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<p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>1</p><p>Prova 1 - UnB/CESPE – TRE/BA - 02/2010</p><p>Texto para os itens de 1 a 12</p><p>A pluralidade étnica dos brasileiros impressionava</p><p>vivamente os estrangeiros que, desde 1808, se</p><p>avolumavam como viajantes, naturalistas ou</p><p>comerciantes no país. Apesar disso, para além do</p><p>espanto dos viajantes, são raros os registros dessa</p><p>convivência interétnica do século passado fora da</p><p>clássica relação senhor-escravo.</p><p>8 Em um processo-crime de 1850, ocorrido no</p><p>município fluminense de Rio Claro, encontramos um</p><p>raro flagrante de tal convivência e das tensões do dia a</p><p>dia dos brasileiros oitocentistas.</p><p>12 Antônio Ramos foi processado pelo assassinato do</p><p>negociante Feliciano Lisboa e de sua ―caseira‖ (amásia),</p><p>Isabel Leme. Todas as testemunhas que depuseram</p><p>contra ele no processo acreditavam que o motivo do</p><p>crime fora uma vingança pelo fato de Isabel tê-lo</p><p>chamado de negro após um jantar na casa das vítimas.</p><p>18 O que verdadeiramente interessa no caso é que,</p><p>no processo, a indignação de Ramos, apesar de ele ter</p><p>sido considerado um homem violento, pareceu</p><p>compreensível aos depoentes. Ainda que ele não</p><p>tivesse justificado seu ato extremo, nenhuma das</p><p>testemunhas negou-lhe razão por ter raiva de Isabel,</p><p>que, afinal, o recebera em casa. É rara, na</p><p>25 documentação, referência tão explícita à</p><p>convivência interétnica no nível privado bem como às</p><p>normas de comportamento e tensões que implicava,</p><p>consubstanciadas no sentido pejorativo que a</p><p>qualificação negro, dada por Isabel ao seu convidado,</p><p>30 tinha para os que conviviam com eles, ou seja, não</p><p>foi o convite de Lisboa e Isabel para que Ramos</p><p>jantasse em sua casa — um homem livre, ao que tudo</p><p>indica, descendente de africanos — que causou</p><p>estranheza às testemunhas, mas o fato de que, nessa</p><p>situação, a anfitriã o tivesse chamado de negro,</p><p>desqualificando-o, desse modo, como hóspede à mesa</p><p>do casal.</p><p>38 Como regra geral, o que se depreende da leitura</p><p>desse processo bem como da de outros documentos</p><p>similares é que a palavra negro foi utilizada na</p><p>linguagem coloquial, por quase todo o século XIX, como</p><p>uma espécie de sinônimo de escravo ou ex-escravo,</p><p>com variantes que definiam os diversos tipos de</p><p>cativos, como o africano — comumente chamado de</p><p>preto até meados do século — ou o cativo nascido no</p><p>Brasil — conhecido como crioulo —, entre outras</p><p>variações locais ou regionais. Apesar disso, 41% da</p><p>população livre do Império, recenseada em 1872, era</p><p>formada por descendentes de africanos.</p><p>Hebe M. Mattos de Castro. Laços de família e direitos no final da escravidão. In:</p><p>História da vida privada no Brasil: Império. Coordenador-geral Fernando A. Novais;</p><p>organizador do volume Luiz Felipe de Alencastro. vol. 2. São Paulo: Companhia das</p><p>Letras, 1997, p. 341-3 (com adaptações).</p><p>Com referência às ideias do texto, julgue os itens de 1</p><p>a 5.</p><p>1 - Do texto pode-se depreender que, apesar de quase</p><p>metade da população recenseada, por volta da década</p><p>de 70 do século XIX, ser descendente de africanos, a</p><p>convivência interétnica não restou registrada além das</p><p>relações de poder.</p><p>2 - Para exemplificar o pouco numeroso registro de</p><p>convivência interétnica fora da clássica relação entre</p><p>senhor e escravo em meados do século XIX, a autora</p><p>do texto lança mão de um processo-crime ocorrido na</p><p>época, relatando-o, resumidamente, em três</p><p>parágrafos.</p><p>3 - No processo-crime de que trata o texto, as</p><p>testemunhas, pelo fato de Antônio ter sido</p><p>desqualificado durante o jantar para o qual foi</p><p>convidado, deram-lhe razão no que diz respeito à raiva</p><p>que ele sentia por Feliciano Lisboa e sua amásia Isabel,</p><p>ambos assassinados por ele.</p><p>4 - Do texto, pode-se inferir que as testemunhas não</p><p>estranharam o fato de que a anfitriã tivesse chamado</p><p>Antônio Ramos de ―negro‖.</p><p>5 - Na convivência diária no decorrer do século XIX, a</p><p>linguagem coloquial admitia variantes da palavra</p><p>―negro‖ para designar os diversos tipos de cativos que</p><p>viviam no Brasil, conforme atestam documentos como</p><p>o processo-crime citado no texto.</p><p>Julgue os itens que se seguem, relativos a aspectos</p><p>gramaticais do texto.</p><p>6 - A expressão ―Apesar disso‖ (l.4) introduz uma ideia</p><p>que se opõe à expectativa sugerida no período anterior.</p><p>7 - O segmento ―apesar de ele ter sido considerado um</p><p>homem violento‖ (l.19-20) pode ser corretamente</p><p>substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido</p><p>considerado um homem violento.</p><p>8 - Nas palavras ―referência‖ e ―espécie‖, o emprego do</p><p>acento atende à mesma regra de acentuação gráfica.</p><p>9 - No trecho ―bem como às normas de comportamento</p><p>e tensões‖ (l.26-27), o emprego do acento indicativo de</p><p>crase justifica-se pela regência da forma verbal</p><p>―implicava‖ (l.27) e pela presença do artigo definido.</p><p>10 - Em ―consubstanciadas no sentido pejorativo‖</p><p>(l.28), a palavra ―pejorativo‖ pode ser substituída por</p><p>favorável, sem prejuízo para o sentido do trecho em</p><p>questão.</p><p>11 - Por ser explicativa, a expressão ―ou seja‖ (l.30)</p><p>está entre vírgulas.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>2</p><p>12 - No trecho ―a anfitriã o tivesse chamado de negro,</p><p>desqualificando-o‖ (l.35-36), a forma pronominal ―o‖</p><p>tem o mesmo referente nas duas ocorrências.</p><p>1 Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1904.</p><p>Meu caro Paz,</p><p>Obrigado pelas tuas palavras e pelo teu abraço. Ainda</p><p>que de longe, senti-lhes o afeto antigo, tão necessário</p><p>5 nesta minha desgraça. Não sei se resistirei muito.</p><p>Fomos casados durante 35 anos, uma existência</p><p>inteira; por isso, se a solidão me abate, não é a solidão</p><p>em si mesma, é a falta da minha velha e querida</p><p>mulher. Obrigado. Até breve, segundo me anuncias, e</p><p>10 oxalá concluas a viagem sem as contrariedades a</p><p>que aludes. Abraça-te o velho amigo.</p><p>Machado de Assis.</p><p>Machado de Assis. Obra completa. vol. 3. Rio de Janeiro:</p><p>Nova Aguilar, 1994, p. 1.072 (com adaptações).</p><p>Considerando o texto acima, que apresenta uma</p><p>comunicação particular, julgue os itens de 13 a 18.</p><p>13 - A palavra ―Obrigado‖ (l.3 e 9) está flexionada no</p><p>masculino e no singular para concordar, em gênero e</p><p>número, com o signatário da correspondência.</p><p>14 - As expressões ―Meu caro Paz‖ (l.2) e ―o velho</p><p>amigo‖ (l.11) correspondem, respectivamente, ao</p><p>vocativo e à epígrafe da comunicação particular em</p><p>questão.</p><p>15 - Em ―senti-lhes o afeto antigo‖ (l.4), a forma</p><p>pronominal ―lhes‖ refere-se às expressões ―tuas</p><p>palavras‖ e a ―teu abraço‖ ambas na linha 3.</p><p>16 - Na oração ―se a solidão me abate‖ (l.7), a</p><p>substituição do conector ―se‖ por acaso não</p><p>prejudicaria o sentido expresso nessa oração e a</p><p>correção gramatical.</p><p>17 - As formas verbais ―anuncias‖ (l.9), ―concluas‖</p><p>(l.10) e ―aludes‖(l.11) estão conjugadas na segunda</p><p>pessoa do singular do mesmo tempo e do mesmo modo</p><p>verbal.</p><p>18 - Em ―oxalá concluas a viagem‖ (l.10), o vocábulo</p><p>―oxalá‖ pode ser substituído por tomara que,</p><p>mantendo-se, assim, o sentido do trecho em que se</p><p>insere.</p><p>Acerca da redação de correspondências oficiais, julgue</p><p>o item abaixo.</p><p>19 - Como vocativo das comunicações oficiais</p><p>destinadas a senadores, juízes, ministros e</p><p>governadores, recomenda-se evitar o título acadêmico</p><p>de Doutor e usar o pronome de tratamento Senhor.</p><p>Prova 2 - UnB/CESPE – TRE/BA 2 - 02/2010</p><p>Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os</p><p>documentos usados de forma indevida por outra</p><p>pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima</p><p>de assalto. Mas um sistema que começou</p><p>(l.5).</p><p>D - Na linha 5, o emprego de preposição em ―aos</p><p>trâmites‖ justifica-se pela regência de ―ineficiência‖.</p><p>E Na linha 10, o emprego de preposição em ―no</p><p>funcionamento‖ justifica-se pela regência de</p><p>―melhorias‖.</p><p>Questão 5</p><p>O projeto Justiça sem Papel, desenvolvido pela</p><p>Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas e pelo</p><p>Ministério da Justiça, foi concebido com o escopo de</p><p>informatizar amplamente a atividade jurisdicional</p><p>5 brasileira, por meio de parcerias com tribunais que já</p><p>tenham implementado tecnologias promissoras. Para</p><p>esse projeto, foi constituído um fundo de mais de um</p><p>milhão de reais, a ser gasto no estudo e na viabilização</p><p>de novos meios tecnológicos para o exercício das</p><p>funções judiciais.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>16</p><p>Idem, Ibidem.</p><p>Assinale a opção que apresenta a associação correta</p><p>entre a palavra indicada entre aspas e o seu sentido no</p><p>texto acima.</p><p>A ―concebido‖ (l..3) = imitado, copiado</p><p>B ―escopo‖ (l.3) = propósito, objetivo</p><p>C ―parcerias‖ (l.5) = dependência, submissão</p><p>D ―promissoras‖ (l.6) = atualizadas, modernas</p><p>E ―viabilização‖ (l.8) = visibilidade, transparência</p><p>Questão 6</p><p>Algumas medidas de modernização judicial têm</p><p>auferido bons resultados em diferentes regiões</p><p>brasileiras. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o</p><p>tribunal de justiça implantou um sistema de certificação</p><p>5 eletrônica de atos processuais praticados por seus</p><p>desembargadores. Por meio desse sistema, os trâmites</p><p>dos processos digitais adquirem autenticidade com</p><p>certificados ICP-Brasil, fornecidos por empresas do</p><p>ramo da informática. Nesse sentido, os sistemas</p><p>10 digitais de envio de documentos têm sido cada vez</p><p>mais utilizados em âmbito brasileiro, mormente após a</p><p>edição da Medida Provisória n.º 2.200/2001, que</p><p>inseriu em nosso ordenamento jurídico o sistema de</p><p>certificação digital de documentos eletrônicos.</p><p>Idem, ibidem.</p><p>Em relação ao texto acima, assinale a opção correta.</p><p>A - Devido à existência de impessoalidade, clareza,</p><p>seleção lexical e estruturas sintáticas, o texto está</p><p>apropriado para compor uma correspondência oficial.</p><p>B - A expressão ―desse sistema‖ (l.6) retoma o</p><p>antecedente ―tribunal de justiça‖ (l.4).</p><p>C - Na linha 6, a forma verbal ―adquirem‖ está no plural</p><p>porque concorda com ―processos digitais‖.</p><p>D - O termo ―fornecidos‖ (l.8) está no plural porque</p><p>concorda com ―trâmites‖ (l.6).</p><p>E - A oração ―que inseriu em nosso ordenamento</p><p>jurídico o sistema de certificação digital de documentos</p><p>eletrônicos‖ (l.12-13) tem valor de restrição.</p><p>Questão 7</p><p>Os trechos apresentados nas opções abaixo são</p><p>adaptações de partes de um texto disponível na</p><p>Internet (www.dnt.adv.br). Assinale a opção em que o</p><p>trecho apresentado está gramaticalmente correto.</p><p>A - O Comitê de Gestão dos Sistemas Informatizados</p><p>do Poder Judiciário apresentou um plano de trabalho</p><p>para o aperfeiçoamento, do processo eletrônico digital.</p><p>B - Segundo o diretor do Departamento de Tecnologia</p><p>de Informação do Conselho Nacional de Justiça, o</p><p>objetivo é definir uma politica de segurança da</p><p>informação do Poder Judiciário, e criação de um</p><p>sistema mais moderno.</p><p>C - Não deveremos padronizar o sistema de informação</p><p>dos tribunais, porque cada um têm um modelo</p><p>diferente, o que o Conselho Nacional de Justiça</p><p>pretende, é fazer que todos os sistemas possam</p><p>comunicar-se entre si.</p><p>D - O plano de trabalho, foi apresentado e definindo</p><p>metas de curto, médio e longo prazo que deverão ser</p><p>cumpridas entre dezoito meses a cinco anos, até a total</p><p>informatização dos processos judiciais.</p><p>E - O objetivo é reduzir os custos do Poder Judiciário,</p><p>agilizar a tramitação dos processos pelos meandros da</p><p>justiça e, consequentemente, melhorar a prestação</p><p>jurisdicional.</p><p>Questão 8</p><p>Os trechos a seguir são adaptações de partes do</p><p>editorial do jornal Folha de S.Paulo de 29/11/2009.</p><p>Assinale a opção em que o trecho apresentado está</p><p>correto quanto ao emprego dos sinais de pontuação.</p><p>A - Copenhague, afinal pode sair menos ruim que a</p><p>encomenda.Quando já se contava com um fiasco da</p><p>conferência sobre mudança do clima, na capital</p><p>dinamarquesa surgem sinais animadores de que, um</p><p>acordo razoável pode ser obtido.Limitado, mas melhor</p><p>que acordo nenhum.</p><p>B - Já se sabe que, não será aprovado um tratado</p><p>forte, com compromissos legais dos países para</p><p>redução de gases do efeito estufa. Essa era a</p><p>expectativa anterior: algo mais ambicioso, que o</p><p>Protocolo de Kyoto (1997), fracassado, que</p><p>determinava corte médio de 5,2% nas emissões só das</p><p>nações desenvolvidas.</p><p>C - O compromisso obtido em Copenhague será apenas</p><p>politicamente vinculante. O novo acordo precisa ir</p><p>muito além de Kyoto, se a meta for impedir que o</p><p>aumento da temperatura média da atmosfera</p><p>ultrapasse 2 ºC de aquecimento neste século, como</p><p>recomenda a maioria dos climatologistas.</p><p>D - Isso exige dos países desenvolvidos, chegar a 2020</p><p>emitindo 25% a 40% menos poluentes que em 1990, ano-</p><p>base de Kyoto.Os países menos desenvolvidos, por seu</p><p>turno precisam desacelerar a trajetória crescente de suas</p><p>emissões.</p><p>E - Estima-se que seja necessário um corte de 15% a</p><p>30%, aplicados no caso sobre os níveis que estariam</p><p>emitindo em 2020, mantido o ritmo atual. A ideia é</p><p>que, a redução não prejudique seu esforço de</p><p>desenvolvimento, e redução da pobreza.</p><p>Questão 9</p><p>Os trechos a seguir são adaptações de partes do</p><p>editorial do jornal Valor Econômico de 26/11/2009.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>17</p><p>Assinale a opção em que o trecho apresentado está</p><p>gramaticalmente correto.</p><p>A - Um dos aspectos mais beniguinos da retomada da</p><p>economia brasileira é a recuperação do emprego. A</p><p>criação de novas vagas sustentam o consumo</p><p>doméstico, animando os negócios, apesar da crise</p><p>internacional.</p><p>B - O cenário brasileiro é previlegiado em comparação</p><p>com o de outros países, mesmo levando em conta que</p><p>a produtividade suprimiu vagas, e que o salário médio</p><p>real está em baixa.</p><p>C - Nos Estados Unidos da América, a forte dose de</p><p>estímulos do governo e o início da retomada não</p><p>reduziram o desemprego elevado, que minam a</p><p>confiança do consumidor e das empresas e põem em</p><p>risco à consistência da própria recuperação.</p><p>D - Enquanto a taxa de desemprego está em 8% no</p><p>Brasil, nos Estados Unidos da América é de 9,5% e, na</p><p>zona do euro, de 9,7%, segundo dados de setembro.</p><p>Os EUA perderam 7,2 milhões de vagas desde janeiro</p><p>de 2008.</p><p>E - No Brasil, a crise ceifou 800 mil vaga em três</p><p>meses, entre novembro de 2008 e janeiro de 2009.</p><p>Mas isso já foi compensado porque mais de um milhão</p><p>de novas vagas foram criadas, depois disso.</p><p>Questão 10</p><p>Os trechos a seguir são adaptações de partes do</p><p>editorial do jornal Valor Econômico de 26/11/2009.</p><p>Assinale a opção em que o trecho apresentado está</p><p>gramaticalmente correto.</p><p>A - O setor de serviços foi o que mais ofereceu novas</p><p>vagas em 2009: 481 mil. Foi seguido pelo de</p><p>construção civil, animado pelos projetos do governo,</p><p>com 210,3 mil vagas; comércio, com 169 mil; indústria,</p><p>com 137,7 mil; e agropecuária, com 118,4 mil.</p><p>B - Nos últimos meses, até o setor industrial, que</p><p>sofreu mais com a crise, vêm mostrando recuperação.</p><p>Outubro mostrou o melhor resultado, para o mês na</p><p>série histórica iniciada em 1992, com um total de 230,9</p><p>mil empregos formais criados, além das dispensas</p><p>realizadas.</p><p>C - Calculam-se que o estoque de vagas formais no</p><p>país cresceu de 39,4 milhões em</p><p>dezembro de 2008</p><p>para 40 milhões em outubro de 2009. Não é difícil ver</p><p>nesses números, a influência do plano governamental</p><p>de estímulo para os setores de construção e a iniciativa</p><p>de barateamento de bens de consumo com a redução</p><p>de impostos.</p><p>D - Os dados de população ocupada apurados pela</p><p>Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que abrange as</p><p>seis maiores regiões metropolitanas do país, também</p><p>são positivos, uma vez que, recuperou-se as perdas.</p><p>E - A pesquisa mostra que, o estoque de população</p><p>ocupada voltou aos níveis de outubro de 2008, quando</p><p>a crise atingiu o país. Naquele mês, a população</p><p>ocupada girava em torno de 21,4 milhões. O número</p><p>caiu para 21,1 milhões em abril de 2009. Os dados</p><p>mais recentes estão acerca de 21,3 milhões.</p><p>Prova 8 - UnB/CESPE – TER 2 -MT – ANALISTA</p><p>JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – 01/2010</p><p>Texto para as questões de 1 a 3</p><p>Na cultura ocidental, a sociedade, em todos os</p><p>níveis, é sempre pensada com base nas relações de</p><p>governo, ou seja, sob o pressuposto de um corpo social</p><p>dividido entre uma elite que governa e uma massa que</p><p>5 é governada. Desde a Grécia Clássica, o ocidente</p><p>sempre tomou a divisão social entre governantes e</p><p>governados como essência da sociedade. A divisão e a</p><p>desigualdade fariam parte da estrutura ontológica de</p><p>qualquer sociedade e a dominação política lhe seria</p><p>10 consubstancial. Era assim que os europeus que aqui</p><p>passaram ou se estabeleceram, nos séculos XVI, XVII e</p><p>XVIII, significavam a sociedade. Para eles, a ausência</p><p>de uma máquina governamental e mesmo a ausência</p><p>de um princípio de governo nas sociedades indígenas</p><p>15 despontavam como uma diferença notável em</p><p>relação ao que concebiam como sociedade organizada.</p><p>Como interpretar a alteridade organizacional que se</p><p>apresentava diante de olhos obnubilados pelo princípio</p><p>da divisão? Ou aceitavam que a divisão não era</p><p>20 inerente à sociedade e passavam a desconfiar de</p><p>suas lentes e a desnaturalizar seu ponto de vista, ou</p><p>decidiam que um agrupamento indiviso, com chefe que</p><p>não manda e povo que não obedece, não pode ser uma</p><p>sociedade. Logicamente, foi a segunda interpretação</p><p>25 que vingou.</p><p>Maria Inês P. Cox. A noção de etnocídio: para pensar a questão</p><p>do silenciamento das línguas indígenas no Brasil. In: Polifonia,</p><p>v. 12, n.º 1. Cuiabá: EdFMT, 2006, p. 70-1 (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ao explicitar a circunstância expressa por ―Na cultura</p><p>ocidental‖ (L.1), a autora exclui da caracterização de</p><p>sociedade que descreve</p><p>A - a divisão ―entre uma elite que governa e uma</p><p>massa que é governada‖ (L.4-5).</p><p>B - a tradição herdada da ―Grécia Clássica‖ (L5).</p><p>C - a ―divisão e a desigualdade‖ (L.7-8)</p><p>consubstanciadas na ―dominação política‖ (L.9).</p><p>D - as ―sociedades indígenas‖ (L.14) que apresentam</p><p>―alteridade organizacional‖ (L.17).</p><p>E - o ―princípio da divisão‖ (L.18-19) como algo</p><p>inerente à ―máquina governamental‖ (L.13).</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Assinale a opção correta a respeito das estruturas</p><p>linguísticas e da organização das ideias do texto.</p><p>A - O uso da estrutura sintática de voz passiva em ―é</p><p>sempre pensada‖ (l.2) indica que o verbo pensar está</p><p>sendo usado com as mesmas relações sintáticas</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>18</p><p>estabelecidas pela acepção usada em pensamos</p><p>sobre a sociedade.</p><p>B - Na linha 3, a expressão ―ou seja‖ marca, na</p><p>organização do texto, mudança da direção</p><p>argumentativa, fazendo uma ressalva acerca de um</p><p>argumento que, mesmo que abrangente, não se aplica</p><p>―sempre‖.</p><p>C - O uso do futuro do pretérito em ―fariam‖ (l.8) e</p><p>―seria‖ (l.9) indica que as características associadas a</p><p>esses verbos constituem conceitos que a autora do</p><p>texto não pretende que sejam tomados como seus.</p><p>D - Na linha 20, apesar de a presença da preposição</p><p>depois de ―inerente‖ e de ―passavam‖ ser exigida,</p><p>respectivamente, pelo adjetivo e pelo verbo, o sinal</p><p>indicativo de crase presente em ―à sociedade‖ poderia</p><p>também ser usado em ―a desconfiar‖.</p><p>E - Como a vírgula depois de ―obedece‖ (l.23) é de uso</p><p>opcional, sua retirada não provocaria erro gramatical</p><p>nem alteraria as ideias expressas no período em que</p><p>ocorre.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Apesar da alteração nas relações de sentido,</p><p>preservam-se a coerência entre os argumentos e a</p><p>correção gramatical do texto ao se substituir</p><p>A - ―de um‖ (l.3) por que um.</p><p>B - ―lhe seria‖ (l.9) por seria-lhe.</p><p>C - ―Era assim‖ (l.10) por Assim.</p><p>D - ―concebiam‖ (l.16) por se concebia.</p><p>E - ―pode‖ (l.23) por possa.</p><p>Texto para as questões de 4 a 6</p><p>É preciso partir da vida. Mas não vida em geral, e</p><p>sim da vida hoje, no contexto contemporâneo, frente a</p><p>duas tendências contrapostas que nos obrigam a</p><p>repensar esse termo tão antigo e a cada dia mais</p><p>5 invocado. A primeira dessas tendências pode ser</p><p>formulada como segue: o poder tomou de assalto a</p><p>vida. Isto é, o poder penetrou todas as esferas da</p><p>existência, e as mobilizou, e as pôs para trabalhar em</p><p>proveito próprio. Desde os genes, o corpo, a</p><p>10 afetividade, o psiquismo, até a inteligência, a</p><p>imaginação, a criatividade, tudo isso foi violado e</p><p>invadido, imobilizado e colonizado, quando não</p><p>diretamente expropriado pelos poderes. Os poderes</p><p>operam de maneira imanente — não mais de fora nem</p><p>15 de cima, mas como que por dentro, incorporando,</p><p>integralizando, monitorando, investindo de maneira</p><p>antecipatória até mesmo os possíveis que se vão</p><p>engendrando, colonizando o futuro. É onde intervém o</p><p>segundo eixo que eu gostaria de evocar. Resumo este</p><p>20 eixo da seguinte maneira: quando parece que ―está</p><p>tudo dominado‖, no extremo da linha se insinua uma</p><p>reviravolta que ressignifica a própria dominação. Aquilo</p><p>que parecia submetido, subsumido, controlado,</p><p>dominado, ―a vida‖, revela no processo mesmo de</p><p>25 expropriação sua positividade indomável e primeira.</p><p>As forças vivas presentes na rede social deixam assim</p><p>de ser reservas passivas à mercê de um monstro</p><p>insaciável, para se tornarem positividade imanente e</p><p>expansiva que os poderes se esforçam em regular,</p><p>modular ou controlar.