do Delegado de Polícia, Eslow, completamente assustado,</p><p>afirma que não sabia que no Brasil a utilização de pequena quantidade de</p><p>maconha era proibida, pois, no seu país, é um habito assistir a jogos de futebol</p><p>fumando maconha. Sobre a hipótese apresentada, assinale a opção que</p><p>apresenta a principal tese defensiva.</p><p>(A) Eslow está em erro de tipo essencial escusável, razão pela qual deve ser</p><p>absolvido.</p><p>Erro de tipo: quando o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo;</p><p>imagina estar praticando uma conduta lícita, quando na verdade, está a praticar</p><p>uma conduta ilícita, mas que por erro, acredite ser inteiramente lícita.</p><p>(B) Eslow está em erro de proibição direto inevitável, razão pela qual deve ser</p><p>isento de pena.</p><p>Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato,</p><p>se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um</p><p>terço.</p><p>Erro de proibição direto: O indivíduo valora a situação de forma direta e conclui</p><p>que está realizando algo que não é proibido.</p><p>(C) Eslow está em erro de tipo permissivo escusável, razão pela qual deve ser</p><p>punido pelo crime culposo.</p><p>Erro de tipo permissivo escusável ocorre quando o agente erra sobre os</p><p>elementos do tipo penal, mas esse erro é escusável porque o agente não</p><p>poderia razoavelmente ter conhecimento da norma.</p><p>(D) Eslow está em erro de proibição, que importa em crime impossível, razão</p><p>pela qual deve ser absolvido.</p><p>Crime impossível ocorre quando a conduta do agente não é capaz de produzir o</p><p>resultado pretendido, mesmo que o agente acredite que seja.</p><p>No caso de Eslow, ele conseguiu fumar a maconha, então o crime não foi</p><p>impossível.</p><p>9. (OAB/Exame Unificado – 2011.2) Apolo foi ameaçado de morte por Hades,</p><p>conhecido matador de aluguel. Tendo tido ciência, por fontes seguras, que</p><p>Hades o mataria naquela noite e, com o intuito de defender-se, Apolo saiu de</p><p>casa com uma faca no bolso de seu casaco. Naquela noite, ao encontrar Hades</p><p>em uma rua vazia e escura e, vendo que este colocava a mão no bolso, Apolo</p><p>precipita-se e, objetivando impedir o ataque que imaginava iminente, esfaqueia</p><p>Hades, provocando-lhe as lesões corporais que desejava. Todavia, após o</p><p>ocorrido, o próprio Hades contou a Apolo que não ia matá-lo, pois havia</p><p>desistido de seu intento e, naquela noite, foi ao seu encontro justamente para</p><p>dar-lhe a notícia. Nesse sentido, é correto afirmar que</p><p>(A) havia dolo na conduta de Apolo.</p><p>A questão deixa claro que Apolo esfaqueia Hades, provocando-lhe as lesões</p><p>corporias que DESEJAVA.</p><p>(B) mesmo sendo o erro inescusável, Apolo responde a título de dolo.</p><p>A hipótese apresentada na questão é de erro escusável.</p><p>(C) mesmo sendo o erro escusável, Apolo não é isento de pena.</p><p>O erro escusável, isenta o réu de pena.</p><p>(D) Apolo não agiu em legítima defesa putativa.</p><p>Apolo agiu imaginando que o ataque de Hades era iminente. Logo, agiu sim em</p><p>legítima defesa putativa.</p><p>10. (OAB/Exame Unificado – 2010.3) Joaquim, desejoso de tirar a vida da</p><p>própria mãe, acaba causando a morte de uma tia (por confundi-la com aquela).</p><p>Tendo como referência a situação acima, é correto afirmar que Joaquim</p><p>incorre em erro</p><p>(A) de tipo essencial escusável – inevitável – e deverá responder pelo crime de</p><p>homicídio sem a incidência da agravante relativa ao crime praticado contra</p><p>ascendente (haja vista que a vítima, de fato, não era a sua genitora).</p><p>A afirmativa está errada porque Joaquim incorreu em erro de tipo acidental, e</p><p>não erro de tipo essencial. No erro de tipo acidental, o agente erra sobre</p><p>circunstâncias acidentais ou secundárias do crime, enquanto no erro de tipo</p><p>essencial, o agente erra sobre o próprio objeto jurídico do crime.