Prévia do material em texto
<p>SIMULADO ENEM 2024 – AGOSTO</p><p>PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇãO</p><p>PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>1o DIA</p><p>LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:</p><p>1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,</p><p>dispostas da seguinte maneira:</p><p>a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;</p><p>b) Proposta de Redação;</p><p>c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.</p><p>ATENÇãO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas</p><p>às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.</p><p>2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo</p><p>com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer</p><p>divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.</p><p>3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde</p><p>corretamente à questão.</p><p>4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.</p><p>5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.</p><p>6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados</p><p>na avaliação.</p><p>7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.</p><p>8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES</p><p>e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.</p><p>9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e</p><p>NÃO poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES.</p><p>ATENÇãO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,</p><p>com sua caligrafi a usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:</p><p>Se um ser hostil há de viver com mais delonga</p><p>2</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 01 a 45</p><p>Questões de 01 a 05 (opção inglês)</p><p>QUESTãO 01</p><p>Rio Carnival:</p><p>Where to find the best street parties</p><p>What should I wear?</p><p>Closed shoes are recommended, as the streets get</p><p>dirty quickly with so many people drinking and dancing, and</p><p>comfortable clothes as summer temperatures can reach</p><p>30-35C. But during carnival, anything goes so dress up as</p><p>much – or as little – as you want. Costumes and accessories</p><p>are on sale almost everywhere during carnival, and most</p><p>blocos sell T-shirts.</p><p>What should I be aware of?</p><p>Pickpocketing is common during carnival, so keep</p><p>money, cameras and phones close and hidden. Keep</p><p>hydrated, wear sunscreen, and make use of bathrooms</p><p>where you can – there’s a fine of R$510 (£87) for relieving</p><p>yourself in the street. Some blocos have water cannons so</p><p>take care to keep valuables dry.</p><p>Disponível em: www.telegraph.co.uk. Acesso em: 5 jun. 2019.</p><p>Entre as informações indicadas, o referido guia sobre o</p><p>Carnaval no Rio de Janeiro</p><p>A informa sobre as altas temperaturas no verão e o uso</p><p>dos banheiros.</p><p>B tem como objetivo fornecer informações sobre o que</p><p>portar e o relevo das ruas.</p><p>C adverte sobre o necessário conforto térmico das roupas</p><p>e sobre a economia de água.</p><p>D alerta que assaltos são comuns no Carnaval,</p><p>recomendando-se não portar pertences valiosos.</p><p>E orienta sobre a sujeira das ruas, o preço cobrado para</p><p>se usar o banheiro e as camisas temáticas.</p><p>QUESTãO 02</p><p>I continued [...] working as a concert pianist alongside</p><p>being a professional portrait painter. [...] My wife is an artist</p><p>and started making sculptures of elephants at a sanctuary</p><p>called Elephants World, which cares for rescued domestic</p><p>elephants just outside Kanchanaburi in west Thailand.</p><p>There was one particular elephant that seemed to have</p><p>such deep, passionate feelings. It made me wonder what</p><p>would happen if I were to play music to them.</p><p>For my 50th birthday, my wife persuaded the manager</p><p>of Elephants World to allow us to bring a piano into the</p><p>sanctuary. These elephants have worked for humans all</p><p>their life and many are blind or disabled from being treated</p><p>badly, so I wanted to make the effort to carry something</p><p>heavy myself.</p><p>[...] When I started playing, it was hard to hear the piano</p><p>above the sounds of nature and the elephants munching</p><p>grass. Elephants are almost always hungry – if they get</p><p>the opportunity, they’ll eat and they won’t stop. But as soon</p><p>as I started playing, one elephant, who was blind, stopped</p><p>eating and listened. We realised that this elephant, trapped</p><p>in a world of darkness, loved music. From that day, there</p><p>was never any concern about disturbing their peace, and</p><p>that was the beginning of it all.</p><p>Disponível em: www.theguardian.com. Acesso em: 15 jan. 2024.</p><p>O autor menciona a expressão “carry something heavy</p><p>myself ”, cujo significado implícito no contexto da narrativa é</p><p>A lidar com elefantes perigosos e imprevisíveis.</p><p>B carregar instrumentos musicais para santuários de</p><p>animais.</p><p>C transportar um objeto pesado para o santuário de</p><p>elefantes.</p><p>D tocar músicas complexas no piano para entreter os</p><p>elefantes.</p><p>E suportar um fardo difícil ou uma responsabilidade</p><p>desafiadora.</p><p>QUESTãO 03</p><p>First Nations Languages Education Program</p><p>The [Australian] Government is investing over $14</p><p>million over four years (2022-23 to 2025-26) to support</p><p>local First Nations community and school partnerships for</p><p>teaching First Nations languages.</p><p>The Department of Education is partnering with First</p><p>Languages Australia, the national peak body for Aboriginal</p><p>and Torres Strait Islander language, to design the initiative.</p><p>First Languages Australia’s recent Yalbilinya: National</p><p>First Languages Education Project, funded by the Australian</p><p>Government, identifies actions required for sustainable</p><p>language teaching in schools, including employment,</p><p>training, community collaboration, national coordination,</p><p>attraction and retention. The community engagement and</p><p>research undertaken throughout Yalbilinya provides a</p><p>valuable evidence base for the design and delivery of the</p><p>program.</p><p>Disponível em: www.education.gov.au. Acesso em: 24 out. 2023.</p><p>Segundo o texto, o governo australiano está</p><p>A doando recursos para a difusão da língua inglesa entre</p><p>indígenas.</p><p>B abandonando iniciativas de preservação da cultura</p><p>indígena.</p><p>C investindo na promoção do ensino das línguas dos</p><p>povos indígenas.</p><p>D eliminando o ensino das línguas indígenas nas escolas</p><p>em favor do inglês.</p><p>E promovendo o ensino de línguas estrangeiras em</p><p>detrimento de línguas nativas.</p><p>3</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 04</p><p>What’s happening with South Africa’s power supply?</p><p>Since 2007, Eskom has been forced to ration power</p><p>through intentional blackouts, known as “load-shedding,”</p><p>to avoid a collapse of the power grid. Load-shedding has</p><p>reached record highs in recent months, with residents</p><p>enduring twelve-hour daily blackouts. As the country enters</p><p>its energy-intensive winter season, some analysts predict</p><p>outages could surpass sixteen hours a day.</p><p>The impact of power instability is widespread, including</p><p>limited hospital services, increasing food and water</p><p>scarcity, rising bankruptcies, worsening crime rates, and</p><p>unemployment exceeding 30 percent. South Africa’s central</p><p>bank warns that load-shedding is poised to cost the economy</p><p>nearly $13 billion this year. As the most industrialized</p><p>economy on the continent, South Africa’s power woes are</p><p>dragging down growth among its neighbors. Analysts say</p><p>that prolonged blackouts will also threaten serious social and</p><p>political unrest ahead of upcoming national elections in 2024.</p><p>Disponível em: www.cfr.org. Acesso em: 24 out. 2023 (adaptado).</p><p>Considerando os termos “blackouts”, “load-shedding” e</p><p>“outages”, o tema central tratado no texto é o(a)</p><p>A aumento da violência e de crime no país.</p><p>B desigualdade socioeconômica do país.</p><p>C crise no fornecimento de energia do país.</p><p>D distribuição de energia do continente africano.</p><p>E desenvolvimento</p><p>2o sem. 2012, p. 73-97. Niterói: Editora da</p><p>UFF, 2012. Disponível em: www.periodicos.uff.br. Acesso em: 22 nov. 2023.</p><p>De acordo com o texto, o conceito de dança negra emerge</p><p>na contemporaneidade a partir da</p><p>A organização dos artistas negros.</p><p>B miscigenação no campo da arte.</p><p>C aceitação social da cultura negra.</p><p>D perspectiva eurocêntrica da cultura.</p><p>E pesquisa sobre arte afro-americana.</p><p>QUESTãO 45</p><p>Já usado para identificar e quantificar elementos</p><p>químicos em minérios e no solo, o espectrômetro portátil</p><p>de fluorescência de raios X (pXRF) pode servir também</p><p>para medir a concentração de nutrientes em folhas de</p><p>plantas. Uma equipe da Universidade Federal de Lavras</p><p>(Ufla), de Minas Gerais, coordenada pelo agrônomo</p><p>Bruno Ribeiro, testou essa abordagem utilizando folhas</p><p>intactas e frescas de oito culturas (feijão, mamona, café,</p><p>eucalipto, goiaba, milho, manga e soja). As concentrações</p><p>de micro e macronutrientes, obtidas por meio de técnicas</p><p>de aprendizado de máquina, foram muito próximas das</p><p>registradas em folhas secas e moídas utilizando métodos de</p><p>laboratório convencionais. Com custo próximo a R$ 150 mil,</p><p>mais baixo que o dos equipamentos de maior porte usados</p><p>em laboratórios, o aparelho de pXRF converte as energias</p><p>características dos raios X emitidos por certos elementos</p><p>da amostra em sinais elétricos que são quantificados.</p><p>Disponível em: www.revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 15 nov. 2023.</p><p>O uso da linguagem feito pelo texto é mobilizado para</p><p>A evidenciar a perspectiva pessoal do pesquisador.</p><p>B apresentar de modo impessoal avanços científicos.</p><p>C particularizar os processos envolvidos nas pesquisas.</p><p>D descrever a biologia dos elementos químicos enfocados.</p><p>E aproximar o leitor do assunto pelo uso da coloquialidade.</p><p>20</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>INSTRUÇÕES PARA A REDAÇãO</p><p>1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.</p><p>2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 (trinta) linhas.</p><p>3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas</p><p>desconsiderado para a contagem de linhas.</p><p>4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:</p><p>4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;</p><p>4.2. fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;</p><p>4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;</p><p>4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.</p><p>TEXTO II</p><p>Pesquisas indicam que a presença do público 60+ no</p><p>mercado de trabalho brasileiro está crescendo. Em 2018, os</p><p>idosos representaram 7,8% da força de trabalho no país. Embora</p><p>seja um percentual pequeno, ele aumentou ao longo dos anos.</p><p>Os dados indicam que a população mais velha está adiando sua</p><p>saída do trabalho. […] Todos nós sabemos que há uma tendência</p><p>recente de envelhecimento da população. A pirâmide etária tem</p><p>se modificado em todo o mundo – e no Brasil não é diferente.</p><p>E o fenômeno traz alguns desafios para a sociedade. Afinal, se</p><p>as pessoas estão conseguindo viver por mais tempo e com mais</p><p>qualidade de vida, nossa rotina muda.</p><p>OS DESAFIOS do público 60+ e a inclusão no mercado de trabalho. Geridades,</p><p>29 jan. 2021. Disponível em: www.geridades.com.br. Acesso em: 26 jan. 2024.</p><p>TEXTO III</p><p>O Estatuto do Idoso (Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003)</p><p>deixa claro que é uma obrigação social e do Poder Público garantir</p><p>ao idoso seus direitos à vida, à saúde, à educação, à cidadania,</p><p>ao trabalho (Brasil, 2004), contudo, pouco se discute sobre a</p><p>empregabilidade do trabalhador com idade acima de 60 anos.</p><p>Mesmo no setor privado, incentivos à alocação ou manutenção</p><p>dos mais velhos, cursos de requalificação profissional, ou mesmo</p><p>a preparação para aposentadoria tardia não são ou pouco são</p><p>implementados. Diante de tal cenário, a precariedade é alternativa</p><p>para o trabalhador maduro (Felix, 2016).</p><p>Nunca, em nenhum outro tempo histórico, vivemos e</p><p>envelhecemos tanto. O que é resultado da acentuada transição</p><p>demográfica que decorre atualmente no Brasil. Essa mudança</p><p>no regime na antessala da velhice: projeções e estratégias para</p><p>o envelhecer sob o prisma do trabalho e do gênero demográfico</p><p>brasileiro é explicada pela transição de altos para baixos níveis</p><p>tanto de mortalidade quanto de fecundidade. Como consequência,</p><p>o número de jovens decresce enquanto a proporção de idosos</p><p>cresce, afetando diretamente a estrutura etária do país.</p><p>MACEDO, N. Mercado de trabalho: Os desafios de envelhecer no Brasil. LinkedIn,</p><p>2 jan. 2022. Disponível em: www.linkedin.com. Acesso em: 26 jan. 2024.</p><p>TEXTO IV</p><p>Trabalho na terceira idade</p><p>Pessoas ocupadas com mais de 60 anos de idade</p><p>SituaçãoAutônomo</p><p>46%</p><p>Empregador</p><p>9,3%</p><p>Sem</p><p>registro</p><p>18,1%</p><p>Com carteira</p><p>assinada</p><p>26,6%</p><p>Onde trabalha</p><p>Chefe de família?</p><p>SIM</p><p>63,2%</p><p>NÃO</p><p>36,8%</p><p>17%</p><p>Comércio</p><p>10%</p><p>Indústria de</p><p>transformação</p><p>9,5%</p><p>Saúde e educação</p><p>7,1%</p><p>Construção civil</p><p>5,7%</p><p>Administração</p><p>pública</p><p>4,5%</p><p>Serviços pessoais</p><p>0,2%</p><p>Indústria</p><p>extrativa</p><p>1,2%</p><p>Serviços</p><p>de</p><p>utilidade</p><p>pública</p><p>5,6%</p><p>Transporte</p><p>7%</p><p>Alojamento</p><p>e alimentação</p><p>7,3%</p><p>Serviços domésticos</p><p>9,7%</p><p>Serviços</p><p>�nanceiros</p><p>15,2%</p><p>Agricultura</p><p>Escolaridade</p><p>67%Fundamental incompleto</p><p>10 20 30 40 50 60 70 80</p><p>6,8%Fundamental completo</p><p>1,5%Médio incompleto</p><p>13,1%Médio completo</p><p>11,7%Superior</p><p>LAPORTA, T.; CAVALLINI, M. Idosos ampliam espaço no mercado de trabalho, mas só 1/4 tem</p><p>carteira assinada. g1, 18 nov. 2018. Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 26 jan. 2024.</p><p>TEXTO I</p><p>A pauta sobre idosos no mercado de trabalho é atual, devido ao crescimento desse público. Conforme o IBGE, em 2019, o Brasil tinha</p><p>mais de 29 milhões de idosos. A projeção é que esse número ultrapasse 73 milhões em 2060. Mas quando uma pessoa se torna “idosa”?</p><p>[…] Uma pesquisa realizada pela Infojobs com mais 4 588 profissionais identificou as dificuldades para as pessoas maduras. Para 61% dos</p><p>participantes com mais de 40 anos, encontrar empresas que contratem idosos é o principal desafio. Já para 78%, o mercado de trabalho é</p><p>desigual e não oferece as mesmas oportunidades. E o preconceito etário nos processos seletivos foi citado por 70,4% dos entrevistados.</p><p>Em geral, a desinformação é uma das causas para o preconceito. Ainda que o fator etário esteja associado à experiência e à</p><p>sabedoria, na sociedade atual, “velho” é sinônimo de pessoa frágil e sem autonomia. No ambiente corporativo, a área de Recursos</p><p>Humanos tem a responsabilidade de combater o preconceito etário ou de qualquer tipo. Essa quebra de paradigma deve ser promovida</p><p>com atividades educativas em um ambiente respeitoso.</p><p>SILVA, A. Idosos no mercado de trabalho: Entenda o cenário, vantagens e como incluí-los. Sólides, 1o out. 2021. Disponível em: www.blog.solides.com.br. Acesso em: 26 jan. 2024.</p><p>PROPOSTA DE REDAÇãO</p><p>A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto</p><p>dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios para a inserção e</p><p>permanência de idosos no mercado de trabalho brasileiro”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos</p><p>humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.</p><p>21</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 46 a 90</p><p>QUESTãO 46</p><p>Permitam-me, em nome de todos os meus colegas, saudar desde aqui suas respectivas pátrias e, em primeiro lugar, a</p><p>velha Inglaterra, mãe de tantas virtudes, inspiradora de tantos esforços. O internacionalismo, tal como o compreendemos,</p><p>é formado pelo respeito às nações e à nobre emulação que faz tremer o coração do atleta quando vê subir ao mastro da</p><p>vitória, como fruto de seu labor, as cores de seu país.</p><p>MÜLLER, N.; TODT, N. S. Pierre de Coubertin (1863-1937)</p><p>– Olimpismo: seleção de textos. Lausanne, Porto Alegre: Comitê Internacional Pierre de Coubertin, EdiPUCRS, 2015.</p><p>Esse discurso de 1908, proferido pelo Barão de Coubertin, principal idealizador das Olimpíadas da Era Moderna, demonstra o(a)</p><p>A relação entre os Jogos Olímpicos modernos e a exaltação das identidades nacionais.</p><p>B protagonismo do atleta moderno, erguido acima de sua própria nação, classe ou cor.</p><p>C importância estratégica de separar esporte e política no conturbado cenário europeu.</p><p>D enfraquecimento do patriotismo no período, abrindo espaço para a unificação global.</p><p>E preocupação histórica com a reprodução do simbolismo original das olimpíadas gregas.</p><p>QUESTãO 47</p><p>Usuários de ride-hailing: proporção por quintil de renda e média de idade nas dez RMs</p><p>Proporção Média de idade</p><p>0% 25% 50% 75% 100%</p><p>Manaus</p><p>Quintil de renda 5</p><p>Campo Grande</p><p>Recife</p><p>Salvador</p><p>Porto Alegre</p><p>Belo Horizonte</p><p>Fortaleza</p><p>Rio de Janeiro</p><p>Brasília</p><p>São Paulo</p><p>4 3 2 1</p><p>25 30 35 40 45</p><p>Rio de Janeiro</p><p>Homem</p><p>Salvador</p><p>Porto Alegre</p><p>Brasília</p><p>Belo Horizonte</p><p>Recife</p><p>São Paulo</p><p>Fortaleza</p><p>Campo Grande</p><p>Manaus</p><p>Mulher</p><p>Ride-hailing: transporte sob demanda realizado através de, por exemplo, aplicativos de transporte</p><p>RMs: Regiões Metropolitanas</p><p>Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 15 jan. 2024.</p><p>Os gráficos sugerem que o transporte sob demanda (ride-hailing) é predominante entre pessoas</p><p>A do terceiro quintil de renda no Recife.</p><p>B com menos de 30 anos de idade em Fortaleza.</p><p>C do primeiro quintil de renda na capital do Amazonas.</p><p>D com 35 anos de idade ou mais em Brasília.</p><p>E com menos de 30 anos na capital do Rio Grande do Sul.