</p><p>Peter Pál Pelbart. A colonização do futuro. In: Filosofia</p><p>Especial, ano II, n.º 8, p. 47-8 (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Assinale a opção correta a respeito das relações de</p><p>coesão do texto.</p><p>A - A expressão ―esse termo‖ (l.4) retoma a ideia</p><p>anteriormente expressa por ―contexto‖ (l.2), que terá</p><p>suas características contemporâneas explicitadas no</p><p>período final do texto, iniciado por ―As forças vivas‖</p><p>(l.19).</p><p>B - Os termos ―A primeira dessas tendências‖ (l.5) e ―o</p><p>segundo eixo‖ (l.18-19) retomam a ideia de ―duas</p><p>tendências contrapostas‖ (l.3), que são,</p><p>respectivamente, resumidas por o poder toma de</p><p>assalto a vida e uma reviravolta ressignifica a</p><p>dominação.</p><p>C - O termo ―tudo isso‖ (l.11) resume e retoma a</p><p>argumentação desde o início do texto, e sua presença</p><p>reforça a ideia de que é ―preciso partir da vida‖ (l.1).</p><p>D - O desenvolvimento do texto permite subentender</p><p>que a expressão ―forças vivas‖ (l.26) constitui uma</p><p>outra forma de se referir a ―poderes‖ (l.13).</p><p>E - O pronome ―Aquilo‖ (l.22) desempenha, na</p><p>construção da textualidade, a função de retomar as</p><p>ideias que compõem ―o segundo eixo‖ (l.18-19).</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Infere-se da argumentação do texto que</p><p>I - pensar a ―vida hoje‖ (l.2) significa considerar sua</p><p>relação com o poder, que tenta regulá-la e controlá-la.</p><p>II - as ―esferas da existência‖ (l.7-8) tomadas pelo</p><p>―poder‖ (l.6-7) transformam-se em ―poderes‖ (l.13)</p><p>que passam a monitorar e colonizar o futuro.</p><p>III - o poder não é apenas um ―monstro insaciável‖</p><p>(l.27-28) porque a própria</p><p>vida se torna positividade</p><p>que lhe opõe resistência.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>A - Apenas o item I está certo.</p><p>B - Apenas o item II está certo.</p><p>C - Apenas o item III está certo.</p><p>D - Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>E - Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>A coerência e a correção gramatical do texto serão</p><p>preservadas caso se proceda</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>19</p><p>A - à inserção do sinal indicativo de crase em ―a duas‖</p><p>(.2-3).</p><p>B - à substituição do sinal de dois-pontos depois de</p><p>―segue‖ (l.6) e depois de ―maneira‖ (l.20) por vírgulas.</p><p>C - à retirada do pronome ―se‖ do trecho ―se insinua</p><p>uma reviravolta‖ (l.21-22).</p><p>D - à inserção do pronome se com o verbo ―revela‖</p><p>(l.24), escrevendo revela-se ou se revela.</p><p>E - à substituição de ―tornarem‖ (l.28) por tornar.</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Criatividade e inovação já não são encaradas como</p><p>desafios do futuro, mas como imperativos do presente.</p><p>A crescente complexidade do cenário mundial, os</p><p>problemas socioeconômicos a serem resolvidos, o</p><p>5 impressionante desenvolvimento da tecnologia, as</p><p>incertezas do futuro são alguns dos fatores que</p><p>justificam a valorização crescente da criatividade e da</p><p>inovação no momento atual. Sem dúvida, a meu ver, a</p><p>importância da criatividade e de seu desenvolvimento</p><p>10 não repousa apenas no que ela significa</p><p>socialmente, mas também pelo que significa para o</p><p>bem-estar pessoal e para o desenvolvimento dos</p><p>indivíduos, dos grupos e das organizações. Albertina M.</p><p>Martinez. Criatividade e saúde nos indivíduos e nas</p><p>organizações.</p><p>In: Ângela M. R. Virgolim (Org.). Talento</p><p>criativo. Ed. UnB, 2007, p. 53 (com adaptações).</p><p>Julgue os seguintes itens, a respeito do uso das</p><p>estruturas inguísticas na organização das ideias do</p><p>texto acima.</p><p>I - A omissão do advérbio ―já‖ (l.1) manteria a</p><p>coerência entre os argumentos, mas não permitiria</p><p>inferir que, no passado, ―Criatividade e inovação‖ (l.1)</p><p>foram consideradas ―desafios do futuro‖ (l.2) .</p><p>II - A presença da estrutura verbal ―a serem resolvidos‖</p><p>(l.4) marca uma situação futura que, se omitida,</p><p>provocaria alteração nas relações de sentido, mas não</p><p>tornaria a argumentação incoerente.</p><p>III - A retirada da oração ―são alguns dos fatores‖ (l.6)</p><p>tornaria o texto mais formal e não prejudicaria sua</p><p>argumentação, desde que o verbo ―justificam‖ (l.7)</p><p>fosse flexionado no singular.</p><p>IV - O desenvolvimento das ideias permite também</p><p>usar o verbo ―repousa‖ (l.10) flexionado no plural, sem</p><p>prejudicar a correção gramatical do texto.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>A - I e II. B - I e III. C - I e IV.</p><p>D - II e III. E - III e IV.</p><p>Texto para as questões 8 e 9</p><p>O enfoque histórico-cultural do desenvolvimento</p><p>humano considera que os processos psicológicos</p><p>especificamente humanos se formam e se desenvolvem</p><p>em função das condições sociais da vida,</p><p>5 especificamente com base nas inter-relações que o</p><p>indivíduo estabelece com os outros seres sociais e com</p><p>os objetos produzidos culturalmente. Nessa</p><p>perspectiva, a subjetividade, como segmento do real</p><p>caracterizado por processos complexos de significação</p><p>10 e de sentido, vai-se construindo e desenvolvendo</p><p>em função dessa intrincada rede de interações. É um</p><p>processo complexo, no qual o social (em seu sentido</p><p>mais amplo) participa da construção de um segmento</p><p>de um real qualitativamente diferente (o subjetivo) e</p><p>15 este, por sua vez, participa da transformação dos</p><p>elementos que lhe deram origem.</p><p>Idem, ibidem.</p><p>QUESTÃO 8</p><p>Assinale a opção correta acerca do texto.</p><p>A - O ―desenvolvimento humano‖ (l.1-2), por ser de</p><p>natureza histórico-cultural, deve ser explicado nessa</p><p>perspectiva, o que exclui outros enfoques.</p><p>B - O termo ―Nessa perspectiva‖ (l.7-8) restringe, na</p><p>argumentação, a interpretação dos ―processos</p><p>psicológicos‖ (l.2), considerados propriedade</p><p>especificamente dos humanos.</p><p>C - Na linha 11, o adjetivo ―intrincada‖ se aplica a ―rede</p><p>de interações‖ porque esta se constitui na</p><p>complexidade do plano psicológico.</p><p>D - Por inserirem informações adicionais que explicam</p><p>termos anteriores, as expressões usadas entre</p><p>parênteses, nas linhas 12-13 e 14, poderiam, também,</p><p>vir expressas entre vírgulas.</p><p>E - O pronome ―este‖ (l15) retoma, no desenvolvimento</p><p>do texto, a ideia de ―processo complexo‖ (l.12), para</p><p>torná-lo agente de novas transformações.</p><p>QUESTÃO 9</p><p>Assinale a opção correta a respeito do uso das</p><p>estruturas lingüísticas no texto.</p><p>A - O uso do singular em ―desenvolvimento humano‖</p><p>(l.1-2) determina a flexão de singular em ―considera‖</p><p>(l.2).</p><p>B - Na linha 3, para evitar-se a redundância do uso do</p><p>pronome ―se‖, pode-se retirar o primeiro deles, antes</p><p>de ―formam‖, deixando-o apenas subentendido.</p><p>C - A flexão de masculino no termo ―caracterizado‖ (l.9)</p><p>remete a ―segmento do real‖ (l.8); por isso, sua flexão</p><p>no feminino provocaria incoerência e erro gramatical no</p><p>texto.</p><p>D - Na linha 11, a forma verbal ―É‖ concorda com ―um</p><p>processo complexo‖ e tem função coesiva ao deixar</p><p>subentendida a referência a ―subjetividade‖ (l.8).</p><p>E - O pronome ―lhe‖ (l.16) estabelece uma relação de</p><p>causa e consequência entre ―origem‖ (l.16) e</p><p>―intrincada rede de interações‖ (l.11), de tal maneira</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>20</p><p>que sua substituição por à ela preservaria a correção e</p><p>a coerência textuais.</p><p>Prova 9 - UnB/CESPE – INSS – PERITO MÉDICO –</p><p>03/2010</p><p>Texto para os itens de 1 a 10</p><p>A Revolta da Vacina</p><p>O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para</p><p>o século XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e</p><p>sujas, saneamento precário e foco de doenças como</p><p>febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios</p><p>5 estrangeiros faziam questão de anunciar que não</p><p>parariam no porto carioca e os imigrantes recém-</p><p>chegados da Europa morriam às dezenas de doenças</p><p>infecciosas.</p><p>Ao assumir a presidência da República, Francisco</p><p>10 de Paula Rodrigues Alves instituiu como meta</p><p>governamental o saneamento e reurbanização da</p><p>capital da República. Para assumir a frente das</p><p>reformas, nomeou Francisco Pereira Passos para o</p><p>governo municipal. Este, por sua vez, chamou os</p><p>15 engenheiros Francisco Bicalho para a reforma do</p><p>porto e Paulo de Frontin para as reformas no centro.</p><p>Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz</p><p>para o saneamento.</p><p>O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas</p><p>20 mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços</p><p>e o conseqüente despejo de seus moradores. A</p><p>população apelidou o movimento de o ―bota-abaixo‖. O</p><p>objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e</p><p>modernas avenidas com prédios de cinco ou seis</p><p>25 andares.</p><p>Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de</p><p>saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste,</p><p>ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade</p><p>espalhando raticidas, mandando remover o lixo e</p><p>30 comprando ratos. Em seguida o alvo foram os</p><p>mosquitos transmissores da febre amarela.</p><p>Finalmente, restava o combate à</p><p>varíola.Autoritariamente, foi instituída a lei de</p><p>vacinação obrigatória.A população, humilhada pelo</p><p>35 poder público autoritário e violento, não acreditava</p><p>na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a</p><p>exposição das partes</p><p>do corpo a agentes sanitários do</p><p>governo.</p><p>A vacinação obrigatória foi o estopim para que o</p><p>40 povo, já profundamente insatisfeito com o ―bota-</p><p>abaixo‖ e insuflado pela imprensa, se revoltasse.</p><p>Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e</p><p>do exército até ser reprimido com violência. O episódio</p><p>transformou, no período de 10 a 16 de novembro de</p><p>45 1904, a recém-reconstruída cidade do Rio de</p><p>Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas</p><p>barricadas e ocorreram confrontos generalizados.</p><p>Internet: <www.ccs.saude.gov.br> (com adaptações).</p><p>Com base na leitura do texto acima, julgue os itens de</p><p>1 a 5.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>21</p><p>1 - O texto faz um histórico da Revolta da Vacina,</p><p>ocorrida no Rio de Janeiro, mostrando explicitamente o</p><p>ponto de vista do autor acerca do tema.</p><p>2 - Caso se retire a conjunção ―e‖ (l.6) e se coloque,</p><p>em seu lugar, um ponto final seguido de letra</p><p>maiúscula, não se altera a interpretação do texto.</p><p>3 - Mantém-se o sentido do texto e a correção</p><p>gramatical caso se retire a vírgula que vem logo depois</p><p>de ―Este‖ (l.14).</p><p>4 - O texto apresenta marcadores que evidenciam a</p><p>progressão da narrativa, tais como ―Ao mesmo tempo‖</p><p>(l.26) e ―Finalmente‖ (l.32).</p><p>5 - Na linha 47, a expressão ―confrontos generalizados‖</p><p>desempenha a função sintática de complemento de</p><p>―ocorreram‖.</p><p>Cada um dos itens a seguir apresenta uma proposta de</p><p>reescritura do período ―A vacinação obrigatória foi o</p><p>estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito</p><p>com o ‗bota-abaixo‘ e insuflado pela imprensa, se</p><p>revoltasse.‖ (l.39-41). Julgue-os quanto à correção</p><p>gramatical e à coerência com as ideias do texto.</p><p>6 - O fato de haver vacinação compulsória, foi apenas</p><p>mais um dos elementos para que a população do Rio,</p><p>insatisfeita com o ―bota-abaixo‖ e insuflada pela</p><p>imprensa, se revoltasse.</p><p>7 - O povo por estar insatisfeito com o ―bota-abaixo‖ e</p><p>influenciado pela imprensa se revoltou contra a vacina.</p><p>8 - A vacinação obrigatória foi o elemento essencial</p><p>para que ocorresse a Revolta da Vacina, embora a</p><p>população já estivesse muito insatisfeita com o ―bota-</p><p>abaixo‖ e sendo insuflada pela imprensa.</p><p>9 - A população do Rio fez uma revolta por causa da</p><p>vacinação obrigatória, uma vez que já estava</p><p>insatisfeita com o ―bota-abaixo‖ e insufladas pela</p><p>imprensa.</p><p>10 - O fato de a vacinação contra a varíola ser</p><p>obrigatória levou o povo a se revoltar, embora</p><p>houvesse outros motivos, tais como o ―bota-abaixo‖,</p><p>além da motivação da imprensa.</p><p>Prova 10 - UnB/CESPE – INCA Técnico – 03/2010</p><p>Entre os maiores obstáculos ao pleno</p><p>desenvolvimento do Brasil, está a educação. Este é o</p><p>próximo grande desafio que deve ser enfrentado com</p><p>paciência, mas sem rodeios. É a bola da vez dentro das</p><p>5 políticas públicas prioritárias do Estado. Nos anos 90</p><p>do século passado, o país derrotou a inflação — que</p><p>corroía salários, causava instabilidade política e</p><p>irracionalidade econômica. Na primeira década deste</p><p>século, os avanços deram-se em direção a uma agenda</p><p>10 social, voltada para a redução da pobreza e da</p><p>desigualdade estrutural. Nos próximos anos, a questão</p><p>da melhoria da qualidade do ensino deve ser uma</p><p>obrigação dos governantes, sejam quais forem os</p><p>ungidos pelas decisões das urnas.</p><p>Jornal do Brasil, Editorial, 21/1/2010 (com adaptações).</p><p>Em relação aos significados e às estruturas linguísticas</p><p>do texto acima, julgue os itens a seguir.</p><p>1 - Subentende-se das informações do texto que a</p><p>educação não é o único obstáculo ao pleno</p><p>desenvolvimento do Brasil.</p><p>2 - A expressão ―bola da vez‖ (l.4) é empregada, no</p><p>texto, em sentido denotativo ou literal.</p><p>3 - A substituição do travessão por vírgula, em</p><p>―derrotou a inflação — que corroía salários‖ (l.6-7),</p><p>prejudica a correção gramatical do período.</p><p>4 - O emprego de vírgula após ―anos‖, em ―Nos</p><p>próximos anos, a questão da melhoria da qualidade do</p><p>ensino deve ser uma obrigação dos governantes‖ (l.11-</p><p>13), justifica-se por isolar termo adverbial, com noção</p><p>de tempo, deslocado do final para o começo do período.</p><p>5 - A palavra ―ungidos‖, que, no dicionário, significa</p><p>consagrados, foi empregada na linha 14 em sentido</p><p>conotativo e equivale a escolhidos, convalidados.</p><p>Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral</p><p>da Criança monitora atualmente cerca de 2 milhões de</p><p>crianças de até 6 anos de idade e 80 mil gestantes,</p><p>com presença em mais de 3,5 mil municípios em todo o</p><p>5 país, graças à colaboração de 155 mil voluntários. A</p><p>importância da Pastoral é palpável: a média nacional de</p><p>mortalidade infantil para crianças de até 1 ano, que é</p><p>de 22 indivíduos por mil nascidos vivos, cai para 12 por</p><p>mil nos lugares atendidos pela instituição. Na primeira</p><p>10 experiência da Pastoral, em Florestópolis, no</p><p>Paraná, a mortalidade infantil despencou de 127 por mil</p><p>nascimentos para 28 por mil — em apenas um ano.</p><p>Sua metodologia é simples — por meio de conversas</p><p>frequentes com a família, o voluntário receita cuidados</p><p>15 básicos para evitar que a criança morra por falta de</p><p>conhecimento, como os hábitos de higiene, a</p><p>administração do soro caseiro e a adoção da farinha de</p><p>multimistura na alimentação, que se tornou uma</p><p>solução simples e emblemática contra a desnutrição.</p><p>20 Mas o seu segredo é um só: a persistência.</p><p>Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptações).</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>22</p><p>Acerca do texto acima, das suas características e</p><p>estruturas linguísticas, julgue os itens de 6 a 11.</p><p>6 - Mantém-se a correção gramatical do período ao se</p><p>substituir ―cerca de‖ (l.2) por acerca de.</p><p>7 - O emprego do sinal de dois-pontos em ―é palpável:‖ (l.6)</p><p>justifica-se porque o trecho subsequente a esse sinal</p><p>apresenta argumento comprobatório da afirmativa anterior.</p><p>8 - Depreende-se das informações do texto que os</p><p>lugares não atendidos pela Pastoral da Criança</p><p>apresentam média de mortalidade infantil para crianças</p><p>de até 1 ano maior que a dos lugares em que a Pastoral atua.</p><p>9 - O emprego de vírgula após ―higiene‖ (l.16) justifica-</p><p>se porque isola elemento adverbial deslocado.</p><p>10 - O trecho ―que se tornou uma solução simples e</p><p>emblemática contra a desnutrição‖ (l.18-19) está</p><p>precedido por vírgula porque se trata de um trecho com</p><p>função restritiva.</p><p>11 - Esse texto é predominantemente narrativo.</p><p>No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) presta</p><p>atendimento universal e gratuito a 160 milhões de</p><p>brasileiros que não têm planos de saúde privados. Com</p><p>o fim dos antigos institutos de previdência, as críticas</p><p>5 ao SUS são corriqueiras. É que a demanda é maior do</p><p>que a oferta, por causa da concentração dos serviços</p><p>nas capitais e cidades-polos país afora. O SUS foi criado</p><p>com a finalidade de alterar a situação de desigualdade</p><p>na assistência à saúde da população, tornando</p><p>10 obrigatório o atendimento público gratuito a</p><p>qualquer brasileiro. Do sistema fazem parte os centros</p><p>e postos de saúde, hospitais, incluindo os</p><p>universitários, além de laboratórios, hemocentros,</p><p>bancos de sangue, fundações e órgãos de pesquisa,</p><p>15 como a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital</p><p>Brazil.</p><p>O SUS tornou-se, pois, uma enorme estrutura,</p><p>atendendo também a 5 milhões de trabalhadores</p><p>rurais. Esse colossal inchaço trouxe dificuldades no que</p><p>20 se refere a gestão e aplicação de recursos. Contudo,</p><p>tem dado conta, razoavelmente, do recado.</p><p>Estado</p><p>de Minas, Editorial, 11/1/2010 (com adaptações).</p><p>A respeito do texto acima e das suas estruturas</p><p>linguísticas, julgue os itens que se seguem.</p><p>12 - No trecho ―a 160 milhões de brasileiros‖ (l.2-3), a</p><p>preposição ―a‖ é exigida devido à regência de</p><p>―atendimento‖ (l.2).</p><p>13 - A palavra ―corriqueiras‖ (l.5) está sendo</p><p>empregada, no texto, com o sentido de violentas,</p><p>arrasadoras.</p><p>14 - O emprego de acento grave indicativo de crase em</p><p>―à saúde‖ (l.9) justifica-se pela regência de</p><p>―desigualdade‖ (l.8), que exige preposição, e pela</p><p>presença de artigo definido feminino.</p><p>15 - As palavras ―Único‖ (l.1), ―críticas‖ (l.4) e ―público‖</p><p>(l.10) recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica</p><p>na antepenúltima sílaba.</p><p>16 - Depreende-se das informações do texto que o SUS</p><p>não consegue alterar minimamente a situação de</p><p>desigualdade na assistência à saúde da população.</p><p>A disseminação do vírus H1N1, causador da gripe</p><p>denominada Influenza A, ocorre, principalmente, por</p><p>meio das gotículas expelidas na tosse e nos espirros, do</p><p>contato com as mãos e os objetos manipulados pelos</p><p>doentes e do contato com material gastrointestinal. O</p><p>período de incubação vai de dois a sete dias, mas a</p><p>maioria dos pacientes pode espalhar o vírus desde o</p><p>primeiro dia de contaminação, antes mesmo do</p><p>surgimento dos sintomas, e até aproximadamente sete</p><p>dias após seu desaparecimento. Adverte-se, pois, que</p><p>as precauções com secreções respiratórias são de</p><p>importância decisiva, motivo pelo qual são</p><p>recomendados cuidados especiais com a higiene e o</p><p>isolamento domiciliar ou hospitalar, segundo a</p><p>gravidade de cada caso.</p><p>Diário do Nordeste (CE), Editorial, 11/1/2010.</p><p>Acerca do texto acima e dos seus aspectos linguísticos,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>17 - Depreende-se das informações do texto que, assim</p><p>que desaparecem os sintomas, não há mais</p><p>possibilidade de que o paciente contagie outra pessoa</p><p>com o vírus H1N1.</p><p>18 - Esse texto é predominantemente dissertativo.</p><p>19 - A substituição de ―pelo qual‖ (l.11), pelo termo</p><p>por que mantém a correção gramatical do período.</p><p>20 - Mantém-se a correção gramatical do período</p><p>substituindo-se ―pois‖ (l.9) por por conseguinte ou</p><p>portanto.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>23</p><p>Prova 11 - UnB/CESPE – INCA Analista – 03/2010</p><p>Um dos aspectos mais notáveis da aventura do</p><p>homem ao longo da história tem sido seu constante</p><p>anseio de buscar novas perspectivas, abrir horizontes</p><p>desconhecidos, investigar possibilidades ainda</p><p>5 inexploradas, enfim, ampliar o conhecimento. Desde</p><p>seus primórdios, os seres humanos dedicam-se a</p><p>investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade, este</p><p>desejo de conhecer, uma das mais significativas forças</p><p>impulsoras da humanidade. O fato é que essa</p><p>10 ininterrupta e incansável luta pelo saber tem sido</p><p>uma das mais importantes atividades do homem.</p><p>Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de</p><p>descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar em toda</p><p>sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem</p><p>15 depara-se com seus limites. Ora, aceitando-se que</p><p>o objetivo, visto como bom para o labor de investigar, é</p><p>o benefício do homem e nunca seu prejuízo,</p><p>dificilmente se admitiria que a caminhada com vistas a</p><p>esse benefício, ou seja, os procedimentos destinados a</p><p>20 fazer progredir o saber, pudesse fazer-se sem o</p><p>respeito aos valores maiores do homem, tais como sua</p><p>vida, sua saúde, sua liberdade, sua dignidade.</p><p>Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.)</p><p>Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com</p><p>adaptações).</p><p>A partir da argumentação do texto acima, bem como</p><p>das estruturas linguísticas nele utilizadas, julgue os</p><p>itens que se seguem.</p><p>1 - Subentende-se da argumentação do texto que</p><p>vários aspectos notáveis fizeram parte da ―aventura do</p><p>homem ao longo da história‖ (l.1-2).</p><p>2 - Seriam preservadas a correção gramatical do texto,</p><p>bem como a coerência de sua argumentação, se, em</p><p>lugar de ―tem sido‖ (l.2), fosse usada a forma verbal é;</p><p>no entanto, a opção empregada no texto ressalta o</p><p>caráter contínuo e constante dos aspectos</p><p>mencionados.</p><p>3 - O desenvolvimento do texto mostra que as</p><p>expressões ―constante anseio de buscar novas</p><p>perspectivas‖ (l.2-3), ―ininterrupta e incansável luta</p><p>pelo saber‖ (l.10) e ―insaciável afã de descobrir, criar,</p><p>conquistar‖ (l.12-13) referem-se à idéia expressa em</p><p>―uma das mais significativas forças impulsoras da</p><p>humanidade‖ (l.8-9).</p><p>4 - A oração iniciada por ―ao dar vazão‖ (l.12)</p><p>apresenta uma causa para o homem deparar-se ―com</p><p>seus limites‖ (l.14-15).