</p><p>(B) de tipo essencial inescusável – evitável –, mas não deverá responder pelo</p><p>crime de homicídio qualificado, uma vez que a pessoa atingida não era a sua</p><p>ascendente.</p><p>A afirmativa está errada porque o erro de tipo essencial inescusável evitável</p><p>não exclui a imputação do crime de homicídio qualificado, mesmo que a</p><p>pessoa atingida não seja ascendente.</p><p>(C) de proibição e deverá responder pelo crime de homicídio qualificado pelo</p><p>fato de ter objetivado atingir ascendente (preserva-se o dolo, independente da</p><p>identidade da vítima).</p><p>A afirmativa está errada porque o erro de proibição exclui a imputação do crime</p><p>de homicídio qualificado, mesmo que o agente tenha objetivado atingir um</p><p>ascendente. Joaquim não responderá pelo crime de homicídio qualificado, pois</p><p>ele incorreu em erro de proibição ao desconhecer que sua conduta era ilícita.</p><p>(D) de tipo acidental na modalidade error in persona e deverá responder pelo</p><p>crime de homicídio com a incidência da agravante relativa ao crime praticado</p><p>contra ascendente (mesmo que a vítima não seja, de fato, a sua genitora).</p><p>Ocorre quando há erro de representação, em face do qual o sujeito atinge um</p><p>pessoa supondo tratar-se da que pretendia ofender. Ele pretende atingir certa</p><p>pessoa, vindo a ofender outra inocente pensando tratar-se da primeira.</p><p>art. 20, §3o : “O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não</p><p>isenta de pena”. Não há, pois, exclusão da tipicidade do fato</p><p>11. (OAB/Exame Unificado – 2010.2) Arlete, em estado puerperal, manifesta a</p><p>intenção de matar o próprio filho recém- -nascido. Após receber a criança no</p><p>seu quarto para amamentá-la, a criança é levada para o berçário. Durante a</p><p>noite, Arlete vai até o berçário, e, após conferir a identificação da criança, a</p><p>asfixia, causando a sua morte. Na manhã seguinte, é constatada a morte por</p><p>asfixia de um recém-nascido, que não era o filho de Arlete. Diante do caso</p><p>concreto, assinale a alternativa que indique a responsabilidade penal da mãe.</p><p>(A) Crime de homicídio, pois, o erro acidental não a isenta de responsabilidade.</p><p>O erro acidental não isenta de responsabilidade no crime de homicídio, mas no</p><p>caso concreto ocorreu um erro essencial, que exclui a imputação do crime.</p><p>(B) Crime de homicídio, pois, uma vez que o art. 123 do CP trata de matar o</p><p>próprio filho sob influência do estado puerperal, não houve preenchimento dos</p><p>elementos do tipo.</p><p>O artigo 123 do Código Penal Brasileiro trata do homicídio praticado pela mãe</p><p>sob influência do estado puerperal, mas não exige que a vítima seja o próprio</p><p>filho.</p><p>(C) Crime de infanticídio, pois houve erro quanto à pessoa.</p><p>O crime de infanticídio é definido no artigo 123 do Código Penal Brasileiro</p><p>como o homicídio praticado pela mãe sob a influência do estado puerperal. O</p><p>estado puerperal é o período que se inicia após o parto e dura até 40 dias após.</p><p>O erro quanto à pessoa ocorre quando o agente erra sobre a identidade da</p><p>vítima, mas ainda assim comete o crime.</p><p>(D) Crime de infanticídio, pois houve erro essencial.</p><p>O erro essencial ocorre quando o agente erra sobre os elementos constitutivos</p><p>do crime, o que não ocorreu no caso concreto.</p><p>12. (Delegado – PC-SP – 2011 – ACADEPOL) Na aberratio ictus</p><p>(A) o agente erra a pessoa que pretendia atingir.</p><p>Aberratio ictus é um termo jurídico latino que significa "desvio do golpe". Ocorre</p><p>quando o agente erra o alvo de sua ação, atingindo uma pessoa ou objeto</p><p>diferente daquele que pretendia.