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<p>Epicurismo</p><p>Cartas a Heródoto e Pítocles</p><p>Quem foi Heródoto</p><p>Heródoto foi um historiador grego, considerado o pai da História Ocidental.</p><p>Ele viveu no século V a.C.</p><p>conhecido por sua obra "Histórias" ou "As Histórias".</p><p>Carta a Heródoto - Estrutura</p><p>A Carta a Heródoto é dirigida para aqueles que tem um conhecimento pelo menos básico das ideias de Epícuro, pois a carta funciona como um texto resumo dos principais tópicos da filosofia Epicurista</p><p>Tem partes axiomáticas, de apresentação de fundamentos e de aplicação, no qual aspectos fundamentais da doutrina são expostos – balanço entre bases canônicas e concepção física da realidade</p><p>Carta a Heródoto - Conteúdo</p><p>Epicuro aponta a importância de memorizar a doutrina, pois a alma de quem adota o epicurismo poderá vencer a agitação e as inquietações provocadas por desejos vãos e temores infundados e alcançar então o equilíbrio</p><p>Aborda a Canonica em dois aspectos: 1º: as palavras servem para conservar o que chamaríamos de conceitos primitivos das coisas, sem as quais não há discurso, comunicação ou pensamento; 2º: toda e qualquer investigação deve ser controlada por sensações, primeiro critério de verdade. A sensação é uma impressão física, que nos afeta como uma apresentação genuína do corpo percebido e sua imediata apreensão antes de qualquer juízo ou opinião.</p><p>Todo / Universo = corpos infinitos + vazio</p><p>Carta a Heródoto - Axiomas</p><p>Nada é Gerado do Não Ser: se o ser pudesse ser gerado a partir do não ser, então, tudo poderia ser gerado de tudo. Tudo tem sua origem particular. Duas ideias importantes estão subentendidas aqui: em geral, a soma total de matéria é constante e, em particular, cada objeto material tem uma causa material.</p><p>Nada é Destruído no Não Ser: se tudo o que deixa de existir passasse efetivamente ao não ser absoluto, então a soma dos objetos naturais já teria desaparecido há muito tempo</p><p>O Todo Sempre foi Como é Agora: o princípio geral da imutabilidade do todo.</p><p>Carta a Heródoto – Princípios da Constituição da Realidade</p><p>O Todo Consiste em Corpos e Vazio. Fora Isso, Nada Existe por Si: os sentidos atestam regularmente que existem coisas em movimento. Dessa forma, já que coisas se movimentam, então corpos existem. Ademais, se o todo fosse pleno e o Universo fosse todo cheio sem nenhum espaço livre, não haveria lugar desocupado para onde os corpos pudessem ir e, portanto, nada se moveria em absoluto. Apenas corpos e vazios existem por si, sem depender de nenhum outro item, e por isso são ontologicamente primeiros.</p><p>Entre os Corpos, há os Compostos e há Átomos Indivisíveis e Imutáveis: Os componentes são átomos, princípios de todas as coisas.</p><p>Carta a Heródoto – O Todo</p><p>O Universo: o Universo é espacialmente infinito,pois tudo que é limitado tem uma borda que é vista em contraste com alguma outra. Assim sendo, havendo limite, haverá necessariamente algo para além da porção limitada pela borda. E, se esse é o caso, então Universo não poderá ter uma extremidade, do contrário ocorreria o absurdo de haver algo em adição ao todo.</p><p>Os Átomos: Sendo o espaço infinito, é preciso haver um número infinito de átomos; pois, se o número de átomos fosse finito, eles se dispersariam pelo espaço vazio e sem limites, e jamais se formariam os corpos compostos que a experiência atesta existirem. Por outro lado, se o vazio fosse limitado e finito, mas os átomos fossem em quantidade ilimitada, não haveria espaço suficiente para que se movimentassem.</p><p>Carta a Heródoto – Os Átomos</p><p>Átomos têm duas propriedades: formato e movimento.</p><p>Os átomos são dotados de movimentação que perdura continuamente Porém, esse movimento tampouco teve início, se os princípios do todo, átomos e vazio, são ilimitados e eternos.