</p><p>22</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 48</p><p>Telemarketing é o setor que mais</p><p>elimina postos de trabalho</p><p>Porta de entrada de muitos brasileiros com qualificação</p><p>mais baixa no mercado de trabalho, a profissão de operador</p><p>de telemarketing dá sinais de esgotamento. Segundo</p><p>o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados</p><p>(Caged), a atividade foi a que mais destruiu postos de</p><p>trabalho em 12 meses até setembro e não parou de perder</p><p>vagas nos últimos quatro anos (setembro 2016-setembro</p><p>2020). [...]. Segundo especialistas, com a proibição das</p><p>ligações de marketing para números cadastrados, o avanço</p><p>do atendimento via robôs e as mudanças nos canais de</p><p>propaganda – indo para redes sociais e aplicativos –, o</p><p>modelo de teleatendimento ainda deve passar por mais</p><p>transformações nos próximos anos.</p><p>Disponível em: www.exame.abril.com.br. Acesso em: 22 abr. 2020 (adaptado).</p><p>Considera-se uma causa e uma consequência negativa da</p><p>situação apresentada, respectivamente,</p><p>A a mecanização do setor secundário da economia e o</p><p>aumento da pobreza.</p><p>B a falta de prestígio social da profissão e o aumento da</p><p>qualificação profissional.</p><p>C a crescente automatização dos processos e o aumento</p><p>dos índices de desemprego.</p><p>D a facilidade de autoatendimento pelos clientes e a</p><p>diminuição de trabalhos informais.</p><p>E a melhoria na qualidade dos serviços prestados e a</p><p>dificuldade de reinserção no mercado de trabalho.</p><p>QUESTãO 49</p><p>Basta ter o mínimo de perspicácia para se perceber que,</p><p>embora leis feitas numa geração muitas vezes continuem</p><p>em vigor nas gerações seguintes, elas continuam a tirar sua</p><p>força do consentimento dos vivos. Uma lei não revogada</p><p>continua em vigor não por que ela não possa ser revogada,</p><p>mas porque ela não foi revogada; e a não revogação passa</p><p>pelo consentimento. [...] As circunstâncias do mundo estão</p><p>continuamente mudando e as opiniões dos homens também</p><p>mudam. Como o governo é para os vivos, e não para os</p><p>mortos, apenas os vivos têm algum direito sobre ele. O que</p><p>pode ser pensado certo e achado conveniente em uma</p><p>época pode ser pensado errado e achado inconveniente</p><p>em outra.</p><p>PAINE, T. Os Direitos do Homem. Petrópolis: Editora Vozes, 1988 (1791), p. 37.</p><p>As proposições comunicadas pelo excerto alinham-se à</p><p>doutrina política conhecida como</p><p>A deísmo.</p><p>B organicismo.</p><p>C totalitarismo.</p><p>D juspositivismo.</p><p>E contratualismo.</p><p>QUESTãO 50</p><p>À sereníssima Infanta de Portugal D. Isabel,</p><p>Luísa, Josefa nascendo em Dia de Reis</p><p>Nasces, Infanta bela, e com ventura</p><p>Tão desigual a toda a gentileza,</p><p>Que vencendo o poder da natureza,</p><p>Venturosa fizestes à formosura.</p><p>Com tal estrela sobe a tal altura</p><p>A formosura posta em tanta alteza,</p><p>Que por nasceres pasmo da beleza,</p><p>Da pensão de formosa estás segura.</p><p>Nasceste Filha enfim da Aurora</p><p>Com graça singular, ventura clara,</p><p>Com estrela nascestes, ó feliz hora!</p><p>Nascer bela, e feliz é cousa rara:</p><p>Mas em ti Portugal venera agora</p><p>Uma estrela na dita, um sol na cara.</p><p>MATOS, G. In: Antologia da poesia barroca brasileira.</p><p>Organização, notas, prefácio e fixação de texto: Emerson Tin.</p><p>São Paulo: Companhia Editora Nacional: Lazuli Editora, 2007. p. 48.</p><p>Escrito em 1668 para comemorar o nascimento da filha do</p><p>então príncipe regente de Portugal, o poema expressa sua</p><p>vinculação à política do período moderno ao</p><p>A apropriar-se da linguagem astronômica, legitimando a</p><p>revolução científica.</p><p>B exaltar indivíduos de origem nobiliárquica, legitimando</p><p>o absolutismo monárquico ibérico.</p><p>C ignorar características religiosas em monarcas,</p><p>legitimando a crescente laicização da política.</p><p>D citar benfeitorias realizadas por regentes portugueses,</p><p>legitimando a defesa da União Ibérica.</p><p>E afirmar a neutralidade das artes, legitimando a</p><p>autonomização de letrados com relação ao mecenato.</p><p>23</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 51</p><p>O Portal e-Democracia foi criado pelo Laboratório</p><p>Hacker da Câmara dos Deputados e tem como principal</p><p>objetivo fomentar a participação da sociedade no debate de</p><p>temas importantes para o país. Por meio de uma plataforma</p><p>on-line, são pensadas e construídas propostas de leis que</p><p>contribuam para a formulação de políticas públicas mais</p><p>adequadas com a realidade da população. O portal busca,</p><p>também, a aproximação de cidadãos e parlamentares por</p><p>meio da discussão de temas legislativos em destaque,</p><p>em um ambiente totalmente virtual. As discussões são</p><p>acompanhadas pelos deputados, que podem então decidir</p><p>seus votos com base na opinião dos usuários no site. Dentre</p><p>algumas propostas em discussão na plataforma, podemos</p><p>destacar a ampliação da licença-maternidade. Toda a</p><p>estrutura de interação com a sociedade do e-Democracia</p><p>se baseia no conceito de Comunidades Legislativas. Essas</p><p>comunidades são espaços de participação com objetivos</p><p>diferentes, mas que se complementam para construir</p><p>um modelo mais efetivo e completo de representação</p><p>democrática.</p><p>Disponível em: www.politize.com.br. Acesso em: 10 jan. 2024 (adaptado).</p><p>A iniciativa da Câmara dos Deputados do Brasil descrita</p><p>expressa um processo de</p><p>A fragmentação da sociedade civil.</p><p>B consolidação de autoritarismo estatal.</p><p>C inauguração de um novo modelo constitucional.</p><p>D expansão da cidadania por intermédio da tecnologia.</p><p>E imposição de obstáculos para a participação política</p><p>direta.</p><p>QUESTãO 52</p><p>Estímulos fiscais para que a indústria manufatureira</p><p>brasileira adote tecnologias de baixa emissão de carbono</p><p>teriam o condão de reestruturar esse segmento e dinamizar</p><p>seu desempenho ao longo da próxima década. “Se bem</p><p>coordenadas, políticas desse tipo permitiriam ao Brasil se</p><p>desenvolver mais e, ao mesmo tempo, cumprir com seus</p><p>compromissos assumidos no acordo do clima de Paris”,</p><p>destaca a economista Camila Gramkow, do escritório da</p><p>Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe</p><p>(Cepal) em Brasília.</p><p>ANDRADE, R. O. Revista Pesquisa Fapesp.</p><p>Disponível em: www.revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 1o out. 2020.</p><p>De acordo com o texto, os investimentos propostos têm o</p><p>objetivo de promover a(o)</p><p>A hegemonia na produção industrial.</p><p>B redução da participação do agronegócio.</p><p>C pioneirismo no progresso tecnológico verde.</p><p>D mecanismos de desenvolvimento sustentável.</p><p>E eliminação dos impactos ambientais negativos.</p><p>QUESTãO 53</p><p>TEXTO I</p><p>A descoberta do ouro no fim do século XVII valorizou</p><p>ainda mais a sua imagem. Porém, esse prestígio</p><p>logo</p><p>se enfraqueceu em razão de inveja e competição pelas</p><p>riquezas minerais. Os testemunhos oficiais do século</p><p>XVIII os descrevem como “indomáveis”, “arrogantes” e</p><p>“desobedientes perante a Coroa”.</p><p>O século XX reforçou a imagem heroica depois</p><p>substituída pela de “cruéis” destruidores de índios”. A ideia</p><p>do heroísmo foi alimentada pelos paulistas, que, desde a</p><p>virada do século XIX para o XX, ascendiam economicamente</p><p>no Brasil [...]; para ecoar seu sucesso, resgataram a figura</p><p>dos bandeirantes como “grandes desbravadores”, “homens</p><p>corajosos e empreendedores” que, com suas expedições,</p><p>ampliaram o território brasileiro.</p><p>O desgaste da imagem dos bandeirantes no século</p><p>XXI decorreu da valorização dos grupos indígenas e de</p><p>sua cultura nos meios acadêmicos e em certos órgãos</p><p>governamentais.</p><p>MESGRAVIS, L. História do Brasil Colônia. São Paulo: Contexto, 2019, p. 34-35.</p><p>TEXTO II</p><p>Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Benedito_Calixto_-_</p><p>Retrato_de_Domingos_Jorge_Velho.jpg. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>O retrato do bandeirante Domingos Jorge Velho, criado por</p><p>Benedito Calixto, traduz o(a)</p><p>A visão heroica dos bandeirantes, empreendida pelos</p><p>paulistas a partir do século XIX.</p><p>B imaginário social dos bandeirantes como inimigos da</p><p>Coroa, alimentado no século XVIII.</p><p>C desgaste da figura do bandeirante no século XXI,</p><p>associando-os à violência contra os indígenas.</p><p>D imagem negativa dos bandeirantes, intensificada no</p><p>final do século XVII pela descoberta das minas.</p><p>E associação entre os bandeirantes e o atraso paulista no</p><p>período colonial, característica do século XX.</p><p>24</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 54</p><p>Um paulistano que tem hoje 30 anos poderia ter a sua</p><p>expectativa de vida ampliada em quase 16 meses se a</p><p>poluição do ar da cidade se adequasse às recomendações</p><p>da OMS (Organização Mundial de Saúde). Essa é uma das</p><p>conclusões do trabalho “Avaliação do Impacto na Saúde</p><p>da Poluição do Ar em São Paulo, Brasil”, no International</p><p>Journal of Environmental Research and Public Health. O</p><p>estudo calculou os diversos impactos financeiros e relativos</p><p>à saúde pública da poluição e serve de embasamento para</p><p>formuladores de políticas públicas.</p><p>FÁBIO, A. Com menos poluição, vida de paulistano seria 16 meses mais longa.</p><p>Nexo Jornal, 22 jul. 2016. Disponível em: www.nexojornal.com.br.</p><p>Acesso em: 5 out. 2020 (adaptado).</p><p>Os resultados apresentados pelo estudo indicam que a</p><p>redução dos índices de poluição atmosférica permitiria a(o)</p><p>A erradicação de doenças respiratórias.</p><p>B explosão do crescimento demográfico.</p><p>C estabilização do envelhecimento populacional.</p><p>D redução de políticas de preservação ambiental.</p><p>E conversão de parte dos recursos da saúde para outras</p><p>áreas.</p><p>QUESTãO 55</p><p>A criminalização da violência contra as mulheres,</p><p>expressa na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha de</p><p>agosto de 2006), não eliminou o fato de que a maior parte</p><p>das vítimas permanece não desejando a criminalização do</p><p>agressor. A grande maioria das mulheres não formalizou</p><p>queixa e trataram a violência no âmbito privado, negando</p><p>a ocorrência de violência nos seus relacionamentos. Essa</p><p>situação de negação da gravidade do episódio violento e</p><p>do que ele representa em termos de risco tende a agravar</p><p>a intensidade e frequência das agressões e costuma levar</p><p>a um quadro de isolamento social.</p><p>ANGELIM, F. P. O pessoal torna-se político: o papel do Estado no monitoramento da</p><p>violência contra as mulheres. Revista de Pscicologia Política, 2009, v. 9, n. 18,</p><p>p. 269. Disponível em: www.pepsic.bvsalud.org. Acesso em: 11 dez. 2023.</p><p>Ainda que seja um grande avanço no combate à violência</p><p>contra as mulheres, o contexto apresentado no texto</p><p>demonstra que, para haver maior efetividade da Lei Maria</p><p>da Penha, o Estado deve buscar</p><p>A destinar maior verba para a segurança pública em geral.</p><p>B fomentar ações que favoreçam as redes de apoio para</p><p>as mulheres.</p><p>C estabelecer uma maior intervenção do Poder Judiciário</p><p>sobre o Legislativo.</p><p>D interferir de modo mais eficaz no controle sobre a vida</p><p>privada das famílias.</p><p>E criar mecanismos de punição para mulheres que não</p><p>formalizam a queixa.</p><p>QUESTãO 56</p><p>Tráfico é a compra de negros feita pelos europeus na</p><p>costa da África, para empregá-los em suas colônias como</p><p>escravos. Essa compra é um comércio que viola a religião,</p><p>a moral, as leis naturais e todos os direitos da natureza</p><p>humana. [...] É, pois, uma desumanidade manifesta da</p><p>parte dos juízes dos países livres [...] não libertá-los</p><p>imediatamente, declarando-os livres. [...] Há muitos autores</p><p>que [...] vêm nos dizer que as questões relativas à condição</p><p>das pessoas devem ser decididas pelas leis dos países aos</p><p>quais elas pertencem [...]. Será que os magistrados de uma</p><p>nação, por consideração por outra nação, não devem ter</p><p>nenhum respeito por sua própria espécie? Será que sua</p><p>deferência por uma lei que não os obriga em nada, deve</p><p>fazê-los desprezar as leis da Natureza, que obriga todos os</p><p>homens em todos os tempos e em todos os lugares?</p><p>JAUCOURT, L. Tráfico de negros. In: DIDEROT, Denis; D´ALEMBERT,</p><p>Jean Le Rond (Org.). Enciclopédia, ou dicionário razoado das ciências,</p><p>das artes e dos ofícios. São Paulo: Editora Unesp, [s.d], [1772].</p><p>O trecho foi retirado de um verbete da famosa Enciclopédia,</p><p>obra escrita no século XVIII com o ambicioso objetivo de</p><p>sistematizar todo o conhecimento humano. O trecho em</p><p>questão faz eco aos valores e crenças de seu tempo na</p><p>medida em que</p><p>A propõe uma visão socialista e igualitária como solução</p><p>para as injustiças de seu tempo.</p><p>B sustenta uma visão marcadamente racista, em que o</p><p>negro figura como inferior ao branco.</p><p>C recorre às doutrinas do Direito Natural como justificativa</p><p>para a ideia de igualdade universal.</p><p>D identifica as revoltas de escravos como uma resposta</p><p>legítima à opressão do trabalho forçado.</p><p>E defende o direito nacional como o meio adequado para</p><p>abordar questões relativas à condição das pessoas.</p><p>25</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 57</p><p>Responsável pela preservação da produção</p><p>audiovisual brasileira, desenvolvendo atividades em torno</p><p>da divulgação e restauração de seu acervo, a Cinemateca</p><p>Brasileira foi [...] alvo de um novo incêndio em sua história.</p><p>[...] A entidade tem como propósito preservar grande parte</p><p>do conteúdo cinematográfico nacional. Ela conta com</p><p>mais de dois mil rolos de filmes: isso corresponde a cerca</p><p>de 30 mil títulos entre as obras estrangeiras produzidas</p><p>desde 1895. O acervo ainda conta com aproximadamente</p><p>4 700 documentos como certificados de censura, convites</p><p>e também uma enorme coleção com cerca de três mil</p><p>roteiros e outros oito mil cartazes de filmes, dos quais 2,6</p><p>relacionados ao cinema nacional.</p><p>Disponível em: www.entretenimento.r7.com. Acesso em: 28 nov. 2023.</p><p>O caso relatado pela notícia representa o(a)</p><p>A substituição natural do acervo físico para o digital.</p><p>B perda irreversível de importantes fontes históricas.</p><p>C ataque ideológico contra manifestação artística polêmica.</p><p>D valorização da cultura nacional diante da cultura</p><p>hegemônica ocidental.</p><p>E negligência com novas tecnologias devido ao seu</p><p>menor valor em relação aos materiais históricos.</p><p>QUESTãO 58</p><p>As informações que chegavam ao Brasil sobre a</p><p>Rússia revolucionária e sobre as agitações sociais nos</p><p>outros países europeus eram propagadas pelos operários</p><p>organizados através de jornais, panfletos, programas</p><p>políticos, etc. Neste movimento, as ideias eram reelaboradas</p><p>e reapropriadas pelos militantes, a partir de tradições de</p><p>luta, como o anarquismo e o sindicalismo revolucionário,</p><p>que haviam dado sentido às suas experiências, de forma</p><p>que não poderia se falar apenas de uma “influência” do</p><p>exemplo dos revolucionários europeus sobre o movimento</p><p>operário brasileiro.</p><p>BARTZ, F. D. Movimento Operário e Revolução Social no Brasil:</p><p>ideias revolucionárias e projetos políticos dos trabalhadores organizados no</p><p>Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Porto Alegre entre 1917 e 1922.</p><p>2014.</p><p>É possível reconhecer que a dinâmica dos movimentos</p><p>trabalhistas da Primeira República brasileira</p><p>A permitia uma convivência entre revolução e conciliação.</p><p>B recusava o histórico do movimento trabalhista brasileiro.</p><p>C elaborava análises de conjuntura atentas às questões</p><p>locais.</p><p>D recebia ordens diretas dos movimentos operários na</p><p>Europa.</p><p>E mantinha uma ideologia desenvolvida pelos próprios</p><p>brasileiros.</p><p>QUESTãO 59</p><p>O efeito fragmentador da Internet deslocou o papel</p><p>dos meios de comunicação tradicionais, pelo menos entre</p><p>as novas gerações. Antes que entrassem em jogo essas</p><p>tendências centrífugas e atomizadoras das novas mídias,</p><p>a desintegração da esfera populacional já tinha começado</p><p>com a mercantilização da atenção pública. [...] Hoje, os</p><p>novos meios de comunicação praticam uma modalidade</p><p>muito mais insidiosa de mercantilização. Nela, o objetivo</p><p>não é diretamente a atenção dos consumidores, mas a</p><p>exploração econômica do perfil privado dos usuários.</p><p>Roubam-se os dados dos clientes sem seu conhecimento</p><p>para poder manipulá-los melhor, às vezes até com fins</p><p>políticos perversos.</p><p>HABERMAS, J. Disponível em: www.brasil.elpais.com. Acesso em: 10 jan. 2024.</p><p>No trecho da entrevista de Jürgen Habermas, importante</p><p>filósofo da comunicação e da opinião pública, as redes</p><p>sociais sinalizam para uma reconfiguração da esfera</p><p>pública moderna na medida em que ensejam o(a)</p><p>A crescimento do mal-estar psíquico.</p><p>B promoção do centralismo democrático.</p><p>C formação intelectual das novas gerações.</p><p>D comercialização das informações dos usuários.</p><p>E aprofundamento dos debates de cunho político.</p><p>QUESTãO 60</p><p>Para produzir a energia hidrelétrica é necessário</p><p>integrar a vazão do rio, a quantidade de água disponível</p><p>em determinado período de tempo e os desníveis do</p><p>relevo, sejam eles naturais, como as quedas d’água, ou</p><p>criados artificialmente. Já a estrutura da usina é composta,</p><p>basicamente, de barragem, sistema de captação e adução</p><p>de água, casa de força e vertedouro, que funcionam em</p><p>conjunto e de maneira integrada. A barragem tem por</p><p>objetivo interromper o curso normal do rio e permitir a</p><p>formação do reservatório.</p><p>Disponível em: www2.aneel.gov.br. Acesso em: 8 jun. 2019.</p><p>Considerando as condições naturais do ambiente, o ideal é</p><p>que as hidrelétricas sejam</p><p>A construídas em relevos aplainados.</p><p>B localizadas em regiões de planícies.</p><p>C posicionadas abaixo do nível do mar.</p><p>D situadas em superfícies de planaltos.</p><p>E estabelecidas em áreas de depressão.