</p><p>(B) o agente erra no uso dos meios de execução.</p><p>(C) o agente erra sobre a qualificadora.</p><p>(D) o agente erra o objeto que pretendia atingir.</p><p>(E) ocorre erro sobre o nexo causal.</p><p>13.(OAB/Exame Unificado – 2017.1) Acreditando estar grávida, Pâmela, 18</p><p>anos, desesperada porque ainda morava com os pais e eles sequer a deixavam</p><p>namorar, utilizando um instrumento próprio, procura eliminar o feto sozinha no</p><p>banheiro de sua casa, vindo a sofrer, em razão de tal comportamento, lesão</p><p>corporal de natureza grave. Encaminhada ao hospital para atendimento médico,</p><p>fica constatado que, na verdade, ela não se achava e nunca esteve grávida. O</p><p>Hospital, todavia, é obrigado a noticiar o fato à autoridade policial, tendo em</p><p>vista que a jovem de 18 anos chegou ao local em situação suspeita, lesionada.</p><p>Diante disso, foi instaurado procedimento administrativo investigatório próprio</p><p>e, com o recebimento dos autos, o Ministério Público ofereceu denúncia em</p><p>face de Pâmela pela prática do crime de “aborto provocado pela gestante”,</p><p>qualificado pelo resultado de lesão corporal grave, nos termos dos art. 124 c/c</p><p>o art. 127, ambos do Código Penal. Diante da situação narrada, assinale a</p><p>opção que apresenta a alegação do advogado de Pâmela.</p><p>(A) A atipicidade de sua conduta.</p><p>A conduta, aqui, é atípica, em razão da ABSOLUTA IMPROPRIEDADE DO</p><p>OBJETO, nos termos do art. 17 do CP, pois temos a figura do crime impossível.</p><p>Isso se dá porque, nessas circunstâncias, Pâmela JAMAIS conseguiria alcançar</p><p>o resultado pretendido (aborto), pois nunca esteve grávida, e o primeiro</p><p>pressuposto para o praticar autoaborto é estar grávida.</p><p>Pâmela não irá responder, ainda, pela lesão corporal, eis que a lesão foi</p><p>provocada pela própria vítima, e o direito penal não pune a autolesão.</p><p>(B) O afastamento da qualificadora, tendo em vista que esta somente pode ser</p><p>aplicada aos crimes de aborto provocado por terceiro, com ou sem</p><p>consentimento da gestante, mas não para o delito de autoaborto de Pâmela.</p><p>A afirmativa está errada porque a qualificadora do § 2º do artigo 126 do Código</p><p>Penal não se aplica aos casos de autoaborto.</p><p>(C) A desclassificação para o crime de lesão corporal grave, afastando a</p><p>condenação pelo aborto.</p><p>A alternativa está errada porque o crime de aborto é um crime autônomo,</p><p>previsto no artigo 124 do Código Penal, e não pode ser desclassificado para o</p><p>crime de lesão corporal grave.</p><p>(D) O reconhecimento da tentativa do crime de aborto qualificado pelo</p><p>resultado.</p><p>A alternativa está errada porque o crime de aborto qualificado pelo resultado é</p><p>um crime impossível</p><p>14. (Delegado – PC-AC – 2008 – CESPE)</p><p>Plínio, com a intenção de cometer crime de dano, atirou uma pedra em direção</p><p>à janela de vidro da casa de Roberta. No entanto, por erro de pontaria, acertou</p><p>Gilda, que sofreu lesões corporais leves. Nessa situação, Plínio responderá por</p><p>lesão corporal leve, na modalidade culposa, cuja ação penal, por ser pública</p><p>condicionada, dependerá de representação da ofendida Gilda. (Certo ou</p><p>Errado).</p><p>ERRADO. Plíneo responderá por lesão corporal leve na modalidade dolosa, pois</p><p>assumiu o risco de produzir o resultado, mesmo que não tenha tido a intenção</p><p>específica de atingir Gilda</p><p>Além disso, a ação penal pelo crime de lesão corporal leve é pública</p><p>incondicionada, ou seja, não depende de representação da vítima.</p><p>15. (Delegado – PF – 2004 – CESPE) O médico Caio, por negligência que</p><p>consistiu em não perguntar ou pesquisar sobre eventual gravidez de paciente</p><p>nessa condição, receita-lhe um medicamento que provocou o aborto. Nessa</p><p>situação, Caio agiu em erro de tipo vencível, em que se exclui o dolo, ficando</p><p>isento de pena, por não existir aborto culposo. (Certo ou Errado).