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<p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10. n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1861</p><p>doi.org/10.51891/rease.v10i5.13878</p><p>REABILITAÇÃO DE UNIDADES DENTÁRIAS FRATURADAS OU DESGASTADAS</p><p>POR MEIO DE PEÇAS CONFECCIONDAS EM CERÂMICA EM PACIENTES</p><p>BRUXÔMANOS – REVISÃO DE LITERATURA</p><p>REHABILITATION OF FRACTURED OR WORN DENTAL UNITS BY MEANS OF PARTS</p><p>MADE OF CERAMIC IN BRUSHMAN PATIENTS – LITERATURE REVIEW</p><p>Ana Júlia Emídio de Macêdo Nascimento1</p><p>Murillo Freitas Matos2</p><p>RESUMO: Introdução - O bruxismo é uma desordem funcional multifatorial na qual a pessoa</p><p>tem o hábito de ranger ou apertar os dentes durante o dia ou durante o sono. Os níveis mais</p><p>elevados de atividade dos músculos durante a atividade da disfunção aumentam o risco negativo</p><p>à saúde bucal como por exemplo dores musculares, dores articulares na ATM, desgaste mecânico</p><p>extremo nos dentes e algumas complicações protéticas podendo levar até mesmo a fraturas nos</p><p>elementos dentários. Para minimizar e até mesmo evitar tais danos, existem formas de controle</p><p>como aparelhos intra-orais e placas oclusais, terapia cognitivo-comportamental (TCC), e terapia</p><p>farmacológica. Nesse viés, uma das formas de reabilitar o paciente acometido é a colocação de</p><p>facetas, coroas,inlays e onlays em cerâmica pura, já que ela possui propriedades como resistência</p><p>à compressão, semelhança aos tecidos dentais, boa condutibilidade térmica, radiopacidade nos</p><p>exames de imagem, integridade marginal e estabilidade de cor. Objetivo - este trabalho teve</p><p>como objetivo demonstrar que a reabilitação por meio de peças em cerâmica em pacientes com</p><p>bruxismo é indicada desde que haja um controle da atividade da doença por meio de</p><p>condicionamento psicológico e uso do splint oclusal. Metodologia - realizou-se uma revisão</p><p>bibliográfica unindo os temas: bruxismo e peças em cerâmica, com artigos das plataformas</p><p>pubmed, google scholar, National Library of Medicine e scielo, dos anos 2003 a 2022 e escritos nas</p><p>línguas inglesa e portuguesa. Conclusão - O objetivo da revisão de literatura foi determinar a</p><p>eficácia das peças fabricadas em cerâmicas na reabilitação de pacientes bruxômanos. Assim, os</p><p>estudos realizados corroboraram a utilidade dessas peças, contudo, ressalta-se a necessidade de</p><p>controle da doença e seus sintomas, análise e tratamento das suas causas junto com o</p><p>condicionamento psicológico do paciente.</p><p>Palavras-chave: Bruxismo. Reabilitação. Splint oclusal.</p><p>1Acadêmica em Odontologia na faculdade de ilhéus-CESUPI.</p><p>2Formado em Odontologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Especialista em Prótese pelo Centro Baiano</p><p>de estudos Odontológicos – CEBEO.</p><p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10.n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1862</p><p>ABSTRACT: Introduction - Bruxism is a multifactorial functional disorder in which a person</p><p>has the habit of grinding or clenching their teeth during the day or during sleep. The higher</p><p>levels of muscle activity during the activity of the dysfunction increase the negative risk to oral</p><p>health, such as muscle pain, joint pain in the TMJ, extreme mechanical wear on the teeth and</p><p>some prosthetic complications that can even lead to fractures in the dental elements. To</p><p>minimize and even avoid such damage, there are forms of control such as intraoral appliances</p><p>and occlusal splints, cognitive behavioral therapy (CBT), and pharmacological therapy. In this</p><p>sense, one of the ways to rehabilitate the affected patient is the placement