</p><p>5 - A repetição da preposição a em ―ao tentar‖ (l.13) é</p><p>fundamental para mostrar que a oração aí iniciada está</p><p>em paralelo com a oração iniciada por ―ao dar vazão‖</p><p>(l.12); e que não se trata de mais um termo da</p><p>enumeração de verbos que complementam ―afã de‖</p><p>(l.12).</p><p>A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores</p><p>envolvidos com a temática da saúde maiores esforços</p><p>para compreender as mudanças recentes, pois o modo</p><p>de as pessoas fazerem uso de suas capacidades físicas,</p><p>5 cognitivas e afetivas para produzir foi transformado.</p><p>A organização do trabalho, ao atingir o indivíduo,</p><p>modifica a sua maneira de enfrentar os riscos e traz</p><p>efeitos sobre a saúde ainda não perfeitamente</p><p>conhecidos ou dimensionados. Enfrentam-se,</p><p>10 teoricamente e na prática, as manifestações de</p><p>saúde, a qual é alterada no seio da sociedade devido</p><p>aos efeitos da desigualdade da distribuição dos bens</p><p>produzidos, à aquisição de uma multiplicidade de</p><p>conhecimentos e de erros, às possibilidades de domínio</p><p>15 dos territórios e comportamentos e ao choque</p><p>contínuo dos conflitos. Os profissionais deparam-se,</p><p>frequentemente, com as suas tentativas frustradas de</p><p>estabelecer um perfil de morbidade coerente com as</p><p>queixas dos trabalhadores relacionadas, por exemplo,</p><p>20 ao desconforto do posto de trabalho, à sensação de</p><p>esgotamento, ou às perturbações na vida familiar. Ada</p><p>Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as</p><p>relações saúde e trabalho.</p><p>In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.o 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações).</p><p>Com base nas estruturas linguísticas e nas relações</p><p>argumentativas do texto acima, julgue os itens</p><p>seguintes.</p><p>6 - A organização das ideias no texto mostra que</p><p>―realidade atual‖ (l.1) constitui a circunstância de</p><p>tempo em que a ―temática da saúde‖ (l.2) está sendo</p><p>considerada; por isso, mantêm-se as relações entre os</p><p>argumentos e a correção gramatical ao se iniciar o</p><p>texto com Na realidade atual.</p><p>7 - Na linha 2, em razão da acepção de ―envolvidos‖</p><p>usada no texto, é possível substituir ―com a‖ por na,</p><p>sem prejudicar sua correção gramatical, nem tornar</p><p>incoerente a relação entre as ideias apresentadas.</p><p>8 - A preposição em ―para compreender‖ (l.3) e ―para</p><p>produzir‖ (l.5) expressa o sentido de finalidade: a</p><p>finalidade dos ―esforços‖ (l.2) e das ―capacidades‖ (l.4),</p><p>respectivamente.</p><p>9 - A organização dos argumentos no texto mostra que</p><p>seria preservada a coerência entre as ideias originais do</p><p>texto, bem como sua correção gramatical, fazendo-se,</p><p>na linha 11, a concordância de ―alterada‖ com</p><p>―manifestações‖, da seguinte forma: as quais são</p><p>alteradas.</p><p>10 - A presença da preposição a em ―à aquisição‖</p><p>(l.13), ―às possibilidades‖ (l.14) e ―ao choque‖ (l.15) é</p><p>exigida por ―Enfrentam-se‖ (l.9); por isso, sua</p><p>repetição é importante, pois explicita as relações entre</p><p>termos tão distantes no período sintático.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>24</p><p>11 - No texto, o termo ―Os profissionais‖ (l.16) retoma</p><p>―pesquisadores‖ (l.1), ―pessoas‖ (l.4) e ―indivíduo‖</p><p>(l.6).</p><p>Vale a apena rever certas crenças que se têm</p><p>multiplicado a respeito das chamadas emoções</p><p>negativas.Diferentemente do que alguns autores</p><p>propõem, sublimá-las não gera benefícios para a</p><p>5 pessoa — essa atitude, aliás, tende mais a trazer-lhe</p><p>prejuízos à saúde. Pesquisas científicas recentes sobre</p><p>a raiva reforçam essa linha de pensamento, e uma</p><p>delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo</p><p>menos três vezes mais propenso a admitir que chegou</p><p>10 a um ponto em sua carreira no qual não consegue</p><p>mais progredir e que tem uma vida pessoal</p><p>decepcionante. Já as pessoas que aprendem a explorar</p><p>e canalizar sua raiva apresentam uma probabilidade</p><p>muito maior de estar bem situadas profissionalmente,</p><p>15 além de desfrutar de maior intimidade física e</p><p>emocional com seus amigos e familiares. Mas qual</p><p>estratégia se deveria adotar para não sentir a raiva e,</p><p>assim, fugir da armadilha que essa atitude representa</p><p>para a saúde? A escolha é, em geral, uma questão de</p><p>20 personalidade, mas também sofre a influência das</p><p>circunstâncias pelas quais a pessoa está passando. ―Eu</p><p>não recomendaria gritar com o chefe. Essa não é a</p><p>melhor solução.‖, diz uma cientista que liderou estudo</p><p>a esse respeito.</p><p>Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).</p><p>A respeito da organização das ideias do texto acima e</p><p>das estruturas linguísticas nele utilizadas, julgue os</p><p>próximos itens.</p><p>12 - A substituição de ―se têm‖ (l.1) por tem altera as</p><p>relações entre os argumentos do texto, mas preserva</p><p>sua coerência e correção gramatical.</p><p>13 - O travessão empregado logo após ―pessoa‖ (l.5),</p><p>usado para destacar a informação final do enunciado,</p><p>pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula.</p><p>14 - Por causa das duas ocorrências do pronome ―que‖</p><p>(l.8-9) no mesmo período sintático, não é recomendada</p><p>a substituição de ―no qual‖ (l.10) por que, apesar de a</p><p>coerência e a correção do texto serem mantidas.</p><p>15 - Por ter como agente ―pessoas‖ (l.12), o infinitivo</p><p>empregado em ―explorar‖ (l.12) poderia ser flexionado</p><p>no plural, explorarem, sem prejudicar a coerência e a</p><p>correção gramatical do texto.</p><p>16 - Mantém-se o respeito à coerência textual e às</p><p>regras gramaticais ao se retirarem as aspas da citação</p><p>final do texto, nas linhas de 21 a 23, reescrevendo-a do</p><p>seguinte modo: Uma cientista que liderou estudo a</p><p>esse respeito diz que não recomendaria gritar com o</p><p>chefe, pois essa não é a melhor solução.</p><p>O regime trabalhista, ao adotar estratégias de</p><p>proteção à saúde do trabalhador, institui mecanismos</p><p>de monitoração dos indivíduos, visando a evitar ou</p><p>identificar precocemente os agravos à sua saúde,</p><p>5 quando produzidos ou desencadeados pelo exercício</p><p>do trabalho. Ao estabelecer a obrigatoriedade na</p><p>realização dos exames pré-admissional, periódico e</p><p>demissional do trabalhador, criou recursos médico-</p><p>periciais voltados à identificação do nexo da</p><p>10 causalidade entre os danos sofridos e a ocupação</p><p>desempenhada.</p><p>Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios</p><p>éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).</p><p>Acerca da organização das estruturas linguísticas do</p><p>texto acima, julgue os itens a seguir.</p><p>17 - A relação de significados que a oração introduzida</p><p>por ―ao adotar‖ (l.1) mantém com as demais orações</p><p>do mesmo período sintático permite que se substitua</p><p>essa oração por se adotasse, sem se prejudicar a</p><p>coerência nem a correção gramatical do texto.</p><p>18 - Para se realçar ―mecanismos de monitoração‖ (l.2-</p><p>3), em vez de ―regime trabalhista‖ (l.1), poderia ser</p><p>usada a voz passiva, escrevendo-se são instituídos</p><p>em vez de ―institui‖ (l.2), sem que a coerência entre os</p><p>argumentos e a correção gramatical do texto fossem</p><p>prejudicadas.</p><p>19 - Na linha 3, não se usa o acento grave na</p><p>preposição a, logo depois de ―visando‖, porque o verbo</p><p>―evitar‖ não admite o artigo definido feminino.</p><p>20 - A vírgula logo depois de ―trabalhador‖ (l.8) é</p><p>opcional e sua retirada preservaria a correção</p><p>gramatical do texto, pois os três termos da enumeração</p><p>que ela tem função de marcar já estão separados pela</p><p>conjunção ―e‖: ―exames pré-admissional, periódico e</p><p>demissional do trabalhador‖ (l.7 a 9).</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>25</p><p>Prova 12 - UnB/CESPE – CETURB – 03/2010</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>26</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>27</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>28</p><p>Prova 13 - UnB/CESPE – ADMISSÃO À CARREIRA</p><p>DE DIPLOMATA – 01/2010</p><p>Texto I – para as questões 1 e 2</p><p>É uma tecla muito batida pelos que procuram</p><p>estudar o caráter dos brasileiros o gosto que estes</p><p>revelam pela improvisação em todos os ramos de</p><p>atividade. A cada passo, se verifica o pendor deles para</p><p>5 as tarefas improvisadas, de que, não raro, se saem</p><p>com brilho e galhardia. Isso de se preparar longa e</p><p>pacientemente para resolver os problemas próprios a</p><p>uma especialidade não vai muito com eles.</p><p>Improvisam-se os nossos sociólogos, improvisam-se os</p><p>10 nossos estadistas, improvisam-se os nossos</p><p>linguistas.</p><p>Os nossos grandes poetas podem se contar pelos</p><p>dedos, e nenhum tivemos até hoje capaz de uma</p><p>destas obras de fôlego, como a Divina Comédia,</p><p>15 o Fausto ou Os Lusíadas, onde, escolhido o tema</p><p>capital, o seu autor põe, ao lado das ideias-mestras da</p><p>cultura do seu tempo, toda a sua inteligência e toda a</p><p>sua sensibilidade. Agora, abancai ao zinco de um bar</p><p>em dias de carnaval e, aparecendo um violão, vereis</p><p>20 com que facilidade o malandro mais desprovido de</p><p>letras inventa um despotismo de quadrinhas de desafio</p><p>ou de embolada. Isso na cidade. No sertão, então, nem</p><p>se fala. Para os matutos do Nordeste, ―poeta‖ só é o</p><p>sujeito capaz de improvisar na boca da viola. Não sei</p><p>25 quem foi o literato que, de uma feita, recitou para</p><p>uns cantadores do sertão algumaspoesias de Bilac. Os</p><p>homens ouviram calados, mas depois indagaram se</p><p>Bilac era ―poeta‖ mesmo.</p><p>— Como poeta mesmo?</p><p>— Nós queremo sabê se ele é capaz mêmo de</p><p>improvisá na viola...</p><p>Manuel Bandeira. O dedo de Deus, o dedo do alemão e o dedo do brasileiro.</p><p>In: Crônicas inéditas II, 1930-1944. São Paulo: Cosac Naify, 2009, p.16.</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Assinale a opção correta acerca de aspectos semânticos</p><p>e morfossintáticos do texto I.</p><p>A - A expressão ―uma tecla muito batida‖ (l.1), de uso</p><p>informal, foi empregada com sentido conotativo e</p><p>significa expressão desgastada pelo uso.</p><p>B - No segmento ―o gosto que estes revelam pela</p><p>improvisação‖ (l.2-3), o termo ―pela improvisação‖</p><p>exerce função distinta</p><p>da exercida na seguinte frase:</p><p>Revelou, pela improvisação, o quanto se afastara da</p><p>cultura clássica.</p><p>C - O vocábulo ―se‖ tem a mesma classificação</p><p>gramatical nas seguintes ocorrências: ―se verifica‖ (l.4)</p><p>e ―se saem‖ (l.5).</p><p>D - No período ―No sertão, então, nem se fala‖ (l.22-</p><p>23), verifica-se a antecipação do adjunto adverbial de</p><p>lugar do verbo falar, o que justifica o emprego da</p><p>vírgula imediatamente após a palavra ―sertão‖.</p><p>E - No trecho ―mas depois indagaram se Bilac era</p><p>‗poeta‘ mesmo‖ (l.23-24), em que se verifica emprego</p><p>de discurso indireto, a oração iniciada pelo conectivo</p><p>condicional ―se‖ expressa uma hipótese acerca do que</p><p>foi mencionado anteriormente.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Com relação ao texto I, julgue C ou E.</p><p>1 ( ) Nesse texto, o autor considera a improvisação um</p><p>traço característico da produção literária brasileira, que</p><p>a distingue da literatura de outros países, bem como</p><p>de outras artes e de outros ofícios nacionais.</p><p>2 ( ) No texto, os traços da cultura brasileira</p><p>destacados servem de contraponto à apologia do</p><p>pendor literário dos estrangeiros, sustentada nas</p><p>premissas de que estes são mais sensíveis que os</p><p>autores brasileiros e de que empenham plenamente sua</p><p>inteligência na produção de suas obras.</p><p>3 ( ) O emprego de verbos flexionados na segunda</p><p>pessoa do plural, evidência do apego do autor ao rigor</p><p>do uso formal da língua escrita, destoa da</p><p>impessoalidade e da objetividade que caracterizam o</p><p>texto.</p><p>4 ( ) O autor do texto não se exime de emitir</p><p>julgamento de valor em relação a obras literárias e a</p><p>escritores, o que se conforma com o gênero do texto: a</p><p>crônica.</p><p>Texto II – para as questões 3 e 4</p><p>A poesia ao meu alcance só podia ser a humilde</p><p>nota individual; mas, como eu disse, não encontrei em</p><p>mim a tecla do verso, cuja ressonância interior não se</p><p>confunde com a de nenhum timbre artificial. Quando</p><p>5 mesmo, porém, eu tivesse recebido o dom do verso,</p><p>teria naufragado, porque não nasci artista. Acredito ter</p><p>recebido como escritor, tudo é relativo, um pouco de</p><p>sentimento, um pouco de pensamento, um pouco de</p><p>poesia, o que tudo junto pode dar, em quem não teve o</p><p>10 verso, uma certa medida de prosa rítmica; mas da</p><p>arte não recebi senão a aspiração por ela, a sensação</p><p>do órgão incompleto e não formado, o pesar de que a</p><p>natureza me esquecesse no seu coro, o vácuo da</p><p>inspiração que me falta... Ustedes me entienden. ―O</p><p>15 artista — disse Novalis — deve querer e poder</p><p>representar tudo‖. Dessa faculdade de representar, de</p><p>criar a menor representação das coisas — quanto mais</p><p>uma realidade mais alta do que a realidade, como</p><p>queria Goethe — fui inteiramente privado. Nem todos</p><p>20 os que têm o dom do verso são por natureza</p><p>artistas, e nem todos os artistas têm o dom do verso; a</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>29</p><p>prosa os possui como a poesia; a mim, porém, não</p><p>coube em partilha nem o verso nem a arte.</p><p>É singular como, entre nós, se distribui o título</p><p>25 de artista. Muitas vezes, tenho lido e ouvido falar de</p><p>Rui Barbosa como de um artista, pelo modo por que</p><p>escreve a prosa. No mesmo sentido, poder-se-ia</p><p>chamar a Krupp artista: a fundição é, de alguma forma,</p><p>uma arte, uma arte ciclópica, e de Rui Barbosa não é</p><p>30 exagerado dizer, pelos blocos de idéias uns sobre os</p><p>outros e pelos raios que funde, que é verdadeiramente</p><p>um ciclope intelectual. Mas o artista? Existirá nele a</p><p>camada da arte? Se existe, e é bem natural, ainda jaz</p><p>desconhecida dele mesmo por baixo das superposições</p><p>35 da erudição e das leituras. Eu mesmo já insinuei</p><p>uma vez: ninguém sabe o diamante que ele nos</p><p>revelaria, se tivesse a coragem de cortar, sem piedade,</p><p>a montanha de luz, cuja grandeza tem ofuscado a</p><p>República, e de reduzi-la a uma pedra.</p><p>Joaquim Nabuco. Minha formação.Editora Universidade de Brasília, 1981, p.64-65.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Acerca do vocabulário e das estruturas linguísticas</p><p>empregados no texto II, julgue C ou E.</p><p>1 ( ) Dado que a conjunção ―Quando‖ (l.4) não</p><p>expressa tempo, a oração que ela inicia poderia ser</p><p>reescrita corretamente da seguinte forma: Mesmo</p><p>que eu tivesse recebido o dom do verso.</p><p>2 ( ) A forma verbal resultar poderia ter sido</p><p>corretamente empregada no lugar da forma ―dar‖ (l.8),</p><p>visto que, além de serem sinônimas, têm a mesma</p><p>regência.</p><p>3 ( ) Como o fato expresso pela forma verbal ―coube‖</p><p>(l.23) pode ser atribuído aos dois núcleos do sujeito,</p><p>relacionados por adição, a substituição dela por</p><p>couberam seria gramaticalmente correta.</p><p>4 ( ) O período iniciado na linha 14 está na ordem</p><p>indireta, como demonstra, por exemplo, a antecipação</p><p>da oração ―de criar a menor representação das coisas‖</p><p>(l.16-17), a qual exerce a função de complemento do</p><p>nome ―privado‖ (l.19).</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Com relação ao texto II, julgue C ou E.</p><p>1 ( ) Segundo o escritor, a arte e o dom do verso são</p><p>aptidões inatas, como evidencia o emprego, entre</p><p>outros, do verbo receber, nas linhas 5, 7 e 11, e da</p><p>expressão ―órgão incompleto e não formado‖ (l.12).</p><p>2 ( ) De acordo com o texto, Novalis confia na</p><p>capacidade do artista de representar a realidade, ao</p><p>contrário de Goethe, que não acredita que a realidade</p><p>possa ser alcançada pela arte.</p><p>3 ( ) No último parágrafo do texto, a comparação</p><p>entre a obra de Rui Barbosa e o produto da indústria</p><p>metalúrgica serve ao propósito de questionar a</p><p>atribuição a esse intelectual do título de artista.</p><p>4 ( ) Depreende-se do texto que o dom da arte pode</p><p>permanecer latente e ser ignorado pelo indivíduo dele</p><p>dotado, durante toda a existência.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Assinale a opção que apresenta o trecho do texto II em</p><p>que foi empregada apenas linguagem denotativa.</p><p>A - ―não encontrei em mim a tecla do verso, cuja</p><p>ressonância interior não se confunde com a de nenhum</p><p>timbre artificial‖ (l.2-4).</p><p>B - ―Quando mesmo, porém, eu tivesse recebido o dom</p><p>do verso, teria naufragado, porque não nasci artista‖</p><p>(l.4-6).</p><p>C - ―mas da arte não recebi senão a aspiração por ela, a</p><p>sensação do órgão incompleto e não formado‖ (l.10-12).</p><p>D - ―Nem todos os que têm o dom do verso são por</p><p>natureza artistas, e nem todos os artistas têm o dom</p><p>do verso‖ (l.19-21).</p><p>E - ―ninguém sabe o diamante que ele nos revelaria, se</p><p>tivesse a coragem de cortar, sem piedade, a montanha</p><p>de luz‖ (l.36-38).</p><p>Texto III – para as questões 6 e 7</p><p>Pernambucano em Málaga</p><p>A cana doce de Málaga</p><p>dá domada, em cão ou gata:</p><p>deixam-na perto, sem medo,</p><p>4 quase vai dentro das casas.</p><p>É cana que nunca morde,</p><p>nem quando vê-se atacada:</p><p>não leva pulgas no pelo</p><p>nem, entre folhas, navalha.</p><p>9 A cana doce de Málaga</p><p>dá escorrida e cabisbaixa:</p><p>naquele porte enfezado</p><p>de crianças abandonadas.</p><p>As folhas dela já nascem</p><p>14 murchas de cor, como a palha:</p><p>ou a farda murcha dos órfãos,</p><p>desde novas, desbotadas.</p><p>A cana doce de Málaga</p><p>não é mar, embora em praias,</p><p>19 dá sempre em pequenas poças,</p><p>restos de uma onda recuada.</p><p>Em poças, não tem do mar</p><p>a pulsação dele, nata:</p><p>sim, o torpor surdo e lasso</p><p>24 que se vê na água estagnada.</p><p>A cana doce de Málaga</p><p>dá dócil, disciplinada:</p><p>dá em fundos de quintal</p><p>e podia dar em jarras.</p><p>29 Falta-lhe é a força da nossa,</p><p>criada solta em ruas, praças:</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>30</p><p>solta, à vontade do corpo,</p><p>nas praças das grandes várzeas.</p><p>João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra e outros</p><p>poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149-50.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>Com relação ao poema, julgue C ou E.</p><p>1 ( ) O contraste entre a ―cana de Málaga‖ e a ―nossa‖</p><p>cana, explícito na última estrofe, é prenunciado pelo</p><p>título do poema e pelas construções negativas usadas</p><p>na caracterização da cana de Málaga.</p><p>2 ( ) A polissemia da palavra ―doce‖ presta-se à</p><p>construção do sentido global do poema, pois permite</p><p>caracterizar tanto o sabor da cana como sua docilidade,</p><p>sua brandura.</p><p>3 ( ) O ufanismo expresso na última estrofe é marca</p><p>do estilo de época a que pertence o poema.</p><p>4 ( ) O poeta contrasta características do espaço</p><p>geográfico da Espanha e do Brasil, para demonstrar</p><p>que, neste país, as condições são mais favoráveis que</p><p>naquele para o cultivo da cana-de-açúcar.</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Com relação ao poema apresentado, julgue C ou E.</p><p>1 ( ) No segundo verso do poema, a expressão ―em</p><p>cão ou gata‖ equivale semanticamente a como cão ou</p><p>gata.</p><p>2 ( ) A forma ―dá‖ é empregada no poema ora como</p><p>verbo intransitivo, nos versos 19 e 27, por exemplo,</p><p>ora como transitivo, nos versos 2 e 26.</p><p>3 ( ) O verso ―naquele porte enfezado‖ (v.11)</p><p>acrescenta circunstância de lugar ao fato expresso na</p><p>terceira estrofe.</p><p>4 ( ) Na última estrofe, a forma verbal ―é‖ foi</p><p>empregada como palavra de realce.</p><p>Texto IV – para as questões 8 e 9</p><p>Que a obra de boa qualidade sempre se destaca é</p><p>uma afirmação sem valor, se aplicada a uma obra de</p><p>qualidade realmente boa e se por ―destaca‖ quer-se</p><p>fazer referência à aceitação na sua própria época. Que</p><p>5 a obra de boa qualidade sempre se destaca, no curso</p><p>de sua futuridade, é verdadeiro; que a obra de boa</p><p>qualidade mas de segunda ordem sempre se destaca,</p><p>na sua própria época, é também verdadeiro.</p><p>Pois como há de um crítico julgar? Quais as</p><p>10 qualidades que formam não o incidental, mas o</p><p>crítico competente? Um conhecimento da arte e da</p><p>literatura do passado, um gosto refinado por esse</p><p>conhecimento, e um espírito judicioso e imparcial.</p><p>Qualquer coisa menos do que isto é fatal ao verdadeiro</p><p>15 jogo das faculdades críticas. (...)</p><p>Quão competente é, porém, o crítico competente?</p><p>Suponhamos que uma obra de arte</p><p>profundamente original surja diante de seus olhos.</p><p>Como a julga ele? Comparando-a com as obras de arte</p><p>20 do passado. Se for original, afastar-se-á em alguma</p><p>coisa — e, quanto mais original, mais se afastará — das</p><p>obras de arte do passado. Na medida em que o fizer,</p><p>parecerá não se conformar com o cânone estético que o</p><p>crítico encontra firmado em seu pensamento. (...)</p><p>25 De todos os lados, ouvimos o clamor de que o</p><p>nosso tempo necessita de um grande poeta. O vazio</p><p>central de todas as modernas realizações é uma coisa</p><p>mais para se sentir do que para ser falada. Se o grande</p><p>poeta tivesse de aparecer, quem estaria presente para</p><p>30 descobri-lo? Quem pode dizer se ele já não</p><p>apareceu? O público ledor vê, nos jornais, notícias das</p><p>obras daqueles homens cuja influência e camaradagens</p><p>tornaram-nos conhecidos, ou cuja secundariedade fez</p><p>que fossem aceitos pela multidão.</p><p>Fernando Pessoa. Fernando Pessoa – obras em</p><p>prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 284-85.</p><p>QUESTÃO 8</p><p>Com relação a vocabulário e aspectos gramaticais do</p><p>texto IV, julgue C ou E.</p><p>1 ( ) Seria mantida a correção gramatical do texto,</p><p>caso fosse suprimido o acento indicativo de crase</p><p>empregado em ―à aceitação na sua própria época‖ (l.3-</p><p>4).</p><p>2 ( ) Na frase ―Quais as qualidades que formam não o</p><p>incidental, mas o crítico competente?‖ (l.8-9), o</p><p>emprego da palavra de realce ―que‖ e a oposição</p><p>estabelecida por ―não..., mas‖ são recursos de ênfase.</p><p>3 ( ) Pelo desenvolvimento das ideias do texto,</p><p>verifica-se que a referência do sujeito elíptico de todas</p><p>as orações do período iniciado por ―Se for original‖</p><p>(l.17) corresponde à expressão ―o crítico competente‖</p><p>(l.14).</p><p>4 ( ) O emprego do pronome ―nos‖, no segmento</p><p>―tornaram-nos conhecidos‖ (�.29), evidencia que o</p><p>autor do texto se inclui entre os homens ―aceitos pela</p><p>multidão‖ (l.30).