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DIREITO EMPRESARIAL II
APOSTILA I
TITULOS DE CRÉDITO
2013.2
PROFESSOR 
HELENO FERREIRA BRANDÃO
DIREITO EMPRESARIAL II
APOSTILA I
TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
HISTÓRICO 
Os títulos de crédito surgiram na Idade Média, como instrumentos destinados à facilitação da circulação do crédito comercial. Após terem cumprido satisfatoriamente a sua função, ao longo dos séculos, sobrevivendo às mais variadas mudanças nos sistemas econômicos, estes documentos entram agora em período de decadência, que poderá levar até mesmo ao seu fim como instituto jurídico. No mínimo, importantes transformações, já em curso, alterarão a substância do direito cambiário. Este processo é derivado do extraordinário progresso no tratamento magnético de informações, do crescente uso dos recursos da informática no cotidiano da atividade de administração do crédito. 
Não é novidade para ninguém, neste final de século, que o meio magnético vem substituindo paulatina e decisivamente o meio papel, como suporte de informações. O registro da concessão, cobrança e cumprimento do crédito comercial não fica, por evidente, à margem desse processo. Quer dizer, os empresários, ao venderem seus produtos ou serviços a prazo, cada vez mais não tem se valido do documento escrito para registro da operação. 
Procedem, na verdade, à apropriação das informações acerca do crédito concedido exclusivamente em meio magnético, e apenas por este meio as mesmas informações são transmitidas ao banco para fins de desconto, caução de empréstimos ou controle e cobrança do cumprimento da obrigação pelo devedor. 
Apenas uma pequena margem de empresários ainda se vale do cheque pós-datado, da duplicata efetivamente emitida ou da nota promissória como meio de documentação da operação creditícia. 
Quando a obrigação registrada em meio magnético é cumprida satisfatoriamente, em seu vencimento, ela não chega jamais a ser materializada num documento escrito. Não se emite o título de crédito (a duplicata mercantil ou de prestação de serviços), mas uma simples guia de compensação bancária para instrumentalizar a quitação. 
A emissão do título apenas se verificará na hipótese de descumprimento do dever pelo adquirente das mercadorias ou serviços, quando então o registro em meio magnético é insuficiente para fins de protesto – exceto se feito por indicações – e subsequente execução judicial. 
Conceito geral dos títulos de crédito
CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
Três requisitos básicos do título: 
a) a literalidade;
b) a autonomia;
c) a cartularidade (documento). 
a) Literalidade.
O título é literal porque sua existência se regula pelo teor de seu conteúdo.
 O título de crédito se enuncia em um escrito, e somente o que está nele inserido se leva em consideração; uma obrigação que dele não conste, embora sendo expressa em documento separado, nele não se integra. 
b) Autonomia.
Diz-se que o título é autônomo (não em relação à sua causa como às vezes se tem explicado), mas, porque o possuidor de boa fé exercita um direito próprio, que não pode ser restringido ou destruído em virtude das relações existentes entre os anteriores possuidores e o devedor. Cada obrigação que deriva do título é autônoma em relação às demais. 
c) Cartularidade (documento necessário).
O título de crédito se assenta, se materializa, numa cártula, ou seja, num papel ou documento. Para o exercício do direito resultante do crédito concedido torna-se essencial a exibição do documento. O documento é necessário para o exercício do direito de crédito. Sem a sua exibição material não pode o credor exigir ou exercitar qualquer direito fundamentado no título de crédito. 
ATRIBUTOS ESSENCIAIS
__ Há autores que os classificam como princípios gerais do direito cambial.
a) Cartularidade: significa a densificação do direito de crédito no documento.
b) Literalidade: é o predicado de correspondência entre o teor do documento e o direito representado. Noutras palavras, o título vale pelo que nele se menciona, vale pelo que é e declara.
c) Autonomia: cada obrigação contida no documento é autônoma, existe por si só, de modo que o adquirente ou portador do título pode exercitar seu direito sem qualquer dependência das outras relações obrigacionais que o antecederam.
ATRIBUTOS EVENTUAIS
a) Independência: refere-se à auto-suficiência de alguns títulos de crédito. (Ex.: nota promissória);
__ Tal princípio serve para facilitar e simplificar a circulação do título de crédito. Ao transferir um crédito, não é necessária a transferência de qualquer outro documento, uma vez que o título basta por si só.
b) Abstração: Pelo princípio da abstração, o título de crédito se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, isto é, questões relativas a esse negócio jurídico subjacente não têm o condão de afetar o cumprimento da obrigação do título de crédito.
A abstração não poderá ser invocada pelo credor sempre, isto é, o credor ainda ficará sujeito às exceções causais, baseadas no negócio subjacente, quando ele não estiver de boa-fé.