</p><p>26</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 61</p><p>A Epistemologia é uma das grandes áreas da Filosofia.</p><p>Sua etimologia vem das palavras gregas episteme e logos</p><p>[...]. Epistemologia é muitas vezes compreendida como</p><p>Teoria do Conhecimento e outras tantas como Filosofia</p><p>da Ciência. Uma das definições de epistemologia, por</p><p>exemplo, é “análise crítica das ciências, tanto as ciências</p><p>exatas ou matemáticas quanto as naturais e as humanas;</p><p>avaliação dos métodos e dos resultados das ciências;</p><p>compatibilidades e incompatibilidades entre as ciências;</p><p>formas de relações entre as ciências etc.”. Outra definição é</p><p>“uma das disciplinas centrais da filosofia [na qual] estuda-se</p><p>a natureza do conhecimento, os seus requisitos e limites”.</p><p>[...] Já a Epistemologia Feminista Negra reflete o ponto de</p><p>vista das mulheres negras, buscando produzir conhecimento</p><p>a partir do grupo que a criou. Os homens brancos ricos e</p><p>heterossexuais têm, historicamente, negligenciado o que é</p><p>produzido às margens, negando o status de conhecimento</p><p>a tudo que não reproduz seus interesses. O conhecimento</p><p>hegemônico, apresentado como universal, é na verdade o</p><p>ponto de vista deste grupo dominante.</p><p>Disponível em: www.blogs.unicamp.br. Acesso em: 10 jan. 2024 (adaptado).</p><p>A crescente importância da epistemologia para os</p><p>movimentos negros da atualidade relaciona-se a um</p><p>esforço de</p><p>A abrir caminho para uma hegemonia intelectual negra.</p><p>B consolidar políticas de cotas nas instituições de Ensino</p><p>Superior.</p><p>C alterar a correlação de forças entre as ciências</p><p>matemáticas e humanas.</p><p>D recuperar uma definição de procedência africana para</p><p>esse ramo do conhecimento filosófico.</p><p>E contestar a pretensa universalidade do pensamento</p><p>hegemônico e habilitar outras formas de saber.</p><p>QUESTãO 62</p><p>TEXTO I</p><p>Se analisarmos bem alguns aspectos econômicos</p><p>do governo JK, é possível entender o motivo pelo qual o</p><p>Estado não deve interferir na economia. O Plano de Metas</p><p>que faria com que o Brasil crescesse 50 anos em apenas</p><p>5 é um dos exemplos de como as boas intenções podem</p><p>levar a resultados desastrosos.</p><p>Disponível em: www.studentsforliberty.org. Acesso em: 12 fev. 2019.</p><p>TEXTO II</p><p>Era um Brasil que levantava pela primeira vez a Copa</p><p>do Mundo e se descobria nos gols de Pelé e de Garrincha,</p><p>nas melodias de Tom e Vinícius, no cinema novo e na</p><p>arquitetura de Niemeyer. De um matagal no Planalto,</p><p>erguia-se Brasília. A indústria automobilística acelerava</p><p>a industrialização, e o brasileiro recebia o maior salário</p><p>mínimo da História.</p><p>Revista Época. Disponível em: https://glo.bo. Acesso em: 12 fev. 2019.</p><p>As perspectivas apresentadas pelos textos sobre o governo</p><p>de Juscelino Kubitschek representam visões</p><p>A contrárias, defendendo posições distintas sobre o</p><p>universo cultural da gestão de Kubitschek.</p><p>B semelhantes, já que entendem o governo JK como um</p><p>período de liberdades sociais e morais.</p><p>C divergentes, sobre a aprovação do governo JK, apesar</p><p>de contemplar aspectos distintos da gestão.</p><p>D convergentes, observando no governo de Juscelino um</p><p>exemplo pelo sucesso do Plano de Metas.</p><p>E próximas, por entenderem que, apesar de algumas</p><p>falhas, o balanço geral da época JK foi positivo.</p><p>QUESTãO 63</p><p>Uma potência nuclear invade um país menor, sem que</p><p>a ação militar tenha o apoio do Conselho de Segurança da</p><p>Organização das Nações Unidas (ONU), com intenção de</p><p>destituir o governo local com base em alegações sobre este</p><p>governo que são consideradas falsas por especialistas.</p><p>Essa poderia ser uma descrição da guerra na Ucrânia.</p><p>[...] Mas trata-se também de um outro conflito, iniciado há</p><p>quase duas décadas. Em 20 de março de 2003, tropas dos</p><p>Estados Unidos e de aliados invadiram o Iraque, sem apoio</p><p>da ONU ou da Otan (Organização do Tratado do Atlântico</p><p>Norte), para derrubar o regime de Saddam Hussein, a</p><p>quem os americanos acusavam de desenvolver armas de</p><p>destruição em massa – justificativa que se mostraria falsa</p><p>depois.</p><p>SANCHES, M. As diferenças e semelhanças entre as guerras</p><p>do Iraque e da Ucrânia. BBC News Brasil, 17 mar. 2022.</p><p>Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 18 nov. 2023.</p><p>Os dois eventos abordados pelo texto trazem à tona uma</p><p>realidade em que organizações como ONU e Otan</p><p>A atendem aos interesses de países capitalistas</p><p>desenvolvidos, como os Estados Unidos.</p><p>B intervém em conflitos, garantindo que os objetivos</p><p>estabelecidos para si em suas criações sejam</p><p>alcançados.</p><p>C devem ser extintas enquanto órgãos internacionais,</p><p>uma vez que estimulam a ocorrência de guerras ao</p><p>redor do mundo.</p><p>D são angariadas para obtenção de apoio por nações</p><p>orientais que estão em conflito, aumentando suas</p><p>chances de sucesso.</p><p>E encontram dificuldades para frear conflitos gerados por</p><p>interesses individuais de nações desenvolvidas, apesar</p><p>de serem importantes.</p><p>27</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 64</p><p>A imagem representa a carta náutica mais antiga a demarcar os descobrimentos marítimos do século XVI, o Planisfério</p><p>Cantino. Ao analisá-la, percebe-se que</p><p>A os domínios espanhóis estão delimitados e definidos conforme parâmetros cartográficos científicos.</p><p>B as conquistas portuguesas na África estão demarcadas isoladamente, pela ignorância da Américas.</p><p>C as colônias na Ásia foram adequadamente demarcadas, dado o frequente contato com asiáticos.</p><p>D a linha de Tordesilhas foi inserida para dividir geograficamente as porções leste e oeste do globo.</p><p>E os chamados “descobrimentos lusitanos” e a linha do Tratado de Tordesilhas são referências</p><p>espaciais.</p><p>QUESTãO 65</p><p>A Fábrica de Cretinos Digitais. Este é o título do último livro do neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de</p><p>pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, em que apresenta, com dados concretos e de forma conclusiva, como</p><p>os dispositivos digitais estão afetando seriamente – e para o mal – o desenvolvimento neural de crianças e jovens. [...]</p><p>As evidências são palpáveis: já há um tempo que testes de QI (Quociente de Inteligência) têm apontado que as novas</p><p>gerações são menos inteligentes que anteriores.</p><p>Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 5 dez. 2023.</p><p>Discutindo uma das características mais candentes da sociedade contemporânea, o excerto apresenta os impactos dos</p><p>meios digitais sobre</p><p>A os índices de desigualdade social.</p><p>B as taxas de crescimento econômico.</p><p>C as condições de acesso à tecnologia.</p><p>D o desenvolvimento cognitivo das crianças.</p><p>E o desempenho escolar em países em desenvolvimento.</p><p>R</p><p>E</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>D</p><p>U</p><p>Ç</p><p>Ã</p><p>O</p><p>/B</p><p>IB</p><p>LI</p><p>O</p><p>TE</p><p>C</p><p>A</p><p>U</p><p>N</p><p>IV</p><p>E</p><p>R</p><p>S</p><p>IT</p><p>Á</p><p>R</p><p>IA</p><p>E</p><p>S</p><p>TE</p><p>N</p><p>S</p><p>E</p><p>D</p><p>E</p><p>M</p><p>O</p><p>D</p><p>E</p><p>N</p><p>A</p><p>, M</p><p>O</p><p>D</p><p>E</p><p>N</p><p>A</p><p>, I</p><p>TÁ</p><p>LI</p><p>A</p><p>.</p><p>28</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 66</p><p>VAREJÃO-SILVA. M. A. Meteorologia e climatologia. Recife, 2005.</p><p>A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), apresentada</p><p>no esquema, se processa</p><p>A no Sul do país, diminuindo a quantidade de chuvas na</p><p>região.</p><p>B no litoral brasileiro, aumentando a umidade e as</p><p>precipitações na região.</p><p>C no planalto brasileiro, aumentando a pressão e,</p><p>consequentemente, as chuvas na região.</p><p>D nas regiões mais elevadas do Brasil, diminuindo a</p><p>temperatura e a precipitação dessas regiões.</p><p>E no Norte do país, diminuindo a pressão e,</p><p>consequentemente, aumentando as chuvas na região.</p><p>QUESTãO 67</p><p>Anos depois, quando o governo Vargas se preparava</p><p>para rever a legislação do trabalho em vigor no país, as</p><p>feministas tentaram novamente ser ouvidas. [...] Apesar</p><p>disso, o anteprojeto da CLT, publicado em janeiro de</p><p>1943, manteve a proibição do trabalho noturno da mulher,</p><p>com exceção de alguns ofícios já exercidos por mulheres</p><p>(porque os homens não os queriam): as telefonistas, as</p><p>enfermeiras, as atendentes em bares e restaurantes. [...]</p><p>Por todos esses elementos, vê-se que, à única proibição</p><p>imposta pela Constituição de 1934 – relativa ao trabalho em</p><p>indústria insalubre –, a CLT acrescentou novas vedações</p><p>às mulheres trabalhadoras. Confirmava-se, assim, a</p><p>diferenciação de gênero no âmbito das relações de trabalho</p><p>ao se admitir que mulheres exercessem preferencialmente</p><p>trabalhos que constituíssem extensões dos papéis sociais</p><p>femininos convencionais.</p><p>MARQUES, T. C. N. A regulação do trabalho feminino em um sistema político masculino,</p><p>Brasil: 1932-1943. Estudos Históricos (Rio de Janeiro), v. 29, n. 59, p. 667-686, set. 2016.</p><p>A luta das feministas durante os anos 1930 demonstra o(a)</p><p>A alinhamento ideológico com as demandas varguistas.</p><p>B autonomia econômica para as mulheres garantida pela</p><p>legislação.</p><p>C consolidação da integração das feministas nas esferas</p><p>de poder oficial.</p><p>D ampla inclusão das demandas das feministas no</p><p>regime estadonovista.</p><p>E objeção à regulação do trabalho feminino em um</p><p>sistema político machista.</p><p>QUESTãO 68</p><p>Mas essa mesma qualidade da justiça, diremos assim</p><p>simplesmente que ela consiste na verdade e em restituir</p><p>aquilo que se tomou de alguém; ou diremos antes, que</p><p>essas mesmas coisas, umas vezes é justo, outras injusto</p><p>fazê-las? Como este exemplo: se alguém recebesse armas</p><p>de um amigo em perfeito juízo, e este, tomado de loucura</p><p>lhes reclamasse, toda gente diria que não se lhe deviam</p><p>entregar, e que não seria justo restituir-lhes, nem consentir</p><p>em dizer toda a verdade a um homem nesse estado.</p><p>PLATÃO. A República: [ou sobre a justiça, diálogo político].</p><p>Trad. Anna Lia Amaral de Almeida Prado. São Paulo: Martins Fontes, 2006.</p><p>A consideração de Sócrates sobre a justiça, abordada no</p><p>texto de Platão, indica que essa virtude</p><p>A desafia questões psíquicas.</p><p>B enfatiza a ausência da ética.</p><p>C ultrapassa o conceito de verdade.</p><p>D desconsidera os laços de amizade.</p><p>E provoca a experiência em sociedade.</p><p>QUESTãO 69</p><p>Os boatos começaram a circular junto com o confisco,</p><p>dando conta das inúmeras arbitrariedades e abusos que</p><p>estavam ocorrendo e que permitiam a liberação do dinheiro</p><p>em alguns casos e para alguns grupos. Apesar disso, o</p><p>cerco só apertou quando a imprensa passou a investigar</p><p>o comportamento do ex-tesoureiro de campanha, Paulo</p><p>César Farias, e descobriu que ele operava um grande</p><p>esquema de corrupção dentro do governo e que seu sócio</p><p>nesse esquema era o próprio Collor.</p><p>[...] A população estava empenhada em desmentir o</p><p>presidente, e as manifestações políticas voltaram às ruas</p><p>das grandes cidades com força total. Traziam novidades:</p><p>Collor vestido como presidiário, fantasias de ratazanas com</p><p>bigodes gigantescos e óculos como os de Paulo César</p><p>Farias.</p><p>SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia.</p><p>São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 494-495.</p><p>As manifestações destacadas pelo texto</p><p>A valorizavam a moralidade da campanha de eleição de</p><p>Collor.</p><p>B refutaram os valores democráticos ao depor um</p><p>presidente eleito.</p><p>C criticavam a falta de ética político-administrativa do</p><p>governo Collor.</p><p>D contrariavam a prática cidadã característica da</p><p>Constituição de 1988.</p><p>E defendiam o confisco da poupança para solucionar a</p><p>crise econômica.</p><p>29</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 70</p><p>A rigidez do fordismo – rigidez de investimentos em</p><p>sistema de produção em massa; rigidez no planejamento</p><p>que presumia um crescimento estável em mercados de</p><p>consumo invariantes; rigidez nos mercados e na alocação</p><p>dos recursos e nos contratos de trabalho (especialmente no</p><p>setor monopolista) – veio se confrontar com o sistema de</p><p>acumulação flexível apoiada na flexibilidade dos processos</p><p>de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e</p><p>padrões de consumo.</p><p>MARTINS, V. L. O impacto do capitalismo no processo de trabalho</p><p>e no papel do estado. Revista Mediações, v. 4, n. 2, 2004.</p><p>A transição do capitalismo abordada pelo texto se firma no</p><p>momento em que se</p><p>A consolida a superação dos obstáculos espaçotemporais</p><p>que viabilizam a construção de um sistema de produção</p><p>pautado em uma integração na realidade heterogênea</p><p>global.</p><p>B propicia a estruturação saudável das economias</p><p>periféricas para que realizem pelo processo de</p><p>industrialização, visto a propagação das tecnologias e</p><p>senso de modernização indistintiva.</p><p>C fomenta profundas alterações das dinâmicas</p><p>econômicas e produtivas, assim como na fragmentação</p><p>das culturais locais, passivas frente ao processo de</p><p>desenvolvimento capitalista.</p><p>D promove a dispersão do mercado de trabalho e do</p><p>consumidor, pilares do capitalismo, que, ao serem</p><p>complementares, possuem autonomia e capacidade de</p><p>autorregulação mesmo nas periferias.</p><p>E estabelece a cisão entre Estado e instituições e o</p><p>mercado financeiro após a experiência keynesianista,</p><p>pois essa relação coloca entraves à circulação de</p><p>riquezas e à exploração da mão de obra.</p><p>QUESTãO 71</p><p>Para Sartre, o pensamento de Marx fora deturpado</p><p>pelos burocratas da Diamat (materialismo dialético). Para</p><p>estes, a História possui um movimento totalizador autônomo</p><p>e teleológico e os homens, nesse processo, não passam de</p><p>meros objetos sujeitos a leis mecanicistas. [...] Em resumo,</p><p>o marxismo estaria estagnado por desconsiderar o indivíduo</p><p>no processo de totalização-em-curso da História, isto é, por</p><p>subjugar o singular a um universal tramado [...] unicamente</p><p>por leis mecânicas e causais alheias ao próprio homem.</p><p>Contra um tal idealismo histórico, faz-se necessário [...]</p><p>recuperar o sujeito.</p><p>FUJIWARA, G. Sartre sob a mira do estruturalismo: antropologia filosófica</p><p>versus antropologia estrutural. Princípios: revista de Filosofia,</p><p>Natal, v. 29, n 60, set.-dez., 2022, p. 257-8 (adaptado).</p><p>A contenda filosófica entre Jean-Paul Sartre e o marxismo</p><p>burocrático da Diamat dizia respeito à interação</p><p>entre</p><p>A história e devir.</p><p>B revolução e reforma.</p><p>C estrutura e indivíduo.</p><p>D racionalismo e empirismo.</p><p>E teocentrismo e antropocentrismo.</p><p>QUESTãO 72</p><p>A notícia de descoberta de minas muito rendosas se</p><p>espalhou rapidamente. Obviamente, as poucas roças</p><p>então existentes não eram capazes de sustentar o fluxo</p><p>desordenado de gente vinda de diferentes lugares, o que</p><p>trouxe como consequência, nesse primeiro momento,</p><p>crise de fome. Com essas crises generalizadas, sobretudo</p><p>nos anos de 1697/98 e 1700/01, a Coroa foi levada a</p><p>preocupar-se com a questão do abastecimento da região</p><p>das Minas, criando uma retaguarda de produção alimentar</p><p>através da concessão de sesmarias (terras destinadas</p><p>ao cultivo).</p><p>GUIMARÃES, C. M.; REIS, F. M. M. Agricultura e mineração no século XVIII. História de</p><p>Minas Gerais: as Minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica, v. 1, 2007. p. 321-335.</p><p>A agricultura durante o período de mineração era</p><p>A mais rentável que a mineração, trazendo prejuízos para</p><p>os investidores das minas.</p><p>B diversificada, visando garantir a permanência das</p><p>atividades de mineração na região.</p><p>C uma obrigação dos colonos, já que a Coroa forçou-os a</p><p>abandonar as atividades mineradoras.</p><p>D prejudicada pelo espaço geográfico que não favorecia o</p><p>cultivo de alimentos para os colonos mineiros.</p><p>E incapaz de saciar a fome da população, que só foi</p><p>resolvida com a diminuição do fluxo populacional.</p><p>QUESTãO 73</p><p>A tese sociológica de que a perda de apoio na religião</p><p>objetiva, a dissolução dos últimos resíduos pré-capitalistas,</p><p>a diferenciação técnica e social e a extrema especialização</p><p>deram lugar a um caos cultural é cotidianamente desmentida</p><p>pelos fatos. A cultura contemporânea a tudo confere um ar</p><p>de semelhança. Filmes, rádio e semanários constituem um</p><p>sistema. Cada setor se harmoniza em si e todos entre si.</p><p>As manifestações estéticas, mesmo a dos antagonistas</p><p>políticos, celebram da mesma forma o elogio do ritmo</p><p>do aço. As sedes decorativas das administrações e das</p><p>exposições industriais são pouco diferentes nos países</p><p>autoritários e nos outros. Os palácios colossais que surgem</p><p>por toda parte representam a pura racionalidade sem</p><p>sentido dos grandes cartéis internacionais a que já tendia</p><p>a livre iniciativa desenfreada, que tem, no entanto, os seus</p><p>monumentos nos sombrios edifícios circundantes – de</p><p>moradia ou de negócios – das cidades desoladas.</p><p>ADORNO, T. W. Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002. p. 7.</p><p>De acordo com a concepção de Theodor Adorno, a produção</p><p>cultural contemporânea é identificada como um(a)</p><p>A sistema coeso e uniforme, marcado por uma produção</p><p>massificada e padronizada.</p><p>B forma de resistência contra a hegemonia cultural,</p><p>opondo-se às estruturas de poder.</p><p>C expressão autêntica da diversidade cultural, enraizada</p><p>em elementos pré-capitalistas.</p><p>D caos cultural, marcado pelo ocaso da influência religiosa</p><p>e pela especialização técnica.</p><p>E manifestação espontânea de distintas correntes</p><p>estéticas, independentes de influências externas.</p><p>30</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 74</p><p>Disponível em: www.geografando.paginas.ufsc.br. Acesso em: 3 out. 2020.