</p><p>QUESTÃO 9</p><p>Acerca do texto IV e das ideias nele desenvolvidas,</p><p>julgue C ou E.</p><p>1 ( ) O adjetivo ―judicioso‖ (l.11), que significa o</p><p>mesmo que opinioso, é empregado com sentido irônico</p><p>no texto.</p><p>2 ( ) O autor enumera algumas qualidades necessárias</p><p>ao exercício competente da crítica de arte e literatura,</p><p>mas não suficientes para o julgamento de ―uma obra de</p><p>arte profundamente original‖ (l.15).</p><p>3 ( ) O autor mostra-se cético não apenas quanto à</p><p>capacidade da crítica de reconhecer o ―grande poeta‖</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>31</p><p>(l.23) de seu tempo, mas também quanto à</p><p>modernidade.</p><p>4 ( ) Segundo o autor do texto, as obras de arte do</p><p>passado não servem de parâmetro para a crítica,</p><p>porque elas atenderam a cânones estéticos da época</p><p>em que foram produzidas.</p><p>Textos V e VI – para as questões de 10 a 15</p><p>Texto V</p><p>As turmas povoadoras que para lá [Acre]</p><p>seguiam deparavam com um estado social que ainda</p><p>mais lhes engravecia a instabilidade e a fraqueza.</p><p>Aguardava-as, e ainda as aguarda, a mais imperfeita</p><p>5 organização do trabalho que ainda engenhou o</p><p>egoísmo humano.</p><p>Repitamos: o sertanejo emigrante realiza, ali,</p><p>uma anomalia sobre a qual nunca é demasiado insistir:</p><p>é o homem que trabalha para escravizar-se. Ele efetua,</p><p>10 à sua custa e de todo em todo desamparado, uma</p><p>viagem difícil, em que os adiantamentos feitos pelos</p><p>contratadores insaciáveis, inçados de parcelas</p><p>fantásticas e de preços inauditos, o transformam as</p><p>mais das vezes em devedor para sempre insolvente.</p><p>15 A sua atividade, desde o primeiro golpe de</p><p>machadinha, constringe-se para logo num círculo</p><p>vicioso inaturável: o debater-se exaustivo para saldar</p><p>uma dívida que se avoluma, ameaçadoramente,</p><p>acompanhando-lhe os esforços e as fadigas para saldá-</p><p>20 la.</p><p>E vê-se completamente só na faina dolorosa. A</p><p>exploração da seringa, neste ponto pior que a do</p><p>caucho, impõe o isolamento. Há um laivo siberiano</p><p>naquele trabalho. Dostoiévski sombrearia as suas</p><p>25 páginas mais lúgubres com esta tortura: a do</p><p>homem constrangido a calcar durante a vida inteira a</p><p>mesma ―estrada‖, de que ele é o único transeunte,</p><p>trilha obscurecida, estreitíssima e circulante, ao mesmo</p><p>ponto de partida. Nesta empresa de Sísifo a rolar em</p><p>30 vez de um bloco o seu próprio corpo — partindo,</p><p>chegando e partindo — nas voltas constritoras de um</p><p>círculo demoníaco, no seu eterno giro de encarcerado</p><p>numa prisão sem muros, agravada por um ofício</p><p>rudimentar que ele aprende em uma hora para exercê-</p><p>35 lo toda a vida, automaticamente, por simples</p><p>movimentos reflexos — se não o enrija uma sólida</p><p>estrutura moral, vão-se-lhe, com a inteligência</p><p>atrofiada, todas as esperanças, e as ilusões ingênuas, e</p><p>a tonificante alacridade que o arrebataram àquele</p><p>40 lance, à ventura, em busca da fortuna.</p><p>Euclides da Cunha, 1866-1909. Um clima caluniado (fragmento). In:</p><p>Um paraíso perdido: reunião de ensaios amazônicos. Seleção e</p><p>coordenação de Hildon Rocha. Petrópolis: Vozes, Brasília, INL (coleção</p><p>Dimensões do Brasil, v.1), 1976, p. 131-2 (com</p><p>e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>33</p><p>3 ( ) Por serem trechos de ensaios, os textos V e VI</p><p>apresentam-se em linguagem desprovida de</p><p>informalidade, predominando, no texto V, a função</p><p>poética da linguagem e, no texto VI, a função conativa.</p><p>4 ( ) No texto V, corrobora-se a análise da autora do</p><p>texto VI no que concerne às preocupações de Euclides</p><p>da Cunha acerca das condições do interior do país.</p><p>Prova 14 - UnB/CESPE – INMETRO – 01/2010</p><p>Texto para as questões 1 e 2</p><p>A metrologia legal no Brasil precede a Lei n.º</p><p>5.966/1973, que criou o Sistema Nacional de</p><p>Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, do</p><p>qual o INMETRO é o órgão executivo central.</p><p>5 Já na década de 30 do século XX, foi promulgada</p><p>a primeira legislação nos moldes de uma lei de</p><p>metrologia, mas a implantação de um controle</p><p>metrológico, em nível nacional, só se iniciou três</p><p>décadas depois, com a criação do Instituto Nacional de</p><p>10 Pesos e Medidas, cujas atividades foram</p><p>incorporadas pelo INMETRO e atribuídas à Diretoria de</p><p>Metrologia Legal.</p><p>Cabe ao INMETRO, por meio da Diretoria de</p><p>Metrologia Legal, observando a competência que lhe é</p><p>15 atribuída pelas Leis n.º 5.966/1973, n.º 9.933/1999</p><p>e n.º 10.829/2003 e pela Resolução n.º 11/1988 do</p><p>Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e</p><p>Qualidade Industrial (CONMETRO), organizar e executar</p><p>as atividades de metrologia legal no Brasil.</p><p>20 No Brasil, estão sujeitos à regulamentação e ao</p><p>controle metrológico — ação própria de um organismo</p><p>de metrologia legal — os instrumentos de medição e as</p><p>medidas materializadas utilizadas nas atividades</p><p>econômicas (comerciais) e nas medições que</p><p>25 interessem à incolumidade das pessoas nas áreas</p><p>da saúde, da segurança e do meio ambiente, além dos</p><p>produtos pré-medidos.</p><p>Como em todas as sociedades organizadas, o</p><p>desenvolvimento tecnológico, econômico e social tem,</p><p>30 também no Brasil, determinado a efetiva</p><p>implantação do controle metrológico dos instrumentos</p><p>de medição. Cobrindo inicialmente apenas as medições</p><p>em transações comerciais, as atividades de metrologia</p><p>legal vêm sendo estendidas, gradualmente, às demais</p><p>35 áreas previstas na legislação.</p><p>Metrologia legal no Brasil: histórico, abrangência das ações metrológicas e</p><p>estrutura organizacional. Internet: <www.inmetro.gov.br> (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Assinale a opção em que a reescritura da passagem do</p><p>texto, situada nas linhas mencionadas, mantém o</p><p>sentido da informação originalmente apresentada e</p><p>está gramaticalmente correta.</p><p>A - ―do qual o (...) central‖ (l.3-4): onde o órgão</p><p>executivo central é o INMETRO</p><p>B - ―de um controle (...) depois‖ (l.7-9): da metrologia</p><p>brasileira teria-se iniciado em 1960</p><p>C - ―as medidas (...) (comerciais)‖ (l.22-24): as</p><p>medidas materiais utilizadas nas atividades</p><p>econômicas: indústria, comércio e serviços</p><p>D - ―Cobrindo (...) legal‖ (l.32-34): As atividades</p><p>metrológicas legais, que, a princípio, abrangiam</p><p>medições em operações comerciais,</p><p>E - ―vêm sendo (...) na legislação‖ (l.34-35): as outras</p><p>áreas que a legislação prevê está sendo alcançada</p><p>paulatinamente</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Considerando aspectos relativos à pontuação e à</p><p>regência, assinale a opção em que as mudanças</p><p>sugeridas preservam a correção gramatical e as ideias</p><p>do texto.</p><p>A - Retirada da vírgula logo após ―Lei n.º 5.966/1973‖</p><p>(l.1-2) e substituição de ―que‖ (l.2) por e.</p><p>B - Eliminação da vírgula logo após os vocábulos</p><p>―metrológico‖ (l.8) e ―nacional‖ (l.8) e troca de</p><p>―atribuídas‖ (l.11) por conferidas.</p><p>C - Substituição do trecho ―a competência que lhe é</p><p>atribuída‖ (l.14-15) por ao que lhe é atribuído.</p><p>D - Substituição dos travessões, no quarto parágrafo,</p><p>por dois-pontos e vírgula sucessivamente.</p><p>E - Eliminação da vírgula logo após ―tem‖ (l.29) e</p><p>inserção de vírgula logo após ―também‖ (l.30).</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Considere o seguinte requisito: ―A redação oficial deve</p><p>caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão</p><p>culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e</p><p>uniformidade‖ (Manual de Redação da Presidência</p><p>da República, 2002).</p><p>Assinale a opção em que o fragmento apresentado</p><p>atende esse requisito.</p><p>A - Ficamos felizes com o resultado da análise porque</p><p>foi melhor do que imaginávamos.</p><p>B - Talvez seja bom rever o assunto do pedido de</p><p>análise. Consideramos um tanto quanto questionável a</p><p>sua realização, que para nós daria muito trabalho.</p><p>C - A produção não atendeu à legislação, à qual deverá</p><p>ser revista.</p><p>D - O presidente falou claramente de que a decisão é</p><p>inteligente e mais simples do que a lei vigente.</p><p>E - A adequação dos produtos às normas legais implica</p><p>risco diminuído de acidentes aos consumidores.</p><p>Texto para as questões de 4 a 8</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>34</p><p>A análise realizada em diferentes amostras de</p><p>bandeiras do Brasil vai ao encontro das diretrizes do</p><p>Programa de Análise de Produtos, no que diz respeito à</p><p>seleção de produtos consumidos intensiva e</p><p>5 extensivamente pela população. As bandeiras, oficiais</p><p>ou não, são usadas em particular em períodos</p><p>comemorativos, na maioria das vezes relacionados aos</p><p>esportes, ou em datas festivas, tais como a Copa do</p><p>Mundo de Futebol e o dia da Independência do Brasil.</p><p>10 Existiram diferentes versões da Bandeira Nacional,</p><p>antes da que conhecemos, que foi instituída logo após a</p><p>proclamação da República, no dia 15 de novembro de</p><p>1889. Ela ainda sofreu algumas influências da bandeira</p><p>utilizada nos tempos do Império, e a frase ―Ordem e</p><p>15 Progresso‖ inspira-se diretamente no lema do</p><p>movimento positivista de Auguste Comte, ocorrido na</p><p>França, no século XIX: ―o amor por princípio e a ordem</p><p>por base; o progresso por fim‖.</p><p>As quatro cores da Bandeira Nacional</p><p>20 representam, simbolicamente, as famílias reais das</p><p>quais descende D. Pedro I, idealizador da bandeira do</p><p>Império. Com o passar do tempo, essa informação foi</p><p>sendo substituída por uma adaptação feita pelo povo</p><p>brasileiro. Dentro desse contexto, o verde passou a</p><p>25 representar as matas; o amarelo, as riquezas do</p><p>Brasil; o azul, o seu céu e o branco, a paz que deve</p><p>reinar no país.</p><p>As constelações que figuram na Bandeira Nacional</p><p>correspondem ao aspecto do céu, na cidade do Rio de</p><p>30 Janeiro, às 20 h 30 min do dia 15 de novembro de</p><p>1889. As 27 estrelas da nossa bandeira foram</p><p>inspiradas nas constelações presentes no céu do Rio de</p><p>Janeiro e representam simbolicamente os 26 estados e</p><p>o Distrito Federal.</p><p>35 De acordo com a legislação brasileira que trata da</p><p>Bandeira Nacional, seu hasteamento — obrigatório em</p><p>órgãos públicos em dias de festa ou de luto nacional —</p><p>deve ser realizado pela amanhã e seu recolhimento, na</p><p>parte da tarde. A bandeira não pode ficar exposta à</p><p>40 noite, a não ser que esteja bem iluminada.</p><p>Há alguns anos, o INMETRO analisou aspectos</p><p>dimensionais de bandeiras nacionais expostas à venda</p><p>na época. Naquele momento, todas as marcas</p><p>analisadas foram consideradas não conformes aos</p><p>45 requisitos dimensionais estabelecidos pela legislação</p><p>brasileira.</p><p>Este relatório contém informações sobre as</p><p>amostras analisadas e os ensaios realizados, apresenta</p><p>e discute os resultados obtidos, além de fornecer</p><p>50 informações úteis para o consumidor para que se</p><p>entenda o significado do seu símbolo nacional e para</p><p>que se realize uma compra satisfatória, ao observar se</p><p>a bandeira brasileira a ser adquirida está de acordo</p><p>com as especificações técnicas.</p><p>a ser</p><p>implantado na Bahia pode resolver o problema em todo</p><p>o país.</p><p>7 A tecnologia usada atualmente para a emissão de</p><p>carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo</p><p>de transtorno. A foto digital, impressa no documento,</p><p>dificulta adulterações.</p><p>11 A principal novidade do sistema é o envio imediato</p><p>das impressões digitais, por computador, para o banco</p><p>de dados da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma,</p><p>elas podem ser comparadas com as de outros</p><p>brasileiros e estrangeiros cadastrados.</p><p>16 Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue</p><p>em cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são</p><p>conferidas novamente.</p><p>―Você pode até ter a certidão de nascimento de</p><p>outra pessoa, mas, quando tentar tirar a carteira por</p><p>ela, a comparação das impressões digitais vai revelar</p><p>quem é você‖, diz a diretora do Instituto de</p><p>Identificação da Bahia.</p><p>24 Na Bahia, a troca pelo modelo novo será feita aos</p><p>poucos. As atuais carteiras de identidade vão continuar</p><p>valendo e serão substituídas quando houver</p><p>necessidade de emitir-se a segunda via. Por enquanto,</p><p>só a Bahia está enviando os dados para a Polícia</p><p>Federal.</p><p>30 Segundo o Ministério da Justiça, a partir de 2011,</p><p>outros estados devem integrar-se gradativamente ao</p><p>sistema. A previsão é que, em nove anos, todos os</p><p>brasileiros estejam cadastrados em uma base de dados</p><p>unificada na Polícia Federal.</p><p>Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).</p><p>Com relação ao texto acima apresentado, julgue os</p><p>itens de 1 a 12.</p><p>1 - A nova tecnologia de emissão de carteira de</p><p>identidade, criada na Bahia, reduz o risco de fraudes e</p><p>adulterações.</p><p>2 - No texto, tanto o termo ―todo‖ (l.1) quanto ―todo o‖</p><p>(l.5-6) expressam totalidade.</p><p>3 - O texto, que é, predominantemente, descritivo,</p><p>apresenta detalhes do funcionamento do sistema de</p><p>identificação que deve ser implantado em todo o Brasil.</p><p>4 - Os vocábulos ―impressa‖ (l.9) e ―entregue‖ (l.16)</p><p>são particípios irregulares dos verbos imprimir e</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>3</p><p>entregar, respectivamente; tais verbos admitem,</p><p>também, as formas participiais regulares imprimido e</p><p>entregado.</p><p>5 - A palavra ―mas‖ (l.20), no texto, tem sentido</p><p>semelhante ao expresso pelo conectivo e no seguinte</p><p>período: Assinou o documento, e se esqueceu de levá-</p><p>lo.</p><p>6 - Depreende-se do texto que a implantação da nova</p><p>carteira de identidade proporcionará mais agilidade aos</p><p>serviços prestados pelos institutos de identificação do</p><p>Brasil.</p><p>7 - A supressão da vírgula que sucede a palavra</p><p>―ordem‖ (l.16) não acarreta prejuízo à correção</p><p>gramatical do período em questão.</p><p>8 - Infere-se do texto que o processo de emissão da</p><p>nova carteira de identidade será menos dispendioso</p><p>para o cidadão, visto que as fotos necessárias para o</p><p>documento serão feitas pelo próprio instituto de</p><p>identificação.</p><p>9 - O emprego das expressões ―vão continuar valendo‖</p><p>(l.25 e 26) e ―está enviando‖ (l.28), as quais indicam</p><p>haver uma ação em curso, usualmente, deve ser</p><p>considerado vício de linguagem.</p><p>10 - Do trecho ―Por enquanto, só a Bahia está enviando</p><p>os dados para a Polícia Federal‖ (l.27 a 29) infere-se</p><p>que, pelo menos, um outro estado brasileiro também</p><p>adotou o novo sistema de identificação, mas não</p><p>enviou, ainda, as impressões digitais para atualização</p><p>do banco de dados da Polícia Federal.</p><p>11 - Na linha 31, o emprego da preposição a na</p><p>combinação ―ao‖ é exigência sintática do verbo</p><p>―integrar‖.</p><p>12 - Infere-se do texto que o novo sistema de</p><p>identificação representa um avanço para o trabalho da</p><p>polícia brasileira.</p><p>O voto, direito duramente conquistado, deve ser</p><p>considerado um dever cívico, sem o exercício do qual o</p><p>direito se descaracteriza ou se perde, afinal liberdade e</p><p>democracia são fins e não apenas meios. Quem vive</p><p>5 em uma comunidade política não pode estar</p><p>desobrigado de opinar sobre os rumos dela. Nada</p><p>contra a desobediência civil, recurso legítimo para o</p><p>protesto cidadão, que, no caso eleitoral, se pode</p><p>expressar no voto nulo (cuja tecla deveria constar na</p><p>10 máquina utilizada para votação). Com o voto</p><p>facultativo, o direito de votar e o de não votar ficam</p><p>inscritos, em pé de igualdade, no corpo legal. Uma</p><p>parte do eleitorado deixará voluntariamente de opinar</p><p>sobre a constituição do poder político. O desinteresse</p><p>15 pela política e a descrença no voto são registrados</p><p>como mera ―escolha‖, sequer como desobediência civil</p><p>ou protesto. A consagração da alienação política como</p><p>um direito legal interessa aos conservadores, reduz o</p><p>peso da soberania popular e desconstitui o sufrágio</p><p>20 como universal.</p><p>Para o cidadão ativo, que, além de votar, se</p><p>organiza para garantir os direitos civis, políticos e</p><p>sociais, o enfoque é inteiramente outro. O tempo e o</p><p>trabalho dedicados ao acompanhamento continuado da</p><p>25 política não se apresentam como restritivos da</p><p>liberdade individual. Pelo contrário, são obrigações</p><p>autoassumidas no esforço de construção e</p><p>aprofundamento da democracia e de vigília na defesa</p><p>das liberdades individuais e públicas. A ideia de que a</p><p>30 democracia se constrói nas lutas do dia a dia se</p><p>contrapõe, na essência, ao modelo liberal. O cidadão</p><p>escolado na disputa política sabe que a liberdade de</p><p>não ir votar é uma armadilha. Para que o sufrágio</p><p>continue universal, para que todo poder emane do povo</p><p>35 e não, dos donos do poder econômico, o voto, além</p><p>de ser um direito, deve conservar a sua condição de</p><p>dever cívico.</p><p>Léo Lince. Em defesa do voto obrigatório. Internet:</p><p><www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).</p><p>Acerca das ideias e estruturas do texto acima, julgue os</p><p>próximos itens.</p><p>13 - A abolição do caráter obrigatório do voto desabona</p><p>a conquista do direito sufragista adquirido pelo cidadão.</p><p>14 - O voto obrigatório ratifica o caráter democrático de</p><p>um governo, sendo, no entanto, desconsiderado o livre</p><p>arbítrio do cidadão.</p><p>15 - A liberdade de ir votar ou não constitui uma</p><p>armadilha, porque a participação de apenas uma</p><p>parcela da sociedade na escolha de seus representantes</p><p>pode não ser condizente com a preferência da maioria</p><p>da população.</p><p>16 - A preposição presente em ―na‖ no trecho ―cuja</p><p>tecla deveria constar na máquina utilizada para</p><p>votação‖ (l.9-10) poderia ser alterada para de,</p><p>respeitando-se as normas de regência e mantendo-se a</p><p>acepção do verbo.</p><p>17 - Ao se trocar o ponto-final logo após ―político‖</p><p>(l.14) por vírgula e, logo após, inserir-se a conjunção</p><p>embora, seria formado um período coerente.</p><p>18 - O vocábulo ―sequer‖ (l.16) atribui sentido negativo</p><p>ao trecho que introduz, o qual poderia ser corretamente</p><p>reescrito do seguinte modo: não sendo registrados</p><p>como desobediência civil ou protesto.</p><p>19 - Ao se substituir o trecho ―aos conservadores‖ (l.</p><p>18) por à parcela conservadora da sociedade, o uso</p><p>do acento indicativo de crase será obrigatório.</p><p>20 - Sem alteração ou prejuízo sintático ou semântico</p><p>para o texto, os vocábulos ―restritivos‖ (l.25) e</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>4</p><p>―escolado‖ (l.32) podem ser substituídos,</p><p>respectivamente, por restringentes e diligente.</p><p>Prova 3 - UnB/CESPE – Banco da Amazônia – 02/2010</p><p>Texto para os itens de 1 a 7</p><p>Amazônia: um pouco antes do fim</p><p>A Amazônia está de novo na berlinda. Mas agora é</p><p>pra valer, agora a região não sairá mais do noticiário. A</p><p>insanidade dos incendiários da floresta equatorial para</p><p>fazer pasto data da década de 70,</p><p>Internet: <www.inmetro.gov.br> (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 4</p><p>De acordo com o texto, que é um fragmento do</p><p>relatório de análise realizada pelo INMETRO das</p><p>bandeiras nacionais encontradas no mercado brasileiro</p><p>no ano de 2006,</p><p>A - a análise da Bandeira Nacional pelo INMETRO foi</p><p>realizada devido às irregularidades encontradas em sua</p><p>fabricação.</p><p>B - a região sideral que hoje se avista da cidade do Rio</p><p>de Janeiro é diferente da que se tinha conhecimento</p><p>nos tempos do Império.</p><p>C - a análise realizada pelo INMETRO se restringiu à</p><p>verificação da proporção das figuras que constituem a</p><p>bandeira, quais sejam: o retângulo, o losango e o</p><p>círculo.</p><p>D - está sujeito a sanção pecuniária o cidadão ou o</p><p>órgão que desrespeitar o que vige na legislação acerca</p><p>do hasteamento, da descida e da exposição noturna da</p><p>Bandeira Nacional.</p><p>E - a frase inscrita na Bandeira Nacional e as cores nela</p><p>utilizadas remetiam, quando da criação desse símbolo,</p><p>ao movimento filosófico denominado Positivismo e à</p><p>ascendência de D.Pedro I, respectivamente.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Com relação ao vocabulário empregado no texto e à</p><p>ortografia, assinale a opção correta.</p><p>A - No lugar do vocábulo ―ainda‖ (l.13), poderia ter sido</p><p>empregado, sem prejuízo de sentido para o texto, o</p><p>vocábulo também.</p><p>B - O vocábulo ‗fim‘ (l.18) é empregado no texto como</p><p>sinônimo de causa.</p><p>C - O vocábulo ―recolhimento‖ (l.38) é empregado no</p><p>texto como sinônimo de arreamento.</p><p>D - A expressão ―a não ser que‖ (l.40) poderia ser</p><p>substituída, sem prejuízo de sentido, por ainda que.</p><p>E - A expressão ―Há alguns anos‖ (l.41) é equivalente a</p><p>A anos atrás.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>No que diz respeito à estrutura textual, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>A - Os vocábulos ―intensiva‖ (l.4) e ―simbolicamente‖</p><p>(l.33) apresentam a mesma função sintática no texto e</p><p>equivalem, respectivamente, a intensivamente e de</p><p>maneira simbólica.</p><p>B - O plural da palavra ―vezes‖ (l.7) foi o que</p><p>determinou a flexão do vocábulo ―relacionados‖ (l.8)</p><p>também no plural.</p><p>C - A expressão ―essa informação‖ (l.22) faz referência</p><p>ao fato de D. Pedro I ter sido o idealizador da bandeira</p><p>do Império.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>35</p><p>D - A retirada dos travessões usados no quinto</p><p>parágrafo não implica prejuízo à estrutura do texto.</p><p>E - Em ―para que se entenda‖ (l.50-51) e ―para que se</p><p>realize‖ (l.51-52), o sujeito é indeterminado para que</p><p>se remeta à população de um modo geral.</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Com referência às estruturas linguísticas do texto,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>A - O uso do sinal indicativo de crase na linha 3 é</p><p>obrigatório.</p><p>B - A forma verbal ―Existiram‖ (l.10) poderia ser</p><p>corretamente substituída por Houveram.</p><p>C - O termo ―D. Pedro I‖ (l.21) é o sujeito de</p><p>―descende‖ (l.21).