of veneers, crowns,</p><p>inlays and onlays in pure ceramic, as it has properties such as resistance to compression,</p><p>similarity to dental tissues, good thermal conductivity, radiopacity in imaging exams. , marginal</p><p>integrity and color stability. Objective - this work aimed to demonstrate that rehabilitation</p><p>using ceramic pieces in patients with bruxism is indicated as long as there is control of disease</p><p>activity through psychological conditioning and use of the occlusal splint. Methodology - a</p><p>bibliographic review was carried out combining the themes: bruxism and ceramic pieces, with</p><p>articles from the pubmed, google scholar, National Library of Medicine and scielo platforms,</p><p>from the years 2003 to 2022 and written in English and Portuguese. Conclusion - The objective</p><p>of the literature review was determinate the effectiveness of ceramic pieces in the rehabilitation</p><p>of bruxing patients. Thus, the studies carried out corroborated the usefulness of these pieces,</p><p>however, the need to control the disease and its symptoms, analysis and treatment of its causes</p><p>together with the patient's psychological conditioning is highlighted.</p><p>Keywords: Bruxism. Rehabilitation. Occlusal splint.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>O bruxismo é uma ação involuntária parafuncional, rítmica e espasmódica do sistema</p><p>mastigatório que se dá por meio de contrações rítmicas ou tônicas do masseter e de outros</p><p>músculos e é caracterizada pelo ato de ranger ou apertar os dentes tanto durante o período diurno</p><p>como noturno. O ato de ranger ocorre frequentemente durante o sono, períodos de preocupação,</p><p>estresse e excitação, acompanhado por um ruído notório. Já o apertamento, em geral sem ruídos,</p><p>é mais comum durante o dia e pode ser considerado mais deletério, uma vez que as forças são</p><p>contínuas e menos toleradas. Vários fatores etiológicos podem estar associados ao</p><p>desenvolvimento do bruxismo, como os fatores locais, sistêmicos, psicológicos, ocupacionais e</p><p>hereditários. Os sinais e sintomas mais frequentes são os desgastes oclusais e/ou incisais,</p><p>destruição das estruturas de suporte, hipersensibilidade pulpar, mobilidade dentária, fratura de</p><p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10.n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1863</p><p>cúspides e restaurações, dores e distúrbios nas articulações temporomandibulares (ATM), entre</p><p>outros (Rodrigues et al., 2006).</p><p>Nos dias atuais, as cerâmicas constituem a principal alternativa de material reabilitador</p><p>para a estrutura dental nos casos de bruxismo devido as suas propriedades favoráveis, tais como:</p><p>resistência à compressão, condutibilidade térmica, semelhança aos tecidos dentais,</p><p>radiopacidade, integridade marginal, estabilidade de cor, biomimetismo, entre outras. A</p><p>demanda por restaurações estéticas tem resultado em um aumento do uso de cerâmicas dentais,</p><p>antes restrita apenas ao tratamento em regiões anteriores, e hoje também abrangendo região</p><p>posterior. Vários materiais cerâmicos e novas técnicas têm sido desenvolvidos durante as</p><p>últimas décadas, uma vez que as propriedades dos materiais cerâmicos tradicionais tinham</p><p>limitada indicação para restaurações de maiores extensões devido a forças excessivas. Na busca</p><p>em aumentar a resistência das restaurações cerâmicas, alguns estudos analisaram a adição de</p><p>partículas de ítrio a zircônia ganhando em propriedades físicas e mecânicas, seguindo a escala de</p><p>evolução na possível substituição das restaurações metalocerâmicas (Amoroso et al.,2012).