</p><p>Carta a Heródoto – Mundos Infinitos</p><p>Se há átomos de formatos incalculáveis e em número ilimitado movendo-se no espaço vazio e infinito, então são imprescindíveis para dar conta de tudo o que se oferece à nossa percepção sensível. Assim sendo, produzirão um número ilimitado de mundos dos mais variados formatos no Universo eterno e infinito. Afinal, as condições para a produção de um ou de diversos mundos são exatamente as mesmas.</p><p>Carta a Heródoto – Percepção Sensível</p><p>o que percebemos é um verdadeiro duplo das próprias coisas, não meras representações.</p><p>Essas réplicas sutis trazem cópia dos seres até nós, e nossos sentidos são como a entrada física e efetiva daquilo que é e do modo como é.</p><p>há uma condição necessária à percepção e ao pensamento: afecção mútua, não mera receptividade, ou seja, impressão do sentido com uma apreensão correlata do pensamento</p><p>Carta a Heródoto – O Erro</p><p>A impressão do sentido com a concomitante apreensão do pensamento é sempre neutra, mas à conexão pode se juntar uma opinião falsa — e é aqui que acontece o erro.</p><p>Epicuro distingue dois tipos de imagem: aquelas ligadas a um substrato material externo e outras que são imagens formadas na ausência de um corpo sólido. Neste segundo grupo, as imagens são ilusórias, já que não replicam nenhum corpo sólido. Mas, para ele, isso por si só não constitui erro propriamente dito — que concerne, na essência, a um juízo acrescentado, passível de confirmação ou contestação.</p><p>Carta a Heródoto – Os Corpos</p><p>O átomo é o componente inalterável e indestrutível, uma espécie de garantia de que as mudanças percebidas pelos sentidos não levam o ser a um aniquilamento absoluto, nada sendo além de acréscimos, decrescimentos e rearranjos, ou reposicionamento daqueles constituintes.</p><p>A divisão da matéria ao infinito levaria o ser ao aniquilamento. Se um corpo delimitado tivesse um número ilimitado de partes (por menores que fossem), esse corpo forçosamente seria de grandeza também ilimitada.. Ademais, toda divisão alcança uma extremidade, ou seja, um limite, e a parte subdividida também terá limite; avançar de próxima em próxima implicaria, por um lado, considerar uma sequência de limites e, por outro, alcançar pelo pensamento o ilimitado — o que é impossível</p><p>Carta a Heródoto – A Alma</p><p>A alma é corpo</p><p>Nada existe por si, além de corpos e vazio, o resto é dependente desse par de opostos.</p><p>nada incorporal pode ter relação causal com o corpóreo</p><p>o único incorporal que existe por si é o vazio; se a alma é incorporal, então ela é o vazio; ora, o vazio nem pode atuar, nem sofrer, pois atuar e sofrer são interações de corpos; mas se associam pensamento, vontade e sensação precisamente à alma; logo, esta não pode ser o vazio, então é necessariamente corpo.</p><p>É formada por partículas sutis assemelhadas a um sopro com certa dose de calor e concebidas como substâncias materiais, acrescida de um terceiro elemento anônimo, ainda mais sutil, e por isso mesmo mais conectado com o resto do agregado</p><p>Carta a Heródoto – A Alma</p><p>Origem da sensação: É o movimento dos átomos da alma, cooptado pelo corpo que a contém e protege, e ao qual ela confere o atributo acidental da sensibilidade</p><p>a alma, por ser a causa preponderante da sensibilidade, conserva a sensação mesmo quando o corpo perde certas partes; mas este, por sua vez, tão logo aquela parcela de átomos requerida na natureza da alma o abandone, perde de todo a capacidade de sentir que lhe era conferida. Degradado o corpo, porém, um dissipação compulsória se impõe à alma, privada então do agregado continente</p><p>nada incorporal pode ter relação causal com o corpóreo</p><p>image1.jpeg</p>

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