</p><p>CERTO. O erro de tipo vencível é aquele em que o agente, embora diligente, se</p><p>engana sobre algum elemento do tipo penal. No caso em questão, o médico</p><p>Caio errou ao não perguntar ou pesquisar sobre a eventual gravidez da paciente,</p><p>o que levou a um erro sobre o elemento objetivo do tipo penal de aborto (a</p><p>existência de uma gravidez).</p><p>Como o erro foi vencível, ou seja, poderia ter sido evitado com a devida</p><p>diligência, ele exclui o dolo e, consequentemente, a pena. Além disso, não</p><p>existe aborto culposo no ordenamento jurídico brasileiro.</p><p>16. (Analista – STF – 2008 – CESPE) Considere a seguinte situação hipotética.</p><p>Lúcio manteve relação sexual com Márcia, após conhecê-la em uma boate, cujo</p><p>acesso era proibido para menores de 18 anos, tendo ela afirmado a Lúcio ter 19</p><p>anos de idade, plenamente compatível com sua compleição física. Nessa</p><p>situação, constatado posteriormente que Márcia era menor de 14 anos, Lúcio</p><p>não será punido por crime de estupro, tendo em vista que a jurisprudência do</p><p>STF reconhece, no caso, o erro de proibição, que afasta a culpabilidade do</p><p>agente (Certo ou Errado).</p><p>ERRADO. A questão fala sobre erro de tipo, já que existe a falsa percepção do</p><p>fato e o agente toma conduta sem dolo. Como Márcia falou que tinha 19 anos,</p><p>mesmo possuindo 14 anos, além de sua estrutura física aparentar ser</p><p>realmente maior de idade, serão excluídos dolo e culpa, porque é caracterizado</p><p>erro de tipo essencial inevitável.</p><p>17. (Procurador – PGE-MG – 2006) Um pai ouve barulho no jardim de casa e</p><p>supõe ser um assaltante, desferindo um disparo de arma que provoca a morte</p><p>do próprio filho, que estava voltando para casa de madrugada sem avisar.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>(A) O pai responde por homicídio doloso por dolo eventual.</p><p>Não se trata de dolo eventual, uma vez que o pai atirou supondo estar</p><p>amparado por uma excludente de ilicitude (legítima defesa putativa),</p><p>acreditando que sua propriedade estava sendo invadida por um assaltante, ou</p><p>seja, não há noção da realidade fática.</p><p>(B) O pai agiu em legítima defesa, pois houve uma injusta agressão ao seu</p><p>patrimônio.</p><p>O pai agiu supondo estar em legítima defesa real, quando na verdade, estava</p><p>em legítima defesa putativa. Isso porque ele apenas ouviu</p><p>um barulho e, pelas</p><p>circunstâncias, causou a morte do seu filho, acreditando estar atirando no</p><p>assaltante.</p><p>(C) Houve erro evitável, logo o pai responderá por homicídio doloso.</p><p>Ainda que se considere erro evitável, o agente responderia por crime culposo,</p><p>caso previsto em lei. Esse é o tratamento dado a situação em que o agente,</p><p>diante das circunstâncias, supõe existir uma excludente de ilicitude.</p><p>(D) O erro foi plenamente justificado pelas circunstâncias, ficando o agente</p><p>isento de pena.</p><p>Tratando-se de legítima defesa putativa, eis que o pai supôs estar agindo em</p><p>defesa (supôs estar diante de um assaltante, que de fato, não existia), o fato</p><p>permanece típico e a responsabilidade penal do agente dependerá se o erro era</p><p>evitável ou inevitável. Considerando o erro inevitável, o agente ficará isento de</p><p>pena, conforme prevê o art. 20, § 1º, primeira parte, do Código Penal.</p><p>CRIMES DOLOSOS, CULPOSOS E PRETERDOLOSOS</p><p>1. (Procurador – TCE-AP – 2010 – FCC) Nos crimes preterdolosos,</p><p>(A) o dolo do agente é subsequente ao resultado culposo.</p><p>A alternativa é incorreta. Quando o agente prevê o resultado, mas espera que</p><p>ele não aconteça, ocorre a chamada CULPA CONSCIENTE.