</p><p>O tratamento restaurador para este fenômeno parafuncional é ainda discutível, sendo de</p><p>responsabilidade do cirurgião dentista conscientizar o paciente da sua real situação e explicando-</p><p>o sobre as possibilidades terapêuticas. Entretanto, se sabe que apesar deste ser um tratamento</p><p>restaurador, a causa deve ser previamente identificada e eliminada, e quando necessário, o</p><p>tratamento deve ser multidisciplinar abranger a medicina, psicologia e fisioterapia além da</p><p>odontologia (Miranda et al.,2021).</p><p>Desse modo, essa revisão de literatura teve como objetivo revisar a reabilitação de</p><p>pacientes com bruxismo através de peças</p><p>em cerâmica e descrever como se dá essa reabilitação e</p><p>seu controle posterior por meio do condicionamento psicológico e uso de splints oclusais. As</p><p>cerâmicas são peças de grande avanço no mercado da odontologia e oferecem grandes benefícios</p><p>ao paciente devido a suas características positivas, logo, esse estudo visa associar a reabilitação</p><p>eficiente de pacientes bruxômanos por meio de peças confeccionadas em cerâmica. Para isso,</p><p>foram utilizados artigos das plataformas pubmed, google scholar, National Library of Medicine e</p><p>scielo, dos anos 2003 a 2022 e escritos nas línguas inglesa e portuguesa unindo os temas bruxismo</p><p>e peças em cerâmica.</p><p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10.n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1864</p><p>2. REVISÃO DE LITERATURA</p><p>2.1. Bruxismo</p><p>O bruxismo consiste em uma atividade muscular de repetição mandibular que tem como</p><p>características principais ranger ou cerrar os dentes e assim empurrar a mandíbula, podendo</p><p>envolver muito mais do que somente um contato dentário, como todo o sistema</p><p>estomatognático. Os principais fatores associados ao seu desenvolvimento são hábitos deletérios</p><p>como tabagismo, etilismo, alto consumo de café, síndrome de apnéia do sono, ansiedade,</p><p>depressão e doenças do sistema respiratório (Chemelo et al., 2020).</p><p>Tal condição possui duas manifestações circadianas diferentes sendo uma com ocorrência</p><p>durante o sono (bruxismo noturno) caracterizada por atividade muscular mastigatória rítmica</p><p>ou não rítmica e durante o dia (bruxismo de vigília) caracterizado como contato dentário</p><p>repetitivo ou sustentado e por apoio ou impulso da mandíbula. Tendo a primeira uma</p><p>prevalência de 8-13% e a segunda de 22-31% da população geral (Beddis et al., 2018).</p><p>Segundo Matusz (2022), já que apresenta uma grande variedade de sintomas, os quais se</p><p>sobrepõem á outras condições, o diagnóstico do bruxismo necessita de uma avaliação minuciosa</p><p>que inclua questionários, registros de episódios anteriores e um bom exame clínico. Para que o</p><p>diagnóstico se confirme, podem ser utilizados dois métodos: não instrumental que se baseia na</p><p>descrição de sintomas, histórico e exame clínico seguido do não instrumental que consiste na</p><p>eletromiografia (EMG) e polissonografia que mostra atividade muscular durante o sono.</p><p>Os níveis mais elevados de atividade dos músculos aumentam o risco negativo à saúde</p><p>bucal como por exemplo dores musculares, dores articulares na ATM, desgaste mecânico</p><p>extremo nos dentes e algumas complicações protéticas. Em pacientes saudáveis o bruxismo deve</p><p>ser considerado um fator de risco e não um distúrbio já que não causa danos inerentes a pessoa e</p><p>caso não seja fator de risco para outro distúrbio, é somente um comportamento motor de</p><p>etiologia multifatorial que pode acarretar consequências para a saúde bucal (Lobbezoo et al.,</p><p>2019).