 
ABSTRAÇÃO
Os títulos de crédito podem circular como documentos abstratos, sem ligação com a causa a que devem sua origem. A causa fica fora da obrigação, como no caso da letra de câmbio e notas promissórias. É bom acentuar que a obrigação abstrata ocorre apenas quando o título está em circulação, isto é, "quando põe em relação duas pessoas que não contrataram entre si, encontrando-se uma em frente da outra, em virtude apenas do título". 
PRINCÍPIO DA INOPONIBILIDADE DE EXCEÇÕES A TERCEIROS
__ Refere-se à impossibilidade em que se encontra o devedor de opor ao portador, endossatário de boa-fé, as exceções que teria em relação ao endossante. 
CRÉDITO
Do latim - creditu, pelo italiano. Credito.
Crédito = crer , acreditar. Pressupõe idéia de confiança - instrumental básico do D. Comercial. 
Crédito - É a autorização para a utilização de capital alheio, tendo-se como base os elementos confiança e tempo. 
 1. Segurança de que alguma coisa é verdadeira; confiança;
 2. Boa reputação; boa fama; consideração;
 3. Autoridade, influência, valia, importância;
 4. Nos cursos universitários, unidade de trabalho escolar correspondente a 15 horas de trabalho-aula ministradas em um período letivo; 
 5. Cin. Rád. Telev. Enumeração dos atores, músicos, diretores, técnicos, etc., que participaram da realização de um determinado filme, programa de televisão ou de rádio; 
 6. Contabilidade. No sistema de partidas dobradas, lançamento feito na conta representativa da origem de um valor;
 7. Economia. Cessão de mercadoria, serviço ou importância em dinheiro, para pagamento futuro;
 8. Economia. A importância cedida;
 9. Economia. Facilidade de obter empréstimos ou comprar a prazo; 
10. Economia. Direito de receber o que se emprestou; 
11. Economia. A importância correspondente a esse direito;
12. Economia. Em Finanças Públicas, autorização de despesa;
13. Editado. Indicação do(s) autor(es) de uma obra intelectual (texto, foto, desenho, etc.) em qualquer trabalho editado; assinatura; 
14. Editado. Indicação do(s) responsável (responsáveis) pelas atividades de natureza intelectual, artística ou técnica, interveniente(s) na edição de um livro, disco, etc. 
 	Todo o Direito Comercial surge a partir da idéia de crédito.
Produção e circulação de bens - intermediários - comércio. 
Intermediação - Lucro - habitualidade/profissionalismo - atos de comércio - são os objetivamente consagrados. 
Hoje, entendimento objetivo - caracteriza-se o comerciante pela prática de atos de comércio - compra e venda de bens móveis ou semoventes. 
Títulos de crédito envolvem área genuinamente comercial. 
CONCEITO DE TÍTULO DE CRÉDITO.
Conceito mais próprio - É o documento necessário para o exercício literal e autônomo que nele se contém. Desejar uma verdade apriorísticamente indiscutível na medida em que enseja uma ação executiva, apesar do título se equiparar a uma sentença judicial. 
A ação executiva fundada em sentençanão aceita discussão de matéria fática nos embargos. O legislador buscou a base na doutrina levantada - todavia não exigiu o título de crédito a categoria de sentença judicial, transitada em julgado. A prova vai gravitar em torno das características de autonomia. 
Os vinculados num título de crédito exercem direito próprio. Autonomia é o fato de que aqueles que se vinculam num título de crédito o fazem por direito próprio, desvinculado dos demais. Aqui, precisa que se faça uma advertência. Essa característica, particularmente autonomia divergem num autor e noutro. 
Intra-cartular - Entre as partes que estão dentro do título. 
 Exemplo - Compra e venda de um carro - eu pago com um cheque. Qual é a causa do título - compra e venda. Eu tenho uma relação extra-cartular. Essa relação me sugere uma abstração. Enquanto que as relações internas do título - esses são os chamados apanágios intrínsecos do titulo de crédito. Abstração tem a ver com o negócio jurídico. Vejamos, nesta análise perfunctória das teorias, duas que são das mais expressivas, e que dividem as preferências da legislação positiva dos países modernos: a teoria da criação e a teoria da emissão. 
TEORIA DA CRIAÇÃO 
O direito deriva da criação do título. O emissor fica ligado a sua assinatura, e obrigado para o futuro portador, credor eventual e indeterminado. Mas só com o aparecimento desse futuro detentor é que nasce a obrigação. 
A conseqüência da teoria da criação é severa e grave. O título roubado ou perdido, antes da emissão, mas após a criação, leva consigo a obrigação do subscritor. 