</p><p>(B) há maior intensidade de dolo por parte do agente.</p><p>A alternativa é incorreta, pois o ocorre justamente o contrário nos crimes</p><p>preterdolosos, ou seja, a culpa é subsequente ao dolo.</p><p>(C) o agente é punido a título de dolo e também de culpa.</p><p>A alternativa é incorreta, pois o crime preterdoloso ocorre quando o agente atua</p><p>com dolo na conduta e culpa com relação ao resultado.</p><p>(D) o agente aceita, conscientemente, o risco de produzir o resultado.</p><p>A alternativa é correta, pois nos crimes preterdolosos, o agente será punido</p><p>pela conduta dolosa e pela conduta culposa.</p><p>(E) o agente prevê o resultado, mas espera que este não aconteça.</p><p>A alternativa é incorreta, pois se o agente aceita, conscientemente, o risco de</p><p>produzir o resultado, temos hipótese de DOLO EVENTUAL.</p><p>4. (OAB/Exame Unificado – 2009.2) Com relação ao dolo e à culpa, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>(A) A conduta culposa poderá ser punida ainda que sem previsão expressa na</p><p>lei.</p><p>Nada pode ser punido sem estar expresso na lei</p><p>(B) Caracteriza-se a culpa consciente caso o agente preveja e aceite o</p><p>resultado de delito, embora imagine que sua habilidade possa impedir a</p><p>ocorrência do evento lesivo previsto.</p><p>Culpa consciente se dá quando o agente prevê o resultado, mas não o aceita,</p><p>pois acredita de verdade que é hábil o suficiente para impedi-lo. Exemplo</p><p>clássico: O cara do circo que atira facas contra sua ajudante. Ele sabe que é</p><p>possível a faca atingir a moça, mas acredita tanto no seu talento e treinamento</p><p>que tem "certeza" que nada de errado vai acontecer. É diferente da culpa</p><p>inconsciente, que é quando o agente nem imagina que aquele resultado é</p><p>possível e do dolo eventual, que é quando ele é totalmente indiferente ao</p><p>resultado</p><p>(C) Caracteriza-se a culpa própria quando o agente, por erro de tipo inescusável,</p><p>supõe estar diante de uma causa de justificação que lhe permite praticar,</p><p>licitamente, o fato típico.</p><p>Na verdade, é a culpa IMPRÓPRIA que se caracteriza quando o agente, por erro</p><p>de tipo inescusável, supõe estar diante de uma causa de justificação que lhe</p><p>permite praticar licitamente o fato típico. Também é conhecida por culpa por</p><p>assimilação, equiparação ou extensão. Ele quer atingir o resultado, porém acha</p><p>que tal resultado está amparado pela excludente de ilicitude. Exemplo: João vê</p><p>o vulto de uma pessoa entrando em seu quarto de madrugada e, achando ser</p><p>um criminoso, pega o revólver na cabeceira e atira contra esse vulto. No</p><p>entanto, depois descobre que a pessoa em questão era Maria, sua esposa que</p><p>chegara de viagem dois dias antes e queria lhe fazer uma surpresa. João</p><p>respoderá por homicídio culposo, pois agiu com CULPA IMPRÓPRIA.</p><p>(D) Considere que determinado agente, com intenção homicida, dispare tiros de</p><p>pistola contra um desafeto e, acreditando ter atingido seu objetivo, jogue o</p><p>suposto cadáver em um lago. Nessa situação hipotética, caso se constate</p><p>posteriormente que a vítima estava viva ao ser atirada no lago, tendo a morte</p><p>ocorrido por afogamento, fica caracterizado o dolo geral do agente, devendo</p><p>este responder por homicídio consumado.</p><p>Dolo geral, tambem conhecido por erro sucessivo ou "aberratio causae", ocorre</p><p>quando o agente acha que já consumou seu crime (o que não é verdade) e</p><p>depois faz alguma coisa que de alguma forma atinja o resultado almejado. Ele</p><p>responde pelo crime doloso consumado. Exemplo: Ana, na influência do estado</p><p>puerperal, deseja matar seu bebê recém-nascido e o sufoca com um</p><p>travesseiro. Quando vê que o bebê parou de se mexer, ela acha que conseguiu</p><p>realizar seu ímpeto criminoso e o joga numa lata de lixo. No entanto, quando o</p><p>corpo do bebê é achado, descobre-se que ele não morreu sufocado, mas sim</p><p>por inanição, pois ficou dias sem ser alimentado. Ana responde por infanticídio</p><p>consumado.