</p><p>Johansson (2011) argumenta que nos dias atuais não existe um tratamento específico que</p><p>possa estagnar por completo o bruxismo do sono embora muitos métodos como o tratamento</p><p>protético tenham sido utilizados ao longo dos anos. Assim, foi sugerido que tratamentos</p><p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10.n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1865</p><p>baseados na modificação do comportamento, como terapia de reversão de hábitos, técnicas de</p><p>relaxamento e terapia concentrada de biofeedback e consciência de hábitos podem eliminar o</p><p>bruxismo acordado. Mesmo sem fortes evidências ,aumentar a consciência do paciente sobre o</p><p>hábito deletério deve ser tentada pois pode ajudar o mesmo a começar a controlá-lo e, assim,</p><p>consequentemente diminuir a frequência e/ou intensidade do contato dentário diurno e da</p><p>tensão muscular.</p><p>2.2. Cerâmicas odontológicas</p><p>A cerâmica odontológica também conhecida como porcelana dental é um material de</p><p>aparência semelhante ao dente natural, devido sua adequada propriedade óptica e durabilidade</p><p>química. Seguindo sua linha do tempo, no ano de 1774 o francês Alexis Duchateau, insatisfeito</p><p>com sua prótese total que era confeccionada com unidades dentárias de marfim, decidiu</p><p>modifica-las por novas próteses de cerâmica, por verificar a durabilidade e resistência ao</p><p>manchamento e a abrasão deste material quando era utilizado em utensílios domésticos. Com o</p><p>auxílio de Nicholas Dubois de Chemant, a arte das cerâmicas foi introduzida na Odontologia.</p><p>Já no final do século XIX surgiram as próteses parciais fixas em cerâmica, denominadas de</p><p>coroas de jaquetas. Em 1950, adicionou-se leucita na formulação da porcelana visando aumentar</p><p>o coeficiente de expansão térmica e possibilitar sua fusão com certas ligas áureas para confecção</p><p>de coroas totais e próteses parciais fixas. Diante desta evolução, no fim do século XX, diversos</p><p>sistemas inovadores foram introduzidos no mercado, a fim de proporcionar a confecção de</p><p>restaurações cerâmicas livres de metal. A partir de então, vários sistemas cerâmicos foram</p><p>desenvolvidos, sempre com o intuito de melhorar as propriedades físicas e mecânicas do material</p><p>(Gomes et al., 2008)</p><p>Atualmente a demanda por restaurações de caráter estético tem ocasionado um aumento</p><p>no uso das peças em cerâmicas dentais que antes eram vedadas apenas ao tratamento de áreas</p><p>anteriores e hoje vem abrangendo também áreas posteriores do meio bucal. Com isso, novas</p><p>técnicas e materiais cerâmicos têm sido desenvolvidos já que as propriedades das cerâmicas</p><p>tradicionais eram limitadas para áreas de restaurações com maiores comprometimentos por</p><p>conta da força. Nesse viés, nos dias atuais as cerâmicas são a principal alternativa de material</p><p>restaurador dental independente de sua localização pelas suas propriedades positivas como por</p><p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10.n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1866</p><p>exemplo: resistência à compressão, , semelhança aos tecidos dentais trazendo assim uma boa</p><p>estética, boa condutibilidade térmica, radiopacidade nos exames de imagem, integridade</p><p>marginal, estabilidade de cor, biomimetismo, e outras (Amoroso et al., 2012).</p><p>A evolução dos materiais restauradores no geral, possui relação direta com a necessidade</p><p>demandada pelos pacientes, e assim fez com que surgissem as restaurações indiretas, que são</p><p>normalmente confeccionadas em laboratório e posteriormente cimentadas no elemento dentário.</p><p>São elas denominadas Inlay/Onlays, overlays e facetas dependendo da extensão do preparo</p><p>cavitário. A principal diferença de extensão entre as inlays e onlays é que a primeira é</p><p>unicamente intracoronária, ou seja, não envolvem cúspides e as onlays envolvem as mesmas. Já</p><p>no caso das facetas são peças confeccionadas de forma muito fina para o dente e será colocada</p><p>sobre o esmalte do mesmo necessitando de um mínimo desgaste para isso (Conceição et al.,</p><p>2007).