</p><p>O impacto ambiental contemporâneo em áreas litorâneas,</p><p>representado pela charge e originado pela ação antrópica,</p><p>tem como causa e consequência, respectivamente,</p><p>A o turismo ecológico e a diminuição da biodiversidade.</p><p>B a especulação financeira e o avanço de processos</p><p>erosivos.</p><p>C o extrativismo madeireiro e o aumento no nível dos</p><p>oceanos.</p><p>D o crescimento urbano e a ocorrência de movimentos de</p><p>massa.</p><p>E a monocultura de exportação e a queda da retenção de</p><p>sedimentos fluviais.</p><p>QUESTãO 75</p><p>O colaborador de plataformas de tecnologia, além de</p><p>estar sujeito a sistemas de avaliação capazes de causar</p><p>uma expulsão sumária do quadro de parceiros da empresa,</p><p>podendo ser desligado a qualquer momento arbitrariamente</p><p>e sem nenhuma proteção, não possui a mínima segurança</p><p>contra acidentes, doenças ou paralisações involuntárias.</p><p>Assim, enquanto um motorista de transporte por</p><p>aplicativo se envolve em uma colisão e precisa deixar o</p><p>carro parado por vários dias na oficina, para os devidos</p><p>reparos, ou enquanto um entregador de aplicativos de</p><p>entrega apresenta uma patologia que lhe deixa incapaz de</p><p>trabalhar por alguns dias, não prestando os serviços, por</p><p>consequência, não recebe remuneração.</p><p>PRAXEDES, R. N. A. Psicopoder e direito de a autoexploração:</p><p>as faces do trabalho em plataformas de tecnologia. Disponível em:</p><p>www.sucupira.capes.gov.br. Acesso em: 15 jan. 2024 (adaptado).</p><p>Com base nas informações do texto, as novas tecnologias</p><p>transformaram as relações de trabalho no sentido de</p><p>enfraquecer os direitos</p><p>A sociais diretamente ligados ao trabalho.</p><p>B tributários ao diminuírem a cobrança de impostos.</p><p>C civis que se relacionam com a liberdade individual.</p><p>D humanos ao criarem condições análogas à escravidão.</p><p>E políticos relacionados à impossibilidade de sindicalização.</p><p>QUESTãO 76</p><p>Depois de décadas no combate a negacionistas</p><p>do aquecimento global, cientistas estão voltando suas</p><p>preocupações para o crescimento dos “profetas do</p><p>apocalipse climático”. Esse novo grupo, chamado em inglês</p><p>de “doomers”, está no lado oposto dos céticos da mudança</p><p>do clima que veem seu discurso perdendo força diante de</p><p>evidências como recentes ondas de calor, secas intensas</p><p>e grandes enchentes […]. Mas o climatologista norte-</p><p>-americano Michael E. Mann teme que a popularização</p><p>da narrativa apocalíptica se transforme no que ele chama</p><p>de “inativismo” – ou seja, jogar a toalha enquanto ainda é</p><p>possível fazer algo.</p><p>SUZUKI, S. Como cientistas tentam combater ideia de que é “tarde</p><p>demais para salvar o planeta”. BBC News Brasil, 4 set. 2022.</p><p>Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 23 nov. 2023.</p><p>Na visão do cientista consultado pela reportagem, a</p><p>problemática do aquecimento global</p><p>A foi negligenciada por ser pouco urgente, sendo ainda</p><p>possível reverter o quadro.</p><p>B chegou a um ponto irreversível, levando a medidas</p><p>para a amenização de suas consequências.</p><p>C possui nos céticos seu maior problema, dificultando o</p><p>desenvolvimento de políticas ambientais.</p><p>D encontrou em outro grupo de pessoas um possível</p><p>novo entrave, estorvando ações favoráveis ao meio</p><p>ambiente.</p><p>E tornou-se imutável, levando à necessidade de</p><p>investimentos em dispositivos que permitam a</p><p>colonização humana em outros planetas.</p><p>QUESTãO 77</p><p>Casa de Macuxi. Disponível em: www.pucrs.br/mct/brasil-e-australia/. Acesso em: 8 dez. 2023.</p><p>A imagem revela um aspecto da arquitetura indígena que</p><p>pode ser expresso no(a)</p><p>A construção de habitações coletivas a partir de materiais</p><p>extraídos do meio ambiente.</p><p>B ausência do desenvolvimento de instrumentos técnicos</p><p>e saberes avançados.</p><p>C promoção do desmatamento e de impactos ambientais</p><p>pelos indígenas.</p><p>D segmentação individualista de cômodos visando a</p><p>privacidade.</p><p>E pobreza material utilizada nas construções das moradias.</p><p>31</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 78</p><p>Brasil – Intoxicação por agrotóxico de uso agrícola, exposição dentro e fora do trabalho</p><p>Unidades da Federação (2007-2014)</p><p>BOMBARDI, L. M. Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia. FFLCH-USP. São Paulo, 2017.</p><p>Com base na análise do mapa, percebe-se que a tendência ao uso de agrotóxicos</p><p>A acarreta prejuízos alarmantes, atingindo tanto a população produtora quanto a consumidora.</p><p>B impacta diretamente os trabalhadores agrícolas, sendo pouco prejudicial à população urbana.</p><p>C é constantemente monitorado, embasando novos estudos para proibições de certos venenos.</p><p>D aumenta consideravelmente a produtividade, justificando seu uso pelo baixo número de casos de intoxicação.</p><p>E resulta em mais problemas de saúde nas regiões Sul e Sudeste, concentrando a expansão da fronteira agrícola em</p><p>seus estados.</p><p>32</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 79</p><p>Não há consenso entre os historiadores acerca de quem</p><p>deu início a Guerra da</p><p>Coreia e quais foram suas causas.</p><p>A historiografia norte-americana e a sul-coreana tradicionais</p><p>sustentam que o conflito teria sido deflagrado por Kim Il</p><p>Sung, com apoio da URSS, com o objetivo de dominar</p><p>toda a península. A historiografia oficial norte-coreana,</p><p>por sua vez, defende que o norte estava respondendo a</p><p>provocações sul-coreanas na fronteira e que o objetivo do</p><p>ataque teria sido a libertação da metade sul da península.</p><p>Em uma análise mais acadêmica, autores como Cumings</p><p>(2004), French (2005) e Lee (1996) questionam ambas</p><p>as versões, alegando que a guerra teria se originado de</p><p>causas múltiplas, com responsabilidades imputáveis a</p><p>todos os atores envolvidos, não apenas os internos, mas</p><p>também os externos, como os EUA e a URSS.</p><p>VISENTINI, P. F. V. et al. A Revolução Coreana: o desconhecido</p><p>socialismo Zuche. São Paulo: Editora Unesp, 2015.</p><p>As diferentes interpretações historiográficas sobre a tensão</p><p>entre as Coreias refletem o(a)</p><p>A limitação do conflito a uma escala nacional.</p><p>B afastamento dos Estados Unidos do conflito armado.</p><p>C fim da tradição pacifista influenciada pelo budismo na</p><p>Ásia.</p><p>D divisão ideológica dos países em um contexto de</p><p>Guerra Fria.</p><p>E enfraquecimento do pensamento comunista no</p><p>continente asiático.</p><p>QUESTãO 80</p><p>Em 1957, o Museu de História Natural de Londres</p><p>declarou que o Rio Tâmisa estava biologicamente morto.</p><p>Os jornais diziam que nada mais era que uma vasta e</p><p>malcheirosa sarjeta. [...] “Trata-se de um esgoto a céu</p><p>aberto”, definiu o jornal Manchester Guardian, em 1959.</p><p>“Não se encontra oxigênio mais em suas águas por</p><p>diversas milhas”.</p><p>Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 22 nov. 2023.</p><p>Para evitar que situações como a descrita no relato</p><p>ocorram, pode-se adotar como estratégia</p><p>A desalojar as populações das proximidades do rio.</p><p>B remover a mata ciliar para evitar o processo de</p><p>assoreamento.</p><p>C planejar adequadamente o descarte de resíduos</p><p>residenciais e industriais.</p><p>D realizar um controle populacional em cidades que</p><p>possuam recursos hídricos valiosos.</p><p>E canalizar e tampar os rios de meios urbanos para evitar</p><p>o mau cheiro e a proliferação de doenças.</p><p>QUESTãO 81</p><p>As teorias e práticas mercantilistas estão inseridas no</p><p>contexto de transição do Feudalismo para o Capitalismo,</p><p>possuindo ainda características marcantes das estruturas</p><p>econômicas feudais e já diversos fatores que serão</p><p>mais tarde identificados com características capitalistas,</p><p>não sendo nenhum dos dois sistemas, no entanto. [...]</p><p>O historiador Francisco Falcon distingue três fases</p><p>mercantilistas diferentes na história da Europa: a primeira</p><p>diz respeito ao século XVI e à criação do sistema mundial</p><p>moderno com a expansão ultramarina e a fundação de</p><p>colônias na América. Nesse período, a Europa passou a</p><p>comandar uma rede de comércio mundial.</p><p>SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos</p><p>históricos. São Paulo: Contexto, 2020, p. 283-284.</p><p>Em sua primeira fase, o mercantilismo esteve associado</p><p>ao(à)</p><p>A ruptura das relações comerciais ultramarinas.</p><p>B desarticulação comercial entre Europa e demais</p><p>continentes.</p><p>C desenvolvimento de uma estrutura econômica de base</p><p>industrial.</p><p>D inserção da América como dirigente do sistema</p><p>econômico mundial.</p><p>E processo de colonização e submissão econômica em</p><p>relação às metrópoles.</p><p>QUESTãO 82</p><p>Parece-me que se deve compreender o poder,</p><p>primeiro como uma multiplicidade de correlações de força</p><p>imanentes ao domínio em que se exercem e constitutivas</p><p>de sua organização; o jogo que, através de lutas e</p><p>afrontamentos incessantes as transforma, reforça, inverte;</p><p>os apoios que tais correlações de força encontram uma nas</p><p>outras, formando cadeias ou sistemas ou, ao contrário, as</p><p>defasagens e contradições que as isolam entre si; enfim,</p><p>as estratégias em que se originam e cujo esboço geral</p><p>ou cristalização institucional toma corpo nos aparelhos</p><p>estatais, na formulação da lei, nas hegemonias sociais.</p><p>FOUCAULT, M. História da sexualidade I. A vontade</p><p>de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2007. p. 88.</p><p>Segundo a análise de Michel Foucault sobre o poder, o</p><p>Estado e a legislação são</p><p>A reflexos das correlações de força sem participação</p><p>ativa na sua formação.</p><p>B elementos fundamentais na cristalização institucional</p><p>das estratégias de poder.</p><p>C sistemas independentes das dinâmicas de poder</p><p>presentes nas relações sociais.</p><p>D manifestações superficiais de relações de poder que</p><p>desconsideram lutas e estratégias.</p><p>E instrumentos secundários que desempenham um papel</p><p>limitado nas correlações de força.</p><p>33</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 83</p><p>TEXTO I</p><p>O termo “barroco” pode designar tanto um estilo</p><p>artístico quanto literário, como um período cronológico, ou</p><p>certa mentalidade. Há controvérsias sobre a origem desse</p><p>movimento, pois, para uns adviria de uma denominação</p><p>atribuída por artífices portugueses a um tipo de pérola</p><p>irregular”, assinalada na França com o significado de</p><p>“bizarro”, “extravagante” e, para outros, resultaria da</p><p>designação de uma das modalidades de silogismo,</p><p>considerado sofístico. As duas acepções apresentadas</p><p>evidenciam sentido pejorativo e valorização negativa.</p><p>SOUZA, A. A. Cultura e religião: tramas e narrativas do barroco mineiro. Dissertação</p><p>(Mestrado em Ciências Sociais) - Universidade Estadual de Maringá, 2019.</p><p>TEXTO II</p><p>A complexidade do objeto conceitual barroco em geral –</p><p>e do chamado “barroco mineiro”, que aqui é o caso –</p><p>revela-se, pois, assentada, originariamente, na relação</p><p>contraditória entre cultura e território, entre a dimensão</p><p>da totalidade, correspondente à cultura, e a dimensão da</p><p>especificidade, correspondente ao território.</p><p>OLIVEIRA, A. P. O manto de aporias: cultura, território e barroco na dinâmica</p><p>sócio-histórica do Estado de Minas Gerais. Veredas: Revista da Associação</p><p>Internacional de Lusitanistas, [S. l.], n. 27, p. 141-157, 2018.</p><p>Apesar das distintas definições, ambos os autores</p><p>reconhecem que o barroco é um(a)</p><p>A ideia de temporalidade associada à produção do açúcar.</p><p>B conceito múltiplo que engloba diversas esferas da vida</p><p>social.</p><p>C estilo artístico predominante nas artes visuais</p><p>contemporâneas.</p><p>D concepção espacial relacionada à vida e à economia</p><p>colonial litorânea.</p><p>E cultura específica desenvolvida à revelia da arte</p><p>originada da metrópole.</p><p>QUESTãO 84</p><p>Dados contemporâneos organizados sobre os</p><p>munícipes de São Paulo indicam que a população negra</p><p>dessa metrópole tem menos acesso à educação superior e</p><p>ao emprego formal, aufere níveis inferiores de renda e está</p><p>mais presente nos bairros periféricos quando comparada à</p><p>população branca. [...] Cerca de 4 décadas atrás, no início</p><p>dos anos 80, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística</p><p>publicou um relatório a partir de dados da Pesquisa</p><p>Nacional por Amostra de Domicílios de 1976 (IBGE, 1983)</p><p>que ressaltava o mesmo problema: desigualdade racial em</p><p>detrimento do bem-estar da população negra.</p><p>COELHO, S. C. F.; SILVA, E. R.; HERDEIRO, R. M. C. Modernização conservadora e</p><p>racismo no Brasil. Revista Fim do Mundo, p. 110-132, 2021.</p><p>O panorama apresentado no texto a respeito da população</p><p>negra da cidade de São Paulo se apresenta como um</p><p>entrave à modernização brasileira por</p><p>A impedir a democratização do acesso ao ensino básico.</p><p>B representar um padrão tradicional de dominação social.</p><p>C enaltecer o caráter multicultural da sociedade brasileira.</p><p>D aumentar o valor da hora trabalhada no âmbito</p><p>produtivo.</p><p>E contribuir para a baixa diversificação da economia</p><p>brasileira.</p><p>34</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 85</p><p>Evolução histórica da taxa de desmatamento e média exponencialEvolução histórica da taxa de desmatamento e média exponencial</p><p>Taxa de desmatamento e tendência (exponencial) histórica identi</p><p>cadas pelo</p><p>Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica</p><p>0</p><p>19</p><p>85</p><p>200</p><p>400</p><p>600</p><p>800</p><p>1 000</p><p>1 200</p><p>km2</p><p>20</p><p>21</p><p>19</p><p>86</p><p>19</p><p>87</p><p>19</p><p>88</p><p>19</p><p>89</p><p>19</p><p>90</p><p>19</p><p>91</p><p>19</p><p>92</p><p>19</p><p>93</p><p>19</p><p>94</p><p>19</p><p>95</p><p>19</p><p>96</p><p>19</p><p>97</p><p>19</p><p>98</p><p>19</p><p>99</p><p>20</p><p>00</p><p>20</p><p>01</p><p>20</p><p>02</p><p>20</p><p>03</p><p>20</p><p>04</p><p>20</p><p>05</p><p>20</p><p>06</p><p>20</p><p>07</p><p>20</p><p>08</p><p>20</p><p>09</p><p>20</p><p>10</p><p>20</p><p>11</p><p>20</p><p>12</p><p>20</p><p>13</p><p>20</p><p>14</p><p>20</p><p>15</p><p>20</p><p>16</p><p>20</p><p>17</p><p>20</p><p>18</p><p>20</p><p>19</p><p>20</p><p>20</p><p>Taxa de desmatamento e tendência (exponencial) histórica identificadas</p><p>pelo Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica.</p><p>Disponível em: cms.sosma.org.br/wp-content/uploads/2022/05/Sosma-Atlas-2022-1.pdf. Acesso em: 19 nov. 2023.</p><p>O gráfico aponta uma realidade em que o desmatamento da vegetação original</p><p>A diminuiu desde 2010, indicando a eficácia das leis ambientais brasileiras desde então.</p><p>B teve um comportamento ideal, pois manteve baixas taxas de desflorestação desde a década de 1980.</p><p>C apresentou dados alarmantes ao longo do tempo, ainda que as taxas tenham diminuído nas duas últimas décadas.</p><p>D estabilizou nas últimas décadas, fruto de ações conjuntas do governo federal com as regiões Norte e Centro-Oeste.</p><p>E seguiu uma diminuição ininterrupta desde o início da contagem, indicando um caminho próximo à sustentabilidade</p><p>ambiental.</p><p>QUESTãO 86</p><p>GIBSON, C. D. Lição de Arte. 1901. Disponível em: https://pt.wikipedia.org. Acesso em: 18 jan. 2024.</p><p>A ilustração, produzida durante o período conhecido como Belle Époque, exalta</p><p>A o sentimento de ócio nas classes médias.</p><p>B a produção intelectual realizada pela nobreza.</p><p>C a vivência dos trabalhadores nas zonas rurais.</p><p>D as críticas realizadas à emancipação feminina.</p><p>E o estímulo à produção artística pela burguesia.</p><p>35</p><p>simulado</p><p>CH - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 87</p><p>A presença de instituições de nível superior faz do</p><p>município um dos melhores e mais reconhecidos polos</p><p>acadêmicos do Brasil e de toda a América Latina. Mas a</p><p>cidade é, também, um dos maiores centros tecnológicos</p><p>do mundo, sendo considerada a versão latino-americana</p><p>do Vale do Silício. Futuramente, Campinas será referência</p><p>nacional no promissor negócio dos biocombustíveis e, para</p><p>isso, já iniciou o processo de instalação do Centro de Ciência</p><p>e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), onde o governo federal</p><p>desenvolverá pesquisas voltadas para essa tecnologia.</p><p>Disponível em: www.al.sp.gov.br. Acesso em: 8 dez. 2023 (adaptado).</p><p>A ideia trazida pelo texto vai na contramão da chamada</p><p>Nova Divisão Internacional do Trabalho, em que é esperado</p><p>que países emergentes</p><p>A ocupem a posição de exportador de matéria-prima ou</p><p>produtor de indústrias mais básicas.</p><p>B desenvolvam tecnologias a serem aplicadas nos países</p><p>desenvolvidos em vez de neles próprios.</p><p>C evoluam no sentido de diminuir sua dependência no</p><p>que tange aos quatro setores da economia.</p><p>D sejam protagonistas no desenvolvimento de tecnologias</p><p>independentemente do seu nível socioeconômico.</p><p>E consigam reter sua mão de obra qualificada em</p><p>busca de diminuir a disparidade econômica com os</p><p>desenvolvidos.</p><p>QUESTãO 88</p><p>TEXTO I</p><p>Explicou o conferencista as vantagens de uma usina</p><p>nuclear sobre a usina térmica, pela maior liberação de</p><p>energia da primeira, além das facilidades de localização –</p><p>porque um reator nuclear, lembrou, independe de</p><p>problemas de transportes de combustíveis. Além disso “ele</p><p>não polui o meio ambiente, pois seus resíduos radioativos</p><p>são recolhidos e tratados”, assegurou. Referiu – ao reator</p><p>da usina de Angra dos Reis – cujas fundações serão</p><p>iniciadas ainda este mês.</p><p>Jornal do Brasil, e. 292, fev. 1973. Disponível em:</p><p>www.memoria.bn.br. Acesso em: 29 fev. 2024.</p><p>TEXTO II</p><p>Alemanha fecha suas últimas usinas nucleares:</p><p>entenda os motivos e os pontos de preocupação</p><p>Protestos aceleram processo: em 2011, após o</p><p>acidente nuclear em Fukushima, quando mais de 50 mil</p><p>alemães foram às ruas para exigir o fechamento das</p><p>usinas nucleares do país, o governo alemão – então sob</p><p>o comando da chanceler Angela Merkel (CDU) – anunciou</p><p>o acordo para o fechamento de todas as usinas até 2022.