</p><p>5. (OAB/Exame Unificado – 2009.2) Leandro, com a intenção de matar Getúlio,</p><p>ministrou veneno a este. Presumindo que a vítima já falecera, Leandro a</p><p>enterrou no quintal de sua casa, vindo posteriormente a ser apurado que a</p><p>quantidade de veneno ministrada à vítima não fora suficiente para a sua morte,</p><p>de forma que ela morreu em face da asfixia, após ser enterrada. Nessa</p><p>situação, o correu erro sobre o nexo causal, de modo que Leandro responderá</p><p>apenas por tentativa de homicídio.</p><p>ERRADO. ERRO SOBRE O NEXO CAUSAL (ABERRATIO CAUSAE):</p><p>O agente responde pelo crime originalmente previsto, no caso em questão</p><p>responderá por homicídio qualificado (por emprego de veneno).</p><p>6. (Juiz – TRT-11 – 2007 – FCC) São elementos do crime culposo a</p><p>(A) imputabilidade e a não observância do dever de cuidado.</p><p>Imputabilidade não é elemento do crime culposo, mas sim do crime doloso.</p><p>(B) exigibilidade de conduta diversa e a possibilidade de conhecer a ilicitude do</p><p>fato.</p><p>Exigibilidade de conduta diversa é consequência do crime culposo, não</p><p>elemento.</p><p>Possibilidade de conhecer a ilicitude do fato não é elemento do crime culposo,</p><p>pois este se caracteriza justamente pela ausência de intenção.</p><p>(C) não observância do dever de cuidado e a previsibilidade do resultado.</p><p>Art. 18 do código penal - II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado</p><p>por imprudência, negligência ou imperícia;</p><p>(D) possibilidade de conhecer a ilicitude do fato e a imputabilidade.</p><p>Possibilidade de conhecer a ilicitude do fato não é elemento do crime culposo,</p><p>como explicado acima.</p><p>(E) previsibilidade do resultado e a exigibilidade de conduta diversa.</p><p>Previsibilidade do resultado é elemento do crime culposo, mas exigibilidade de</p><p>conduta diversa é consequência, não elemento.</p><p>7. (Delegado – PC-MA – 2006 – FCC) Quem, embora prevendo o resultado, não</p><p>o aceita como possível, esperando sinceramente que não ocorrerá, age com</p><p>(A) dolo eventual.</p><p>O agente prevê o resultado como possível e aceita-o como provável, embora</p><p>não o deseje.</p><p>(B) culpa consciente.</p><p>O agente prevê o resultado como possível, mas não o aceita como provável,</p><p>esperando sinceramente que não ocorra.</p><p>(C) dolo indireto.</p><p>O agente não prevê o resultado como certo, mas o aceita como possível</p><p>consequência de sua ação</p><p>(D) culpa inconsciente.</p><p>O agente não prevê o resultado como possível, devido à falta de atenção ou</p><p>cuidado.</p><p>(E) dolo específico.</p><p>O agente prevê e deseja um resultado específico, que é o objetivo de sua ação.</p><p>9. (Procurador – TCE-AP – 2010 – FCC) Nos crimes preterdolosos,</p><p>(A) o dolo do agente é subsequente ao resultado culposo.</p><p>é dolo subsequente</p><p>(B) há maior intensidade de dolo por parte do agente.</p><p>salvo engano, alguns acham que a intensidade do dolo implica em majoração</p><p>da pena</p><p>(C) o agente é punido a título de dolo e também de culpa.</p><p>O art. 19 do Código Penal Brasileiro define os crimes preterdolosos, como</p><p>sendo aqueles que são qualificados pelo resultado. O agente age dolosamente,</p><p>mas a lesão se verifica de forma diversa da almejada, culminando em um</p><p>resultado mais gravoso.</p><p>(D) o agente aceita, conscientemente, o risco</p><p>de produzir o resultado.</p><p>(E) o agente prevê o resultado, mas espera que este não aconteça.</p><p>Se trata de dolo eventual.