</p><p>De acordo com Zhang (2017), as restaurações executadas em cerâmica possuem uma</p><p>composição, propriedades e microestrutura que determinam qual será sua indicação clínica</p><p>devido a suas diversas formas. Outros fatores que afetam a seleção do material são os desenhos</p><p>de restauração (estrutura monolítica ou em camadas), condições de contato do dente, tamanho e</p><p>formato do dente, espessura da camada, tensões residuais, módulo de elasticidade dos adesivos e</p><p>substrato (esmalte ou dentina) e estado da superfície. A sua aplicação para ser bem-sucedida em</p><p>última instância precisa da seleção positiva do material, técnica de fabricação e projeto</p><p>restaurador. Logo dessa forma, aspectos como longevidade, durabilidade e resistência da mesma</p><p>são atestados como efetivos.</p><p>2.3. Uso das cerâmicas na reabilitação</p><p>de pacientes bruxômanos</p><p>A procura por reabilitações estéticas em dentes anteriores com laminados cerâmicos em</p><p>pacientes bruxômanos está cada dia maior por conta da possibilidade na mudança na forma,</p><p>função e cor. Embora alguns autores apresentem essa parafunção como uma contraindicação para</p><p>instalação dos laminados como forma reabilitadora, outros autores apresentam que os mesmos</p><p>podem ser indicados seguindo: uma correta indicação, exímio planejamento, lealdade ao</p><p>protocolo de execução, e conhecimento técnico profissional do cirurgião dentista e ao final do</p><p>tratamento, se necessário, instalado uma placa oclusal protetora para evitar possíveis fraturas e</p><p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10.n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1867</p><p>danos das peças. Além disso, é possível concluir que os artigos realçam que o tratamento deve</p><p>agir na (s) etiologia (s) e quando necessário, envolver um tratamento multiprofissional</p><p>(Miranda, 2021).</p><p>Para evitar o lascamento de materiais restauradores de cerâmica em pacientes com</p><p>bruxismo são preferidos materiais de superfície oclusiva que não lasca, como metal ou material</p><p>cerâmico monolítico. Com a introdução das tecnologias CAD/CAM e o desenvolvimento de</p><p>materiais monolíticos totalmente cerâmicos, surgiram outras opções além dos sistemas</p><p>totalmente cerâmicos bicamadas. Em particular, as restaurações de cerâmica de zircônia</p><p>monolítica de alta resistência tornaram-se o tratamento de escolha em pacientes com bruxismo</p><p>devido à sua resistência em áreas de alta carga fazendo com que não ocorram fraturas</p><p>(Levartovsky, 2019).</p><p>Nesse viés, as restaurações metalocerâmicas com coping ou estrutura de metal revestida</p><p>total ou parcialmente em porcelana feldspática foram desenvolvidas também como uma forma</p><p>de tornar mais forte as coroas em porcelana feldspática. Essas permitem um preparo dentário</p><p>reduzido em áreas onde não existe o revestimento da porcelana,ou seja , nos casos do paciente</p><p>bruxômano, uma superfície oclusal metálica da coroa metalocerâmica oferece uma vantagem</p><p>adicional de um preparo dentário mais conservador ao ponto que também reduz o risco de fratura</p><p>da porcelana. Além disso, a superfície oclusal metálica é consideravelmente menos abrasiva para</p><p>o dente oposto do que uma superfície oclusal cerâmica (Butt et al., 2019).</p><p>2.4. Técnicas de controle do bruxismo</p><p>De acordo com Hardy (2021), foram apontadas algumas intervenções clínicas que têm</p><p>sido aceitas como formas de tratamento para o bruxismo. Estes são nenhum tratamento, placebo,</p><p>aparelhos intra-orais e placas oclusais, terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia</p><p>farmacológica e Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS).