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<p>Componente Curricular: Filosofia (FGB)</p><p>Professor: Marilia Fortes Bianchi</p><p>Estudantes: Glenda Blanger Piovesan E Marina Rosa Beirith</p><p>Turma: 202</p><p>A Estética na Filosofia: Uma Exploração do Belo</p><p>]</p><p>A estética, enquanto ramo da filosofia, aborda de maneira profunda questões relacionadas ao belo, à arte e à experiência sensorial, sendo uma das disciplinas que mais evoluiu ao longo da história do pensamento ocidental. Seu foco principal é a investigação da natureza do belo e da arte, assim como os modos pelos quais os seres humanos percebem e julgam essas experiências.</p><p>A palavra "estética" deriva do grego aisthesis, que significa "percepção sensorial". Embora o termo moderno só tenha sido formalmente introduzido no século XVIII pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten, a preocupação com o belo e com a arte remonta à antiguidade clássica. Para Platão, a arte era uma imitação (mímesis) do mundo das ideias, enquanto para Aristóteles, a arte, especialmente a tragédia, possuía um valor catártico, purificando as emoções do espectador.</p><p>Durante o Iluminismo, a estética ganhou destaque, especialmente nas obras de filósofos como Immanuel Kant. Em sua "Crítica do Julgamento" (1790), Kant distingue entre o belo, que é agradável de forma harmoniosa e desperta um prazer desinteressado, e o sublime, que é uma experiência de admiração misturada com temor, como a imensidão de uma tempestade ou de montanhas altas. Para Kant, o julgamento estético é universal, embora subjetivo, e não depende de conceitos racionais.</p><p>Hegel, em sua "Estética", vê a arte como uma manifestação sensível do Espírito Absoluto, onde a arte, a religião e a filosofia são formas progressivas de expressão do espírito humano. Ele propõe uma evolução histórica da arte, começando pela arte simbólica (como a egípcia), passando pela arte clássica (grega) e culminando na arte romântica, que reflete uma interioridade espiritual.</p><p>Nietzsche, por outro lado, vê a arte como a expressão mais elevada da vida, uma forma de afirmação existencial diante do niilismo e do sofrimento. Sua distinção entre o apolíneo e o dionisíaco (da obra "O Nascimento da Tragédia") simboliza duas forças estéticas opostas: o apolíneo representando a ordem, a razão e a forma, e o dionisíaco representando o caos, a emoção e a vitalidade.</p><p>A estética moderna e contemporânea deslocou o foco para a subjetividade e a experiência individual da obra de arte. O filósofo francês Maurice Merleau-Ponty, por exemplo, enfatiza a dimensão corporal e perceptiva da experiência estética. Ele argumenta que nossa compreensão do mundo e das obras de arte é mediada por nossa corporeidade, onde o sentido emerge na interseção entre o corpo e o mundo.</p><p>O filósofo alemão Theodor Adorno, por sua vez, em sua "Teoria Estética", critica a mercantilização da arte na sociedade capitalista, onde a produção artística se submete às exigências do mercado e perde sua função crítica e emancipatória.</p><p>Nos tempos recentes, a estética expandiu-se para além das belas-artes tradicionais e começou a incluir estudos sobre cultura popular, mídia digital e a vida cotidiana. As fronteiras entre a alta e a baixa cultura se tornaram fluidas, com teorias como a pós-modernidade, que celebra a pluralidade e o ecletismo estético. Os debates atuais incluem a estética do cotidiano, o papel da estética na formação de identidades e a relação entre estética e política.</p><p>A estética, enquanto campo filosófico, é uma reflexão profunda sobre como os seres humanos percebem, criam e valorizam o mundo ao seu redor. Ela explora as dimensões sensíveis e emocionais da experiência, oferecendo insights sobre o que significa ser humano em relação à beleza, à arte e à própria existência. Em última análise, a estética não é apenas um estudo sobre o belo, mas sobre a complexa e rica relação entre o ser humano, o mundo sensível e a transcendência do sentido.</p><p>Um exemplo notável de fotografia que pode ser interpretado à luz da filosofia estética de Maurice Merleau-Ponty é a icônica imagem intitulada Migrant Mother (1936) de Dorothea Lange.</p><p>Merleau-Ponty enfatiza a dimensão corporal e perceptiva da experiência estética, argumentando que nossa compreensão do mundo é mediada pelo corpo. Na fotografia, vemos o rosto de Florence Owens Thompson, uma mãe preocupada e exausta, com seus filhos pequenos se escondendo em seu ombro. A imagem captura não apenas o sofrimento causado pela Grande Depressão, mas também uma profundidade emocional que ressoa com o espectador.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>https://www.todamateria.com.br/estetica/</p><p>https://querobolsa.com.br/enem/filosofia/estetica</p><p>http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/38245</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>

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