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ARQUITETURA E ARTE RENASCENTISTA Thayse Fernanda Silva de Barros 04144903 Arquitetura e Urbanismo O conceito “fama eterna” e sua inter-relação com a arte Renascentista consiste na imortalidade de uma obra, arquitetônica ou artística, na qual transcenderá o tempo, tornando-se algo duradouro e memorável para gerações futuras. Conforme o Agostino, professor de História da Arquitetura e Estética, “Venerando o antigo, o arquiteto alenta obras perenes, obras com uma vida tão longa quanto a sua fama”. Ou seja, ao admirar e respeitar as construções do passado, o arquiteto busca criar edifícios que durem muitos anos até mais do que a própria reputação. Agostinho também enfatiza que tal busca pela fama eterna está ligada a ideia “mímesis”, que se diz respeito ao ato da imitação dos clássicos, dando origem a novas formas artísticas. Deste modo, tal prática impulsionava a criação de obras que se baseiam canonicamente na beleza e da perfeição, além disso, trazer o reflexo da realidade estabelecida pelos antigos. Ademais, a influência da “fama eterna” ajudou os artistas do período Renascentista a criarem obras-primas que poderiam atravessar o tempo e o espaço abordando-se em seus preceitos o individualismo e humanismo, originar figuras realistas com precisão de inúmeros detalhes e a prática da elaboração de autorretratos. O humanismo trouxe consigo uma visão antropocêntrica, na qual destaca o ser humano como o centro de tudo, enfatizando suas qualidades individuais, atributos e realizações, afastando-se totalmente das temáticas religiosas propostas pela idade das trevas. Sendo assim, o surgimento da arquitetura Renascentista ajudou a romper o estilo gótico e medieval, buscando abordar o humanismo nas suas obras, possuindo grandes influências dos edifícios simétricos e proporções geométricas da Roma e Grécia. No cenário hodierno, entretanto, nota-se que a necessidade de valorizar o tempo e a beleza presentes na arte e na arquitetura sofreram mudanças com relação ao período Renascentista. A geração contemporânea visa explorar a subjetividade, efemeridade e a diversidade, fugindo totalmente do conceito e a retratação do que era visto como “belo” na tradição proposta naquele tempo. Outrossim, o ato da nova geração torna-se imediatista, onde tudo se torna arte sem a necessidade de tempo prolongada para a criação de algo novo e eterno na massa social. Referências Bibliográficas D`AGOSTINO, Mário Henrique Simão. A arquitetura, o corpo e o espelho sobre a beleza e o tempo na arte do Renascimento e em nossos dias. Tempo social, v. 15, p. 113-137, 2003. DIAS, Solange Irene Smolarek. História da arquitetura II. FAG: Cascavel, 2005. LEETE, Rebecca Ildikó. Como o Renascimento influenciou a arquitetura. ArchDaily, 2022. O retrato e o auto-retrato no Renascimento. Blog de História da Unila, 2013. Disponível em:.