</p><p>Os aparelhos orais e placas oclusais objetivam principalmente proteger a dentição contra</p><p>danos causados pelo apertamento/ ranger. As placas de estabilização podem reduzir a atividade</p><p>muscular e prevenir as consequências deletérias do bruxismo, como ruídos de ranger, desgaste</p><p>dentário e dor associada. Essas placas devem ser construídas com cobertura oclusal total e</p><p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10.n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1868</p><p>proporcionar contato equilibrado ao longo do arco, com orientação canina nas excursões.</p><p>Idealmente a forma de contato deve ser retruída (Beddis et al., 2018).</p><p>De acordo com Beddis (2018) uma gama de estratégias comportamentais são citadas no</p><p>tratamento cognitivo-comportamental como biofeedback, relaxamento e melhoria da higiene do</p><p>sono. O biofeedback procura passar uma informação imediata ao paciente sobre o seu</p><p>comportamento, possibilitando a sua redução. O biofeedback tem sido usado para bruxismo</p><p>durante a vigília e durante o sono. Já higiene do sono inclui medidas como evitar cafeína perto</p><p>da hora de dormir; relaxar perto da hora de dormir e manter o quarto bem ventilado e silencioso.</p><p>A terapia medicamentosa realiza o uso de benzodiazepínicos, anticonvulsivantes,</p><p>betabloqueadores, agentes serotoninérgicos e dopaminérgicos, antidepressivos, relaxantes</p><p>musculares, entre outros. A administração de toxina botulínica (Botox) também é realizada com</p><p>aplicação nos músculos da mastigação já que diminui a frequência dos episódios e sua intensidade</p><p>(Hardy., 2021).</p><p>CONCLUSÃO</p><p>O objetivo da revisão de literatura foi determinar a eficácia das peças fabricadas em</p><p>cerâmicas na reabilitação de pacientes bruxômanos. Assim, os estudos realizados corroboraram</p><p>a utilidade dessas peças, contudo, ressalta-se a necessidade de controle da doença e seus sintomas,</p><p>análise e tratamento das suas causas junto com o condicionamento psicológico do paciente.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AMOROSO, Andressa Paschoal et al. Cerâmicas odontológicas: propriedades, indicações e</p><p>considerações clínicas. Revista Odontológica de Araçatuba, [s. l], v. 33, p. 19-25, 2 dez. 2012.</p><p>BEDDIS, H.; PEMBERTON, M.; DAVIES, Stephen. Sleep bruxism: an overview for</p><p>clinicians. British Dental Journal, [S.L.], v. 225, n. 6, p. 497-501, set. 2018. Springer Science and</p><p>Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1038/sj.bdj.2018.757.</p><p>BUTT, K. et al. Demystifying modern dental ceramics. Primary dental journal, v. 8, n. 3, p. 28–</p><p>33, 2019.</p><p>CHEMELO, Victória dos Santos; NÉ, Yago Gecy de Sousa; FRAZÃO, Deborah Ribeiro;</p><p>SOUZA-RODRIGUES, Renata Duarte de; FAGUNDES, Nathalia Carolina Fernandes;</p><p>MAGNO, Marcela Baraúna; SILVA, Cláudia Maria Tavares da; MAIA, Lucianne Cople;</p><p>LIMA, Rafael Rodrigues. Is There Association Between Stress and Bruxism? A Systematic</p><p>http://dx.doi.org/10.1038/sj.bdj.2018.757</p><p>Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE</p><p>Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.10.n.05.maio. 2024.</p><p>ISSN - 2675 – 3375</p><p>1869</p><p>Review and Meta-Analysis. Frontiers In Neurology, [S.L.], v. 11, p. 1-9, 7 dez. 2020. Frontiers</p><p>Media SA. http://dx.doi.org/10.3389/fneur.2020.590779.</p><p>GOLDSTEIN, Gary; DESANTIS, Louis; GOODACRE, Charles. Bruxism: best evidence</p><p>consensus statement. 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