</p><p>Gestão de resíduos era (e ainda é) preocupação: Uma</p><p>das principais vozes contra as usinas, o Greenpeace afirma</p><p>que Alemanha não possui um único depósito seguro para</p><p>armazenar resíduos nucleares e que a construção de novas</p><p>usinas nucleares só agravaria esse problema.</p><p>Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 29 fev. 2024.</p><p>A análise das notícias, com a diferença de 50 anos entre</p><p>suas publicações, indica o(a)</p><p>A eficiência das autoridades globais na abolição de</p><p>energias poluentes.</p><p>B manutenção da energia nuclear como uma importante</p><p>fonte renovável.</p><p>C impossibilidade de obtenção de eletricidade sem a</p><p>produção de resíduos.</p><p>D anseio pela gradativa substituição das usinas nucleares</p><p>por termelétricas.</p><p>E ressignificação da matriz energética em sua relação</p><p>com o meio ambiente.</p><p>QUESTãO 89</p><p>Em 1996, durante o Encontro de Avaliação do I</p><p>Encontro Nacional de Comunidades Negras Rurais</p><p>Quilombolas, realizado em Bom Jesus da Lapa – Bahia, a</p><p>Comissão Provisória dá lugar à Coordenação Nacional de</p><p>Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas –</p><p>Conaq, que tem como caráter central se constituir como</p><p>movimento social.</p><p>Os objetivos da Conaq são: lutar pela garantia de</p><p>uso coletivo do território, pela implantação de projetos</p><p>de desenvolvimento sustentável, pela implementação de</p><p>políticas públicas levando em consideração a organização</p><p>das comunidades de quilombo; por educação de qualidade</p><p>e coerente com o modo de viver nos quilombos; o</p><p>protagonismo e autonomia das mulheres quilombolas; pela</p><p>permanência do(a) jovem no quilombo e acima de tudo pelo</p><p>uso comum do Território em harmonia com o meio ambiente.</p><p>Disponível em: www.conaq.org.br. Acesso em: 28 nov. 2023 (adaptado).</p><p>O movimento social tratado no texto tem como objetivo</p><p>principal</p><p>A ampliar a exploração de recursos naturais.</p><p>B despriorizar a criação de reservas indígenas.</p><p>C conquistar a independência de espaços históricos.</p><p>D estender a frente de produção agrícola interiorana.</p><p>E defender a existência de comunidades afro-brasileiras.</p><p>QUESTãO 90</p><p>Os países da Commonwealth estão distribuídos em</p><p>seis continentes. O grupo abrange cerca de 2,5 bilhões de</p><p>pessoas – o equivalente a aproximadamente um terço da</p><p>população mundial. Os membros mantêm laços de história,</p><p>idioma e cultura. Não há compromissos legais e os países</p><p>podem se retirar unilateralmente do grupo.</p><p>Disponível em: www.noticias.uol.com.br. Acesso em: 28 nov. 2023.</p><p>A organização caracterizada no texto difere da União</p><p>Europeia por manter um(a)</p><p>A moeda única vigente.</p><p>B tarifa externa comum.</p><p>C tratado de defesa unificado.</p><p>D protocolo de livre circulação de pessoas.</p><p>E ambiente de descentralização administrativa.</p><p>Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.</p><p>30</p><p>22</p><p>14</p><p>6</p><p>29</p><p>21</p><p>13</p><p>5</p><p>28</p><p>20</p><p>12</p><p>4</p><p>27</p><p>19</p><p>11</p><p>3</p><p>26</p><p>18</p><p>10</p><p>2</p><p>25</p><p>17</p><p>9</p><p>1</p><p>24</p><p>16</p><p>8</p><p>23</p><p>15</p><p>7</p><p>36 LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>2024</p><p>da indústria econômica do país.</p><p>QUESTãO 05</p><p>Susan Solomon is a NOAA (National Oceanic and</p><p>Atmospheric Administration) senior scientist at the Aeronomy</p><p>Laboratory in Boulder, Colorado. She is credited with being</p><p>the primary contributor to the discovery of the cause of the</p><p>‘hole’ in the ozone, or the depletion of atmospheric ozone</p><p>over Antarctica in the late 80’s. Her research is internationally</p><p>acclaimed and set the global community on the path to</p><p>institute a ban on the chemicals that destroy the ozone and</p><p>threaten human health. In 2009, she contributed to break-</p><p>through research on global climate change in which she</p><p>demonstrated with concrete evidence that current choices</p><p>regarding carbon emissions will affect Earth’s future climate</p><p>and ultimately change the planet irreversibly.</p><p>Disponível em: www.blogs.nasa.gov. Acesso em: 15 jan. 2024.</p><p>A principal contribuição de Susan Solomon em relação à</p><p>preservação do meio ambiente é</p><p>A sua pesquisa sobre a influência dos raios solares na</p><p>formação do buraco na camada de ozônio.</p><p>B sua descoberta na origem das mudanças climáticas</p><p>globais no final da década de 1980.</p><p>C a identificação de substâncias responsáveis pela</p><p>destruição da camada de ozônio.</p><p>D a descoberta das consequências do aquecimento</p><p>global nas regiões polares.</p><p>E a descoberta da causa do buraco na camada de ozônio</p><p>na Antártida.</p><p>Questões de 01 a 05 (opção espanhol)</p><p>QUESTãO 01</p><p>“Las ciudades de Gabo” – Recorrido por</p><p>las obras de Gabriel García Márquez</p><p>La Secretaría de Cultura, Recreación y Deporte (SCRD)</p><p>ha impulsado a lo largo del año encuentros literarios,</p><p>denominados Lecturas Cruzadas. En esta oportunidad</p><p>este conversatorio estará enfocado en las obras de Gabriel</p><p>García Márquez y las ciudades en que desarrolló su trabajo</p><p>en algún momento de su vida.</p><p>Conéctate este martes, 29 de septiembre, a las “Las</p><p>ciudades de Gabo” desde las 6:00 p.m. en el Facebook</p><p>de la SCRD. Esta iniciativa se desarrolla en el marco de</p><p>la Alianza Ciudad es Cultura, que busca el intercambio de</p><p>contenidos culturales a través de diferentes plataformas.</p><p>Grandes invitados</p><p>Los invitados a este encuentro son representantes de</p><p>cada una de las ciudades con las que Gabo se relacionó.</p><p>Desde Ciudad de México estará Jorge F. Hernández,</p><p>amigo, editor y crítico de Gabo; por Buenos Aires estará</p><p>Gloria Rodrigué, heredera y directora de Sudamericana;</p><p>por Barcelona, Xavier Ayen, periodista cultural y autor del</p><p>libro Aquellos años del boom y por Bogotá, Juan Gabriel</p><p>Vásquez, lector de toda su obra y guionista del documental</p><p>Gabo: La magia de lo real.</p><p>Entidad a cargo: Secretaría de Cultura, Recreación y</p><p>Deporte (SCRD)</p><p>Apoya: Alcaldía Mayor de Bogotá</p><p>Categorías: Cultura</p><p>Costo: Gratuito</p><p>Día de inicio: Martes, Septiembre 29, 2020</p><p>Horario: 6:00 p.m.</p><p>Lugar: Facebook Live Secretaría de Cultura, Recreación</p><p>y Deporte</p><p>Disponível em: www.bogota.gov.co. Acesso em: 29 set. 2020.</p><p>O texto, divulgado em uma rede social, tem como objetivo</p><p>A apresentar a obra de escritores amigos de Gabriel</p><p>García Márquez.</p><p>B comercializar roteiros de viagem para as cidades onde</p><p>García Márquez viveu.</p><p>C convidar pessoas para um evento on-line sobre a vida e</p><p>a obra de García Márquez.</p><p>D convocar leitores para divulgar a obra do escritor</p><p>colombiano nas redes sociais.</p><p>E divulgar o evento que ocorrerá na Secretaria de Cultura,</p><p>Recreação e Esporte de Bogotá.</p><p>4</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 02</p><p>Van Gogh y la búsqueda del color a la orilla del Sena</p><p>Entre mayo y julio de 1887, Vincent van Gogh ejecutó</p><p>cerca de 40 cuadros durante su estancia en París […].</p><p>Cada mañana, salía del apartamento, […] caminaba unos</p><p>cinco kilómetros con su lienzo, caballete y tubos de óleo</p><p>a cuestas, y recalaba en Asnières, un suburbio situado</p><p>al noroeste de la capital francesa […]. A finales del siglo</p><p>XIX era un lugar de contrastes: con zonas verdes y de</p><p>baño, restaurantes y terrazas a un lado del Sena, y en</p><p>plena ebullición industrial al otro. Allí fue donde el pintor se</p><p>sacudió los tonos oscuros de su etapa anterior y empezó a</p><p>experimentar con brochazos luminosos.</p><p>Disponível em: www.elpais.com. Acesso em: 18 nov. 2023.</p><p>Na reportagem, a expressão “se sacudió” indica que a</p><p>estadia de Van Gogh em Paris fez com que o pintor</p><p>A deixasse de retratar temas tristes.</p><p>B experimentasse texturas diferentes.</p><p>C atenuasse os tons escuros que usava.</p><p>D renegasse o estilo de sua fase anterior.</p><p>E carregasse mais suas obras de tons escuros.</p><p>QUESTãO 03</p><p>Condición de mujer</p><p>Soy la advenediza</p><p>la que llegó al banquete</p><p>cuando los invitados comían los postres</p><p>Se preguntaron</p><p>quién osaba interrumpirlos</p><p>de dónde era</p><p>cómo me atrevía a emplear su lengua</p><p>[...]</p><p>“Vengo de un pasado ignoto – dije –</p><p>de un futuro lejano todavía</p><p>Pero en mis profecías hay verdad</p><p>Elocuencia en mis palabras</p><p>¿Iba a ser la elocuencia</p><p>atributo de los hombres?</p><p>Hablo la lengua de los conquistadores,</p><p>es verdad,</p><p>aunque digo lo opuesto de lo que ellos dicen.”</p><p>ROSSI, C. P. Cuaderno de Poesía Crítica no 130:</p><p>Cristina Peri Rossi. Barcelona: Omegalfa, 2019, p. 9.</p><p>No texto, a voz poética se apresenta como uma</p><p>“advenediza”, termo que é utilizado para</p><p>A criticar o tom eloquente da poesia contemporânea.</p><p>B reconhecer vínculos entre as tradições contraditórias.</p><p>C discutir a posição da língua espanhola como dominante.</p><p>D encontrar no presente a legitimidade da posição</p><p>defendida.</p><p>E reafirmar a validade de um discurso alheio ao</p><p>convencional.</p><p>QUESTãO 04</p><p>A Emilio Renzi le interesaba la lingüística pero se</p><p>ganaba la vida haciendo bibliográficas en el diario El Mundo:</p><p>haber pasado cinco años en la facultad especializándose</p><p>en la fonología de Trubetzkoi y terminar escribiendo</p><p>reseñas de media página sobre el desolado panorama</p><p>literario nacional era sin duda la causa de su melancolía,</p><p>de ese aspecto concentrado y un poco metafísico que lo</p><p>acercaba a los personajes de Roberto Arlt. El tipo que</p><p>hacía policiales estaba enfermo la tarde en que la noticia</p><p>del asesinato de Larry llegó al diario. El viejo Luna decidió</p><p>mandar a Renzi a cubrir la información porque pensó que</p><p>obligarlo a mezclarse en esa historia [...] le iba a hacer bien.</p><p>PIGLIA, R. Nombre falso. Buenos Aires: Seix Barral, 1994, p. 67.</p><p>No texto, a expressão “El tipo que hacía policiales” se</p><p>refere ao(à)</p><p>A autor de literatura policial mencionado.</p><p>B divisão temática dos cadernos do jornal.</p><p>C proximidade entre Renzi e os agentes policiais.</p><p>D sensação de frustração do personagem descrito.</p><p>E especialidade dos profissionais da redação do jornal.</p><p>QUESTãO 05</p><p>Otro nombre</p><p>Se llamaba Ana María pero una de mis tías, hermana</p><p>de mi padre, le puso de sobrenombre Annie May, acaso</p><p>porque el nombre original le parecía demasiado argentino.</p><p>El nombre quedó, reemplazó incluso al nombre de pila,</p><p>pero se argentinizó en el acto. Tanto mi madre como mi</p><p>tía, monolingües, lo pronunciaban (e incluso lo escribían)</p><p>Animé. Solo la llamaban Ana María cuando le hablaban muy</p><p>en serio o la retaban. Aclaro que en esa época no existían</p><p>los dibujos animados japoneses con el mismo nombre. No</p><p>sé si a mi hermana le hubiera gustado tanto tener nombre</p><p>de cartoon.</p><p>MOLLOY, S. Vivir entre lenguas. Buenos Aires: Eterna Cadencia, 2016.</p><p>Ao narrar a tentativa da parte inglesa de sua família de</p><p>adaptar o nome de sua irmã à língua inglesa, a escritora</p><p>argentina Sylvia Molloy indica que essa iniciativa</p><p>A ofendeu a parte argentina da família.</p><p>B gerou desavenças entre a irmã e os pais.</p><p>C transformou sua irmã em alvo de piadas.</p><p>D aproximou sua irmã de culturas orientais.</p><p>E sofreu mudanças pelo contato com o espanhol.</p><p>5</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 06 a 45</p><p>QUESTãO 06</p><p>Animais abandonados participam</p><p>de evento para adoção</p><p>No próximo sábado (19/10/2019) mais de 100 animais</p><p>abandonados irão esperar por uma família durante mais</p><p>uma edição do evento Adota SP, uma iniciativa da Prefeitura</p><p>de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Saúde e</p><p>Proteção ao Animal Doméstico</p><p>(COSAP). A proposta é</p><p>sensibilizar as pessoas sobre a importância da adoção sem</p><p>preconceito. O evento acontece das 10h às 17h, na sede da</p><p>COSAP, localizada à rua Santa Eulália no 86, em Santana,</p><p>Zona Norte de São Paulo. [...] Prefira sempre adotar a</p><p>comprar um animal. Quando você adota, você ajuda a tirar</p><p>um animal das ruas ou abrigos, além de dar uma chance</p><p>de recomeço ao animal escolhido. A adoção contribui para</p><p>que animais que aguardam por uma família consigam um</p><p>lar, diminuindo também os animais que vagam pelas ruas,</p><p>sem segurança. Além disso, há filas de espera na capital</p><p>para remoção de animais em vias públicas ou remoção por</p><p>determinação judicial (casos de acumuladores, maus-tratos</p><p>etc.); e novas entradas só são possíveis à medida que os</p><p>animais alojados sejam adotados.</p><p>Disponível em: www.prefeitura.sp.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2023 (adaptado).</p><p>Além de informar dados importantes para a divulgação do</p><p>evento Adota SP, o texto tem como objetivo</p><p>A criticar as filas de espera para adoção de animais.</p><p>B explicar os procedimentos para a adoção durante o</p><p>evento.</p><p>C evidenciar os riscos da compra de animais, discutindo</p><p>seu impacto.</p><p>D mostrar a importância e o impacto da adoção de</p><p>animais, promovendo a iniciativa.</p><p>E apresentar os trâmites judiciais envolvidos nas filas de</p><p>espera para a adoção de animais.</p><p>QUESTãO 07</p><p>Capítulo CXXIII</p><p>Olhos de ressaca</p><p>Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida.</p><p>Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele</p><p>lance consternou a todos. Muitos homens choravam</p><p>também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a</p><p>viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra,</p><p>queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela,</p><p>Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa,</p><p>tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem</p><p>algumas lágrimas poucas e caladas...</p><p>As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu</p><p>enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que</p><p>estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e</p><p>quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também.</p><p>Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o</p><p>defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras</p><p>desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora</p><p>como se quisesse tragar também o nadador da manhã.</p><p>ASSIS, M. Dom Casmurro. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.</p><p>No fragmento, de Machado de Assis, a especificidade do</p><p>foco narrativo sugere que os gestos da esposa do narrador,</p><p>Capitu, são interpretados com base em</p><p>A análises psicológicas isentas.</p><p>B hesitações ignoradas pelo esposo.</p><p>C repetições de movimentos gratuitos.</p><p>D comparações entre mulheres semelhantes.</p><p>E percepções subjetivas do marido sobre a companheira.</p><p>6</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 08</p><p>TEXTO I</p><p>Disponível em: www.design-museum.de. Acesso em: 5 jun. 2019.</p><p>TEXTO II</p><p>Disponível em: commons.wikimedia.org. Acesso em: 8 maio 2019.</p><p>Ao observar a produção de mobiliários e objetos utilitários</p><p>elaborados pela Bauhaus, é possível identificar como</p><p>principal objetivo da escola</p><p>A a utilização de materiais como aço, vidro e madeira,</p><p>por serem na época considerados dotados de valor,</p><p>conferindo exclusividade às peças.</p><p>B integrar forma e função, tendo desenvolvido uma</p><p>produção de objetos que atendessem às necessidades</p><p>práticas do cotidiano da sociedade.</p><p>C a simplificação das formas em linhas geométricas,</p><p>tendo buscado criar objetos decorativos mesmo que,</p><p>com isso, fosse preciso abrir mão da funcionalidade.</p><p>D integrar arte e artesanato, tendo com isso investido</p><p>na produção de objetos utilitários manufaturados,</p><p>marcando uma oposição ao crescimento das indústrias.</p><p>E a preocupação estética, tendo desenvolvido uma</p><p>produção focada apenas na criação de objetos que</p><p>seguissem as tendências propostas pelas vanguardas</p><p>artísticas.</p><p>QUESTãO 09</p><p>Há alguns anos, a capoeira era desqualificada</p><p>como prática social e reduzida a uma pequena parcela</p><p>marginalizada da população. Sua prática proibida, seus</p><p>praticantes vistos como pessoas “sem valores” e seus</p><p>gestos concebidos como violentos. Nesse contexto, a</p><p>presença da capoeira na escola era algo inadmissível. Na</p><p>arena de lutas pela imposição de sentidos, a capoeira foi</p><p>mantida por muito tempo à margem da sociedade. Porém,</p><p>situar-se à margem é estar permanentemente na fronteira</p><p>[...]. Ou seja, embora socialmente periférica, a cultura da</p><p>fronteira, neste caso a capoeira, torna-se simbolicamente</p><p>central. Hoje, a capoeira é símbolo da identidade nacional</p><p>e sua prática penetrou em ambientes como a escola,</p><p>clubes, academias da elite etc. Isto não ocorreu por acaso,</p><p>e sim por meio de lutas pela significação. Como forma de</p><p>manifestação cultural, a capoeira ganhou mais do que um</p><p>espaço de atuação, ela propiciou uma ação política da</p><p>cultura negra.</p><p>NEIRA, M. G.; NUNES, M. L. F. Linguagem e cultura: subsídios para uma</p><p>reflexão sobre a educação do corpo. Caligrama, v. 3, n. 3, 2007 (adaptado).</p><p>O texto define a capoeira como uma “cultura da fronteira”,</p><p>o que permitiu que ela</p><p>A passasse a ser uma prática bem-vista na sociedade.</p><p>B fosse nacionalizada e identificada com a cultura do país.</p><p>C ganhasse um significado diferente entre as classes</p><p>sociais.</p><p>D recebesse autorização para ser praticada em diferentes</p><p>instituições.</p><p>E fosse um espaço de luta por significado por parte do</p><p>movimento negro.</p><p>QUESTãO 10</p><p>Estilo então – Então o vigia de uma construção em</p><p>Ipanema, não tendo sono, saiu então para o passeio de</p><p>madrugada. Encontrou então o cadáver de um homem.</p><p>Resolveu então procurar um guarda. Então o guarda veio e</p><p>tomou então as providências necessárias. Aí então resolvi</p><p>te contar isso. [...]