</p><p>D - Da mesma forma que o uso do gerúndio está</p><p>correto em ―foi sendo substituída‖ (l.22-23), em</p><p>―passou a representar‖ (l.24-25) a mesma forma</p><p>nominal do verbo poderia ter sido empregada: passou a</p><p>estar representando.</p><p>E - A expressão ―ao aspecto do céu‖ (l.29) é iniciada</p><p>por preposição por se tratar de locução adverbial.</p><p>QUESTÃO 8</p><p>Predomina no texto</p><p>A - o caráter informativo, visto que ele usa linguagem</p><p>figurada e metafórica para abordar o tema da Bandeira</p><p>Nacional.</p><p>B - o gênero descritivo, tendo em vista que ele</p><p>apresenta com pormenores fatos históricos e</p><p>características materiais da bandeira do Brasil.</p><p>C - o tipo textual argumentativo, já que se defende a</p><p>importância do conhecimento das especificidades da</p><p>Bandeira Nacional.</p><p>D - o aspecto expositivo, pois ele se limita a apresentar</p><p>fatos relativos ao significado dos elementos que</p><p>compõem a Bandeira Nacional e à análise realizada pelo</p><p>INMETRO.</p><p>E - a narração, pois ele conta a história da Bandeira</p><p>Nacional.</p><p>Texto para as questões de 9 a 11</p><p>Brinquedos mexem com a imaginação de crianças</p><p>e adultos. Mas a saúde e a segurança do usuário devem</p><p>ser preservadas. E, por esse motivo, todo brinquedo</p><p>vendido no Brasil deve ser certificado,</p><p>5 independentemente de o produto ser nacional ou</p><p>importado. A certificação é obrigatória para brinquedos</p><p>utilizados por ―crianças‖ até 14 anos de idade.</p><p>Compulsória no Brasil, a certificação de brinquedos</p><p>visa evitar possíveis riscos que podem surgir no uso</p><p>10 normal ou por consequência de uso indevido do</p><p>brinquedo.</p><p>As avaliações realizadas por organismos</p><p>acreditados pelo INMETRO são determinadas de acordo</p><p>com o tipo do brinquedo e baseadas na composição dos</p><p>15 materiais utilizados na fabricação do produto, na</p><p>avaliação da intenção do uso e na forma de utilização</p><p>do brinquedo pela criança. Os principais</p><p>ensaios realizados são os de impacto/queda, mordida,</p><p>tração, químico, inflamabilidade e ruído.</p><p>20 O selo do INMETRO, obrigatório em qualquer</p><p>brinquedo comercializado no Brasil, só é concedido se o</p><p>brinquedo for aprovado em todos os ensaios aos quais</p><p>for submetido. No selo devem constar a marca do</p><p>INMETRO, a marca do organismo acreditador e o foco</p><p>25 da certificação, que, no caso de brinquedo, é saúde</p><p>e segurança. O selo pode vir diretamente impresso, em</p><p>etiqueta autoadesiva indelével na embalagem ou</p><p>afixada ao próprio produto em etiquetas de pano, como</p><p>no caso de pelúcias. Nos produtos que contêm</p><p>30 brinquedos como brindes, devem existir</p><p>informações sobre sua certificação impressas na</p><p>embalagem do produto.</p><p>Preocupado com o uso indevido do selo, o</p><p>INMETRO realiza um trabalho em parceria com a Rede</p><p>35 Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade, da qual</p><p>fazem parte os órgãos delegados do INMETRO nos</p><p>estados, para fiscalização de produtos em situação</p><p>irregular no mercado formal. No mercado informal, é</p><p>frequente o número de casos de brinquedos</p><p>40 falsificados. Por esse motivo, o INMETRO</p><p>recomenda que, para proteger a saúde da criança, o</p><p>consumidor compre brinquedos em estabelecimentos</p><p>comerciais legais (mercado formal) e tradicionais em</p><p>venda de brinquedos.</p><p>Internet: <www.sitedoconsumidor.gov.br> (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 9</p><p>Com relação às ideias do texto, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>A - Para conceder seu selo, o INMETRO realiza testes</p><p>para avaliar a segurança dos brinquedos.</p><p>B - É responsabilidade do INMETRO fiscalizar a</p><p>existência de brinquedos não certificados ou com selos</p><p>falsificados.</p><p>C - Ao adquirir um brinquedo com o selo do INMETRO,</p><p>o consumidor está isento de riscos que podem ser</p><p>causados pelo brinquedo.</p><p>D - A obrigatoriedade de certificação de brinquedos</p><p>pelo INMETRO decorre da preocupação com a saúde e</p><p>com a segurança dos usuários.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>36</p><p>E - Para ser certificado pelo INMETRO, todo brinquedo</p><p>deve passar por testes químicos, de impacto/queda, de</p><p>mordida, de tração, de inflamabilidade e de ruído.</p><p>QUESTÃO 10</p><p>Com respeito à significação e ao emprego das palavras</p><p>no texto, assinale a opção correta.</p><p>A - O vocábulo ―Compulsória‖ (l.8) foi usado como</p><p>adjetivo assim como em: Ao cair na compulsória aos 75</p><p>anos de idade, os ministros economizariam milhões aos</p><p>cofres públicos.</p><p>B - O termo ―acreditados‖ (l.13) foi utilizado como</p><p>sinônimo de subordinados.</p><p>C - O vocábulo ―indelével‖ em ―A cena do beijo continua</p><p>indelével na minha memória‖ possui o mesmo sentido</p><p>que foi empregado no texto, na linha 27.</p><p>D - Em ―A sociedade brasiliense laureou os delegados</p><p>responsáveis pela elucidação do crime‖, o vocábulo</p><p>―delegados‖ apresenta significado idêntico ao utilizado</p><p>no texto, na linha 36.</p><p>E - A palavra ―legais‖ (l.43) foi usada no texto com o</p><p>mesmo sentido de ―formal‖ (l.43).</p><p>QUESTÃO 11</p><p>Assinale a opção correta no que se refere à</p><p>concordância verbal e nominal das estruturas</p><p>linguísticas do texto.</p><p>A - No trecho ―a certificação de brinquedos visa evitar</p><p>possíveis riscos‖ (l.8-9), o verbo ―visa‖ concorda com a</p><p>expressão ―a certificação‖; no entanto, a concordância</p><p>pode ocorrer também com a locução ―de brinquedos‖</p><p>(l.8), o que exigiria a flexão do verbo no plural.</p><p>B - Na linha 23, a forma verbal ―devem‖ poderia ser</p><p>empregada no singular, o que preservaria a correção</p><p>gramatical, pois a concordância, nesse caso, ocorreria</p><p>com o núcleo do sujeito mais próximo do verbo.</p><p>C - Caso o termo ―brinquedos‖ (l.30) fosse empregado</p><p>no singular, a forma verbal ―contêm‖ (l.29), devido à</p><p>flexão de número do verbo, deveria ser grafada com</p><p>acento agudo: contém.</p><p>D - É possível substituir o verbo ―existir‖ (l.30) por</p><p>haver, sem prejuízo ao sentido e à correção gramatical</p><p>do período.</p><p>E - A concordância do vocábulo ―impressas‖ (l.31) com</p><p>o termo que o precede preservaria a coerência e a</p><p>correção gramatical do período.</p><p>Texto para as questões 12 e 13</p><p>Segundo o INMETRO, novas tomadas elétricas</p><p>passam a ser obrigatórias a partir de 2010 e o Brasil</p><p>concluirá em 2011 todas as etapas do processo de</p><p>criação do padrão brasileiro de plugues e tomadas, que</p><p>5 passarão a estar em conformidade com as normas da</p><p>Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).</p><p>A padronização tornou-se obrigatória por meio de</p><p>uma portaria do instituto publicada em 2000, quando</p><p>foram estabelecidos diferentes prazos para que os</p><p>10 vários segmentos da indústria adotem as novas</p><p>regras a partir de 10 janeiro de 2010, com todo o</p><p>processo de conversão concluído, inclusive por parte do</p><p>comércio, a partir de julho de 2011, quando os</p><p>aparelhos elétricos e eletrônicos à venda terão que</p><p>15 estar adaptados.</p><p>Segundo o chefe da Divisão de Programa de</p><p>Avaliação da Conformidade do INMETRO, Gustavo</p><p>Kuster, hoje o Brasil tem mais de doze tipos diferentes</p><p>de plugues e oito de tomadas. ―Essa diversidade toda</p><p>20 causa uma série de situações de riscos. A</p><p>incompatibilidade levava a que o consumidor adotasse</p><p>uma série de opções sem qualquer segurança, como</p><p>lixar o pino do plugue‖.</p><p>Para ele, o mérito da padronização que está sendo</p><p>25 adotada pelo INMETRO é exatamente o aumento da</p><p>segurança. ―A tomada e o plugue, como hoje são feitos,</p><p>permitem o que chamamos de inserção parcial. A</p><p>finalidade da padronização que vem sendo discutida</p><p>desde o final da década passada objetiva a segurança‖.</p><p>Nielmar de Oliveira. Novo padrão de plugues e tomadas</p><p>chega ao comércio em 2010. : Agência Brasil.</p><p>Internet: <www.inovacaotecnologica.com.br> (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 12</p><p>Em relação aos aspectos gramaticais do texto, assinale</p><p>a opção correta.</p><p>A - Flexionar no plural a perífrase ―a estar‖ (l.5)</p><p>manteria a correção gramatical do período.</p><p>B - A substituição de ―que‖ (l.14) por de preservaria o</p><p>sentido do período, mas prejudicaria sua correção</p><p>gramatical.</p><p>C - Como empregado no texto, o vocábulo ―Segundo‖</p><p>(l.16) classifica-se como numeral ordinal.</p><p>D - O trecho ―levava a que o consumidor adotasse uma</p><p>série‖ (l.21-22) pode ser reescrito, sem prejuízo ao</p><p>sentido e à correção gramatical, como: levava o</p><p>consumidor a adotar uma série.</p><p>E - O vocábulo ―finalidade‖ (l.28) pode ser substituído</p><p>por objetivo, sem que isso acarrete prejuízo sintático</p><p>ou semântico ao texto.</p><p>QUESTÃO 13</p><p>De acordo com as informações do texto, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>A - A implementação da padronização foi iniciada em</p><p>2000.</p><p>B - A substituição de tomadas e plugues é uma</p><p>determinação da ABNT.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>37</p><p>C - Um dos propósitos da padronização de tomadas e</p><p>plugues é reduzir os riscos de acidentes aos usuários.</p><p>D - A padronização de tomadas e plugues ocorrerá em</p><p>virtude de uma adequação a padrões internacionais.</p><p>E - A variedade de plugues e tomadas existentes hoje</p><p>no Brasil prejudica a adaptação de produtos elétricos e</p><p>eletrônicos importados.</p><p>Texto para as questões de 14 a 16</p><p>Quem nunca se pegou pedindo um carregador de</p><p>celular emprestado quando a bateria do telefone</p><p>morre? A tarefa, que não deveria ser tão difícil, acaba</p><p>se tornando uma verdadeira loteria, uma vez que cada</p><p>5 fabricante conta com um padrão próprio de plugue e,</p><p>muitas vezes, a mesma marca chega a oferecer mais</p><p>de um modelo. No entanto, esse tipo de problema</p><p>tende a acabar. A União Internacional de</p><p>Telecomunicações, entidade encarregada de regular o</p><p>10 setor ao redor do mundo, anunciou a aprovação de</p><p>um carregador universal para celulares. Com isso, o</p><p>órgão, que faz parte da Organização das Nações</p><p>Unidas, dá o pontapé inicial para a fabricação de um</p><p>único dispositivo a ser usado pelas novas gerações de</p><p>15 telefones móveis.</p><p>O carregador universal começa a ser</p><p>comercializado a partir de 2010, e vai funcionar por</p><p>meio de um conector do tipo micro USB. Apesar de as</p><p>empresas não serem obrigadas a produzir o novo</p><p>20 padrão, dez companhias do setor, que, juntas,</p><p>representam 90% do mercado de telefonia móvel,</p><p>assinaram, de forma voluntária, um memorando</p><p>comprometendo-se a tornar compatíveis todos os seus</p><p>modelos comercializados até 2012 com as entradas</p><p>25 micro USB.</p><p>―O objetivo é facilitar a vida dos usuários e reduzir</p><p>o impacto dos resíduos eletrônicos no meio ambiente,</p><p>já que os consumidores não terão mais que receber</p><p>outros carregadores quando comprarem novos</p><p>30 celulares‖, disse o comissário europeu da Indústria,</p><p>o alemão Günter Verheugen. A consequência disso</p><p>seria a redução de 13,6 milhões de toneladas de</p><p>emissão de gases na atmosfera todos os anos.</p><p>Os celulares antigos, que não têm entrada para o</p><p>35 novo padrão, também poderão ser carregados pelos</p><p>dispositivos, já que adaptadores começaram a ser</p><p>oferecidos pelos fabricantes. No entanto, vale lembrar</p><p>que, apesar de alguns modelos que estão no mercado</p><p>contarem com conexão micro USB, eles ainda não</p><p>40 estão padronizados para receber cargas de energia</p><p>por meio da conexão — que só funciona para</p><p>transferência de dados.</p><p>Fernando Braga. União Internacional de Telecomunicações aprova</p><p>carregador universal para celulares . Internet:</p><p><www.correiobraz iliense.com.br> (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 14</p><p>Com relação às ideias do texto, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>A - Embora o carregador universal só vá ser</p><p>comercializado oficialmente a partir deste ano, desde</p><p>2009 alguns modelos já se encontravam disponíveis no</p><p>mercado.</p><p>B - A criação do carregador universal para celulares é</p><p>uma iniciativa do INMETRO que segue a tendência da</p><p>padronização de tomadas e plugues no país.</p><p>C - A diversidade de carregadores de celulares é uma</p><p>escolha dos fabricantes para forçar a fidelização dos</p><p>usuários às suas empresas.</p><p>D - O carregador universal não implicará redução do</p><p>impacto ambiental, já que os fabricantes de celulares</p><p>serão obrigados a oferecer adaptadores para os</p><p>celulares antigos.</p><p>E - Um dos propósitos da padronização de carregadores</p><p>para celulares é ambiental.</p><p>QUESTÃO 15</p><p>Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do</p><p>texto, assinale a opção correta.</p><p>A - As palavras ―morre‖ (l.3) e ―loteria‖ (l.4) foram</p><p>empregadas em sentido denotativo.</p><p>B - A oração iniciada pela expressão ―uma vez que‖</p><p>(l.4) introduz ideia de tempo.</p><p>C</p><p>- Por constituir oração explicativa, a expressão</p><p>―entidade encarregada de regular o setor ao redor do</p><p>mundo‖ (l.9-10) encontra-se isolada por vírgulas do</p><p>restante da oração.</p><p>D - O pronome relativo ―que‖ (l.12) pode ser</p><p>substituído, sem prejuízo da coerência e da correção</p><p>gramatical da oração, por o qual ou por cujo.</p><p>E - A expressão ―pontapé inicial‖ (l.13), por estar</p><p>empregada em sentido figurado, deve ser evitada em</p><p>textos de correspondências oficiais.</p><p>QUESTÃO 16</p><p>Em relação aos aspectos coesivos do texto, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>A - A expressão ―o novo padrão‖ (l.34-35) refere-se a</p><p>―conector do tipo micro USB‖ (l.18).</p><p>B - Na linha 31, ―disso‖ refere-se ao fato de que os</p><p>consumidores não terão mais que receber outros</p><p>carregadores quando comprarem novos celulares.</p><p>C - Na linha 36, ―adaptadores‖ refere-se a</p><p>―dispositivos‖.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>38</p><p>D - O termo ―fabricantes‖ (l.37) refere-se a ―dez</p><p>companhias do setor‖ (l.20).</p><p>E - O pronome ―eles‖ (l.39) refere-se a ―Os celulares</p><p>antigos‖ (l.34).</p><p>Prova 15 - UnB/CESPE – IBAMA – 01/2010</p><p>Texto para os itens de 1 a 20</p><p>Reparação duas décadas depois</p><p>Francisco Alves Mendes Filho ainda não era um</p><p>mito da luta contra a devastação da Amazônia quando</p><p>foi preso, em 1981, acusado de subversão e</p><p>incitamento à luta de classes no Acre, em plena</p><p>5 ditadura militar. Chico Mendes se tornaria</p><p>mundialmente conhecido, dali para a frente, por</p><p>comandar uma campanha contra a ação de grileiros e</p><p>latifundiários, responsáveis pela destruição da floresta</p><p>e pela escravização do caboclo amazônico. Por isso</p><p>10 mesmo foi assassinado, em 22 de dezembro de</p><p>1988, na porta de casa, em Xapuri. O crime, cometido</p><p>por uma dupla de fazendeiros, foi punido com uma</p><p>sentença de 19 anos de cadeia para cada um. Faltava</p><p>reparar a injustiça cometida pelos militares.</p><p>15 E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro</p><p>Plácido de Castro, em Rio Branco, na forma de uma</p><p>portaria assinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.</p><p>Antes, porém, realizou-se uma sessão de julgamento</p><p>da Comissão de Anistia, cujo resultado foi o</p><p>20 reconhecimento, por unanimidade, da perseguição</p><p>política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80</p><p>do século passado. A viúva do líder seringueiro, Izalmar</p><p>Gadelha Mendes, vai receber uma pensão vitalícia de 3</p><p>mil reais mensais, além de indenização de 337,8 mil</p><p>25 reais.</p><p>Após assinar a portaria de anistia, Tarso Genro</p><p>declarou que o assassinato de Chico Mendes está</p><p>diretamente associado à perseguição sofrida pelo</p><p>seringueiro durante a ditadura. ―O Estado brasileiro não</p><p>30 soube compreender o que ele (Mendes)</p><p>representava naquele momento‖, disse o ministro. ―O</p><p>Brasil pede perdão a Chico Mendes‖, afirmou, ao</p><p>assinar o documento. Acompanhada de dois filhos,</p><p>Izalmar Mendes mostrou-se satisfeita com o resultado</p><p>35 do julgamento. ―Era a hora de limpar o nome do</p><p>meu marido. Mais importante do que a indenização foi</p><p>o pedido de desculpas feito pelo Estado‖, disse a viúva.</p><p>O caso de Chico Mendes foi relatado pela</p><p>conselheira Sueli Bellato. Emocionada, ela disse ter lido</p><p>40 muito sobre o seringueiro morto para, então,</p><p>encadear os argumentos que a fizeram acatar o pedido</p><p>de reconhecimento e indenização interposto por</p><p>Izalmar Mendes. Chico Mendes foi vereador em Xapuri,</p><p>onde nasceu, e se firmou como crítico de projetos</p><p>45 governamentais de graves consequências</p><p>ambientais, como a construção de estradas na região</p><p>amazônica.</p><p>No relatório, aprovado por unanimidade, a</p><p>conselheira contou detalhes da vida de Chico Mendes,</p><p>50 da infância pobre nos seringais ao dia em que foi</p><p>assassinado. Segundo Sueli Bellato, a atuação de</p><p>Mendes contra grileiros e latifundiários rendeu, durante</p><p>a ditadura, um arquivo de 71 páginas redigidas por</p><p>agentes do antigo Serviço Nacional de Informações</p><p>55 (SNI). Foi por participar de um ato público, em</p><p>1980, que Chico Mendes passou a ser fichado e</p><p>perseguido pelos militares. Em Rio Branco, o</p><p>seringueiro fez um discurso exaltado contra a violência</p><p>no campo provocada pelos fazendeiros.</p><p>60 Na época, Chico Mendes foi enquadrado na Lei de</p><p>Segurança Nacional, acusado de ―atentado contra a</p><p>paz, a prosperidade e a harmonia entre as classes</p><p>sociais‖. Preso em diversas ocasiões, só foi</p><p>definitivamente absolvido em 1.º de março de 1984,</p><p>65 quatro anos depois, portanto, de iniciadas as</p><p>perseguições. De acordo com a conselheira Sueli</p><p>Bellato, embora o relatório não tenha se aprofundado</p><p>na questão, foi possível constatar que Chico Mendes</p><p>também foi torturado enquanto estava sob custódia de</p><p>policiais federais.</p><p>Leandro Fortes. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).</p><p>A partir da leitura do texto acima, julgue os itens a</p><p>seguir.</p><p>1 - De acordo com o texto, é correto afirmar que a</p><p>família de Chico Mendes será indenizada porque o</p><p>seringueiro não sofreu perseguição política.</p><p>2 - Conforme se depreende do texto, o ministro da</p><p>Justiça não constata nenhuma relação entre a</p><p>perseguição política sofrida por Chico Mendes durante a</p><p>ditadura e o seu assassinato por fazendeiros em 1988.</p><p>3 - A indenização à família de Chico Mendes foi</p><p>aprovada em votação cujo resultado não evidenciou</p><p>discordâncias entre os membros da Comissão de</p><p>Anistia.</p><p>4 - Segundo o texto, a relatora construiu seu parecer</p><p>citando fatos ocorridos unicamente no período em que</p><p>Chico Mendes foi perseguido pela ditadura militar.</p><p>5 - O enquadramento de Chico Mendes na Lei de</p><p>Segurança Nacional, citado pelo texto, evidencia a</p><p>preocupação do governo militar com a militância</p><p>política do líder dos seringueiros.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>39</p><p>Considerando aspectos linguísticos do texto Reparação</p><p>duas décadas depois, julgue os itens a seguir.</p><p>6 - Os termos ―portanto‖ (l.65) e ―enquanto‖ (l.69),</p><p>estabelecem idênticas relações de sentido.</p><p>7 - O texto caracteriza-se como essencialmente</p><p>informativo.</p><p>8 - O emprego do sinal indicativo de crase em ―à luta</p><p>de classes‖ (l.4) justifica-se pela regência dos termos</p><p>―subversão‖ e ―incitamento‖ e pelo gênero do</p><p>substantivo ―classe‖.</p><p>9 - O emprego da vírgula após ―latifundiários‖ (l.8)</p><p>justifica-se por isolar o termo explicativo.</p><p>10 - As palavras ―amazônico‖ e ―viúva‖ acentuam-se de</p><p>acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.</p><p>11 - No segmento ―Faltava reparar a injustiça cometida</p><p>pelos militares‖ (l.13-14) o complemento do verbo</p><p>―reparar‖ poderia estar precedido da preposição em,</p><p>com a devida contração com o artigo ―a‖, sem prejuízo</p><p>para o sentido e a correção gramatical do texto.</p><p>12 - No período que se inicia na linha 8, o sujeito da</p><p>oração principal está posposto ao verbo.</p><p>13 - O termo ―onde‖ (l.44) introduz oração adjetiva de</p><p>sentido explicativo.</p><p>14 - O verbo ―participar‖ (l.55) está empregado, no</p><p>período, como termo substantivo.</p><p>Ainda com base no texto de Leandro Fortes e</p><p>considerando aspectos textuais e gramaticais, julgue os</p><p>próximos itens.</p><p>15 - O termo ―o documento‖ (l.33) refere-se a ―portaria</p><p>de anistia‖ (l.26).</p><p>16 - A expressão ―Na época‖, no início do último</p><p>parágrafo do texto, refere-se ao período em que Chico</p><p>Mendes foi perseguido pela ditadura militar.</p><p>17 - Pelas opiniões apresentadas no texto, verifica-se</p><p>que o ministro da Justiça e a conselheira possuem</p><p>posições opostas no que se refere à atuação política de</p><p>Chico Mendes.</p><p>18 - Estaria de acordo com o que estabelece a</p><p>prescrição gramatical</p><p>para textos escritos no nível</p><p>formal da linguagem, tais como documentos oficiais, a</p><p>substituição da expressão ―dali para a frente‖ (l.6)</p><p>por dali pra frente.</p><p>19 - A conjunção ―E‖ (l.15), por ter, no período, valor</p><p>adversativo, pode ser substituída pela conjunção Mas,</p><p>sem prejuízo para as informações do texto.</p><p>20 - Na linha 19, o vocábulo ―cujo‖ estabelece relação</p><p>sintático-semântica entre os termos ―resultado‖ e</p><p>―Comissão de Anistia‖.