</p><p>10. (Delegado – PC-MG – 2008 – ACADEPOL) Com relação aos elementos</p><p>subjetivos do tipo penal, assinale a alternativa INCORRETA.</p><p>(A) A culpa imprópria se refere à hipótese de ocorrência da discriminante</p><p>putativa do erro evitável pelas circunstâncias.</p><p>A culpa imprópria refere-se à ocorrência da excludente da ilicitude do erro</p><p>evitável pelas circunstâncias.</p><p>(B) A distinção entre dolo eventual e culpa consciente reside na aceitação do</p><p>resultado que, embora previsto subjetivamente em ambos os casos, somente</p><p>ocorre na hipótese dolosa.</p><p>A distinção entre dolo eventual e culpa consciente reside na aceitação do</p><p>resultado, previsto subjetivamente em ambos os casos, que ocorre apenas na</p><p>hipótese dolosa</p><p>(C) É conhecido como dolo direto de primeiro grau aquele relacionado aos fins</p><p>propostos e aos meios escolhidos pelo agente para a prática de delito.</p><p>O dolo direto de primeiro grau está relacionado aos fins propostos e aos meios</p><p>escolhidos pelo agente para a prática do delito.</p><p>(D) No crime culposo, a conduta ativa ou omissiva manifestada pelo sujeito</p><p>ativo é penalmente irrelevante sempre se dirigindo a fins lícitos e somente faz</p><p>surgir a responsabilidade criminal quando dá causa a resultado lesivo desejado</p><p>por inobservância de dever objetivo de cuidado.</p><p>No crime culposo, a conduta do agente é penalmente relevante mesmo que se</p><p>dirija a fins lícitos. A responsabilidade criminal surge quando a conduta dá</p><p>causa a um resultado lesivo, ainda que não desejado, por inobservância do</p><p>dever objetivo de cuidado.</p><p>11. (Delegado – PC-GO – 2008 – UEG) Sobre o dolo, é CORRETO afirmar:</p><p>(A) o dolo direto de segundo grau compreende os meios de ação escolhidos</p><p>para realizar o fim, incluindo os efeitos secundários representados como certos</p><p>ou necessários, independentemente de serem esses efeitos ou resultados</p><p>desejados ou indesejados pelo autor.</p><p>o dolo direto de segundo grau compreende os meios de ação escolhidos para</p><p>realizar o fim, incluindo os efeitos secundá rios representados como certos</p><p>ou necessá rios, independentemente de serem esses efeitos ou resultados</p><p>desejados ou indesejados pelo autor.</p><p>(B) age com culpa consciente aquele químico que manipula fórmulas para</p><p>produção de alimentos sem as devidas cautelas relativas à contaminação; no</p><p>entanto, sabedor do perigo, continua a atuar e acaba, desse modo, causando</p><p>lesão à saúde dos consumidores.</p><p>No caso descrito, o químico age com dolo eventual, pois prevê o resultado</p><p>como possível e aceita o risco de sua ocorrência.</p><p>(C) no dolo de primeiro grau, o agente busca indiretamente a realização do tipo</p><p>legal.</p><p>No dolo de primeiro grau, o agente busca diretamente a realização do tipo legal.</p><p>(D) o Código Penal pátrio, no artigo 18, inciso I, adotou somente a teoria da</p><p>vontade.</p><p>O Código Penal brasileiro adotou a teoria mista, que considera tanto a vontade</p><p>quanto a representação.</p><p>12. (Procurador – MP-SP – 2011) Em relação ao crime culposo, é correto</p><p>afirmar que:</p><p>(A) é sempre possível a tentativa.</p><p>A tentativa só é possível nos crimes dolosos.</p><p>(B) só é possível a tentativa na chamada culpa consciente.</p><p>A tentativa também é possível na culpa imprópria.</p><p>(C) nunca é possível a tentativa.</p><p>A tentativa é possível na culpa imprópria.</p><p>(D) é possível a tentativa na culpa imprópria.</p><p>é possvel a tentativa na culpa impropria.</p><p>(E) é possível a tentativa na culpa inconsciente.</p><p>A tentativa não é possível na culpa inconsciente, pois não há previsão subjetiva</p><p>do resultado.</p>

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