</p><p>Estilo preciosista – No crepúsculo matutino de hoje,</p><p>quando fulgia solitária e longínqua a Estrela d’Alva, o atalaia</p><p>de uma construção civil, que perambulava insone pela orla</p><p>sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com</p><p>a atra e lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já</p><p>eternamente sem o hausto que vivifica.</p><p>CAMPOS, P. M. Os diferentes estilos. In:</p><p>Para gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 1979.</p><p>A crônica representa falantes que, ao relatar o mesmo fato,</p><p>empregam variedade linguística</p><p>A isenta de prestígio social.</p><p>B livre de vícios de linguagem.</p><p>C caracterizada por marcas regionais.</p><p>D representativa da modalidade falada.</p><p>E destoante quanto ao nível de formalidade.</p><p>7</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 11</p><p>Por Causa De Você, Menina</p><p>Por causa de você bate em meu peito</p><p>Baixinho, quase calado</p><p>Coração apaixonado por você</p><p>Menina,</p><p>Menina, que não sabe quem eu sou</p><p>Menina, que não conhece o meu amor</p><p>Pois você passa e não me olha</p><p>Mas eu olho pra você</p><p>Você não me diz nada</p><p>Mas eu digo pra você</p><p>Você por mim não chora</p><p>Mas eu choro por você...</p><p>BEN JOR, J. Disponível em: www.letras.mus.br. Acesso em: 26 fev. 2023.</p><p>A canção, dirigida a uma menina, alvo da paixão do eu</p><p>lírico, utiliza recursos argumentativos para aproximar-se</p><p>dela por meio da</p><p>A comoção, contrastando seu interesse ao desprezo dela.</p><p>B comicidade, parodiando seu sentimento para a amada.</p><p>C intimidação, expondo seu descontentamento com o</p><p>desprezo sofrido.</p><p>D sedução, oferecendo vantagens atreladas à</p><p>correspondência do sentimento.</p><p>E razão, apelando para a exposição dos motivos que</p><p>justificam seu sentimento.</p><p>QUESTãO 12</p><p>Vamos falar sobre obesidade infantil e bullying?</p><p>[...] uma importante correlação é o aumento da</p><p>obesidade em decorrência do consumo elevado de</p><p>alimentos ultraprocessados e da redução de práticas de</p><p>atividade física. Mas a preocupação não para por aí: a</p><p>obesidade ainda é fator de risco para diversas doenças,</p><p>como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e</p><p>câncer.</p><p>Além de consequências para a saúde, uma criança com</p><p>obesidade ainda pode sofrer com as práticas de bullying.</p><p>Esse comportamento é muito presente especialmente na</p><p>infância, principalmente quando relacionado a alguma</p><p>característica física, sendo muito pior no caso das crianças</p><p>obesas.</p><p>[...]</p><p>As consequências disso podem ser muito sérias durante</p><p>a infância e também na fase adulta. [...] estudos já atestam</p><p>que crianças vítimas de bullying apresentam maior risco</p><p>de desenvolver problemas de saúde na vida adulta, como</p><p>algum tipo de transtorno psiquiátrico, compulsão alimentar,</p><p>vício do cigarro/álcool e diagnóstico de doenças graves,</p><p>além dos efeitos nas relações sociais e profissionais.</p><p>Disponível em: www.saudebrasil.saude.gov.br. Acesso em: 9 dez. 2020.</p><p>A partir do texto, é possível inferir que</p><p>A o sedentarismo é o motivo principal de as crianças</p><p>sofrerem bullying.</p><p>B a hipertensão, a diabetes, as doenças cardiovasculares</p><p>e o câncer podem causar obesidade.</p><p>C crianças que sofreram bullying apresentam maior</p><p>chance de ser obesas na fase adulta.</p><p>D uma boa alimentação associada à prática de atividades</p><p>físicas pode melhorar a saúde mental.</p><p>E transtornos psiquiátricos podem aumentar a prevalência</p><p>de bullying e de obesidade em crianças.</p><p>QUESTãO 13</p><p>O big data e os algoritmos inteligentes que os</p><p>acompanham têm impacto imediato nos locais de trabalho e</p><p>nas carreiras das pessoas à medida que os empregadores,</p><p>particularmente as grandes corporações, cada vez mais</p><p>monitoram inúmeros indicadores e estatísticas relacionados</p><p>com o trabalho e as interações sociais de seus funcionários.</p><p>As empresas estão se apoiando na chamada analítica das</p><p>pessoas como uma maneira de contratar, demitir, avaliar</p><p>e promover seus funcionários. A quantidade de dados que</p><p>estão sendo coletados a respeito das pessoas e do trabalho</p><p>a quem se dedicam é desconcertante. Algumas empresas</p><p>captam todos os toques de tecla de cada funcionário.</p><p>E-mails, registros telefônicos, buscas na web, consultas</p><p>ao banco de dados e acessos a arquivos, entrada e saída</p><p>das instalações e um número incontável de outros tipos de</p><p>informações também podem ser coletados – com ou sem o</p><p>conhecimento dos funcionários.</p><p>FORD, M. Os robôs e o futuro do emprego. Tradução de</p><p>Claudia Gerpe Duarte. RJ: Editora Best Business, 2019.</p><p>Segundo o texto, conceitos como o big data e algoritmos</p><p>inteligentes impactam diretamente a vida das pessoas,</p><p>especificamente os empregados, uma vez que</p><p>A as ferramentas visam otimizar processos internos das</p><p>empresas, afetando de forma indireta a rotina dos</p><p>funcionários.</p><p>B as informações coletadas são mantidas em sigilo,</p><p>inutilizadas para tomadas de decisões relacionadas aos</p><p>empregados.</p><p>C o uso dessas tecnologias é restrito às chamadas</p><p>grandes corporações, afetando significativamente a</p><p>maioria dos trabalhadores.</p><p>D a sua capacidade de monitorar indicadores e estatísticas</p><p>relacionados ao trabalho e interações sociais dos</p><p>funcionários é limitada.</p><p>E as empresas se valem da análise das pessoas</p><p>para contratação, demissão, avaliação e promoção,</p><p>baseadas em dados coletados.</p><p>8</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 14</p><p>Em todas as estruturas verbais literárias, a direção</p><p>final do sentido é interna. Na literatura, os parâmetros de</p><p>sentido exterior são secundários, pois as obras literárias</p><p>não fingem descrever ou afirmar, e, portanto, não são</p><p>verdadeiras, nem falsas [...]. O sentido literário pode ser</p><p>mais bem descrito, talvez, como hipotético, e uma relação</p><p>hipotética ou pressuposta para com o mundo externo é</p><p>parte do que geralmente se quer dizer com “imaginativo”</p><p>[...]. Na literatura, questões de fato ou verdade estão</p><p>subordinadas ao objetivo literário fundamental de produzir</p><p>uma estrutura de palavras válida por si só.</p><p>FRYE, N. Anatomia da crítica. São Paulo: É Realizações, 2014.</p><p>Segundo o texto, o emprego da linguagem no fazer literário</p><p>está a serviço da</p><p>A condensação de proposições falsas e verdadeiras.</p><p>B problematização da possibilidade do conhecimento.</p><p>C criação de construções verbais com sentido próprio.</p><p>D elaboração de hipóteses sobre problemas concretos.</p><p>E sistematização de informações socialmente conhecidas.</p><p>QUESTãO 15</p><p>O que é inteligência artificial</p><p>[...] O termo se refere à inteligência presente em</p><p>máquinas. O conceito, desenvolvido na década de 1950</p><p>como tema de pesquisa em diversas áreas – computação,</p><p>linguística, filosofia, matemática, neurociência, entre</p><p>outras –, remete à capacidade de raciocínio por máquinas,</p><p>espelhado no funcionamento da mente humana. Dotadas</p><p>dessa “inteligência”, poderiam avaliar situações por conta</p><p>própria, resolver problemas imprevistos tão bem, ou ainda</p><p>melhor, do que um ser humano [...]</p><p>[...] hoje há quem tente projetar o futuro dominado por</p><p>inteligência artificial avançada décadas adiante. Entre os</p><p>atuais futurologistas estão o americano Ray Kurzweil [...] e</p><p>o filósofo Nick Bostrom [...].</p><p>Kurzweil, apesar de ser o autor da ideia de</p><p>“singularidade”, é um conhecido propagador. O termo se</p><p>refere à “singularidade tecnológica” para a qual o mundo</p><p>se encaminha caso o crescimento exponencial em</p><p>inteligência artificial se mantenha. Nesse cenário – que se</p><p>dará, segundo Kurzweil, em 2045 –, a inteligência artificial</p><p>presente nas máquinas se tornará infinitamente superior à</p><p>humana, transformando o mundo que conhecemos.</p><p>Já Nick Bostrom lança mão da ideia de</p><p>“superinteligência”, que se refere à capacidade de raciocínio</p><p>“infinitamente superior à humana”. Para ele, uma máquina</p><p>superinteligente seria “a última invenção que a humanidade</p><p>precisará fazer”, já que elas saberiam criar coisas novas</p><p>para resolver problemas de forma bem mais eficiente que</p><p>a nossa.</p><p>Segundo Bostrom, o medo sobre esses “agentes</p><p>superinteligentes” se resume ao fato de que os humanos</p><p>não estariam mais no controle da situação. A solução,</p><p>para ele, seria ajustá-los para que compartilhem dos</p><p>mesmos valores que os humanos. “O risco é de alguém</p><p>descobrir como vencer o primeiro desafio [de criar uma IA</p><p>superinteligente] sem que também tenha vencido o desafio</p><p>adicional de garantir uma segurança perfeita”, diz. [...]</p><p>RONCOLATO, M. Disponível em: www.nexojornal.com.br. Acesso em: 25 fev. 2019.</p><p>De acordo com as opiniões presentes no texto, a relação</p><p>harmoniosa entre a sociedade e as máquinas com</p><p>inteligência artificial estará assegurada no futuro se a</p><p>tecnologia utilizada na criação desses mecanismos</p><p>A atingir o contexto da “singularidade tecnológica”.</p><p>B deixar a humanidade exercer domínio sobre as</p><p>máquinas.</p><p>C equiparar a inteligência artificial com a inteligência</p><p>humana.</p><p>D proporcionar a partilha das normas morais humanas</p><p>com as máquinas.</p><p>E garantir que as máquinas não substituam os humanos</p><p>em suas profissões.</p><p>QUESTãO 16</p><p>Naquele momento, nas dezenas de universidades</p><p>públicas brasileiras, como todos naquela sala sabiam,</p><p>alunos se agrediam, verbal e fisicamente, por causa das</p><p>cotas pra estudantes pretos, pardos e indígenas, uma onda</p><p>de provocações e ataques que iniciou na mesma semana</p><p>em que o novo governo assumiu prometendo implementar</p><p>uma nova ordem, uma dinâmica de governabilidade que</p><p>interrompesse a queda livre da economia do país, onda</p><p>coincidente também com a aceitação da implementação das</p><p>cotas étnicas por universidades públicas de excelência que</p><p>havia anos se recusavam a implementá-las, uma onda que,</p><p>naquele ano de dois mil e dezesseis, acabou ganhando um</p><p>tom de acirramento de ânimos sem precedentes. Da parte</p><p>dos negros, primeiro foram alguns alunos pretos contra</p><p>alunos pardos que, nos critérios daqueles alunos pretos,</p><p>não eram suficientemente pardos, eram pardos de araque,</p><p>como vinham sendo tachados pelos alunos pretos e pardos</p><p>escuros que se organizaram em núcleos de militância</p><p>negra e passaram a circular em patrulhas de averiguação</p><p>fenotípica pelos campi de várias universidades, [...] pardos</p><p>que não tinham, segundo os integrantes das patrulhas, a</p><p>dimensão do que é viver mergulhado até o último fio de</p><p>cabelo na geografia inóspita da hierarquia racial no Brasil.</p><p>SCOTT, P. Marrom e amarelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.</p><p>O fragmento do romance de Paulo Scott, publicado em</p><p>2019, retrata o Brasil como um país</p><p>A livre de antigos problemas raciais.</p><p>B assolado pela corrupção</p><p>sistêmica.</p><p>C carente de políticas públicas eficientes.</p><p>D conhecido por seu mau funcionalismo público.</p><p>E marcado pelo embate de distintas teses raciais.</p><p>9</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 17</p><p>Se antes alguém lhe dissesse que era terrível esperar</p><p>homens na tocaia para matá-los, ele não acreditaria, pois</p><p>seu coração era inocente e livre de toda a maldade. [...]</p><p>Sua profissão era matar, Damião nem sabe mesmo</p><p>como começou. O coronel manda, ele mata. Não sabe</p><p>quantos já matou, Damião não sabe contar além de cinco,</p><p>e ainda assim pelos dedos. Tampouco lhe interessa saber.</p><p>Não tem ódio de ninguém, nunca fez mal a pessoa alguma.</p><p>Pelo menos assim pensou até hoje. Por que hoje tem o</p><p>coração pesado como se estivesse doente? É delicado</p><p>na sua rudeza, se há um trabalhador enfermo na fazenda,</p><p>logo aparece Damião para fazer companhia, para ensinar</p><p>remédios de ervas, para chamar Jeremias, o feiticeiro. Por</p><p>vezes os caixeiros-viajantes que param na casa-grande</p><p>obrigam-no a contar algumas das mortes que ele praticou.</p><p>Damião narra com voz calma, inocente de todo o mal.</p><p>Para ele uma ordem de Sinhô Badaró é indiscutível. Se</p><p>ele manda matar há que matar. Da mesma maneira que</p><p>quando ele manda selar a sua mula preta para uma viagem</p><p>há que selar a mula preta rapidamente. E demais, não há o</p><p>perigo da cadeia porque cabra de Sinhô Badaró nunca foi</p><p>preso. Sinhô sabe garantir os seus homens, trabalhar para</p><p>ele é um prazer.</p><p>AMADO, J. Terras do sem fim. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.</p><p>A obra Terras do sem fim, de 1943, apresenta-se como</p><p>parte de uma abordagem recorrente na literatura brasileira</p><p>da primeira metade do século XX. Essa abordagem</p><p>A regionalista percebe-se na temática ufanista, típica</p><p>da primeira fase, que se constitui como valorização</p><p>da língua pelo uso de termos como “tocaia”, “cabra” e</p><p>“Sinhô”.</p><p>B nacionalista concretiza-se pelo uso de personagens</p><p>históricos populares, como o coronel, o feiticeiro e os</p><p>caixeiros-viajantes, recorrentes no imaginário brasileiro.</p><p>C intimista confirma-se no dualismo entre a maldade</p><p>e a bondade intrínsecas a Damião, expressa por</p><p>uma narração em primeira pessoa, que permite o</p><p>acompanhamento da construção do personagem.</p><p>D crítica demonstra-se na alienação de Damião em</p><p>virtude de um regime coronelista, que utiliza a rudeza e</p><p>o desconhecimento dos trabalhadores como formas de</p><p>controle, apoiando-se na impunidade que se revela ao</p><p>fim do trecho.</p><p>E irônica vislumbra-se pelo uso de construções como</p><p>“seu coração era inocente e livre de toda maldade” e</p><p>“sua profissão era matar” para referir-se ao mesmo</p><p>personagem, demonstrando a contradição entre o que</p><p>se narra e a realidade.</p><p>QUESTãO 18</p><p>TEXTO I</p><p>A exposição de 1905, que inaugurou o Fovismo em</p><p>Paris, foi um desses momentos cruciais na história, que</p><p>mudou para sempre nossa maneira de ver a arte. [...]</p><p>A reação do público foi hostil. O grupo ganhou esse nome</p><p>de um crítico, que os chamou de “feras” (fauves). Outros</p><p>qualificaram o estilo de “loucura rematada”, “universo</p><p>de feiúra”, “tentativas brutas e primitivas de criança</p><p>brincando com tintas”. Um visitante da exposição relata</p><p>que os espectadores “tinham acessos de riso... correndo</p><p>histericamente de galeria em galeria”.</p><p>STRICKLAND, C. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno.</p><p>Tradução de Angela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 130.</p><p>TEXTO II</p><p>VLAMINCK, M. de. Casas em Chatou. 1905. Óleo sobre tela. Disponível em:</p><p>www.flickr.com/photos/kenlund/42514876195. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>O principal aspecto dos quadros fauvistas, como o de</p><p>Maurice de Vlaminck, que causou repulsa no público e na</p><p>crítica é o(a)</p><p>A teor cômico das cenas.</p><p>B alusão a temas infantis.</p><p>C uso incomum das cores.</p><p>D reprodução da paisagem.</p><p>E imprecisão dos contornos.</p><p>10</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 19</p><p>No que diz respeito às palavras da variedade cearense</p><p>do português brasileiro, o professor Josenir Alcântara de</p><p>Oliveira, da Universidade Federal do Ceará (UFC), em</p><p>entrevista para o site Dicas Jornalismo Lab, informa que a</p><p>origem das palavras de nosso cearensês tem três principais</p><p>fontes:</p><p>1. as línguas indígenas, como o tupi especialmente,</p><p>derivadas dos povos originários da região, chamadas</p><p>de substrato linguístico pela filologia;</p><p>2. as palavras portuguesas, advindas dos colonizadores</p><p>portugueses, que em filologia se considera como</p><p>superestrato; e</p><p>3. o contato com as línguas estrangeiras, como francês,</p><p>inglês e espanhol, cuja influência é vista até os dias</p><p>atuais.</p><p>SAMPAIO, T. O. M. O Cearensês no Universo Multilinguístico do Português:</p><p>Cine Holliúdy. Disponível em: www.blogs.unicamp.br. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>O chamado cearensês é um dialeto brasileiro que</p><p>A apresenta raízes diferentes das demais variedades</p><p>nordestinas.</p><p>B exibe a multiculturalidade da formação do patrimônio</p><p>linguístico.</p><p>C valoriza as influências estrangeiras em detrimento das</p><p>nacionais.</p><p>D busca se distanciar das origens linguísticas de influência</p><p>africana.</p><p>E resiste às regras gramaticais impostas pela norma-</p><p>-padrão brasileira.</p><p>QUESTãO 20</p><p>Da arte rupestre no Sul às pirâmides ao longo do rio</p><p>Nilo, o homem tem deixado suas marcas no continente</p><p>africano há milênios. Entretanto, os efeitos das mudanças</p><p>climáticas – nas quais o papel das intervenções humanas</p><p>tem cada vez mais sido demonstrado – colocam estas</p><p>próprias marcas culturais em risco.</p><p>Em uma publicação científica recente, pesquisadores</p><p>do Reino Unido, Quênia e Estados Unidos afirmam que</p><p>é necessária uma “mobilização significativa” para salvar</p><p>patrimônios culturais de eventos climáticos extremos, como</p><p>o aumento do nível do mar e de tempestades.</p><p>E, nas últimas semanas, o alerta tem se materializado</p><p>em um exemplo: arqueólogos do Sudão estão se esforçando</p><p>para impedir que enchentes do Nilo cheguem às ruínas de</p><p>al-Bajrawiya, considerado um Patrimônio Mundial pelas</p><p>Nações Unidas.</p><p>UCHOA, P. Mudanças climáticas: 6 patrimônios da África sob ameaça.</p><p>Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 4 out. 2020.</p><p>O recurso linguístico que retoma uma informação e,</p><p>ao mesmo tempo, acrescenta a ela um novo sentido</p><p>apresenta-se por meio do trecho:</p><p>A “eventos climáticos”.</p><p>B “estas próprias marcas”.</p><p>C “nas últimas semanas”.</p><p>D “o alerta tem se materializado”.</p><p>E “os efeitos das mudanças climáticas”.