</p><p>Prova 1 - UnB/CESPE – TRE/BA</p><p>1- C</p><p>2- C</p><p>3- C</p><p>4- E</p><p>5- C</p><p>6- C</p><p>7- E</p><p>8- C</p><p>9- E</p><p>10- E</p><p>11- C</p><p>12- C</p><p>13- C</p><p>14- E</p><p>15- C</p><p>16- E</p><p>17- E</p><p>18- C</p><p>19- C</p><p>Prova 2 - UnB/CESPE – TRE/BA / 2</p><p>1- E</p><p>2- C</p><p>3- E</p><p>4- C</p><p>5- C</p><p>6- C</p><p>7- E</p><p>8- E</p><p>9- E</p><p>10- E</p><p>11- C</p><p>12- C</p><p>13- C</p><p>14- E</p><p>15- E</p><p>16- C</p><p>17- E</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>40</p><p>18- C</p><p>19- C</p><p>20- E</p><p>Prova 3 - UnB/CESPE – Banco da Amazônia</p><p>1- E</p><p>2- C</p><p>3- C</p><p>4- E</p><p>5- C</p><p>6- E</p><p>7- E</p><p>8- E</p><p>9- C</p><p>10- E</p><p>11- C</p><p>12- E</p><p>13- E</p><p>14- C</p><p>15- E</p><p>16- C</p><p>17- E</p><p>18- C</p><p>19- C</p><p>20- E</p><p>Prova 4 - UnB/CESPE – BANCO DA AMAZÔNIA 2 –</p><p>02/2010</p><p>1- E</p><p>2- E</p><p>3- C</p><p>4- E</p><p>5- E</p><p>6- C</p><p>7- E</p><p>8- C</p><p>9- E</p><p>10- C</p><p>11- C</p><p>12- C</p><p>13- C</p><p>14- C</p><p>15- C</p><p>16- E</p><p>17- C</p><p>18- C</p><p>19- E</p><p>20- E</p><p>Prova 5 - UnB/CESPE – SAD – PE – ANALISTA DE</p><p>PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO – 02/2010</p><p>1 – E</p><p>2 – B</p><p>3 – B</p><p>4 – D</p><p>5 – E</p><p>6 – C</p><p>7 – E</p><p>8 – A</p><p>9 – E</p><p>10 – B</p><p>11 – C</p><p>12 – D</p><p>13 – C</p><p>14 – C</p><p>15 – D</p><p>16 - A</p><p>Prova 6 - UnB/CESPE – SAD – 02/2010</p><p>1. D</p><p>2. D</p><p>3. B</p><p>4. A</p><p>5. D</p><p>6. B</p><p>7. B</p><p>Prova 7 - UnB/CESPE – TER - MT</p><p>1 – D</p><p>2 – C</p><p>3 – B</p><p>4 – E</p><p>5 – B</p><p>6 – A</p><p>7 – E</p><p>8 – C</p><p>9 – D</p><p>10 - A</p><p>Prova 8 - UnB/CESPE – TER 2 -MT – ANALISTA</p><p>JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – 01/2010</p><p>1 – D</p><p>2 – C</p><p>3 – D</p><p>4 – B</p><p>5 – D</p><p>6 – E</p><p>7 – A</p><p>8 – D</p><p>9 – D</p><p>10 – B</p><p>Prova 9 - UnB/CESPE – INSS – PERITO MÉDICO –</p><p>03/2010</p><p>1- E</p><p>2- C</p><p>3- E</p><p>4- C</p><p>5- E</p><p>6- E</p><p>7- E</p><p>8- C</p><p>9- E</p><p>10- C</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>41</p><p>Prova 10 - UnB/CESPE – INCA Técnico – 03/2010</p><p>1. C</p><p>2. E</p><p>3. E</p><p>4. C</p><p>5. C</p><p>6. E</p><p>7. C</p><p>8. C</p><p>9. E</p><p>10. E</p><p>11. E</p><p>12. C</p><p>13. E</p><p>14. E</p><p>15. C</p><p>16. E</p><p>17. E</p><p>18. C</p><p>19. C</p><p>20. C</p><p>Prova 11 - UnB/CESPE – INCA Analista – 03/2010</p><p>1. C</p><p>2. C</p><p>3. C</p><p>4. E</p><p>5. C</p><p>6. E</p><p>7. C</p><p>8. C</p><p>9. E</p><p>10. E</p><p>11. E</p><p>12. E</p><p>13. C</p><p>14. E</p><p>15. E</p><p>16. C</p><p>17. E</p><p>18. E</p><p>19. C</p><p>20. E</p><p>Prova 12 - UnB/CESPE – CETURB – 03/2010</p><p>1- C</p><p>2- E</p><p>3- E</p><p>4- C</p><p>5- E</p><p>6- C</p><p>7- C</p><p>8- C</p><p>9- C</p><p>10- E</p><p>11- E</p><p>12- E</p><p>13- C</p><p>14- E</p><p>15- C</p><p>16- E</p><p>17- C</p><p>18- E</p><p>19- C</p><p>20- E</p><p>Prova 13 - UnB/CESPE – ADMISSÃO À CARREIRA</p><p>DE DIPLOMATA – 01/2010</p><p>1- B</p><p>2- E E E C</p><p>3- C E C E</p><p>4- C E C C</p><p>5- D</p><p>6- C C E E</p><p>7- C E E C</p><p>8- C C E E</p><p>9- E C C E</p><p>10- D</p><p>11- E E E C</p><p>12- C C E C</p><p>13- D</p><p>14- C E E C</p><p>15- C C E C</p><p>Prova 14 - UnB/CESPE – INMETRO – 01/2010</p><p>1- D</p><p>2- B</p><p>3- E</p><p>4- E</p><p>5- A</p><p>6- A</p><p>7- C</p><p>8- D</p><p>9- D</p><p>10- C</p><p>11- B</p><p>12- D</p><p>13- C</p><p>14- E</p><p>15- E</p><p>16- B</p><p>Prova 15 - UnB/CESPE – IBAMA – 01/2010</p><p>1. E</p><p>2. E</p><p>3. C</p><p>4. E</p><p>5. C</p><p>6. E</p><p>7. C</p><p>8. E</p><p>9. C</p><p>10. E</p><p>11. E</p><p>12. C</p><p>13. C</p><p>14. E</p><p>15. C</p><p>16. C</p><p>17. E</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>42</p><p>18. E</p><p>19. E</p><p>20. E</p><p>PROVA 16 - AGU - ANALISTA</p><p>Texto para os itens de 1 a 12</p><p>Está surgindo no mundo uma nova tendência de</p><p>consumo. De acordo com uma pesquisa mundial</p><p>divulgada no final de 2009, consumidores reconhecem</p><p>as boas causas e estão cada vez mais dispostos a</p><p>5 apoiar as marcas e empresas que as praticam,</p><p>percebendo o poder que possuem de determinar as</p><p>tendências do mercado.</p><p>Uma das mudanças de valores mais significativas</p><p>é que encontrar felicidade em consumir parece fazer</p><p>10 parte do passado. Apenas 16% dos consumidores</p><p>ouvidos disseram tirar satisfação em fazer compras. Em</p><p>2008, eram 25%. Entre os consumidores brasileiros, a</p><p>diferença é ainda maior: 29% disseram encontrar</p><p>satisfação em ir às compras em 2008, enquanto em</p><p>2009 foram apenas 14%.</p><p>16 Esse cenário faz emergir um paradoxo para as</p><p>empresas e para o mercado em geral: como atender as</p><p>demandas de inclusão social e transformar a base do</p><p>consumo no mundo? É necessária uma revolução nos</p><p>processos industriais e isso inclui os aspectos</p><p>relacionados ao consumo, que precisa urgentemente</p><p>22 ser reinventado. E é aqui que surge a frustração. As</p><p>empresas não estão preparadas para enfrentar as</p><p>mudanças que estão em curso no mundo hoje.</p><p>Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter</p><p>dificuldade para entender o que está acontecendo de</p><p>fato. O discurso e a prática dessas empresas ainda</p><p>estão baseados em modelos ultrapassados, que veem</p><p>os custos ainda da maneira tradicional, deixando as</p><p>30 externalidades para a sociedade.</p><p>E mais, não são apenas os grandes líderes do</p><p>setor privado que demonstram essa dificuldade. Uma</p><p>manchete recente em um grande jornal diário mostra</p><p>que pesquisadores e jornalistas também não</p><p>35 entenderam as oportunidades que estão surgindo a</p><p>partir das transformações que estamos vivendo. Eis o</p><p>título da matéria: ―Só estagnação econômica pode</p><p>reduzir aquecimento global, diz estudo‖.</p><p>O relatório da Fundação Nova Economia explica</p><p>40 que, segundo a NASA, a agência espacial norte-</p><p>americana, a concentração máxima de gás carbônico na</p><p>atmosfera para manter o aquecimento global dentro</p><p>dos 2 ºC deveria ser de 350 ppm (partículas por</p><p>milhão). E, para atingir essa meta até 2050, a</p><p>45 humanidade teria de reduzir a intensidade das</p><p>emissões de gás carbônico relacionadas às atividades</p><p>econômicas em 95%.</p><p>Então, o estudo classifica essa drástica redução</p><p>na intensidade das emissões de gás carbônico</p><p>50 relacionadas às atividades econômicas de ―sem</p><p>precedente e, provavelmente, impossível‖, reforçando a</p><p>defesa da estagnação econômica. Porém, esse é um</p><p>grande equívoco. Uma análise desse tipo está</p><p>claramente baseada em uma visão ultrapassada de</p><p>55 desenvolvimento. As demandas provenientes das</p><p>mudanças climáticas nos obrigam a repensar e recriar</p><p>nossos modelos, com inovação e visão de futuro. É isso</p><p>que estão fazendo (ou deveriam estar fazendo) os</p><p>líderes mundiais.</p><p>60 É possível e imprescindível criar uma nova</p><p>economia, com base em novos modelos, que incluam</p><p>de fato os aspectos sociais e ambientais.</p><p>Ricardo Young. Mudanças no consumo. In:</p><p>CartaCapital,26/2/2010.Internet:www.cartacapital.com.br> (com adaptações).</p><p>De acordo com as ideias apresentadas no texto, julgue</p><p>os itens que se seguem.</p><p>1 - A valorização, pelo consumidor, do trabalho de</p><p>empresas que demonstram responsabilidade social e</p><p>ambiental está ligada à conscientização desse</p><p>consumidor acerca de seu poder de influenciar o</p><p>mercado.</p><p>2 - No Brasil, as pessoas tendem a consumir menos do</p><p>que em outros países, fato que se verificou</p><p>especialmente a partir do ano de 2008.</p><p>3 - Se compreendessem, de fato, a necessidade de</p><p>mudança nos parâmetros de produção e de consumo,</p><p>provavelmente os pesquisadores e os jornalistas</p><p>levariam para os diversos setores da sociedade a</p><p>responsabilidade pela redução do aquecimento global.</p><p>4 - Segundo o autor, a visão que se tem de economia é</p><p>ultrapassada porque o sistema econômico vai de</p><p>encontro ao que se almeja no mundo de hoje nos</p><p>aspectos social e ambiental.</p><p>5 - O texto põe em xeque a atuação</p><p>das empresas</p><p>diante do cenário mundial, visto que as mudanças</p><p>climáticas continuam acontecendo.</p><p>6 - O conceito de consumo precisa ser revisto porque é</p><p>ele que determina os padrões de consumo e que,</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>43</p><p>portanto, dita as regras na hora de as empresas</p><p>decidirem o que produzir e como.</p><p>7 - Apenas empresas com boas práticas de produção,</p><p>isto é, que levam em conta fatores sociais e</p><p>ambientais, são valorizadas pelos consumidores.</p><p>Com relação às estruturas do texto, julgue os itens</p><p>subsequentes.</p><p>8 - O trecho ―a partir das‖ (l.35-36) poderia ser</p><p>substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao</p><p>texto, por um dos termos a seguir: por razão das, em</p><p>consequência das, com as.</p><p>9 - Na linha 52, o termo ―da‖ pode ser trocado por à, o</p><p>que, embora altere a regência do nome, mantém seu</p><p>sentido no texto.</p><p>10 - A substituição de ―estão fazendo‖ (l.58) e ―estar</p><p>fazendo‖ (l.58), respectivamente, por fazem e fazer</p><p>manteria a correção do texto, mas alteraria seu</p><p>sentido.</p><p>11 - No trecho ―e isso inclui os aspectos relacionados</p><p>ao consumo, que precisa urgentemente ser</p><p>reinventado‖ (l.20 a 22), a supressão do artigo ―os‖ e a</p><p>substituição de ―ao‖ por a e de ―que‖ por o qual não</p><p>afetam o sentido nem prejudicam a correção gramatical</p><p>do período.</p><p>12 - Na linha 27, o deslocamento do vocábulo ―ainda‖</p><p>para imediatamente antes da forma verbal ―parecem‖</p><p>— ainda parecem — alteraria a ideia original do</p><p>vocábulo substituído, que passaria a significar</p><p>também.</p><p>Sobre a redação de textos oficiais, julgue os próximos</p><p>itens.</p><p>13 - Entre as autoridades tratadas por Vossa</p><p>Excelência, estão o presidente da República, os</p><p>ministros de Estado e os juízes.</p><p>14 - Todos os expedientes oficiais devem conter, após o</p><p>fecho, a assinatura e a identificação do signatário.</p><p>15 - As comunicações oficiais devem ser padronizadas</p><p>e, para isso, o uso do padrão oficial de linguagem é</p><p>imprescindível.</p><p>GABARITO:</p><p>1. C</p><p>2. E</p><p>3. C</p><p>4. C</p><p>5. E</p><p>6. C</p><p>7. E</p><p>8. E</p><p>9. C</p><p>10. C</p><p>11. C</p><p>12. E</p><p>13. C</p><p>14. E</p><p>15. E</p><p>PROVA 17 - AGU - TÉCNICO</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>44</p><p>GABARITO:</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>45</p><p>PROVA 18 - CAIXA ECONÔMICA - 2010</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>46</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>47</p><p>GABARITO:</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>48</p><p>PROVA 19 – ANEEL TÉCNICO - 2010</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>49</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>50</p><p>GABARITO:</p><p>PROVA 20 – ANEEL ANALISTA - 2010</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>51</p><p>GABARITO:</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>52</p><p>PROVA 21 – BASA - 2010</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>53</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>54</p><p>GABARITO:</p><p>PROVA 22 – BRB – 2010</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>55</p><p>GABARITO:</p><p>PROVA 23 – PRÓ-SAÚDE – 2010</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>56</p><p>GABARITO:</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>57</p><p>PROVA 25 – DPU SUPERIOR – 2010</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>58</p><p>QUESTÃO 2</p><p>QUESTÃO 3</p><p>QUESTÃO 4</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>59</p><p>QUESTÃO 6</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>60</p><p>QUESTÃO 8</p><p>QUESTÃO 9</p><p>QUESTÃO 10</p><p>GABARITO:</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>61</p><p>auge do regime</p><p>5 militar. A outra loucura — o agro-negócio na selva —</p><p>é mais recente. Muito mais remota é a prática da</p><p>derrubada de árvores para exportar madeira nobre.</p><p>Isso é tão antigo quanto a colonização portuguesa.</p><p>Nem é necessário dizer que todas essas práticas</p><p>10 predadoras são movidas por poderosos interesses</p><p>econômicos. Mas isso não exclui uma mistura perfeita</p><p>de ganância com ignorância. A palavra</p><p>―desenvolvimento‖ pode ser vazia e até nociva se a</p><p>ação desenvolvimentista for predadora. Infelizmente é</p><p>15 isso que está acontecendo nas várias áreas do Norte</p><p>do Brasil.</p><p>Euclides da Cunha, que em 1905 viajou pela</p><p>Amazônia, escreveu vários ensaios reunidos no livro À</p><p>Margem da História. Nunca esqueci uma de suas</p><p>20 frases que, a meu ver, é emblemática: ―A Amazônia</p><p>é um infinito que deve ser dosado‖. Com isso, o autor</p><p>do clássico Os Sertões queria dizer que a Amazônia,</p><p>além de múltipla e diversa, é dotada de tamanha</p><p>grandeza e complexidade que deve ser estudada por</p><p>25 partes. Cada rio tem uma história com</p><p>particularidades geográficas, sociais, culturais,</p><p>simbólicas. Cada trecho da floresta possui uma riqueza</p><p>ambiental e humana que deve ser estudada, analisada.</p><p>Milton Hatoum. Amazônia: um pouco antes do fim. In: Terra Magazine.</p><p>Internet: <www.terramagazine.terra.com.br> (com adaptações).</p><p>Julgue os itens a seguir, relativos à compreensão e à</p><p>interpretação do texto.</p><p>1 - O autor assume como causa principal da devastação</p><p>da Amazônia a ignorância dos empreendedores, os</p><p>quais desconhecem formas de manejo sustentável da</p><p>floresta.</p><p>2 - Segundo a lógica que o autor expõe no texto, o</p><p>termo desenvolvimento, quando se observa a situação</p><p>da Amazônia, pode representar não apenas aspectos</p><p>positivos, mas também uma atitude danosa do homem.</p><p>3 - O autor demonstra simpatia pelo pensamento de</p><p>Euclides da Cunha, que considerava a Amazônia um</p><p>espaço de imensas riquezas que deve ser tratado com</p><p>cuidado.</p><p>4 - O autor afirma que a forma de desenvolvimento</p><p>adotada no Brasil, tal como secularmente vem</p><p>acontecendo na Amazônia, considera seriamente</p><p>componentes ―geográficas, sociais, culturais,</p><p>simbólicas‖ de cada trecho da floresta.</p><p>Tendo em vista os aspectos gramaticais e de</p><p>construção do texto, julgue os itens que se seguem.</p><p>5 - O emprego da vírgula logo após a expressão ―data</p><p>da década de 70‖ (l.4) justifica-se porque o termo que</p><p>vem a seguir tem natureza explicativa.</p><p>6 - No texto, os termos ―insanidade‖ (l.3) e ―loucura‖</p><p>(l.5) possuem sentidos bastante diversos, pois</p><p>qualificam ações diferentes em momentos diferentes da</p><p>história da Amazônia.</p><p>7 - Seria mantida a correção gramatical do trecho</p><p>―Muito mais remota é a prática da derrubada de árvores</p><p>para exportar madeira nobre‖ (l.6-7) se o termo</p><p>―remota‖ fosse substituído por remoto.</p><p>Uma exploração racional da Amazônia</p><p>Em cinco séculos de exploração predatória, a</p><p>mata atlântica teve a área que ocupava reduzida a</p><p>cerca de 5% do território original. Hoje, teme-se que a</p><p>Amazônia, principal responsável pela primeira posição</p><p>5 do Brasil no ranque de biodiversidade da ONG</p><p>Conservation International, sofra uma devastação do</p><p>mesmo porte. Embora 87% da floresta ainda estejam</p><p>de pé, a taxa de desmatamento nos anos 90 foi de 7 20</p><p>mil quilômetros quadrados por ano.</p><p>10 Às diversas iniciativas de conservação inspiradas</p><p>por esse temor, vem se juntar o livro A Floresta</p><p>Amazônica, a ser lançado durante a Reunião Especial</p><p>da SBPC sobre a Amazônia. O autor, o jornalista</p><p>Marcelo Leite, editor de ciência da Folha de S.Paulo,</p><p>15 explica na introdução que ―o objetivo central do</p><p>livro é desfazer a imagem de que a floresta tenha</p><p>estado ou vá estar aí para sempre‖. Ao longo da obra,</p><p>Leite defende modelos de exploração racional da</p><p>floresta amazônica.</p><p>20 O manejo florestal sustentável, em oposição à</p><p>exploração predatória da madeira, é um exemplo de</p><p>como se podem aproveitar economicamente de forma</p><p>racional os recursos da Amazônia. Leite cita estudos</p><p>que apontam a vocação florestal da região (83% da</p><p>25 Amazônia Legal são imprestáveis para o gado ou o</p><p>cultivo) e que mostram que a extração sustentável de</p><p>madeira é 35% mais rentável que a predatória.</p><p>―Danificando menos a mata, sobretudo árvores mais</p><p>jovens, e também preservando árvores adultas de</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>5</p><p>30 menor qualidade para que continuem a reproduzir-</p><p>se, o manejo florestal garante uma reposição mais</p><p>rápida da madeira com valor comercial‖, explica Leite.</p><p>Revista Ciência Hoje, Abr./2001 (com adaptações).</p><p>Tendo em vista as informações veiculadas no texto</p><p>acima, além de seus aspectos gramaticais e textuais,</p><p>julgue os próximos itens.</p><p>8 - Com relação à tipologia textual, é correto afirmar</p><p>que se trata de um texto predominantemente narrativo,</p><p>em que o autor expõe deliberadamente o seu ponto de</p><p>vista sobre a exploração da Amazônia por meio de uma</p><p>pequena história.</p><p>9 - É possível reescrever o trecho ―Embora 87% da</p><p>floresta ainda estejam de pé‖ (l.7-8), mantendo-se a</p><p>correção gramatical do texto, sem prejuízo para o</p><p>significado geral do parágrafo, da seguinte forma:</p><p>Ainda que 87% da floresta permaneçam de pé.</p><p>10 - A expressão ―Às diversas iniciativas de</p><p>conservação‖ (l.10) exerce a função de sujeito da</p><p>forma verbal ―vem se juntar‖ (l.11).</p><p>11 - O termo ―esse‖, em ―Às diversas iniciativas de</p><p>conservação inspiradas por esse temor‖ (l.10-11)</p><p>refere-se ao medo de que a Amazônia sofra a mesma</p><p>devastação que se deu com a mata atlântica.</p><p>12 - A mesma regra justifica a acentuação dos</p><p>vocábulos ―amazônica‖ e ―sustentável‖.</p><p>13 - Caso seja retirado o acento grave no trecho ―em</p><p>oposição à exploração‖ (l.20-21), mantêm-se a</p><p>correção gramatical e o sentido da frase.</p><p>14 - O ritmo acelerado de desmatamento, de acordo</p><p>com o texto, ameaça a biodiversidade amazônica,</p><p>embora mais de três quartos da mata ainda estejam</p><p>conservados.</p><p>Texto para os itens de 15 a 20</p><p>Entrevista: Marina Silva</p><p>Protagonismo feminino na Amazônia é muito forte</p><p>As mulheres, em todo o mundo, têm de passar</p><p>por muitos obstáculos — entre eles o preconceito. Para</p><p>você, o que é ser uma mulher na região amazônica?</p><p>Quais os desafios e vantagens?</p><p>5 Marina Silva — Primeiro que ser uma mulher na</p><p>Amazônia, ainda que com suas peculiaridades, guarda</p><p>semelhanças com ser uma mulher no Brasil. As</p><p>dificuldades, os preconceitos, que muitas vezes elas</p><p>têm de enfrentar, não são diferentes porque se trata da</p><p>Amazônia. Isso não vai ser diferente do que a gente vai</p><p>encontrar nas diversas regiões do país.</p><p>12 Acho que uma característica importante é que na</p><p>Amazônia elas foram assumindo um protagonismo</p><p>muito forte em todos os sentidos. Se você pega a luta</p><p>dos seringueiros, você vai ver figuras femininas. A</p><p>primeira presidente do Sindicato dos Trabalhadores</p><p>Rurais de Xapuri, na época do Chico Mendes, era uma</p><p>18 mulher [Dona Raimunda], que agora novamente</p><p>está no sindicato. A formação do Conselho Nacional dos</p><p>Seringueiros tem uma forte participação das mulheres,</p><p>inclusive da Dona Raimunda.</p><p>22 Você também pode observar isso na política, na</p><p>academia. A presidente do museu Goeldi também é</p><p>uma mulher. Você tem uma forte participação da</p><p>mulher. Então ser uma mulher na Amazônia comporta a</p><p>dor e as delícias de ser uma mulher no Brasil, com as</p><p>dificuldades típicas de cada região.</p><p>28 E quais seriam essas dificuldades típicas da região</p><p>amazônica?</p><p>Marina Silva — Acho que o atendimento das</p><p>demandas de Saúde e Educação, aquelas demandas</p><p>que são básicas e essenciais e que para uma grande</p><p>parte das mulheres na Amazônia são algo muito</p><p>distante. Você tem uma</p><p>ausência do Estado muito</p><p>35 grande na prestação de serviços elementares: do</p><p>atendimento da saúde da mulher, planejamento</p><p>familiar, atendimento da infância e é algo que</p><p>sobrecarrega muito as mulheres.</p><p>Thais Iervolino. Internet: <www.portal / amazonia.org> (com adaptações).</p><p>Tendo em vista as informações veiculadas no texto,</p><p>além de seus aspectos gramaticais e textuais, julgue os</p><p>itens seguintes.</p><p>15 - Seria mantida a concordância verbal no trecho ―As</p><p>mulheres, em todo o mundo, têm de passar por muitos</p><p>obstáculos‖ (l.1-2) retirando-se o acento circunflexo da</p><p>forma verbal ―têm‖.</p><p>16 - O pronome ―elas‖ em ―elas têm de enfrentar‖ (l.8-</p><p>9) refere-se à mulher que vive na Amazônia.</p><p>17 - Para a entrevistada, as dificuldades da mulher que</p><p>vive na Amazônia são semelhantes às que mulheres de</p><p>outras regiões encontram para se afirmar na sociedade,</p><p>embora ocorram em escala menor.</p><p>18 - O trecho ―Se você pega a luta dos seringueiros‖</p><p>(l.14-15) tem características da linguagem informal e</p><p>poderia ser reescrito, mantendo-se o significado, da</p><p>seguinte forma: Se tomarmos como exemplo a luta dos</p><p>seringueiros.</p><p>Considerando o texto e os seguintes requisitos: ―A</p><p>redação oficial deve caracterizar-se pela</p><p>impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem,</p><p>clareza, concisão, formalidade e uniformidade‖ (Manual</p><p>de Redação da Presidência da República, 2002), julgue</p><p>os itens que se seguem.</p><p>19 - O quarto parágrafo — ―Você também (...) cada</p><p>região‖ (l.22-27) — não seria adequado para compor</p><p>um documento com o padrão ofício.</p><p>20 - As respostas da entrevistada, na ordem em que</p><p>são apresentadas, poderiam fazer parte do corpo de um</p><p>relatório.</p><p>Prova 4 - UnB/CESPE – BANCO DA AMAZÔNIA 2 –</p><p>02/2010</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>6</p><p>Texto para os itens de 1 a 8</p><p>A discussão acerca da influência do pensamento</p><p>econômico na teoria moderna é aparentemente uma</p><p>discussão metateórica, ou seja, de caráter</p><p>metodológico. Mas, na ciência econômica, como de</p><p>5 resto nas ciências sociais em geral, não há consenso</p><p>sobre a forma de evolução dos paradigmas.</p><p>Contrariamente ao que, em regra, acontece no mundo</p><p>das ciências naturais, há aqui dúvidas a respeito de se</p><p>o conhecimento mais recente é necessariamente o</p><p>10 melhor, o mais verdadeiro, ou seja, aquele que</p><p>incorporou produtivamente os desenvolvimentos</p><p>teóricos até então existentes, tendo deixado de lado</p><p>aqueles que não se mostraram adequados a seu objeto.</p><p>O economista Pérsio Arida tratou desse problema</p><p>15 em um texto que se tornou clássico muito antes de</p><p>ser publicado.Afirma ali que o aprendizado da teoria</p><p>econômica tem sido efetuado de acordo com dois</p><p>modelos distintos: o que ele chama de hard science,</p><p>que ignora a história do pensamento e segundo o qual</p><p>20 o estudante deve familiarizar-se de imediato com o</p><p>estágio atual da teoria, e o que ele chama de soft</p><p>science, que considera que o estudante deve conhecer</p><p>bem, e, se possível, dominar, os clássicos do passado,</p><p>mesmo que em prejuízo de sua familiaridade com os</p><p>25 desenvolvimentos mais recentes. Acrescenta a esse</p><p>enquadramento que, por trás do modelo hard science,</p><p>está a ideia de uma ―fronteira do conhecimento‖: o</p><p>estudante não precisaria perder tempo com antigos</p><p>pensadores, porque todas as suas eventuais</p><p>30 contribuições já estariam incorporadas ao estado</p><p>atual da teoria. De outro lado, subjacente à visão do</p><p>modelo soft science, estaria a ideia de que o</p><p>conhecimento está disperso historicamente, ensejando</p><p>a necessidade de os estudantes se dedicarem a esses</p><p>35 pensadores.