Essa teoria foi adotada em grande parte pelo Código Civil alemão. Como comentou Pontes de Miranda, em mãos do subscritor o título, segundo essa teoria, já é um valor patrimonial e prestes a se tornar fonte de direito de crédito. A vontade do devedor já não importa para tal efeito obrigacional: o título é que o produz... é o título que cria a dívida. A única condição que se impõe a sua eficácia é a posse pelo primeiro portador, qualquer que seja ela. 
TEORIA DA EMISSÃO
Sustenta essa teoria que do ato da criação, isto é, da assinatura do título, não pode surgir vínculo algum, porque a redação e subscrição não patenteiam ainda a vontade de se obrigar.
Só após o abandono voluntário da posse, seja por ato unilateral, seja por tradição, é que nasce a obrigação do subscritor. Sem emissão voluntária não se forma o vínculo.
Se o título foi posto fraudulentamente em circulação, não subsiste a obrigação. 
A TEORIA ADOTADA PELO DIREITO BRASILEIRO
Muito embora as teorias estudadas sobre títulos de crédito digam respeito a todas as suas formas, mas se acentuam e aproveitam em relação aos títulos de crédito ao portador.
O Código Civil brasileiro disciplinou os títulos de crédito ao portador, embora fosse muito criticada a inclusão dessa matéria em seu âmbito.
Considerou-os não como resultantes de relação contratual, mas de declaração unilateral da vontade.
Por isso alinha-os sob o título "Das Obrigações por Declaração Unilateral da Vontade", ao lado do capítulo "Da Promessa de Recompensa".
TÍTULOS DE CRÉDITO PERFEITOS - ABSTRAÇÃO
Documentabilidade = cartularidade
Documento formalmente previsto em lei.
Ex. Cheque em cópia, ainda que autenticada não vale -> cartularidade -> o título há de ser o previsto, com suas características especificadas em lei para que valha como título executivo na Justiça (perspectiva processual).
cartularidade (letra, litera) do Italiano, significa: papel.
Do latim=charta ou chartula ( papelzinho).
Português= cártula/papel, ou seja, o Direito incorpora, materializa no papel. Deste modo o direito será exigido mediante a apresentação do documento.
Normalmente usado em títulos de créditos, por exemplo, Letra de câmbio, nota promissória, cheque, dentre outros.
Direito literal = Direito de ação.
Direito de obter um provimento judicial que satisfaça a pretensão resistida. 
Título de crédito = sentença judicial - executável de imediato.
Execução por quantia certa. 
Art. 85 do Código Civil.
Nas declarações de vontade se atenderá mais à sua intenção que ao sentido literal da linguagem. 
Para o Direito Comercial = Título de crédito - este conceito não tem validade em virtude da característica da literalidade. 
Autonomia - Todas as que se vinculam no título exercem um direito próprio desvinculado de quaisquer outras relações jurídicas. Característica intra-cartular - Abstração é extra-cartular. 
CLASSIFICAÇÃO
a) 
	QUANTO AO MODELO
	MODELO LIVRE
	A lei não determina uma forma específica para eles.
	Ex.: letra de câmbio e nota promissória.
	MODELO VINCULADO
	A lei determina uma forma específica para eles.
	Ex.: Cheque e a duplicata mercantil.
b)
	QUANTO À ESTRUTURA
	ORDEM DE PAGAMENTO
	O saque cambial dá origem a três situações jurídicas distintas: i) a de quem dá a ordem; ii) a do destinatário da ordem, e; iii) a do beneficiário da ordem.
	Ex.: letra de câmbio, cheque e a duplicata mercantil.
	PROMESSA DE PAGAMENTO
	O saque cambial dá origem a duas situações jurídicas distintas: i) a de quem promete pagar e; ii) a do beneficiário da promessa.
	Ex.: nota promissória
c)
	QUANTO ÀS HIPÓTESES DE EMISSÃO
	CAUSAIS
	Somente pode ser emitido se ocorrer o fato que a lei elegeu como causa possível para sua emissão.
	Ex.: duplicata mercantil.
	NÃO-CAUSAIS (ABSTRATOS)
	Pode ser emitido por qualquer causa, para representar obrigação de qualquer natureza no momento do saque.
	Ex.: cheque e nota promissória
d)
	QUANTO À CIRCULAÇÃO
	AO PORTADOR
	São aqueles que, por não identificarem o seu credor, são transmissíveis por mera tradição.
	Não existem no ordenamento jurídico brasileiro.
	NOMINATIVOS (NOMINAIS)
	São os emitidos em favor da pessoa cujo nome conste no registro do emitente, transferindo-se mediante termo naquele registro, assinalado pelo proprietário e pelo adquirente.
	Nominativos com cláusula “à ordem”: circulam mediante tradição acompanhada de endosso.
	
	
	Nominativos com cláusula “não à ordem”: circulam mediante tradição acompanhada de cessão civil de crédito.
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