</p><p>QUESTãO 21</p><p>Observa-se que a dor é cultuada pelo atleta a fim de</p><p>demonstrar que alcançou o seu “limite” de desempenho,</p><p>mas, ao mesmo tempo, há a tentativa de evitá-la para</p><p>não prejudicar o rendimento do corpo. Assim, para</p><p>muitos, concretiza-se a ideia de que é preciso respeitar</p><p>a dor atlética evitando anestesiá-la. Dessa forma, sendo</p><p>as dores corporais rotineiras no âmbito esportivo, é</p><p>importante compreender como o seu escopo simbólico se</p><p>projeta em outros âmbitos da sociedade contemporânea.</p><p>O desempenho atlético do esporte no que diz respeito à</p><p>gestão das dores corporais pode ser visto ressignificado</p><p>nos espaços da musculação em academias uma vez que</p><p>os pressupostos do treinamento esportivo, por vezes,</p><p>focam na exaustividade dos alunos. [...]</p><p>Os profissionais e os alunos ressignificavam os</p><p>desconfortos físicos durante a realização cotidiana de</p><p>exercícios físicos na musculação. Os diferentes sentidos</p><p>atribuídos por esses atores sociais transitavam entre duas</p><p>categorias: treinar ou malhar. A categoria nativa de malhar</p><p>era atrelada à ideia de se exercitar vigorosamente no sentido</p><p>de “espancar”, “surrar”, “dar pancadas” e “machucar” o</p><p>corpo. Treinar se alinhava à noção de “adestramento” no</p><p>sentido de tornar o corpo “apto”, “capaz” e “habilitado”</p><p>a partir de diretrizes técnico-científicas do treinamento</p><p>desportivo, evitando qualquer incidente negativo para o</p><p>organismo durante a realização de exercícios físicos.</p><p>SILVA, A. C.; FERREIRA, J. No pain, no gain? Sentidos e significados atribuídos</p><p>às dores e aos riscos entre malhar e treinar em academias de ginástica. Revista</p><p>Brasileira de Educação Física e Esporte, v.</p><p>35, n. 1, p. 1-13, 2021 (adaptado).</p><p>A dor na prática de exercícios físicos é construída</p><p>simbolicamente a partir</p><p>A da fundamentação científica de que a dor faz parte da</p><p>vida do esportista.</p><p>B de um ideal de corpo, que é o corpo atlético, e de que a</p><p>dor faz parte do exercício.</p><p>C do ideal do esporte de alto rendimento, sendo o objetivo</p><p>principal da prática de exercícios.</p><p>D da ideia de sofrimento, a exemplo do uso do verbo</p><p>“malhar” para se referir a realizar musculação.</p><p>E da ideia de treinamento, de base científica, que considera</p><p>a dor um aspecto inevitável da prática de exercícios.</p><p>11</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 22</p><p>A prática de atividades físicas no universo feminino</p><p>ganha grande proporção por meio da busca do corpo</p><p>delineado e controle do peso corporal, fenômeno observado,</p><p>sobretudo, em sociedades mais desenvolvidas. Em</p><p>comparação a qualquer outro período, as mulheres estão</p><p>gastando muito mais tempo com o tratamento e a disciplina</p><p>dos seus corpos, de modo que a prática de atividades</p><p>físicas no tempo de lazer torna-se um “investimento social”</p><p>ligado também às oportunidades de exibição do corpo em</p><p>público e não apenas à promoção da saúde.</p><p>SALLES-COSTA, R.; HEILBORN, M. L.; WERNECK, G. L.;</p><p>FAERSTEIN, E.; LOPES, C. S. Gênero e prática de atividade física</p><p>de lazer. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, p. S325-S333, 2003.</p><p>Segundo o texto, atualmente a relação das mulheres com a</p><p>prática de exercício físico é marcada pela busca por</p><p>A longevidade, visto que a educação de seus corpos</p><p>é considerada um investimento em longo prazo,</p><p>permitindo a manutenção de corpos jovens e saudáveis.</p><p>B saúde, visto que a educação de seus corpos se baseia</p><p>no controle de fatores associados à alta mortalidade em</p><p>sociedades com maior nível de desenvolvimento.</p><p>C diversificação das opções de lazer, visto que durante</p><p>muito tempo as mulheres eram impedidas ou</p><p>estigmatizadas por praticar atividades dissociadas das</p><p>atividades maternas.</p><p>D adequação social, visto que a manutenção de um corpo</p><p>socialmente aceitável é exigida primordialmente a</p><p>mulheres devido aos padrões estabelecidos sobretudo</p><p>por veículos de informação.</p><p>E capacidades físicas, visto que o desenvolvimento de</p><p>força, equilíbrio, agilidade e flexibilidade permitem a</p><p>realização com maior qualidade, facilidade e eficiência</p><p>de atividades da vida diária.</p><p>QUESTãO 23</p><p>Nunca tivemos acesso a uma quantidade tão grande</p><p>de informações como agora. Elas se espalham como água</p><p>nas redes sociais, e-mails, livros, jornais, revistas, sites,</p><p>podcasts, programas de rádio e de televisão.</p><p>O lado negativo dessa enxurrada de conteúdos é</p><p>objeto de pesquisa de estudiosos como o físico espanhol</p><p>Alfons Cornellá, que cunhou o neologismo “infoxicação”,</p><p>uma mistura de informação com intoxicação. O psicólogo</p><p>britânico David Lewis criou o termo “síndrome da fadiga</p><p>informativa”, para nomear as reações de ansiedade,</p><p>paralisação e dúvidas que surgem quando nos vemos diante</p><p>de tantos estímulos que não damos conta de processar.</p><p>Disponível em: www.uol.com.br. Acesso em: 4 out. 2022.</p><p>Uma estratégia para mitigar o problema descrito no texto é</p><p>A reduzir a quantidade de conteúdos consumidos por dia.</p><p>B instigar o consumo de informações e conteúdos de</p><p>modo indiscriminado.</p><p>C fomentar a busca contínua por informações e produção</p><p>de conteúdo on-line.</p><p>D recusar a busca de informações na internet para evitar</p><p>sofrer uma “infoxicação”.</p><p>E reprimir os sintomas físicos e psicológicos contínuos do</p><p>consumo das informações.</p><p>QUESTãO 24</p><p>Doze autores incríveis para você</p><p>conhecer no Dia Mundial do Livro</p><p>Comemorada em 23 de abril, data incentiva a</p><p>leitura e remete à data de morte dos escritores</p><p>Miguel de Cervantes e William Shakespeare</p><p>O dia 23 de abril é especial para os amantes da</p><p>literatura, pois é quando se comemora o Dia Mundial do</p><p>Livro. Criada em 1995 pela Unesco, a data tem o objetivo</p><p>de incentivar a leitura, além de remeter à data de morte</p><p>dos escritores Miguel de Cervantes e William Shakespeare.</p><p>No dia da conferência, a instituição relembrou que o livro</p><p>é, historicamente, a ferramenta mais poderosa e eficaz de</p><p>conhecimento.</p><p>“Toda iniciativa que promova sua divulgação redundará</p><p>oportunamente não só no enriquecimento cultural de quantos</p><p>tenham acesso a ele, mas no máximo desenvolvimento</p><p>das sensibilidades coletivas em relação aos acervos</p><p>culturais mundiais e à inspiração de comportamentos de</p><p>entendimento, tolerância e diálogo”, diz o documento.</p><p>Para comemorar o Dia Mundial do Livro, selecionamos</p><p>12 autores incríveis que você deveria conhecer. Além</p><p>de Shakespeare e Cervantes, nossa lista inclui autores</p><p>contemporâneos, como Chimamanda Ngozi Adichie,</p><p>Conceição Evaristo e Sérgio Rodrigues. Veja a seleção</p><p>completa e escolha sua próxima leitura!</p><p>MATTOS, G. Disponível em: www.blog.estantevirtual.com.br.</p><p>Acesso em: 25 abr. 2020.</p><p>Com base na análise da linguagem e dos recursos</p><p>linguísticos empregados no texto, pode-se dizer que, além</p><p>de divulgar a data comemorativa, ele tem como objetivo</p><p>principal</p><p>A mostrar a importância do papel da literatura.</p><p>B trazer dicas de grandes clássicos da literatura.</p><p>C debater o significado da data criada pela Unesco.</p><p>D encorajar a leitura de escritores modernos em lugar</p><p>dos clássicos.</p><p>E inspirar a leitura de livros de diferentes épocas e</p><p>contextos de produção.</p><p>12</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 25</p><p>Da lama à beira das calçadas, da água dos esgotos cresciam</p><p>pés de tomate</p><p>Nos beirais das casas sobre as telhas cresciam capins</p><p>mais verdes que a esperança</p><p>(ou o fogo</p><p>de teus olhos)</p><p>Era a vida a explodir por todas as fendas da cidade</p><p>sob</p><p>as sombras da guerra:</p><p>a gestapo a wehrmacht a raf a feb a blitzkrieg</p><p>catalinas torpedeamentos a quinta-coluna os fascistas os</p><p>nazistas os comunistas o repórter Esso a discussão na</p><p>quitanda a querosene o sabão de andiroba o mercado</p><p>negro o racionamento o blackout as montanhas de metais</p><p>velhos o italiano assassinado na Praça João Lisboa o</p><p>cheiro de pólvora os canhões alemães troando nas noites</p><p>de tempestade por cima da nossa casa. Stalingrado resiste.</p><p>FERREIRA GULLAR. Poema sujo (Na vertigem do dia). In: ______.</p><p>Toda poesia (1950-1999). Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.</p><p>No fragmento, para evidenciar a rememoração das</p><p>vivências de um período de guerra na infância do eu lírico,</p><p>a última estrofe do poema é construída por substantivos</p><p>encadeados. Esse tipo de construção, bem como a escolha</p><p>lexical, sugere o(a)</p><p>A codificação da informação.</p><p>B esperança perante o conflito.</p><p>C resistência dos sobreviventes.</p><p>D tumulto e a violência da época.</p><p>E exposição de eventos fictícios.</p><p>QUESTãO 26</p><p>O menino é filho único e tem oito anos. Logo nas</p><p>primeiras semanas da pandemia, ele elegeu dois bichos</p><p>de pelúcia para serem seus parceiros. Quando jogava</p><p>videogame, colocava um dos bonecos ao lado, com um</p><p>controle no colo, como se estivessem brincando juntos.</p><p>Os amigos seguiam com ele dividindo as atividades do dia.</p><p>O menino fantasiava outros meninos para enfrentar a falta</p><p>atroz de outras crianças. Uma mãe me conta, por tela, que</p><p>seu bebê nasceu na pandemia e logo completará um ano</p><p>sem nunca ter visto uma outra criança. Já começa a andar</p><p>e a balbuciar algumas tentativas de palavras sem jamais</p><p>ter encontrado ou tocado em outro bebê. Que tipo de efeito</p><p>isso terá sobre a sua vida? E se a pandemia durar mais um</p><p>ano?, ela pergunta, mas sem a esperança de uma resposta.</p><p>BRUM, E. Disponível em: www.brasil.elpais.com. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>Em textos de teor argumentativo, são mobilizados diferentes</p><p>recursos para garantir a fundamentação discursiva. Nesse</p><p>texto, a estratégia argumentativa empregada para comover</p><p>o leitor foi</p><p>A incluir a narração de acontecimentos.</p><p>B amparar a tese em opinião especializada.</p><p>C pautar o posicionamento no senso comum.</p><p>D instituir a relação de causa e consequência.</p><p>E dimensionar o problema em dados estatísticos.</p><p>QUESTãO 27</p><p>Eu ia começar com “Em tese, o cronista”, mas penso</p><p>melhor</p><p>e me dou conta de que deveria começar com “Na</p><p>prática, o cronista”, pois o cronista só existe na prática.</p><p>O Amor, o Perdão, a Saudade, Deus e outras maiúsculas</p><p>celestes nós deixamos para os poetas, alpinistas muito mais</p><p>hábeis que com dois ou três pontos de apoio chegam ao</p><p>cume de qualquer abstração. O cronista é um pedestre. O</p><p>que existe para o cronista é a gaveta de meias, a lancheira</p><p>do filho, o boteco da esquina. Verdade que às vezes, na</p><p>gaveta de meias, na lancheira do filho, no boteco da esquina,</p><p>o cronista até resvala no amor, trisca no perdão, se lambuza</p><p>na saudade, tropeça num deusinho ou outro (desses</p><p>deuses de antigamente, também pedestres, que se cansam</p><p>do Olimpo e vão dar umas bandas pela 25 de Março), mas</p><p>é de leve, é sem querer, pois na prática (e é assim que eu</p><p>devo começar) o cronista trata do pequeno, do detalhe, do</p><p>que está tão perto que a gente nem vê.</p><p>PRATA, A. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>Na crônica, o autor Antonio Prata defende que esse gênero</p><p>textual é essencialmente marcado pela</p><p>A falta de cuidado estilístico.</p><p>B incapacidade de abstração.</p><p>C ausência de sentimentalidade.</p><p>D abordagem cômica dos temas.</p><p>E preocupação com assuntos triviais.</p><p>13</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 28</p><p>Um acordo firmado entre governo e indústrias de</p><p>alimentos prevê reduzir em níveis de até 62,4% a quantidade</p><p>de açúcar em algumas categorias de alimentos, como</p><p>biscoitos, bolo, refrigerantes, achocolatados e iogurtes. [...]</p><p>A redução deve ser gradual até 2022. Somadas as</p><p>metas, o acordo prevê retirar 144 mil toneladas de açúcar</p><p>nesses alimentos.</p><p>Disponível em: www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 11 dez. 2018.</p><p>A característica predominante do gênero notícia é a</p><p>função referencial da linguagem. No trecho, essa função é</p><p>determinada pelos elementos</p><p>A subjetivos, que fazem referência ao mundo lúdico</p><p>infantil, consumidor principal dos produtos citados no</p><p>texto.</p><p>B persuasivos, por meio de dados reais sobre o consumo</p><p>de açúcar, a fim de convencer o leitor.</p><p>C impessoais, por meio da linguagem objetiva, que visa</p><p>informar um determinado fato.</p><p>D informativos, mediante linguagem conotativa, que tem</p><p>por intuito noticiar.</p><p>E metafóricos, a partir de palavras como “bolo” e</p><p>“achocolatado”.</p><p>QUESTãO 29</p><p>Quando Distinta de Sá contou a Fio Jasmim partes de</p><p>dores da vida dela, o homem se abismou. Ele nunca tinha</p><p>prestado muita atenção aos sofrimentos dos outros, nem</p><p>aos dele próprio [...]. Dores também não eram sentimentos</p><p>para homem. E sim das mulheres. Entretanto, parece</p><p>que elas mesmas sanavam as suas dores, com lágrimas.</p><p>Pérola Maria era assim. Quando desconfiava de alguma</p><p>paixão dele com as amigas da rua, chorava-chorava. Ele</p><p>enxugava as lágrimas dela com beijos e a dor parecia</p><p>passar. Assim, Fio Jasmim, homem trabalhador desde</p><p>muito jovem, namorador também, bom marido, cumpridor</p><p>dos deveres de pai, principalmente com os filhos nascidos</p><p>do casamento, sem vício algum, a não ser gostar muito</p><p>de mulher, como ele mesmo afirmava, seguia levando a</p><p>vida. Foi preciso que esse homem, que se julgava perfeito,</p><p>encontrasse com Eleonora Distinta de Sá, para que ele se</p><p>atentasse para as próprias dores e para as que existem no</p><p>mundo.</p><p>EVARISTO, C. Canção para ninar menino grande. 2. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2022.</p><p>No fragmento, o encontro travado entre um homem e uma</p><p>mulher é responsável por fazer o personagem masculino</p><p>A questionar seu papel na sociedade.</p><p>B resignar-se com seu próprio destino.</p><p>C resolver seus problemas sentimentais.</p><p>D abrir-se para a compreensão do outro.</p><p>E rever o alcance de seus gestos imorais.</p><p>QUESTãO 30</p><p>TEXTO I</p><p>A crise econômica da década de 1980 – a “década</p><p>perdida” – havia castigado a cidade, que detinha o maior</p><p>índice de desemprego do país, provocado por uma</p><p>retração agressiva da produção industrial. Mais da metade</p><p>de seus habitantes eram pobres, favelados e esfomeados.</p><p>[...] Nesse cenário aparentemente inóspito, um grupo de</p><p>artistas do gueto do Recife se uniu para criar o movimento</p><p>manguebeat, ou “batida do mangue”. O “mangue” era o que</p><p>ainda restava do organismo vivo da cidade, e o “beat” um</p><p>impulso elétrico de que ele necessitava para voltar à vida.</p><p>Para resgatar a cidade, seriam acionados os Chamagnathus</p><p>granulatus sapiens, os “caranguejos com cérebro”. Outrora</p><p>soterrados pela enérgica lama do mangue, esses seres se</p><p>reergueriam para revelar os surpreendentes frutos daquele</p><p>ambiente tão fétido e tão fértil.</p><p>BEZERRA, J.; REGINATO, L. Manguebeat: guitarras e alfaias da lama</p><p>do Recife para o mundo. São Paulo: Panda Books, 2017. p. 10-12.</p><p>TEXTO II</p><p>O sol nasce e ilumina as pedras evoluídas</p><p>Que cresceram com a força de pedreiros suicidas</p><p>Cavaleiros circulam vigiando as pessoas</p><p>Não importa se são ruins, nem importa se são boas</p><p>E a cidade se apresenta centro das ambições</p><p>Para mendigos ou ricos e outras armações</p><p>Coletivos, automóveis, motos e metrôs</p><p>Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs</p><p>A cidade não para, a cidade só cresce</p><p>O de cima sobe e o de baixo desce</p><p>CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI. A cidade. Rio de Janeiro: Sony Music, 1994.</p><p>O manguebeat foi um movimento cultural nascido no</p><p>Recife na década de 1990, encabeçado pelo artista Chico</p><p>Science. Considerando o contexto em que surgiu e o teor</p><p>da canção, o movimento revela a intenção de</p><p>A dar visibilidade ao estilo de vida precário da população</p><p>do mangue.</p><p>B refletir sobre as desigualdades sociais pungentes no</p><p>contexto urbano.</p><p>C protestar contra a urbanização intensa que assola o</p><p>ecossistema local.</p><p>D difundir o cenário musical recifense que estava legado</p><p>ao esquecimento.</p><p>E incentivar a cultura regional por meio da crítica à</p><p>influência cultural externa.</p><p>14</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 31</p><p>Disponível em: www.instagram.com/prefeituramunicipal.ibirite/. Acesso em: 23 nov. 2023.</p><p>A postagem, feita em uma rede social da prefeitura de um município brasileiro, tem a finalidade de levar as pessoas a</p><p>A sugerir melhorias para a cidade.</p><p>B acompanhar as ações da prefeitura.</p><p>C interagir com as postagens feitas na página.</p><p>D seguir a página oficial da prefeitura nessa rede social.</p><p>E reclamar sobre os serviços que não funcionam no município.</p><p>QUESTãO 32</p><p>É crescente o uso de aplicações para dispositivos móveis, como os smartphones, voltadas para a oferta de serviços</p><p>de saúde. As aplicações são utilizadas para apoiar diversas áreas da assistência à saúde, incluindo o diagnóstico,</p><p>monitoramento e tratamento de doenças crônicas. No entanto, em relação à população idosa, estudos de usabilidade</p><p>mostram que as aplicações ainda não foram adequadamente projetadas para esses usuários, principalmente devido à</p><p>existência de barreiras antigas ao uso de computador já amplamente reconhecidas.</p><p>MUCHALUAT-SAADE, D. C.; SEIXAS, F. L. Monitoramento remoto de idosos durante a pandemia. Disponível em: www.sbc.org.br. Acesso em: 1o out. 2020.</p><p>Segundo o texto, a usabilidade de algumas aplicações para dispositivos móveis na oferta de serviços de saúde apresenta</p><p>problemas, pois</p><p>A ignora a dificuldade do público idoso em lidar adequadamente com as novas tecnologias e plataformas digitais.</p><p>B impõe barreiras ao uso dos smartphones, gerando, por conseguinte, uma desvalorização crescente do dispositivo.