</p><p>Leda Maria Paulani. Internet: <www.fipe.org.br> (com adaptações).</p><p>Acerca do texto, julgue os itens a seguir.</p><p>1 - O texto constitui uma argumentação em defesa de</p><p>determinada linha de pesquisa dentro das ciências</p><p>econômicas.</p><p>2 - Pela leitura do texto, depreende-se que a hard</p><p>science e a soft science correlacionam-se,</p><p>respectivamente, às ciências naturais e às ciências</p><p>humanas.</p><p>3 - Infere-se do texto que o conhecimento recente da</p><p>área econômica pode não ser, necessariamente, o que</p><p>incorporou as melhores facetas do conhecimento</p><p>historicamente desenvolvido.</p><p>4 - Os pronomes ―aqui‖ (L.8) e ―ali‖ (L.16), que</p><p>geralmente denotam referência a lugar, são usados no</p><p>texto para retomar objetos concretos.</p><p>A autora defende que, na economia e nas ciências sociais</p><p>em geral, não há consenso sobre a verdadeira qualidade</p><p>da informação teórica incorporada ao conhecimento</p><p>recente na área. Tal afirmação pode ser inferida da leitura</p><p>do primeiro parágrafo. Cada um dos itens de 5 a 8</p><p>apresenta uma proposta de reescrita dessa asserção,</p><p>devendo ser julgado certo se mantiver, com correção</p><p>gramatical, o sentido dessa assertiva, ou errado, em caso</p><p>contrário.</p><p>5 - Não existem, segundo a autora, uniformidade de</p><p>opiniões, nas ciências sociais, às quais se englobariam</p><p>a ciência econômica, quanto à verdadeira qualidade da</p><p>informação teórica incorporada ao conhecimento</p><p>recente na área.</p><p>6 - A autora defende não haver consenso na ciência</p><p>econômica, a exemplo do que ocorre nas demais</p><p>ciências sociais, a respeito da verdadeira qualidade da</p><p>informação incorporada ao conhecimento recente na</p><p>área.</p><p>7 - Quanto ao consenso nas ciências sociais sobre a</p><p>verdadeira qualidade da informação teórica incorporada</p><p>para o conhecimento recente em ciência econômica, a</p><p>autora defende que não há.</p><p>8 - A respeito da qualidade real da informação teórica</p><p>juntada ao conhecimento recente na área, a autora</p><p>defende não haver consenso seja na ciência econômica,</p><p>seja nas demais ciências sociais.</p><p>Texto para os itens de 9 a 17</p><p>Frederick August von Hayek concebe o indivíduo como</p><p>uma singularidade e o conhecimento como algo</p><p>subjetivamente determinado, particular e intransferível.</p><p>Esse conhecimento, portanto, não está, para Hayek,</p><p>5 fundamentado nem em fatos objetivos, que a teoria</p><p>pudesse captar, nem em uma sorte qualquer de razão</p><p>transcendental. Mas, além de seus propósitos particulares</p><p>e do conhecimento subjetivo que cada um possui do</p><p>mundo, a ação humana é, para Hayek, constituída também</p><p>10 por regras, que os homens seguem meio</p><p>inquestionadamente, por um processo de imitação. Essas</p><p>regras, por sua vez, não são postuladas, não são produtos</p><p>de um suposto contrato original resultante da ação</p><p>intencional de indivíduos autocentrados, não podendo,</p><p>15 pois, ser reduzidas às ações de indivíduos racionais,</p><p>como rezam os preceitos metodológicos por trás da</p><p>rational choice (escolha racional).Ora, o que Hayek está</p><p>então sugerindo é que nem toda ação humana é produto</p><p>de indivíduos racionais, autônomos e independentes,</p><p>20 autodeterminados e soberanos, tal como requer a</p><p>teoria econômica moderna. Ao contrário, as ações</p><p>humanas são fortemente dependentes de um processo que</p><p>é social e socialmente determinado. Afirma, por isso, que,</p><p>em uma sociedade complexa como a nossa, o homem não</p><p>25 tem outra escolha a não ser se adaptar às forças</p><p>cegas do processo social. E, em função de tudo isso, afirma</p><p>que, palavras dele, ―a desgraça do mecanismo de mercado</p><p>é dupla, porque, por um lado, ele não é produto do</p><p>desígnio humano e, por outro, as pessoas que são guiadas</p><p>30 por ele normalmente não sabem por que são levadas</p><p>a fazer o que fazem‖.</p><p>Idem, ibidem.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>7</p><p>Com referência às ideias e à tipologia do texto, julgue</p><p>os itens subsequentes.</p><p>9 - O texto, por apresentar a síntese do pensamento de</p><p>von Hayek, é predominantemente descritivo.</p><p>10 - Embora esteja empregada de modo correto, a</p><p>palavra ―rezam‖ (l.16) poderia ser substituída, sem</p><p>prejuízo para o sentido e a correção gramatical do</p><p>texto, por ditam ou por estabelecem.</p><p>11 - Ao afirmar que as pessoas guiadas pelo mercado</p><p>‗normalmente não sabem por que são levadas a fazer o</p><p>que fazem‘ (l.30-31), von Hayek retoma a ideia de que</p><p>as ações humanas dependem de um processo social</p><p>socialmente determinado.</p><p>Acerca dos elementos gramaticais presentes no texto,</p><p>julgue os itens que se seguem.</p><p>12 - No texto, a palavra ―Ora‖ (l.17) tem sentido</p><p>diferente daquele empregado na seguinte frase: Ora</p><p>essa ação é voluntária, ora ela é socialmente</p><p>determinada.</p><p>13 - No último período do texto, caso se retirem o</p><p>trecho ―palavras dele‖ e as vírgulas que o isolam, não</p><p>se perde a informação sobre a autoria da citação feita,</p><p>e o trecho continua gramaticalmente correto.</p><p>14 - A correção gramatical do texto seria prejudicada</p><p>caso se colocasse uma vírgula logo após a forma verbal</p><p>―é‖ (l.18).</p><p>15 - No trecho ―às forças cegas do processo social‖</p><p>(l.25-26), caso se substitua ―forças cegas‖ por</p><p>mecanismos cegos, será necessário trocar ―às‖ por</p><p>aos para se manter a correção gramatical.</p><p>16 - As palavras ―intransferível‖, ―inquestionadamente‖</p><p>e ―indivíduos‖ possuem em sua estrutura elementos</p><p>que indicam negação.</p><p>17 - O trecho em que ocorre a palavra ‗desígnio‘ (l.29)</p><p>teria sua coerência prejudicada caso tal palavra fosse</p><p>substituída por destino.</p><p>Cada um dos itens abaixo apresenta um fragmento</p><p>hipotético de correspondência oficial, seguido de uma</p><p>proposta de classificação desse fragmento (entre</p><p>parênteses) quanto à parte e ao padrão de</p><p>correspondência. Julgue-os quanto ao aspecto</p><p>gramatical, quanto à classificação proposta e quanto à</p><p>observância das recomendações previstas para o</p><p>padrão de correspondência indicado.</p><p>18 - Aos dez dias do mês de novembro do ano de dois</p><p>mil e nove, às dez horas, na sala de reuniões do</p><p>Departamento de Biologia Celular da Universidade de</p><p>Brasília, teve início a... (cabeçalho de uma ata)</p><p>19 - De ordem do senhor ministro da Educação,</p><p>estamos informando a todos os chefes do Poder</p><p>Executivo de todos os entes federados que, nos termos</p><p>da Lei de Responsabilidade Fiscal, a data limite para</p><p>apresentação das prestações de contas e respectivos</p><p>relatórios a que se refere a citada lei... (corpo de um</p><p>relatório)</p><p>20 - Certos da atenção e da observância de V. S. a para</p><p>com as recomendações que ora lhe enviamos,</p><p>antecipamos agradecimentos.</p><p>Atenciosamente,</p><p>(fecho de um memorando)</p><p>Prova 5 - UnB/CESPE – SAD – PE – ANALISTA DE</p><p>PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO – 02/2010</p><p>Texto para as questões de 1 a 3</p><p>Como todo homem é capaz de previsão e de</p><p>reflexão, ele pode compreender muito bem que, para</p><p>atos diferentes, diferentes também serão as</p><p>consequências que pode esperar. Por outro lado, esse</p><p>5 homem não se deve imaginar como sendo um</p><p>joguete de forças externas, mas, ao contrário, deve</p><p>admitir que, em grande parte, é o artífice do próprio</p><p>destino. Por essa razão, entende Lévy-Brühl que a</p><p>prudência e a previsão passam a se constituir em um</p><p>10 poder passível de ser exercido a partir do momento</p><p>em que se instala no homem a noção de</p><p>responsabilidade. Todavia, essa noção ainda é muito</p><p>rudimentar, despojada que é de qualquer componente</p><p>moral, sendo exclusivamente produto da experiência, o</p><p>15 que significa ser determinada pelo mundo sensível.</p><p>Porém, a partir do momento em que a noção de</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>8</p><p>responsabilidade implica castigo, ela se torna mais</p><p>complexa, porquanto envolve a questão da obediência</p><p>à lei. O homem sabe, a essa altura, que diante da</p><p>20 violação da lei sempre se seguirá uma pena; e sabe</p><p>também que se trata de uma lei social por ele mesmo</p><p>produzida, e não mais de leis naturais.</p><p>Roberto Cardoso de Oliveira. Razão e afetividade.</p><p>Brasília: Ed. UnB, 2002, p. 48-9 (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 1</p><p>De acordo com a argumentação do texto, em</p><p>contraposição às leis naturais, uma lei social</p><p>A - confere ao homem capacidade de previsão e</p><p>reflexão.</p><p>B - permite que o homem se torne artífice do próprio</p><p>destino.</p><p>C - deve ser composta por prudência e previsão para se</p><p>constituir em poder.</p><p>D - mostra-se mais rudimentar do que as leis naturais</p><p>porque resulta apenas da experiência.</p><p>E - implica responsabilidade e castigo quando houver</p><p>desobediência às normas instituídas pelo homem.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>A relação entre as estruturas linguísticas e as ideias do</p><p>texto mostra que</p><p>A - a repetição enfática da palavra ―diferentes‖ (l.3)</p><p>justifica o uso da vírgula entre as duas ocorrências.</p><p>B - o pronome ―ele‖ (l.2) retoma o referente de ―esse</p><p>homem‖ (l.4-5) e constitui um dos elementos do</p><p>conjunto nomeado como ―todo homem‖ (l.1).</p><p>C - a expressão ―essa razão‖ (l.8) refere-se à ideia do</p><p>poder exercido com ―noção de responsabilidade‖ (l.16-</p><p>17).</p><p>D - a flexão de feminino em ―determinada‖ (l.15) indica</p><p>que o ―mundo sensível‖ (l.15) determina a</p><p>―experiência‖ (l.14).</p><p>E - a relação que o último período sintático do texto</p><p>tem com as ideias anteriores permite iniciá-lo com um</p><p>conectivo de valor adversativo, escrevendo, por</p><p>exemplo, No entanto, o homem sabe.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Julgue os itens seguintes, que apresentam propostas de</p><p>alteração para o texto.</p><p>I - Na linha 3, deslocar a segunda ocorrência de</p><p>―diferentes‖ para depois de ―também‖ ou para logo</p><p>depois de ―serão‖.</p><p>II - Inserir o sinal indicativo de crase em ―a essa‖</p><p>(l.19), escrevendo à essa.</p><p>III - Retirar o pronome da forma verbal ―constituir‖</p><p>(l.9).</p><p>IV - Retirar a preposição no termo ―em que‖ (l.16).</p><p>V - Na linha 13, deslocar ―que é‖ para imediatamente</p><p>antes de ―despojada‖.</p><p>VI - Substituir o conectivo ―porquanto‖ (l.18) por pois</p><p>ou por já que, precedido de vírgula.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>A - I e IV. B - I e VI. C - II, III e V.</p><p>D - II, V e VI. E - III, IV e VI.</p><p>Texto para as questões 4 e 5</p><p>Evidentemente, os fatos precedem os indivíduos, e</p><p>eles já os encontram quando surgem no mundo: nesse</p><p>sentido, nada podem fazer a respeito. Mas, diante de</p><p>cada fato, por mais inelutável que seja, o indivíduo tem</p><p>5 ainda uma opção: pode escolher que significação</p><p>atribuirá àquele fato. Todas as coisas, no universo</p><p>humano, são humanamente representadas, isto é,</p><p>atribuímos-lhes significações que se originam em nós</p><p>mesmos.Não há fato bruto; todo fato é suscetível de</p><p>10 receber uma significação, variável conforme a</p><p>liberdade que cada um tem de atribuí-la. Assim,</p><p>podemos constatar que há muita coisa que nos</p><p>determina a partir do exterior; mas podemos lidar com</p><p>elas de diversas maneiras e cabe-nos escolher.</p><p>Franklin Leopoldo e Silva. Tensa construção. In: Filosofia</p><p>especial, ano II, n.º 8, p. 74-5 (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 4</p><p>De acordo com a argumentação do texto, afirmar que</p><p>todas as coisas ―são humanamente representadas‖ (l.7)</p><p>corresponde a dizer que</p><p>A - todas as coisas acabam por tomar características</p><p>das pessoas que com elas convivem.</p><p>B - os objetos e os acontecimentos do mundo só</p><p>ganham existência por causa da percepção humana.</p><p>C - o alcance da compreensão humana não atinge a</p><p>significação plena de cada fato e de cada coisa que</p><p>constitui o universo.</p><p>D - a significação dos fatos e das coisas não é fixa, pois</p><p>está relacionada ao modo como cada um dos seres</p><p>humanos pode representá-los.</p><p>E - a liberdade humana é exercida ao se selecionar,</p><p>entre os fatos brutos, aquele que tem condições de se</p><p>transformar em um fato social ou cultural.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Assinale a opção correta a respeito do uso das</p><p>estruturas lingüísticas na organização das ideias do</p><p>texto.</p><p>A - A flexão de plural em ―surgem‖ (l.2) deve-se ao</p><p>plural em ―fatos‖ (l.1); mas o plural em ―podem‖ (l.3)</p><p>deve-se ao plural em ―indivíduos‖ (l.1).</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>9</p><p>B - Na linha 4, a opção pelo modo subjuntivo em ―seja‖</p><p>reforça a ideia de que ser ―inelutável‖ constitui apenas</p><p>uma possibilidade, não uma certeza.</p><p>C - Na linha 6, o acento grave em ―àquele‖ indica que</p><p>―fato‖ está empregado de maneira determinada e</p><p>específica, comportando o artigo definido.</p><p>D - O pronome átono em ―atribuí-la‖ (l.11) é de uso</p><p>opcional, mas seu uso deixa explícita a retomada do</p><p>objeto da atribuição: ―a liberdade‖ (l.110-11).</p><p>E - Ao retomar um termo antecedente em forma</p><p>singular, ―muita coisa‖ (l.12), o pronome ―elas‖ (l.14),</p><p>flexionado no plural, ressalta a ideia em detrimento da</p><p>forma gramatical.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>O sujeito é o que ele faz, o que faz de si e o que faz</p><p>com o que fazem dele. Isso significa ação histórica</p><p>(social e política) sempre situada, sempre sujeita a</p><p>determinações de várias ordens, mas também sempre</p><p>livre.</p><p>Idem, ibidem.</p><p>Assinale a opção que apresenta uma reescrita</p><p>gramaticalmente correta e argumentativamente</p><p>coerente para o fragmento de texto acima.</p><p>A - O sujeito é o que faz; o que se faz, e o que faz com</p><p>o que fazem de si. O que significa uma ação histórica —</p><p>social e política, sempre situada, sempre sujeita a</p><p>determinações de várias ordens, conquanto também</p><p>sempre livre.</p><p>B - O sujeito que faz com o que faz de si, e com o que</p><p>fazem dele significa ação histórica, social e política;</p><p>sempre situada, sempre sujeita à determinações de</p><p>várias ordens, sempre livre, no entanto.</p><p>C - O sujeito é aquilo que faz, o que faz de si e aquilo</p><p>que faz com o que os outros fazem dele. Isso significa</p><p>uma ação histórica — social e política — sempre situada</p><p>e sujeita a determinações de várias ordens, mas</p><p>também sempre livre.</p><p>D - Ação histórica, social e política é a do sujeito que se</p><p>faz, com aquilo que faz de si e com o que fazem dele.</p><p>Significando ação sempre situada, porém, sempre livre</p><p>e sujeita a determinações de várias ordens.</p><p>E - Isso significa ação histórica: o sujeito é o que ele</p><p>faz, aquilo que lhe faz e aquilo que faz com o que</p><p>fazem a ele. É também ação (social e política) sempre</p><p>situada; pois sempre sujeita à determinações de várias</p><p>ordens; e sobretudo sempre livre.</p><p>Texto para as questões de 7 a 9</p><p>Nenhum homem tem a seu dispor terreno para tão</p><p>grande investigação, área para tanta curiosidade como</p><p>o ―outro‖. Simplesmente o semelhante abriga nesta</p><p>palavra tremenda contradição: fala-nos com toda</p><p>5 naturalidade, até mesmo com toda a pureza, do ser</p><p>que se iguala a mim, que é como eu e, no entanto,</p><p>quanto mais me aproximo dele, mais distante ou</p><p>menos igual ele me parece. E mais: tenho, não raro, a</p><p>impressão de estar ele fechado em seu mundo.</p><p>10 Convém acentuar já que não me refiro aos casos</p><p>excepcionais de tipos introvertidos. Trato do ―outro‖ do</p><p>dia a dia, a companheira ou até o filho. Hoje, após</p><p>muita experiência com superiores, subordinados,</p><p>familiares, filhos, alunos, amores, gente de toda</p><p>15 espécie, eu julgo o ―outro‖ cada vez mais difícil de</p><p>perceber, apreender, uma espécie de labirinto.</p><p>Desconfio de que o jovem acredita, sinceramente,</p><p>conhecer o outro. Só o tempo lhe irá mostrando que o</p><p>caminho para o outro não termina.</p><p>Walter Ramos Poyares. Falo, logo sou. Rio de Janeiro: Agir;</p><p>Brasília: Ed. UnB, 1983, p. 36 (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Assinale a opção que propõe uma reescrita para o início</p><p>do período sintático com a inserção de um conectivo,</p><p>de modo a respeitar a correção gramatical e o</p><p>desenvolvimento argumentativo do texto.</p><p>A - Na linha 3: Como simplesmente.</p><p>B - Na linha 10: Enquanto convém.</p><p>C - Na linha 11: Conforme trato do ―outro‖.</p><p>D - Na linha 13: Embora hoje.</p><p>E - Na linha 17: Mas desconfio.</p><p>QUESTÃO 8</p><p>Assinale a opção correta a respeito das relações de</p><p>coesão usadas no texto.</p><p>A - O referente de ―o ‗outro‘‖ (l.3) é retomado, ao longo</p><p>do texto, como ―ser que se iguala a mim‖ (l.5-6) e ―ele‖ (l.9).</p><p>B - As relações textuais evidenciam que, na linha 3, a</p><p>expressão ―nesta palavra‖ refere-se à palavra ―semelhante‖.</p><p>C - Apesar de o pronome ―me‖ (l.7) ser de primeira pessoa</p><p>do singular, o desenvolvimento da argumentação mostra</p><p>que ele se refere a ―homem‖ (l.1), empregado no sentido</p><p>genérico de a humanidade.</p><p>D - A organização das ideias no texto permite inserir o</p><p>pronome se logo depois de ―perceber‖ (l.16),</p><p>explicitando, assim, os elementos coesivos do período</p><p>sintático.</p><p>E - As relações de coesão de que o pronome ―lhe‖</p><p>(l.18) faz parte no texto mostram que este pronome</p><p>tanto remete a ―jovem‖ (l.17), quanto a ―eu‖ (l.15) e a</p><p>―outro‖ (l.18).</p><p>QUESTÃO 9</p><p>Assinale a opção em que a alteração proposta na</p><p>pontuação do texto preserva a correção gramatical e a</p><p>coerência textual.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>10</p><p>A - Na linha 3, substituição do ponto depois de ―outro‖</p><p>pelo sinal de dois-pontos, ajustando-se a letra inicial de</p><p>―Simplesmente‖ para minúscula.</p><p>B - Retirada da vírgula logo depois de ―pureza‖ (l.5).</p><p>C - Inserção de uma vírgula logo depois de ―distante‖</p><p>(l.7).</p><p>D - Substituição do sinal de dois-pontos depois de</p><p>―mais‖ (l.8) por ponto e vírgula.</p><p>E - Substituição do ponto depois de ―outro‖ (l.18) por</p><p>travessão, ajustando-se a letra inicial de ―Só‖ para</p><p>minúscula.</p><p>Texto para as questões 10 e 11</p><p>Atualmente, a intervenção dos diversos atores</p><p>sociais exige das organizações uma nova postura,</p><p>calcada em valores éticos que promovam o</p><p>desenvolvimento sustentado da sociedade como um</p><p>5 todo. A questão da responsabilidade social vai,</p><p>portanto, além da postura legal da empresa, da prática</p><p>filantrópica ou do apoio à comunidade. Significa</p><p>mudança de atitude, em perspectiva de gestão</p><p>empresarial com foco na qualidade das relações e na</p><p>10 geração de valor para todos. É importante ressaltar</p><p>que a responsabilidade social é, ainda, um processo em</p><p>crescimento em vários países do mundo e,</p><p>principalmente, no Brasil.</p><p>Emilia Fabiana Rasquinha. Mas o que é responsabilidade social.</p><p>Internet: <www.habitatbrasil.org.br> (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 10</p><p>Preservam-se a correção gramatical e a coerência entre</p><p>os argumentos do texto ao se substituir o trecho</p><p>A - ―a intervenção dos diversos atores sociais‖ (l.1-2)</p><p>por com diversos atores sociais intervindo.</p><p>B - ―exige das organizações‖ (l.2) por exige que as</p><p>organizações tenham.</p><p>C - ―que promovam o desenvolvimento‖ (l.3-4) por ao</p><p>promoverem.</p><p>D - ―responsabilidade social vai, portanto, além da</p><p>postura‖ (l.5-6) por responsabilidade social,</p><p>portanto, extrapola na postura.</p><p>E - ―em perspectiva de gestão empresarial com foco‖</p><p>(l.8-9) por focalizando numa perspectiva de gestão</p><p>empresarial.</p><p>QUESTÃO 11</p><p>Assinale a opção correta a respeito do uso das</p><p>preposições nas relações de regência no texto.</p><p>A - O adjetivo ―calcada‖ (l.3) exige o uso de em, no</p><p>termo ―em valores éticos‖ (l.3); por isso, sua</p><p>substituição</p><p>por outra forma de ligação, como nos, por</p><p>exemplo, provocaria erro gramatical.</p><p>B - Na linha 7, o acento grave em ―à comunidade‖ é</p><p>exigido pelo substantivo ―apoio‖; por isso, ele deve</p><p>permanecer mesmo que a palavra ―comunidade‖ seja</p><p>empregada no plural.</p><p>C - Na linha 9, a segunda ocorrência de ―na‖ não seria</p><p>obrigatória, se não houvesse a necessidade de</p><p>explicitar que ―geração‖ é um termo regido por ―foco‖,</p><p>assim como ―qualidade‖.</p><p>D - A preposição ―para‖ (l.10) associa os termos</p><p>―mudança de atitude‖ (l.8) e ―todos‖ (l.10),</p><p>estabelecendo a relação semântica de que os</p><p>beneficiários de tal mudança são ―todos‖ (l.10).</p><p>E - Na linha 12, para evitar a repetição da preposição</p><p>―em‖ na mesma oração, sua substituição, no trecho</p><p>―em vários países‖, por de preservaria a correção e a</p><p>coerência textuais.</p><p>QUESTÃO 12</p><p>Estaria o Brasil se comprometendo com o que</p><p>pode vir a ser a mais cara, obsessiva e mal informada</p><p>ilusão científica da história? A humanidade já esteve</p><p>convencida de que a Terra era plana e que era possível</p><p>prever matematicamente a extinção da vida humana</p><p>por falta de comida, já que a população cresceria</p><p>sempre de forma geométrica e a produção de alimentos</p><p>jamais poderia aumentar no mesmo ritmo. A</p><p>conferência de Copenhague tende a refletir,</p><p>basicamente, um conjunto de neuroses, fantasias e</p><p>necessidades políticas que se ligam muito mais aos</p><p>países ricos do que à realidade brasileira. O Brasil, em</p><p>vez de reagir ao debate dos outros, faria melhor</p><p>pensando primeiro em seus interesses. Para isso,</p><p>precisaria saber o que quer. Parece bem claro que o</p><p>país, antes de ter um problema ecológico, tem um</p><p>problema sanitário: nossa verdadeira tragédia</p><p>ambiental é o fato de que 50% da população não</p><p>dispõe de rede de esgotos ou o fato de que dois terços</p><p>dos esgotos são lançados nos rios sem tratamento</p><p>algum. A questão ecológica real, no Brasil, chama-se</p><p>pobreza.