</p><p>C relativiza a habilidade da população idosa por esta se mostrar tradicionalmente contra o uso de tecnologias digitais.</p><p>D desconsidera o crescimento do uso dessas aplicações em razão da deficiência do atendimento dos serviços de saúde.</p><p>E associa o crescimento da demanda por tal tipo de recurso ao fato de a população idosa não ter o devido reconhecimento.</p><p>15</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 33</p><p>Disponível em: www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/campanhas/2023/dia-mundial-</p><p>sem-tabaco/dia-mundial-sem-tabaco-2023. Acesso em: 20 nov. 2023.</p><p>A campanha propõe-se a combater um problema social ao</p><p>A alertar sobre os prejuízos do contato precoce com os</p><p>cigarros convencionais.</p><p>B criticar a venda</p><p>de cigarros em estabelecimentos</p><p>voltados para itens alimentícios.</p><p>C relacionar os problemas de saúde infantil à deficiência</p><p>nutricional dos hábitos alimentares.</p><p>D questionar as prioridades nacionais em relação à</p><p>concepção de itens essenciais à população.</p><p>E denunciar o perfil negligente dos brasileiros na</p><p>priorização dos vícios em detrimento da alimentação.</p><p>QUESTãO 34</p><p>TESTA-SECA: Chefe! Reze um padre-nosso pra nós três.</p><p>FEDERICO: Eu só rezo pra defunto. Interessa? Liás, cabra</p><p>safado não serve pra morrer, só serve pra apanhar. E</p><p>apanhar entre os bicos dos peitos e o caroço do imbigo,</p><p>que é pra não deixar marcas da surra. Ah!, nós três num</p><p>deserto: eu, você e um cacete de quixaba! Porque quixaba</p><p>é o chá melhor que existe no mundo para pancada. Assim,</p><p>pra ganhar tempo, a gente dá logo a pisa com quixaba,</p><p>porque está dando o castigo e o remédio. Mas já gastei</p><p>muita cera com você. Anunciação, até breve.</p><p>TESTA-SECA: Oxente! Que sujeito mais bruto. Chegou me</p><p>dar um frio na espinha, quando ele falou nessa história de</p><p>rezar.</p><p>LINS, O. Lisbela e o prisioneiro. São Paulo: Editora Planeta. 2016.</p><p>No texto de Osman Lins, os termos “pra”, “liás”, “caroço do</p><p>imbigo” são</p><p>A características do falar nordestino e regional.</p><p>B marcas do tom violento e autoritário da fala de Federico.</p><p>C marcas linguísticas que denotam a classe social das</p><p>personagens.</p><p>D traços linguísticos que revelam a proximidade existente</p><p>entre Testa-Seca e Federico.</p><p>E marcas que simulam uma fala oral rápida ao utilizar</p><p>palavras reduzidas em um texto escrito.</p><p>QUESTãO 35</p><p>A partir de então, o estilo que impera nas artes e na</p><p>arquitetura é o neoclássico, seguindo uma tendência</p><p>mundial, implantada, aqui, pela Missão, como estilo oficial</p><p>da Corte portuguesa, embora de filiação eminentemente</p><p>francesa. Esta vertente estilística recebeu, posteriormente,</p><p>críticas negativas. Os modernistas que criaram o Iphan,</p><p>por exemplo, e que estabeleceram fortes vínculos entre</p><p>o passado colonial e a modernidade, eram defensores de</p><p>que a inserção do neoclássico teria rompido o processo de</p><p>construção de uma arte brasileira “genuína”.</p><p>O museólogo e conservador do Museu Nacional de</p><p>Belas Artes, Pedro Martins Caldas Xexéo, ressalta que</p><p>“um argumento clássico contrário à influência dos artistas</p><p>franceses e seus imediatos seguidores brasileiros é que</p><p>o desenvolvimento natural da arte brasileira dentro dos</p><p>princípios formais do Barroco foi interrompido abruptamente</p><p>por uma proposta formal alienígena que impedia a</p><p>continuidade da trajetória natural de nossa arte”.</p><p>IPHAN. Missão Francesa completa 200 anos. 24 mar. 2016.</p><p>Disponível em: www.portal.iphan.gov.br. Acesso em: 20 nov. 2023.</p><p>De acordo com o texto, a Missão Artística Francesa, que</p><p>trouxe um grupo de artistas europeus ao Brasil em 1816,</p><p>representou o(a)</p><p>A progresso da produção artística brasileira.</p><p>B combinação de estilos de diferentes origens.</p><p>C recusa da estética francesa pelos colonizados.</p><p>D imposição do gosto europeu sobre a arte local.</p><p>E produto espontâneo da expansão global da arte.</p><p>16</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 36</p><p>Em cinco anos, mais de 17 mil recém-nascidos foram</p><p>diagnosticados com alguma das doenças detectáveis pelo</p><p>Teste do Pezinho, oferecido pelo SUS. Hipotireoidismo</p><p>congênito e a doença falciforme respondem por 77% dos</p><p>casos.</p><p>Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 7 jun. 2019.</p><p>Analisando a peça publicitária e o fragmento do texto,</p><p>compreende-se que a campanha é dirigida aos pais para</p><p>atentá-los sobre</p><p>A a importância de manter o acesso do recém-nascido ao</p><p>SUS.</p><p>B o número alarmante de bebês com diagnósticos de</p><p>doenças.</p><p>C a relevância do diagnóstico de doenças com poucos</p><p>dias de nascido.</p><p>D a quantidade de doenças que a não aplicação do teste</p><p>pode causar.</p><p>E o alto número de ocorrências da doença falciforme em</p><p>recém-nascidos no Brasil.</p><p>QUESTãO 37</p><p>Livro resgata Carolina Maria de Jesus,</p><p>tantas vezes condenada ao esquecimento</p><p>“Vamos contar nossa história”, canta o rapper Djonga</p><p>em um dos versos de “O Mundo É Nosso”, alertando sobre</p><p>a importância de os povos se narrarem, dos perigos de</p><p>ter sua história contada por outros ou até mesmo do risco</p><p>dessas caírem no esquecimento. Tom Farias, jornalista,</p><p>romancista e biógrafo, há tempos vem demonstrando essa</p><p>preocupação [...]. Em “Carolina: Uma Biografia”, Farias</p><p>apresenta a trajetória da escritora mineira Carolina Maria de</p><p>Jesus, desde a sua infância em Sacramento até a sua morte</p><p>em São Paulo. No meio disso: a alfabetização e a paixão</p><p>pelas letras, [...] a esperança e a desilusão com a cidade</p><p>grande, muita luta, o lançamento de “Quarto de Despejo”</p><p>e mais. Farias traça tudo isso com uma sensibilidade</p><p>comovente, sobretudo em contraste com a maneira como</p><p>Carolina foi tratada pela mídia na época do estouro de</p><p>seu livro de estreia. O capítulo “A ‘poetiza prêta’” é um</p><p>dos pontos altos do livro [...] por apontar um documento</p><p>que prova que, ao contrário do que a mídia e boa parte do</p><p>meio literário acreditava, Carolina não produziu “Quarto de</p><p>Despejo” “num golpe de sorte”.</p><p>MARTINS, G. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 26 fev. 2024.</p><p>Uma característica da resenha, gênero textual do texto-</p><p>-base, que está presente no fragmento é a</p><p>A emissão de opiniões acerca da obra.</p><p>B desmistificação de crenças sobre a obra.</p><p>C informação de dados biográficos do autor.</p><p>D comparação da obra a outras menos famosas.</p><p>E visibilidade dada a autores pouco conhecidos.</p><p>17</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 38</p><p>Enquanto atividade pedagógica, a animação envolve</p><p>linguagem verbal e não verbal e sequência lógica,</p><p>possibilita diversas formas de interação e representação</p><p>do mundo real ou imaginário pelo aluno e está ligada</p><p>diretamente ao uso das novas tecnologias (Lucia, 2009).</p><p>[...] Assim, a animação ainda é uma forma de expressão</p><p>pouco explorada, mas que, por se tratar de uma atividade</p><p>que contribui para o desenvolvimento do aluno, na</p><p>medida em que lhe permite adquirir uma nova visão das</p><p>informações que o rodeiam, merece mais investimento por</p><p>parte dos educadores. A criação de animações desperta</p><p>nos alunos grande interesse e prazer, assim como estimula</p><p>a capacidade crítica em relação aos conteúdos das cenas</p><p>por eles elaboradas. O software Pivot permite a qualquer</p><p>pessoa realizar animações sem a necessidade de possuir</p><p>conhecimentos específicos nesta área, pois se baseia,</p><p>principalmente, na movimentação de “bonecos palitos ou</p><p>sticks” articulados. Criado por Peter Bone e inicialmente</p><p>chamado apenas de Pivot, por ser um software gratuito</p><p>e por possuir uma simplicidade funcional, seu uso em</p><p>educação é pertinente desde o 1o segmento do Ensino</p><p>Fundamental. O programa permite que pontos específicos</p><p>de um personagem ou objeto sejam manipulados para criar</p><p>uma sequência animada que pode ser enriquecida com</p><p>a inserção de cenários e outras figuras, possibilitando a</p><p>criação de uma grande variedade de narrativas.</p><p>Com o uso do software Pivot, diversas animações</p><p>podem ser feitas em pouco tempo. Desde o lançamento</p><p>do Pivot, em 2004, alguns recursos foram adicionados</p><p>para fornecer aos usuários mais opções de ferramentas</p><p>de animação e o programa ganhou várias versões. As</p><p>animações podem ser salvas como arquivo de imagem</p><p>animada ou de vídeo. Ambos podem ser compartilhados</p><p>on-line (Barbosa e Brum, 2014).</p><p>SOARES, J.F.P. Software Pivot: a linguagem da animação na aprendizagem. Revista</p><p>Tecnologias na Educação, ano 8, n. v. 15. Edição Temática: TICs na Escola.</p><p>Agosto/2016. Disponível em: www.tecedu.pro.br. Acesso em: 27 jun. 2019.</p><p>Apesar de ser uma linguagem artística muito conhecida</p><p>e apreciada, a animação ainda é pouco explorada como</p><p>ferramenta educativa. Nesse sentido, a autora destaca</p><p>como característica da animação a</p><p>A facilidade proporcionada pelo software Pivot, que não</p><p>exige conhecimentos técnicos de seus usuários.</p><p>B possibilidade de uso da linguagem verbal e não verbal</p><p>em uma sequência lógica, criando uma</p><p>narrativa.</p><p>C potencial contribuição para a formação que ela oferece</p><p>pelo interesse e prazer que desperta nos alunos.</p><p>D capacidade de representar o mundo real ou imaginário</p><p>pelo aluno, que é pouco explorada em sala de aula.</p><p>E acessibilidade, que envolve os alunos em atividades</p><p>interpretativas, contribuindo para sua formação crítica.</p><p>QUESTãO 39</p><p>A ilha é verde</p><p>esmeralda</p><p>Nos botes</p><p>os emigrantes sonham</p><p>calçar a relva tenra</p><p>com seus pés molhados</p><p>queimam de desejo</p><p>e anseiam por [...]</p><p>como queimou o campo</p><p>de refugiados de Moria</p><p>o mais insalubre da Europa</p><p>que chegou a abrigar mais de 12 mil imigrantes,</p><p>quatro vezes mais que sua capacidade declarada,</p><p>incluindo 4 mil crianças de adolescentes</p><p>— em março de 2019, uma menina morreu</p><p>em um contêiner queimado</p><p>em setembro, duas pessoas morreram</p><p>em um incêndio</p><p>— onde estão</p><p>após abandonar</p><p>a terra onde nasceram</p><p>ou após terem sido</p><p>abandonados por ela</p><p>tendo ela indo embora dizendo [...]</p><p>Nunca mais voltarei para ti, nunca mais</p><p>MARQUES, A. M. De uma a outra ilha. São Paulo: Círculo de Poemas, 2023.</p><p>O poema de Ana Martins Marques centra-se na situação de</p><p>refugiados que, antes de desembarcarem em seus novos</p><p>países, experimentam o(a)</p><p>A piedade por seu próprio povo.</p><p>B esperança de uma vida melhor.</p><p>C ressentimento de sua terra natal.</p><p>D contentamento com sua nova realidade.</p><p>E revolta pela situação a que foram submetidos.</p><p>18</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 2024 2024</p><p>QUESTãO 40</p><p>Conheça o novo golpe que frauda cartão</p><p>de crédito por aproximação</p><p>Um grupo de cibercriminosos brasileiros</p><p>especializados em vírus financeiros lançou um malware</p><p>(programa malicioso) capaz de bloquear pagamentos</p><p>por aproximação em pontos de venda. Com isso, eles</p><p>obrigam os consumidores a inserir o cartão de crédito na</p><p>máquina, possibilitando fraude [...]. Segundo a empresa</p><p>de cibersegurança, é a primeira vez no mundo que uma</p><p>gangue consegue dar um nó nesse formato de transação.</p><p>Os pagamentos por aproximação, efetuados apenas</p><p>encostando um cartão de crédito ou dispositivo eletrônico</p><p>(como celular ou relógio inteligente) na máquina, se</p><p>tornaram populares nos últimos anos e são tidos como mais</p><p>seguros. Neles, cada compra tem um identificador único,</p><p>ou seja, mesmo que as informações sejam capturadas por</p><p>criminosos, não têm utilidade [...]. Para o consumidor, ao</p><p>detectar um gasto indevido no cartão, a dica é procurar</p><p>o banco para impugnar a compra e fazer boletim de</p><p>ocorrência. Preventivamente, os clientes podem também</p><p>ficar atentos à mensagem de erro exibida pela máquina.</p><p>“Aí o que o usuário pode fazer é insistir no pagamento</p><p>por aproximação. Se não tiver nenhum jeito, melhor tentar</p><p>pagar de outra forma”, afirma Assolini.</p><p>Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 25 fev. de 2023.</p><p>Além de noticiar um novo crime cibernético, o texto objetiva</p><p>A divulgar modos de se proteger desse golpe.</p><p>B comparar detalhadamente tipos de pagamento.</p><p>C promover serviços prestados por bancos específicos.</p><p>D informar o leitor sobre diferentes tipos de vírus</p><p>financeiros.</p><p>E ensinar seu interlocutor a pagar adequadamente com</p><p>um cartão.</p><p>QUESTãO 41</p><p>TEXTO I</p><p>Discurso: o sermão sobre a montanha</p><p>3. Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino</p><p>dos Céus.</p><p>4. Felizes os mansos, porque herdarão a terra.</p><p>5. Felizes os aflitos, porque serão consolados.</p><p>6. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque</p><p>serão saciados.</p><p>[...]</p><p>BÍBLIA DE JERUSALÉM. Trad. Euclides Martins Balancin [et al.].</p><p>São Paulo: Paulus, 2012.</p><p>TEXTO II</p><p>Fragmentos de um evangelho apócrifo</p><p>3. Desventurado o pobre de espírito, porque sob a terra</p><p>será o que agora é na terra.</p><p>4. Desventurado aquele que chora, porque já tem o hábito</p><p>miserável do pranto.</p><p>5. Ditosos os que sabem que o sofrimento não é uma</p><p>coroa de glória.</p><p>6. Não basta ser o último para ser alguma vez o primeiro.</p><p>7. Feliz aquele que não insiste em ter razão, porque</p><p>ninguém a tem ou todos a têm.</p><p>8. Feliz aquele que perdoa aos outros e aquele que</p><p>perdoa a si mesmo.</p><p>9. Bem-aventurados os mansos, porque não</p><p>condescendem com a discórdia.</p><p>10. Bem-aventurados os que não têm fome de justiça,</p><p>porque sabem que nossa sorte, adversa ou piedosa, é</p><p>obra do acaso, que é inescrutável.</p><p>[...]</p><p>BORGES, J. L. Fragmentos de um evangelho apócrifo. Trad. Carlos Nejar e Alfredo</p><p>Jacques. In: ______. Jorge Luís Borges. Obras completas II. Vários tradutores.</p><p>São Paulo: Globo, 2000. p. 413-414. (Elogio da sombra, 1975).</p><p>Na comparação entre os textos, é possível identificar, na</p><p>composição literária proposta, um processo de</p><p>A epígrafe.</p><p>B pastiche.</p><p>C paródia.</p><p>D paráfrase.</p><p>E bricolagem.</p><p>19</p><p>simulado</p><p>LC - 1o dia | Simulado ENEM 20242024</p><p>QUESTãO 42</p><p>Mundo grande</p><p>Não, meu coração não é maior que o mundo.</p><p>É muito menor.</p><p>Nele não cabem nem as minhas dores.</p><p>Por isso gosto tanto de me contar.</p><p>Por isso me dispo,</p><p>por isso me grito,</p><p>por isso frequento os jornais, me exponho cruamente</p><p>[nas livrarias:</p><p>preciso de todos.</p><p>Sim, meu coração é muito pequeno.</p><p>Só agora vejo que nele não cabem os homens.</p><p>Os homens estão cá fora, estão na rua.</p><p>A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava</p><p>Mas também a rua não cabe todos os homens.</p><p>A rua é menor que o mundo.</p><p>O mundo é grande.</p><p>ANDRADE, C. D. Nova reunião – 23 livros de poesia. Rio de Janeiro: BestBolso, 2011.</p><p>Publicado quando a Segunda Guerra Mundial se</p><p>desenvolvia na Europa, o poema de Carlos Drummond de</p><p>Andrade se relaciona a esse contexto histórico na medida</p><p>em que o eu lírico</p><p>A descreve as consequências do período.</p><p>B expressa um sentimento de impotência.</p><p>C sente o peso de não expor suas emoções.</p><p>D cria um mundo aprazível em sua imaginação.</p><p>E revela a necessidade de se afastar das informações.</p><p>QUESTãO 43</p><p>No final do século XIX, os primeiros italianos chegaram</p><p>ao Brasil em busca de novas oportunidades. Junto</p><p>com eles, trouxeram esperança, muita tradição e seu</p><p>idioma materno, difundido nos mais diferentes dialetos</p><p>encontrados na Itália. A bordo dos navios surgiu o Talian,</p><p>uma união do português com o italiano gramatical, herança</p><p>deixada pelos imigrantes e antepassados de diversas</p><p>famílias de Bento Gonçalves e região. [...] De acordo com</p><p>Maristela Pastorello Lerin, juntamente com este idioma, se</p><p>faz presente no cotidiano dos moradores toda a realidade</p><p>que abrange a flora, fauna, comércio e costumes do povo</p><p>que se estabeleceu na localidade. “Para Bento Gonçalves,</p><p>foi e está sendo fundamental fomentar o Talian, pois foram</p><p>os imigrantes que fundaram e povoaram o município [...] e</p><p>o resultado fica claro em todos os movimentos em prol da</p><p>língua e da cultura Taliana em todo o país”, destaca.</p><p>Disponível em: www.jornalsemanario.com.br. Acesso em: 15 nov. 2023 (adaptado).</p><p>Segundo o texto, a preservação da língua Taliana é</p><p>importante, pois</p><p>A resgata um dos dialetos falados no território italiano.</p><p>B permite que os imigrantes utilizem sua língua materna.</p><p>C mostra respeito pela história da formação do município.</p><p>D conserva espaços em que a língua italiana é falada no</p><p>Brasil.</p><p>E preserva formas linguísticas anteriores ao período da</p><p>imigração.</p><p>QUESTãO 44</p><p>O pesquisador de dança afro-americano Thomas</p><p>DeFrantz, ao analisar os processos históricos da formação</p><p>do termo dança negra (black dance), indaga sobre suas</p><p>conexões com a dança afro-americana. Explica que</p><p>ironicamente o termo “dança negra”, nos Estados Unidos,</p><p>foi inventado por críticos brancos como abreviação</p><p>para definir aquilo que eles se sentiam sem preparo ou</p><p>desconfortáveis para nomear. O autor narra como, durante</p><p>as metamorfoses políticas dos anos 1960, a dança negra</p><p>(black dance) tornou-se uma categoria da performance</p><p>gerada pelas conexões entre fazer artístico e político, numa</p><p>tentativa coletiva de definir uma estética negra. Mesmo que</p><p>muitos artistas não estivessem alinhados ao movimento</p><p>negro organizado, suas produções coreográficas foram</p><p>associadas ao rótulo dança negra.</p><p>FERRAZ, F. M. C. Rede Terreiro: Pluralidades da dança negra contemporânea. Antropolítica:</p><p>Revista Contemporânea de Antropologia, n. 33,</p>