</p><p>J. R. Guzzo. Fim do mundo. In: Veja, 11/11/ 2009 (com adaptações).</p><p>De acordo com a argumentação do texto, a ―mais cara,</p><p>obsessiva e mal informada ilusão científica da história‖</p><p>(l.2-3) seria</p><p>A - prever o futuro da humanidade com base em</p><p>teorias científicas equivocadas.</p><p>B - substituir os interesses do Brasil pelos dos países</p><p>ricos no debate ecológico.</p><p>C - impregnar de neuroses e de interesses políticos o</p><p>debate em Copenhague.</p><p>D - desconsiderar que a pobreza é a verdadeira questão</p><p>ambiental do Brasil.</p><p>E - comparecer à conferência de Copenhague sem</p><p>saber o que se quer.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>11</p><p>Texto para as questões 13 e 14</p><p>Há empresas que ofertam produtos e serviços de</p><p>reconhecida qualidade para seus consumidores.</p><p>Todavia, se, no desenvolvimento de suas atividades,</p><p>utilizarem a prática de jogar dejetos nos rios, não</p><p>5 estarão sendo éticas nas suas relações com a</p><p>sociedade, revelando uma atividade negligente em</p><p>relação ao meio ambiente. Rios poluídos geram</p><p>doenças e enormes gastos com a saúde curativa, com</p><p>tratamento de água e esgoto (saneamento básico),</p><p>10 prejuízos em atividades como pesca ou turismo etc.</p><p>As prefeituras terão de proceder à recuperação da água</p><p>poluída com verbas provenientes de impostos que</p><p>arrecadam do cidadão, ou seja, o cidadão paga duas</p><p>vezes por aquilo que não provocou: quando compra o</p><p>15 produto e quando o seu dinheiro é destinado à</p><p>recuperação da água poluída. O resultado prático é</p><p>uma sociedade que, além de perder dinheiro, vai</p><p>perdendo o que lhe é essencial: a sua qualidade de</p><p>vida. Elizabeth de Melo Rico. A responsabilidade social empresarial e o</p><p>estado: uma aliança para o desenvolvimento sustentável. In: S.Paulo</p><p>QUESTÃO 13</p><p>Assinale a opção de reescrita que preserva as relações</p><p>semânticas entre os elementos do seguinte trecho do</p><p>texto: ―se, no desenvolvimento de suas atividades,</p><p>utilizam a prática de jogar dejetos nos rios, não estarão</p><p>sendo éticas nas suas relações com a sociedade‖ (l.3-6).</p><p>A - não estarão sendo éticas nas suas relações com a</p><p>sociedade, se, no desenvolvimento de suas atividades,</p><p>jogassem dejetos nos rios.</p><p>B - não estariam sendo éticas nas suas relações com a</p><p>sociedade, se, no desenvolvimento de suas atividades,</p><p>jogar dejetos nos rios.</p><p>C - não serão éticas nas suas relações com a</p><p>sociedade, se, ao desenvolverem suas atividades,</p><p>jogarem dejetos nos rios.</p><p>D - se, ao desenvolver suas atividades, joguem dejetos</p><p>nos rios, não estarão sendo éticas nas suas relações</p><p>com a sociedade.</p><p>E - se, no desenvolvimento de suas atividades,</p><p>jogariam dejetos nos rios, não estão sendo éticas nas</p><p>suas relações com a sociedade.</p><p>QUESTÃO 14</p><p>Assinale a opção que justifica corretamente o uso de</p><p>estruturas linguísticas do texto.</p><p>A - As preposições ―de‖ (l.1) e ―para‖ (l.2) estabelecem,</p><p>entre os termos que ligam, uma ideia de continuidade</p><p>que vai de um ponto de origem até um ponto de</p><p>chegada.</p><p>B - A presença da preposição ―com‖ antes de</p><p>―tratamento‖ (l.8) indica que a mesma preposição está</p><p>subentendida antes de ―prejuízos‖ (l.10).</p><p>C - O sinal indicativo de crase em ―à recuperação‖</p><p>(l.11) justifica-se pela presença do artigo definido</p><p>feminino antes do substantivo, juntamente com a</p><p>preposição exigida pelo verbo ―proceder‖ (l.11).</p><p>D - Na linha 13, a flexão de plural em ―arrecadam‖</p><p>justifica-se pelo uso do plural em ―impostos‖.</p><p>E - As relações de sentido entre os termos do último</p><p>período mostram que as duas ocorrências do pronome</p><p>―que‖ retomam o termo ―sociedade‖.</p><p>QUESTÃO 15</p><p>Aos treze dias do mês de junho de dois mil e nove,</p><p>às nove horas e trinta minutos, na sede social do Clube</p><p>dos Veteranos, na cidade do Recife, reuniram-se em</p><p>Assembleia Geral Extraordinária, em primeira</p><p>5 convocação, os membros do Conselho Diretor desta</p><p>entidade, conforme se verifica nas assinaturas apostas</p><p>ao final. Assumindo a presidência dos trabalhos, o</p><p>conselheiro vice-presidente, na ausência justificada do</p><p>presidente, conforme previsto nos estatutos. Sr. Xisto</p><p>10 da Costa Freire, convidou a mim, Otoniel Pacheco</p><p>da Silva Filho, para secretariar a reunião.</p><p>Para que o trecho de ata fictícia acima respeite as</p><p>normas de redação dos documentos oficiais é</p><p>obrigatório</p><p>A - padronizar os termos do texto, escrevendo ―Clube</p><p>dos Veteranos‖ (l.2-3) e ―Assembleia Geral</p><p>Extraordinária‖ (l.4) com letras iniciais minúsculas.</p><p>B - informar, preferencialmente antes do termo ―em</p><p>primeira convocação‖ (l.4-5), o número e a</p><p>identificação oficial da assembleia.</p><p>C - retirar toda informação desnecessária e redundante,</p><p>como é o caso da oração ―conforme se verifica nas</p><p>assinaturas apostas ao final‖ (l.6-7).</p><p>D - substituir o ponto depois de ―estatutos‖ (l.9) por</p><p>vírgula, para que o período sintático respeite as regras</p><p>gramaticais do padrão formal da língua.</p><p>E - buscar a objetividade, desfazendo a redundância</p><p>entre ―a mim‖ (l.10) e ―Otoniel Pacheco da Silva Filho‖</p><p>(l.10-11): por se referirem à mesma pessoa, apenas</p><p>uma das identificações é suficiente.</p><p>QUESTÃO 16</p><p>Recife, 13 de novembro de 2009</p><p>Fulano de Tal (Assinatura)</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>12</p><p>Fulano de Tal (nome por extenso ou carimbo)</p><p>Secretário da COD/DRH (cargo ou carimbo)</p><p>Considerando as normas de redação de documentos</p><p>oficiais, o fecho acima estará correto em documento do</p><p>padrão</p><p>A - atestado. B - aviso. C - circular.</p><p>D - memorando. E - ofício.</p><p>Prova 6 - UnB/CESPE – SAD – 02/2010</p><p>Texto</p><p>para as questões 1 e 2</p><p>Direito e moral são conceitos que fazem parte da</p><p>noção de justiça, considerando-se que toda ação estatal</p><p>é dirigida à satisfação do interesse coletivo inserido no</p><p>Estado Democrático. Este destina-se a garantir o</p><p>5 exercício dos direitos sociais e individuais, a</p><p>liberdade, a segurança, o bem-estar, o</p><p>desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores</p><p>supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem</p><p>preconceitos, fundada na harmonia social, nos exatos</p><p>10 termos do preâmbulo da Constituição Federal (CF).</p><p>A justiça como conceito moral significa a aplicação</p><p>imparcial de normas de conduta que sejam imparciais,</p><p>não se discriminando, sem fundamento em lei ou em</p><p>regras, determinadas pessoas ou determinados fins,</p><p>15 pois o ato justo sempre serve a fins considerados</p><p>bons. Em contraste, identifica-se com a observância de</p><p>certas restrições na busca de fins. Logo, o ato dotado</p><p>de justiça e moral deve respeitar essas restrições na</p><p>ação, quaisquer que sejam os fins desejados.</p><p>20 O agente público, ao atuar, não pode desprezar o</p><p>elemento ético de sua conduta. Ao ter de decidir entre</p><p>o honesto e o desonesto, por considerações de direito e</p><p>de moral, ele está cingido a uma escolha que seja mais</p><p>eficiente e clara para a administração. Assim, o ato</p><p>25 administrativo produzido não pode contentar-se</p><p>com a mera obediência à lei jurídica e exige também a</p><p>vitória da ramificação moral e a estrita correspondência</p><p>aos padrões éticos internos da própria instituição.</p><p>Paulo Roberto Martinez Lopes. Internet: <www.dnit.gov.br> (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Com relação às informações veiculadas pelo texto,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>A - A ação do Estado não deve levar em consideração</p><p>os direitos individuais na promoção da justiça, uma vez</p><p>que esta é um bem coletivo.</p><p>B - A aplicação da justiça pelos agentes públicos não</p><p>deve ter restrições.</p><p>C - Um ato administrativo é justo se estiver</p><p>fundamentado apenas na obediência à lei jurídica.</p><p>D - Deve haver relação entre comportamento ético,</p><p>justiça, direito e moral, quando se trata da ação dos</p><p>agentes do Estado.</p><p>E - A CF se restringe a questões relativas a sanções</p><p>penais, eximindo-se de aspectos relativos à</p><p>organização e à harmonia social.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Acerca de aspectos redacionais e gramaticais do texto,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>A - No trecho ―Este destina-se a garantir o exercício dos</p><p>direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança,</p><p>o bem-estar, o desenvolvimento‖ (l.4 a 7), as vírgulas</p><p>justificam-se por separarem termos de sentido oposto.</p><p>B - A substituição do trecho ―de normas de conduta que</p><p>sejam imparciais‖ (l.12) por de normas de conduta</p><p>que seja imparcial mantém o sentido e a correção</p><p>gramatical do texto.</p><p>C - A palavra ―Logo‖ (l.17) pode ser substituída,</p><p>mantendo-se o sentido original do texto, por Contudo.</p><p>D - O termo ―ele‖ em ―ele está cingido a uma escolha‖</p><p>(l.23) tem como referência a expressão ―O agente</p><p>público‖ (l.20).</p><p>E - É admissível o emprego do acento grave no ―a‖, em</p><p>―exige também a vitória‖ (l.26-27).</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>13</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Com relação às estruturas e às ideias do texto acima,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>A - O efeito de humor advém da pressuposição de que</p><p>o irmão que será demitido fazia jus ao seu cargo.</p><p>B - O pronome que inicia a fala de um dos personagens</p><p>refere-se à possibilidade da sua demissão.</p><p>C - Mantendo-se a correção gramatical do texto, a</p><p>primeira fala da charge pode ser reescrita do seguinte</p><p>modo: Mano, vou ter que demitir-lhe.</p><p>D - O sujeito da oração que compõe a primeira fala da</p><p>charge é ―Mano‖.</p><p>E - Mantém a correção gramatical do texto a inserção</p><p>da vírgula imediatamente após a forma verbal ―dizer‖</p><p>na segunda fala da charge.</p><p>Texto para as questões 4 e 5</p><p>Ética na administração pública</p><p>O arcabouço legal brasileiro é pródigo em</p><p>dispositivos que, se fielmente observados,</p><p>minimizariam a corrupção, o desperdício e a</p><p>malversação de recursos. A Constituição Federal e a</p><p>5 Estadual consagram os princípios básicos da</p><p>administração pública e estabelecem regras de</p><p>transparência e escrutínio público.</p><p>O que falta, então, para o desenvolvimento e a</p><p>consolidação da conduta ética na administração pública</p><p>10 brasileira, já que a codificação normativa é</p><p>adequada e suficiente? Podemos enumerar quatro</p><p>providências que contribuiriam, sobremaneira, para</p><p>esse objetivo: 1) divulgação ampla das normas que</p><p>regem a administração pública, para não se tornarem</p><p>15 ―letra morta‖; 2) educação e treinamento dos</p><p>agentes públicos, principalmente dos que detêm mais</p><p>autoridade; 3) mecanismos de controle eficientes e</p><p>eficazes, capazes de detectar tempestivamente</p><p>procedimentos irregulares e suas causas e de propor</p><p>20 correções; e 4) órgãos corregedores comprometidos</p><p>com a punição exemplar daqueles que cometem</p><p>irregularidades.</p><p>Pedro Gabril Kenne da Silva. Internet: <www.sindaf.com.br> (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Com respeito às informações veiculadas pelo texto e</p><p>tendo em vista seus aspectos textuais e gramaticais,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>A - Pode-se substituir o trecho ―O arcabouço legal</p><p>brasileiro é pródigo em dispositivos que‖ (l.1-2), sem</p><p>se alterar o seu sentido original, por O conjunto de leis</p><p>brasileiras é generoso em dispositivos que.</p><p>B - Para o autor do texto, é necessário criar mais</p><p>dispositivos legais que coíbam a falta de ética no</p><p>serviço público.</p><p>C - A expressão ―Constituição Federal‖ (l.4) é grafada</p><p>com letra maiúscula por ser substantivo.</p><p>D - No texto, a expressão ‗letra morta‘ (l.15) significa</p><p>lei que é respeitada, embora não exista mais.</p><p>E - As palavras ―pública‖ (l.6) e ―órgãos‖ (l.20) são</p><p>acentuadas de acordo com a mesma regra de</p><p>acentuação gráfica.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Acerca das ideias e dos aspectos textuais e gramaticais</p><p>do texto, assinale a opção correta.</p><p>A - Todos os itens referentes às providências que</p><p>contribuiriam, segundo o autor, para a consolidação da</p><p>conduta ética na administração pública exercem a</p><p>função de complementos da forma verbal</p><p>―contribuiriam‖ (l.12).</p><p>B - A pergunta que inicia o segundo parágrafo é um</p><p>recurso retórico muito frequente em textos de natureza</p><p>oficial.</p><p>C - Seria mantida a correção gramatical do trecho</p><p>―estabelecem regras de transparência e escrutínio</p><p>público‖ (l.6-7) reescrevendo-o da seguinte maneira:</p><p>estabelecem regras de transparência e escrutínio</p><p>públicas.</p><p>D - As vírgulas no trecho ―O que falta, então, para o</p><p>desenvolvimento‖ (l.8) justificam-se pela existência de</p><p>uma intercalação na frase.</p><p>E - Subentende-se do texto que o objetivo a que se</p><p>refere o autor em ―Podemos enumerar quatro</p><p>providências que contribuiriam, sobremaneira, para</p><p>esse objetivo‖ (l.11 a 13) é a criação de novas leis.</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>14</p><p>Texto para as questões 6 e 7</p><p>Tudo bem filho, todo mundo faz isso</p><p>Johnny tinha seis anos de idade e estava em</p><p>companhia do pai quando este foi flagrado ao dirigir em</p><p>excesso de velocidade. O pai entregou ao guarda, junto</p><p>à sua carteira de motorista, uma nota de vinte dólares.</p><p>5 ―Está tudo bem, filho‖, disse ele quando voltaram à</p><p>estrada. ―Todo mundo faz isso!‖</p><p>Quando Johnny tinha oito anos, deixaram que</p><p>assistisse a uma reunião de família, dirigida pelo tio</p><p>George, a respeito das maneiras mais seguras de</p><p>10 sonegar o imposto de renda. ―Está tudo bem,</p><p>garoto‖, disse o tio. ―Todo mundo faz isso!‖</p><p>Aos nove anos,</p><p>a mãe levou-o, pela primeira vez,</p><p>ao teatro. O bilheteiro não conseguia arranjar lugares</p><p>até que a mãe de Johnny lhe deu, por fora, cinco</p><p>15 dólares. ―Tudo bem, filho‖, disse ela. ―Todo mundo</p><p>faz isso!‖</p><p>Aos dezesseis anos, Johnny arranjou seu</p><p>primeiro emprego. Nas férias de verão, trabalhou em</p><p>um supermercado. Seu trabalho: pôr os morangos</p><p>20 maduros demais no fundo das caixas e os bons em</p><p>cima, para ludibriar o freguês. ―Tudo bem, garoto‖,</p><p>disse o gerente. ―Todo mundo faz isso!‖</p><p>Quando Johnny tinha 19 anos, um dos colegas</p><p>mais adiantados lhe ofereceu, por cinquenta dólares, as</p><p>25 questões que iam cair na prova. ― Tudo bem</p><p>garoto‖, disse ele. ―Todo mundo faz isso!‖</p><p>Flagrado colando, Johnny foi expulso da sala e</p><p>voltou para casa com o rabo entre as pernas. ―Como</p><p>você pôde fazer isso com sua mãe e comigo?‖, disse o</p><p>30 pai. ―Você nunca aprendeu estas coisas em casa!‖.</p><p>Se há uma coisa que o mundo adulto não pode tolerar</p><p>é um garoto que cola nos exames...</p><p>Kenneth Blanchard e Norman Vincent Peale. O poder da administração</p><p>ética. Rio de Janeiro: Record, 1988 (com adaptações).</p><p>QUESTÃO 6</p><p>Com relação às ideias e aos aspectos textuais e</p><p>gramaticais do texto acima, assinale a opção correta.</p><p>A - O texto é predominantemente dissertativo, uma vez</p><p>que expõe ideias e as discute em um fluxo lógico-</p><p>argumentativo coerente.</p><p>B - O texto evidencia que a construção interna de</p><p>valores éticos depende do estímulo e da educação</p><p>recebida durante a formação de uma criança.</p><p>C - A exclusão da palavra ―este‖ no trecho ―Johnny</p><p>tinha seis anos e estava em companhia do pai quando</p><p>este foi flagrado‖ (l.1-2), mantém o sentido original e a</p><p>correção gramatical do texto.</p><p>D - Os autores iniciam vários parágrafos do texto com a</p><p>informação sobre a idade do personagem, para mostrar</p><p>como era incomum acontecerem episódios ligados a</p><p>decisões éticas em sua vida.</p><p>E - A referência do pronome ―lhe‖ em ―lhe deu, por</p><p>fora, cinco dólares‖ (l.15-16) é ―Johnny‖ (l.14).</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Assinale a opção que apresenta ideias coerentes com o</p><p>texto com correção gramatical.</p><p>A - Johnny é exposto a uma série de situações em que</p><p>normas são violadas ou em que se fala sobre violação</p><p>de normas sociais, bem como no momento em que o</p><p>personagem assiste uma reunião de família sobre</p><p>sonegação de imposto de renda.</p><p>B - Johnny, que, na infância, foi um espectador de atos</p><p>antiéticos, aos 16 anos de idade, passou a cúmplice de</p><p>atos desse tipo.</p><p>C - O personagem Johnny age, em seu primeiro</p><p>emprego, de forma a ludibriar a seus freguêses.</p><p>D - Os pais de Johnny mostram-se preocupados por seu</p><p>filho ter agido de forma antiética, embora tenham agido</p><p>sempre, dessa forma em sua presença.</p><p>E - Segundo o texto, o raciocínio antiético, que</p><p>influenciou Johnny, está presente exclusivamente na</p><p>família do rapaz.</p><p>Prova 7 - UnB/CESPE – TER - MT</p><p>Texto para as questões 1 e 2</p><p>Diariamente, milhões de pessoas em todo o mundo</p><p>conectam-se à Internet e mais de doze milhões de e-</p><p>mails são enviados. Isso sem se mencionar o número</p><p>de negócios fechados e o dinheiro movimentado. Com o</p><p>5 advento do computador e, mais tarde, da Internet, as</p><p>informações e os grandes negócios acontecem com</p><p>uma velocidade impressionante. Resultado de um</p><p>mundo globalizado, em que a informação se</p><p>transformou na moeda corrente. E, quando o assunto é</p><p>10 informação, ou seja, transmitir informações, nada</p><p>Curso: Agente e Escrivão da PF</p><p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português</p><p>Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!!</p><p>15</p><p>melhor do que utilizar a tecnologia. A cada dia, mais e</p><p>mais serviços são disponibilizados por empresas para</p><p>que as pessoas interessadas tenham acesso à</p><p>informação de maneira rápida e eficaz.</p><p>Internet: <www.caieiraspress.com.br> (com adaptações).</p><p>Questão 1</p><p>Em relação às estruturas e às ideias do texto, assinale</p><p>a opção correta.</p><p>A - O emprego do acento grave em ―à Internet‖ (l.2)</p><p>justifica-se pela regência de ―pessoas‖ (l.1), que exige</p><p>emprego de preposição.</p><p>B - O trecho ―mais de doze milhões de e-mails são</p><p>enviados‖ (l.2-3) estaria gramaticalmente correto se</p><p>fosse reescrito da seguinte forma: envia-se mais de</p><p>doze milhões de e-mails.</p><p>C - Altera-se a informação original do texto ao</p><p>substituir-se o trecho ―Resultado de um‖ (l.7) pelo</p><p>seguinte: Isso é resultado de um.</p><p>D - A substituição de ―se transformou‖ (l.8-9) por foi</p><p>transformada mantém a correção gramatical e as</p><p>informações originais do período.</p><p>E - Nas linhas 13 e 14, o emprego do acento grave em</p><p>―à informação‖ justifica-se pela regência de</p><p>―interessadas‖.</p><p>Questão 2</p><p>O texto em questão é, predominantemente,</p><p>A - narrativo. B - descritivo. C - dissertativo.</p><p>D - dialógico. E - instrucional.</p><p>Questão 3</p><p>É inegável que, com o advento da informática, o</p><p>conceito de administração pública ganhou adjetivos</p><p>nunca imaginados antes, como transparência e</p><p>prestação de contas. Isso vem acontecendo em muitas</p><p>cidades brasileiras, onde as prefeituras disponibilizam</p><p>aos cidadãos serviços que só eram conseguidos após</p><p>horas de fila.</p><p>Outro benefício da informática aliada à Internet é a</p><p>possibilidade de ter acesso aos atos e às contas da</p><p>administração pública. Com um simples clique no</p><p>mouse, todos os interessados no desenvolvimento</p><p>municipal têm as informações atualizadas. E, mais do</p><p>que isso, podem pedir certidões, boletos para</p><p>pagamento de taxas e segunda via de documentos</p><p>perdidos, como, por exemplo, o imposto predial e</p><p>territorial urbano (IPTU).</p><p>Essas são apenas algumas das facilidades da</p><p>informática. O principal, nesse processo, é saber com</p><p>exatidão e transparência os projetos em andamento e</p><p>as decisões tomadas pelos Poderes Executivo e</p><p>Legislativo da cidade.</p><p>Idem, ibidem.</p><p>Assinale a opção que apresenta a ideia principal do</p><p>texto acima.</p><p>A - Muitas prefeituras modernizaram-se e já aderiram</p><p>ao fornecimento, pela Internet, de boletos para</p><p>pagamento de taxas.</p><p>B - A informática permite a transparência das contas da</p><p>administração pública e a rapidez na obtenção de</p><p>serviços antes muito demorados.</p><p>C - Entre as facilidades oferecidas pela informática no</p><p>serviço público, está a disponibilização de certidões por</p><p>meio eletrônico.</p><p>D - Pagar o IPTU por meio da Internet é uma</p><p>modernidade à disposição dos cidadãos que têm acesso</p><p>à informática.</p><p>E - Conhecer as decisões tomadas pelo Poder Executivo</p><p>da administração pública municipal é uma das</p><p>vantagens oferecidas pela Internet.</p><p>Questão 4</p><p>Uma grande mudança que se faz necessária no</p><p>Poder Judiciário e no Ministério Público (MP) do Brasil</p><p>diz respeito à informatização. A falta de aparelhamento</p><p>tecnológico no sistema judicial do país é um dos fatores</p><p>5 que acarretam morosidade e ineficiência aos trâmites</p><p>de milhares de processos por ano. Desse modo,</p><p>aprimorar as gestões dos tribunais e dos órgãos do MP</p><p>por meio de recursos informatizados é um mecanismo</p><p>que pode promover, juntamente com outras medidas</p><p>10 de desburocratização do serviço público, melhorias</p><p>substanciais no funcionamento da Justiça.</p><p>Juliana Silva Valis. Internet: <www recantodasletras.uol.com.br> (com</p><p>adaptações).</p><p>Em relação às estruturas e às ideias do texto acima,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>A - O emprego do acento grave em ―à informatização‖</p><p>(l..3) justifica-se pela regência de ―necessária‖ (l.1).</p><p>B - Altera-se a informação original do texto ao se</p><p>substituir o trecho ―A falta de‖ (l.3) por Isso porque a</p><p>falta de.</p><p>C - A forma verbal ―acarretam‖ (l.5) está no plural</p><p>porque concorda com ―trâmites‖</p>Prof. Deivid Xavier Disciplina: Português Sugestões, críticas, envio de questões para resolução em sala, envie email para deivid_xavier@yahoo.com.br Um abraço!!! 61